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Aspectos neuropsicológicos dos transtornos de ansiedade na ...

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_____________________________________________________________Discussão 89grupo controle. Os resulta<strong>dos</strong> do presente estudo corroboram os acha<strong>dos</strong> porEmerson et al (2005), que avaliaram meninos com ansieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pressão por meio<strong>de</strong> um teste <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> conceito (Woodcock Johnson Teste <strong>de</strong> Habilida<strong>de</strong>sCognitivas). Os autores relataram que indivíduos ansiosos ou <strong>de</strong>primi<strong>dos</strong>apresentavam dificulda<strong>de</strong> <strong>na</strong> mudança do set (mudar o curso da resposta), no teste <strong>de</strong>hipóteses e <strong>na</strong> resolução <strong>de</strong> problemas, aspectos relacio<strong>na</strong><strong>dos</strong> à flexibilida<strong>de</strong> mental(Emerson et al, 2005).Ainda em relação à flexibilida<strong>de</strong> mental, Toren et al (2000) observaram queindivíduos com ansieda<strong>de</strong> cometiam mais erros e respostas perseverativas do que osindivíduos não ansiosos em um teste que avaliou a flexibilida<strong>de</strong> cognitiva ehabilida<strong>de</strong>s organizacio<strong>na</strong>is (WCST). Os autores também relataram que os jovensansiosos não aproveitavam o feedback negativo dado pelo avaliador (uma respostanegativa após o erro induzia a criança a repetir o erro) (Toren et al, 2000). Estesresulta<strong>dos</strong> sugerem que crianças e adolescentes com <strong>transtornos</strong> <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> exibemuma a<strong>de</strong>são rígida a um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do padrão e uma diminuição da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mudar o foco para outra ativida<strong>de</strong>, fatos relacio<strong>na</strong><strong>dos</strong> à quantida<strong>de</strong> limitada <strong>de</strong>recursos cognitivos para investir em uma tarefa. Além disso, ansieda<strong>de</strong> epreocupação ten<strong>de</strong>m a prejudicar o <strong>de</strong>sempenho em tarefas com alta <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>memória <strong>de</strong> trabalho (Dutke e Stober, 2001)No presente estudo, o grupo diagnosticado com TAIA cometeu mais errossimples, mas não erros perseverativos ou respostas perseverativas, sugerindo quetentaram encontrar outra forma <strong>de</strong> resolver a tarefa, mas foram ineficientes para aresolução. De fato, Watts e Weems (2006) observaram que os ansiosos e <strong>de</strong>primi<strong>dos</strong>,quando compara<strong>dos</strong> aos controles, apresentavam mais erros em testes que avaliam aatenção, sugerindo que tal funcio<strong>na</strong>mento ocorre <strong>de</strong>vido à percepção pobre existenteno funcio<strong>na</strong>mento frontal prejudicado (Hadwin et al., 2005).Além das dificulda<strong>de</strong>s acima citadas, as crianças e adolescentes com TAIAapresentaram pior <strong>de</strong>sempenho em relação aos controles nos testes que avaliarammemória visual e verbal, memória <strong>de</strong> trabalho visual e processos <strong>de</strong> aprendizagemverbal. Da<strong>dos</strong> da literatura confirmam esses acha<strong>dos</strong>, indicando que haja uma fortecorrelação entre a ansieda<strong>de</strong> e a memória. Em estudo com meninos ente 7 e 11 anos

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