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Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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REVISTA ESPÍRITAseu compatriota, o barão Gabriel Tscherkassoff, que reside emCannes (Var) e garante a sua autenticidade. Aliás, parece que o fatoé muito conhecido e fez sensação na época em que ocorreu.“No começo do século havia em São Petersburgo umrico artesão, que empregava grande número de operários em suasoficinas. Seu nome me escapa, mas creio que era inglês. Homemprobo, humano e comportado, não só desfrutava a boa renda deseus produtos, mas, muito mais ainda, do bem-estar físico e moralde seus operários que, conseqüentemente, ofereciam o exemplo deboa conduta e de uma concórdia quase fraternal. Conforme umcostume observado na Rússia até hoje, o patrão custeava oalojamento e a alimentação, ocupando os operários os andaressuperiores e as águas-furtadas da mesma casa que ele. Certa manhã,ao despertar, vários operários não encontraram suas roupas, quehaviam posto de lado ao se deitarem. Não se podia pensar emroubo. Conjeturaram inutilmente e suspeitaram que os maismaliciosos tinham querido pregar uma peça em seus camaradas.Enfim, graças às buscas realizadas, encontraram todos os objetosdesaparecidos, no celeiro, nas chaminés e até nos telhados. Opatrão fez advertências gerais, já que ninguém se confessavaculpado; ao contrário, todos protestavam inocência.“Passado algum tempo, o mesmo fato se repetiu; novasadvertências, novos protestos. Pouco a pouco o fenômenocomeçou a se repetir todas as noites e o patrão inquietou-sebastante, porque além de seu trabalho ser muito prejudicado, via-seameaçado pela debandada de todos os operários, que temiampermanecer numa casa onde se passavam, segundo eles, coisassobrenaturais. Seguindo o conselho do patrão, foi organizado umserviço noturno, escolhido pelos próprios operários, parasurpreender o culpado. Mas nada conseguiram: ao contrário, ascoisas pioravam cada vez mais. Para alcançar seus quartos, osoperários deviam subir escadas que não estavam iluminadas. Ora,aconteceu a vários deles receber pancadas e bofetões e, quandoprocuravam defender-se, não batiam senão no vazio, enquanto a182

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