Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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REVISTA ESPÍRITAObservação – Desde que essas raças intermediáriasexistiram na Terra e dela desapareceram, justifica-se o que disseCharlet pouco atrás, que quanto mais novo o mundo, mais ele selembrava. Se essas raças só tivessem existido nos mundossuperiores, o homem da Terra, menos adiantado, não lhes poderiaguardar a lembrança.322SOBRE O § III10. Dizeis que tudo se aperfeiçoa e, como prova doprogresso do animal, dizeis que outrora ele era mais rebelde aohomem. É evidente que o animal se aperfeiçoa, mas, pelo menos naTerra, só se aperfeiçoa pelos cuidados do homem. Abandonado asi mesmo, retoma a sua natureza selvagem, mesmo o cão.Resp. – E pelos cuidados de quem o homem seaperfeiçoa? Não é pelos de Deus? Tudo é graduado em a Natureza.11. Falais de recompensas para os animais que sofremmaus-tratos e dizeis que é de toda justiça que haja compensaçãopara eles. Parece, de acordo com isso, que admitis no animal aconsciência do eu após a morte, com a recordação do seu passado.Isto é contrário ao que nos foi dito. Se as coisas se passassem comodizeis, resultaria que no mundo espiritual haveria Espíritos deanimais. Assim, não haveria razão para não existirem o das ostras.Podeis dizer se vedes em torno de vós Espíritos de cães, gatos,cavalos ou elefantes, como vedes Espíritos humanos?Resp. – A alma do animal – tendes perfeitamente razão– não se reconhece após a morte do corpo; é um conjunto confusode germes que podem passar para o corpo de tal ou qual animal,conforme o desenvolvimento adquirido. Não é individualizada.Direi, todavia, que em certos animais, entre muitos, mesmo, háindividualidade.12. Aliás, esta teoria não justifica absolutamente osmaus-tratos dos animais. O homem é sempre culpado por fazer

JULHO DE 1860sofrer um ser sensível qualquer e nos diz a doutrina que por isso eleserá punido. Mas daí a colocar o animal numa posição superior aele, há uma grande distância. Que pensais disto?Resp. – Sim; entretanto, sempre estabeleceis uma escalaentre os animais. Pensais que há distância entre certas raças. Ohomem é tanto mais culpado quanto mais poderoso.13. Como explicais que, mesmo no estado selvagem, ohomem se faça obedecer pelo mais inteligente animal?Resp. – É principalmente a natureza que age assim. Ohomem selvagem é o homem da Natureza; conhece o animalfamiliarmente; o homem civilizado estuda o animal e este se curvadiante dele. O homem é sempre o homem perante o animal, sejaselvagem, seja civilizado.SOBRE O § V14. [A Charlet] Nada temos a dizer sobre esteparágrafo, que nos parece muito racional. Tendes algo aacrescentar?Resp. – Apenas isto: os animais têm todas as faculdadesque indiquei, mas neles o progresso se realiza pela educação querecebem do homem, e não por si mesmos. Abandonado no estadoselvagem, o animal retoma o tipo que tinha ao sair das mãos doCriador. Submetido ao homem, aperfeiçoa-se; eis tudo.15. Isto é perfeitamente certo para os indivíduos e asespécies. Mas se considerarmos o conjunto da escala dos seres háuma evidente marcha ascendente, que não se detém nos animais daTerra, pois os de Júpiter são física e intelectualmente superiores aosnossos.Resp. – Cada raça é perfeita em si mesma e não emigrapara raças estranhas. Em Júpiter são os mesmos tipos, formandoraças distintas, mas não são os Espíritos dos animais quemorreram.323

REVISTA ESPÍRITAObservação – Desde que essas raças intermediáriasexistiram na Terra e dela desapareceram, justifica-se o que disseCharlet pouco atrás, que quanto mais novo o mundo, mais ele selembrava. Se essas raças só tivessem existido nos mundossuperiores, o homem da Terra, menos adiantado, não lhes poderiaguardar a lembrança.322SOBRE O § III10. Dizeis que tudo se aperfeiçoa e, como prova doprogresso do animal, dizeis que outrora ele era mais rebelde aohomem. É evidente que o animal se aperfeiçoa, mas, pelo menos naTerra, só se aperfeiçoa pelos cuidados do homem. Abandonado asi mesmo, retoma a sua natureza selvagem, mesmo o cão.Resp. – E pelos cuidados de quem o homem seaperfeiçoa? Não é pelos de Deus? Tudo é graduado em a Natureza.11. Falais de recompensas para os animais que sofremmaus-tratos e dizeis que é de toda justiça que haja compensaçãopara eles. Parece, de acordo com isso, que admitis no animal aconsciência do eu após a morte, com a recordação do seu passado.Isto é contrário ao que nos foi dito. Se as coisas se passassem comodizeis, resultaria que no mundo espiritual haveria Espíritos deanimais. Assim, não haveria razão para não existirem o das ostras.Podeis dizer se vedes em torno de vós Espíritos de cães, gatos,cavalos ou elefantes, como vedes Espíritos humanos?Resp. – A alma do animal – tendes perfeitamente razão– não se reconhece após a morte do corpo; é um conjunto confusode germes que podem passar para o corpo de tal ou qual animal,conforme o desenvolvimento adquirido. Não é individualizada.Direi, todavia, que em certos animais, entre muitos, mesmo, háindividualidade.12. Aliás, esta teoria não justifica absolutamente osmaus-tratos dos animais. O homem é sempre culpado por fazer

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