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Revista Espírita (FEB) - 1860 - Autores Espíritas Clássicos

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MARÇO DE <strong>1860</strong>respeito. É possível, então, que de um momento para outro seadquira a certeza dessa anterioridade da raça humana. Resta ver se ocataclismo geológico, cujos traços estão por toda a Terra, é o mesmoque o dilúvio de Noé. Ora, a lei de duração da formação dascamadas fósseis não permite confundi-los, remontando o primeiro,talvez, a cem mil anos. No momento em que forem encontradostraços da existência do homem antes da grande catástrofe, ficaráprovado que Adão não foi o primeiro homem, ou que sua criaçãose perde na noite dos tempos. Contra a evidência não há raciocíniospossíveis. Os teólogos deverão, assim, aceitar o fato, comoaceitaram o movimento da Terra e os seis períodos da Criação.É verdade que a existência do homem antes do dilúviogeológico ainda é hipotética, mas isto é de somenos importância.Admitindo que o homem tenha aparecido pela primeira vez naTerra 4000 anos antes do Cristo, se 1650 anos mais tarde toda araça humana foi destruída, com exceção de um só, conclui-se queo povoamento da Terra não pode datar senão de Noé, isto é, de2350 anos antes de nossa era. Ora, quando os hebreus emigrarampara o Egito, no século dezoito a.C., já encontraram este paísbastante povoado e com uma civilização muito adiantada.Prova a História que, nessa época, as Índias e outrasregiões eram igualmente florescentes. Seria preciso, então, que dodécimo quarto ao décimo oitavo séculos, ou seja, no espaço de 600anos, não só a posteridade de um só homem tivesse conseguidopovoar todas as imensas regiões então conhecidas, mas que, nessecurto intervalo, a espécie humana tivesse podido elevar-se daignorância absoluta do estado primitivo ao mais alto grau dodesenvolvimento intelectual, o que contraria todas as leisantropológicas. Tudo se explica, ao contrário, admitindo-se aanterioridade do homem, o dilúvio de Noé como uma catástrofeparcial, confundida com o cataclismo geológico, e Adão, que viveuhá 6000 anos, como tendo povoado uma região desabitada. Aindauma vez, nada poderia prevalecer contra a evidência dos fatos. Eis119

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