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Boletim do <strong>Instituto</strong> HidrográficoN.º 102, II Série, Junho <strong>2008</strong>CANHÃO DA NAZARÉLaboratório Oceanográfico NaturalEm Destaque | Zénite | Amarras | Sonar | Posto de Vigia | Sabia que... | Bússola | Preia-Mar Baixa-Mar | Bem-Vindo a Bordo


Nesta edição47911131515161616171818192022222223Em DestaqueCanhão da Nazaré, Laboratório Oceanográfico NaturalZéniteSegurança da navegação – Factor de desenvolvimentoAmarrasParticipação do IH no ICG/NEAMTWSSonarEstudo de caracterização sedimentar da plataformainsular sul da ilha do Porto SantoPosto de VigiaPlano de treino operacional do NRP AndrómedaUm passeio à velaFormação de chefias a decorrer no IHParticipação do IH na exposição promovida pelo<strong>Instituto</strong> Militar dos Pupilos do Exército (IMPE)Presença da exposição do IH na semana do ambientede CascaisOferta de esboços originais do Vice-almirante SarmentoRodrigues ao IHComemorações do Dia da Marinha na cidade doFunchalDesenvolvimento do espírito de coesão internaFuncionários do IH visitam o NRP SagresNos passos do Almirante Gago CoutinhoSabia que...A Monitorização do Meio Marinho: opcional ou essencial?BússolaVisita do Director-Geral ao Serviço Hidrográfico eOceanográfico da Marinha da TunísiaLançamento do Fórum Permanente para os Assuntosdo MarAgência Europeia de Segurança marítima (EMSA)WORKSHOP SIMOC232324242425252525262626262727272828282929293031Participação na conferência «Mission Planning»Presença no workshop «Geochemistry of arsenic»3.º seminário de sistemas de informação geográfica –«SIG<strong>2008</strong>»6.º Encontro de Utilizadores ESRI3.º Curso de Formação do projecto SeaDataNetPreia-Mar Baixa-MarNovo Director dos Serviços de ApoioNovo Chefe do Serviço de ElectrotecniaNova Secretária no Departamento da QualidadeNovo estagiário no Centro de DadosCad. Catarina Baptista na divisão de Geologia MarinhaBem Vindo a BordoVisita dos alunos do Curso de Informação Geográficado <strong>Instituto</strong> Geográfico do ExércitoVisita do 1TEN Ricardo Batista da Direcção de NaviosVisita de estudo dos alunos da Universidade LusófonaVisita do Curso Complementar de Formação deTécnico Profissional da PEMCurso de promoção a Sargento-Chefe <strong>2008</strong>Visita de estudo dos alunos dos Cursos de FormaçãoComplementar de Oficiais e de Formação MilitarComplementar de OficiaisVisita do Externato «As Descobertas» ao IHVisita da Junta de Freguesia de Santos-o-Velho ao IHVisita das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras daImaculada ConceiçãoVisita de Estudo dos alunos da Universidade do PortoVisita do Director do <strong>Instituto</strong> Canário de CiênciasMarinhasVisita do sub-director do «Defense OceanographicData Centre» do <strong>Instituto</strong> Australiano de Oceanografiae MeteorologiaVisita da Associação para as Comunicações,Electrónica, Informações e Sistemas de Informaçãopara Profissionais (AFCEA)Visita ao IH no âmbito das comemorações do DiaMundial da HidrografiaINSTITUTO HIDROGRÁFICORua das Trinas, 49 | 1249-093 Lisboa | Portugal2 HidromarTelefone | +351 210 943 000Fax | +351 210 943 299E-mail | mail@hidrografico.ptWebsite | www.hidrografico.ptTítuloNúmeroRedacção e CoordenaçãoFotografiaDesign GráficoPaginaçãoImpressãoTiragemDepósito LegalISSNHidromar – Boletim do <strong>Instituto</strong> Hidrográfico102, II Série, Junho <strong>2008</strong>Gabinete de Relações Públicas – Paula Mourato[paula.mourato@hidrografico.pt]Gabinete de Multimédia, Serviço de Informaçãoe Relações Públicas (Gabinete CEMA)Ana Margarida GomesJorge Tavares<strong>Instituto</strong> Hidrográfico1000 exemplares98579/960873-3856


O projecto de que se fala ...Nesta edição do Hidromar, destaca-seo projecto MONICAN (Monitorizaçãodo Canhão da Nazaré) noqual o <strong>Instituto</strong> Hidrográfico irá concentrar,durante os próximos trêsanos, uma parte substancial dassuas actividades técnico-científicas.Este projecto, pioneiro em Portugal,visa estabelecer uma rede de monitorizaçãona área do Canhão daNazaré permitindo assim adquirir ummelhor conhecimento dos processosoceanográficos e meteorológicosque ocorrem no Oceano Costeironesta zona.das ondas, as pescas, o combate àpoluição marítima, o conhecimentodos processos costeiros responsáveispelas modificações na linha decosta ou a preservação ambiental.A sociedade em geral tambémsairá beneficiada, já que as observaçõesao largo da Nazaré (agitaçãomarítima, correntes superficiais,temperatura da água do mar, outros)serão disponibilizadas ao público,em tempo real, através do site do projectoMONICAN acessível a partir dosite do <strong>Instituto</strong> Hidrográfico.O sistema MONICAN irá permitirexecutar diversos produtos oceanográficospara a Região Centro. Essesprodutos irão decerto apoiar diversasactividades económicas, tendo uminteresse particular para áreas taiscomo o aproveitamento da energiaSão projectos como este quepermitem ao IH crescer, capacitandoo seu pessoal com competênciase experiências fulcrais paracontribuir para a qualidade do progressodo conhecimento oceanográfico.A equipa HidromarHidromar3


Em destaqueCanhão da Nazaré,Laboratório Oceanográfico Natural1. SÍNTESEOs oceanos são de importância vital para a nossa sociedade.É ali que nascem os principais sistemas responsáveis pelasalterações climáticas; são neles que existem as principais linhasde comércio e também onde existem os principais recursosnaturais. A melhoria na qualidade de vida, uma gestão efectivado ambiente marinho e uma utilização sustentada dos recursosvivos dependem da nossa capacidade para (1) uma rápidadetecção das alterações dos ecossistemas marinhos e seusrecursos e (2) providenciar previsões atempadas das alteraçõese das suas consequências para a economia e população.Os recentes desenvolvimentos na oceanografia tornamagora possível fornecer serviços operacionais semelhantes aosserviços de previsão para a atmosfera. Experiências vindas daNoruega, Espanha e Grécia mostram que é exequível a produçãode previsões social e economicamente úteis.Baseando-se na experiência acumulada pelo IH, o projectoMONICAN pretende estabelecer uma rede de monitorizaçãona Nazaré, uma área de importância extrema devido aosdesenvolvimentos esperados ao nível da energia das ondas,turismo, prospecção offshore, navegação comercial e derecreio, pesca, aquacultura e preservação ambiental devido àexistência de uma área protegida (Reserva Marinha das Berlengas).Propõe-se, neste projecto, construir um sistema integradode monitorização ambiental que inclua a zona do canhão daNazaré, que permita construir séries longas de observação eelaborar produtos oceanográficos para a zona centro, em apoioa diversas actividades económicas e à sociedade em geral.4Hidromar


Em Destaque2. O SISTEMA MONICANOs oceanos exercem uma grande influência no ambienteglobal, evidenciando-se como reguladores do clima. Assim, oconhecimento da circulação profunda e superficial junto aoscanhões, especialmente na área da Nazaré, para além de ser deimportância vital para o crescimento das actividades económicaslocais, também se faz sentir nas alterações climáticas globais.Mais genericamente, compreender as interacções entre oceano,biosfera e geosfera, e os fenómenos naturais que daí advêm,bem como as alterações ambientais são um dos principaisdesafios da comunidade científica para as próximas décadas.Para atingir este objectivo, são necessárias medições deparâmetros críticos com séries temporais mais longas. Diversossensores e instrumentos irão cobrir toda a coluna de água,com a elevada probabilidade de estender a capacidade deobservação desde o fundo do mar até ao interface mar-atmosfera.O sistema de monitorização da Nazaré irá ser também umexcelente complemento às observações por satélite, providenciandoa capacidade para efectuar medições distribuídas verticalmenteao longo da coluna de água. Irá também permitir acalibração dos sensores do satélite remotamente.No entanto, não existe sistema capaz de captar um meio tãovasto e complexo como o oceano, com toda a diversidade deprocessos e escalas de variabilidade. Todo o conhecimento einformação disponível deverá ser agregada para o descrever nasua totalidade. A informação é obtida não só das observaçõesdisponíveis mas também do conhecimento da sua dinâmica. Acombinação perfeita para os tão dispersos conjuntos de dadosé através de assimilação via modelos numéricos, que têm emconsideração os processos físicos e dinâmicos que controlama evolução temporal dos oceanos. A assimilação de dados nãosó permite melhores «nowcasts» (previsões para o presente),mas também melhores «forecasts» (previsões para o futuro) e«hindcasts» (recriações do que se passou no passado).O sistema foi pensado de forma a permitir atingir seis principaisobjectivos:(a) Melhorar as previsões oceanográficas e os seus efeitosnas populações e economia;(b) Minimizar os efeitos dos desastres naturais;(c) Melhorar a segurança e eficiência das operações marítimas;(d) Reduzir os riscos da saúde pública;(e) Proteger mais eficazmente e restabelecer a «saúde» dosecossistemas marinhos;(f) Sustentar os recursos vivos marinhos.O sistema de observação integrado será constituído portrês subsistemas:(1) Subsistema de monitorização/medição;(2) Subsistema de comunicações e gestão de dados;(3) Subsistema de modelação/análise.Às seguintes variáveis foi dada prioridade máxima para integraçãono sistema MONICAN:(1) Física: salinidade, temperatura, batimetria, nível do mar,ondas de superfície, vectores de corrente, característicasdo fundo, propriedades ópticas, clorofila e radioactividade;(2) Química: contaminantes da coluna de água, nutrientesinorgânicos dissolvidos, oxigénio dissolvido e hidrocarbonetos.Adicionalmente, as seguintes variáveis são necessárias paraquantificar os factores externos a uma escala regional:(a) Meteorologia - vector de vento, temperatura, pressão, precipitação,humidade;(b) Terrestre - descargas de riosA interface do MONICAN para a maioria dos utilizadoresserá o subsistema de gestão de dados e de comunicações.Este subsistema irá ligar todas as partes do sistema de observaçõesdesde os instrumentos até ao utilizador final e irácontribuir para a avaliação da qualidade do produto final. Éuma componente crucial do sistema de observação e a suaconfiguração deverá assegurar que todos sejam uma parteefectiva. A tarefa principal será a configuração e implementaçãode uma distribuição e gestão de dados optimizadaque faça a ponte entre as observações e todos os utilizadores,que terão acesso gratuito a todos os dados oceanográficosrecolhidos, através de um portal dedicado ao sistemaMONICAN.Hidromar5


Em Destaque3. AS TAREFAS DO MONICANTAREFA 1Implementação da rede oceanográfica in-situFundeamento de uma bóia de águas profundas (offshore)com capacidade para observações meteorológicas, físicase químicas. Fundeamento de uma bóia costeira em águaspouco profundas na Nazaré equipada com um AcousticDoppler Current Profiller (ADCP), e capacidade para observaçõesde agitação marítima e oceanográficas.TAREFA 2Monitorização em tempo realConfiguração de uma rede de transmissão de dados. Concebere instalar um sistema de distribuição de dados. Implementara capacidade de processamento necessária parasuportar as corridas dos modelos numéricos operacionais.TAREFA 3Controlo de qualidadeDesenvolver e manter um «WEB SITE», sendo o acesso aosúltimos resultados validados, actualizado pelo menos duasvezes ao dia. Efectuar cruzamento de informação entre osresultados dos modelos e as observações regularmente.Este procedimento deverá ter uma periodicidade trimestral,mas se possível deverá ser automatizado para que possaser realizado a qualquer momento.TAREFA 4Sistema de previsãoEstabelecer um sistema de previsão com alcance até cercade uma semana. Implementar modelos de previsão de agitaçãomarítima, de circulação geral e de deriva de manchasde poluição. Dar formação na operação e interpretação dosresultados dos modelos. Manter uma validação«forecast/nowcast» estimando os erros a partir das observações(bóias, satélites e cruzeiros).TAREFA 5CoordenaçãoCoordenar as diversas tarefas. Providenciar uma base paraefectuar estudos de desempenho, relatórios de dadossemestrais e relatórios da rede integrada a cada ano. Estabelecerligações directas com potenciais utilizadores finaistais como a Protecção Civil, equipas de busca e salvamentoe de combate à poluição, portos, serviços meteorológicos eequipas de investigação existentes nas universidades ou naindústria.4. CONCLUSÕESO Investimento apropriado no oceano é crítico para a vitalidadeeconómica a longo prazo de Portugal. O oceano que sepode dividir em oceano aberto e costeiro, providencia alimentose permite actividades recreativas, contributos mais que necessáriosou mesmo vitais para o desenvolvimento económico dopaís. Para além de ser um elemento da segurança nacionaltambém influencia o sistema climático global. Apesar da suaextensão, o Oceano é finito e não pode absorver indefinidamentetodos os excessos da população. Entender os impactosda população no mar e vice-versa, será a base para assegurarum oceano mais limpo, mais saudável e estável para as geraçõesvindouras.A procura de sistemas de observação in-situ de longa duraçãoestá em crescendo, sistemas esses que sustentam previsõesmais precisas quando integradas com modelosatmosféricos e oceanográficos, essencialmente para um usosustentado do mar.A transferência de conhecimento para os utilizadores irápermitir a Portugal fazer contribuições significativas para oesforço mundial no combate às alterações climáticas globais.Os utilizadores socio-económicos da informação MONICANincluem: (a) actividades de monitorização ambiental, os seuscientistas e gestores, (b) acordos internacionais de troca deinformação [Global Earth Observation System of Systems(GEOSS), International Council for the Exploration of the Sea(ICES), Iberia-Biscay-Ireland Regional Operational OceanographicSystem (IBI-ROOS), Global Ocean Observing System(GOOS), etc...], (c) convenções internacionais, como por exemploa Convention for the Protection of the Marine Environmentof the North-East Atlantic (OSPAR), (d) Organizações não governamentais,(e) empresas piscatórias, (f) industria da energiadas ondas, (g) serviços de conservação da natureza (ReservaMarinha da Berlenga).O sistema MONICAN é um salto significativo na criação deuma rede de observação que se espera que permaneça nolocal por vários anos. Os seus benefícios irão ser partilhados portodos os agentes marítimos em Portugal, que irão possuir maisconhecimento dos processos geofísicos, dos riscos ambientaise conhecimento do meio oceanográfico, obtendo assim melhorcapacidade para planeamento e regulamentação. De momentonão existe sistema semelhante em Portugal pelo que este seráum projecto pioneiro. Será um passo muito importante para opaís e os resultados e a experiência adquirida pelo IH com oMONICAN, poderão catapultar uma série de novos investimentosnoutras áreas permitindo a expansão do sistema a toda acosta Portuguesa.CTEN Mesquita OnofreChefe da Divisão de Oceanografia6Hidromar


Uma visão abrangenteZéniteSegurança da navegação– Factor de desenvolvimentoA atribuição de primazia a qualquer dos elementos do binómionáutica de recreio-desenvolvimento local é-nos impossível, mas a sua existênciapassa obrigatoriamente pela edificação dos meios, materiais e processuais, quepotenciam a prática duma navegação seguraQuando confrontados com o binómionáutica de recreio – desenvolvimentolocal somos impelidos a fixar-nos noúltimo dos dois elementos e ao tentaresquadrinhar as manifestações dessedesenvolvimento, resultantes directa ouaté unicamente da actividade da náuticade recreio, conseguem-se discriminarum largo conjunto de actividades económicas.Desde logo a exploração de infraestruturasadequadas e dedicadas nazona ribeirinha, as marinas e os portosde recreio, bem como as actividades deprestação de serviços na área de hotelariaque normalmente lhe estão associadase ainda, sem sermos exaustivos, aindústria de construção e reparaçãonaval, o comércio a retalho especializado(chandlery) e a intermediação de comprae venda de embarcações (brokerage),entre muitas outras.Quando com algum esforço o nossoenfoque volta a ser a questão da dicotomia,apercebemo-nos que o primeiro elemento,a náutica de recreio, parece tersido relevado para segundo plano. Naverdade, as manifestações de desenvolvimentoantes referidas só se tornamreais quando a náutica de recreio estápresente. Contudo, será sempre possívelargumentar que se não existirem as infraestruturasde apoio, para satisfazer uma«clientela» diversa e fazer face a um lequevasto de exigências, então a náutica derecreio nunca estará presente.Parece então que nos encontramosperante mais um caso do paradoxo «dagalinha e do ovo». Uma análise mais cuidadae pormenorizada revelaria provavelmenteque o crescimento simbióticoda náutica de recreio e das manifestaçõesde desenvolvimento local relacionadascom o sector rege-se pelosprincípios da oferta e da procura.A questão que deverá ser colocadaa montante de qualquer análise de interdependênciaentre náutica de recreio edesenvolvimento local prende-se com anecessidade imperiosa de tornar a navegaçãosegura, pois só assim será possívelexplorar as potencialidades das zonasribeirinhas.Em termos de segurança de navegação,as exigências do navegante derecreio não são menores do que osrequisitos da navegação comercial ou decabotagem.O reunir das condições mínimas desegurança da navegação passa primordialmentepela caracterização das áreasmolhadas. Neste aspecto, consideramosfundamental o conhecimento rigoroso daconfiguração do fundo marinho (profundidadese sua variação), a localização deperigos e obstruções e conhecer a dinâmicadas massas de água, designadamentedas marés e das correntes.Segue-se a necessária caracterizaçãodo uso previsto para as áreas navegáveisque, conjuntamente com a informaçãode base antes recolhida, permitirá concretizarum assinalamento marítimo adequado,concretizado sob a forma defaróis, bóias, balizas e até sinais sonorosde nevoeiro.Em seguida torna-se necessário consideraro estabelecimento de estaçõesem terra de natureza diversa, como porexemplo para aconselhamento médico,Hidromar7


Zénitepara monitorização do tráfego e paradifusão de informação de segurançamarítima, realçando-se neste último casoos avisos à navegação e os boletinsmeteorológicos.Quando a tarefa de estabelecer ascondições mínimas para uma navegaçãosegura parece concluída resta ainda acompilação e difusão documental sob aforma de cartas e publicações náuticas.O que torna especiais os documentosnáuticos é o facto de não serem estáticosou estanques repositórios de informaçãoque paulatinamente perde utilidade ouvalidade podendo até tornar-se perigosa.Os documentos náuticos são como entesvivos que evoluem sem cessar para conseguirrelatar, da maneira mais fidedignapossível, as condições existentes para aprática da navegação.É possivelmente neste ponto particularque reside a maior fragilidade em termosde segurança da navegação. Nosdias de hoje, a paisagem urbana,incluindo as zonas ribeirinhas, transfigura-sea um ritmo vertiginoso, muitasvezes influenciando directamente a configuraçãodaquilo quer era conhecidopelo navegante, tanto em terra como nasáreas alagadas.A consolidação duma espécie deconsciência colectiva em torno da necessidadede divulgar com a maior antecedênciapossível as alterações planeadas,quer em termos físicos quer na imposiçãode procedimentos, nas zonas navegáveise na sua vizinhança é fundamental.Não se pense que as afirmaçõesanteriores dizem respeito apenas a entidadesoficiais ou com responsabilidadesna regulação da evolução urbanística emarítima, o papel do navegante isoladoé no mínimo tão importante quanto odessas instituições, o que se deve aosimples facto de este se movimentar nummeio que partilha com uma infinidade deoutros utilizadores. A pedra submersaque se descobriu, da qual ninguém sabepor não se encontrar documentada, ecom que se pode sempre contar parauma boa pescaria hoje, poderá amanhãrasgar o casco doutra embarcação.A comunicação dos novos achados,perigos ou não, e da falta de concordânciaentre realidade e representação documentalé primordial, considerando-se atéser mais relevante a rapidez do que aforma.De facto, a necessidade de comunicarcada vez mais depressa tem impelidoa adopção de novos meios de difusãode informação de segurança marítima ede actualização documental.Prova do aludido é a recente remodelaçãona disponibilização dos Gruposde Avisos aos Navegantes através dainternet…http://websig.hidrografico.pt/idamar/anavnet/anavnet.aspx…apresentando-se agora num figurinomais apelativo, ágil e versátil, que prevêpor exemplo a emissão de notificaçõesautomáticas de alterações na zona de interessedo navegante, bastando para issoque seja seleccionada a(s) carta(s) náuticade interesse. Adicionalmente são tambémdisponibilizados os avisos à navegaçãocosteiros, que até há pouco tempo seriamunicamente recebidos por teleimpressoraNAVTEX ou escutando as transmissõesdas estações rádio costeiras.Contudo, podendo a navegação derecreio ser caracterizada como sedentária,visto que na maior parte dos casosuma dada embarcação desenvolve a suanavegação em áreas geográficas bastanterestritas, o sector da náutica derecreio está ainda carenciado dum modode difusão de avisos locais mais ágil doque a actual afixação e distribuição porclubes náuticos e marinas. Assim, o sítioda internet antes referido prevê já a suaprópria evolução para conseguir responderprecisamente à necessidade de enfoquenas águas restritas portuárias,devendo essa funcionalidade ficar disponívelbrevemente.A edificação de estruturas que garantamo estabelecimento de condiçõespara a prática duma navegação segura e,mormente, a manutenção dessas condiçõesde forma dinâmica são vectoresessenciais para conseguir cativar a práticada navegação, sendo imprescindívelatender aos requisitos específicos danavegação de recreio. Posteriormente, ofomento equilibrado de sinergias de náuticae serviços desembocará certamenteno sucesso.Cte. Paulo A. Rafael da SilvaDivisão de Navegação8 Hidromar


Artigos de opinião sobre projectos estruturantesno âmbito das direcções do <strong>Instituto</strong> HidrográficoAmarrasParticipação do IH no ICG/NEAMTWSGrupo de Coordenação Intergovernamental para um Sistemade Alerta Precoce de Tsunamis no Atlântico Nordeste,Mediterrâneo e Mares ConexosO tsunami de Sumatra aconteceu emde 26 de Dezembro de 2004 e, aindahoje, se mantém na nossa memória. Teveum enorme poder devastador comopudemos observar, quase em directo,através dos órgãos de comunicaçãosocial.Em Portugal, o maior desastre naturaldeste género, foi o tsunami gerado pelosismo de 1 de Novembro de 1755 quecausou devastação ao longo de toda acosta portuguesa. O sismo foi sentido umpouco por toda a Europa e o tsunami foiobservado em todo o Atlântico Norte.Porém, as ondas mais destrutivas foramobservadas em Portugal Continental, noGolfo de Cádis e em Marrocos.O que é um tsunami?Os tsunamis são ondas oceânicas degrande comprimento, com período maiorque o da agitação marítima, mas inferiorao da maré. São gerados por acontecimentosgeofísicos em regiões oceânicascomo sismos, deslizamentos de terras eerupções vulcânicas submarinas. Contudo,são os tsunamis gerados por grandessismos que têm maior capacidadede devastação no litoral. Tal como qualqueroutra onda oceânica, ao aproximarseda costa e com a diminuição deprofundidade, a sua velocidade diminui ea amplitude aumenta. Estudos recentesrevelam que, em média, ocorrem nomundo 2 tsunamis de menores dimensõespor ano, inundando cotas de 1 a 2metros acima do nível médio do mar,enquanto que um tsunami de maioresdimensões, ocorre em cada 10 anos,inundando cotas dez vezes superiores.A acção devastadora de um tsunamipode ser intensa, provocando prejuízoselevados na zona costeira, quer em infraestruturas,quer em navios ancorados e,por vezes, a morte de pessoas.Criação do ICG/NEAMTWSApós o desastre, em 2004 no SudoesteAsiático, a Comissão OceanográficaInternacional (COI) da UNESCO anunciou,no ano seguinte, a necessidadedo estabelecimento de um sistema dealerta precoce de tsunamis para o AtlânticoNorte e Mediterrâneo, à semelhançado que já tem sido desenvolvido por paísesdo Pacífico frequentemente afectadospor este tipo de catástrofe natural.De facto, o Oceano Atlântico e o marMediterrâneo constituem a segundamaior fonte de tsunamis no mundo. Comparativamentecom relatos históricos, osefeitos de um tsunami nesta área e nosdias de hoje, teria consequências muitomais desastrosas devido ao aumento dodesenvolvimento das zonas costeirasadjacentes.Devido à pequena distância geográficaentre fontes tsunamigénicas possíveise regiões alvo de impacte, umsistema de alerta de tsunamis para aEuropa terá de ter como base uma densarede de estações de observação demodo a fornecer atempadamente oalarme. Por estas razões, a COI determinouque a primeira fase do Sistema dealerta Precoce de Tsunamis no AtlânticoNordeste, Mediterrâneo e Mares Conexos(NEAMTWS) estaria operacional até aofinal de 2007 e, no final de 2011, o sistemaestaria no seu formato final.O Grupo de Coordenação Intergovernamental(ICG) composto pelos estadosmembros da área de interesse, no qualestá incluído Portugal, tem como objectivoprincipal promover o estabelecimentode um sistema de alerta detsunamis desenvolvendo acções no quediz respeito à aquisição, registo e pro-Hidromar9


Amarrascessamento de informação geofísica, ao planeamento e emergênciae ao devido suporte legislativo. Deste modo, foram criadosquatro grupos de trabalho (WG) de forma a abranger asseguintes áreas de acção:WG1 – Determinação da Perigosidade, Risco e ModelaçãoWG2 – Monitorização Sísmica e GeofísicaWG3 – Aquisição e Intercâmbio de Dados de Nível doMar, incluindo detecção de tsunamis e instrumentaçãoassociadaWG4 – Mitigação e Informação PúblicaNo que respeita à participação portuguesa, a componenteoperacional do NEAMTWS ainda em desenvolvimento, englobaentre outras componentes, a sismológica e maregráfica, o querequer a colaboração de Laboratórios de Estado (<strong>Instituto</strong> Hidrográfico,<strong>Instituto</strong> de Meteorologia, Laboratório Nacional deEngenharia Civil e <strong>Instituto</strong> Geográfico Português), assim como,outras Entidades apropriadas e Instituições Universitárias. OIH é a entidade representante das actividades do WG3 em Portugal,nas pessoas do Cte. Mesquita Onofre e da Ten. JoanaReis, ambos da Divisão de Oceanografia.Aquisição de Dados do Nível do Mar (WG3)A monitorização de um fenómeno com estas característicasexige um intervalo de amostragem para as medições de níveldo mar relativamente curto (no máximo 1 minuto sendo o ideal15 segundos) e a transmissão de dados em tempo real para oPonto Focal Nacional, que é a entidade nacional, em operaçãode forma contínua e permanente, responsável pela recepçãodos dados das estações de observação. No caso portuguêsestas funções estão centralizadas no <strong>Instituto</strong> de Meteorologia.Assim, todas as estações de medição do nível do mar a integrarno sistema terão que cumprir estes pré-requisitos, inclusivamenteas estações de observação off-shore. Uma estação destegénero, equipada com sismómetro e sensor de pressão paramedição das oscilações do nível do mar, foi instalada em Agostode 2007, no Golfo de Cádis.Na 3.ª Sessão do ICG/NEAMTWS (Bona, Fevereiro de 2007)foi decido que o Sistema Inicial de Alerta de Tsunamis, a estarconcluído no final de 2007, integraria as estações maregráficasde Lagos e Cascais, pertencentes ao <strong>Instituto</strong> Geográfico Português.Esta escolha, nomeadamente a da estação de Lagos, tevecomo base uma localização geográfica estratégica devido à proximidadedas regiões tsunamigénicas do Sudoeste Ibérico. Contudo,o formato final do sistema de alerta, a estar concluído em2011, terá de englobar uma rede mais densa de estações deobservação do nível do mar. O IH, como principal responsávelpelo estabelecimento de uma Rede Maregráfica Nacional, estáneste momento a iniciar o seu contributo para o NEAMTWS.Contributo do IH para o NEAMTWSNo âmbito do projecto «Automatização da Rede MaregráficaNacional», da Divisão de Oceanografia em parceria com o Serviçode Electrotecnia foi desenvolvida pelo Eng.º António Branquinhouma aplicação que controla e gere a informaçãorecolhida por três equipamentos distintos: um marégrafo desensor de radar, um marégrafo de sensor de pressão e um sensorde pressão atmosférica. Esta aplicação é instalada numcomputador dentro da estação maregráfica que se encontraligado à Internet (wireless 3G) e a um datalogger que controlaa aquisição dos dados dos sensores. Trata-se de uma aplicaçãoque gere a aquisição dos dados, podendo estes ter um intervalode amostragem entre os 1 e 60 segundos, enviando-os diariamente,via e-mail, para o IH, de forma automática. Estes dadospodem ser brutos ou referidos ao Zero Hidrográfico. Uma aplicaçãocomplementar encontra-se instalada num computador doIH que permite remotamente (UltraVNC) o acesso à estaçãomaregráfica e o controlo de todos os parâmetros em aquisição.Num futuro próximo, as estações maregráficas que tiverem instaladoeste tipo de tecnologia poderão ser controladas emsimultâneo e remotamente no IH sem ser necessário a deslocaçãode um técnico ao local para alteração de configuraçõesdos equipamentos. Para complementar a aplicação de gestãoe controlo dos dados observados foi desenvolvido, em paralelo,um software de visualização dos mesmos.Uma aplicação deste género, com intervalos de amostragembaixos e ligação em tempo real, é ideal para o sistema dealerta de tsunamis em desenvolvimento. Desta forma, a aplicaçãodesenvolvida foi adaptada de modo a enviar igualmentee, de 15 em 15 segundos, uma observação de cada um dossensores para o <strong>Instituto</strong> de Meteorologia, Ponto Focal Nacionaldo NEAMTWS. Este novo método de observação do nível domar em tempo real, encontra-se em fase de testes na estaçãomaregráfica de Sesimbra, mas será instalado brevemente e deforma definitiva, na estação maregráfica de Sines, futuramentea ser integrada no NEAMTWS.Na 4.ª Sessão do ICG/NEAMTWS, decorrida em Novembrode 2007 em Lisboa, o IH propôs a integração de mais três estaçõesmaregráficas para o formato final do sistema de alerta, aestar pronto em 2011: uma a norte de Portugal Continental,uma no Arquipélago da Madeira e outra no dos Açores.STEN TSN Joana Lucas dos ReisDivisão de Oceanografia10 Hidromar


Como fazemosSonarEstudo de caracterização sedimentar daplataforma insular sul da ilha do Porto SantoA Divisão de Geologia Marinha, aoabrigo do protocolo de colaboração entreo Governo Regional da Madeira e o <strong>Instituto</strong>Hidrográfico, tem vindo a realizarestudos no território madeirense quevisam, especificamente, a colmataçãodas lacunas existentes no conhecimentoao nível das características que aquelaregião autónoma tem do território adjacenteàs ilhas. A última solicitação efectuadadiz respeito ao estudo da coberturasedimentar da costa sul da ilha do PortoSanto.Neste sentido, e de forma a cumpriro plano de trabalhos, foi proposto e realizadoum levantamento multi-disciplinar,entre Fevereiro e Março de <strong>2008</strong>, envolvendoo NRP Auriga e a embarcação desondagem Gaivota.A bordo do NRP Auriga foram adquiridosdados de natureza geofísica, nomeadamenteperfis de reflexão sísmica(boomer) para caracterização da estruturado sub-fundo e arquitectura deposicional,sonografias de sonar devarrimento lateral para obtenção de informaçãosobre a morfologia e estrutura dofundo e para detecção e localização deobjectos (Fig. 1), e colheita de amostrassuperficiais de sedimentos, através decolhedores Smith-McIntyre (Fig. 2), paracaracterização dos depósitos sedimen-Fig. 2 – A) Amostra de areia fina com uma estrela-do-mar; B) operação de recolha da amostrade sedimentos, após chegada a bordo; C) Draga Smith-McIntyre pronta para efectuaramostragem; D) amostra de algas calcáriastares superficiais. Por seu turno, a campanharealizada com a embarcação Gaivotaconsistiu no levantamento com osistema sondador multifeixe SimradEM3000, o qual permite obter coberturatotal do fundo. Este levantamento, realizadoentre a linha de costa e a batimétricados 100 m, teve como objectivo odaquele sector da margem portuguesa(Fig. 3).Este estudo, baseado em dadosobtidos com sistemas de sondagemmultifeixe, sonar de varrimento lateral ereflexão sísmica, calibrados com amostrassuperficiais de sedimentos, apresentaum grau de pormenor muitoestudo geomorfológico detalhado superior do que quando efectuado outrotipo de abordagens. Assim sendo, asamostras e os dados colhidos foram cuidadosamenteprocessados e analisados,tendo-se chegado a algumasconclusões inéditas e próprias da ilhado Porto Santo.De acordo com os critérios morfológicos,geofísicos e sedimentológicos aplataforma insular sul foi dividida em 3sectores principais (Fig. 3).Fig. 1 – A) Sonar de varrimento lateral KLEIN 2000; B) Fotografia do navio «Madeirense»;C) Imagem de sonar de varrimento lateral onde é possível observar o navio afundado.1. No Sector Ocidental predominam osafloramentos rochosos e a coberturaHidromar 11


SonarFig. 3 – Imagem digital da plataforma estudada, obtida pelo multifeixe; subdivisão em sectores, de acordo com os critérios adoptados.sedimentar é composta por sedimentosmuito grosseiros, com excepçãoda zona mais costeira, entre os 10 e20 m de profundidade, onde os depósitossedimentares são constituídospor areias médias a finas;2. No Sector Central da área, aliada àmorfologia particular (plataforma maisestreita, com menos afloramentosrochosos e vários vales importantes,aparentemente inactivos e com evidênciasde colmatação) são observadosos sedimentos mais finos. É nestesector da plataforma onde podemosencontrar as maiores espessuras dacamada sedimentar, sem que, noentanto se observem corpos sedimentaresque sobressaiam da superfíciedo fundo (as maiores espessuras sãoencontradas por vezes, em zonas,afastadas do actual litoral, onde existeuma paleotopografia no topo do substratorochoso e onde esta apresentadepressões importantes).3. No Sector Oriental verifica-se umagrande variabilidade, quer morfológica,quer granulométrica. É nestazona, de maior largura da plataformaque se observam grandes extensõesde afloramentos de formações antigas;nalguns locais do sector centralda plataforma encontraram-se grandesincrustações de algas calcárias;é também neste sector que a coberturasedimentar apresenta característicasmais finas.Os resultados alcançados permitiramconstatar que a dinâmica sedimentar,neste sector da plataforma, não é muitorelevante, sendo a zona mais energéticaa localizada junto à costa (a profundidadesinferiores a 10m). Os diferentes indíciosencontrados na plataforma internaparecem apontar para que a deriva litoraltenha um ponto neutro na costa adjacenteao sistema de vales submarinos,efectuando-se para SW, na zona sul, epara NE, na zona norte, havendo umainversão junto ao porto de abrigo.O estudo realizado pela Divisão deGeologia Marinha, e apresentado àSecretaria Regional do EquipamentoSocial e Transportes do GovernoRegional da Madeira, vai servir comodocumento de base para que aquelasecretaria promova acções de plano territorialda ilha do Porto Santo.Doutora Aurora BizarroEng. Joaquim PomboDivisão de Geologia Marinha12 Hidromar


olhar para dentroPosto de VigiaPlano de treino operacionaldo NRP AndrómedaO Plano de Treino Operacional (PTO)tem por objectivo a satisfação dosPadrões de Prontidão Naval estabelecidospara cada classe de navios, visandoa atribuição do navio ao Dispositivo Navalna situação de pronto para ser empenhadooperacionalmente. Este treino é fundamentalpara qualquer navio daMarinha, sendo realizado normalmentelogo após um período de imobilizaçãoprolongado. O PTO do NRP Andrómedateve início a 17 de Março, após um períodode indisponibilidade de 14 meses,devido a uma acção de manutenção planeada,e terminou a 4 de Abril de <strong>2008</strong>.O nível de exigência colocado na preparaçãodo navio durante o período queantecedeu o PTO permitiu que o naviose apresentasse para o treino perfeitamenteconsciente dos objectivos e dospadrões a atingir. Os primeiros dois diasde PTO foram ocupados pelo Staff SeaCheck, com o objectivo de avaliar oestado inicial de prontidão e do qualresultou a avaliação global de «SatisfazBastante».Em seguida, foi efectuada a primeirafase de Terra, composta por um variadonúmero de palestras proferido pela Equipade Avaliação e Treino da Flotilha (EAFLOT),das quais se salientam as palestras deexercícios de máquinas e electrotecnia,comando e controlo, limitação de avarias,Busca e Salvamento (SAR), navegaçãoem canais rocegados, Ship ProtectionExercise, ameaça de bomba e de tomadade decisão. Foram ainda realizadas asseguintes actividades: Treino de operaçõescom Mergulhadores, Inspecção deSegurança para Navegar e Limpezas,Treino de condução da instalação propulsora,Treino de falha total de energiae exercícios de electrotecnia.Entre o dia 25 de Março e o dia 27 deMarço de <strong>2008</strong> realizou-se a primeira fasede mar, a qual iria então pôr o navio àprova no seu verdadeiro ambiente, proporcionandotambém uma aprendizagemon Job. É de referir que pela primeira vezum navio da classe «Andrómeda» realizouum Treino de protecção contra ameaçaexterna. Entre o período de 28 deMarço a 30 de Março de <strong>2008</strong> foi entãorealizada a segunda e última fase deterra, com a realização dos exercícios deNavio Aberto a Visitas, Ameaça de Bomba,Incêndio de Porto e a Visita de Porto.Chegou então, a última fase de mar,que se realizou entre o dia 31 de Marçoe o dia 3 de Abril de <strong>2008</strong>. Esta fase juntamentecom o dia da avaliação final foipreponderante para a classificação final,Contra-Almirante Pereira da Cunha, Comandanteda Flotilha, embarcado durante aInspecção finaltendo o navio sido submetido à repetiçãode um conjunto de treinos em condiçõesmais exigentes e sujeito aavaliação.O último momento do treino ocorreuno dia da Inspecção Final, a 4 de Abrilde <strong>2008</strong>. Neste dia embarcaram o Contra-AlmirantePereira da Cunha, Comandanteda Flotilha e o Comandante doAgrupamento de Navios Hidrográficos,CFR Ramalho Marreiros. Durante este diaforam simuladas situações inopinadasde avarias e acidentes, para avaliar a respostado navio.De manhã o navio largou do porto deSesimbra, e já com águas safas, eis quesurge o primeiro contratempo impostoGuarnição do NRP Andrómeda Colocação do bote na água Capitão-de-fragata Ramalho Marreiros, Comandantedo Agrupamento de Navios Hidrográficos,embarcado durante a Inspecção finalHidromar 13


Posto de VigiaEscoramento definitivo, efectuado durante umexercício de BIR AlagamentoEquipa de Pilotagem efectuando o PILOTEX de entrada do Porto de Lisboapela EAFLOT, devido a um embate num contentor submerso,o navio sofre um rombo no paiol do mestre e fica com umaavaria no leme, situações debeladas através de uma Brigada deIntervenção Rápida (BIR) alagamentos e quando possível rectificaçãoda avaria existente no leme. Em seguida ocorreu umincêndio na Oficina de Mecânica, situação debelada atravésde uma BIR Incêndios. Quando todo o pessoal ainda estava aarrumar o material eis que cai um homem ao mar. O «náufrago»foi recuperado ao fim de cerca de 6 minutos graças um exemplartrabalho de equipa e coesão entre a guarnição.Os «incidentes» continuaram a suceder-se e eis que surgeuma fuga de combustível no gerador principal, sendo necessáriopassar para o gerador acoplado e proceder à roteadura doencanamento do gerador afectado. Concluído o período deavarias, foi indicado ao navio para realizar um levantamentohidrográfico numa zona onde existia uma sonda duvidosa. Porfim efectuou-se a entrada da Barra de Lisboa atracando o naviona Base Naval de Lisboa.Após o navio atracar na BNL, sentia-se uma grande ansiedadepor parte da guarnição em saber a sua classificação final,o resultado do seu empenho e de muitos dias de trabalho. Foientão que surge a tão esperada informação por parte do Contra-AlmirantePereira da Cunha: pela primeira vez desde quefoi criada a EAFLOT, um navio hidrográfico atingiu a classificaçãofinal de Bom. O resultado final obtido constituiu motivo deorgulho e de satisfação para toda a guarnição, que via compensadoo seu esforço e empenhamento. Diversos factores positivosinfluenciaram a preparação do navio para o treino e odesempenho da guarnição:• Tempo disponível na preparação para o Treino;• Estado do material.• Gestão do esforço do pessoal;• Extraordinário desempenho e atitude da guarnição.decidir atribuir a este seu navio. A guarnição do NRP Andrómedaestá consciente de que o fim do treino é apenas ocomeço de um período de plena prontidão operacional, denovos desafios e de muito esforço e dedicação para enfrentaro mar.AVALIAÇÃOÁREA Inicial FinalImediato / Organização S SImediato / Segurança para Navegar e Limpezas SB SBSegurança Militar SB SBMarinharia / Serviços Gerais S SBHidrografia B SBHigiene e Segurança Alimentar S SBSaúde / Emergência Médica SB BLimitação de Avarias S BMecânica SB BElectricidade S BArmas e Electrónica SB BNavegação S SComunicações B –Avaliação Global SB BResultados do PTOMuito Bom (MB) Satisfaz (S) Não Satisfaz (NS)Bom (B) Satisfaz Minimamente (SM) Não Avaliado (NA)Satisfaz Bastante (SB) Abaixo do Padrão (AP) Não Sujeito aAvaliação (NSA)Grelha de avaliaçãoConcluído o PTO sente-se a agradável situação de «NAVIOPRONTO!» para o cumprimento das missões que a MarinhaCTEN Marques PeiriçoComandante do NRP Andrómeda14Hidromar


Posto de VigiaUm passeio à velaNo passado dia 20 de Março, durante a tarde, alguns funcionáriosdo IH tiveram a oportunidade de navegar à vela noRio Tejo. Tratou-se duma iniciativa do Cte. Rafael da Silvaque se terá lembrado que muitos dos funcionários do IHnunca teriam «molhado os pés» e, por ser encarregado dumadas embarcações de cruzeiro do Clube Náutico dos Oficiaise Cadetes da Armada (CNOCA), disponibilizou-se para fazeruma saída no «Stratus», algo que seria um pouco diferente doque navegar num cacilheiro, tendo-se-lhe juntado cinco velejadores.Apesar de que apenas os Oficiais e Cadetes da Armadapodem ser sócios do CNOCA, o clube oferece a possibilidadede praticar diversas modalidades desportivas, promovendotambém a frequência de cursos específicos a preços muitovantajosos, mesmo para os interessados a quem a afiliaçãoefectiva ao clube está vedada. Nesse âmbito destacam-se aprática e os cursos de mergulho e de vela, bem como a práticade natação, canoagem e golfe.Infelizmente o tempo disponível e a lotação máxima daembarcação limitou significativamente o número de pessoasque usufruiriam desta iniciativa, mas ficou a promessa de a repetirlogo que seja possível.Formação de chefias a decorrer no IHO <strong>Instituto</strong> Hidrográfico encontra-se actualmente a promoverinternamente Projectos importantes para o seu futuro, quedecorrem da sua necessidade em adaptar-se e acompanharas reformas de modernização que se observam no seio daAdministração Pública.Entre os referidos Projectos três salientam-se, como sejama Formulação Estratégica <strong>2008</strong> – 2010, o Plano de Comunicaçãoe Imagem e o Directório de Competências, pelo que se considerouessencial desenvolver um planeamento de formação, dirigidoàs chefias do IH, que contemplassem conteúdos subjacentesàs áreas – chave dos Projectos supra mencionados.Foi assim constituída uma parceria com a Entidade FormadoraCEGOC – TEA, LDA., com um horizonte temporal de doisanos, com vista à realização de acções de formação específicas,tendo por base os seguintes temas:1. Gerir as Competências e Avaliar o Desempenho;2. Visão e Valores;3. Gerir o Tempo e as Prioridades;4. Desenvolver uma Comunicação Assertiva;5. Construir e Apresentar uma Exposição;6. Melhorar a Comunicação Escrita.Decorreram já os dois primeiros módulos, nas instalaçõescedidas pelo Clube Militar Naval, estando o terceiro agendadopara os próximos meses de Setembro e Outubro. As restantesacções ocorrerão no ano de 2009.Usufruíram desta formação os Directores do IH, e respectivosAdjuntos, bem como os Chefes de Divisão e Serviço,sendo esta uma oportunidade para partilhar um espaço comumonde se compartilham visões, experiências, opiniões e saberes,contribuindo assim para uma melhor comunicação e funcionamentointerno da Organização.TS1 Irina AmaroServiço de PessoalHidromar 15


Posto de VigiaParticipação do IH na exposição promovida pelo<strong>Instituto</strong> Militar dos Pupilos do Exército (IMPE)O IH participou na semana de 21 a24 de Abril na exposição promovida pelo<strong>Instituto</strong> Militar dos Pupilos do Exército(IMPE), subordinada ao tema «A Água».A exposição contou assim com a participaçãodo Adjunto do Director Técnico,CFR Ramalho Marreiros, que disponibilizouequipamentos e material de divulgaçãoao IMPE para o efeito.Presença da exposição do IH na semana do ambientede CascaisO <strong>Instituto</strong> Hidrográfico esteve presente entre os dias 31de Maio e 8 de Junho, no Centro de Interpretação Ambientalda Ponta do Sal (Estoril), no âmbito das comemorações daSemana do Ambiente em Cascais.Convidado pela Agência Cascais Atlântico o IH, juntou--se a esta iniciativa, onde estiveram expostos alguns equipamentosutilizados nas diversas áreas de investigação no mare posters de divulgação das actividades do IH.Oferta de esboços originaisdo Vice-almirante Sarmento Rodrigues ao IHO Vice-almirante Junqueiro Sarmento ofereceu no passadodia 3 de Junho ao <strong>Instituto</strong> Hidrográfico esboços originais,elaborados por seu pai, o Vice-almirante SarmentoRodrigues, que integraram o Roteiro «Ancoradouros das Ilhasdos Açores» publicado em 1943. Os 75 desenhos serão agoraincluídos no espólio histórico e cultural que o <strong>Instituto</strong> Hidrográficopreserva no âmbito da sua missão e ficarão expostasreproduções e um exemplar do Roteiro no pólo museológicosobre Navegação, situado no átrio do 4.º piso. Os originaisforam entregues ao Serviço de Documentação e Informaçãoque procederá à sua digitalização, ficando as cópias disponíveispara consulta.16 Hidromar


Comemorações do Dia da Marinhana cidade do FunchalPosto de VigiaEste ano as principais comemoraçõesdo Dia da Marinha tiveram lugar no Funchal,Arquipélago da Madeira. A coincidênciade datas permitiu que com umajuste de dias se pudesse integrar as nossascomemorações com as dos 500 anosda fundação da cidade de Funchal, sendoeste o tema integrante de todas as nossasacções.Além do desfile militar e naval, que sedeu na avenida junto à praia e de onde osfunchalenses puderam participar nas festividades,esteve presente no Centro deCongressos do Funchal uma Exposiçãode Actividades da Marinha e os navios daArmada estiveram atracados no porto eabertos a visitas.São duas as nossas presenças nestascelebrações. Entre os navios que estiveramabertos ao público, e que receberammilhares de visitantes, encontrava-se oNRP D. Carlos I, representando a investigaçãocientífica que a Armada executano Oceano e entre as entidades presentesnas exposição de actividades estavaum espaço destinado ao IH.Neste espaço procurou dar-se umaideia das actividades do <strong>Instituto</strong> a nívelnacional, das suas capacidades e dassuas actividades.No chão e cobrindo todo o nossoespaço estava a impressão de parte doplano hidrográfico do Porto do Funchal.Em cima estavam colocados: um postode Internet com acesso ao nosso site;uma bóia ondógrafo e um peixe de sonarlateral - simbolizando os nossos muitosequipamentos de superfície e fundo – umconjunto de posteres com a variedade deáreas em que actuamos e no centro umamesa com as nossas publicações e umposto integrado de resultados dos nossosprojectos.Neste posto, além de uma descriçãoexaustiva dos trabalhos em que a divisãode Geologia Marinha esteve, e está,envolvida no Arquipélago como estudoda constituição dos fundos com especialenfoque na extracção de sedimentos,estava uma estação interactiva em queos visitantes podiam navegar nos modelosdigitais de terreno dos canhões daNazaré e de Setúbal. Durante o tempo daexposição foram recebidas várias escolastendo a TEN Catarina Fradique feita arepresentação do IH no espaço de reservadoa apresentações multimédia da sala.Aliás foi a TEN Fradique e a Dr.ª AlexandraMorgado que receberam os visitantes noespaço IH dando as explicações quecada um aí procurou.Como curiosidade há que referir queveio ao nosso encontro um modelista queteria gosto em expor connosco os seusmodelos. Verificado do conteúdo dacolecção do autor estas foram integradasna exposição e o espaço, além das unidadesda Marinha, expôs o trabalho doSr. Luís Francisco que é a reprodução, àescala, dos navios da Armada, e algunsda Marinha Mercante que tiveram especialsignificado para o Arquipélago.Nenhum dos navios de investigação foiexposto porque «o Andrómeda» nãoestava em condições de ser exposto,tinha que ser reparado, e o NRP AlmeidaCarvalho ainda não estava concluído.Do milhar de visitantes recolheram-seos maiores elogios pelo que a exposiçãocumpriu a sua missão de divulgação dasvárias vertentes da Armada: defesa eapoio às populações – Comando Navale Corpo de Fuzileiros; autoridade marítima- Polícia Marítima e Serviço de Combateà Poluição; ensino – Escola Naval eEscola de Tecnologias Navais; investigaçãocientífica – <strong>Instituto</strong> Hidrográfico; e afaceta cultural – Comissão Cultural deMarinha/Museu de Marinha.TPEP José AguiarGabinete de MultimédiaHidromar 17


Posto de VigiaDesenvolvimento do espíritode coesão internaNos passados dias 19 e 20 deJunho, os funcionários que se inscreveramna visita às divisões técnico-científicaspuderam conversar com osnossos cientistas e técnicos e colocartodas as dúvidas que lhes surgissemdurante as apresentações. Estas foramregularmente ilustradas por estórias dopassado e do presente, contadas peloSr. Aguiar, e pelo visionamento de instrumentos,equipamentos, cartas, etc.que foram especialmente preparadaspelas divisões para o efeito.Funcionários do IH visitam o NRP SagresCerca de 32 funcionários do IH visitaram no passadodia 4 de Junho, o NRP Sagres, um dos mais emblemáticosnavios da Marinha Portuguesa. A visita, guiada pelo TEN.Teixeira, Relações Públicas do navio, permitiu visitar o exteriore o interior do navio, passando pela cozinha, sala deNavegação, camarata dos cadetes, sala de trabalho ecâmara de oficiais, onde os participantes puderam assistira um pequeno filme sobre o NRP Sagres. De seguida, osparticipantes foram recebidos pelo Comandante do navio,CFR Proença Mendes, no seu camarote.18 Hidromar


Posto de VigiaNos passos do Almirante Gago CoutinhoPalestra do Comandante Malhão Pereirasobre o Almirante Gago CoutinhoIniciou-se, no passado dia 7 de Maio, o projecto «NosPassos do Almirante Gago Coutinho». Este projecto, que visadar a conhecer o ilustre Almirante Gago Coutinho aos funcionáriosdo IH, teve o seu lançamento no Auditório do IH,com uma palestra de elevado interesse proferida pelo ComandanteMalhão Pereira, profundo conhecedor da história eobra do homenageado.O projecto prosseguiu com visitas a navios, locais ou instituiçõesde alguma forma relacionados com a vida e obrado Almirante Gago Coutinho.Visita ao NRP Almirante Gago CoutinhoNo âmbito do projecto «Nos Passos do Almirante GagoCoutinho» foram cerca de 20 funcionários, no dia 8 de Maio, visitarum dos mais emblemáticos navios da Marinha portuguesa,cujo patrono é precisamente o Almirante Gago Coutinho. A tripulaçãodo navio acolheu a bordo os visitantes, que, depoisde recebidos pelo Comandante Vieira Branco no Centro deAquisição de Dados, puderam conhecer os aposentos da tripulação,os equipamentos operados, e outros pormenores sóconhecidos pelos que diariamente ali trabalham.Visita à Sociedade de Geografia de LisboaNo passado dia 14 de Maio, 15 funcionários visitaram aSociedade Geografia de Lisboa. Os participantes foram recebidospela Dra. Manuela Cantinho, Conservadora do Museu,que os guiou pelas instalações do edifício. Na Biblioteca estavamexpostos alguns objectos históricos utilizados por AlmiranteGago Coutinho. De seguida, os funcionários visitaramainda as exposições de interesse histórico-cultural que lá seencontram e que a Dra. Manuela Cantinho fez questão deapresentar.Hidromar 19


Posto de VigiaVisita ao Museu de MarinhaProsseguindo o Projecto «Nos Passos do Almirante GagoCoutinho» e aproveitando as celebrações do Dia da Marinha, 10funcionários do <strong>Instituto</strong> Hidrográfico visitaram o Museu deMarinha, relacionando assim a vertente histórica com a pessoado Almirante Gago Coutinho. Os participantes foram recebidospela Dra. Maria da Graça, do Departamento de Investigação doMuseu, que os guiou pelas instalações e exposições. No Pavilhãodas Galeotas encontrava-se exposto o Hidroavião Santa Cruz,um dos objectos históricos utilizado por Gago Coutinho e SacaduraCabral no trajecto entre Lisboa e Rio de Janeiro.Visita ao Museu do ArNo passado dia 28 de Maio, 26 funcionários do <strong>Instituto</strong>Hidrográfico visitaram o Museu do Ar. Os participantes foramrecebidos pelo Alferes Yann Araújo, que os guiou pela área deExposição, onde encontraram expostos aviões, motores, hélices,instrumentos de navegação, armamento aéreo, centenasde miniaturas de aviões originais, uniformes e muitos outrosobjectos interessantes.Uma das salas visitadas destinava-se a lembrar e honrar ospioneiros de aviação, incluindo evidentemente o Almirante GagoCoutinho.Sabia que...A Monitorização do Meio Marinho:opcional ou essencial?Os oceanos constituem uma importante fonte de recursos.Mas, neste início de século, o Homem não se serve dos oceanossomente para a sua obtenção. Utiliza-os também comolocal de descarga de resíduos resultantes das suas actividadesbem como escolhe as zonas costeiras como pontos preferenciaisde fixação de núcleos populacionais. Estes comportamentosoriginam impactos mais ou menos severos nestas regiõesprovocando, muitas vezes, alterações irreversíveis nos ecossistemasmarinhos.A tomada de consciência de que todos estes comportamentostrazem consequências faz com que a visão do meiomarinho esteja a modificar-se. Observa-se actualmente, por20 Hidromar


Sabia que ...imposição de variados documentoslegais, a necessidade de avaliar o graude importância das modificações introduzidasno meio ambiente (de que omeio marinho não constitui excepção).No nosso País são vários os documentosreguladores na área ambiental, sendo dedestacar a Lei de Bases do Ambiente (Lein.º 11/87 de 7 de Abril) e os Decretos-Lei n.º 186/90, de 6 de Junho (que regulamentae institui a Avaliação de ImpactoAmbiental) e n.º 69/2000, de 3 de Maio(que aprova o regime jurídico da avaliaçãode impacto ambiental).Todas as actividades possuem umdado impacto ambiental, o qual se definecomo um conjunto de alterações produzidaspelo Homem a nível ambientalnuma determinada área que afecta,directa ou indirectamente, o bem-estarda população bem como a qualidadedos recursos ambientais, podendo osimpactos ser de natureza ecológica,social ou económica. E são várias as actividadespassíveis de provocar impactosno meio marinho, de que são exemplosmais importantes a pesca e a aquacultura,a apropriação de território e a produçãode energia.A Avaliação de Impacto Ambiental(AIA) surge como uma forma deobtenção de conhecimento sobre as consequênciasde uma determinada actividade.Este processo inclui diversas fasesque passam, por exemplo, pela caracterizaçãoda região de implementação daFig. 1 – A construção de portos possui impactosnos ecossistemas marinhos fruto detodos os processos inerentes, por exemplo,à sua construção (ex. dragagens dos fundospara manutenção dos canais de navegação)Fig. 2 – O transporte marítimo é um dosgrandes responsáveis pela poluição dosoceanos devido, principalmente, a derramesde combustívelactividade, a realização de estudos deimpacto ambiental, a possibilidade departicipação pública e a definição demedidas minimizadoras dos impactos doprojecto em análise. E este acompanhamentonão se restringe somente à fasede pré-projecto ou à fase de implementação.Ele prolonga-se mesmo após aentrada em funcionamento da actividadecorrespondendo, nesta fase, ao cumprimentode programas de monitorizaçãoque surgem definidos desde o início noprocesso de AIA mesmo que possam vira ser alterados a posteriori. Na fase deAIA, são definidos para a monitorizaçãoquais os parâmetros a avaliar, os locais ecaracterização da forma de amostragem(frequência, metodologia e equipamentosnecessários) e a relação entre factoresambientais a monitorizar. São tambémdefinidos critérios de decisão para a revisãodo programa de monitorizaçãoimplementado.Na maior parte das actividades desenvolvidasem meio marinho, o procedimentohabitual de monitorização passapor avaliar as consequências da incorporaçãode poluentes nos ecossistemase caracteriza-los de forma a identificarpossíveis alterações. Dois exemplos concretossão os programas de monitorizaçãoda ValorSul e da Sanest. Paraambos, é feita a avaliação da sua influênciano meio. A sua monitorização periódicaencontra-se definida desde oprocesso de AIA e torna-se fundamentalpara a identificação de alterações nasproximidades dos dois projectos. Comestes dois exemplos, verifica-se que osFig. 3 – CTRSU da ValorSul em São João daTalha. Um exemplo da aplicação da monitorizaçãoambiental sob diversas vertentesdurante a fase de funcionamento da centralprogramas de monitorização se apresentamcomo uma necessidade e não algoopcional pois pode depender dos seusresultados a alteração da forma de funcionamentode determinada actividade.Cada vez mais, a monitorização do meiomarinho aumenta de importância. Nocaso de Portugal, com uma zona costeiratão ampla, o cuidado na avaliação dosimpactos ambientais das actividades desenvolvidasdeve ser tido em conta paraque as suas consequências na sociedadeactual e nos ecossistemas não venhama originar danos irreversíveis paraos ecossistemas que, mais cedo ou maistarde, vêm a afectar o Homem.ReferênciasOLIVEIRA, J. F. S., 2005. Gestão Ambiental.Lidel.Links úteiswww.iambiente.ptAgência Portuguesa de Ambientewww.apai.org.ptAssociação Portuguesa de Avaliação de Impacteswww.iaia.orgInternational Association for Impact AssessmentSTEN TSN Sandra CampaniçoDivisão de Química e Poluição do Meio MarinhoHidromar 21


Bússola Eventos Nacionais e InternacionaisVisita do Director-Geral ao Serviço Hidrográficoe Oceanográfico da Marinha da TunísiaNo âmbito das relações bilaterais dedefesa entre Portugal e a Tunísia e doProtocolo de Cooperação Científica eTécnica no domínio da Hidrografia e Oceanografia,estabelecido entre o <strong>Instituto</strong>Hidrográfico (IH) e o Serviço Hidrográficoe Oceanográfico da Marinha da Tunísiaem 2004, o Director-Geral do <strong>Instituto</strong>Hidrográfico, VALM Augusto de Brito,deslocou-se à Tunísia, acompanhado doDirector Técnico, CMG Ventura Soares.A visita incluiu visitas à Base Naval Principalem Bizerta, ao Centro Hidrográficoe Oceanográfico da Marinha Tunisina,aos navios hidrográficos «Didon» e«Salambo», ao navio-escola «Khaireddine»e ao Centro Nacional de Teledetecçãoem Tunes.A visita foi permanentemente acompanhadapelo oficial de ligação, 2TENMonoom Turki, oficial que frequentou noIH o Curso de Especialização de Oficiaisem Hidrografia em 2004-2005.Lançamento do Fórum Permanentepara os Assuntos do MarO Director-Geral, VALM José Augustode Brito, e o CMG Ventura Soares, DirectorTécnico, participaram, dia 7 de Maio,na Fundação Calouste Gulbenkian, nolançamento do Fórum Permanente paraos Assuntos do Mar, promovido pelaEstrutura de Missão para os Assuntosdo Mar.O Fórum Permanente para os Assuntosdo Mar consta do Programa do XVIIGoverno Constitucional, e é uma medidada primeira acção prioritária da EstratégiaNacional para o Mar.O Fórum tem como princípios orientadores:• Promover uma visão intersectorial emultidisciplinar dos assuntos do mar ea expressão de perspectivas e pontosde vista diversos;• Funcionar como uma plataforma informalde contacto entre o Governo e aSociedade Civil;• Contribuir para a comunicação e partilhade informação associada aosAssuntos do Mar entre os seus membrose toda a sociedade civil;• Pautar as suas actividades e a prossecuçãoda sua missão pela independência,respeito, cooperação, espírito deabertura e pela diversidade de opiniõese de novos conhecimentos.Agência Europeia de Segurança MarítimaNo dia 24 de Junho, a sede da Agência Europeia de SegurançaMarítima (EMSA), em Lisboa, foi a anfitriã de directorese colaboradores de serviços hidrográficos europeus. A reunião,organizada no âmbito das comemorações do Dia Mundial daHidrografia, permitiu abordar diversos assuntos gerais de interessepara a hidrografia, e ainda o papel da EMSA na criaçãode uma rede europeia de vigilância marítima.22 Hidromar


BússolaWORKSHOP SIMOCSIstema de Monitorização Operacional de correntes CosteirasDemonstração de resultadosNo seguimento do projecto SIMOC – Sistema de MonitorizaçãoOperacional de Correntes Costeiras, realizou-se no passadodia 19 de Junho, nas instalações da Escola Naval, um workshopcom o intuito de divulgar à comunidade científica, autoridadeslocais/portuárias e Marinha, os resultados da experiência de monitorizaçãode correntes costeiras com recurso à tecnologia radarque decorre na região envolvente ao porto de Sines.O evento contou com a participação do Mr. Donald Barrick,presidente da CODAR, Mr Andrés Alonso-Martirena presidenteda Qualitas Instruments bem como do Director Técnico do IH,CMG Ventura Soares.Entre a assistência encontravam-se representadas diversasinstituições portuguesas e espanholas, tais como as Universidadesdo Algarve, do Porto e de Lisboa, <strong>Instituto</strong> Superior Técnico,<strong>Instituto</strong> de Oceanografia, MeteoGalicia, Puertos del Estado, entreoutras.Mr. Donald Barrick, Presidente da CODARA nível militar, a Marinha fez-se representar por diversos oficiaisda Direcção- -Geral de Autoridade Marítima e da divisãode operações do Estado-Maior da Armada.CTEN EH Santos FernandesDivisão de OceanografiaParticipação na conferência «Mission Planning»Nos dias 4 e 5 de Junho realizou-se em Londres uma conferência,organizada pela empresa SMI, sobre «Mission Planning».Esta conferência tinha como objectivo identificarrequisitos e o estado da arte nas actividades de planeamentode actividades militares. O <strong>Instituto</strong> Hidrográfico foi convidadoa apresentar uma comunicação sobre «Geospatial tacticaldecision aids - a naval perspective», tendo a mesma sido proferidapelo CTEN Bessa Pacheco.Presença no workshop «Geochemistry of arsenic»Estiveram presentes no workshop«Geochemistry of arsenic» as ASS CarlaPalma e TCEP Manuela Valença quedecorreu no Porto no período de 28 deAbril a 1 de Maio. O workshop consistiuem três dias de um curso abordando ostemas: a química do arsénio, a sua ocor -rência natural e antropogénica, solubilidadee especiação em ambientesaquosos, quantificação analítica, toxicologia,microbiologia, geoquímica deáguas superficiais e águas profundas e ociclo global do arsénio. Este curso foi proferidopelo Dr. Darrell Kirk Nordstrom,cientista sénior do «US Geological Survey»,Boulder, Colorado, USA. No quartodia foram efectuadas comunicaçõessobre o mesmo tema. Foi apresentadauma comunicação sob a forma de poster«Arsenic in sediments from some portugueseestuaries and continental shelfareas» da autoria de ASS Carla Palma eTCEP Manuela Valença e da INV AnabelaOliveira.Hidromar 23


Bússola3.º seminário de sistemas de informação geográfica– «SIG <strong>2008</strong>»A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve(DRAPA) organizou o seu 3º seminário de sistemas de informaçãogeográfica – «SIG <strong>2008</strong>», que decorreu em Faro no dia26 de Junho. Para este seminário, cuja organização esteve acargo do Eng.º Sabino Silvestre, a DRAPA convidou o <strong>Instituto</strong>Hidrográfico a apresentar uma comunicação relativa aos produtosde informação e sistemas de informação geográfica noIH. A comunicação foi realizada pelo CTEN Bessa Pacheco epela Dr.ª Paula Castro, ambos do Centro de Dados, tendo sumariamentedescrito a infra-estrutura de dados geo-espaciais sobreo ambiente marinho (IDAMAR), apresentados diversos dados,produtos de informação e sistemas desenvolvidos. Foi maisdetalhadamente apresentado, pela Dr.ª Paula Castro, o projectode determinação das melhores localizações, ao largo da costade Portugal continental, para implementação de jaulas oceânicasde aquicultura.6.º Encontro de Utilizadores ESRINos passados dias 26 e 27 de Março, realizou-se o 6.ºEncontro de Utilizadores ESRI (EUE’08) intitulado «Novos Mundos.Um Mapa.», no Centro de Congressos de Lisboa. O IH,como utilizador de tecnologia ESRI, esteve uma vez mais representadopelo Centro de Dados Técnico-Científicos.O encontro é uma forma de partilha de conhecimentos noâmbito dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), onde osutilizadores têm a oportunidade de assistir a sessões sobreprojectos SIG realizados nas diversas áreas de actividade domercado nacional e a sessões de tecnologia SIG, onde sãoapresentadas as novidades do software.Durante o evento existe um concurso de posters realizadospelos utilizadores, em que o poster vencedor este ano foi elaboradocom base num projecto desenvolvido num âmbito deum estágio curricular realizado no IH, denominado por Sistemade Informação para o Arquipélago de Cabo Verde – «Kit CaboVerde». Este poster foi elaborado pela Eng.ª Manuela Santos,mas foi apresentado a título individual.Ten. Sónia GodinhoCentro de Dados Técnico-Científicos3.º Curso de Formação do projecto SeaDataNetO CTEN Reino Baptista esteve presente,de 16 a 19 de Junho, no 3.º Curso deFormação do projecto SeaDataNet. A formaçãodecorreu em Oostende, Bélgica noedifício do «IOC Project Office for IODE».www.iode.orgEstiveram presentes 57 participantes dos diversos institutosdos vários países das regiões Norte-Atlântico; Mar Báltico; Mediterrâneoe Mar Negro, que colaboram neste projecto, desdeMarrocos à Islândia, desde Portugal ao Líbano.A formação consistiu sobretudo na apresentação das novasferramentas informáticas de produção de Metadados Hidrográficos,Oceanográficos, e Meteorológicos para os oceanos a fimde dar continuidade ao carregamento dos catálogos já existentes,vindo a permitir, no futuro, a interligação deste tipo de informaçãovia Internet entre todos os participantes. www.seadatanet.org24 Hidromar


Preia-Mar Baixa-MarNovo Director dos Serviços de ApoioO CMG EMQ António José dos SantosFernandes, tomou posse do cargo deDirector dos Serviços de Apoio no passadodia 17 de Março.A cerimónia teve lugar na Biblioteca,tendo sido presidida pelo Director-Geraldo IH, VALM Augusto de Brito, na presençade militares e civis do IH.O Hidromar deseja ao CMG SantosFernandes as maiores felicidadesnas suas novas funçõesNovo Chefe do Serviço de ElectrotecniaNo passado dia oito de Abril, o Director-Geraldo <strong>Instituto</strong> Hidrográfico presidiuà tomada de posse do novo ChefeServiço de Electrotecnia (SE), o 1TENCâmara de Assunção, sucedendo aoCTEN Gil Viegas. O 1TEN Câmara Assunçãodesempenhou funções de adjuntodo Chefe do SE desde 2001 e assumeagora a chefia do mesmo serviço.O Hidromar deseja ao 1TENCâmara Assunção as maiores felicidadesnas suas novas funçõesNova Secretária no Departamento da QualidadeA Assistente Administrativa Especialista,Cidália Maria Félix Ferro é a novasecretária no Departamento da Qualidadetendo iniciado as suas novas funçõesno passado dia 12 de Maio.O Hidromar deseja à D.ª Cidáliaos maiores sucessos nas suas novasfunções.Novo estagiário no Centro de DadosO aluno universitário Gabriel Pereirarealizou um estágio curricular no Centrode Dados do IH. Este aluno, de origembrasileira, esteve em Portugal a realizar umprograma de intercâmbio entre a UniversidadeLusófona de Humanidades e Tecnologiase a Universidade TecnológicaFederal do Paraná. Este estágio decorreuentre 24 de Junho até ao final de Julho de<strong>2008</strong>, altura do seu regresso ao Brasil. OGabriel Pereira, finalista da licenciatura emEngenharia Ambiental, ambiciona nofuturo trabalhar em sistemas de informaçãogeográfica. Durante o seu estágio noIH teve como coordenador das actividadeso CTEN EH Bessa Pacheco.Hidromar 25


Preia-Mar Baixa-MarCadete Catarina Baptista na divisão de Geologia MarinhaA Cadete Catarina Viegas Baptista,licenciada em Geologia e Recursos Naturaispela Faculdade de Ciências de Lisboa,incorporou na Marinha a 11 de Abrilde <strong>2008</strong> e frequentou o Curso de FormaçãoBásica para Oficiais (CFBO).Desde o dia 5 de Junho que desempenhafunções no <strong>Instituto</strong> Hidrográfico,na Divisão de Geologia Marinha, Secçãode Sedimentologia.O Hidromar deseja à Cadete CatarinaBaptista as maiores felicidadesnas suas novas funções.Bem Vindo a BordoVisita dos alunos do Curso de Informação Geográficado <strong>Instituto</strong> Geográfico do ExércitoDecorreu no dia 18 de Março, a visita de quatro elementosdo Curso de Informação Geográfica do <strong>Instituto</strong> Geográfico doExército. Os alunos, acompanhados pelo representante docurso, o Major Rui Alberto Coelho Dias, puderam assistir a apresentaçõesdo Centro de Dados técnico-científicos, da divisãode Hidrografia e da divisão de Navegação.Visita do 1TEN Ricardo Batista, da Direcção de NaviosNo âmbito do estágio do Curso «MSC Naval Architecture»,o 1TEN EN-MEC Ricardo Filipe Pereira Batista, da Direcção deNavios, visitou o <strong>Instituto</strong> Hidrográfico no passado dia 24 deMarço.Durante a visita, o 1TEN Ricardo Batista, assistiu às apresentaçõesdas divisões de Oceanografia e da Navegação.Visita de estudo dos alunos da Universidade LusófonaNo passado dia 23 de Maio o <strong>Instituto</strong> Hidrográfico recebeua visita de estudo dos alunos do 2.º ano de ciências farmacêuticasda Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia.Após uma apresentação sobre as actividades técnico-científicasda Unidade, os alunos puderam visitar as divisões deQuímica e Poluição do Meio Marinho e a Geologia Marinha.26 Hidromar


Bem Vindo a BordoVisita do Curso Complementarde Formação Técnico Profissional da PEMNo passado dia oito de Abril, os alunos do Curso Complementarde Formação Técnico Profissional da Polícia dos Estabelecimentosde Marinha, visitaram o <strong>Instituto</strong> Hidrográfico.A visita começou por uma apresentação do IH, no Auditório,feita pelo Adjunto do Director Técnico, o CFR Brandão Correiae prosseguiu com uma visita às divisões técnico-científicas.A visita encerrou com a assinatura do Livro das Visitas.Curso de promoção a Sargento-Chefe <strong>2008</strong>O <strong>Instituto</strong> Hidrográfico recebeu a visita de 24 alunos doCurso de Promoção a Sargento-Chefe <strong>2008</strong>, acompanhadospelo Director de Curso, 1TEN Brites de Pinho, no passado diatrês de Abril.Os alunos assistiram no Auditório a uma apresentação feitapelo CFR Brandão Correia, Adjunto do Director Técnico, sobreas actividades técnico-científicas do <strong>Instituto</strong> Hidrográfico.De seguida, o grupo visitou as Divisões de Hidrografia,Oceanografia, Navegação e Química e Poluição do MeioMarinho e Geologia Marinha.Visita de estudo dos alunos dos Cursosde Formação Complementar de Oficiaise de Formação Militar Complementar de OficiaisO <strong>Instituto</strong> Hidrográfico recebeu no passado dia 26 deJunho a visita de estudo dos alunos dos Cursos de FormaçãoComplementar de Oficiais e de Formação Militar Complementarde Oficiais, acompanhados pelo 1TEN Serrano Augusto. A visitainscreveu-se no plano de estudos dos Cursos e tinha por objectivodar a conhecer os aspectos essenciais da orgânica e dasactividades do IH.A visita teve início no Auditório com a projecção do videogramada Unidade e uma apresentação sobre as actividadesdo IH feita pelo CFR Ramalho Marreiros. De seguida foram visitadasas divisões de Hidrografia, Oceanografia, Navegação,Química e Poluição do Meio Marinho e a Geologia Marinha.Hidromar 27


Bem Vindo a BordoVisita do Externato «As Descobertas» ao IHO Externato «As Descobertas» visitouo IH no passado dia 15 de Abril. Os20 alunos da turma do 7.º ano, acompanhadospela professora de Geografia,Sandra Almeida, começaram a suavisita ao nosso instituto pela divisão deHidrografia, onde puderam aprender,pelo CTEN Delgado Vicente e pelo STENXavier Guerreiro, o que são as cartasnáuticas (papel e electrónica), como sefazem e para que servem. Foram, deseguida, à divisão de Navegação ondeconversaram com o CTEN Santos Arrabaçasobre o que faz o IH diariamentepara manter a segurança da navegaçãonas nossas águas e para editar as publicaçõesnáuticas. A visita terminou comuma passagem pela Biblioteca.Visita da Junta de Freguesia de Santos-o-Velho ao IHÉ sempre com muito agrado que oIH recebe visitas dos nossos vizinhos,promovidas pela Junta de Freguesia deSantos-o-Velho. Determinada em manterviva a memória colectiva da Freguesia eem promover o convívio entre os maisidosos, a Junta organiza visitas culturaise históricas às instituições que nela estãosedeadas para todos os idosos que quiseremacompanhar e conhecer melhor ointerior dos edifícios cujos exteriores jáconhecem sobejamente. No passado dia17 de Abril, os visitantes, guiados peloSr. José Aguiar – um dos mais antigosfuncionários do IH e exímio conhecedorda história do Convento das Trinas –, percorreramos corredores e as salas do edifíciocom maior interesse artístico epatrimonial, aproveitando também paraaprender um pouco do que é a Hidrografia,ciência a que se dedica diariamenteo <strong>Instituto</strong> Hidrográfico.Visita das Irmãs Franciscanas Hospitaleirasda Imaculada ConceiçãoNos dias 29 de Abril e 23 de Maio, o <strong>Instituto</strong> Hidrográfico,antigo Convento das Trinas, recebeu a visita das irmãs FranciscanasHospitaleiras da Imaculada Conceição.Este convento, de carácter histórico-cultural, é uma referênciamuito importante para a congregação. O IH foi casa-Mãeda Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da ImaculadaConceição, desde 8 de Setembro de 1878 até Outubrode 1910, e, foi onde a sua fundadora, a religiosa e depois SuperioraGeral, Madre Maria Clara do Menino Jesus, viveu e viria afalecer em 1899.28 Hidromar


Bem Vindo a BordoVisita de Estudo dos alunos da Universidade do PortoNo passado dia 30 de Maio, o <strong>Instituto</strong> Hidrográfico recebeua visita de um grupo de alunos do curso de EngenhariaGeográfica da Universidade do Porto, acompanhados pelaprofessora Joana Fernandes. A visita, guiada pelo CFRRamalho Marreiros, teve início na Sala de Reuniões de Hidrografiacom uma apresentação feita pelo CFR Pereira Manteigassobre a Hidrografia e Cartografia enquadradas nas actividadesdo IH. De seguida, os alunos conheceram as divisões deHidrografia, Oceanografia e Navegação. Após o almoço oferecidopelo IH, os alunos seguiram rumo à Base Naval de Lisboacom a finalidade de visitarem o NRP Almirante GagoCoutinho. Posteriormente e finalizando, os alunos seguirampara as Instalações Navais da Azinheira, no Seixal, onde puderamefectuar uma visita às Brigadas Hidrográficas.Visita do Director do <strong>Instituto</strong> Canário de CiênciasMarinhasO Director do <strong>Instituto</strong> Canário de Ciências Marinhas, OctavioLlinás González, acompanhado dos investigadores M.º JoséRueda López e M.º Dolores Gelado Caballero, Carlos BarreraRodríguez, Laura Cardona Díaz e Paula Pacheco-Santamarinavisitaram o IH no passado dia 6 de Maio.A visita, que incluiu uma apresentação no Auditório peloDirector Técnico, e seguiu para as divisões técnico-científicas,inseriu-se no âmbito dos projectos desenvolvidos pelos doisinstitutos e teve como objectivo fomentar as relações de proximidadepotenciando colaborações futuras.Visita do sub-director do «Defense OceanographicData Centre» do <strong>Instituto</strong> Australiano de Oceanografiae MeteorologiaNo passado dia 12 de Maio, o ComanderMartin Rutherford, sub-director do«Defense Oceanographic Data Centre» do<strong>Instituto</strong> Australiano de Oceanografia eMeteorologia, visitou o <strong>Instituto</strong> Hidrográfico.Durante esta visita, reuniu-se com oChefe do Centro de Dados Técnico-Científicos,CTEN Bessa Pacheco, tendo discutidodiversos assuntos relacionadoscom o apoio SIG às operações militares.Após o almoço, o Comander MartinRutherford fez uma apresentação noauditório do IH sobre as capacidades eprodutos Australianos desenvolvidos noâmbito do apoio «GEOMETOC» (geográfico,meteorológico e oceanográfico) àsactividades operacionais da Marinha Australiana.Hidromar29


Bem Vindo a BordoVisita da Associação para as Comunicações,Electrónica, Informações e Sistemas de Informaçãopara Profissionais (AFCEA)No passado dia três de Abril, o Director-Geraldo <strong>Instituto</strong> Hidrográfico, VALMAugusto de Brito, recebeu a visita de umadelegação da Associação para as Comunicações,Electrónica, Informações e Sistemasde Informação para Profissionais(AFCEA).A visita incluiu uma apresentaçãofeita pelo Director Técnico do IH, CMGVentura Soares, pelo CTEN Santos Fernandesda Divisão de Oceanografia epela ASP Sónia Godinho, do Centro deDados técnico-científicos, seguida deum coffee-break na sala de reuniões dadivisão de Hidrografia.Posteriormente foram visitadas asdivisões técnico-científicas e o NúcleoMuseológico da Fotografia Cartográfica,terminando, como habitualmente, com aAssinatura do Livro de Honra na Biblioteca.Esta visita deu a conhecer à Associaçãoas potencialidades que o <strong>Instituto</strong>Hidrográfico tem nas áreas de investigaçãorelacionadas com as ciências e técnicasdo mar.30Hidromar


Bem Vindo a BordoVisita ao IH no âmbito das comemoraçõesdo Dia Mundial da HidrografiaNo âmbito das comemorações do Dia Mundial daHidrografia, o <strong>Instituto</strong> Hidrográfico recebeu, no passadodia 23 de Junho, a visita do Presidente da OrganizaçãoHidrográfica Internacional, VALM Alexandros Maratos,acompanhado do Vice-presidente da Comissão HidrográficaRegional do Mar do Norte, ING Gilles Bessero ede representantes da Agência Europeia de SegurançaMarítima e de alguns Serviços Hidrográficos Europeus,nomeadamente o Serviço Hidrográfico Inglês, Francêse Espanhol.Após um briefing pelo CMG Ventura Soares, DirectorTécnico, a visita prosseguiu pelas divisões técnico-científicas,pólos museológicos e Biblioteca, tendo terminadocom um cocktail oferecido pelo IH no claustro do Conventodas Trinas.Hidromar 31


Cartas e publicações náuticasProjectos de assinalamento marítimoLevantamentos hidrográficos, geológicos egeofísicosMonitorização e modelação do meio marinhoOceanografia operacionalLaboratório de Estado da Marinha Portuguesa que se dedica às ciências e tecnologias do mar<strong>Instituto</strong> Hidrográfico | Rua das Trinas, 49 – 1249-093 Lisboa – Portugal | Tel.: +351 210 943 000 | Fax: +351 210 943 299 | mail@hidrografico.pt | www.hidrografico.pt

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