Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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12.07.2015 Views

REVISTA ESPÍRITA“Assim, certos animais, de que apenas os despojos sãoencontrados, nunca teriam vivido na Terra atual, mas teriam sidotransportados de outros mundos desmanchados pela velhice. Osfósseis, que se encontram em climas sob os quais não teriampodido existir neste mundo, viviam sem dúvida em zonas muitodiferentes nos globos onde nasceram. Tais despojos na Terra seencontram nos pólos, ao passo que viviam no equador dos globosa que pertenciam. E depois essas enormes massas, cujapossibilidade de existência não podemos conceber no ar, viviam nofundo dos mares, sob a pressão de um meio que lhes tornava fácila locomoção. Os futuros levantamentos dos mares nos trarãooutros despojos, muitos outros germens que despertarão de sualonga letargia para nos mostrar espécies desconhecidas de plantas,de animais e de autóctones, contemporâneos do dilúvio, e ficareismuito admirados ao descobrirdes, no meio do vasto oceano, novasilhas, povoadas de plantas e animais que não podem vir denenhuma parte, nem transportadas pelos ventos, nem pelas ondas.“Nossa ciência, que acha errada a Bíblia, terminará porrestituir-lhe sua estima, como foi forçada a fazê-lo a propósito darotação da Terra, pois não se trata de erro da Bíblia, mas dos quenão a compreendem. Eis a prova:“Josué parou o Sol, dizendo-lhe: Sta, sol! Ora, desdeentão ele está parado, pois em parte alguma encontrais que ele lhetenha ordenado que girasse novamente; e, se desde a derrota dosAmalequitas a noite continua sucedendo ao dia, é preciso admitirque a Terra gira. Então, não é Galileu, mas os inquisidores quemereciam ser censurados por não terem tomado a Bíblia ao pé daletra.“Também se negava a existência do licorne bíblico, eacabam de ser mortos dois nas montanhas do Tibete. Negava-se aaparição do espectro de Saul e, graças a Deus, estais a ponto deconvencer os negadores. Lembremo-nos sempre desta advertência168

A BRIL DE 1860das Escrituras: Noli esse incredulus sicut equus et mulus, quibus non estintellectus.“Saudações cordiais e respeitosas ao autor daEtnografia do Mundo Espírita.JobardA teoria da formação da Terra pela incrustação devários corpos planetários já foi dada por certos Espíritos emdiversas épocas, através de médiuns estranhos entre si. Não nosfazemos adeptos dessa doutrina, que confessamos não ter sidoainda suficientemente estudada para sobre ela nos pronunciarmos,mas reconhecemos que merece um exame sério. As reflexões queela nos sugere não passam de hipóteses, até que dados maispositivos venham confirmá-las ou desmenti-las. Enquantoesperamos, é uma baliza que pode abrir caminhos a grandesdescobertas e guiar nas buscas. Talvez os cientistas um diaencontrem, nessa teoria, a solução de mais de um problema.Mas – dirão certos críticos – não tendes confiança nosEspíritos, já que duvidais de suas afirmações? Como inteligênciasdesprendidas da matéria podem remover todas as dúvidas daCiência e projetar luz onde reina a obscuridade?Isto é uma questão muito grave, que se liga à própriabase do Espiritismo, e que não poderíamos resolver neste momentosem repetir o que já temos dito a respeito. Assim, aditaremos apenasalgumas palavras, a fim de justificar nossas reservas. Para começar,responderemos que nos tornaríamos sábios com muita facilidade secuidássemos tão-somente de interrogar os Espíritos para conhecertudo quanto ignoramos. Querendo Deus que adquiríssemos aciência pelo trabalho, por isso mesmo não encarregou os Espíritosde no-la trazer pronta e acabada, favorecendo a nossa preguiça. Emsegundo lugar a Humanidade, como os indivíduos, tem a suainfância, sua adolescência, sua juventude e sua virilidade. Os169

A BRIL DE <strong>1860</strong>das Escrituras: Noli esse incredulus sicut equus et mulus, quibus non estintellectus.“Saudações cordiais e respeitosas ao autor daEtnografia do Mundo Espírita.JobardA teoria da formação da Terra pela incrustação devários corpos planetários já foi dada por certos Espíritos emdiversas épocas, através de médiuns estranhos entre si. Não nosfazemos adeptos dessa doutrina, que confessamos não ter sidoainda suficientemente estudada para sobre ela nos pronunciarmos,mas reconhecemos que merece um exame sério. As reflexões queela nos sugere não passam de hipóteses, até que dados maispositivos venham confirmá-las ou desmenti-las. Enquantoesperamos, é uma baliza que pode abrir caminhos a grandesdescobertas e guiar nas buscas. Talvez os cientistas um diaencontrem, nessa teoria, a solução de mais de um problema.Mas – dirão certos críticos – não tendes confiança nosEspíritos, já que duvidais de suas afirmações? Como inteligênciasdesprendidas da matéria podem remover todas as dúvidas daCiência e projetar luz onde reina a obscuridade?Isto é uma questão muito grave, que se liga à própriabase do Espiritismo, e que não poderíamos resolver neste momentosem repetir o que já temos dito a respeito. Assim, aditaremos apenasalgumas palavras, a fim de justificar nossas reservas. Para começar,responderemos que nos tornaríamos sábios com muita facilidade secuidássemos tão-somente de interrogar os Espíritos para conhecertudo quanto ignoramos. Querendo Deus que adquiríssemos aciência pelo trabalho, por isso mesmo não encarregou os Espíritosde no-la trazer pronta e acabada, favorecendo a nossa preguiça. Emsegundo lugar a Humanidade, como os indivíduos, tem a suainfância, sua adolescência, sua juventude e sua virilidade. Os169

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