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Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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REVISTA ESPÍRITAperguntou: Senhor de Corasse, nunca vistes o vosso mensageiro? –Palavra de honra, nunca, nem uma só vez. – É maravilhoso, disse oconde; se ele me fosse tão ligado quanto a vós, eu lhe teria pedidoque o demonstrasse a mim; e peço que vos deis ao trabalho dedizer-me qual a sua forma e a sua maneira. Dissestes que ele falatão bem o gascão como eu e vós. – Juro, disse o Senhor de Corasse,é verdade; ele fala tão bem e tão bonito como vós e eu; e juro queprocurarei vê-lo, já que mo aconselhais. Sucedeu que o Senhor deCorasse, como em outras noites, estava em seu leito, ao lado de suamulher, a qual já se acostumara a ouvir Orthon e não mais tinhamedo. Então veio Orthon e puxou o travesseiro do Sr. de Corasse,que dormia profundamente. Despertando, o Senhor de Corasseperguntou: Quem está aí? – Sou eu, respondeu Orthon. E lheperguntou: De onde vens? – Venho de Praga, na Boêmia. –Quanto, disse ele, tudo bem? – Sessenta dias, respondeu Orthon. –E vieste tão cedo? – Sim, por Deus; vou tão rápido quanto o vento,ou mais. – Então tens asas? – Nenhuma, disse. Como, então, podesvoar tão rápido? Respondeu Orthon: Não tendes senão que ouviras notícias que vos trago. – Por Deus, disse o Senhor de Corasse,eu preferia te ver. Respondeu Orthon: Já que desejais ver-me, aprimeira coisa que vereis e encontrareis amanhã de manhã, quandosairdes do leito, será eu. – Basta, disse o Senhor de Corasse. Agoravai; eu te dispenso por esta noite. Na manhã seguinte o Sr. deCorasse levantou-se. A senhora tinha tanto medo que ficou doentee disse que não se levantaria naquele dia, mas o senhor ordenou queela se levantasse. – Senhor, disse ela, eu veria Orthon; e não querovê-lo de forma alguma, se Deus mo permitir. Então, disse o Senhorde Corasse: Eu quero vê-lo. Saiu de mansinho do leito, mas nadaviu que pudesse dizer: Eu vi Orthon aqui. O dia se passou e veio anoite. Quando o Senhor de Corasse estava deitado em sua cama,veio Orthon e começou a falar, como de costume. Vai, disse oSenhor de Corasse a Orthon, és um mentiroso; devias ter-temostrado muito bem a mim e não o fizeste. – Sim, fiz. – Não ofizeste. – E quando saíste do leito, disse Orthon, nada vistes? OSenhor de Corasse pensou um pouco e lembrou-se. Sim,212

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