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FMS Mensagem 35 - Hermanos Maristas

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PROVÍNCIAS DO AMÉRICA DO SULBrasil Centro – NorteBrasil Centro – SulCruzeiro do SulParaguai (Distrito)NorandinaSanta Maria dos AndesAmazônia (Distrito)Rio Grande do Sul página 45PROVÍNCIAS DA ASIAChinaFilipinasCoréia (Distrito)Sri Lanka e Paquistãopágina 63PROVÍNCIAS DA EUROPACompostelaEuropa Centro-OesteIbéricaL’HermitageMediterrânea página 73PROVÍNCIAS DA OCEANIAMelbourneNova ZelândiaSidneyMelanésia (Distrito)página 89Níveis de atuação página 98Poster Ano Vocacional Marista página 100Explicação da Logomarca página 102Estatística do Instituto página 103


E D I T O R I A L Ir. AMEstaúnDescobriro sonho que estáno coraçãoOConselho geral, emsuas sessões plenáriasde junho de 2003,decidiu a realização de umAno vocacional marista emtodo o Instituto, com oobjetivo de fortalecer ocompromisso de todos os seusmembros com a missão quehoje está mais viva do quenunca. Essa iniciativa foi umagrande proposta à liberdade decada um para recriar o futuro.Aprofundar a reflexão do temada missão implica sempre seadentrar nos compromissos devida que pede o seguimentodo Senhor. Muitos homens emulheres se consagram aoseguimento total de Cristo emantêm firme o rumo. Esse foio sonho que incendiou aestrela do ideal. E hoje podemfazer o convite: “Venham evejam!” Essa proposta nãopromove ações que vitalizem apastoral vocacional, masconvida a participar em umavida comprometida com amissão. É um convite a entrarno mistério, na comunhão e namissão.O Ano vocacional marista foiuma proposta de comunhãomundial, eclesial, com amissão do Instituto: AnunciarJesus Cristo, torná-loconhecido e amado. Pararealizar essa missão o Paienviou seu Filho e agora enviacada um dos irmãos. Participardessa missão é colaborar comuma bela história. Agrandiosidade do projeto exigeque ninguém fique de fora e,portanto, temos que convidar,animar, propor e fazer-secompanheiro de caminho.Entretanto, mantêm suaatualidade aquelas imagensutilizadas pelo Vaticano IIpara definir a Igreja: vinha,arado, campo... imagenstomadas da linguagemcamponesa que fazem contínuareferência à vida, ao cuidado,ao cultivo, ao semear, à poda,2 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


arar, adubar,expurgar... E também à umacontínua atenção ao dono docampo, ao cultivador, aovinhateiro, ao guardião quefez uma cerca e uma torre devigia em torno da vinha.Hoje, ao falar da vocação, dosonho que Deus guarda nocoração para cada um de nós,usa-se uma linguagemsemelhante àquelado Concílio na qualse utilizam verbosmuito expressivos queanunciam processos de cultivovocacional: semear, suscitar,acolher, acompanhar, formar,educar, discernir.O Ano vocacional maristaserviu também parareapresentar atodo o Instituto os princípiossempre válidos de umapedagogia e uma pastoralvocacional: suscitar ointeresse pela pergunta:“Mestre, onde moras?”. Acolheras incipientes respostas e osprimeiros atrativos para ajudálosa crescer. “E foram comEle”. Acompanhar as respostasdos principiantes durante ocaminho vai se transformandoem resposta com a própriaresposta vocacional dandotestemunho de fidelidade.“Os chamou para permanecercom Ele”. E formar a pessoados novos vocacionados paraque possam colaborar namissão com eficiência.“Sereis minhas testemunhas”.O esforço para suscitarvocações, acolhê-las emnossas comunidades ou nosespaços institucionais ondehaja melhores condições paraacompanhá-las e ajudálasem seu processo eformá-las para amissãoSetembro de 2006 3


editorialIr. AMEstaúnà qual foram chamadas,pode ser vinculado demaneira estreita com a“pedagogia da presença”. Elaestá expressa em muitosdocumentos, onde se define aidentidade institucional comouma das características distintivasdo irmão marista. Para uma sociedadesecularizada se propõe o mesmo processo quando se fala defomentar uma “cultura da vocação”.O irmão Séan propôs dedicar 20% do tempo durante o Anovocacional marista a promover as propostas e os chamadosvocacionais. Para muitos irmãos, sem dúvida, foi uma meta e umindicador da generosidade pessoal. O desafio está em manteruma presença de autenticidade diante dos jovens. A pedagogiada presença ou a presença que se faz pedagogia éfundamentalmente uma pedagogia da opção vocacional, daentrega generosa que não põe limites ao espaço e ao tempo. Apedagogia da presença não é uma pedagogia para os momentosde aula ou de pátio, senão uma pedagogia em que a vida se dá.É uma vida que se faz pedagogia, testemunho, questionamentocontínuo e proposta. Por isso essa oportunidade não foi um anopara a aplicação e realização de uma tarefa, senão a tarefa davida que se faz mais intensa durante um ano para colocar emdestaque nosso testemunho.O espaço de um ano é suficientemente amplo para que oInstituto possa se submeter a um processo de planejamento eavaliação de uma responsabilidade que é co-natural com suamissão. Esse período, chamado Ano vocacional marista,organizado para um âmbito de alcance mundial, suscitou umatorrente de vida e de empenho que merecem o esforço de que sedeixe documentado. <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong> deseja reunir a memóriahistórica dessa graça doSenhor para o Instituto,e servir de referênciapara o horizonte abertoque temos adiante.4 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Superior geralIr. Seán SammonQueridos irmãos e membrosda Família Maristaem geral: No dia 15 deagosto de 2005 tivemos oencerramento de um anoque se destacou por um empenhoespecial na promoçãodas vocações através detodo o Instituto, particularmenteas vocações à vidamarista. Quando planejamosessa iniciativa eram dois osobjetivos que tínhamos emmente: primeiro, restabelecerentre nós a “cultura davocação” e, segundo, encontrarmeios efetivos paraidentificar e alimentar osapelos à vida religiosa hoje.Agora nos toca avaliar todoo trabalho que foi realizado.Isso não somentenos permitirá nos beneficiarmosdo trabalho quefoi realizado ao longo deum ano, mas também nosindicará o que necessitamospara planejar os passosseguintes que devemosdar no empenho comumpara promover as vocações no Instituto. Porém, existe umacoisa da qual podemos estar bem seguros: durante o ano vocacional,as Províncias, os irmãos e os leigos maristas se uniram numesforço extraordinário para animar e convidar os jovens a fazer davida religiosa seu próprio projeto de vida.Portanto, uma palavra de agradecimento desde o início a todos osque contribuíram a semear o que logo deu os seus frutos. Houveaqueles que decidiram simplesmente aumentar seu tempo dedicadoaos jovens, outros organizaram fins de semana vocacionais, escreveramartigos, desenharam cartazes, e acompanharam os jovensque se mostravam interessados em conhecer mais sobre nossoestilo de vida. Todos afirmaram que intensificaram suas ora-Cartaa meusirmãosSetembro Septiembre de 2006 5


Superior geralIr. Seán Sammonções nessa intenção, pedindoao Senhor que nos abençoassecom boas vocações. Obrigadoa todos e a cada um.Obrigado especialmente aosirmãos Théoneste Kalisa,Conselheiro geral, e ErnestoSánchez Barba, diretor doSecretariado das vocações.Eles planejaram e coordenaramo ano a partir da Administraçãogeral. Sem a generosacontribuição deles épossível que os elementosmais importantes da campanhanão tivessem visto a luzdo dia. A eles igualmente,obrigado!“Êxito”Ao terminar o ano vocacionaloficialmente alguns me perguntavam:“foi um êxito esteano?” E eu sempre respondiasem duvidar: sim, acrescentandoem seguida: porém foisomente o primeiro passodos nossos esforços para revitalizareste importante trabalhoe convertê-lo em umaresponsabilidade de todos.Mais recentemente me fizeramuma outra pergunta:“Daremos continuidade aoque foi feito?” E respondia acada vez: Sem dúvida!Ao fazer uma breve reflexãosobre o ano vocacional, tambémtenho que admitir que aparticipação não foi uniformeem todo o Instituto. Assimcomo os membros de algumasUnidades administrativasaderiram com entusiasmoao espírito e ao trabalhodesse projeto, outros semantiveram bastante distanteda iniciativa.Em alguns casos foi percebidonão somente a falta deatividade nessa área das vocações,como também umafalta de apoio para os poucosque se comprometeram comela. Essas atitudes constituemuma séria ameaça paraa futura viabilidade e vitalidadedessas Províncias ouDistritos.Assim não poderá havercontinuidade quando quiseremencontrar e formar a futurageração de irmãos. Desdeagora lhes asseguro que6 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Carta a meus irmãosserão dados todos os passosnecessários para remediar essasituação.ObstáculosOs acontecimentos vividosdurante esse ano nos mostraramque hoje temos diantede nós muitos obstáculos napastoral vocacional. Porexemplo, como lhes disse nacarta convocatória ao anovocacional, em muitas partesdo mundo estamos nos tornandoinvisíveis. Deixamosde lado os conhecidos sinaisexternos do passado e aindatemos que identificar os novossinais e nos colocarmosde acordo com eles. Por outrolado, ao mesmo tempoem que diminuía o númerode irmãos, muitos se refugiavamdentro dos escritóriosdos colégios, afastando-sedos jovens, ao invés de estarentre eles. Os membros do XXCapítulo Geral nos animarama sair dos escritórios e dasfunções administrativas emantermos um contato maisdireto com a juventude.Alguns se recusaram aconvidar os jovens a pensarse o nosso modo de vida poderiaser uma meta para eles.Preocupava-nos que nos tomassempor uns intrometidos,ou tínhamos medo deque nos dissessem simplesmente:“Não”. Porém, se falhamosem convidar os jovens,eles tiveram a impressãode que nem os queremosnem necessitamos deles.Sempre que encontrarmos umobstáculo na promoção vocacional,temos de buscar tambémuma solução ao invés delevantar as mãos em sinal dederrota.Quando foi iniciado o ano dedicadoà promoção vocacionalpara nosso estilo de vida,eu lhes dizia que estamosbuscando candidatos para amissão, e não para a sobrevivência.Portanto, se acreditamosque a Palavra de Deusainda continua viva para serproclamada às crianças e jovensdesfavorecidos,não podemosfazeroutracoisasenão nosunirmos nesseempenho.Nas páginasque se seguemvocêspoderão lerrelatórios emensagens sobreos aspectosespecíficos doano vocacional.Verão de maneiramais clara oplano geral comsuas diferentesatividades, assimcomoquaissãoSetembro de 2006 7


Carta a meus irmãosConvidar: não tenham receiode convidar os jovens diretamentepara refletir sobre apossibilidade de decidir-sepor nosso estilo de vida. Quasetodos os irmãos afirmamque um fator importante nadecisão de entrar na congregaçãofoi um convite pessoalque um dia recebeu. Assimsendo, continuem convidando,convidando, convidando.Não tenham dúvida, Deuscontinua chamando os jovensà vida religiosa. Nós haveremosde ser novamente seusinstrumentos nesse processo.Além do mais, descobrir umavocação religiosa é um poucocomo enamorar-se.Primeiro se conhece alguém,e com o tempo esse conhecimentose transforma em amizade.Desfruta-se o tempojunto a essa pessoa que nosfaz rir e com a qual nos sentimosbem. À medida que vamosconhecendo-a melhor,descobrimos que partilhamosmuitos sonhos e esperançascomuns, e que existem maiscoisas que nos une do quenos separa.E um dia, quase de maneiraimperceptível, nos damosconta de que esse conhecimentoque se converteu emamizade, agora se transformouem algo importante paranós. O processo leva algumtempo para se desenvolver, epassa por períodos de altos ebaixos, porém ao final sabemosque encontramos a pessoacom a qual queremos passaro resto de nossos dias.O chamado à vida religiosatambém se compõe de muitoselementos humanos e temsua própria carga de altos ebaixos. Porém, dentro contémo convite do Senhor a fazerd’Ele o centro e a paixão denossa vida. E esse convite émuito difícil de resistir.Setembro de 2006 9


Ir. Théoneste KalisaAnovocacional.E agora?IntroduçãoEncerramos um ano durante o qual todas as Províncias do InstitutoMarista desenvolveram uma grande atividade em favor da pastoraldas vocações. Vários irmãos, trabalhando juntos, engajaram-se na reflexão,na oração e na ação com os jovens.Um dos resultados mais plausíveis foi o despertar dos irmãos para arealidade do chamado pessoal que Deus lhe faz desde a juventude, eo convite a partilhar esse chamado com os jovens de hoje. É verdadeque necessitamos lembrar que esse despertar assumiu diferentes formas.Para alguns, ele estava sob a forma de uma interrogação. Paraoutros, foi a fonte de um novo dinamismo na pastoral vocacional.Houve, portanto, boas reações e iniciativas muito encorajadoras, masao mesmo tempo pudemos observar a profundidade e a extensão dotrabalho a ser feito.A partilha e a reflexão nessas linhas abaixo se situam na continuidadedo ano marista das vocações e na resolução da Conferência geralde desenvolver uma cultura da vocação no Instituto.10 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


PreliminaresOlhar em direção ao futuroEm nossos dias é comum falar de futuro, do o-lhar voltado para o futuro, etc. Parece que essalinguagem desperta entusiasmo. É encorajadorconstatar que a vocação à vida consagrada é,por sua própria natureza, um olhar voltado parao futuro. A vocação de educador cristão tal comoa nossa, reforça ainda mais esse olhar emdireção ao futuro. Nossos companheiros cotidianossão jovens cujo passado pessoal se resumea pouca coisa. A vida deles é o futuro, desconhecido,mas atraente, por vezes incerto, massempre desafiador. A vocação de caminhar comos jovens exige partilhar suas inquietudes, suasalegrias e esperanças, e participar do seu projetode um mundo diferente e melhor.Animação da EsperançaEntre os jovens, somos semeadores de esperança.Através da nossa vocação dizemos aos jovensque em sua caminhada, às vezes às apalpadelas,eles não estão sozinhos. Alguém caminhaao lado deles, sempre, e sem pressa. Énossa vocação dizer aos jovens que eles sãoconvidados, que eles são aguardados, mas cabea eles de fazer seu caminho. Nossa vocação éde testemunhar que a caminhada é possível eaqueles que os convida, Jesus, está sempre presentepara o encontro.Uma tal animação necessita convicção e perseverançano compromisso. Exige também umarenovação contínua para escutar e compreenderas preocupações e os pontos de vista que mudamcontinuamente através das gerações de jovens.Sentimento de missãoA vocação nasce e persevera como conseqüênciade um profundo sentimento da missão. Estapode ser ativa ou racionalmente mística, mas apessoa chamada sente que deve sair da sua comodidadee se dirigir para Deus e para os homens,seus irmãos.Nossa missão tem necessidade de um sentidoprofundo de transcendência. Qualquer que seja aimportância de uma causa, enquanto permanecerpuramente horizontal ela não pode justificar nemmotivar de maneira durável uma vocação à vidaconsagrada. É o risco da instrumentalização davida consagrada. E esta tem levado a situaçõesmuito lamentáveis. Somente a relação com Jesuspode justificar e explicar o compromisso a ser seguido.Não existe contradição entre seguir Jesuse servir os irmãos, muito pelo contrário. Mas noque se refere à vocação à vida consagrada, o encontroe a relação com Jesus têm primazia sobreo compromisso. Dizendo isto, não ignoro acontrovérsia que existe sobre o assunto.Setiembre Setembro de 2006 2006 11


Ir. Théonese KalisaO sentido do envio, dodeslocamento e do irem direção ao desconhecidosão três elementoschaves de umavocação autêntica. Oprimeiro diz que a realidadeda vocação éuma iniciativa que partede um Outro. O segundosignifica que opapel do chamado éessencial no processogeral. O terceiro expressa a natureza da relação entre o chamado eaquele que chama: a fé, a esperança e a caridade.Sublinhemos também que a missão é a expressão do otimismo davocação. Deus confia no ser humano e lhe pede para contribuir natransformação do mundo segundo seu projeto. Nessa tarefa o consagradoé ativo, criativo; ele prevê, reflete, calcula, etc. Mas sabe quesua ação se insere dentro do projeto de Deus, o qual somente Ele,segundo o seu querer, pode realizar sua Promessa. Nisso está a forçado consagrado! A vocação marista é um ato de esperança.A vocaçãono cotidianoUma questão de confiançaO ano Marista das vocações nos ensinou sobre vários aspectos. Se forverdade que de maneira geral houve um impulso em favor da pastoraldas vocações, mas também observamos, aqui e ali, resistência, lentidão,indiferença e mesmo desilusão e/ou bloqueio. Essas atitudes seaplicam também tanto à pastoral vocacional quanto à pertinência davocação dos irmãos de idade madura.Além do compromisso existe, pois, uma questão de confiança. Pareceque se pode ter uma identidade relativamente clara, estar engajadono apostolado e, no entanto, se colocar a pergunta ou dizer:“Minha vocação não é mais pertinente em meu país, hoje”.Pertence ao Espírito Santo a decisão de colocar umfim a uma das expressões da sua Igreja. Mas, esse éum terreno onde é ilusório fazer declaraçõesbaseadas sobre análises sociológicase sobre gráficos. Hoje, entretanto,a confiança no futuro parece melhor fundamentada.Em uma Igreja e um mundo variados,a vitalidade ganha ao ser melhor12 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


distribuída. A contribuição das jovens igrejas locaisjá expressa a universalidade e vitalidade davida consagrada na Igreja universal durante osanos vindouros.Ter confiança está na natureza da vocação à vidaconsagrada e era um refrão na vida do padreChampagnat. Existe motivo para acreditar queum trabalho sobre a cultura da vocação maristadeve ser feito com urgência em nosso Instituto.Um compromisso bem motivadoNos lugares onde estamos presentes, os irmãossão em geral conhecidos e admirados por seucompromisso apostólico. E vários de nossosamigos e simpatizantes se perguntam, às vezesem alta voz, por que perdemos nossos irmãosjovens. Os irmãos, eles mesmos se fazem a mesmapergunta. Além das numerosas explicaçõesformuladas, existe lugar para colocar a questãoda motivação e da cultura da vocação. Em váriaspartes do Instituto o carisma da educação cristãda juventude nos remete com freqüência a umtrabalho complexo que consome nosso tempoaté nos fazer esquecer as motivações que nosguiam. Do ponto de vista da nossa vocação, essasituação cria gigantes com os pés de argila.A cultura da vocação poderia ser uma resposta àessa difícil situação. Face à essa grande atividadeprofissional desgastante, a cultura da vocaçãoem nossa comunidade permite desenvolverum contexto que dá um sentido à ação e reforçaas motivações. O porto do repouso torna-setambém um lugar de revitalização vocacionalcotidiano.Entretanto, esse mal estar descrito acima nãoatinge somente a vida religiosa. Em nossos diasvários casais muito unidos no início se separamporque um dos parceiros, seduzido pelo sucessoou fascinado pelo dinheiro, se envolve no trabalho,até esquecer o companheiro(a) e a família.ConclusãoQuando falamos da vocação do irmão marista, ootimismo é um agradável dever. Mas esse estadode espírito não pode ser senão o resultado de váriosoutros fatores. Olhamos especialmente para apastoral das vocações como a construção de ummundo do qual fazemos parte como indivíduos oucomo comunidade. É nosso futuro!Dentro de um novo paradigma religioso, o desenvolvimentoda cultura da vocação marista se impõecomo uma realidade onde encontraremosnossa identidade e na qual responderemos aosapelos da Igreja e do mundo.Setiembre Setembro de 2006 2006 13


Ir. Ernesto Sánchez B.Vale a penacontinuaro sonho!Desde a sua fundação, há quase duzentos anos, nosso Instituto viveuépocas de abundância e de escassez de vocações. Durante osúltimos trinta anos, enquanto tem aumentado consideravelmente onúmero de leigos comprometidos com a missão marista, seja comocolaboradores nas obras educativas, seja vivendo mais profundamentea espiritualidade marista, se constata ao mesmo tempo agrande diminuição do número de irmãos.Situamos essa realidade dentro de um contexto de mudanças sociaise religiosas, no qual a própria vida religiosa continua passandopor um processo de transformação e de adaptação. Nesse sentido,o Capítulo Geral de 2001 motivou a “Escolher a vida”, a partirdo chamado e da convicção de que vale a pena dar continuidade aocarisma marista em favor de tantas crianças e jovens do mundo quehoje necessitam de uma palavra de amor e de esperança.Assim, nessa linha de opção pela vida, o Ano vocacional maristafoi, entre outros, um importante projeto lançado pelo Conselho geral.Com ele se buscou basicamente motivar para um esforçoconjunto no qual, irmãos e leigos das comunidades e colégios detodo o mundo marista, manifestássemos um especial interesse eenvolvimento com o tema das vocações. Incluímos a preocupaçãodo Instituto pelo tema vocacional dentro de um quadro mais amplo,assim como foi o interesse da Igreja por esse tema vital duranteos últimos anos. Foram realizados vários Congressos vocacionaisem nível internacional, mais de 40 Jornadas mundiais de oraçãopelas vocações, além de uma contínua menção do tema nos recentesdocumentos eclesiais. Tudo isso em vista de um suporte teológico-pedagógicoda vocação que responda à realidade atual.Atualmente, não é fácil falar de vocação, talvez porque sejauma palavra que tem relação com doação, entrega, sacrifício,e estes são termos que atualmente parecem estar desaparecendodo nosso vocabulário. Ou, talvez, porque seusignificado foi reduzido, fazendo referência direta ou exclusivamenteà vida sacerdotal ou religiosa, enquanto que na realidadeseu significado é muito mais amplo. A palavra vocação poderia sertraduzida como o sonho que Deus tem para cada um de nós. Issoimplica num processo de descoberta que começa pela aceitação14 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


alegre da vida como um dom, e continuapelo encontro pessoal com Jesus que nosfaz experimentar seu amor único e incondicional,e termina com nossaresposta às perguntas que fazemos seriamentediante d’Ele: Que queres demim nesta vida? O que posso fazer pelosoutros, sobretudo por aqueles quese encontram em maior necessidade?A vocação é dom, é revelação e surpresa, édesafio; é uma dinâmica que se atualiza cotidianamente,um caminhar no qual não estamos sozinhose que nos pede para ter os olhos e o coraçãobem abertos.Quisemos realizar o Ano vocacional marista nalinha de uma pastoral vocacional ampla, centradana vocação de cada jovem, propondo-lhe caminhosde busca e de discernimento. Ao mesmotempo, como uma ocasião propícia para falar demaneira clara e aberta sobre o chamado à vidareligiosa marista, apresentando-a como uma vocaçãoque permite uma vida em plenitude aquem se entrega ao Senhor de maneira íntegra etotal, servindo-o na pessoa das crianças e jovensmais necessitados.Eis porque o objetivo proposto desde o iníciofoi:Queremos, como Instituto, solidarizar-nosem um esforço comum pela Pastoral vocacional,realizando um ANO VOCACIONAL MARISTAque motive todas as Províncias e Distritospara um esforço CONJUNTO nos níveisda REFLEXÃO, ORAÇÃO, TESTIMUNHO E AÇÃOpelas vocações na Igreja, com especial atençãoà proposta vocacional marista.Preparação doAno vocacional maristaCom um pouco mais de um ano de antecipação,as Províncias e Distritos foram convidados a idealizarum plano de acordo com a sua própria realidade.Para isso os convidamos a sonhar, a sonharem equipe, a sonhar em busca de caminhos novose inéditos a partir do que Deus está desejandopara a vida e missão do Instituto. Foi lançado oconvite para concretizar esse sonho em ações quemotivassem a todos para se comprometerem decoração com o tema e a se envolverem com as diferentespastorais da Província e da Igreja local.Desde o início se motivou para que nesse esforçoconjunto fossem integrados a reflexão, a oração, otestemunho e a ação a partir de idéias chave doEvangelho: um esforço “em seu Nome” (cf. Lc 5,5)que nos anima a “lançar as redes do outro lado dabarca e encontrar...” (cf. Jo 21,6), encontrar novoscaminhos, novas luzes, novas maneiras de proporao jovem caminhos de discernimento e acompanhamentovocacional, novas formas de viver hojeo carisma e a missão maristas como resposta aomundo de nossos dias.Quisemos marcar sua realizaçãoentre duas festas marianas:o nascimento de Maria(8 de setembro) e sua Assunção(15 de agosto), para nosrecomendar a ela como o feztantas vezes MarcelinoChampagnat, que dizia: Maria,esta comunidade é obratua! Cada Província podia escolhere adaptar as datas segundoa conveniência dosseus calendários.Foi pedido para que em cada Província e Distritohouvesse uma Comissão do Ano vocacional marista,e para que um dos irmãos fizesse o serviço deponte com a Comissão vocacional do Conselhogeral. Dessa forma se constituiu uma rede de comunicaçãocom cerca de quarenta irmãos. O trabalhoem equipe e a comunicação freqüente foramelementos chaves para a preparação e realizaçãodo projeto.Setembro de 2006 15


Ir. Ernesto Sánchez B.A convocação para o lema foi lançada nove meses antes. Houve umaboa participação por parte das Províncias, tanto quando se tratou desugerir os lemas como quando foi realizada a sondagem para escolherum deles. Um grupo internacional de oito irmãos, depois de haver sidoestabelecido o critério de criar um lema que desse unidade ao projetoe dentro do qual todos se sentissem incluídos e interpelados (irmãos,leigos, jovens), e levando em conta as contribuições e os resultadosda sondagem, chegou à formulação que agora nos soa tãofamiliar: “Viva hoje o sonho de Champagnat”! Sim, aí estava esse sonhotão cheio de vida, esperando sua promessa, com o convite acontinuá-lo, a revivê-lo e atualizá-lo no mundo que hoje nos cabe viver.Uma vez definido o lema, foi lançado o convite para se desenhar a logomarcae o pôster. Faltavam somente sete meses para começar oAno vocacional. Chegaram contribuições do Brasil, Austrália, Madagascar,México, Zimbábue, Coréia e Nova Caledônia. Quanto à logomarca,um grupo internacional analisou as contribuições levando emconta os critérios como a simplicidade, o conteúdo do lema, a internacionalidade,a evidência clara de que se tratava de algo marista. Efoi assim que se escolheu a logomarca enviada pelo noviço AnselmoKim, pertencente ao Distrito da Coréia.O pôster foi idealizado pelo irmão Luis Enrique Rodríguez Santana, daProvíncia do México Ocidental. Com o apoio da Editora TIPOCROM, em


Roma, e a opinião de um grupo internacional deirmãos, a Comissão das vocações apresentou odesenho final para impressão e enviou os 9 milexemplares que foram solicitados pelas Províncias.Imprimimos também o pôster em formatopostal, incluindo no verso a oração pelas vocações,do qual foram solicitados 85.000 exemplares.Todo esse material foi impresso nas quatrolínguas oficiais do Instituto e em outras mais,segundo foi sendo solicitado. Além disso, váriasProvíncias reproduziram tanto o pôster como opostal com a oração. Um lema, um pôster, umaoração comum... com tudo isso se desejavacontar com símbolos que dessem unidade a esseesforço internacional que realizávamos como Instituto.A poucas semanas para dar início, o Ir. Superiorgeral enviou a todo o Instituto a carta de abertura“Reavivar a chama”. Através dela o irmão Seánpartilhava conosco seu pensamento, procurandonos contagiar com seu otimismo em vista de umrenascer vocacional no Instituto e, para isso, lançou-nosdesafios importantes. Cada irmão foiconvidado a viver uma oração mais profunda econstante pelas vocações, a comprometer-se maisintensamente na vivência da própria vocação evoltar a se aproximar do mundo dos jovens. Suacarta foi de grande ajuda e motivação nas Provínciase Distritos, além de ter sido uma amostra doseu compromisso pessoal com o projeto que ele eseu Conselho propunham a todo o Instituto.Realizaçãodo Ano vocacional maristaDesde a abertura foram sendo realizadas diferentesiniciativas em todo o Instituto. Na linha daoração foram organizadas peregrinações aos santuáriosmarianos e celebrações nas comunidadese colégios. Na Casa geral de Roma, uma vela foimantida acesa durante as 24 horas do dia, desde8 de setembro de 2004, até 31 de dezembro de2005, como sinal da oração que elevamos continuamenteao Senhor e à nossa Boa Mãe em favordas vocações em todo o Instituto. Também comosímbolo do acompanhamento que era dado a todasas Províncias e Distritos.Várias reuniões e palestrasforam realizadas em nívellocal, regionalou provincial. Demaneira especialforam organizadosencontros e jornadasde reflexão comos jovens. Em muitoslugares se tratou defavorecer uma adequadacatequesee pastoral juvenildentro do temavocacional.Foram criados algunssites webcom materiaisvocacionais.Algumas Províncias atualizaram a área dedicadaàs vocações que já fazia parte da sua páginaprincipal. Em outros lugares foi desenvolvido outrotipo de comunicação, via e-mail ou materialimpresso, tanto para partilhar a informação doque ia sendo realizado, como para trabalhar eapoiar-se em forma de rede. E desde o início nãofaltaram iniciativas na linha da elaboração demateriais como pôsteres, folhetos, cartões, camisetas,calendários, canetas, chaveiros, etc., como logotipo e com o lema do ano vocacional.Em algumas Províncias foi organizada uma redede contatos com cada comunidade sobre o temavocacional, a fim de animar o trabalho cotidiano.Nas escolas e nos grupos de jovens foram realizadassemanas vocacionais. Houve acampamentosvocacionais, nos quais se contou com a participaçãode um bom número de irmãos. Em muitoslugares se buscou dinamizar os projetos comunitáriosdentro do tema vocacional, e procurandofazer da comunidade um lugar de acolhida paraos jovens. Algumas Unidades Administrativas colocarama pastoral vocacional como primeiraprioridade, buscando oferece os recursos necessáriospara colocá-la em prática.Também houve algumas idéias mais originais ouinovadoras, tais como a realização de uma oraçãoSetembro de 2006 17


Ir. Ernesto Sánchez B.itinerante, ao longo dos diferentes países que compõem a Província,em união com as comunidades e famílias próximas da nossa espiritualidade;a composição do Hino do Ano vocacional marista; a organizaçãode um congresso nacional de juventude com o tema: Viva hoje osonho de Champagnat!; uma maior inserção no trabalho paroquial depastoral vocacional e com outras congregações religiosas; o lançamentode concursos de desenhos, de músicas com o tema “o sonhode Marcelino hoje”; a criação e consolidação de equipesde pastoral vocacional; um maior envolvimento dos leigosno trabalho vocacional.Não faltaram as dificuldades em meio a tudo isso quefoi realizado, algumas de caráter interno, outras externo.Por exemplo, em algumas Províncias compostas porvários países não foi fácil a comunicação devido às distânciasgeográficas, à diversidade de línguas, ou à dificuldadede acesso aos meios como a Internet. Outrasforam mencionadas como a falta de esperança e compromissode mais de um irmão em relação ao tema vocacional,e também a dificuldade de algumas comunidadespara assumirem a pastoral vocacional como umamissão de todos. Em certas obras apostólicas, dada afalta de irmãos ou o excesso de atividades de alguns deles,a presença entre os jovens se faz menos visível, atémesmo menos possível e real. Em outras partes não foifácil conjugar o projeto do Ano vocacional marista comas atividades normais da escola ou com as datas do cursoescolar.Foi mostrado também que o ambiente sócio-cultural nãoestá favorecendo entre os jovens o interesse pelo temae, inclusive não os anima – pelo contrário, os desestimula– a assumir uma opção vocacional generosa, exigentee comprometida. Também se fez referência à dificuldadeque se tem para oferecer um acompanhamentosistemático aos jovens interessados.Avaliação e continuidadedo Ano vocacional maristaEm cada Unidade Administrativa foi sonhado e levadoà prática um projeto que a muitos encheu de esperança,gerando novas energias e esperanças pelo temavocacional, permitindo constatar novamente que nossavocação é atual e que vale a pena propô-la aos jovensde hoje. Ao mesmo tempo nos demos conta deque muitos jovens estão ali, esperando escutar comabertura a mensagem vocacional, abertos a todas as18 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


possibilidades vocacionais e também com aberturapara escutar a proposta marista. Além docompromisso e participação de muitos irmãos,também foi muito positiva a participação diretade muitos leigos que se comprometeram, valorizandoseu próprio ser de leigo marista e colaborandocom os planos em favor das vocações.As Províncias e Distritos foram convidados a fazeruma avaliação objetiva e realista, buscandoa melhor maneira de dar continuidade ao quefoi realizado. Nas contribuições foram mencionadosos desafios tais como: dar continuidade aprojetos e atividades que foram lançados tendocomo objetivo o Ano vocacional marista; formularum projeto destinado a articular maneira departilhar a vida das comunidades maristas comos jovens; buscar caminhos de trabalho conjuntocom os leigos na pastoral vocacional; estabeleceritinerários claros de acesso à vida marista;reencontrar caminhos de contato com osjovens fora do meio escolar; fazer com que acultura vocacional chegue a fazer parte do ProjetoEducativo nas obras escolares e seja assumidanormalmente; favorecer a designação epreparação de um acompanhante vocacional emcada comunidade e centro educativo, além demotivar o compromisso de todos pelas vocações;dar testemunho alegre da vivência denossa vocação de irmão; animar-nos em proporde maneira direta ao jovem a vocação de irmãomarista; avaliar a incidência vocacional quetem o conjunto de atividades realizadas pelaProvíncia; buscar caminhos de integração dasnovas vocações em algumas Províncias onde aidade da maioria dos irmãos está avançada.Finalmente, ao longo da realização do Ano vocacionalmarista foram surgindo novos questionamentose inquietudes, e também foi sendopossível ver tanto os acertos como as falhasque existiram durante seu planejamento e desenvolvimento.Sabemos que o tema vocacionalnão é um tema fácil de ser afrontado, pois poruma parte toca e questiona de cheio nossa vida,fazendo-nos um apelo à autenticidade e àcoerência de vida, e por outra toca de cheio avida dos jovens inseridos numa cultura que favorecemuito pouco seu discernimento vocacional,assim como seu compromisso a longoprazo.È importante destacar que o Ano vocacionalmarista produziu já alguns frutos que se fazemevidentes, porém, seguramente existem eexistirão muitos outros frutos, os quais nãoserão apreciados senão a longo prazo. Tratousede um projeto que quis ter Deus como centroe fonte e, por outro lado, sabemos que éa ele que pertencem os frutos atuais e vindouros.Ao final da realização do Ano vocacionalse experimentou sentimentos tanto dealegria e agradecimento por muitas realizações,como de certa frustração por aquilo quenão se alcançou. Em ambos os casos se tratade colocá-los nas mãos do Senhor e da BoaMãe, pedindo-lhes que continuem realizandoa obra de sua mãos. Na realidade, o Ano vocacionalmarista foi mais um início do que umarealização já concluída. A nós correspondecontinuar oferecendo o máximo do nosso esforçoe oração, com a atitude de quem semeiacom esperança e crê de coração que, parao bem de tantas crianças e jovens, vale apena continuar o sonho!Setembro de 2006 19


Ajudaroutrosa sonhar“Se vocês me solicitassem um artigosobre as competências necessáriaspara um líder em nosso Instituto hoje,eu incluiria entre as muitasresponsabilidades a seguinte:“ajudar outros a sonhar”.Algumas pessoas apostam no futuro. No entanto,o que na realidade leva a criar e delinear o futuro,são os sonhos e a coragem para torná-los realidade.Sonhos como o sonho de Marcelino Champagnat”.AJUDAR A SONHAR...porque existem motivos de esperançaem nível pessoal e institucional, conscientesde que teremos que nos esforçare tomar algumas decisões corajosas.Discurso de abertura e encerramentoIr. Seán D. SammonAJUDAR A SONHAR...porque muitos irmãos souberam assumir riscose começaram a transformar suas vidasa partir de uma relação mais profundae apaixonada com Cristo.AJUDAR A SONHAR...porque essa transformação pessoal pode serpartilhada em suas comunidades com quantosse relacionam com eles, e a partirdaí penetrar e vivificar todo nosso Instituto.AJUDAR A SONHAR...porque está nascendo um entusiasmorenovado para convidar os jovensa considerar o seguimento de Jesus,do jeito de Champagnat,como uma opção vital apaixonante.AJUDAR A SONHAR...porque nossa missão continuasendo a de chegar a tocar os coraçõesde nossas crianças e jovens de maneira quetransforme sua maneirade pensar e de viver o Evangelho.AJUDAR A SONHAR...porque esta frase que Marcelinogostava de repetir:“A vida do Irmão consiste em amar a Deus,a torná-lo conhecido e amado”,continua sendo a expressão adequada parao hoje de nossas vida e um guia que nos ajudaa aprofundar nossa identidade e missão.AJUDAR A SONHAR...porque, se nos esforçamos para crescerno amor de Deus, no amor mútuoe no amor pelo Instituto, encontraremosdentro de nós a coragem e a audáciaque requer nosso mundo hoje.AJUDAR A SONHAR...porque, enquanto partilhamos o carismade Marcelino – irmãos e leigos –o entusiasmo, o amor pelos jovense sua paixão por Jesus e seu Evangelhosão uma bênção para cada um de nós,para nosso Instituto e para a Igreja.20 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


ProvínciasAfrica África■■■■■África AustralMalawi, Zimbabwe, Angola, Moçambique, Zâmbia, África do SulÁfrica Centro LesteR. D. Congo, República Centroafricana, Kenia, Ruanda, TanzâniaMadagascarMadagascarNigériaNigériaÁfrica do Oeste (DISTRITO)Costa do Marfim, Gana, Camarões, Guiné Equatorial, Chad, LibériaSetembro de 2006 21


ÁfricaÁfrica AustralMalawi, Zimbabwe, Angola, Moçambique,Zâmbia, África do SulRepercussões do Ano VocacionalFoi com grande alegria que se acolheu na Província o Ano Vocacionalque nos convidava a vivê-lo nas três dimensões: reflexão,oração e testemunho. Por que foi acolhido com júbilo?Porque dava a cada Irmão, em primeiro lugar, a oportunidade derefletir sobre a sua própria vocação, seja ela de poucos ou muitosanos de caminhada. O importante, é a intensidade de vivênciadesse compromisso com a Igreja e a Missão em prol das criançase da juventude;Porque duma forma direta, o desafio que nos era feito peloSuperior Geral de consagrar os 20% para o ministério vocacional,levava cada um de nós a não ficar indiferente ao assunto, massim a assumir a tarefa no espírito das nossas Constituições noseu Artigo 94: "...todo o Irmão deve sentir-se como dinamizadordas vocações na Igreja, de forma particular, à vocaçãoMarista";Porque oferecia mais uma oportunidade de contato com osjovens, as Paróquias e diversos movimentos de apostolado,para uma catequese vocacional geral e particular, na linhada vocação religiosa;Porque nos convidava, através da oração, a levantar osolhos ao alto, para que em ambiente de oração e recolhimento,implorássemos ao dono da messe que abençoasse,despertasse nos jovens, comunidades cristãs, interesse emescutar e seguir ao Mestre da Vida e que na encarnação,Jesus chamoua si os que ele quis.(Mc 3, 13)CASAS DE FORMAÇÃOEM 2005PostulantadoMtenderePostulantesnas Comunidadesda ProvinciaNoviciadoEscolasticadoKutamaMatolaEscolásticosnas Comunidadesda Provincia22 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. A. Sanasanaquis que possuíssemos essa vida em abundância(cf Jo 10,10).Todos os Setores que compõem a nossa ProvínciaMarista da África Austral, (Angola, Áfricado Sul, Malawi, Moçambique, Zâmbia e Zimbabwe),acompanharam as suas actividadescom a oração, cientes de que “se o Senhornão edificar a casa, em vão trabalham os seusconstrutores”, como nos aponta o Salmista(cf. Sl 126/127). E as palavras encorajadorasdo Evangelho: “Pedi e recebereis, batei à portae ser-vos-á aberta,...”.Esta oração, viveu-se em três níveis: pessoal,comunitário e muitas vezes os próprios gruposque eram objeto de animação, tornavam-seprotagonistas. Houve casos em que grupos ouMovimentos Paroquiais (Legião de Maria,Comunidades de Base), envolveram-se commuita seriedade na oração, em prol das vocaçõesna Igreja e, de forma particular, para vocaçõesreligiosas.Apesar do Ano Vocacional ter-se encerrado, osirmâos em nível pessoal ou Comunitário, diariamente,semanalmente ou ocasionalmente(nesta Província), dirigem suas orações aDeus, rezando dentro do espírito das nossasConstituições e do Ano Vocacional.Que frutos colhemos do nosso trabalho e /ouda nossa oração? É difícil dizer aqui. Afinal, anossa tarefa era muito mais de semear ou lançara semente, colaborar com o Mestre, deixandoque os frutos desta nossa participação naSua Vinha, seja Ele próprio, a dar-nos o quetem a dar nos meses ou anos vindouros. Aquilode que estamos convitos, é que Ele continuatornando bem atuais as suas palavras:"Ide e anunciai a Boa Nova e fazei discípulos"e convidando-nos como fez com o ProfetaAmós: "...vai profetizar a Israel meu povo"(cf Am 7,15). E ainda mais, sede minhas testemunhasaté os confins da terra (cf At 1,3-8), a missão a que vos confio é para serdesminhas testemunhas (cf Lc 24, <strong>35</strong>-48) e comoo Pai Me enviou, Eu também vos envio (cf Jo20,19-23).A nossa oração centrou-se dentro deste espíritoe destes textos, isto é, na oração; com aoração reflectimos, a fim de que o Mestre possasuscitar nos Jovens o verdadeiro sentido emissão, de quem quer consagrar-se a Deus eaos irmãos, no seio da Igreja.Estamos confiantes de que o Senhor que nuncaabandona quem O serve, abençoará e enviaráà nossa Província e ao Instituto, jovensque querem servir a Igreja dentro do carisma eespiritualidade da nossa Congregação, segundoo sonho do nosso Santo fundador S. MarcelinoChampagnat.Setembro de 2006 23


ÁfricaR. D. Congo, República Centroafricana,Kenia, Ruanda, TanzâniaÁfrica Centro-LesteNoviciadode Save,RuandaSaveNairobi (MIC)MwanzaDesignou dozedentre elespara ficarem sua companhia.(Mt 3, 14)24 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Postulantadode Mwanza,TanzâniaSetembro de 2006 25


ÁfricaMadagascarViver hoje o sonho de ChampagantPara a abertura do ano marista das vocaçôes no dia 8 de setembrode 2004, convidamos todos os colégios e escolas maristas a organizaruma celebração especial com os alunos, professores e leigos.O tema dessa celebração foi: O sonho de Marcelino, viva-o!Convidamos também todas as comunidades maristas para organizaremuma celebração especial sobre o ano marista das vocações.Durante o ano, organizamos encontros sobre o tema da vocaçãoem geral, escolhendo exemplos no Antigo e no Novo Testamento.Escolhemos, por exemplo, as histórias de Abraão, Moisés, Samuel,Maria, e especialmente aquela de nosso Fundador, São MarcelinoChampagnat. Elas também serviram como base das aulas de formaçãoem nossos colégios e escolas. Depois, houve uma gincanavocacional sobre as pessoas citadas acima, com o objetivo de motivaros nossos alunos e outros jovens a ler e a conhecer a Bíblia,e para ver como Deus chama os homens. Queríamos, assim, encorajarnossos colaboradores leigos ou aqueles de outras congregaçõesa participarem da animação vocacional da Igreja.Cada escola e colégio receberam um convite para enviar representantespara o encerramento do ano vocacional marista. Para essemomento foi organizado um Acampamento Marista de cinco dias,em Antsirabe. Foi um encontro nacional das obras dos irmãos <strong>Maristas</strong>.Durante esse Acampamento Marista, as delegações de nossasescolas e colégios participaram de diversas atividades, entreas quais a gincana para escolher o vencedor. As perguntas versavamsobre o tema da vocação das pessoas já mencionadas:Postulantadode Fianarantsoa,MadagascarFianarantsoaComo o Pai me envioueu também vos envio.(Jo 20, 20)26 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Modeste RandriamanalinaAbraão, Moisés, Samuel, Maria e MarcelinoChampagnat. Os participantes tinham preparadoos temas em suas escolas durante o ano.Houve, também, momentos de animação vocacionale cultural.Colaboramos com as fraternidades maristasexistentes em Madagascar, como os Jovens<strong>Maristas</strong> de Madagascar (JMM), a Associaçãodos Jovens <strong>Maristas</strong> (AJM), os antigos alunosmaristas de Madagascar, etc.Como exemplo concreto de compromisso paracom Deus, tivemos a profissão perpétua do irmãoMichel RAZAFIMANDIMBY, em 15 de agostode 2005, na catedral de Antsirabe.No dia 15 de agosto de 2005, os participantesdo Acampamento Marista fizeram umaperegrinação organizada pela paróquia deAntsirabe. Durante o Ano marista das vocações,minha equipe da comissão de pastoral visitououtras escolas e colégios de Madagascar parapromoverem a animação pastoral das vocaçõesna Igreja, e para falar dos diferentes estadosde vida. Trabalhamos também em conjuntocom outras congregações religiosas.CasaProvincial,AntsirabéColégioSão José,AntsirabéSetembro de 2006 27


ÁfricaNigériaUma festa cheia de ritos, de música e de cor14 jovens africanos apostampor ser irmãos maristasOito noviços fizeram seus primeiros votos em 19 de Junho,no noviciado internacional de Kumasi, uma obra partilhadapela Província marista da Nigéria e o Distrito da África doOeste. Este ano, só um dos novos professos pertence ao Distrito:um camaronês. Os outros 7 são nigerianos. Para o anopróximo preparam-se 4, cada um de uma nacionalidade: Costade Marfim, Libéria, Camarões e Nigéria.Foi uma linda cerimônia, ao ar livre,na qual, como de costume, estiverampresentes o bispo, grande número desacerdotes, praticamente todas ascomunidades religiosas da cidade, emuitos amigos e conhecidos do bairroe da paróquia. Muitos deles vestiamroupas e mantos tradicionais,de um colorido impressionante. Umaverdadeira festa africana, cheia deritos, de música e de cor, que se prolongoucom uma refeição na qualparticiparam todos os convidados.OrluAlegrai-vos de queos vossos nomesestejam escritos nos céus.(Lc 10, 20)28 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Postulantado ePré-PostulantadoOrlu, NigériaA Província da África Centro Leste recebeuem 20 de junho os seis novos professos,cinco dos quais procedentes da RepúblicaDemocrática do Congo e um da RepúblicaCentro Africana. As circunstâncias sociais epolíticas, por vezes adversas, não são obstáculopara que os jovens escutem a Palavrade Deus em sua vida e a respondamcom generosidade. O carisma de Marcelinoestá vivo no coração dos jovens.Setembro de 2006 29


ÁfricaÁfrica do Oeste(Distrito) Costa do Marfim, Gana, Camarões,Guiné Equatorial, Chad, LibériaEscola ChampagnatKumasi, GanaKumasiTatumSai de tua terrae vai ondeeu te mostrarei(Gn 12, 1)30 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Casa do DistritoAcra, GanaNoviciado de Kumasi,GanaSetembro de 2006 31


ÁfricaMICMarist International Centre32 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


ProvínciasAmérica NortedoeCentral■■■■■América CentralCosta Rica, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Porto RicoCanadáCanadá, HaitiEstados Unidos da AméricaEstados Unidos da América e JapãoMéxico CentralMéxico OcidentalSetembro de 2006 33


América do Norte e CentralAmérica CentralCosta Rica, El Salvador, Guatemala,Nicarágua, Porto RicoAno vocacional maristana América Central“A vitalidade do Instituto se manifesta por nossa fidelidadepessoal, pela fecundidade apostólica pelo despertar das vocações”..(Constituições 163). Assim o irmão Seán iniciava asua carta de abertura do Ano vocacional marista: Reavivar achama!Em nossa Província, acolhemos o convite do irmão Seán e nosunimos à iniciativa congregacional de embarcarmos na realizaçãodesse ano especial. Um ano em que, como irmãos e comoProvíncia, quisemos nos solidarizar com esse esforço comumde pastoral vocacional nos níveis da REFLEXÃO, ORAÇÃO, TES-TEMUNHO E AÇÃO pelas vocações na Igreja, com especialatenção à proposta vocacional marista. E assim, no dia 8 desetembro de 2004, como no resto do mundo marista, e tambémdurante nossa III Assembléia provincial, realizada em dezembrode 2004, demos início ao nosso Ano vocacional. Emrazão da composição da nossa Província (5 países), e peladiferença de calendários escolares, fizemos o encerramentoem Porto Rico, em 29 de abril de 2006.O Ano vocacional se converteu em uma das prioridades de todosos projetos pastorais das obras, e foi e está sendo o eixocentral das diversas atividades em nossos colégios.O Ano vocacional foi e está sendo para um bom grupo de irmãosda Província um tempo de busca, de criatividade e deQuem enviarei?Quem irá por mim?(Is 6, 1-8)CienfuegosGuatemala34 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Nicéforo Garránoportunidade para afrontar os desafios quea situação atual nos apresenta, através daqual descobrimos a palavra do Senhor quenos sussurra ao ouvido: Não tenham medo!,e através da qual ele nos pede para continuarcrescendo em autenticidade.Nossa Assembléia Provincial definiu comouma das linhas de ação para o triênio: Elaborare viabilizar um projeto provincial depastoral vocacional, que responda às situaçõesdos jovens de hoje. Essa tarefa foi assumidapela comissão em nível províncial.A celebração do Ano vocacional nos ajudoua tomar maior consciência da situação emque vivemos. Através da promoção vocacionalé possível avaliar o futuro, a vida, nossacapacidade de gerar vida. A realidade vocacionalvivida na Província está nos exigindorefletir juntos: o que estamos fazendo, ondee quando? Perguntar-nos com autenticidadesobre o significado de nossa presença, nossocontato direto com as crianças e jovens,as estruturas de animação, a paixão comque enfrentamos a vida, nossa forma de estabelecerrelações com as pessoas, a alegria,a esperança que transmitimos aos jovense às pessoas com as quais nos encontramos.Partindo da análise dos diversos modelos depastoral vocacional que estão sendo realizadosna Província, e das situações críticasque vivemos no momento atual, iniciamosesse trabalho com esperança, conscientesde que ainda nos resta um caminho a percorrer.É o momento de deixar para trás o medo, ainsegurança ou a timidez, e dar um passona esperança, na fé, com o olhar no futuro,convencidos de que toda pessoa é um domoriginal de Deus, que espera para ser descoberta.É o momento de abrir-nos à novidadee à busca de uma maior autenticidade emnossas vidas e de caminhos inexplorados emnossa pastoral vocacional.Setembro de 2006 <strong>35</strong>


América do Norte e CentralCanadáCanadá, HaitíUm dia de sonho na florestaO comitê responsável pelo Ano das vocações da Província Canadá,quis atualizar e contextualizar o tema geral: VIVER HOJE OSONHO DE CHAMPAGNAT, propondo uma peregrinação extraordináriaao imenso santuário da natureza, sob o slogan: DIA DESONHO NA FLORESTA.Na manhã do dia 02 de julho, mais de 40 peregrinos, jovens eadultos, entre os quais alguns participaram da JMJ em Colônia,estavam prontos para a grande ‘CAMINHADA NA FÉ”, sobre assendas montanhosas do Campo Marista de Rawdon, Quebéc. Opercurso foi marcado por várias paradas à beira dos lagos ou sobreas falésias rochosas, levando os peregrinos a refletirem, rezareme a catarem seus sonhos por um mundomelhor, em um ambiente dos mais encantadores,propício à contemplação e ao silêncio.Acreditar que Deus nos ama com seu amor infinito,eis o resumo de todo o sonho de Jesus.Querer estar totalmente ao serviço daconcretização do sonho de Deus, eis sonho deMaria.Querer comunicar de maneira apaixonada esseamor que Deus tem pelas crianças e jovens,eis o sonho de Marcelino.Colocar nossos sonhos de serviço e partilha,de amor e de justiça, em função da sua reali-Antes quefosses formadono seio materno,eu te conhecia.(Jr 1, 4-9)Jérémie36 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Bernard Beaudinzação do sonho de Jesus, Maria e Champagnat,no seguimento de Jesus, do jeito deMaria e seguindo os passos de Marcelino,eis um sonho cristão, um sonho autenticamentemarista.Ver todos esses jovens cheios de abertura,comungando do “sonho de Marcelino”,nos leva a crer em uma juventude ávidade espiritualidade e de um sentido parasuas vidas. Seguindo os passos do grandecaminhante e peregrino que foi Marcelino,os jovens “caminharam na fé”, a fimde que essa experiência de sonho na florestaos “desperte” para a realidade deperegrinos de um mundo em constantenecessidade de salvação, de paz e de amor.Postulantes. HaitiSetembro de 2006 37


América do Norte e CentralEstados Unidos da AméricaEstados Unidos da América e JapãoEis aquia escravado Senhor.Faça-seem mimsegundoa tua palavra.(Lc 1, 26-38)Criar uma cultura das vocaçõesTU és uma vocação. Para todos nós, o desafio éde descobrir a vocação que nós somos e, então,vivê-la. (Thomas Merton)Parte dos desafios nos Estados Unidos é uma cultura das vocaçõesque permita aos jovens de hoje revisar sua compreensão dapalavra vocação, não somente para considerar um apelo à vidareligiosa ou ao sacerdócio, mas também para ver que Deus noschama a todos a viver nossa vida, e mais importante ainda,ele chama cada de nós a partilhar seus dons e seus talentospara construir o Reino.Para marcar esse Ano marista das vocações e nossos esforçosconstantes em vista delas, o Secretariado marista para aevangelização e as vocações convidou cada comunidade denossas escolas para participar de uma jornada nacional deoração, tendo como tema central as vocações. Cada um denós, como jovem marista, é chamado a tornar Jesus conhecido,não somente através de palavras, mas também atravésde escolhas e ações cotidianas.Vários momentos de oração foram organizados para dar otom à jornada. Havíamos pedido aos alunos que estão envolvidosno Movimento marista dos jovens para iniciar econcluir a jornada com passagens das Escrituras que tratamdo chamado e da vocação. Além disso, o grupo utilizou vá-38 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Al Riveraquem eles pertencem, mas compreenderemmelhor que cada um é especial aos olhosde Deus, e que todos nós recebemos umapelo especial para tornar Jesus conhecidoe amado. O desafio, para nós da pastoraldas vocações, pelo menos nos EstadosUnidos, é de caminhar com os jovens,pouco importando a precariedade da viageme as asperezas da estrada.rias citações, segundo o tema do dia, e osfixou na sua escola para ajudar os alunos amelhor compreenderem a palavra vocação.Durante as aulas de religião foi apresentadoo tema das vocações e vários convidadosapresentaram as diferentes vocações.Finalmente, os alunos que desejavamcontinuar a discutir sobre o tema, eramconvidados para um momento de oraçãodepois das aulas, para refletir sobre a Cartade São Paulo aos Coríntios a respeitodos dons espirituais e para partilhar com ogrupo sobre seus próprios dons, a fim dedescobrirem como Deus os chama a partilháloscom a comunidade em geral.Ao ajudar os jovens a melhor compreenderema palavra vocação, nós os ajudamostambém não somente a dar-se conta de aSetembro de 2006 39


América do Norte e CentralMéxico Central<strong>Maristas</strong>,semeando vida em comunidadeExperiência de Pastoral Vocacionalda Província do México CentralO Ano vocacional foi um grande impulso para nossa Provínciado México Central. Ele nos lançou o desafio de dar vidaao sonho de M. Champagnat, e como equipe buscamos darcontinuidade a essa experiência, tentando animar e envolvero maior número de irmãos e leigos nesse projeto, o qualchamamos: “maristas, semeando vida em comunidade”. Tinhacomo objetivos fomentar uma cultural vocacional emnossas obras, favorecer experiências, oferecer espaços deformação e acompanhar os jovens nas suas inquietações vocacionais.Os irmãos da equipe assumimos o trabalho de passar em cadacomunidade marista para sensibilizar todos os irmãos sobreo projeto. Foi desenhada uma logomarca com o lema:um círculo que contém um “M” de Maria, Marcelino e Marista,e no centro alguns grãos de milho que são lançados naterra pelo Semeador. O lema Marista reforça o sentido daidentidade. Semeando vida, faz ressoar o convite de Jesus“Para que tenham vida, e vida em abundancia”. Na Comunidadeé a maneira como Marcelino quis dar resposta. Tambémforam criadas orações e reflexões baseadas em citações bí-Vinde após mime vos fareipescadores de homens.(Mt 4, 18-23)40 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Fco. Javier Peña de la Mazablicas sobre os exemplos que nos deu Jesussobre a semeadura. O símbolo nessaoração, que convidava cada irmão a semearvida na comunidade, era um pequenosaco, o qual se podia encher de milho,semente típica da cultura mexicana, pois amaioria dos nossos plantios é desse tipo degrão. Inclusive, na cosmovisão indígena,os seres humanos estamos cheios de milho.As semanas vocacionais, os encontros deanimadores e os movimentos juvenis, assimcomo os retiros vocacionais giraramem torno do mesmo tema. Também foiconfeccionada uma pulseira em borrachaque tem essa inscrição, e os jovens a aceitaramde bom grado e usaram-na com ocompromisso de ser semeadores de vidaem seus diferentes ambientes.O retiro provincial de dezembro teve omesmo tema na reflexão e oração dos irmãos,e o tema foi adaptado aos quatrodias de reflexão: “A identidade do irmãomarista”, “Centrados em Jesus de Nazaré”,“Maria, semeadora de vida e esperança”, e“Na comunidade”.Uma última experiência muito rica foi amissão vocacional, realizada com o mesmotema. Tratou de preparar os jovens a vivera semana santa realizando um serviço deanimação litúrgica e catequética nas comunidadesindígenas, aonde não chega aatenção do sacerdote. O objetivo era partilhara vida, partilhar a fé, celebrar a fé evida, e cada noite fazer um discernimentoem comunidade para descobrir a passagemde Deus em nosso dia e constatar os apelosque eles nos faz. Ao mesmo tempo,oferecer aos jovens as ferramentas paradar passos mais decisivos em sua opçãovocacional.Setembro de 2006 41


América do Norte e CentralMéxico OcidentalMestre,onde moras?Disse-lhes:“Vinde e vede.”(Jo 1, <strong>35</strong>-43)Azeite novo para nossa lâmpadaEm nossa Província do México Ocidental iniciamos a preparaçãodo Ano vocacional com o desejo de realizar muitas coisas. Quandocomeçamos a delinear nosso projeto para o Ano vocacional,nos imaginamos realizando um grande evento, uma espécie deshow mediático para impulsionar a pastoral vocacional. Entretanto,quanto mais conversávamos sobre o sentido profundodesse convite, fomos nos dando conta de que seria melhor propormoscoisas mais simples, mas que tocassem verdadeiramenteo coração dos alunos, colaboradores e irmãos. Escolho, aqui,aquelas que trouxeram algo de novidade e motivação.Trabalho de todos. Uma das atividades que proporcionou maissatisfação foi trabalhar com o grupo de “contatos comunitários”:irmãos que se ofereceram para realizar a função de fermento vocacionalem cada uma das comunidades. A eles também eramenviados algumas reflexões e materiais que necessitavam quefossem distribuídos a todos os irmãos. Porém, além dessa funçãoprática, os dois encontros com os irmãos-enlace serviram pararenovar um pouco o ambiente nas comunidades e para contagiaresperança em um bom número de irmãos da Província.Uma pastoral vocacional de testemunho. Os acampamentosvocacionais para jovens já eram uma tradição na Província, porém,pensamos que o Ano vocacional era uma boa oportunidadeGuadalajaraEncarnacíonde DíazMorelia42 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. José Luis Bustamante Penillapara dar-lhes uma roupagem nova. E assimpreparamos, junto com os postulantes deambas as Províncias mexicanas, uma experiênciade acampamento-missão durante asemana santa. Apoiado pelos irmãos-enlace,um grupo de jovens se reuniu para viver umabreve experiência comunitária no postulantado,preparando as celebrações do Tríduo pascal.Durante a segunda parte da semana osjovens se distribuíram por alguns povoadoscarentes, próximos à casa do postulantado. Apresença dos irmãos (muito próximos dos jovens,durante as 24 horas do dia, toda a semana)marcou como novidade. Essa experiêncianos permitiu descobrir que na presença ena simplicidade do irmão existe uma enormefonte de significado para a vida dos jovens.Esmiuçando o sonho. Durante o Ano vocacionalbuscamos contribuir para a criação deuma “cultura vocacional”, na qual tivessemlugar todos nossos alunos e alunas. Para cadamês se preparou uma reflexão que ia juntocom uma imagem (um pôster para cada salade aula, e uma estampa para cada aluno). Asreflexões apresentavam o sonho de Marcelino.Não imaginávamos que as reflexões eimagens iam ser tão bem acolhidas. Esta experiêncianos deixa o ensinamento de que avida, obra e espiritualidade de Marcelinocontinuam tendo um enorme impacto entreas crianças, jovens e adultos.Marcelino soube enfrentar com firmeza o momentoda crise vocacional de 1825. Depoisde um ano cheio de alegrias e esperanças, emesmo contando com algumas resistências edificuldades, estamos mais conscientes deque, diante dos desafios próprios do nossotempo, cabe a nós encher novamente nossaslâmpadas com azeito novo. Maria de Guadalupenos faz sentir sua proteção muito próxima.Ela nos anima a continuar vivendo cadaano como um ano vocacional marista, renovandotodos os dias o sonho de Champagnat.Setembro de 2006 43


MÉXICO OCIDENTALIr. Luis Enrique RodríguezAmérica do Norte e CentralO sonho de MarcelinoQuando recebemos, da Comissão de PastoralVocacional, o convite para desenharum pôster com o motivo do AnoVocacional, já contávamos com o lema(viva hoje o sonho de Champagnat!)e com a logomarca. Diantedisso, a pergunta: qual era o sonhode Marcelino que nos toca fazer vidahoje? A resposta foi clara: Que nenhumjovem, que nenhuma criança no mundofique sem conhecer o amor de Deus. “TornarJesus Cristo conhecido e amado. Esta é afinalidade do nosso Instituto.”Daí surgiu a idéia e os elementos do pôster:– MARCELINO, O SONHO: “Não posso ver uma criança sem sentir o desejode dizer-lhe quanto Deus a ama”.– O MUNDO pluricultural das crianças e jovens (as crianças de rua, as que freqüentamnossos colégios, o indígena, o abandonado, o que não encontrasentido, todos e todas as raças e nações). É neste mundo, onde nos tocatransformar em vida o sonho de Marcelino: fazer com que cada criança, cadajovem descubra, no irmão, o rosto alegre e amoroso de Deus.– A LOGOMARCA. O jovem de hoje e o irmão que o acompanha.– O LEMA. Ao centro, em letras grandes, e depois em vários idiomas paraque a todos chegue bem claro essa mensagem.Com grande alegria recebi a notícia da parte do Ir. Ernesto Sánchez de queeste seria o pôster oficial do Ano Vocacional. Agradeço à Comissão geral dePastoral Vocacional a possibilidadeque me deu decompartilhar, através dessemeio, com todo o Institutoo sonho de Marcelino aoqual somos chamados adar vida hoje.Que o sonho de Champagnatcontinue sendo nossosonho. E que possamoscontagiar muitos jovens odesejo de vivê-lo conosco.Um abraço.44 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


ProvínciasAmérica Sul do■■■Brasil Centro – NorteBrasil Centro – SulCruzeiro do SulArgentina, Uruguai■ Paraguai (DISTRITO)■ NorandinaColômbia, Venezuela, Equador■ Santa Maria dos AndesBolívia, Chile, Peru■■Amazônia (DISTRITO)Rio Grande do SulSetembro de 2006 45


América do SulBrasil Centro-NorteSenhor,o que queresque eu faça?(At 22, 3-10)O sonho continuaA experiência de AÇÃO que gostaríamos de apresentar foirealizada em todas as unidades educativas da nossa Província.Várias atividades aconteceram durante o ano vocacional,porém, a que mais mobilizou nossos colégios e obras,foi a Semana Vocacional, no mês de agosto de 2005. Propomosaos colégios que marcassem esse mês com uma semanade atividades intensivas com os alunos.Da parte da comissão vocacional foram enviadas cartas paraajudar na organização e animação da atividade; logo em seguidaenviamos o cartaz de animação e marca-páginas coma oração vocacional. Aconteceram atividades das mais diversas.Cada colégio e obra teve a liberdade de adaptar asatividades de acordo com a sua realidade. O tema da semanavocacional O sonho continua. Qual a sua resposta? nasceuda necessidade de continuar o tema do ano vocacional.Atividades que foram promovidas nessa semana vocacional:caminhadas, retiros, missa vocacional, celebrações, mesaredonda com o tema das vocações, projeção de filmes comreflexões e depoimentos vocacionais dos Irmãos e visitas asantuários marianos. Foram envolvidos os alunos, os professores,os funcionários, membros do Movimento Champagnate jovens dos grupos vocacionais.Em uma avaliação, uma professora nos deixou o seguinte:“o tema deste ano vocacional permeou todas as nossas ati-FortalezaBelo HorizonteVila Velha46 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Vitor Pravatovidades pastorais e pedagógicas,despertando os educadores e educandospara o sentido primordial da vida.O sonho de Champagnat tornou-se umcompromisso coletivo”. Outro professornos disse: “pelo contexto social e políticoque vivemos, o tema surgiu comsinal de esperança, de libertação e vidanova”Essas atividades e a proposta do Anovocacional foram providenciais e significativaspara todos nós, Irmãos e Leigos,em sintonia com o Instituto, numaproposta ousada e atualizada.O que queremos é que o Sonho deChampagnat continue vivo entre nós. Queassim seja!Setembro de 2006 47


América do SulBrasil Centro-SulNão temas,de hojeem diante seráspescador de homens.(Lc 5, 1 a 11)O sonho aviva a esperança!Texto elaborado a partir de depoimentos de Irmãos,Leigos, e JovensComo a brisa amena, o Ano vocacional marista está trazendonovos ares de vida para a Província. Foi, para mim, um fortemomento eclesial, de revitalização de nossa Identidade e daMissão Apostólica. (ILM)Possibilitou uma reflexão sobre a re-significação da identidademarista, da qual estou imbuído há anos, mas que por vezes nãoreflito sobre os meus propósitos de vida como educador marista.(KMR).Motivou-me a não só fazer algo pelas vocações, mas a assumiro meu SER RELIGIOSO, reavivar a chama de minha fidelidade ede meu compromisso de amor para com JESUS CRISTO... Aexemplo de Maria, na doação total às crianças e jovens, o compromissovai além de um ano. Como religioso marista, procuroir além de meus sonhos e expectativas: lanço o convite a todosos jovens para seguirem o chamado particular de Deus, seja comomarista ou em outra vocação, vencendo as crises, a exemplode Jesus Cristo... ( Ir.RV)Representou um tempo de graça. Foi uma oportunidade para fazera sensibilização vocacional em nossa obra. (MMFC)Veio dar novo incentivo para intensificarmos nossos projetos decunho vocacional (CESMAR) já existentes. Elaboramos e realiza-CampinasLondrinaFlorianópolis48 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Afonso Levismos teatros sobre a vida de MarcelinoChampagnat em busca de seus sonhos... Fizemosmais de 30 apresentações em dois colégiosmaristas, a partir das 5ªs. séries até oEnsino Médio. (Ir.LOM).Trabalhamos a carta do Ir Seán Sammon,‘Reavivar a Chama’, dentro do projeto vocacionalrealizado em nossa obra, e na diocese...O que repercutiu de forma significativafoi a presença dos Irmãos de outra comunidade,trazendo a mensagem do Ano vocacionalmarista a nossos alunos: presença dinâmica,amiga e muito oportuna. Acreditamosque a proximidade do IRMÃO com os alunosjovens é muito importante para o processoformativo e o despertar vocacional. (NP B)Foi um tempo forte; permitiu a reflexão sobreos diferentes estados de vida e a realizaçãode diversas ações de cunho vocacional.(LC)A palavra ROTA (Refl. Oraç. Test. Ação) serviucomo sinalização para avançar no projeto devida rumo ao porto seguro, à realização davontade de Deus.Setembro de 2006 49


América do SulCruzeiro do SulArgentina, UruguaiEle continua chamando!Faz um ano e meio que me solicitaram para assumir o serviço deanimação da pastoral vocacional marista em nível provincial. Enesse caminhar, descobrir o trabalho maravilhoso que Deus realizaem cada um de jovens que tem manifestado sua inquietaçãovocacional.Antes eu me perguntava por que Deus não suscita vocações paraa vida marista: acaso “se esqueceu de nós?”. Com o transcorrerdo tempo fui me perguntando: o que fazemos com os jovens?Os interpelamos? Os acompanhamos?... E constatei quemuitas vezes ficamos com os braços cruzados e não conseguimosnos aproximar da cultura do ambiente juvenil, com a sensaçãode estar longe do seu mundo, além dos temores e preconceitosque carregamos, e não somos capazes de perder tempogratuitamente com eles. Ao sentar-nos com eles e ao escutálos,partilhar a vida, vibrar com o que Deus vai realizando nocoração de cada um deles, são oportunidades que nem semprevalorizamos ou damos o tempo necessário para aprofundá-lasEu me questiono e também interpelo meus coirmãos de Província:até onde a pastoral vocacional é uma prioridade?Quando realizamos as visitas às diferentes obras, encontramosas diversas propostas vocacionais, um grande esforço daparte dos irmãos para continuar animando a pastoral, entretanto,nos encontramos com um grande apoio verbal que nãose traduz, na maioria dos casos, em ações concretas e reaisJesus encontrou Felipee lhe diz: “Segue-me”.(Jo 1, 43-44)CórdobaMerlo50 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Alberto Apariciode contato, convite, interpelação e acompanhamentodo jovem.Ainda assim, vemos como vão se dando pequenospassos em nosso caminhar vocacional,e entre aqueles que estão mais envolvidos,vão percebendo um querer caminhar parauma resposta mais generosa ao chamadodo Senhor, a deixar-se conduzir pela Palavra,pelos acontecimentos e por ver tantas criançase jovens que ainda não têm ninguém quepossa estar com eles, acompanhá-los e sertestemunhas do amor de Deus. Este é umgrande e urgente desafio: ir ao encontro delespara partilha a vida, sentir o amor deDeus no caminhar de cada um, e constatarque Ele continua chamando.Setembro de 2006 51


América do SulParaguaiDISTRITOE nós temosreconhecidoo amor de Deusentre nós,e nele acreditamos.(1 Jo 4, 16)Somos terra que tem futuro“EIKOVE KO’APE HA KO’GA CHAMPAGNAT KÉRA YVOTY”, este era olema que nos acompanhou e motivou todo o Ano vocacional noDistrito do Paraguai.Foi um caminhar que nos encheu de muita vida, como uma melodiasonhada e, finalmente, em nossa busca, fomos encontrandoos acordes necessários para a “festa” desejada, e que continuamosainda celebrando.Irmãos e muitos leigos levamos tempo pensando, programando esonhando uma vez mais aquilo que já sentíamos como desafiospara o futuro marista no Paraguai, porém, com muitas incertezas,pois nem sempre eram fáceis de encontrar o “que” e o “como”...Mas, quando vislumbramos com clareza que através do vocacionalpassam nossos sonhos mais profundos, aquilo que é ocoração e a essência de nossa própria missão, surgiu com muitaforça que o grande desafio era ajudar-nos para que o sonho deMarcelino se tornasse vida em nossas vidas, algo palpável, visívele real, especialmente entre os portadores do carisma, e aomesmo tempo, algo que despertasse nos leigos maristas o desejode viver sua missão na sociedade e na Igreja.Ao adentrar-nos no Ano vocacional fomos reconhecendo – graçasao debate sobre nossa vida e missão de maristas, que “somos terraque tem futuro”, que como tal nos faz sentir-nos chamados eestimulados a trabalhar o campo vocacional com a melhor técnica,meios e “espírito”, a ser criativos, a semear a melhor sementepara que nasça e produza os frutos esperados, e que encontremLimpioAsunción52 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Rubén Velásquezsua realização e plenitude nesse espaço enessa realidade marista, suscitando nova vitalidadeao sonho de Champagnat.Não fizemos grandes movimentos nem nosintoxicamos de atividades extras. O ano vocacionalquis ser o eixo transversal dasações e da vida. O mais bonito era ver comoas atividades estavam pintadas e repletasde cores diferentes: “sonhos”, “compromissos”,“futuro”, “chamados”, “sonho deDeus”, “desejos”, “utopias” “esperanças”...fazendo com que a palavra VOCAÇÃO seconvertesse em uma palavra do cotidiano,em algo essencial para muitos e muitas eque inspirasse questionamentos como: Oque posso fazer? Como responder a tantassituações? Que pinta Deus em minha vida?...Para outros, dar-lhes a oportunidadede sentirem a presença de um Deus muitopróximo, companheiro de caminho, quechama porque necessita de nós, e continuatambém interpelando hoje através de umChampagnat audaz, que não se deixa vencer,apaixonado pela vida, zeloso na suamissão, comprometido com sua realidade esegurando fortemente nas mãos de Maria.Para o Distrito o ano vocacional foi um tempode graça, mas também um desafio: comocontinuar reavivando a chama? Como continuartodos dentro desse grande sonhoconcretizado na pessoa dos jovens que entraramnas casas de formação, naqueles quese aproximaram da nossa pastoral como animadores,e naqueles que pediram paracontinuar fortalecendo os sonhos maristasem suas vidas como jovens universitários?Creio que a resposta nos é dada pelos própriosjovens: isso não pode ser somente umano vocacional de 365 dias, mas o início deuma grande festa vocacional à qual tu nãopodes faltar.Setembro de 2006 53


América do SulNorandinaColômbia, Venezuela, EquadorUma só coisa te falta:Vai, vende tudo o que tens,dá-o aos pobres,e terás um tesouro no céu;depois, vem e segue-me.(Mc 10, 21)Continuamos vivendoo sonho de ChampagnatQuando começamos a pensar e sonhar com a realização de umano dedicado à reflexão, oração, testemunho e ação pelas vocações,em especial pela vocação à vida marista, surgiram emnossos corações os mesmos sentimentos que afloraram quandodemos início ao nosso caminhar como nova Província Norandina.Que grande oportunidade para retomar e atualizar em nossavida os mesmos valores com os quais Marcelino quis contagiarsua comunidade religiosa: Paixão por Jesus e seu Reino, devoçãoa Maria, simplicidade, espírito de família, presença junto àscrianças e jovens, amor fraterno...Pois bem, o Ano vocacional marista foi uma excelente oportunidadepara recriar com renovado otimismo um elemento que éprioritário em nosso caminhar provincial: continuar gerando vidae assegurar a continuidade do nosso carisma na Colômbia,Equador e Venezuela.Como comissão provincial de Pastoral juvenil e vocacional nosentregamos ao trabalho de construir o Plano provincial de Pastoralvocacional. Ele será um instrumento valioso que orientaránossas diversas ações tanto em nível pessoal como comunitário,e que certamente envolverá muitos animadores nessa tarefade ser semeadores da semente marista no coração das criançase jovens.Ir. César Augusto Rojas C.MedellínBogotáManizalesQuito54 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Rojas, Morales, ZerpaAno vocacional maristano Equador: umaexperiência inesquecívelAo recordar tudo o que foi vivenciado dentrodo Ano vocacional, volto a olhar para os rostosinquietos de professores, alunos e alunasque, ao não terem um enfoque claro do queacontecia, sentiam uma curiosidade pelo “estadode missão” que havíamos empreendido.A experiência do Ano vocacional em nossaescola foi única e inesquecível. Foram váriosos passos e diversas as iniciativas realizadas,porém, todas tinham o objetivo de evangelizaras crianças a partir da oportunidade desaber optar e buscar seu lugar neste mundo.A preparação dos materiais, fóruns, cartõescom frases vocacionais, encontros com ospais de família (com temas vocacionais),etc... fizeram nascer em nós, como educadorese educadoras e nas crianças, novas formasde viver e sentir Deus.Professora Alexandra Morales,Quito - EquadorA obra teatral“Tu serás hojeChampagnat”Tendo como motivo o Ano vocacional marista,surgiu a idéia de criar uma obra teatralentre os alunos do 2o. ano do ensinomédio. Conhecer com maiores detalhes avida de Marcelino, representar sua dedicaçãoe entrega às crianças e aos jovensmais necessitados, vivenciar seu amor edevoção à Boa Mãe, dramatizar a fundaçãodos Irmãozinhos de Maria com todas as dificuldadese críticas surgidas... tudo issome fez amar e valorizar ainda mais a pessoade Marcelino Champagnat, e me fezdescobrir que seu sonho continua atual epode ser também o meu sonho.Confirmei minha pertença à Família maristae me comprometi a ser marista para sempre,tornando realidade o sonho de Champagnat.Gerardo José Zerpa, Ex-aluno,Machiques-VenezuelaSetembro de 2006 55


América do SulSanta Maria AndesdosBolívia, Chile, PeruQuemés,Senhor?(At 9, 5)A chave vocacionalNa Província Santa Maria dos Andes,realizamos 3 Assembléias (Bolívia,Peru e Chile) com irmãos e leigos,com o lema Viva hoje o sonho deChampagnat!. Durante essas Assembléiasfoi traçado um programa, uma“chave vocacional”, e que traduzimosassim:1. Reencantar-nos com a própria vocação recebida de DeusDeus nos deu uma vocação: a você e a mim, a todos. Todos temosuma vocação, ou melhor dizendo, todos somos uma vocação.Reencantar minha própria vocação significa optar pela emoçãodo primeiro amor, ser feliz e desfrutardo “encanto” de ser o que sou.ChorrillosLima2. A promoção vocacional é umcompromisso de todosAssim, estamos afirmando que nãosuscitamos e buscamos vocações pormotivos de sobrevivência, ou porqueme sinto obrigado. Fazemos issoporque é nossa missão. Compromissode todos significa que a palavra “vo-CochabambaPatujúLa Pintana56 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Isidro Azpeleta Sebastiáncação” não é um vocábulo difícil de pronunciar,senão que está na boca e no coração de todos.Eu me pergunto: creio no “compromisso de todos”?Onde está meu nível de compromisso?3. O tema vocacional deve fazer parte dapreocupação diária do colégioÉ importante incorporar a preocupação vocacionalno currículo, na orientação, na pastoral,entre os educadores e os alunos. E, sobretudo,muito freqüentemente, fazemos a pergunta: oque Deus está me dizendo com isso, com tudoo que vivo, com tudo o que me acontece?Então me pergunto: posso demonstrar algumsinal que o tema vocacional é “minha preocupação”,ou “preocupação diária do colégio”?4. A pastoral vocacional deve promovermais o carisma que fazer crescer a Instituição.O carisma está na educação das crianças e jovens,na centralidade de Jesus Cristo, na característicamariana, na “descida e encarna-ção”, na simplicidade, no espírito de família.Deus nos fez maristas e não podemos ser outracoisa, senão maristas.Então me pergunto: quais são os aspectos docarisma marista que posso promover melhor?5. . Promover e cultivar todas as vocações. Ecom um compromisso maior com surgimentode vocações de irmãos, leigas e leigosmaristas.Nosso serviço se destina a promover todasas vocações. Porém, fiéis à missão marista,o impulso natural vai no sentido de promover,de maneira especial, as vocações maristas.Todos cultivamos todas as vocações,porque são vocações não para mim, maspara o serviço do demais, e em definitivo,para Deus.Então me pergunto: posso comprometer-mecom alguma coisa para promover, de maneiraespecial, as vocações maristas?Setembro de 2006 57


América do SulAmazôniaDISTRITOFelipeencontra Natanaele lhe diz:“Encontramos aquelede quem escreveramMoisés, na Lei,e os profetas: Jesus,o filho de José,de Nazaré”.(Jo 1, 45-50)Vivendo o sonho de Champagnatna AmazôniaTornar Jesus Cristo conhecido e amado através das crianças ejovens em todas as dioceses do mundo foi o grande sonho deMarcelino Champagnat. Este belo sonho de Marcelino está sendoconcretizado graças a resposta das crianças, dos jovens, dasfamílias e de cada Irmão Marista. Estes continuam respondendoSIM a este belo sonho.De 2004 a 2005 vivenciamos no Instituto Marista o Ano Vocacional,com o intuito de animar e promover vocações. Todas asunidades Administrativas procuraram dinamizar este evento daCongregação.Nós aqui no Distrito da Amazônia, conseguimos dar alguns passosconcretos. A Igreja do Brasil realizou o 2º Congresso Vocacional.Onde o Distrito Marista da Amazônia enviou um Irmãopara participar deste evento tão grandioso. Foram mais de 400animadores/as vocacionais, oriundos de todo o Brasil e de algunspaíses convidados.Outros Irmãos participaram da Escola Vocacional organizada peloInstituto Pastoral Vocacional em parceria com a Conferênciados Religiosos do Brasil e a Conferência Nacional dos Bispos doBrasil. Foi outro momento onde os Irmãos saíram mais fortalecidosna sua vocação e entusiasmados para a missão de animadoresvocacionais.Outro fator é o trabalho em parceria entre as Congregações nasJi-ParanáCruzeiro do Sul58 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. José Maria Queiroz LucasDioceses. Os Irmãos animadores vocacionaisde cada comunidade participam ativamentena coordenação da Igreja local. Com isso setorna um trabalho mais harmonioso, principalmentepara a nossa realidade, onde asnossas comunidades são todas longínquas,dificultando um trabalho em conjunto.Apesar de pouco tempo, já é possível perceberalguns frutos. Há em cada comunidadeum Irmão na atuação deste serviço. Estes namaioria são autóctones. Hoje é visível esteapelo nos Irmãos de trabalhar em prol dasvocações. Graças a este empenho, hoje temosvocações e com a graça de Deus, cadaano teremos sempre um bom número delas.Vale destacar a vitalidade do nosso DistritoMarista da Amazônia, apesar de ser novo.Percebe-se nos jovens Irmãos o interesse depertença, isto é visível na disposição das atividadesque estão assumindo no Distrito.Setembro de 2006 59


América do SulRio Grande do Sul“Tu és Simão,filho de João;chamar-te-ásCefas,que quer dizerpedra.(Jo 1, 40-42)Ano vocacionalmaristaO Ano Vocacional Marista mobilizou Irmãos, Leigos, Comunidadese Obras <strong>Maristas</strong> motivando envolvimento e compromisso.Desafiou-nos nojeito de acolher, acompanhare cuidar das novasvocações. Os Irmãossentiram-se comprometidospara o testemunhode uma vida simples efeliz, vivendo a consagraçãoreligiosa em comunidadessolidárias.Foi motivo de iniciativasinéditas fortalecendoa vivência do carismamarista na Igreja. Viva hoje o sonho de Champagnat encontrouespaço em publicações e eventos e continua vibrando,em todas as pessoas relacionadas com as obras maristas.Isto se tornou possível graças ao empenho e criatividade depessoas que em cada local, gratuitamente, deram de si parafazer ecoar o sonho de Marcelino. Há marcas do ano vocacionalque motivam continuidade e novas iniciativas.VacariaPasso FundoViamão60 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Narciso CamattiDestaques:• Envolvimento de todos os Irmãos e ObrasEducativas na Animação Vocacional.• Abertura ocorrida num Santuário marianocom envio dos Irmãos Animadores Vocacionais.O encerramento ocorreu num outroSantuário com a presença de todos os formandose vocacionados maristas.• Criação do Hino e utilização da logomarcaVocacional.• Estudo e celebrações comunitárias de temasvocacionais. A partilha em comunidadeda carta Reavivar a chama.• Compromisso de Irmãos no envio de mensagensvocacionais para jovens.• Retiros para fraternidades do MovimentoChampagnat motivados no lema do Ano Vocacional.• Teleconferência Vocacional, via Educação àDistância da PUCRS, apresentando motivaçãoe testemunhos vocacionais, como tambémo processo formativo para a vida marista.• Dia vocacional para cada Comunidade eObra Marista.• O lançamento do Site Vocacional no PortalMarista abriu novos espaços aproximandoos Irmãos dos Jovens.• Acolhida de jovens vocacionados nas Comunidades.A Ano Vocacional foi e continua sendo tempode graças na ação dos Irmãos.Cada qual procurou envolver-se e dar respostasconcretas.Cabe a todos e a cada um continuarmos nessecompromisso.Setembro de 2006 61


América do SulRio Grande do SulViva hoje o sonho de Champagnat62 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


ProvínciasÁsia■ ChinaChina, Malásia, Cingapura■ Filipinas■ Coréia (DISTRITO)■ Sri Lanka e PaquistãoSetembro de 2006 63


ÁsiaChinaChina, Malásia, CingapuraJesus viu um homemchamado Mateus,sentado na coletoriade impostos e disse-lhe:“Segue-me.” Este,levantou-se, o seguiu.(Mt 9, 9)Eventos para as vocações maristasDurante o Ano das vocações recordamos aos nossos irmãoscontinuamente que era necessário rezar pelas vocações e continuarem contanto com os jovens. Dois eventos para as vocaçõesmaristas foram organizados, um em Sibu, em março de 2005, eum em Petaling Jaya, em agosto de 2005.Era a primeira vez que organizamos um evento em Sibu, e issonão foi fácil de atrair os jovens para lá. A diocese já tinha tentadoorganizar um evento para as vocações, mas somente trêsjovens se apresentaram. Nós tivemos mais sorte, pois foram cincoos participantes. O evento de Petaling Jaya atraiu somentesete participantes de Hong Kong, da Malásia Ocidental.Trabalhamos com outros religiosos e padres diocesanos para organizarpelo menos três eventos para o despertar vocacional nonível diocesano durante o ano. Nosso irmão promotor vocacionaltambém acompanhou alguns jovens adultos no seu discernimentodurante um retiro pessoal.O Ano marista das vocações terminou, mas o desafio e o trabalhode promover as vocações continuam. Não é fácil envolver cadairmão na promoção vocacional durante um longo período, sobretudoquando os resultados não são impressionantes. Nós temostido um pouco mais de procura, mas não muito.Acampamento vocacional de Petaling Jaya,200564 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Robert Teoh2004 Acampamento VocacionalMarista em MBTC9 participantes2005 Acampamento VocacionalMarista em Sibu(5+4 participantes)primeira vezAcampamento Marista em MBTC(6 participantes) 5-7 AgostoSetembro de 2006 65


ÁsiaFilipinasO Ano Vocacional Maristanas FilipinasO ano Vocacional na Província das Filipinas foi vivenciado dodia 8 de setembro de 2004 a 15 de agosto de 2005. As atividadesdo ano foram solicitadas a um comitê designado peloConselho provincial com representação de todos os colégiosmaristas.Seus principais objetivos eram: a) Refletir juntos: para suscitaro interesse e o estudo dos temas vocacionais; b) Rezarjuntos: para levar as pessoas e os grupos a pedir a Deus maisvocações para a Igreja, com intenção especial pelas vocaçõesmaristas; c) Dar testemunho juntos: para oferecer a nossosleigos e aos estudantes uma experiência de comunidade marista,apresentar os diversos apostolados solidários como testemunhocomunitário do sonho deMarcelino e celebrar o dom da vocação;e d) Atuar juntos: empreenderações destinadas a animar osjovens a descobrirem sua vocaçãona Igreja.Apresentamos um resumo das atividadesrealizadas durante o ano vocacional.1. Realização do Congresso JuvenilMarista, 10-12 de fevereiro, naEscolheu dozeentre eles que chamoude apóstolos.Simão, a quemchamou de Pedro,André, seu irmão,Tiago, Felipe,Bartolomeu, Mateus,Tomé, Tiago,filho de Alfeu, Simão,chamado Zelador,Judas, irmão de Tiago,e Judas Iscariotes.(Lc 6 14-16)Manila (MAPAC)CotabatoGeneral Santos66 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Rómulo L. PorrasUniversidade Notre Dame de Marbel. Estiverampresentes mais de 600 estudantes e irmãoscoordenadores dos diferentes colégiosmaristas. O evento foi acompanhado deorações, danças, canções, visitas aos bairrospobres, exposições fotográficas dasações solidárias dos centros educativos, econferências de diversos convidados, entreeles o Ir. Théoneste Kalisa, Conselho gerale coordenador da Comissão da pastoral vocacional.As atividades do congresso estiveramcentradas no tema do Ano vocacional:Viva hoje o sonho de Champagnat.2. Foi organizado um Festival Marista deMúsica como parte do Congresso acimamencionado. Dele tomaram parte os estudantesmaristas convidados a compor umacanção. Como critério, a canção deveria fazerreferência ao tema do Ano vocacional.3. Mediante projeção de imagens se fezuma campanha intensiva de conscientizaçãovocacional entre nossos alunos, sobretudonas aulas de religião. A projeção refletiaos apelos ao sacerdócio e à vocação doirmão e irmã, através de testemunhos pessoaisque narravam como haviam dado suaresposta ao chamado divino.4. As orações pelas vocações foram escritasem inglês e tagalo.5. Assinalamos, de maneira particular, a celebraçãodo dom da vocação durante as bodasde ouro do Ir. Fernando Armendez, nodia 29 de dezembro de 2004, primeiro irmãojubilar filipino a celebrá-las. Cerca de500 pessoas estiveram presentes à celebração,entre religiosos, sacerdotes, familiares,amigos e benfeitores.6. No dia 23 de julho de 2005, na casaprovincial, foi realizado o Dia dos pais. Aliose reuniram os pais e familiares de 62% dosirmãos. Nessa ocasião as famílias se comprometerama continuar rezando e apoiandoa vocação do irmão, e a ajudar na promoçãodas vocações maristas. As atividades dajornada foram animadas pelos membros doMovimento Champagnat da Família Marista,e por leigos dos colégios.7. O encerramento do Ano vocacional foirealizado no Colégio Notre Dame de Dadiangas,que está em General Santos City, nodia 15 de agosto de 2005. Cerca de 200pessoas estiveram presentes, entre os quaisum grande número de alunos dos diversoscolégios maristas.Um dos momentos mais importantes do diafoi a reunião em pequenos grupos parapartilhar histórias vocacionais com sacerdotesreligiosos e religiosas convidados.Vários irmãos maristas estavam presentesnos grupos.Setembro de 2006 67


ÁsiaCoréiaDISTRITOEntrevistaa Kim Dong Ryeol,autor da logomarcaQue idéia tinha você quandodesenhou a logomarca?Depois de ter sido convidado pelo Ir. JohnYang, meu mestre de noviço, para fazer alogomarca, refleti durante muito tempo sobrealgo que eu pudesse realizar. Um dia,quando eu já havia desenhado várias vezesum M maiúsculo, a primeira letra de Maria,Marcelino e Marista, descobri que a forma se assemelhava muitoàquela de um coração. Enquanto eu melhorava a qualidade do esboçoda logomarca, minha primeira idéia era de expressar a unidade doamor entre Maria e Jesus, uma mãe e uma criança, Montagne eChampagnat, as crianças e os irmãos, etc. Além disso, eu queria expressaruma relação que é inseparável, isto é, pouco importa a posiçãosocial do “professor e do aluno”, do “adulto e das crianças”, poiso que desejamos é promover uma relação recíproca entre nós, umavez que os professores existem neste mundo somente se existem alunosjunto deles, caminhando com eles e partilhando sua vida. Por essasrazões, eu escolhi somente a cor azul, que simboliza a juventude.Qual foi a sua reação quando você tomou conhecimento que seuJechonMestre trabalhamostoda a noitesem nada pescar,mas por causada tua palavra,lançarei as redes.(Lc 5, 1 a 11)Ansan68 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Ernesto Sanchezdesenho havia sido escolhido como a logomarcapara o Ano das vocações?Eu me lembro que um dia o mestre de noviçosme disse: “Você acredita nestas palavras: nossossonhos se tornam realidade?” Ele me disse issode uma maneira muito animada, no pequeno jardimdo noviciado, depois do almoço. No inícionão entendi bem o que ele queria me dizer; apenaspensei que me falava da interpretação de umsonho, porque eu tinha tido uma conversa sobreeste tema com os noviços durante a refeição anterior.Depoisde ter tomado conhecimento danovidade sobre a logomarca, fiquei surpreso eum tanto sem jeito por todas as felicitações querecebi dos meus coirmãos. Mesmo durante osprimeiros dias no MAPAC, quando os irmãos mediziam: “Você é um artista”, eu me sentiaum pouco envergonhado, comoa maior parte dos Coreanos,porque não estava habituado aser o motivo de elogios. Depois,senti-me feliz e agradeci aos irmãosque tinham me encorajadoa criar a logomarca.Como você vêo sonho de Marcelino, hoje?Como eu vejo o sonho de Marcelino hoje? Honestamente,esta é pergunta difícil para mim.Em todo caso, vivendo em uma cultura diferentee em um ambiente novo, a comunidade do MA-PAC (Marist Asia Pacific Centre), tenho muitosdesafios a enfrentar e me faço a pergunta: “Vivoo sonho de Marcelino aqui e agora?”Veja, por exemplo, o estudo do inglês. Mesmo seos irmãos me encorajam me dizendo que meuinglês melhorou, ainda sinto muita dificuldadecom esta língua. Esta dificuldade me leva, porvezes, a ser simplesmente um estudante de inglês,ao invés de viver como um irmão religioso.Mesmo durante as orações comunitárias e a missa,tinha o hábito de pensar durante todo otempo que eu estava em uma aula de inglês.Em outras palavras, minha identidade no MAPACé por vezes confrontada, porque eu vivo em umacultura lingüística diferente. Mas, como eu disseanteriormente, posso superar essa dificuldadegraças ao encorajamento e a atenção dos coirmãosdo MAPAC e àqueles da Coréia. Nós poderíamoschamar isso de sensibilidade do coração,que descobre rapidamente que um companheiroenfrenta dificuldades. Estou certo de que graçasa tudo isso eu poderei amar minha vocação e vivê-la,como o sonho de Marcelino para cada umde nós.No que se refere à minha experiência apostólica,sinto um apelo incessante a partilhar minha vidacom as crianças e jovens das Filipinas. Quandoeu estava na Coréia, me perguntava como ajudaros jovens que sofrem sob o fardo dos seus estudos.(Na verdade, a maior parte dos alunos coreanosé muito aplicada em seus estudos).Mas aqui nas Filipinas, encontrofreqüentemente crianças na ruaque têm pouca instrução e quelutam para sobreviver.Confesso que tinha o hábitode evitar suas mãos estendidaspedindo uma esmola,pois eu não podia ajudá-las financeiramente.Eu me perguntava:“Como posso viver o sonho deMarcelino, com seu espírito e seu coração,com essas crianças?” “O que fariaMarcelino se estivesse aqui?” O desafio, evidentemente,é muito diferente daquele daCoréia. Viver em tal situação é um desafiomuito grande para mim. Mas, eu tenho um sonho.Escutar as crianças e os jovens continuamentee de uma maneira positiva, tanto quantopossível, para descobrir o que eles desejam fazere ser. Escutar suas vozes e me perguntar o queposso fazem como irmão marista por eles. ComoMarcelino sempre conservou em seu coraçãouma paixão pelas crianças e jovens, e tudo faziapara fazê-los saber quanto Jesus os amava, devemostambém ousar empreender nosso trabalhoapostólico mesmo se os lugares e os ambientesmudaram.Como Champagnat, acredito que é precisomanter o sonho bem vivo hoje, e seguiravante. Isso me ajudará a viver como irmão marista.Isso mostrará também a natureza da nossaidentidade marista àqueles que se interessampor nosso estilo de vida.Setembro de 2006 69


ÁsiaSri Lanka e PaquistãoEntão,reconduzindoas barcasà terra edeixando tudo,eles o seguiram.(Lc 5, 1 a 11)O sonho de Marcelinoé o nosso sonhoA abertura do Ano marista das vocações no Sri Lanka, a pérolado Oceano Índico, aconteceu no dia 4 de setembro, por ocasiãodas celebrações dos 70 anos de vida religiosa de nossodecano, Ir. Peter Berchmans, que faleceu no dia 31 de janeirode 2006. Ir. Mervyn, o vice-Provincial, declarou oficialmente oinício do ano vocacional no Sri Lanka e falou da sua importânciapara numerosas pessoas reunidas para essa cerimônia.Em cada escola marista foi estendido um grande banner ondeestava escrita a mensagem do ano vocacional, e uma oraçãoespecial pelas vocações foi recitada regularmente pelos alunos.O Sri Lanka é consagrado à Virgem Maria, e os católicos gostamde se dirigir a ela através do nome de Nossa Senhora doSri Lanka. Uma basílica histórica é um centro muito popularde peregrinação e traz o nome de Santuário de Nossa Senhorado Sri Lanka.No dia 2 de fevereiro de 2005, os irmãos, os parceiros leigos,os professores e um grande número de alunos se reuniram nabasílica para rezar pelas vocações. Uma vela especial foi acesapelo Ir. Provincial para marcar essa ocasião favorável, epassou pelas diferentes comunidades maristas do país. Elapermaneceu acesa continuamente, e depois foi conduzida parao local onde se realizou a Conferência geral dos Irmãos<strong>Maristas</strong>.FaisalabadTrichyTudella70 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Joseph PeirisO dia 11 de junho foi outro momento decelebração para os maristas da região.Vinte e quatro padres, irmãos e antigosalunos maristas se reuniram na capela doColégio Maris Stella para louvar e agradecera Deus pelo dom maravilhoso de suasvocações. Mons. Franc Marcus Fernando,bispo de Chilaw e antigo aluno dos irmãos,foi o convidado de honra. Nessa ocasiãoos participantes se comprometeram emtrabalhar incansavelmente para promoveras vocações.Um outro dia memorável para todos os maristasdo Sri Lanka foi o dia 2 de outubrode 2005: encerramento do Ano vocacional.Cerca de 600 alunos e numerosos pais eamigos se reuniram no ginásio do ColégioMaris Stella de Negombo. O Ir. Seán Sammon,Superior geral, Ir. Ernesto, secretárioda Comissão das vocações, além de váriosirmãos, padres e religiosas realçaram essacelebração.Foi uma festa bastante colorida e a primeiraparte foi consagrada às danças e aos cantos;a segunda parte, à reflexão e à oração.Foi bastante comovente ver todas aquelaspessoas presentes acenderem sua vela eprometer continuar a promover as vocações,mesmo depois do encerramento do ano oficial.Ir. Seán apagou a chama e o Ir. Ernestorecolheu o banner sobre as vocações. Assimfoi encerrado o Ano vocacional.Setembro de 2006 71


Credodo chamadoCremos que Deus nos escolheuantes da criação do mundo,para ser santos e irrepreensíveisdiante dos seus olhos.(Ef 1,4)Cremos que aqueles que desde sempreele conheceu, também os predestinoua ser conforme a imagem do seu Filho.(Rm 8,9)Cremos que Deus nos escolheudesde o seio materno,nos chamou com sua graça e se comprazem revelar-nos seu Filho,para que possamos anunciá-lo.(Gal 1,15-16)Cremos que ele nos salvou e nos chamounão para uma vocação santafundamentada em nossas obras,mas com o fundamento de sua graçaque nos foi dada em Jesus Cristodesde toda a eternidade.(I Tim 1, 9)Cremos que Jesus Cristonos julgou dignos de confiançachamando-nos para seu serviço.(I Tim 1,12)Cremos ser apóstolos por vocação,escolhidos para anunciaro Evangelho de Deus.(Rm 1,1)Considerando nosso chamado,cremos que Deus escolheu aquilo queé frágil para o mundo para confundiros fortes, para que nossa fé não estejabaseada na sabedoria humana,mas somente na força de Deus.(I Cor 1, 27; 2, 5)Cremos que Deus manifestou seu Espíritopara proveito comum.(I Cor 12, 7)Cremos que temos de nos comportarde maneira digna da vocaçãoque recebemos: com toda humildade,mansidão e paciência, tratando de crescerem cada coisa para Ele.(Ef 4,1-2)Cremos que tudo concorre para o bemdos eleitos de Deus, que foram chamadossegundo seu desígnio misterioso.(Rm 8, 28)Cremos n’Ele que tem o poderde fazer muito maisdo que possamos pedir ou pensar,segundo a força que já age em nós.(Ef 3,20)Cremos que Ele que começouem nós esta boa obra,a realizará até o dia de Jesus Cristo,porque aquele que nos chamou é fiel.(Fil 1,6; I Tes 5,24)72 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


ProvínciasEuropa■■■■■CompostelaPortugal, Espanha, HondurasEuropa Centro-OesteAlemanha, Bélgica, Inglaterra, Irlanda, HolandaIbéricaEspanha, RomêniaL’HermitageEspanha, França, Grécia, Suiça, Hungria, ArgéliaMediterrâneaEspanha, Itália, Síria, LíbanoSetembro de 2006 73


EuropaCompostelaPortugal, Espanha, HondurasUm movimento juvenilMarCha renovadoEm Compostela, durante o Ano vocacional, procuramos dar estecaráter a muitas das ações formativas e de animação que estãono ritmo anual, porém queremos destacar como nossa “AÇÃOVOCACIONAL” por excelência, a criação de um movimento juvenilMarCha renovado, a partir da experiência das antigas Provínciasde Portugal, Castilla e León.Para isso, constituímos uma estrutura de equipes de trabalho:– Quatro equipes destinadas a realizar o processo, por idades(de 10-14 anos, de 14 a 16, de 16 a 18 e de 18 em diante),nas quais participaram <strong>35</strong> pessoas: 15 irmãos e 20 leigos.– Uma equipe coordenadora do processo, formada por 6 pessoas:3 leigos e 3 irmãos.Em três encontros de trabalho de três ou quatro dias de duraçãocada um, demos os seguintes passos:a) Descrever as características dos adolescentes e jovens, poridades.b) Definir as capacidades que queremos ajudar a desenvolvernas pessoas.c) Indicar os objetivos gerais e os específicos de cada idade.Lâmpada paraos meus pés,a tua palavra, luz paraos meus caminhos.(Sal 118[119],105)74 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Raúl Figuera JuárezAs capacidades que desejamos desenvolvernos jovens são as seguintes:• Capacidade de autonomia.• Capacidade de interioridade• Capacidade de alteridade e fraternidade.• Capacidade de reconhecer-se filho/a de Deus.• Capacidade de ser “bom cidadão”• Capacidade de viver com sentido: vocação.Em um prazo de dois anos pretendemos terconcluído este trabalho, de tal maneira que omovimento juvenil MarCha seja um espaçoonde cada adolescente-jovem encontre o ambiente,as ferramentas e as experiências quefavoreçam seu processo de crescimento e desabrocharpessoal: “para que tenham VIDA, evida em abundância”.Cada irmão, cada animador, terá a oportunidadede desenvolver apropria vocação ao serviçoda vida através de um acompanhamentomuito de perto, com o estilo familiar e afetivopróprios de Marcelino.Setembro de 2006 75


EuropaEuropa Centro-OesteAlemania, Bélgica, Inglaterra, Irlanda, HolandaAs vocaçõesconfiadas também à oraçãodos Irmãos e das famíliasO convite da parte do Ir. Seán em sua carta “Reavivar a chama”,de “Consagrar 20 % do melhor do nosso tempo à pastoraldas vocações”, faz referência, evidentemente, à uma pastoralda ação.Mas, sendo religioso, nosso melhor tempo é também esseespaço aberto sob o céu que é nossa oração pessoal, comunitáriae familiar.Como fiéis discípulos de Champagnat, também batemos à portado Senhor nesse ano das vocações. Imitamos nosso Fundadorem seus pedidos insistentes à Nossa Senhora da Piedade,em La Valla, mas também na sua oração confiante de abandonoà vontade do Senhor. Ele nos fez reconhecer que o apelovem certamente do Senhor e não de um homem, mesmo umsanto: “Se esta obra perecer, não é a nossa, mas a vossa”, disseele a Maria.Em nossa Província, quisemos juntar os sinais, os gestos e aperegrinação.Além das orações e vigílias preparadas por uma equipe de irmãos,uma vela entregue a cada comunidade e família das fraternidadesdos leigos, visitamos as comunidades e famíliascom a presença do próprio Champagnat na forma de um relicá-André foi, então,à procura do seu irmãoe lhe disse: “Achamoso Messias, o Cristo.E levou-o a Jesus.(Jo 1, 40-42)76 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Roberto Di Troiario. Essa oração itinerante ainda está sendolevada adiante, e em alguns lugares seconstituiu em um momento forte de oração,mas também de bênção. As propostas de reflexãoou de vigílias de oração ajudaram cadalugar visitado. O caderno de reflexão, umtipo de livro de ouro dessas visitas, continuasendo um lugar de partilha simples everdadeiro de todos aqueles que querem expressarum desejo, uma oração, uma reflexãopor menor que seja.Um apoio, tal como esse da oração itinerante,é importante para as famílias como tambémpara as comunidades, para expressarem palavras e em oração o que existe nocoração.“Pedi e recebereis, batei e vos será aberto”,nos repete o Senhor (Lc 11,9). Nossa fé devetambém aprender a se abandonar nasmãos daquele que nos ama e derrama essaternura sobre nossa Congregação. Quantomais nossa convicção se fortifica nesse sentido,tanto mais nosso coração assume esseconvite de consagrar uma parte importantede tempo para a ação e a oração, a interpelaro humano e o divino, para que nossa famíliacontinue testemunha do Reino para omundo de hoje e de amanhã.Setembro de 2006 77


EuropaIbéricaEspanha, RomêniaAno vocacionalno primeiro anode vida daProvíncia IbéricaO Ano vocacional marista começouno primeiro ano de vida da ProvínciaIbérica. No delineamento inicialdas atividades se sentiu a necessidadede pensar e atuar naPastoral vocacional, recolhendo edando formas novas aos processosexistentes nas antigas Províncias.Para isso, o Conselho provincialcriou uma equipe que acolhesse ainiciativa do Ano vocacional.Durante o Natal de 2004 foi elaboradoum primeiro documentode algumas páginas, intituladoPastoral vocacional hoje, que foicomentado e refletido entre irmãos,professores, animadores depastoral e demais membros daProvíncia.Em tiserão abençoadostodos os filhos da terra.(Gn 12, 3)78 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. José Luis SantamaríaO documento partiu daquiloque nos preocupa e do quecremos na pastoral vocacional.Mas também detalhavaque não nos servia qualquerPastoral vocacional. Em umparágrafo central se afirma:A Pastoral vocacional, paraser autêntica, deve ser umchamado e um impulso paraque nossas crianças e jovensavancem em vista deum projeto pessoal, no qualcada um busque a vontadede Deus sobre si. Claramenteestamos dizendo que apastoral vocacional não éuma ação paralela aos processoseducativos e de crescimentocristão, mas algo que lhes é parteessencial. E faz parte como eixo transversal.A resposta que se vai dando em cadamomento ao que Deus quer de mim, eaquela que vai se consolidando na medidaem que se vai concluindo o projeto pessoal,só se fará com adequada interaçãodos múltiplos elementos que intervém emtodos os processos de amadurecimento humanoe cristão.A reflexão continuou ao longo do curso.Com a aprovação do Conselho provincial edepois de vários debates em outubro de2005, tínhamos escrito um documentomais amplo, denominadoSonho e ação em nossaPastoral vocacional.Sonho e ação expressanossas convicções, nossasatitudes e nossocompromisso com a Pastoralvocacional, e terminacom cinco açõespara o momento atual.Nossa reflexão se prolongana oração e na vidadas comunidades eobras educativas, eesperamos que sirva paraanimar esta urgentemissão pastoral.Nossa web www.maristasiberica.esreúne os documentoscitados e outrosmateriais.Setembro de 2006 79


EuropaL’HermitageEspanha, França, Grécia,Suiça, Hungria, ArgéliaEncontros vocacionaisinterprovinciaisPere Castanyé é um jovem da Província de L’Hermitage, quedepois de um certo tempo de acompanhamento pessoal disseao seu acompanhante, o irmão Valerià Simon: Quero conheceroutros jovens que sentem as mesmas inquietudes que eude ser irmão. Assim nasceu a idéia de convocar as ProvínciasMediterrânea, Ibérica e Compostela para realizar um encontrovocacional durante os dias do feriado da Virgem do Pilar.Durante três dias nos reunimos em nossa casa de Sigüenza:quatro jovens, um noviço e quatro irmãos. Partilhamos nossahistória vocacional e como Jesus nos havia guiado até o momentopresente. Fui um momento muito rico de partilha, eos próprios jovens convocaram um outro encontro para osdias de Páscoa.Celebramos a PÁSCOA VOCACIONAL 2005 em uma casa pertode Bilbao. Estivemos reunidos aí durante quatro dias: dezjovens, um noviço, uma irmã Missionária marista e sete irmãosvindos de diferentes lugares da Europa Marista: Portugal,Itália, França, Andaluzia, País Basco, Navarra, Castillae Catalunha. A diversidade se converteu em riqueza parapartilharmos nossa busca comum de viver hoje o sonho deMarcelino.Dos dez jovens participantes durante a Páscoa, cinco iniciarama etapa de Postulantado nas distintas Províncias a queMoisés, Moisés!Ele respondeu:eis-me aqui.(Ex 3, 4)80 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Manel Castillopertencem; os outros cinco continuam seucaminho vocacional marista.Como fruto desses acontecimentos, ficaramestabelecidos dois encontros vocacionais porano nos calendários das quatro Provínciasparticipantes; um em outubro e outro durantea Páscoa. Cremos, e assim experimentamos,que é muito importante que os jovenscom inquietações se conheçam e se animemem seu caminho vocacional, como complementodo acompanhamento pessoal que cadaum realizar em seu lugar de origem.Pôr-se a caminho de tão longe para nosencontrarmos é uma demonstração do caminhointerior que cada um realiza. Marcelinonão mediu os passos por aquelas montanhasde l’Hermitage para se encontrarcom seus irmãos e com os jovens de seutempo.Setembro de 2006 81


EuropaMediterrâneaEspanha, Itália, Síria, LíbanoRezar pelas vocações?Desde que entrei para ser irmão marista, e por todas ascomunidades por onde tenho passado, sempre rezei pelasvocações, todos os dias. Era algo tão normal como a Salve,as intenções do Papa ou as invocações no início daoração comunitária de cada manhã. Porém, infelizmente,isso se converteu em mais uma rotina. Dessa maneiratranqüilizamos nossa consciência. Já havíamos “cumprido”a obrigação!Não resta dúvida de que a pastoral vocacional deve estarapoiada e animada pela oração de todos os cristãos. A oraçãoé o dinamismo fundamental para suscitar, discernir eacompanhar as vocações, porque elas são a resposta do Paiprovidente à comunidade orante. É o primeiro meio ensinadoe praticado pelo Senhor e os apóstolos.Mesmo Marcelino pedia a Maria vocações para a obra que estavanascendo.As Constituições também a exigem, citando o texto de Mt 9,37-38: “Rogai ao Senhor da messe...”A oração pelas vocações é uma súplica incluída no pedidodo Pai Nosso pelo Reino. Não se pede ao Senhor que incrementeseus próprios efetivos, senão que Ele cuide de suamesse. Não se buscam interesses particulares, senão os doReino. A partir dessa perspectiva, a oração vocacional deveter quatro dimensões específicas:Seduzistes-me, Senhor;e eu me deixei seduzir!Dominastes-mee obtivestes o triunfo.(Jr 20, 7)Sevilla82 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Francisco García Ruiz1. A sabedoria evangélica com a qual secontempla o mundo e cada homem na realidadede suas necessidades de vida e desalvação(Mt 9, <strong>35</strong>).2. A caridade e a compaixão de Jesus, o BomPastor, para com a humanidade, que tambémhoje aparece como um rebanho sempastor (Mt 9, 36).3. A confiança na voz poderosa do Pai, oúnico que pode chamar e mandar a trabalharna vinha (Mt 9, 38).4. A esperança viva em Deus, que não permitirájamais que faltem à Igreja os obreiros(Mt 9, 38) necessários para realizar suamissão.A oração vocacional deve ser sempre umaoração:1. Específica, que incide sobre o dinamismovocacional da vida cristã em geral, e decada uma das vocações maristas.2. Habitual, porque deve estar sempre presenteem toda comunidade marista e emtoda atividade pastoral.3. Insistente, porque a escassez de vocaçõesé um problema grave para a Igreja de hoje,e preocupante em algumas regiões doInstituto.Algumas reflexões surgidas durante a avaliaçãodo Ano Vocacional Marista na Província MediterrâneaPercebemos que:• Um elemento fundamental está em que o educador marista viva sua vida dentro de uma dimensão vocacional.Isto se transmite e os jovens percebem.• O PAV (Projeto de Animação Vocacional provincial) deve ser um eixo transversal, porém coordenadoatravés de diferentes âmbitos (solidariedade, espiritualidade, orientação, celebrações, catequese...),para que não seja sufocante dentro do colégio (para alunos e professores implicados).• Porém, como acompanhar os jovens que já estão no colégio? Oferecendo um processo que vá maisalém do mesmo e inclua a etapa universitária.• É necessário analisar o que estamos oferecendo e se contêm propostas de vida de ações concretas.• As comunidades devem as primeiras a criar essas propostas, devem ser felizes em seus estilo de vida,um lugar de Deus, sempre na perspectiva da “Audácia e esperanças” que nos indicava o XIX CapítuloGeral.• Se não se cria um Projeto Vocacional Marista provincial, não se cria no nível comunitário, muito menosno nível pessoalContudo, a percepção final que temos é que o Ano Vocacional foi positivo, pois despertou uma tomada deconsciência da realidade que estamos vivendo como irmãos, educadores, como Igreja... Surgiram muitas iniciativasem todos os campos (projetos de vida comunitária, projetos de pastoral, iniciativas colegiais, oficinas...)que deverão continuar nos próximos anos para ir criando essa “cultura vocacional” necessária para que nasçame amadureçam vocações na Igreja.Foi também um toque de atenção à nossa vocação de irmão e leigo marista em todos os âmbitos (colegial,grupos de crescimento na fé, comunidades, fraternidades,...), a viver de uma maneira apaixonada o carismamarista. Acreditamos que tenha sido o início de um processo (que pode durar vários anos ainda), durante oqual continuamos dando passos para aprofundar na vivência nosso ser de irmão e leigo marista, com alegriae paixão, partilhando tudo isso com os destinatários da nossa missão.Setembro de 2006 83


EuropaCASA GERALInício do Ano Vocacional Marista8 de setembro de 2004Durante anos, temos utilizado diferentespalavras para descrever ocaráter de Marcelino Champagnat;por exemplo, grande trabalhador,ou ainda: amável e entusiasta –todas, palavras verdadeiras! Tendodito isto, há, no entanto, duaspalavras que, no meu conhecimento, são raramente empregadaspara falar do homem. São as palavras: preocupado e ansioso.Qualquer que seja, em 1822, o Fundador dos Pequenos Irmãos deMaria deu-se conta que tinha muitas razões para estar preocupado.Com efeito, o Instituto, que tinha começado com um grandefervor apenas há cinco anos, havia parado subitamente de atrairnovos candidatos.Que fez, então, o Fundador?Fiel a si mesmo, ele se voltoupara Maria e começou por fazeruma peregrinação aoSantuário de Nossa Senhorada Piedade. Pouco tempo depois,aconteceram algunseventos inesperados: emmarço de 1822, um jovem seapresentou à La Valla paraser admitido. Não estandomuito convencido das intençõesdo candidato, o Fundador, durante a entrevista, descobriuque ele tinha freqüentado a Congregação dos Irmãos das EscolasCristãs por seis anos, de onde fora mandado embora. Diante dessasituação, o jovem decidiu procurar acolhida no Instituto de Marcelinoao invés de voltar para sua casa.Sem pressa para admiti-lo, o Fundador permite que ele fique algunsdias. Mas o jovem torna-se insistente e lança finalmente umdesafio ao Fundador: “Você me aceitará se eu trouxer uma meiadúzia de bons candidatos?” Marcelino acreditava que tudo erapossível com a graça de Deus, mas aquele desafio lançado pelo rapaztinha algo que colocava à prova a fé de qualquer cristão. OFundador aceitou, pois, o desafio.Nós conhecemos também o final desta história. Empreendedor comoera, o jovem voltou à sua casa e reuniu oito candidatos queprometiam. Havia, no entanto, uma armadilha: ele os fez acreditarque iriam para o noviciado dos Irmãos das Escolas Cristãs perto deLyon.Por várias razões Marcelino hesitava em admiti-los. Entretanto,a impressão que este simples padre camponês exerceu sobre o84 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Seán Sammon, SGgrupo foi suficientepara que cada um deles insistisse paraficar em La Valla. Após haver consultado os Irmãose rezado, o Fundador cedeu ao desejodeles. E até o dia de sua morte, Marcelino repetiucom insistência que “foi Nossa Senhor dePuy que havia enviado” esses oito jovens recrutados,pois a chegada deles havia sido imprevisívele inexplicável.João Batista Furet, o biógrafo do Fundador, estavaentre o grupo e identifica este acontecimentocomo aquele que marcou a passagem donosso Instituto do pequeno mundo de La Vallapara aquele de um mundo maior. Até então,os Irmãos de Marcelino eram conhecidos apenaslocalmente: os novos candidatos vieram debem mais longe. Marcelino enviou rapidamenteum Irmão a Haute-Loire para convidar outrosjovens a virem se juntar a ele e, em seis meses,o Instituto tinha recebido quase vinte novosmembros desta região.Seguindo o exemplo do Fundador, nós iniciamoshoje, através de uma peregrinação, umano dedicado ao despertar das vocações. Noentanto, eu não vou apregoar que nós passemosà segunda etapa e que, levados por nossozelo para convidar os jovens a contemplar nossavida de Irmão, comecemos fazendo uma invasãonas casas de formação dos Irmãos dasEscolas Cristãs.Mas eu recomendo que imitemos a fé enérgicade Marcelino, sua confiança inabalável em Maria,e a simplicidade que é a sua marca característica.Nós devemos também nos lembrarque é a personalidade de Marcelino Champagnatque levou os oito jovens a insistir paraque o Fundador os aceitasse. Durante o cursodeste ano, nós devemos rezar para nos tornarmosretratos vivos deste homem que chamamosnosso Fundador e nosso Irmão, como ofez tão bem o Irmão Francisco.Rezem, pois, comigo, para que Deus continuea inflamar os corações de jovens generososcom o mesmo fogo que ardeu no coração deMarcelino Champagnat. Queira Deus nos abençoardando-nos também o zelo do Fundador,sua paixão, sua capacidade de sonhar e de realizarseus sonhos. Possa, então, a palavra deDeus, hoje e todos os dias, continuar sendoanunciada às crianças pobres e aos jovens queestão necessitando ouvir a Boa Nova.Meu obrigado a todos vocês.Setembro de 2006 85


EuropaCASA GENERALEncerramento do Ano Vocacional MaristaFesta da Assunção e agradecimentopelo Ano Vocacional MaristaAlguma vez você já se olhou no espelho, preocupado por encontrarnele sinais de envelhecimento? Ao acender a luz e atentamente,você se pergunta: é apenas minha imaginação ouestou com mais cabelos brancos do que havia no mês passado?Ou, quem sabe, existem menos? E essas rugas, já estavam aí noano passado? ... e outras perguntas do mesmo gênero. Quandoos anos vão passando, as inquietações sobre o envelhecimento,as enfermidades e, finalmente sobre a morte, com freqüêncianos preocupam. Olhamos para os sinais físicos exteriores paraconfirmar nossos temores ou então para nos assegurar que possivelmentenão parecemos ter a mesma idade que nossoscontemporâneos.No entanto, se você e eu quisermos descobrir se realmente a vidaestá ou não fugindo lentamente, precisamos olhar para nossoscorações. Seu coração ou o meu tem crescido em paixão cadaano? Mantém hoje o fogo ardente comomantinha antes? Em meu coração ou no seupermanece aquela capacidade de maravilharse,de surpreender-se, de inocência? Estassão as verdadeiras medidas de vitalidade, devida, ou como desejemos chamá-las.Hoje nos reunimos para agradecer a Deus porsuas bênçãos recebidas neste ano, ao longodo qual nos dedicamos a promover as vocaçõesna Igreja e, de maneira especial, para avida dos Pequenos Irmãos de Maria. Foi umano de sacrifício e grande trabalho. Um anode encontros gratificantes com gente joveme adulta. Um ano no qual se intensificou aoração. Um ano de graças, um tempo de promessa.Começamos a celebração deste Ano vocacional no dia 8 de setembrode 2004, dia da festa conhecida tradicionalmente comoa Natividade de Maria. E se algo nos foi ensinado duranteestes 12 meses foi o convencer-nos de muitas coisas, entreoutras de que os jovens de hoje são tão generosos como sempreforam; que são capazes de aceitar seriamente o desafiodo discernimento de sua própria vocação; que quando se tratade uma escolha, eles estão buscando algo valioso peloqual entregar a vida.Por isso é que a paixão, o fogo e a capacidade de surpreendersepermanecem como algo muito importante quando o discernimentoé feito sobre a vida religiosa e particularmente sobre a86 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Seán Sammon, SGvida dos irmãos <strong>Maristas</strong>. Todos esses são sinaisde vida, e de vida em abundância.Ronald Rolheiser, sacerdote e professor, escreveurecentemente sobre uma conferênciaque deu a um grupo de jovens que se preparavapara o casamento. Ele estava tratandodos desafios com relação a algumas orientaçõescristãs sobre o amor e a sexualidade,porém eles o contestavam constantemente.Finalmente, quando Rolheiser terminou defalar, um jovem se levantou e lhe disse: “Padre,admiro seu idealismo, porém você estáconsciente do que se passa lá fora? Ninguémmais vive os ensinamentos que você nosapresenta. Seria necessário ser uma exceçãoentre mil para viver o que você nos está sugerindo.Lá fora, todo mundo está vivendo demaneira diferente.”O sacerdote olhou para o jovem, que agoraestava sentado junto a uma jovem que comcerteza amava e com quem tinha planos paracasar-se. Perguntou-lhe: “Quando você se casarcom a jovem que está ao seu lado, quetipo de matrimônio deseja viver? Um matrimônioigual ao de todos, ou um que seja diferenteentre mil?”“Um que seja diferente entre mil”, respondeuo jovem sem duvidar. “Então – sugeriulheRolheiser – você fará o esforço que fariauma pessoa entre mil. Se você fizer o quetodo mundo faz, terá um matrimônio semelhanteao de todo mundo. Porém, se faz somenteo que faz um entre mil, então poderáter um matrimônio entre mil.” Os jovens eas jovens que consideram a vida religiosa,em princípio, estão avaliando uma opção devida entre mil. É por isso que é tão importanteo que vêem em nós, os irmãos. Ver senós temos realmente fogo e paixão em nossoscorações, se somos capazes de nos maravilharmos,capacidade de inocência e de nossurpreendermos.Se tivermos vivido nossa vocação com autenticidade,levando uma vida de fidelidade –como costumamos dizer – em meio a nossahumanidade, deveríamos pertencer ao grupocom as características acima mencionadas.Além do mais, a palavra “vocação” tem amesma raiz latina da palavra “voz”. Portanto,vocação tem algo a ver com a escuta. Escutara minha vida, escutar as pessoas com quemme relaciono, escutar a Deus. Porém, definitivamenteescutar. E escutar o quê? Às vezesaparecerá uma terrível quietude, enquanto emoutras ocasiões nos moverá profundamente oencontro com alguma pessoa, ou algo que lemos,ou um momento de oração. Discerniruma vocação significa mais você escutar oque a vida está lhe dizendo e não tanto dizerà vida como irá vivê-la. E algumas vezesacontecerá que, quando você escutar atentamente,não ouvirá precisamente aquilo quedesejava ouvir. Isso acontece quando se discernecolocando a vontade de Deus em primeirolugar. O chamado vocacional que senteem seu coração convida-o a ser a pessoa queDeus pensou de você.Setembro de 2006 87


EuropaAssim, pois, agora que concluímoseste ano vocacional e, ao mesmotempo, olhamos para frente sobre comocontinuar nossos esforços na pastoralvocacional, comecemos poragradecer ao Senhor por sua presençae sua vida de graça recebida duranteeste ano, e também pela clara presençade seu Espírito em nós. Agradeçamostambém a Maria e a Marcelino.Ambos foram pessoas de escuta.Ambos realizaram em suas vidas oque Deus havia sonhado para eles.Também desejo expressar uma palavrade agradecimento aos irmãosThéoneste Kalisa, Conselheiro geral, e Ernesto Sánchez, Secretárioda Comissão do conselho para as vocações, por seugrande empenho ao desenvolver esse projeto do Instituto emnome de todos nós. Ambos dedicaram muitas horas, produzirammuitas idéias criativas e nos motivaram para manter vivoum espírito de entusiasmo ao longo deste ano. Sua contribuiçãoa nosso Instituto e a nossa Igreja foi muito importante.Para terminar, desejo agradecer a cada um de vocês, irmãos eleigos <strong>Maristas</strong>, jovens e jovens de coração, por sua participaçãono Ano Vocacional Marista. Suas orações, sua energia,seus esforços realizados de diferentes maneiras, tanto no níveldo Instituto como em nível provincial ou local, contribuíramprofundamente para a realização e o êxito do projeto.Precisamos continuar trabalhando o tema das vocações. Seguramenteque continuaremos realizando novos esforços orientadospelo que foi vivido durante este ano vocacional.E dirigindo-me aos meus irmãos do Instituto, digo-lhes queresta um desafio para todos nós: o que este ano nos ensinou,em parte, é que a melhor maneira de convidar um jovem paraser irmão Marista é manifestando o fogo em nossos corações,tendo uma clara paixãopor tudo o que fazemos,e mostrando um amorevidente pelo Senhor esua Boa Nova em nossavida de cada dia. Comprometamos-nosa ser ea viver justamente isso.Muito obrigado.88 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


ProvínciasOceania■■■■MelbourneAustrália, Índia, Timor LesteNova ZelândiaFiji, Kiribati, Nova Zelândia, Samoa, TongaSidneyAustrália, CambojaMelanésia (DISTRITO)Nova Caledônia, Papua Nova Guiné, Ilhas Salomão, VanuatuSetembro de 2006 89


OceaniaMelbourneAustrália, Índia, Timor LesteNele nos escolheuantes da criação do mundopara sermos santose irrepreensíveis,diante dos seus olhos.(Ef 1, 3-5)A oraçãodurante o anodas vocaçõesA nossa carta de abertura doAno vocacional dirigida a todosaqueles envolvidos namissão marista os convidavaa assumir o tema e as iniciativasdesse projeto e a “Utilizaros momentos de oraçãopara celebrar as maneirasatravés das quais o Espíritode Deus chama cada pessoaà plenitude de vida, a rezarpor aqueles que já vivem dojeito de Champagnat, e a pedir com confiança a Deus paraabençoar a Igreja com pessoas que escolherão viver o sonhoe a missão de Champagnat”.Mencionamos entre os recursos oferecidos para a oração:Celebrações e missas nas escolas e comunidade como marcosde abertura e encerramento do Ano vocacional. Uma celebraçãode encerramento utilizada por várias escolas convidavaos alunos a escreverem uma carta de apreço a um dosoito irmãos ou leigos maristas cujas fotos e história haviam90 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Rod Thomsonsido colocadas em destaque durante a celebração.Dez celebrações de oração para as comunidadesde irmãos. Elas destacavam reflexõestiradas da carta do Ir. Seán para o Ano dasvocações que encorajavam os irmãos a passarà ação durante esse Ano.Celebrações de oração destacando o temado Ano das vocações foram enviadas paraserem rezadas durante os principais dias defesta. Por exemplo, para celebrar a quartafeirade cinzas, para apoiar a oração daspessoas nas escolas, etc.Uma Vela do Ano das vocações percorreuescolas e comunidades, onde permaneciadurante uma semana, e uma celebraçãoespecial a acompanhava. As comunidades eas salas de aula também utilizaram uma velamenor contendo o logotipo do Ano dasvocações, para iluminar os momentos deoração.Quarenta e cinco orações para os alunos foramutilizadas, uma para cada semana deaula durante o ano. Elas apresentavam umahistória pessoal, breve a atraente, que ilustravaum tema vocacional.Sete orações para as refeições da Famíliamarista. Essas orações se inspiravam no temado Ano vocacional e convidavam as famíliase celebrar as diversas vocações epropunham às crianças de refletirem sobreo chamado que Deus faz a cada uma delas.Celebrações de oração para os retiros dediscernimento vocacional, para os dias derecoleção sobre a fraternidade, etc.Setembro de 2006 91


OceaniaNova ZelândiaFiji, Kiribati, Nueva Zelândia, Samoa, TongaSAMOAAlguns eventos durante o Ano marista das vocações:a) ORAÇÃO❏ Encontros de oração pelas vocações em nossas escolas.❏ Orações impressas e distribuídas a todos os alunos.❏ Celebração da Festa de Champagnat nas escolas e comunidades.b) REFLEXÃO❏ Reuniões de comitês vocacionais.❏ Experiências de promoção vocacional partilhadas na Assembléiaregional dos Irmãos de Samoa, Tonga, Kiribatie Fiji.c) AÇÃO❏ Jornadas vocacionais para os alunos e jovens operários.“Come and See”❏ Oportunidades de estadias em uma casa de formação parapessoas interessadas. “Come and Stay”.❏ Visitas aos alunos concluintes dos colégios católicos.❏ Aulas São Marcelino e vida marista. (preparadas e orien-João estava com doisdos seus discípulos.Ao ver Jesusque passava, disse:“Eis o Cordeiro de Deus.”Os dois discípulosouviram-no falare seguiram a Jesus.(Jo 1, <strong>35</strong>-39)Lomeri92 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Douglas Dawicktadas pelos responsáveis do ensino religioso).d) TESTEMUNHO❏ Missa de abertura do Ano das vocaçõesna Catedral de Apia – grande participação.❏ A profissão perpétua do Ir. Afaese emuma paróquia afastada (onde os irmãossão raramente vistos).❏ Uma emissão sobre a vida dos irmãosna rádio católica (Coordenador das vocaçõese vários membros leigos).❏ Da Oceania à África – nosso coordenadordas vocações deu seu testemunhoem Nairobi.KIRIBATIPara o Ano das vocações, os irmãos criaram umjornal chamado Buron te Euangkerio, (O Coraçãodo Evangelho), com seis números durante oano. Encontramos entre os artigos uma carta deMarcelino, os personagens do Evangelho quenos lançam um desafio (santos e mártires), temascomo o uso do álcool, as relações, o crescimentoemocional, os desafios de sonhar umfuturo rico de esperança, etc. Cada classe tinhaum calendário mensal com citações maristas enele se colocava em evidência os acontecimentose as festas maristas.Mas diretamente como trabalho de promoçãovocacional, todos os irmãos participaram dassessões de Come and See para os alunosmaiores, e em noitadas semanais de oraçãonas escolas onde os irmãos ensinam. Elas ajudarama divulgar nossas sessões Come andStay (de várias semanas) na casa de formaçãode Bikenibeu.Setembro de 2006 93


OceaniaSidneyAustrália, CambojaCriando laços em SidneyUltimamente, estivemos projetando juntos diversos aspectos danossa pastoral provincial, um trabalho orientado pelo coordenadordas vocações. Primeiramente, identificamos as áreas de nossamissão que têm uma dimensão vocacional direta ou indireta.Encontramos laços naturais entre esses apostolados.Foram identificados os seguintes aspectos:• Charlas vocacionales en los colegios;• Reflexões sobre as vocações nas escolas.• Trabalho com os grupos de justiça social nas escolas.• Fóruns maristas para os alunos de 11 o e 12 o anos ; eles reúnemjovens selecionados para dialogarem sobre temas de suaescolha.• Reuniões de lideranças para os alunos do 2 o ciclo e atividadesco-relacionadas.• Pastoral de juventude, junto àqueles que chamamos jovensmaristas.• Experiências de solidariedade e de imersão na Austrália e noestrangeiro.Em todas essas atividades vemos uma relação com as vocaçõesno seu sentido mais amplo da palavra, não somente com a vocaçãodo irmão marista.O elemento chave subjacente nessa relação é o contato pessoalcom os jovens. Além do mais, todas essas atividades revelam edesenvolvem o carisma marista. Elas permitem às pessoas de seVedeque provade amornos deuo Pai, quesejamoschamadosfilhosde Deus.E nóso somos.(Jo 3, 1)Mittagong94 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Darren Burgeidentificarem com essa maneira particular deseguir o Evangelho. Enriquecem a vocação devários jovens. Esses últimos se sentem orgulhososde seu vínculo marista e se considerammaristas, sem ser irmãos. Um jovem dizia recentemente:“Não estou seguro de que sereiirmãos um dia, mas eu posso assegurar queserei marista toda minha vida”.Esse contato pessoal com vários irmãos, entreos quais o coordenador das vocações, estabelecerelações que podem levar alguns jovens aconhecer melhor a vida de irmão marista.Neste ano temos jovens, rapazes e moças,que participam de uma experiência de imersãonas missões maristas. Isso é o fruto deseus engajamentos nos programas de liderançapara alunos, nos fóruns maristas, nos gruposde justiça social e nas experiências positivasvividas em suas escolas. Eles queremfazer uma experiência de solidariedade comoutros maristas que trabalham com os pobresantes de tomarem uma decisão quanto aoseu futuro, pouco importando qual será. ThomasHamers-Smith e Daniel Lynch são doisdesses jovens que terminaram seus estudosno último ano, e que decidiram de fazer assim.Thomas está agora nas Ilhas Salomão, eDaniel no Camboja. Daniel resume muito bemo que quer dizer estas apalavras:“A semente foi plantada em mim depois deuma breve permanência no Camboja comminha escola no último ano. Eu queria retornarpara lá e oferecer uma pequena contribuiçãoà vida das pessoas de uma cultura diferente,onde os deficientes não são verdadeiramentereconhecidos e cuidados. Eu queriatambém sair da minha zona de conforto eensinar alguma coisa de mim, da minha espiritualidadee dos meus verdadeiros valores. Oespírito de Marcelino Champagnat tomouconta de mim na escola e eu queria uni-locom uma outra parte do mundo marista.”Setembro de 2006 95


OceaniaMelanésia(DISTRITO)Nova Caledônia, Papua Nova Guiné,Ilhas Salomão, VanuatuDeus continua chamandoEm Nova Caledônia– Lançamos convites entre os jovens que acolhemos em nossasescolas. Eles foram colocados em contato com um grupode jovens maristas que desde 2004 estão em processode discernimento com as Irmãs Missionárias da Sociedadede Maria (SMSM). Jornadas de reflexão, animação de missas,um tempo de partilha junto com as pensionistas de“Ma Meison”, PSP. .– Por ocasião do tradicional encontro anual de jovens da diocesede Téné, que reuniu mais de 700 jovens, montamosum estande,, “Espaço Vocacional”. Ficamos surpresos pelaquantidade de perguntas dos jovens sobre a vocação do irmãomarista.Em VanuatuVários meios foram utilizados para lançar o chamado do Senhor.– Enviar uma carta trimestral àqueles que já tinham tidocontato com os irmãos: uma carta de encorajamento e convitepara continuar seu processo de discernimento conosco.– Tempos fortes de encontro em Lololima, ao final de cada trimestre.É durante esses momentos que os jovens descobremWewakLaumanasaDeusque nos salvoue nos chamoucomuma vocaçãosanta.(Tim 1, 9)96 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


Ir. Jean Paul Delesallenossas Irmãs <strong>Maristas</strong> Missionárias.O grupo se encontra com freqüênciapara momentos de oração, reflexãoe amizade. Os adolescentes são reconhecidos,acolhidos e amados.Esses momentos de vida de família,de vida como IRMÃOS, são favoráveispara o despertar da vocaçãomarista nos próximos anos.Sim! Deus continua chamando.verdadeiramente o chamado a seguir.Depois, o acompanhamentopessoal vai ajudar o jovem a dar oseu sim para a etapa do postulantado.Foi assim que quatro jovenscandidatos partiram noinício de março para iniciarsua formação em PNG.– A experiência recente denossos irmãos em SaintMichel Santo; um grupode vida da Família maristafoi iniciado porSetembro de 2006 97


NíveisdeatuaçãoNo níveldaREFLEXÃO:“Vinde comigo edescansai um pouco”(Mc 6, 30)■ Um ano vocacional que suscite interesse e processos de reflexãosobre o tema vocacional e sua relação com outros temas de importânciacomo fé e evangelização, identidade e missão, vida religiosahoje, os jovens e sua cultura, a Igreja, o mundo atual...No níveldaORAÇÃO:“A messe é grandee os operários são poucos.Rogai...” (Lc 10,2)■ Um ano vocacional que motive, pessoal e comunitariamente, umaoração confiante, renovada e partilhada (Irmãos, Leigos, jovens, famílias...)pelas vocações na Igreja com a intenção especial de pedir aoSenhor e à Boa Mãe que envie vocações maristas.No níveldoTESTEMUNHO:“Venham everão”(Jo 1,39)■ Um ano vocacional que continue motivando nossa conversão nalinha dos cinco Apelos do XX Capítulo geral, de maneira que “o testemunhode nossa consagração e de nossa vida simples e feliz, numacomunidade solidária com os pobres, seja o melhor apelo para seguira Cristo” (cf. C 94) e por sua vez, nos permita acolher, acompanhar ecuidar das novas vocações suscitadas pelo Senhor.98 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


No níveldaAÇÃO:“Lançai a rededo outro ladoda barca e encontrareis”(Jo 21,6)■ Um ano vocacional que nos leve a concretizar planos, ações, encontros,celebrações, buscando caminhos novos e inéditos, comvista a sensibilizar, propor, convidar, acompanhar os jovens “em suaopção vocacional” (cf.. Guia da Formação 82), ocupando-nos de maneiraespecial de quem “sente o desejo de consagrar-se ao Senhor navida religiosa marista”(cf.. Guia da Formação 83). Para isso, teremosque ser audazes em propor ao jovem, de maneira direta, aberta,simples e respeitosa, a vocação marista. Por outro lado, saber apresentaras diferentes vocações na Igreja e propor caminhos de discernimentovocacional. O desafio é realizar tudo isso de forma integradanas diferentes pastorais, de forma especial na Pastoral Juvenil.INICIA:Em 8 de setembro de 2004: Nascimento de MariaContigo, queremos renascer!TERMINA:Em 15 de agosto de 2005: Nossa Senhora da AssunçãoNos colocamos sob tua proteção!QUEREMOS,COMO INSTITUTO,SOLIDARIZAR-NOSNUM...Uma comissãodo Ano VocacionalLOCAL✫UNIDADE ADMINISTRATIVA✫REGIONAL✫GERAL✫IGREJA...Ir. PROVINCIALe CONSELHOCOMUNIDADES– PAST. JUVENIL– PAST VOCACIONAL– PAST. EDUCATIVAFORMAÇÃOLEIGOS:– COLABORADORES– FAMILIAS, MOV. CH.ANO VOCACIONAL MARISTA8 de setembro de 2004 a 15 de agosto de 2005Nos níveisdaREFLEXÃOORAÇÃO“Rogai...(Lc 10,2)TESTEMUNHO“Veham e verão”(Jo 1,39)AÇÃO“Lançai a rededo outro lado da barcae encontrareis”(Jo 21,6)PelasVOCAÇÕESna IGREJA,em especialpelas VOCAÇÕESMARISTASSetiembre Setembro de 2006 2006 99


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Vivehojeo sonho de Champagnat!Explicaçãoda Logomarcaque integra vários aspectosdo sonho de MarcelinoAMA imagem é o “M” inicial de Maria,nossa Boa Mãe,de Marcelino Champagnate dos <strong>Maristas</strong>.RariaarcelinoaristasA imagem além disto forma um coraçãoque simboliza o amor.As duas pessoas representamo marista caminhando ao lado do jovem.A cor azul simboliza juventude,energia de vida, Maria.102 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


ESTATÍSTICAS GERAIS D0 INSTITUTOEM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 *SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERALP R O V I N C I A SNOVIÇOS IRMÃOS DIMINUIÇÃO PROFiSSÃO1º 2º TOT Temp Perp TOT Defts Saidas TOT 1ª Prof PPer1. ÁFRICA AUSTRAL 0 8 8 48 74 122 — 7 7 10 32. ÁFRICA CENTRO LESTE 7 9 16 29 55 84 1 2 3 3 43. AMÉRICA CENTRAL 3 0 3 10 119 129 3 1 4 0 04. BRASIL CENTRO-NORTE — 5 5 26 109 1<strong>35</strong> 2 9 11 2 05. BRASIL CENTRO-SUL 0 5 5 30 109 139 2 4 6 2 16. CANADÁ 2 0 2 3 180 183 5 — 5 0 —7. CHINA — — — 0 32 32 3 — 3 0 08. COMPOSTELA — — — 2 266 268 7 3 10 0 09. CRUZEIRO DEL SUL 1 1 2 11 169 180 2 4 6 2 210. ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA — — — 2 204 206 8 — 8 0 011. EUROPA CENTRO-OESTE — — — 0 181 181 11 — 11 0 012. FILIPINAS 4 4 8 15 36 51 1 1 2 2 113. IBÉRICA — — — 2 213 215 5 — 5 0 014. L’HERMITAGE — — — 2 442 444 16 3 19 1 015. MADAGASCAR — — — 8 51 59 1 — 1 0 016. MEDITERRÂNEA 9 3 12 28 286 314 7 7 14 2 517. MELBOURNE 1 2 3 16 101 117 4 1 5 1 018. MÉXICO CENTRAL 3 1 4 22 122 144 4 1 5 0 419. MÉXICO OCIDENTAL 2 1 3 7 138 145 1 — 1 1 120. NIGÉRIA 12 2 14 18 68 86 — 1 1 1 021. NORANDINA 5 0 5 18 137 155 1 — 1 3 122. NOVA ZELÂNDIA — — — 7 113 120 3 2 5 1 123. RIO GRANDE DO SUL 8 1 9 43 179 222 7 9 16 9 624. SANTA MARIA DOS ANDES 2 0 2 4 126 130 1 1 2 2 025. SRI LANKA E PAQUISTÃO 2 2 4 1 36 37 — — — 0 026. SIDNEY 11 0 11 30 223 253 5 5 10 4 4TOTAL 72 39 111 382 3769 4151 100 61 161 46 33* Nota: As Provincias correspondem àquelas depois da reestruturação (janeiro 2005)Setembro de 2006 103


IRMÃOS QUE FIZERAMA PRIMEIRA PROFISSÃO NO ANO 2005SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERALSOBRENOME NOME PROVÍNCIA PAÍS DE ORIGEM DATA1. N’sanda Jérôme Dieudonné Utchinga África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-142. Bifuko Nyamwigura André África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-143. Omenyo Omari Thomas África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-144. André Brasileiro Moura Sérgio Brasil Centro-Norte Brasil 2005-12-085. Bezerra De Castro André Levy Brasil Centro-Norte Brasil 2005-12-086. Leorato Edilson Luis Brasil Centro-Sul Brasil 2005-12-087. Prandi Sandro Miguel Brasil Centro-Sul Brasil 2005-12-088. Leroy Diego Anibal Cruz del Sur Argentina 2005-06-059. Berone Maximiliano Ezequiel Cruz del Sur Argentina 2005-06-0510. Olivé Onderka Eduard L’Hermitage España 2005-07-0311. Stephens Friday Samuel Mediterránea Liberia 2005-06-1812. Pokou Komenan Tano Mediterránea Costa de Marfil 2005-06-1813. Madalaimuthu Arun Frank Melbourne India 2005-02-1914. Muñoz Romero Fernando De Jesús México Occidental México 2005-06-1815. Moanriba Tainga Nueva Zelanda Kiribati 2005-11-1916. Ikpajombu Donaldson Francis Nigeria Nigeria 2005-06-1817. Benavides Burbano Francisco Javier Norandina Colombia 2005-12-0818. Martinez Narvaez José Rodrigo Norandina Colombia 2005-12-0819. Rosero Burbano Crisostomo Javier Norandina Colombia 2005-12-0820. Celeste Vincent Filipinas Filipinas 2005-05-2021. Abajar Mitchel Filipinas Filipinas 2005-05-2022. Dresch Gérson Manoel Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-0823. Filippin Fernando Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-0824. Morais Ribeiro José Alfredo Rio Grande do Sul Brasil 2005-01-3025. Mallmann Jauri Roque Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-0826. Mentges Manuir José Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-0827. Paiz Leandro Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-0828. Da Silva Araújo Emerson Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-1729. Veiga Venícius Marostega Da Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-0830. Barbosa Nunes Francisco Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-1731. Vargas Dominguez Levi Rey Santa María de los Andes Perú 2005-01-0232. Candela Munayco Frank Ronny Santa María de los Andes Perú 2005-01-0233. Mahlangu Rugare Samson África Austral Zimbabue 2005-06-1134. Sabonete José Fato África Austral Moçambique 2005-06-11<strong>35</strong>. Nsambo Joseph África Austral Malawi 2005-06-1136. Mtachi Davie África Austral Malawi 2005-06-1137. Kalumbula Tomas África Austral Angola 2005-06-1138. Jones Domingos Albano África Austral Angola 2005-06-1139. Chiseko James Manuel África Austral Moçambique 2005-06-1140. Chikwesa Henry Line África Austral Malawi 2005-06-1141. Binikwa Stephen Dzokai África Austral Zimbabue 2005-06-1142. Mutyiri Augastino África Austral Zimbabue 2005-06-1143. Iluga Claudius Sydney Islas Salomón 2005-11-1944. Winduo Sixtus Sydney Papúa-N. Guinea 2005-11-1945. Turuk Walter Sydney Papúa-N. Guinea 2005-11-1946. Kaboanga Patrick Sydney Papúa-N. Guinea 2005-11-19104 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


IRMÃOS QUE FIZERAMA PROFISSÃO PERPÉTUA NO ANO 2005SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERALSOBRENOME NOME PROVÍNCIA PAÍS DE ORIGEN DATA PROP1. Bakere Stanley Sydney Papúa-N. Guinea 2005-01-202. Balma Etienne Mediterránea Costa de Marfil 2005-02-263. Baruffi Sandro Rio Grande do Sul Brasil 2005-10-294. Berry Beda Germain Mediterránea Costa de Marfil 2005-02-265. Bezerra Danilo Correia Rio Grande do Sul Brasil 2005-05-166. Bobrzyk Sandro André Rio Grande do Sul Brasil 2005-11-137. Castillo Núñez José Luis México Central México 2005-07-028. Chinjati Andrew África Austral Malawi 2005-08-139. De Souza Theddy Gilles Mediterránea Costa de Marfil 2005-02-2610. Djamba Lokanga Michel África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-2111. Elifala Marcel África Austral Malawi 2005-08-1312. Freeman Rubio Enrique México Central México 2005-05-2813. Gómez Bueno Federico Mediterránea España 2005-12-0814. Gorit Christopher Filipinas Filipinas 2005-10-1515. Gugiel Valdir Brasil Centro-Sul Brasil 2005-11-1916. Jiménez Solar Hugo Emerson México Central México 2005-07-0217. Jumbe Francis África Austral Malawi 2005-08-1318. Kanaume Kubanabantu Justin África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-2119. Liesenfeld Élio Luís Rio Grande do Sul Brasil 2005-12-1020. Me Konan Vincent Mediterránea Costa de Marfil 2005-02-2621. Nieto Claudio Marcelo Cruz del Sur Argentina 2005-12-0822. Pimentel Altenir Costa Rio Grande do Sul Brasil 2005-11-2723. Poro Mark Sydney Islas Salomón 2005-04-1724. Postingher Tarcisio Rio Grande do Sul Brasil 2005-06-0525. Provens Damián Raúl Cruz del Sur Argentina 2005-08-1526. Rutazihana Ngirabakunzi Aimé África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-2127. Sánchez Bravo José México Central México 2005-05-2828. Serero Simon Sydney Papúa-N. Guinea 2005-02-2729. Tapuala Afaese Leo Nueva Zelanda Samoa 2005-01-1530. Ucan Mex Angel Gabriel México Occidental México 2005-06-0431. Vásquez García Roberto José Norandina Venezuela 2005-06-0532. Vira Lino Sydney Vanuatu 2005-02-2733. Yatha Nanga Luka Edouard Luc África Centro-Este R.D. Congo 2005-08-21Setembro de 2006 105


IRMÃOS FALECIDOSDURANTE O ANO 2005SEGUNDO OS DADOS DO SERVIÇO DE REGISTRO E ESTATÍSTICA DO SECRETARIADO GERALSOBRENOME NOME NOME DE IRMÃO DATA FAL. ID PROVÍNCIA1. López Merino Mauro Valerio Mauro 2005-01-01 91 América Central2. Santana López Tiburcio Leonardo Diego 2005-01-02 68 México Central3. Ruiz García Felicísimo Felicísimo María 2005-01-06 67 Mediterránea4. Magee Eugene P. Patrick Eugene 2005-01-07 81 Estados Unidos de América5. Schubert Johann Wilhelm Johann Wilhelm 2005-01-08 80 Europa Centro-Oeste6. Chambon Louis Marie Irénée 2005-01-09 98 L’Hermitage7. Fréléchoz Joseph-Jules Marie Basilide 2005-01-10 96 L’Hermitage8. Bauer Joseph Konrad V Parzham 2005-01-11 90 China9. Ratolojanahary Jean Louis Marius Louis 2005-01-15 76 Madagascar10. Alvarez Alvarez Manuel Jacinto Manuel 2005-01-17 81 Compostela11. Vannoorenberghe Victor Victorinus 2005-01-17 88 L’Hermitage12. Boujon Amédée Julien Alexandre 2005-01-19 88 L’Hermitage13. García Santamaría José José Dalmacio 2005-01-27 86 Ibérica14. Clerc Joseph Siméon Joseph Elie 2005-01-27 96 L’Hermitage15. Sánchez Cueto Manuel Manuel Abel 2005-01-28 85 Compostela16. Maguire Kevin Michael Brendan Mary 2005-01-30 73 Sydney17. Bruyas Germain Germain Marie 2005-02-04 73 L’Hermitage18. Gosselin Joseph F. Siméon Gérald 2005-02-09 88 Estados Unidos de América19. Ortega Ortega Emiliano Romualdo 2005-02-10 81 Compostela20. Orden Pastor Julián De La Victorico María 2005-02-11 80 Mediterránea21. Rodríguez Alanis Jesús Macario Filogonio 2005-02-11 97 México Central22. Plaisance Léonce Joseph Albin 2005-02-21 91 L’Hermitage23. Mora Reyes Marcos Florián Marcos 2005-02-25 77 México Occidental24. Chalon André 2005-03-04 65 Europa Centro-Oeste25. Jooss René Georges René Gilbert 2005-03-04 91 L’Hermitage26. Susin Severino Vidal Aloysio 2005-03-05 85 Rio Grande do Sul27. Ayala Manzanedo Luis 2005-03-05 59 Ibérica28. Hughan William Francis Finan 2005-03-10 93 Melbourne29. Conte Lino Sabino Lino 2005-03-10 90 Brasil Centro-Sul30. Redunski James 2005-03-11 59 Estados Unidos de América31. Dwyer Thomas Joseph Joachim Joseph 2005-03-20 78 Nueva Zelanda32. Cherry John Joseph 2005-03-29 66 Estados Unidos de América33. Backx Léon Alvarus Paul 2005-04-04 83 África Centro-Este34. Hernández Pinedo Félix Félix Deodoro 2005-04-10 86 América Central<strong>35</strong>. Porro Machon Augusto Blas Valentín 2005-04-22 83 Cruz del Sur36. Schwind Alois Rudolf Rudolf Aloys 2005-04-24 79 Europa Centro-Oeste37. Olsen Thomas Barry Canute 2005-04-26 77 Nueva Zelanda38. Barberet Louis Georges Spies Joseph Cyprien 2005-04-29 83 Brasil Centro-Norte39. Sandoval Conde Pancracio Pancracio José 2005-04-30 79 Compostela40. Barberia Ochoa Jesús Florentino María 2005-05-01 89 L’Hermitage41. Schmitt Georg Robert Anton 2005-05-04 84 Europa Centro-Oeste42. Felten Antoine-Pierre Etienne Justin 2005-05-04 85 Europa Centro-Oeste43. Mc Laughlin Paul Joseph Bonaventure 2005-05-07 64 Melbourne44. Lucien Marcel Ernestus 2005-05-08 90 L’Hermitage45. Asensio Casado Carlos 2005-05-21 54 Compostela46. Mathay René Emile Adrien 2005-05-22 85 Europa Centro-Oeste47. Rainville Marcel Fernand Marcel 2005-05-23 73 Canadá48. Ramos Jiménez José Eulogio José Eulogio 2005-05-23 80 Mediterránea49. Fuente Castilla Martín Felipe Martín 2005-05-27 87 Ibérica50. Faulkner Patrick John Baptist Anselm 2005-06-10 93 Melbourne51. Donnelly Patrick Joseph Francis 2005-06-19 75 Sydney106 • <strong>FMS</strong> <strong>Mensagem</strong> <strong>35</strong>


SOBRENOME NOME NOME DE IRMÃO DATA FAL. ID PROVÍNCIA52. Pamplona Danilo 2005-06-20 52 Filipinas53. Martínez Martínez Guillermo Crescencio José 2005-06-27 87 Mediterránea54. Ruiz Arroyo Eliseo Eliseo 2005-07-01 88 L’Hermitage55. Zaglauer Francis 2005-07-11 61 Estados Unidos de América56. Bouchard Majella Gabriel Etienne 2005-07-13 81 Canadá57. Arel Joseph A. Peter Chanel 2005-07-29 87 Estados Unidos de América58. Villarreal Martínez Héctor Héctor Rafael 2005-08-03 74 México Central59. Delacour William Patrick Kenan 2005-08-17 84 Sydney60. Orth Mario Augusto Pedro De Alcántara 2005-08-21 78 Rio Grande do Sul61. Rodríguez Martínez Millán Guillermo León 2005-08-27 91 Compostela62. Minuscoli Geraldo Tito Alcides 2005-09-02 77 Brasil Centro-Sul63. Mc Pherson Alexander Jos. Montanus 2005-09-03 86 Sydney64. Ferrie Joseph Christopher 2005-09-04 88 Europa Centro-Oeste65. García Andorrá Tomás Florencio Lucio 2005-09-07 76 L’Hermitage66. Souza José Milson Melo De 2005-09-09 59 Brasil Centro-Norte67. Wang Shou Chien Joseph James Malya Isidore 2005-09-12 75 China68. Mombach Oscar Maria Gelasio 2005-09-20 92 Rio Grande do Sul69. Carmignato Giorgio Teofano Maria 2005-09-23 72 Mediterránea70. Tremblay Claude Claude Alexandre 2005-09-23 72 Canadá71. Lambert Yvan Léopold Maurice 2005-09-24 75 Canadá72. Blackwood Stuart Augustin Joseph Cassian 2005-09-28 94 Sydney73. Sanz Zabaleta Joaquín Juan Cayetano 2005-10-10 85 Mediterránea74. Wildner Mário Antônio Domicio Mário 2005-10-13 90 Rio Grande do Sul75. Ruiz Hidalgo Hilario Juan Hilario 2005-10-13 91 L’Hermitage76. Liebana Merino Teodoro Domingo Tomás 2005-10-14 84 México Central77. Ivars Cerdá José Silverio 2005-10-15 87 L’Hermitage78. Needham John Anthony Damian 2005-10-21 64 Melbourne79. Wehrli Gustav Nikolaus Gallus 2005-10-22 92 Europa Centro-Oeste80. Berthet Francis Marie Stéphane 2005-10-23 83 L’Hermitage81. Leconte André Virgile 2005-10-26 95 Europa Centro-Oeste82. Gaudreau Armand L. Louis Richard 2005-10-31 73 Estados Unidos de América83. Casal Vidal Jesús Tiburcio José 2005-11-02 92 Cruz del Sur84. Fuchs Willibald Jovien 2005-11-04 83 L’Hermitage85. Hever Denis 2005-11-04 59 Estados Unidos de América86. Orcajo Tordable Vicente Eustaquio 2005-11-18 81 Ibérica87. Goñi Lerendegui Elías Patricio Guido Elías 2005-11-19 88 América Central88. Werner João Reymundo Liborio Mario 2005-11-23 89 Rio Grande do Sul89. Rubio Rubio Nicolás Leoncio José 2005-11-24 90 Rio Grande do Sul90. Navia Velasco Marco Fidel 2005-11-26 64 Norandina91. Mertes Léonard Ignace Herman 2005-11-26 84 Europa Centro-Oeste92. Chang Hao Te Mathias Emile François 2005-12-01 85 China93. Abreu Ribeiro Adelino Francisco De Paula 2005-12-01 85 Compostela94. Tudanca Ibañez Esmeraldo Elías Pedro 2005-12-03 81 Ibérica95. Hartlieb Karl Damasus 2005-12-09 86 Rio Grande do Sul96. Asenjo Bañuelos Florentino Florentin José 2005-12-12 87 Mediterránea97. Dillon Desmond J. Gonzaga Ronald 2005-12-21 85 Nueva Zelanda98. Santos Díez Basilio Telmo Arsenio 2005-12-23 86 Santa María de los Andes99. Rouleau Patrice 2005-12-24 88 Canadá100. Dewerchin Pieter Joseph Pierre 2005-12-25 77 Europa Centro-OesteSetembro de 2006 107


O RAÇÃOSenhor Jesus,olhamos ao nosso redore tomamos consciênciadas enormes necessidadesentre as crianças e os jovens de hoje.Sabemos que é urgente poder contarcom mensageiros de esperançae testemunhas de teu amor.Agradecemos-te, Senhor,por teu chamado pessoal a realizaruma vocação de serviço.Pedimos-te nos concedas viver de tal modoque nosso testemunho seja fonte de esperançae anime, por sua vez,novas vocações na tua Igreja,seja no compromisso do laicato,seja na vida religiosa ou sacerdotal.Oramospor todos aqueles e aquelas que convocasa viver hoje o sonho de Champagnatde evangelizar as crianças e jovens,particularmente os mais abandonados.Recordamos, de modo especial,os que chamas a serem irmãos maristas.Faz com que os jovens que sentem esta vocação,sejam audazes para seguir-te com paixãoe generosos para serem fiéis a Ti.Maria, modelo de entrega e fidelidade,intercede por esta tua Família!


udroom van MarcellinusMarcellinsTraum–LebeMARCELLIN’S DREAM LIVEihnheute!rêve de Marcellin: Vis-le!IT TODAY!ICYIFUZOCYA CHAMPAGNAT- KIGERE HO!LeChampagnat!den!hojeosonhode Champagnat!MapenziyaChampagnat- Fanya!avui el somniVivaViudiChampagnat!desognoLeeforáooggimápuIainony fanirian’iChampagnat!champagnatregá marcelinorimúre¡VivehoyVivielsueñode Champagnat!

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