Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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12.07.2015 Views

REVISTA ESPÍRITA340Comunicações diversas:1 o Leitura de dois ditados obtidos pelo Sr. C..., novomédium, um sobre as Pretensões do homem, assinado por Massillon;o outro sobre o Futuro, assinado por São Luís. Pergunta o Sr. C...se, sobretudo neste último ditado, não existe algo que denote umasubstituição de Espírito, sem se levar em conta a sua própriaopinião.Após uma leitura atenta, a Sociedade reconhece nacomunicação o cunho de uma incontestável superioridade, nadavendo que desminta o caráter de São Luís, concluindo que nãopode emanar senão de um Espírito elevado.2 o Outro ditado sobre a Experiência, obtido pela Sra.Costel e assinado por Georges.O presidente anuncia que vários sócios novos fazemnotáveis progressos como médiuns de diversos gêneros. Convidaosa comunicar à Sociedade os fatos que obtiverem. A Sociedade énecessariamente limitada em seus trabalhos pelo tempo; deve ser ocentro a que chegarão os resultados obtidos nas reuniõesparticulares. Seria até egoísmo guardar para si trabalhos que podemser úteis a todos. Aliás, é um meio de controle, pelosesclarecimentos que podem suscitar, a menos que o médium estejaconvencido da infalibilidade de suas comunicações, ou tenharecebido, como o de Limoges, a imposição de os manter secretos,o que certamente seria um mau augúrio e um duplo motivo desuspeita. A primeira qualidade de um médium é a abnegação detodo amor-próprio, como de toda falsa modéstia, pela simplesrazão de que, não sendo mais que um instrumento, não podeatribuir-se o mérito do que recebe de bem, nem se melindrar coma crítica do que pode ser mau. A Sociedade é uma família, cujosmembros, animados de recíproca benevolência, devem ser movidospelo único desejo de instruir-se, banindo todo sentimento de

A GOSTO DE 1860personalismo e de rivalidade, se compreendem a doutrina comoverdadeiros espíritas. A propósito, o Sr. C... deu muito bomexemplo e mostrou não ser desses médiuns que julgam nada maister a aprender, só porque recebem algumas comunicações assinadaspor grandes nomes. Ao contrário, quanto mais imponentes osnomes, mais devemos temer ser joguete de Espíritos enganadores.3 o O Sr. Achille R... lê uma carta, relatando um fatocurioso de manifestação espontânea, ocorrido na prisão deLimoges, cuja realidade foi constatada pelo autor da carta.(Publicada adiante, no artigo Variedades).4 o O Sr. Allan Kardec narra outro fato muito bizarro,que lhe foi relatado no ano passado, por um visitante cujo nome eendereço não se recorda, fonte a que, em conseqüência, não poderecorrer para o verificar. Eis do que se trata:Um médico crente e um seu amigo que em nadaacreditava conversavam a respeito do Espiritismo; o primeiro disseao outro: “Vou tentar uma prova; ignoro se dará resultado; em todocaso, não respondo por nada. Designai-me uma pessoa viva quevos seja muito simpática.” Tendo o amigo indicado uma moça quereside numa cidade bastante afastada e que era igualmenteconhecida do médico, este lhe disse: “Ide passear no jardim eobservai o que se passa; repito que é um ensaio que faço e que podenão produzir nada.” Durante o passeio do amigo ele evocou ajovem. Ao cabo de um quarto de hora o amigo voltou e lhe disse:“Acabo de ver aquela pessoa; estava vestida de branco, aproximousede mim, apertou-me a mão e desapareceu em seguida. Mas o queé muito singular é que me deixou no dedo este anel.”Imediatamente o médico enviou ao pai da moça o seguintetelegrama: “Não me questioneis; mas respondei-me sem demora edizei o que fazia vossa filha às três horas e como estava vestida.” Areposta foi esta: “Às três horas minha filha estava comigo no salão;usava um vestido branco; adormeceu durante quinze a vinte341

A GOSTO DE <strong>1860</strong>personalismo e de rivalidade, se compreendem a doutrina comoverdadeiros espíritas. A propósito, o Sr. C... deu muito bomexemplo e mostrou não ser desses médiuns que julgam nada maister a aprender, só porque recebem algumas comunicações assinadaspor grandes nomes. Ao contrário, quanto mais imponentes osnomes, mais devemos temer ser joguete de Espíritos enganadores.3 o O Sr. Achille R... lê uma carta, relatando um fatocurioso de manifestação espontânea, ocorrido na prisão deLimoges, cuja realidade foi constatada pelo autor da carta.(Publicada adiante, no artigo Variedades).4 o O Sr. Allan Kardec narra outro fato muito bizarro,que lhe foi relatado no ano passado, por um visitante cujo nome eendereço não se recorda, fonte a que, em conseqüência, não poderecorrer para o verificar. Eis do que se trata:Um médico crente e um seu amigo que em nadaacreditava conversavam a respeito do Espiritismo; o primeiro disseao outro: “Vou tentar uma prova; ignoro se dará resultado; em todocaso, não respondo por nada. Designai-me uma pessoa viva quevos seja muito simpática.” Tendo o amigo indicado uma moça quereside numa cidade bastante afastada e que era igualmenteconhecida do médico, este lhe disse: “Ide passear no jardim eobservai o que se passa; repito que é um ensaio que faço e que podenão produzir nada.” Durante o passeio do amigo ele evocou ajovem. Ao cabo de um quarto de hora o amigo voltou e lhe disse:“Acabo de ver aquela pessoa; estava vestida de branco, aproximousede mim, apertou-me a mão e desapareceu em seguida. Mas o queé muito singular é que me deixou no dedo este anel.”Imediatamente o médico enviou ao pai da moça o seguintetelegrama: “Não me questioneis; mas respondei-me sem demora edizei o que fazia vossa filha às três horas e como estava vestida.” Areposta foi esta: “Às três horas minha filha estava comigo no salão;usava um vestido branco; adormeceu durante quinze a vinte341

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