Página 6 - Julho <strong>de</strong> 2008Prêmio Sesc <strong>de</strong> Literatura2008, categorias conto e romance,promovido pelo Serviço Social doComércio, <strong>de</strong>stinado a textos inéditos,escritos em língua portuguesa,está com inscrições abertas atéo dia 15 <strong>de</strong> agosto. Po<strong>de</strong>rão concorrerautores brasileiros ou estrangeirosresi<strong>de</strong>ntes no Brasilcom apenas uma obra em cadacategoria, que <strong>de</strong>verá ser enviadaseparadamente e com pseudônimodiferente. O autor não po<strong>de</strong>rãoter nenhum livro publicado na categoriainscrita. Os originais <strong>de</strong>verãoser enviados em quatro vias,sem ilustrações, datilografados emespaço duplo ou digitados em papelA4, em apenas um lado da folha,fonte Times New Roman, tamanho12, estilo normal, na corpreta, parágrafo <strong>de</strong> alinhamentojustificado, espaço entrelinhas duploe margens <strong>de</strong> 2,5 cm. Enviaras quatro vias enca<strong>de</strong>rnadas comfolha <strong>de</strong> rosto, que <strong>de</strong>verá constaro título da obra e o pseudônimo doautor. Em envelope lacrado, emanexo, <strong>de</strong>verão ser enviados osdados do autor: pseudônimo,nome, data <strong>de</strong> nascimento, título daobra, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, CPF, en<strong>de</strong>reçocompleto, telefone, e-mail e currículoresumido. Os romances <strong>de</strong>verãoter entre 130 e 400 laudas eos contos, entre 70 e 200 laudas.O resultado será divulgado em janeiro<strong>de</strong> 2009. Premiação: O vencedor<strong>de</strong> cada categoria terá suaobra publicada e distribuída pelaEditora Record, com direito a 10%Concursosdo valor <strong>de</strong> capa da obra quandoda sua comercialização em livrarias.As inscrições po<strong>de</strong>rão serfeitas nas Unida<strong>de</strong>s do Sesc <strong>de</strong>todo o Brasil. A relação das unida<strong>de</strong>se o regulamento completoestá disponível no sitewww.sesc.com.brPrêmio Casa das Américasé <strong>de</strong>stinado a autores do Brasilcom livros publicados em português,nos anos 2007 e 2008,em primeira edição, nos gênerosromance, conto e poesia. As inscriçõesestão abertas até o dia 31<strong>de</strong> outubro. Po<strong>de</strong>rão participarautores brasileiros, naturais ounaturalizados, que <strong>de</strong>verão enviarum exemplar da obra por gênero.Não po<strong>de</strong>rão concorrer autoreslaureados no gênero em quetenham obtido o Prêmio Casa dasAméricas, após o ano 2000.Premiação: 3.000 dólares ou oseu equivalente na moeda nacionale a publicação da obra, comtiragem <strong>de</strong> 10.000 exemplares,pela Casa das Américas, se amesma não estiver comprometidacom outra editora <strong>de</strong> língua espanhola.Os originais não serão<strong>de</strong>volvidos. Os livros <strong>de</strong>verão serenviados à Casa das Américas,3ra. y G, El Vedado, La Habana10400, Cuba ou nas Embaixadas<strong>de</strong> Cuba. Informações através doe-mail: cil@casa.cult.cu . O regulamentoestá disponível no sitewww.casa<strong>de</strong>lasamericas.com/premios/literario/liminar.php?pagina=liminarDébora Novaes <strong>de</strong> CastroPoemas: GOTAS DE SOL - SONHO AZUL -MOMENTOS - SINFONIA DO INFINITO –COLETÂNEA PRIMAVERA -CATAVENTO - AMARELINHA.Trovas: DAS ÁGUAS DO MEU TELHADO.Haicais: SOPRAR DAS AREIAS –ALJÒFARES – SEMENTES -CHÃO DE PITANGAS –Poemas Devocionais: UM VASO NOVO...Opções <strong>de</strong> compra: via telefax (11) 5031-5463Correio: Rua Ática, 119 - ap. 122 - São Paulo Cep 04634-040 -E-mail: <strong>de</strong>bora_nc@uol.com.br e Site: www.vipworkcultural.com.br(ESCREVER)POR QUE ESCREVEMOS?Emanuel Me<strong>de</strong>iros VieiraComeçamos escrevendo paraviver e acabamos escrevendo paranão morrer.Para quem edifica palavrasmal rompe a aurora, escrever éinadiável e urgente, mesmo quenada externamente nos obrigue aisso. Mas a necessida<strong>de</strong> interna évisceral, orgânica, chama e fogo,flecha, algo colado à pele.Não conseguimos escapar<strong>de</strong>sse apelo.Escrevemos para perdurar,para vencer a poeira do tempo, para<strong>de</strong>spistar a morte, para regar nossosfantasmas e (por que não?),para amar e se amado.A literatura é o refúgio da sincerida<strong>de</strong>num mundo <strong>de</strong> pose.“A literatura é um apelo <strong>de</strong>fogo, on<strong>de</strong> mora meu <strong>de</strong>sespero, aminha inquietação e o meu paraíso”,escreveu alguém.Eu sei: tento escrever um hino<strong>de</strong> amor à palavra.Qual a maior viagem (interior)que po<strong>de</strong>mos fazer, senão aquelaque é um mergulho no livro, nestacriação <strong>de</strong> outros mundos, nessaperegrinação às áfricas interiores?“Se o mundo dos objetos palpáveise vida prática, não é mais realque o mundo das ficções, dos sonhose dos labirintos, então po<strong>de</strong> serque o autor <strong>de</strong> artifícios verbais tenhamais direito à condição <strong>de</strong>Vestibular &ConcursosSonia Adal da Costa1- Nadou 100 metros livres oulivre e correu 100 metros raso ourasos?São 100 metros livre e são 100metros rasos.No atletismo, o adjetivo rasosse refere aos 100 metros. Na natação,livre é o nado, é o estilo, a modalida<strong>de</strong>.Da mesma forma:São 100 metros peito ou borboleta.2 – Zero grau ou zero graus?O numeral zero <strong>de</strong>ixa a palavraseguinte no singular.É zero hora.3 – Menas ou menos?Menas não existe.LINGUAGEM VIVA<strong>de</strong>miurgo que qualquer outro candidato”,escreveu Samuel Titan Jr.,falando sobre Borges..Hoje, a realida<strong>de</strong> chamadavirtual fica sendo mais importanteque o humano propriamente dito.Uma personalida<strong>de</strong> não apareceporque é boa, mas é boa porqueaparece.Vivemos uma mudança <strong>de</strong>época e não uma época <strong>de</strong> mudanças.Ou está inapelavelmente <strong>de</strong>cretadoque não há nada mais afazer, que o <strong>de</strong>stino já rabiscou todosos <strong>de</strong>stinos?Queremos um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> consumidoresou <strong>de</strong> cidadãos?Aceita-se passivamente ummundo on<strong>de</strong> são as coisas que comandame não os valores.Queremos pessoas abúlicas,inertes, numa globalização on<strong>de</strong> imperaa uniformida<strong>de</strong> e não a igualda<strong>de</strong>?A literatura é um sonho doeterno. Sua morte tem sido <strong>de</strong>cretadadiariamente.Mas por que ela continua tãoviva?Pois há <strong>de</strong>ntro do homemuma se<strong>de</strong> <strong>de</strong> infinito que nenhummo<strong>de</strong>lo meramente mercantil po<strong>de</strong>saciar.Emanuel Me<strong>de</strong>iros Vieira éescritor e poeta.www.xavi.com.brIsto é <strong>de</strong> menos importância.4 – Aluga-se ou alugam-seapartamentos?O certo é alugam-se apartamentos.Neste caso concorda com o sujeitoapartamentos. É o mesmo queeu dissesse que apartamentos sãoalugados.Sonia Adal da Costa, professora<strong>de</strong> cursos preparatórios paraconcursos públicos e vestibular,formada pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>São Paulo, é pós-graduada emTeatro Infanto-Juvenil pela Universida<strong>de</strong><strong>de</strong> São Paulo.portsonia@ig.com.br
Página 7 - Julho <strong>de</strong> 2008Livros e LançamentosDireito Fundamental à Moradia, <strong>de</strong> LoreciGottschalk Nolasco, Editora Pillares, 2<strong>80</strong> páginas, SãoPaulo. A autora é advogada, escritora, professora <strong>de</strong>Direito Constitucional na Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> MatoGrosso do Sul, coor<strong>de</strong>nadora do Curso <strong>de</strong> Direito eMestre em Direito pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília. A obraanalisa as restrições e os limites à aplicação do direito àmoradia, em face da Constituição vigente.ONDE COMPRAR:Editora Pillares: www.editorapillares.com.brVida Livros: http://www.vidalivros.com.br/loja/product_info.php?products_id=569&osCsid=d0b0c37a87b19b4298964c723407b200Livraria Saraiva: http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/pesquisaweb.dll/pesquisa?ID=BD12516D7D<strong>80</strong>6051036010864&FILTRON1=X&ESTRUTN1=0301&ORDEMN2=E&PALAVRASN1=direito+fundamental+%E0+moradia&image2.x=18&image2.y=14 -Livraria Cultura: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/catalogo/busca.asp?tipo_pesq=titulo&palavra=direito+fundamental+%E0+moradia&sid=8918811091065609975997732&k5=556A8EB&uid=&lastreg=&parceiro=13013350 Poemas Escolhidos pelo Autor, <strong>de</strong> AricyCurvello, Edições Galo Branco, 90 páginas, Rio <strong>de</strong> Janeiro.O autor, advogado, escritor e poeta, tem trabalhospublicados em importantes antologias nacionais e no exterior(Portugal, França e Espanha). A obra reúne poemasque foram escolhidos pelo autor dos livros Os DiasSelvagens te Ensinam, Vida Fu(n)dida, Mais que os Nomesdo Nada, O Acampamento e Menos que os Nomes<strong>de</strong> Tudo (ainda inédito). Edições Gallo Branco:www.edicoesgalobranco.com.br - Tel.: (21) 2283-1742.Ninguém Escreve, romance <strong>de</strong> Marcos SatoruKawanami, Editora Morais, 142 páginas, Nhan<strong>de</strong>ara (SP).O autor é escritor, poeta e professor <strong>de</strong> Português e Inglês.A obra, uma trilogia humanística, um romance panorâmicodo século XX, é dividida em três partes: românticae subjetiva, anti-romântica e caricatural (baseadaem um samba <strong>de</strong> Noel Rosa) e a terceira tem compromissohistórico e social. Marcos Satoru Kawanami: RuaDr. Edmilson Pessoa Cavalcanti, 1357 - Nhan<strong>de</strong>ara - SP- 15190-000. Tel.: (17) 3472-2989. E-mail:mskawanami@bol.com.brBEIJOS ENGOLIDOS, poemas <strong>de</strong> JurandirPinoti, SSUA Editora, 88 páginas, São Paulo. Oautor, advogado, poeta e escritor, foi laureado como poema O poste pela Secretaria da Cultura doEstado <strong>de</strong> São Paulo, em 1987. A obra reúne poemascontemporâneos, que exploram temas variadose <strong>de</strong>monstram que o autor tem domínio daarte <strong>de</strong> fazer versos. ONDE COMPRAR: LIVRA-RIA DA VILA: http://www.livrariadavila.com.br - SSUAEDITORA LTDA.: http://www.ssuaeditora.com.br/page01.asp - Tels.: (11) 3742-1934 e 9902-28<strong>80</strong>.Indicador ProfissionalGenésio Pereira FilhoAdvogadoAv. Briga<strong>de</strong>iro Luiz Antonio, 300 - Cjs. 62/64 -São Paulo - SP - 01318-903 Tel.: (11) 3107-7589O Planeta é dos JovensRaymundo Farias <strong>de</strong> OliveiraLi no jornal <strong>Linguagem</strong> <strong>Viva</strong>,editado por Rosani Abou Adal, minhaamiga e poeta, a notícia do falecimento<strong>de</strong> Joaquim <strong>de</strong> Montezuma<strong>de</strong> Carvalho, lá em Lisboa, no velhobairro <strong>de</strong> Alfama, on<strong>de</strong> vivia a escrevermonumentais ensaios, compulsivamente.Advogava, lia e escrevia...Assim ele viveu. Respirava cultura,erudição, sabedoria e inteligência– tudo sem arrogância ou pedantismo.Fiquei triste com a notícia. Nossaamiza<strong>de</strong> nasceu em 1983, quando,por sugestão <strong>de</strong> um amigo comum,Guido Fi<strong>de</strong>lis, enviei-lhe meulivro Poemas da Madrugada. A partirdaí, nasceu nossa intensa amiza<strong>de</strong>epistolar e o intercâmbio <strong>de</strong> nossostextos e sonhos. Remeti-lhe todosos livros que publiquei. Ele enviava-meseus ensaios torrenciais;muitos <strong>de</strong>les publicados no jornal diárioPrimeiro <strong>de</strong> Janeiro, da cida<strong>de</strong>do Porto, e na revista RepertórioLatino-americano (BuenosAires).Um belo dia, surpreen<strong>de</strong>u-mecom a cópia xerográfica <strong>de</strong> minhacrônica Noite Triste, on<strong>de</strong> falei <strong>de</strong>Gar<strong>de</strong>l e Lepera, vertida para o espanhole publicada em Buenos Aires,na revista Repertório Latino-americano,editada pelo poeta e embaixadorargentino aposentado, FranciscoR. Bello. Pronto. Estava abertaa porta da revista aos meus textos,que lá foram traduzidos e publicados,enquanto viveu o poeta FranciscoR. Bello e sua monumental revistatribuna <strong>de</strong> poetas, cronistas eensaístas <strong>de</strong> todos os países daAmérica Latina.De outra feita, pediu-me umacrônica sobre o centenário do livroSó, do poeta romântico portuguêsAntonio Nobre. Com o beneplácitodo prof. Antonio Queirós, que cuidavada edição especial da revista Ca<strong>de</strong>rnosdo Tâmega alusiva aoacontecimento, tive a honra e a emoção<strong>de</strong> contemplar “O centenário <strong>de</strong>um livro triste”, <strong>de</strong> minha autoria, estampadaentre muitos outros trabalhos<strong>de</strong> autores portugueses e bra-Tel.: (11) 2693-0392LINGUAGEM VIVAsileiros (poesias e ensaios) na belarevista lusitana. Em outra oportunida<strong>de</strong>,pediu-me que enviasse um poemaà Dra. Nassalette Miranda, coor<strong>de</strong>nadorado Ca<strong>de</strong>rno Literário dojornal O Primeiro <strong>de</strong> Janeiro (Porto).Enviei e foi publicado. Por minhaconta, enviei outro, também publicadocom belíssima ilustração.Assim era e assim foi Joaquim<strong>de</strong> Montezuma <strong>de</strong> Carvalho para mim.Um mestre amigo e um incentivadorgeneroso. Quando passei por Lisboa,em 1987, não tive condições emocionais<strong>de</strong> encontrá-lo. Voltamos <strong>de</strong> Fátima(minha mulher Anna Maria e eu)muito abalados. A sauda<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossofilho Paulo, falecido tragicamente,inundou nossos corações lá em Fátima,Nazaré, Óbidos e chegamos “machucados”ao Penta Hotel, em Lisboa.Liguei para Montezuma e expliquei taiscircunstâncias, e que, na manhã seguinte,seguiríamos para Madri.No ano passado recebi maisuma surpresa <strong>de</strong> Montezuma. Na obraDo Tempo e dos Homens – Vol. I -Da história literária à história da cultura(<strong>de</strong> sua autoria), sob o selo doInstituto Piaget, 501 páginas, honroumecom um ensaio (capítulo 14, págs.95 a 100) on<strong>de</strong> transcreve e faz apreciaçõescríticas sobre algumas <strong>de</strong>minhas crônicas constantes do livroSob o Céu <strong>de</strong> Jerusalém. Na cartaque me escreveu em 23/07/07, quasenuma espécie <strong>de</strong> murmúrio <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida,balbuciou: “... fui operado àvesícula. Agora ando a tratar os intestinos,com problemas <strong>de</strong>obstipação doentia. É assim a ida<strong>de</strong>.O planeta é dos jovens...”Meu amigo literário partiu em 6<strong>de</strong> março passado e <strong>de</strong>ixa-nos a todosos seus leitores espalhados pelomundo da língua portuguesa e espanholaum vazio incomensurável, profundoe dolorido. Ele nunca ausentou-se<strong>de</strong> sua juventu<strong>de</strong> e não se ren<strong>de</strong>ujamais à solidão da velhice ociosa.Resta-nos agora a leitura <strong>de</strong> suaobra majestosa, num comovente silêncio<strong>de</strong> sauda<strong>de</strong>.Raymundo Farias <strong>de</strong> Oliveira é escritore Procurador do Estado aposentado.Anuncie no <strong>Linguagem</strong> vivawww.linguagemviva.com.brlinguagemviva@linguagemviva.com.br