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revestimento cerâmico em fachadas estudo das causas das ...

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Programa de Melhoria da Comunidade da ConstruçãoRevestimento Cerâmico <strong>em</strong> Facha<strong>das</strong>C. Rolim Engenharia LtdaCaltech EngenhariaConstrutora ColmeiaConstrutora LCRConstruitora Marquise S.A.Construtora Nossa Senhora de FátimaDiagonal EngenhariaREVESTIMENTO CERÂMICOEM FACHADASESTUDO DAS CAUSAS DASPATOLOGIASFujita Engenharia LtdaKonnen LtdaPlacic LtdaPorto FreireRELATÓRIO DA PESQUISAReata Arq. Engenharia LtdaRolim Machado LtdaFortaleza 2004


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASM a Aridenise Macena FontenelleYolanda Montenegro de MouraProf. da UNIFOR e Pesq. do NPTEstudante de Engenharia Civil - UNIFOREmpresas participantes do Programa de Melhoria da Comunidade da Construção deFortaleza• C. Rolim Engenharia Ltda• Caltech Engenharia• Construtora Colméia• Construtora Marquise S.A• Construtora Nossa Senhora de Fátima• Diagonal Engenharia Ltda• Fujita Engenharia Ltda• Konnen Ltda• Placic Ltda• Construtora LCR• Reata Arq. Engenharia Ltda• Rolim Machado LtdaComunidade da Construção - Fortaleza 2


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASRESUMOEsta pesquisa foi realizada no período de set<strong>em</strong>bro a nov<strong>em</strong>bro de 2003, com dez construtorasparticipantes do Programa de Melhoria da Comunidade da Construção Civil de Fortaleza, <strong>das</strong> quaisduas enviaram mais dois questionários, resultando <strong>em</strong> 14 obras analisa<strong>das</strong>. O questionáriorespondido por e -mail considerou os aspectos citados a seguir: estrutura de concreto (número depavimentos, tipo de fundação, tipo de laje, prazos do <strong>em</strong>preendimento); projetos (elaboração de umprojeto específico e itens que constam no projeto); planejamento (argamassa, teste <strong>em</strong> painéis,substrato, condições de preparo da argamassa, verificação e avaliação de aplicação da argamassa,planejamento físico e específico para execução de <strong>revestimento</strong>); suprimentos (tipo de mão -de -obrapara aplicação do <strong>revestimento</strong> e recebimento dos materiais) e produção (treinamento paraaplicadores e etapas da execução). Os resultados do <strong>estudo</strong> mostraram que apenas duas <strong>em</strong>presasnão apresentam probl<strong>em</strong>as de patologia nos <strong>revestimento</strong>s cerâmicos <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong>. Sendo que umadelas utiliza o método de assentamento de cerâmica úmido sobre úmido, e a outra argamassaindustrializada. To<strong>das</strong> as d<strong>em</strong>ais utilizam este segundo método, entretanto a <strong>em</strong>presa que nãoregistrou patologias elabora o projeto de produção do <strong>revestimento</strong> externo e t<strong>em</strong> controle doprocesso.Comunidade da Construção - Fortaleza 3


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASSUMÁRIORESUMO .................................................................................................................................3SUMÁRIO................................................................................................................................41. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................52. PATOLOGIAS NO REVESTIMENTO CERÂMICO...........................................................62.1. DESTACAMENTOS ..........................................................................................................62.2. TRINCAS, GRETAMENTO E FISSURAS................................................................................72.3. EFLORESCÊNCIA............................................................................................................82.4. DETERIORAÇÃO DAS JUNTAS...........................................................................................93. PRÁTICA USUAL NA EXECUÇÃO DO REVESTIMENTO DE FACHADA....................113.1. METODOLOGIA .......................................................................................................113.2. RESULTADOS..........................................................................................................123.2.1. Quantitativos.......................................................................................................123.2.2. Qualitativos .........................................................................................................214. ESTUDO DE CASO ........................................................................................................274.1. RESULTADOS GERAIS...................................................................................................284.1.1. Tipologia <strong>das</strong> obras.............................................................................................284.1.2. Tipo de <strong>estudo</strong> realizado.....................................................................................294.1.3. Informações coleta<strong>das</strong> nas entrevistas realiza<strong>das</strong> com engenheiros<strong>das</strong> obras ............................................................................................................294.1.4. Ensaios laboratoriais...........................................................................................314.1.5. Diagnóstico dos probl<strong>em</strong>as.................................................................................365. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................396. BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................41Comunidade da Construção - Fortaleza 4


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS1. INTRODUÇÃOEste <strong>estudo</strong> foi dividido <strong>em</strong> duas etapas, sendo que a primeira estapa envolveu umlevantamento da prática usual na execução do <strong>revestimento</strong> cerâmico <strong>em</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> <strong>das</strong><strong>em</strong>presas envolvi<strong>das</strong> no programa de melhoria. A segunda etapa foi a análise de casospatológicos <strong>em</strong> 4 obras de forma que no final <strong>das</strong> duas etapas pode -se identificar os itenspara ações que poderiam minimizar as patologias.Objetivo: Identificar as <strong>causas</strong> <strong>das</strong> patologias <strong>em</strong> <strong>revestimento</strong> cerâmico <strong>em</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> deforma a propor as ações para minimizar estas patologias.Inicialmente é apresentada as patologias <strong>em</strong> <strong>revestimento</strong> cerâmico mais comuns neste tipode <strong>revestimento</strong>: destacamento, trincas, gretamento e fissuras, eflorescência e deterioração<strong>das</strong> juntas.Comunidade da Construção - Fortaleza 5


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS2. PATOLOGIAS NO REVESTIMENTO CERÂMICODe acordo com CAMPANTE e BAIA (2003), a patologia dá -se quando uma parte do edifício,<strong>em</strong> algum momento de sua vida útil, deixa de apresentar des<strong>em</strong>penho previsto. Aspatologias nos <strong>revestimento</strong>s cerâmicos pod<strong>em</strong> ter orig<strong>em</strong> na fase de projeto - quando sãoescolhidos materiais incompatíveis com as condições de uso, ou quando os projetistasdesconsideram as interações do <strong>revestimento</strong> com outras partes do edifício (esquadrias, porex<strong>em</strong>plo), ou na fase de execução - quando os assentadores não dominam a tecnologia deexecução, ou quando os responsáveis pela obra não controlam corretamente o processo deprodução.As patologias são evidencia<strong>das</strong> por alguns sinais que, <strong>em</strong>bora muitas vezes apareçam <strong>em</strong>alguns componentes, pod<strong>em</strong> ter orig<strong>em</strong> <strong>em</strong> outros componentes de <strong>revestimento</strong>. Quandohá destacamento da placa cerâmica, isto não significa necessariamente que o probl<strong>em</strong>a foicausado pela própria placa, o probl<strong>em</strong>a pode ter sido causado, por ex<strong>em</strong>plo, por falta detreinamento de mão -de -obra, que não respeitou o t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto da massa colante .Dentre as patologias dos <strong>revestimento</strong>s cerâmicos estão: os destacamentos de placas; astrincas, gretamento e fissuras; as eflorescências e deterioração <strong>das</strong> juntas.2.1. DestacamentosOs destacamentos são caracterizados pela perda de aderência <strong>das</strong> placas cerâmicas dosubstrato, ou da argamassa colante, quando as tensões surgi<strong>das</strong> no <strong>revestimento</strong> cerâmicoultrapassam a capacidade de aderência <strong>das</strong> ligações entre a placa cerâmica e argamassacolante e/ou <strong>em</strong>boço. Devido à probabilidade de acidentes envolvendo os usuários e oscustos para seu reparo, esta patologia é considerada mais séria.O primeiro sinal desta patologia é a ocorrência de um som cavo (oco) nas placas cerâmicas(quando percuti<strong>das</strong>), ou ainda nas áreas <strong>em</strong> que se observa o estufamento da camada deacabamento (placas cerâmicas e rejuntes), seguido do destacamento destas áreas, quepode ser imediato ou não. Geralmente estas patologias ocorr<strong>em</strong> nos primeiros e últimosandares do edifício, devido ao maior nível de tensões observados nestes locais.As <strong>causas</strong> destes probl<strong>em</strong>as são :Comunidade da Construção - Fortaleza 6


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS• Instabilidade do suporte, devido a acomodação do edifício como um todo.• Deformação lenta (fluência) da estrutura de concreto armado, variações higrotérmicas ede t<strong>em</strong>peratura, características um pouco resilientes dos rejuntes.• Ausência de detalhes construtivos (contravergas, juntas de dessolidarização).• Utilização da argamassa colante com um t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto vencido; assentamento sobresuperfície contaminada.• Imperícia ou negligência da mão -de -obra na execução e/ou controle dos serviços(assentadores, mestres e engenheiros).Uma outra forma de se evitar a ocorrência deste tipo de patologia, além de corrigir todos ospassos citados anteriormente, seria evitar a execução dos <strong>revestimento</strong>s cerâmicos <strong>em</strong> umafase da construção <strong>em</strong> que o suporte ainda esteja recém -executado, evitando -se assim asretrações que pod<strong>em</strong> ocasionar tensões não considera<strong>das</strong> no projeto do <strong>revestimento</strong>cerâmico.A recuperação desta patologia é extr<strong>em</strong>amente trabalhosa e, na maior parte <strong>das</strong> vezes, caratambém, já que o reparo localizado n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre é suficiente para acabar com o probl<strong>em</strong>a,que volta a ocorrer <strong>em</strong> outras áreas do <strong>revestimento</strong> cerâmico. Muitas vezes a solução é aretirada total do <strong>revestimento</strong>, podendo -se chegar até ao <strong>em</strong>boço e se refazer to<strong>das</strong> ascama<strong>das</strong>.2.2. Trincas, gretamento e fissurasEstas patologias aparec<strong>em</strong> por causa da perda de integridade da superfície da placacerâmica, que pode ficar limitada a um defeito estético (no caso de gretamento), ou podeevoluir para um destacamento (no caso de trincas).As trincas são rupturas no corpo da placa cerâmica provoca<strong>das</strong> por esforços mecânicos, quecausam a separação <strong>das</strong> placas <strong>em</strong> partes, com aberturas superiores a 1 mm. As fissurassão rompimentos nas placas cerâmicas, com aberturas inferiores a 1 mm e que não causama ruptura total <strong>das</strong> placas. O gretamento é uma série de aberturas inferiores a 1 mm e queocorr<strong>em</strong> na superfície esmaltada <strong>das</strong> placas, dando a ela uma aparência de teia de aranha.No quadro 1, CAMPANTE e BAIA (2003) explicam as <strong>causas</strong> <strong>das</strong> trincas, gretamento e fissuras.Comunidade da Construção - Fortaleza 7


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASQuadro 1 - Causas <strong>das</strong> trincas, gretamento e fissurasCausa <strong>das</strong> trincas,gretamento efissurasDilatação e retração<strong>das</strong> placas cerâmicasDeformação estruturalexcessivaAusência de detalhesconstrutivosRetração daargamassa de fixaçãoDescriçãoEste probl<strong>em</strong>a ocorre quando há variação térmica e/oude umidade (a expansão por umidade é umacaracterística limitada <strong>em</strong> 0,6 mm/m pela NBR 13818).Estas variações geram um estado de tensões internasque, quando ultrapassam o limite de resistência da placacerâmica, causam trincas e fissuras, e, quandoultrapassam o limite de resistência da camada deesmalte, causam gretamento.Esta deformação do edifício pode criar tensões naalvenaria que, quando não são completamenteabsorvi<strong>das</strong>, pod<strong>em</strong> ser transferi<strong>das</strong> aos <strong>revestimento</strong>s.Estes, por sua vez, pod<strong>em</strong> não resistir ao nível detensões, rompendo -se e, muitas vezes, destacando -sedo substrato.A falta de alguns detalhes construtivos, tais como vergas,contravergas nas aberturas de janelas e portas,pingadeiras nas janelas, platiban<strong>das</strong> e juntas d<strong>em</strong>ovimentação, pod<strong>em</strong> ajudar a dissipar as tensões quechegam até os <strong>revestimento</strong>s.Este probl<strong>em</strong>a ocorre quando se usa argamassa defixação dosada <strong>em</strong> obra <strong>em</strong> vez de argamassa colanteindustrializada. A retração da argamassa causada pelahidratação do cimento pod<strong>em</strong> causar um aperto ou“beliscão” na placa cerâmica que, por estar firm<strong>em</strong>enteaderida a argamassa, pode tornar a superfície convexa etracionada, causando gretamento, fissuras ou mesmotrincas nas placas cerâmicas.Fonte: Adaptado de CAMPANTE e BAIA (2003).Estas patologias ocorr<strong>em</strong> normalmente nos primeiros e últimos andares do edifício, geralmente pelafalta de especificação de juntas de movimentação e detalhes construtivos adequados. A inclusãodestes el<strong>em</strong>entos no projeto de <strong>revestimento</strong> e o uso da argamassas b<strong>em</strong> dosa<strong>das</strong> ou colantespod<strong>em</strong> evitar o aparecimento destes probl<strong>em</strong>as.2.3. EflorescênciaEste probl<strong>em</strong>a é evidenciado pelo surgimento na superfície no <strong>revestimento</strong>, de depósitoscristalinos de cor esbranquiçada, comprometendo a aparência do <strong>revestimento</strong>. EstesComunidade da Construção - Fortaleza 8


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASdepósitos surg<strong>em</strong> quando os sais solúveis nas placas de cerâmicas, nos componentes naalvenaria, nas argamassas de <strong>em</strong>boço, de fixação ou de rejuntamento, são transportadospela água utilizada na construção, ou vinda de infiltrações, através dos poros doscomponentes de <strong>revestimento</strong> (placas cerâmicas não esmalta<strong>das</strong>, rejuntes). Estes sais <strong>em</strong>contato com o ar solidificam, causando depósitos. Em algumas situações (ambientesconstant<strong>em</strong>ente molhados) e com alguns tipos de sais (de difícil secag<strong>em</strong>), estes depósitosapresentam -se como uma exsudação na superfície.Não haverá ocorrência deste probl<strong>em</strong>a, quando eliminado qualquer um desses fatores: saissolúveis, presença de água ou porosidade do componente de <strong>revestimento</strong>.Algumas precauções pod<strong>em</strong> ser toma<strong>das</strong> para evitar a eflorescência:• Reduzir o consumo de cimento Portland na argamassa de <strong>em</strong>boço ou usar cimento combaixo teor de álcalis.• Utilizar placas cerâmicas de boa qualidade, ou seja, queima<strong>das</strong> <strong>em</strong> altas t<strong>em</strong>peraturas (oque elimina os sais solúveis de sua composição e a umidade residual).• Garantir o t<strong>em</strong>po necessário para secag<strong>em</strong> de to<strong>das</strong> as cama<strong>das</strong> anteriores à execuçãode <strong>revestimento</strong> cerâmico.Para a r<strong>em</strong>oção dos depósitos nas áreas já comprometi<strong>das</strong> com a ocorrência desteprobl<strong>em</strong>a, pode -se recorrer a uma simples lavag<strong>em</strong> da superfície do <strong>revestimento</strong>, o quegeralmente já é suficiente para a eliminação dos depósitos, mas eles pod<strong>em</strong> voltar a ocorrer,principalmente se as condições continuar<strong>em</strong> a ser<strong>em</strong> propícias. Com o passar do t<strong>em</strong>po,porém, o probl<strong>em</strong>a tende a diminuir, à medida <strong>em</strong> que os sais for<strong>em</strong> sendo eliminados.Quanto à limpeza do <strong>revestimento</strong> cerâmico, deve -se evitar o uso de ácido muriático. Caso sejanecessário seu uso, fazê -lo <strong>em</strong> concentrações baixas e <strong>em</strong> pequena quantidade, enxaguando muitob<strong>em</strong> a superfície após seu uso.2.4. Deterioração <strong>das</strong> juntasEste probl<strong>em</strong>a, apesar de afetar diretamente as argamassas de preenchimento <strong>das</strong> juntasde assentamento (rejuntes) e de movimentação, compromete o des<strong>em</strong>penho dos<strong>revestimento</strong>s cerâmicos como um todo, já que estes componentes são responsáveis pelaestanqueidade do <strong>revestimento</strong> cerâmico e pela capacidade de absorver deformações. OsComunidade da Construção - Fortaleza 9


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASsinais de que está ocorrendo uma deterioração <strong>das</strong> juntas são: perda de estanqueidade dajunta e envelhecimento do material de preenchimento.A perda da estanqueidade pode iniciar -se logo após a sua execução, através deprocedimentos de limpeza inadequados. Estes procedimentos de limpeza pod<strong>em</strong> causardeterioração de parte do material aplicado (uso de ácidos e bases concentrados), que,somados ataques de agentes atmosféricos agressivos e/ou solicitações mecânicas pormovimentações estruturais, pod<strong>em</strong> causar fissuração (ou mesmo trincas) b<strong>em</strong> comoinfiltração de água.O envelhecimento <strong>das</strong> juntas entre componentes, por ser<strong>em</strong> preenchi<strong>das</strong> com materiais àbase de cimento, normalmente não representa grandes probl<strong>em</strong>as, já que o cimento é ummaterial de excelente durabilidade, desde que b<strong>em</strong> executado. Sua deterioração éobservada quando na presença de agentes agressivos, como a chuva ácida ouaparecimento de fissuras. Quando estes rejuntes possu<strong>em</strong> uma quantidade grande deresinas, deve -se considerar que estas são de orig<strong>em</strong> orgânica e pod<strong>em</strong> envelhecer, alémde perder a cor (caso sejam responsáveis pela coloração <strong>das</strong> juntas de assentamento).As juntas de movimentação são preenchi<strong>das</strong> com selantes à base de poliuretano,polissulfetos, silicone, dentre outros. Estes materiais de orig<strong>em</strong> orgânica apresentamdurabilidade varia<strong>das</strong>, geralmente <strong>em</strong> torno de 5 anos, <strong>em</strong>bora existam materiais nomercado que possu<strong>em</strong> garantia de 20 anos. Sua deterioração é causada também pormicroorganismos, razão pela qual, após o período de garantia, dev<strong>em</strong> ser inspecionados etrocados.As maneiras de se evitar a ocorrências desta patologia estão diretamente liga<strong>das</strong> ao controleda execução do rejuntamento / preenchimento <strong>das</strong> juntas de movimentação, b<strong>em</strong> como àescolha de materiais de preenchimento que atendam aos requisitos de projeto.Comunidade da Construção - Fortaleza 10


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS3. PRÁTICA USUAL NA EXECUÇÃO DO REVESTIMENTO DE FACHADARealizada no período de set<strong>em</strong>bro a nov<strong>em</strong>bro de 2003, com dez construtoras participantesdo Programa de Melhoria da Comunidade da Construção Civil de Fortaleza, <strong>das</strong> quais duasenviaram mais dois questionários, resultando <strong>em</strong> 14 obras analisa<strong>das</strong>. O questionáriorespondido por e -mail considerou os aspectos citados a seguir: estrutura de concreto(número de pavimentos, tipo de fundação, tipo de laje, prazos do <strong>em</strong>preendimento); projetos(elaboração de um projeto específico e itens que constam no projeto); planejamento(argamassa, teste <strong>em</strong> painéis, substrato, condições de preparo da argamassa, verificação eavaliação de aplicação da argamassa, planejamento físico e específico para execução de<strong>revestimento</strong>); suprimentos (tipo de mão -de -obra para aplicação do <strong>revestimento</strong> erecebimento dos materiais) e produção (treinamento para aplicadores e etapas daexecução).3.1. METODOLOGIAEsta pesquisa foi realizada no período de set<strong>em</strong>bro a nov<strong>em</strong>bro de 2003, com dezconstrutoras, <strong>das</strong> quais duas enviaram mais dois questionários, resultando <strong>em</strong> 14 obras. Oquestionário respondido por e -mail abordava os aspectos sintetizados no quadro 2.Quadro 2 - Detalhamento dos aspectos pesquisados.AspectospesquisadosEstrutura de concretoProjetosPlanejamentoSuprimentosProduçãoControle tecnológico -Outros -DetalhamentoNúmero de pavimentos, tipo de fundação, tipo de laje,prazos do <strong>em</strong>preendimento.Elaboração de um projeto específico e itens que constamno Projeto.Argamassa, teste <strong>em</strong> painéis, substrato, condições depreparo da argamassa, verificação e avaliação deaplicação da argamassa e planejamento físico eespecífico para execução de <strong>revestimento</strong>.Tipo de mão -de -obra para aplicação do <strong>revestimento</strong> erecebimento dos materiais.Treinamento para aplicadores e etapas da execução.Comunidade da Construção - Fortaleza 11


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS3.2. RESULTADOSA pesquisa gerou resultados quantitativos e qualitativos conforme descritos a seguir.3.2.1. QuantitativosDas 14 obras pesquisa<strong>das</strong> 72%, são edifícios com mais de 20 pavimentos, conforme mostrao gráfico 1.até 0314%72%7% 7%De 04 até 19Mais de 20NãoresponderamGráfico 1 - Número de pavimentosA estaca é o tipo de fundação mais utilizado na maioria dos edifícios pesquisados, sobretudose considerarmos as pré -molda<strong>das</strong> e molda<strong>das</strong> in loco que juntos representam 57% (ver ográfico 2).Bloco7%29%Sapata36%21%7%Estaca prémoldadaEstaca moldain locoOutrosGráfico 2 - Tipo de fundaçãoA laje nervurada foi a solução adotada por 60% <strong>das</strong> obras estuda<strong>das</strong> conforme o gráfico 3.Comunidade da Construção - Fortaleza 12


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS13% 7% 20%Maciça60%NervuradaProtendidaOutrosGráfico 3 - Tipo de lajeAtravés do gráfico 4, observamos que 21% dos <strong>em</strong>preendimentos são executados <strong>em</strong> até 48meses .Até 12 meses7% 14%Até 24 meses51%7%21%Até 48 mesesAcima de 48mesesNão responderamGráfico 4 - Prazos do <strong>em</strong>preendimentoA maioria <strong>das</strong> <strong>em</strong>presas não possui um projeto específico para <strong>revestimento</strong> de argamassa,observar no gráfico 5.7%Sim43%Não50%NãoResponderamGráfico 5 - Elaboração do projeto específico para <strong>revestimento</strong> de argamassaComunidade da Construção - Fortaleza 13


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASOs itens que as construtoras pesquisa<strong>das</strong> priorizam mais <strong>em</strong> relação ao projeto são:m<strong>em</strong>orial de especificações dos materiais (50%) e a definição geométrica (50%) (ver natabela 1).Tabela 1 - Itens que constam no projetoItens que constam no projeto% de<strong>em</strong>presasM<strong>em</strong>orial de especificação dos materiais 50%Definição Geométrica, posicionamento e detalhes 50%M<strong>em</strong>orial Executivo 29%Definições de controle de execução 7%Definições de controle tecnológico 7%Definição de rotina de manutenção e inspeção 7%Das amostras estuda<strong>das</strong> na pesquisa, verificou -se que 79% dos substratos são executadoscom argamassa dosada <strong>em</strong> obra (gráfico 6).7%14%79%Dosada <strong>em</strong> obraArgamass aindustrializadaNão responderamGráfico 6 - Tipo de argamassa usada no substratoPelas respostas obti<strong>das</strong> nos questionários, a maioria não se manifestou sobre a utilização depainéis <strong>em</strong> seus canteiros. Dos que responderam, apenas 7% localiza no subsolo, bandeja eoutros, de acordo com gráfico 7.Comunidade da Construção - Fortaleza 14


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS79%7% 7%7%No subsoloBandejaOutrosNão responderamGráfico 7 - Local de painéisA escovação é o tipo de procedimento mais utilizado pelas <strong>em</strong>presas estuda<strong>das</strong> paramelhorar aderência do concreto, sobretudo se considerarmos a escovação manual <strong>em</strong>ecânica que juntas representam 44%, conforme mostra o gráfico 8 .7%7%21%29%36%EscovaçãomanualLavag<strong>em</strong>EscovaçãomecânicaOutrosNão reponderamGráfico 8 - Substrato: Concreto (1)A maioria <strong>das</strong> <strong>em</strong>presas, (44%), utilizam o chapisco convencional com aditivo, ver no gráfico9.Convencional 1:314%14%44%14%14%Preparado <strong>em</strong>obraConvencional 1:3com aditivoManualNão responderamGráfico 9 - Aplicação chapisco (1)Comunidade da Construção - Fortaleza 15


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASDas <strong>em</strong>presas que responderam, 14% usam como substrato alvenaria de tijolo cerâmico e14% bloco de concreto, conforme o gráfico 10.14%14%Alvenaria de tijiolocerâmicoBloco de concreto72%Não responderamGráfico 10 - Substrato (2)Das amostras estuda<strong>das</strong>, 21% executam algum tipo de limpeza do substrato, de acordo comgráfico 11.79%14%7%Escovação manualLavag<strong>em</strong>Não responderamGráfico 11 - Preparo da baseCom relação à aplicação do chapisco, observamos que a maioria <strong>das</strong> obras utilizamchapisco convencional, aplicado manualmente, observar no gráfico 12.Comunidade da Construção - Fortaleza 16


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASConvencional 1:321%21%14%30%14%Preparo <strong>em</strong> obraConvencional 1:3com aditivoManualNão responderamGráfico 12 - Aplicação do chapisco (2)No que se refere às condições de preparo da argamassa, 22% faz o uso da misturamecânica, 14% utiliza as recomendações de <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> ou quantidade de água definidapelo responsável pelo teste ou controlada pelos operadores (ver na tabela 2).Tabela 2 - Condições de preparo da argamassaItens avaliados no processo de preparo da argamassa% de<strong>em</strong>presasTesta mais de um tipo de argamassa 7%Utiliza as recomendações de <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> 14%Quantidade de água é definida pelo responsável pelo teste 14%Quantidade de água da mistura é controlada pelo operador 14%Faz o uso de mistura mecânica 22%Com relação à espessura do <strong>revestimento</strong>, 14% é definido pelo responsável ou utilizapadrão de 3 cm ou usa outro método, de acordo com gráfico 13.58%14%14%14%Definido peloresponsávelPadrão de 3 cm ouputro valorOutrosNão responderamGráfico 13 - Espessura de <strong>revestimento</strong>Comunidade da Construção - Fortaleza 17


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASAtravés da tabela 3, observa -se que poucas <strong>em</strong>presas utilizam algum tipo de controle naaplicação <strong>das</strong> argamassas.Tabela 3 - Verificação e avaliação de aplicação <strong>das</strong> argamassas.Itens avaliados na aplicação <strong>das</strong> argamassas% de<strong>em</strong>presasTesta duas cheias/ duas chapa<strong>das</strong> no úmido sobre úmido 0%Testa duas cheias úmido sobre seco 0%T<strong>em</strong>po de puxamento 7%Faz amostrag<strong>em</strong> da argamassa fresca para ensaios laboratoriais 7%Rendimento da argamassa 7%Resistência Superficial 7%Fissuras por retração plástica 14%Textura 14%Trabalhabilidade 14%Ensaio de aderência 22%Verificamos que 65% da mão -de -obra usada para aplicação de <strong>revestimento</strong> é própria, deacordo com o gráfico 14.21%14%65%PrópriaTerceirizadaNão responderamGráfico 14 - Mão -de -obra para aplicação de <strong>revestimento</strong>O tipo de controle de materiais executado pelas <strong>em</strong>presas pesquisa<strong>das</strong> é mostrado natabela 4.Comunidade da Construção - Fortaleza 18


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASTabela 4 - Recebimento de materiaisO tipo de controle de materiais executado pelas <strong>em</strong>presas% de<strong>em</strong>presasExige Laudo de caracterização dos materiais - (Água e Areia) 14%Consulta normas referentes a materiais. Quais? 14%Faz algum controle expedito no recebimento da areia e outrosmateriais. Quais? (Cimento = Laudo específico de água)43%Percebe quando recebe lotes diferentes 50%Com relação ao treinamento para os aplicadores, as <strong>em</strong>presas apresentam uma boaconscientização (observar tabela 5).Tabela 5 - Treinamento para aplicadoresTipo de treinamento realizado para aplicadores% de<strong>em</strong>presasManuseio de argamassa 57%Detalhes construtivos: juntas, frisos, colocação de tela 57%Aplicação da argamassa 64%Segurança NR -18 64%De acordo com a tabela 6, a maioria <strong>das</strong> <strong>em</strong>presas se preocupam com a realização <strong>das</strong>etapas de execução para garantir a melhoria da qualidade.Tabela 6 - Etapas da execuçãoControle de qualidade realizado durante a execução% de<strong>em</strong>presasExiste procedimento de retroalimentação 22%Faz controle durante a execução 29%Existe procedimento de aceitação do <strong>revestimento</strong> 29%Existe procedimento de verificação antes do início do <strong>revestimento</strong> 50%Efetua mapeamento 50%Exige procedimento de controle durante a execução 50%Efetua taliscamento 72%Comunidade da Construção - Fortaleza 19


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASApesar dos controles executados, ainda existe deficiência na execução dos sist<strong>em</strong>as,conforme mostra a Tabela 7.Tipo de patologiaTabela 7 - PatologiasGrau de importânciaBaixo Médio AltoFissuras no <strong>revestimento</strong> nas primeiras idades 29% 14% 0%Desplacamento de <strong>revestimento</strong> por esmagamento docomponente de alvenariaDesplacamento do <strong>revestimento</strong> por falta de aderênciaentre a argamassa e o substrato s<strong>em</strong> chapiscoFalta de aderência entre a argamassa de <strong>em</strong>boço e aargamassa colante do <strong>revestimento</strong> cerâmicoFormação de bolhas no pintura, com posteriordescamação da superfície da argamassaDesplacamento do <strong>revestimento</strong> interno com idadeinferior a 5 anos29% 0% 0%7% 0% 0%0% 29% 43%14% 7% 0%22% 0% 0%Desplacamento do <strong>revestimento</strong> durante a execução 7% 0% 0%Identificação de falta de aderência por desmoldante<strong>das</strong> formas de concreto22% 0% 0%Pulverulência na superficie da argamassa 0% 0% 7%Falta de aderência do chapisco com argamassa 7% 0% 0%Presença de manchas/ eflorescência 14% 29% 7%A partir dos dados coletados, foi constatado que 14% <strong>das</strong> patologias acontec<strong>em</strong> na fachadaleste (gráfico 15).65%7% 7%14%7%NorteSulLesteOesteNão responderamGráfico 15 - Facha<strong>das</strong> com PatologiaComunidade da Construção - Fortaleza 20


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASDe acordo com o gráfico 16, verificamos que a maioria <strong>das</strong> <strong>em</strong>presas utilizam juntas d<strong>em</strong>ovimentação a cada três pavimentos.A cada pavimento29%7%7%14%43%A cada trêspavimentosS<strong>em</strong> juntaGráfico 16 - Juntas de movimentação3.2.2. QualitativosOs resultados dos dados coletados sobre o processo praticado no assentamento decerâmica <strong>em</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong>, o tipo de argamassa e cerâmica são aprensentados a seguir.Apenas uma <strong>das</strong> obras estuda<strong>das</strong> aplica o <strong>revestimento</strong> externo através do sist<strong>em</strong>a úmidosobre úmido, não tendo evidenciado probl<strong>em</strong>as patológicos. O referido sist<strong>em</strong>a é detalhadono quadro 3.Quadro 3 - Seqüência executiva do sist<strong>em</strong>a de assentamento decerâmica úmido sobre úmido.• Fechamento de falhas na alvenaria (tijolos quebrados, juntas s<strong>em</strong> argamassa, etc.), comargamassa no mesmo traço do <strong>revestimento</strong>.(balança sobe)• Execução de chapisco aplicado com colher, <strong>em</strong> to<strong>das</strong> as áreas a revestir, no traço 1 : 4(cimento e areia grossa).(balança desce)• Colocação de telas galvaniza<strong>das</strong> (largura de 0,50m) nas junções <strong>das</strong> alvenarias com aestrutura simultaneamente ao chapisco.• Execução de <strong>em</strong>boço/reboco, massa única, no traço 1 : 1 : 7 (l saco de cimento, 1 sacode cal, e 7 padiolas de areia, 35 x 45 x 28cm, 5 de areia grossa e 2 de areiavermelha).(balança desce)Comunidade da Construção - Fortaleza 21


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS• O <strong>em</strong>boço executado pela manhã deverá receber cerâmica à tarde, sendo evitado aexecução de <strong>em</strong>boço para a aplicação de cerâmica somente no dia seguinte.• As cerâmicas permanec<strong>em</strong> imersas <strong>em</strong> água, antes da aplicação, por um período nãoinferior a 12 horas.• As cerâmicas são cola<strong>das</strong> sobre o <strong>em</strong>boço, com uma pasta de cimento e areia vermelhapeneirada, no traço 2 : 1 (2 de cimento e 1 de areia <strong>em</strong> volume).• São executa<strong>das</strong> juntas horizontais na face inferior <strong>das</strong> vigas externas a cada doispavimentos.• Em cerâmicas com garras (ex. Gail), é preenchido com a pasta também o tardoz dacerâmica, dupla colag<strong>em</strong>.• As cerâmicas com grande presença de engobe são lava<strong>das</strong> e escova<strong>das</strong> antes daaplicação.• O rejunte <strong>das</strong> cerâmicas executado após decorrido um prazo mínimo de 30 dias daaplicação <strong>das</strong> mesmas. (balança sobe <strong>em</strong>assando e desce lavando).A não incidência de patologia foi também evidenciada por uma construtora que utiliza aargamassa industrializada no assentamento do <strong>revestimento</strong> cerâmico da fachada. Oprocedimento adotado pela referida <strong>em</strong>presa é detalhado no quadro 4.Quadro 4 - Seqüência executiva do sist<strong>em</strong>a de assentamento decerâmica com argamassa industrializada s<strong>em</strong> incidência depatologiaCICLO SOBE DESCE1º Lixando e lavando Chapiscando2º Gabaritando Rebocando3º Protegendo as juntas Revestindo4º Rejuntando LavandoO quadro 5 apresenta os procedimentos adotados pelas <strong>em</strong>presas que utilizam argamassaindustrializada no <strong>revestimento</strong> externo cerâmico e apresentam patologias.Comunidade da Construção - Fortaleza 22


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASQuadro 5 - Seqüência executiva do sist<strong>em</strong>a de assentamento deObracerâmica com argamassa industrializada com incidência depatologia.Processo utilizado no assentamento de cerâmica com argamassaindustrializada com incidência de patologia.1 1.º - Sobe verificando e limpando - Desce Chapiscando2 º - Sobe <strong>em</strong>estrando - Desce <strong>em</strong>boçando3 º - Sobe Ponteando - Desce Colocando Cerâmica4 º - Sobe Rejuntando - Desce Limpando5 1ª Subida - Limpeza e recorte <strong>das</strong> rebarbas1ª Descida - Chapisco2ª Subida - Prumos e <strong>em</strong>estramento2ª Descida - Emboço e ponteamento da cerâmica3ª Subida - Reboco paulista (<strong>facha<strong>das</strong></strong> norte e leste)3ª Descida - Aplicação do <strong>revestimento</strong>4ª Subida - Rejuntamento4ª Descida - Limpeza6 e 7 1ª Subida - Limpeza e recorte <strong>das</strong> rebarbas1ª Descida - Chapisco2ª Subida - Prumos e <strong>em</strong>estramento2ª Descida - Emboço e ponteamento da cerâmica3ª Subida - Transporte da balança p/ descer aplicando o <strong>revestimento</strong>3ª Descida - Aplicação do <strong>revestimento</strong>4ª Subida - Rejuntamento4ª Descida - Limpeza13 1ª subida: Tamponamentos <strong>em</strong> geral e corte de rebarbas <strong>das</strong> estruturas1ª descida: Lavando o substrato do concreto, chapiscando com chapiscoaditivado o concreto e colocando tela2ª subida chapiscando a alvenaria2ª descida: Emestrando, <strong>em</strong>boçando e definindo locais <strong>das</strong> juntas dedilatação ( paginação vertical)3ª subida : s<strong>em</strong> realizar nenhuma atividade3ª descida: Assentamento cerâmico4ª subida: Rejuntando e preenchendo as juntas de dilatação4ªdescida: Lavando a fachadaComunidade da Construção - Fortaleza 23


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS14 1º ciclo: sobe - tamponamento dos furos e chapisco da estruturadesce - chapisco da alvenaria e arame dos prumos2º ciclo: sobe - <strong>em</strong>estrandodesce - reboco e <strong>em</strong>boço de fachada3º ciclo: sobe - subida da balançadesce - assentamento do <strong>revestimento</strong> externo e abertura <strong>das</strong>juntas4º ciclo: sobe - rejuntando e tratando as juntasdesce - limpezaA obra com ausência de patologia utiliza argamassa industrializada dosada <strong>em</strong> obra 1:1:6(Cim:Cal:Areia). A tabela 8 mostra uma variedade de traços utilizada pelas obras queapresentam incidência de patologia.Comunidade da Construção - Fortaleza 24


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASObra1 1:2:8 - Cim:Cal:Areia2 1:1 + 2% OBETabela 8 - Argamassa industrializadaArgamassa dosada <strong>em</strong> obraArgamassaindustrializadaensacada3 REJUNTAMIX4 1:6 (cimento/areia grossa peneirada com aditivo acrílicoda matisica)5 Assentamento - 1:2 (cimento + areia vermelha)Chapisco - 1:3 (cimento + areia grossa)Emboço - 1:6(cimento + areia vermelha)+ SIKANOL +SIKATARDReboco paulista -1:3 (CIM + AG) c/ pavicril na água deamassamento - 4:1 ( água + pavicril)6 Chapisco - 1:3 (cimento + areia grossa)Emboço - 1:5:1 (cimento + areia grossa+ areia vermelha)7 Assentamento - 1:2 (cimento + areia vermelha)Chapisco - 1:3 (cimento + areia grossa)Emboço - 1:5:1 (cimento + areia grossa+ areia vermelha)11 1:6 (cimento + areia grossa) 200 ml de Alvenarit12 1 (cimento + areia grossa) + aditivo alvenarit13 Chapisco - 1:3:X (cimento + areia grossa) + aditivo, nocaso dos concretosEmboço - 1:4:x (cimento + areia grossa) + aditivoReboco - 1:5:X (cimento + areia grossa) + aditivoRevestimento cerâmico - 1:2:X (cimento + areia grossa) +aditivo14 1:5 + 200 ml alvenarit Paraassentamento do<strong>revestimento</strong> :Porcelanato 30 x30 cm - AC -III econcr<strong>em</strong>assaCerâmica 20 x 20e pastilha 5 x 5 -AC - II -Concr<strong>em</strong>assaO tipo de cerâmica utilizado pelas obras estuda<strong>das</strong> é explicitado no quadro 6.Comunidade da Construção - Fortaleza 25


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASQuadro 6 - Tipo de Cerâmica utilizado nas obras pesquisa<strong>das</strong>ObraFabricante Cor Tamanho (cm) Esmaltada1 Cecrisa Branco e Cinza 10 x 10 Sim2 Cecrisa Bege 20 X 20 Sim3 Gail Natural 11 x 24 Não3 Cecrisa Branca 10 x 10 Sim4 Cecrisa Branca, Azul e Caramelo 10 x 20 Sim5 Cecrisa Azul Blue, Branca, Verde e Bordeaux 10 x 10 Sim6 Portobello;Gail Branca, vermelha; Damasco 10 x 10 e 24 x 11.6 Sim7 Cecrisa Azul royal, Branco e Violeta 10 x 10 Sim11 Portobelo Branca 10 x 10 Sim12 Gail Vermelha, Branca, Café 21x 11.6 e 30 x 30 Sim14 Tec -Cer Cinza 20 X 20 SimComunidade da Construção - Fortaleza 26


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS4. ESTUDO DE CASOEsta pesquisa foi realizada no período de outubro a março de 2003, com quatro obras <strong>das</strong>construtoras participantes do Programa de Melhoria da Comunidade da Construção Civil deFortaleza.O <strong>estudo</strong> <strong>das</strong> <strong>causas</strong> <strong>das</strong> patologias nestas obras foi realizado através de entrevistas comos engenheiros <strong>das</strong> construtoras, observações visuais, registros fotográficos, análisedocumental e ensaios laboratoriais. As observações visuais, entrevistas com engenheiros,registros fotográficos foram realizados nas obras A, B C e D. O ensaio de EPU foi realizadopelo laboratório do SENAI de São Bernardo do Campo somente na obra D. Nas obras A e Cforam considerados dados históricos da cerâmica gail e na obra B foi utilizado já dados deensaios realizados por consultoria contratada pela construtora. O quadro 1 sintetiza o tipode <strong>estudo</strong> realizado <strong>em</strong> cada obra.O quadro 1 - Tipo de <strong>estudo</strong> realizado <strong>em</strong> cada obra.Obra ARegistros fotográficosEntrevista com engenheiroEnsaios de aderênciaObra BObservações visuaisRegistros fotográficosEntrevista com engenheiroEnsaios laboratoriais - (relatório consultoria)Obra CObservações visuaisRegistros fotográficosEntrevista com engenheiroEnsaios de aderênciaComunidade da Construção - Fortaleza 27


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASObra DObservações visuaisRegistros fotográficosEntrevista com engenheiroEnsaios de aderência e EPU4.1. Resultados geraisPara apresentação dos resultados gerais as obras serão denomina<strong>das</strong> obras A, B, C e D pordata de conclusão que são respectivamente 1996, 1998, 1999 e 2000.4.1.1. Tipologia <strong>das</strong> obrasA tipologia <strong>das</strong> obras estuda<strong>das</strong> está sintetizada no quadro 2. To<strong>das</strong> as edificaçõespesquisa<strong>das</strong> são construí<strong>das</strong> <strong>em</strong> concreto armado e utilizam esquadrias de alumínio. Oquadro 2 mostra uma variação significativa de altura dos edifícios. O Referido quadro mostrao uso de cerâmicas gail, cecrisa e porto belo com predominância da cor branca e dimensões10 x 10cm.Quadro 2 - Tipologia <strong>das</strong> obras pesquisa<strong>das</strong>Obra AConcreto armado convencional, com 01 (um) subsolo, pavimento térreo.Cerâmica Gail de 24 x 11,6 cm, nas cores Branco brilhante e Vermelho Flash e esquadrias<strong>em</strong> alumínio e mezanino e 22 pavimentos.Obra BConcreto armado convencional, com estacionamento <strong>em</strong> pilotis e 02 pavimentos tipo.Cerâmica Cecrisa de 10 x 10 cm, nas cores branca e cinza e esquadrias <strong>em</strong> alumínio evidros.Obra CConcreto armado convencional, com garagens no subsolo pavimento térreo, mezanino, 23pavimentos tipo e cobertura.Cerâmica Gail na cores telha nas dimensões de 12 x 24 cm e Porto Belo na cor branca de10 x 10 cm e esquadrias <strong>em</strong> alumínio e vidros.Obra DConcreto armado convencional, com garagens <strong>em</strong> subsolo e no pilotis e 14 (quatorze)pavimentos tipo.Comunidade da Construção - Fortaleza 28


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASCerâmico <strong>das</strong> marcas CECRISA na cores verde e dimensões de 10 x 10 cm, Porto Belo nacor branca rajada e dimensões de 10 x 10 cm, e Porto Belo na cor branca lisa e dimensõesde 10 x 10 cm, pintura <strong>em</strong> textura acrílica e esquadrias <strong>em</strong> alumínio e vidros.4.1.2. Tipo de <strong>estudo</strong> realizadoO quadro 3 mostra que a fachada oeste e a leste foram as regiões onde ocorreram osprobl<strong>em</strong>as de descolamento de cerâmica com maior e menor freqüência respectivamente.Nas <strong>facha<strong>das</strong></strong> Norte e Sul a ocorrência de patologias é da ord<strong>em</strong> de 50% nas edificaçõespesquisa<strong>das</strong>.Quadro 3 - Facha<strong>das</strong> estuda<strong>das</strong>Obra AFacha<strong>das</strong> Norte, Leste e OesteObra BFacha<strong>das</strong> Sul e OesteObra CFacha<strong>das</strong> Norte, Sul e Oeste,Obra DFacha<strong>das</strong> Sul e Oeste4.1.3. Informações coleta<strong>das</strong> nas entrevistas realiza<strong>das</strong> com engenheiros <strong>das</strong> obrasA falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre o uso de argamassaindustrializada, ou seja, fator água argamassa e t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto por parte dosassentadores que os levaram a produzir grande quantidade de argamassa e a puxar panosinadequados e ausência de juntas de movimentação e dessolidarização foram apontadospor todos os engenheiros entrevistados como fatores que contribuíram para a incidência depatologias. O quadro 4 sintetiza as informações forneci<strong>das</strong> na entrevista pelo engenheiro decada obra.Comunidade da Construção - Fortaleza 29


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASQuadro 4 - Informações forneci<strong>das</strong> na entrevista pelo engenheirode cada obraObra AO processo de descolamento teve início no ano de 2001;Cerâmicas utiliza<strong>das</strong>: Cerâmica Gail de 24x11,6 cm, nas cores Branco brilhante e VermelhoFlash;Argamassa de Assentamento.Executada na Obra: Cimento + Areia grossa + Concentrado OBETraço: <strong>em</strong> peso, 5kg : 12,5kg : 0,15kgNão houve treinamento específico para capacitação da mão de obra;Quando da execução <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> não foram previstas juntas de movimentação(horizontais e verticais) e dessolidarização;Foram executa<strong>das</strong> posteriormente juntas de movimentação horizontal quando dosurgimento dos descolamentos com a utilização de Mástique à base de Poliuretano.Já foram detectados e corrigidos <strong>em</strong> torno de 5% de descolamento nas 04 <strong>facha<strong>das</strong></strong>, commaior incidência nas cerâmicas Gail de 24x11,6 cm <strong>em</strong> Vermelho Flash;Argamassa de rejunte tipo rígida;Executada na obra. Cimento + Areia grossa (1:3)Falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre, fator água cimento e t<strong>em</strong>po <strong>em</strong>aberto por parte dos assentadores que os levaram a produzir grande quantidade deargamassa e a puxar grandes panos;Chapisco convencional;Executado na obra: Cimento + Areia grossa (1:3)Emboço;Executado na obra: Cimento + Areia grossa (1:5) + 200ml de Alvenarit.Obra BA processo de descolamento teve início antes da entrega da obra;Cerâmica utilizada: Cecrisa de 10 x 10 cm nas cores: branca e cinza;Argamassa utilizada: Argamassa Industrial Carbomil Tipo ACII;Não houve treinamento específico para capacitação da mão de obra;Deficiência no processo construtivo por falta de conhecimento por parte dos operários sobrea utilização de argamassa industrializada;Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização;Os probl<strong>em</strong>as ocorridos na obra já foram objeto de <strong>estudo</strong> pela Consultare <strong>em</strong> março de2000.Comunidade da Construção - Fortaleza 30


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASObra CFoi realizada intervenção nas <strong>facha<strong>das</strong></strong> com três anos de conclusão do <strong>em</strong>preendimento;Fachada Norte apresentou maior incidência de descolamento de cerâmica sendonecessária a sua total substituição;As Facha<strong>das</strong> Oeste e Leste foram substituí<strong>das</strong> to<strong>das</strong> as áreas que apresentaram algumaconcentração de cerâmicas com som cavo, característico de perda de aderência,obedecendo ao relatório apresentado pelo condomínio;Estimou -se que cerca de 35% do <strong>revestimento</strong> gail <strong>em</strong> to<strong>das</strong> as Facha<strong>das</strong> apresentouprobl<strong>em</strong>a e teve que ser substituído;Argamassa utilizada na execução <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> ACII, fabricante Rejuntamix;Falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre o uso de argamassaindustrializada, fator água argamassa e t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto por parte dos assentadores queos levaram a produzir grande quantidade de argamassa e a puxar grandes panos;Não execução de juntas de movimentação e dessolidarização quando da execução <strong>das</strong><strong>facha<strong>das</strong></strong>;Não selag<strong>em</strong> nos contornos <strong>das</strong> janelas permitindo a infiltração de água de chuva;Foram executa<strong>das</strong> na recuperação juntas <strong>em</strong> to<strong>das</strong> as <strong>facha<strong>das</strong></strong> a cada três pavimentos naparte superior <strong>das</strong> vigas.Obra DA argamassa utilizada na execução <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> foi argamassa cola;Foram realiza<strong>das</strong> 03 (três) intervenções na parte curva <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> Oeste/ Sul, na áreaonde foi assentada cerâmica de marca CECRISA de 10 x 10 cm, cor verde. A 1ªintervenção <strong>em</strong> fevereiro de 2001, a 2ª <strong>em</strong> agosto de 2003 e a 3ª <strong>em</strong> outubro de 2003;Quando da 2ª Intervenção de recuperação foram substituí<strong>das</strong> cerca de 400 peças dacerâmica CECRISA;Na 2ª intervenção foi aplicada argamassa colante AC III;A fachada oeste apresenta, nas áreas onde foram assenta<strong>das</strong> as cerâmicas de marca PortoBelo de 10 x 10 cm, cor branca, descolamento sendo necessária substituição de algumaspeças;Falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre o uso de argamassaindustrializada, ou seja, fator água argamassa e t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto por parte dosassentadores que os levaram a produzir grande quantidade de argamassa e a puxar panosinadequados;Não foram executa<strong>das</strong> juntas de movimentação e dessolidarização quando da execução<strong>das</strong> Facha<strong>das</strong>;Foram executa<strong>das</strong> juntas de movimentação, quando da recuperação, na parte curvaFachada Oeste/ Sul e <strong>em</strong> parte da Fachada Leste, região extr<strong>em</strong>a com a Fachada Norte.4.1.4. Ensaios laboratoriaisOs quadros 5, 6, 7 e 8 mostram os resultados dos ensaios laboratoriais utilizados no <strong>estudo</strong>.Comunidade da Construção - Fortaleza 31


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASQuadro 5 - Resultados dos ensaios laboratoriais utilizados no<strong>estudo</strong> da - Obra A.ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIAAmostranºLocal do ensaioResistência aaderênciaMPa01 Fachada Norte 0,26 50% B02 Fachada Norte 0,03 25% B03 Fachada Sul - 35% ALocal de ruptura04 Fachada Sul 0,15 10% B e 70% D05 Fachada Sul 0,41 30%A, 20% C e 50%D06 Fachada Sul 0,03 30% A07 Fachada Sul 0,35 100% D08 Fachada Sul - 50% A09 Fachada Leste 0,23 100% D10 Fachada Leste 0,04 100% DObs.:A - Ruptura na interface placa cerâmica / argamassa de assentamentoB - Ruptura no interior da argamassa de assentamentoC - Ruptura na interface argamassa de assentamento /substrato(<strong>em</strong>boço)D - Ruptura no interior da argamassa do substrato (<strong>em</strong>boço)Obs.: 02 Corpos de prova não registraram carregamento.Obs.: Historicamente a cerâmica Gaill apresenta valores de Absorção <strong>em</strong> torno de 2,5%e a Expansão Higroscópica 0,015 mm/m.Comunidade da Construção - Fortaleza 32


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASQuadro 6 - Resultados dos ensaios laboratoriais utilizados no<strong>estudo</strong> da Obra B.ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIAAmostra nºLocal do ensaioResistência aaderênciaMPaLocal de ruptura01 Torre Esquerda * 96% (d)/ 4% (c)02 Fachada Principal 0,28 11% (b)/87 (d)/ 2% ( a)03 Torre Direita 0,03 31% (a)/ 6% (b)/ 63 (c)04 Fachada Principal 0,10 100% (a) **05 Fachada Principal *** 100% (a)**06 Fachada Principal 0,21 23% (a)/ 77% (c)Obs.:Absorção* Ruptura após o corte, ** Ausência de esmagamento completo doscordões, ***Ruptura da placa no início da aplicação da carga.ºCERÂMICA AMOSTRA N VALOR (%)ExpansãoHigroscópicaCERÂMICA AMOSTRA NºEPUOCORRIDA(mm/m)Cinza 01 0,50 0,25Cinza 02 1,02 0,48Cinza 03 0,90 0,30Cinza 04 0,87 0,22Cinza 05 0,50 0,10Branca 07 1,14 0,47Branca 089 1,12 0,47Branca 07 1,17 0,69Branca 08 0,99 0,53Branca 10 1,10 0,50EPU(mm/m)Obs.: Os ensaios de Aderência e EPU foram fornecidos pela Construtora - relatório daConsultare.Comunidade da Construção - Fortaleza 33


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASQuadro 7 - Resultados dos ensaios laboratoriais utilizados no<strong>estudo</strong> da Obra C.ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIAAmostra nºLocal do ensaioResistência aaderênciaMPa01 Fachada Sul 0,71 100 % ALocal de ruptura02 Fachada Sul 0,44 020% A / 030 % C03 Fachada Sul 0,63 100% A04 Fachada Sul 0,68 100 % A05 Fachada Oeste 0,33 100 % A06 Fachada Oeste 0,49 100 % A07 Fachada Oeste 0,41 050 % C08 Fachada Oeste 0,08 020% A/ 040% BObs.:A - Ruptura no interior da argamassa de <strong>em</strong>boçoB - Ruptura na interface da placa cerâmica / argamassa de <strong>em</strong>boçoC - Ruptura no interior da argamassa colanteObs.: 02 Corpos de prova foram arrancados pelos operários daColméia.Obs.1: Historicamente a cerâmica Gail apresenta valores de Absorção <strong>em</strong> torno de2,5% e a Expansão Higroscópica. <strong>em</strong> torno de 0,015 mm/mPara se ter uma noção da situação da atual <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> realizou -se nas <strong>facha<strong>das</strong></strong> oeste esul ensaios de aderência do <strong>revestimento</strong> Gail cor telha, dispensando -se os ensaioslaboratoriais de Absorção e Expansão por Umidade devido o conhecimento prévio,comprovado <strong>em</strong> laboratório, dos resultados dos ensaios com relação a cerâmica Gaill quegiram <strong>em</strong> torno de 2,5% de absorção e baixa expansão por umidade, estando de acordocom às diretrizes da Norma NBR -13818/97.Comunidade da Construção - Fortaleza 34


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASQuadro 8 - Resultados dos ensaios laboratoriais utilizados no<strong>estudo</strong> da obra C.ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIAAmostra nºLocal do ensaioResistência aaderênciaMPa01 Fachada Oeste 0,23 100 A02 Fachada Oeste 0,36 100 A03 Fachada Oeste 0,77 100 A04 Fachada Oeste 0,22 100 A05 Fachada Oeste 0,15 100 A06 Fachada Norte 0,21 100 BLocal de ruptura07 Fachada Oeste 0,49 080 B/ 020 C08 Fachada Oeste 0,93 060 A/ 020 C09 Fachada Norte 0,64 050 A/ 010 B/ 015 C10 Fachada Norte 1,18 080 A/ 010 CObs.:AbsorçãoA - Ruptura no interior da argamassa de <strong>em</strong>boçoB - Ruptura na interface da placa cerâmica / argamassa de <strong>em</strong>boçoC - Ruptura no interior da argamassa colanteRelatório de Ensaio - DITEC Nº 1899, ANEXO.ºCERÂMICA Amostra Nº VALOR MÉDIO(%)Porto Belo 9,5x9,5 cm 10 0,7Cecrisa 9,5x9,5 cm 08 3,2ExpansãoHigroscópicaCERÂMICA Amostra NºCEMINA / Ouro Velho9,5 X 9,5 CMPorto Belo, Pantanal 9,5X 9,5 CMEPUOcorrida(mm/m)05 Unidades 0,08 0,1005 Unidades 0,00 0,00EPU(mm/m)Conforme os resultados dos ensaios de Expansão por Umidade, realizados pelolaboratório do SENAI / São Bernardo do Campo, <strong>em</strong> anexo, os valores máximos de0,1 mm/m para a cerâmica CEMINA/ OURO VELHO 9,5 X 9,5 CM, 0,00 mm/m paracerâmica PORTO BELO, PANTANAL 9,5 X 9,5 CM, estão <strong>em</strong> conformidade com aNBR -13818 que admit<strong>em</strong> valores inferiores a 0,6 mm/m, não sendo pois a causadeterminante para o descolamento <strong>das</strong> cerâmicas da fachada.Comunidade da Construção - Fortaleza 35


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS4.1.5. Diagnóstico dos probl<strong>em</strong>asOs principais fatores dos destacamentos ocorridos nas edificações pesquisa<strong>das</strong>,considerando as informações obti<strong>das</strong> através <strong>das</strong> entrevistas realiza<strong>das</strong> com osengenheiros, as observações visuais e os ensaios executados são sintetizados no quadro 9Quadro 9 - Diagnóstico dos probl<strong>em</strong>as de <strong>revestimento</strong> nasFacha<strong>das</strong> estuda<strong>das</strong>Obra AA baixa aderência do <strong>revestimento</strong> cerâmico a argamassa de assentamento. O baixodes<strong>em</strong>penho da argamassa de assentamento foi ocasionado por vários motivos, dentre osquais se destaca a falta de capacitação da mão de obra que levaram a: abertura de grandespanos; não observância do t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto e adição <strong>em</strong> excesso de água deamassamento por parte dos assentadores de cerâmica. Podendo constar nos resultados deaderência, onde 85 % dos valores encontram -se abaixo de 0,30 MPa;Baixa resistência da argamassa de <strong>em</strong>boço;Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR -13755/96recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo a critérios pré -determinados;Não preenchimento adequado do tardoz da cerâmica Gail (colocação de argamassa notardoz para garantir a aderência mecânica as garras), conforme recomendação da NBR13755/97. Soma -se a esse fato a falta de aderência física pela aplicação de argamassa deassentamento inadequada, sobre uma cerâmica de baixa absorção, constatado durante arealização dos ensaios de aderência.Comunidade da Construção - Fortaleza 36


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASObra BEspecificação inadequada do <strong>revestimento</strong> cerâmico. Tal fato foi comprovado pelosresultados dos ensaios de EPU fornecidos que apontam para valores acima do permitidopela NBR 13818/97, que são da ord<strong>em</strong> de 0,6 mm/m. A excessiva expansão provoca oaumento <strong>das</strong> tensões no <strong>revestimento</strong> e pod<strong>em</strong> ocasionar o colapso do <strong>revestimento</strong>.A baixa aderência do <strong>revestimento</strong> cerâmico a argamassa de assentamento Os resultadosdos ensaios mostram que dos 06 (seis) executados no <strong>revestimento</strong> cerâmico todos foraminferiores a 0,30 MPa, ou seja 100%, abaixo do valor estabelecido pela NBR 13755/96. Obaixo des<strong>em</strong>penho da argamassa de assentamento foi ocasionado por vários motivos,dentre os quais se destacam a falta de capacitação da mão de obra que possivelmentelevaram a: abertura de grandes panos (segundo informações obti<strong>das</strong> durante a vistoria);não observância do t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto e adição <strong>em</strong> excesso de água de amassamento porparte dos assentadores de cerâmica;Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR -13755/96recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo aos critérios pré -determinados.Deficiência no assentamento, pois as cerâmicas não apresentaram o preenchimentoadequado do tardoz quando do assentamento, conforme recomendação da NBR 13755/97.Obra CA baixa aderência do <strong>revestimento</strong> cerâmico a argamassa de assentamento. O baixodes<strong>em</strong>penho da argamassa de assentamento foi ocasionado por vários motivos, dentre osquais se destaca a falta de capacitação da mão de obra que levaram a: abertura de grandespanos; não observância do t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto e adição <strong>em</strong> excesso de água deamassamento por parte dos assentadores de cerâmica;Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR -13755/96recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo a critérios pré -determinados;Não preenchimento adequado do tardoz da cerâmica Gail (colocação de argamassa notardoz para garantir a aderência mecânica as garras), conforme recomendação da NBR13755/97. Soma -se a esse fato a falta de aderência física pela aplicação inadequada daargamassa de assentamento sobre uma cerâmica de baixa absorção;Não selag<strong>em</strong> nos contornos <strong>das</strong> janelas permitindo a infiltração de água de chuva eaceleração do processo de degradação do <strong>revestimento</strong>.Resultados dos ensaios nos locais recuperados.Os resultados dos ensaios mostram que dos 08 (oito) executados no <strong>revestimento</strong> cerâmico01 (um) apresentou resultado inferior a 0,30 MPa, ou seja 8%, abaixo do valor estabelecidopela NBR 13755/96.Comunidade da Construção - Fortaleza 37


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASObra DA baixa aderência do <strong>revestimento</strong> cerâmico a argamassa de assentamento. Os resultadosdos ensaios mostram que dos 10 (dez) executados no <strong>revestimento</strong> cerâmico, 04 (quatro)apresentaram valores inferiores a 0,30 MPa, ou seja 40%, abaixo do valor estabelecido pelaNBR 13755/96. O baixo des<strong>em</strong>penho da argamassa de assentamento foi ocasionado porvários motivos, dentre os quais se destacam a falta de capacitação da mão de obra quelevaram a abertura de grandes panos; não observância do t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto e adição <strong>em</strong>excesso de água de amassamento por parte dos assentadores de cerâmica. Tambémcontribui para o baixo des<strong>em</strong>penho da argamassa a sua especificação inadequada, paracerâmicas de baixa absorção;Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR -13755/96recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo a critérios pré -determinados.Deficiência no assentamento, pois as cerâmicas não apresentaram o preenchimentoadequado do tardoz quando do assentamento, conforme recomendação da NBR 13755/97.Comunidade da Construção - Fortaleza 38


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS5. CONSIDERAÇÕES FINAISOs resultados do <strong>estudo</strong> mostraram que apenas duas <strong>em</strong>presas não apresentam probl<strong>em</strong>asde patologia nos <strong>revestimento</strong>s cerâmicos <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong>. Sendo que uma delas utiliza ométodo de assentamento de cerâmica úmido sobre úmido, e a outra argamassaindustrializada. To<strong>das</strong> as d<strong>em</strong>ais utilizam este segundo método, entretanto a <strong>em</strong>presa quenão registrou patologias elabora o projeto de produção do <strong>revestimento</strong> externo e t<strong>em</strong>controle do processo.A partir dos dados analisados sobre as fundações e estruturas <strong>das</strong> edificações estuda<strong>das</strong>,não foi possível constatar interferência dos aspectos estruturais nas patologias dos<strong>revestimento</strong>s de <strong>facha<strong>das</strong></strong>. A pesquisa direciona para a necessidade de <strong>estudo</strong>s nessalinha.No que diz respeito aos projetos, ficou evidente a necessidade de elaboração de projetos de<strong>revestimento</strong> detalhados. Certamente as diretrizes de projetos desenvolvidos no programade melhoria serão úteis neste processo de aprimoramento.Na fase de planejamento, ficou evidente a necessidade de uma série de procedimentos quecertamente influenciarão na redução <strong>das</strong> patologias dos <strong>revestimento</strong>s de <strong>facha<strong>das</strong></strong>. Aexperiência da execução monitorada do <strong>revestimento</strong> de <strong>facha<strong>das</strong></strong> na obra do minicase seráútil para as <strong>em</strong>presas que quiser<strong>em</strong> melhorar neste aspecto.A fase de suprimento e de produção indica a necessidade de maior controle e o treinamentocomo uma alternativa viável por se tratar de mão -de -obra própria na sua maioria.O <strong>estudo</strong> não permitiu concluir sobre a influência da cor, <strong>das</strong> dimensões e da existência deesmalte de cerâmica utilizada nas <strong>causas</strong> <strong>das</strong> patologias. A pesquisa evidenciou anecessidade de aprofundamentos sobre este aspecto .Em síntese a pesquisa indicou a necessidade de:• Execução e melhoria de qualidade dos projetos de <strong>revestimento</strong>;• Melhoria do controle <strong>das</strong> fases de planejamento, suprimentos, produção e;• Treinamento do pessoal envolvido com <strong>revestimento</strong> de <strong>facha<strong>das</strong></strong>.Comunidade da Construção - Fortaleza 39


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASA ausência de juntas de movimentação e dessolidarização longitudinal e/ou transversal edeficiência no assentamento <strong>das</strong> cerâmicas foram considerados fatores críticos nodescolamento <strong>das</strong> cerâmicas. Isto significa que a elaboração do projeto de fachada e acapacitação dos assentadores são ações necessárias para evitar que este tipo de probl<strong>em</strong>avolte a acontecer. A introdução de juntas planeja<strong>das</strong> ajuda a minimizar as patologiasexistentes.Comunidade da Construção - Fortaleza 40


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS6. BIBLIOGRAFIAASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13817: Placas cerâmicaspara <strong>revestimento</strong> - Classificação. Rio de Janeiro, 1997.___. NBR 13818: Placas cerâmicas para <strong>revestimento</strong> - Especificação e métodos de ensaios.Rio de Janeiro, 1997.___. NBR 1408: Argamassa colante industrializada para assentamento de placas de cerâmica -Especificação. Rio de Janeiro, 1998.___. NBR 13753: Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e comutilização de argamassa colante - Procedimento. Rio de Janeiro, 1996.___. NBR 13754: Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização deargamassa colante - Procedimento. Rio de Janeiro, 1996.BAÍA, L.L.M.; SABATTINI, F.H. Projeto e execução de <strong>revestimento</strong> de argamassa. ColeçãoPrimeiros Passos da Qualidade no Canteiros de Obras. São Paulo: O Nome da Rosa Editora, 2000.BARROS, M.M.S.B. ET AL. Recomendações para produção de <strong>revestimento</strong>s cerâmicos paraparedes de vedação <strong>em</strong> alvenaria. São Paulo: Projeto EPUSP/ SENAI, 1998.CAMPANTE, E. F. Metodologia para diagnóstico, prevenção e recuperação de manifestaçõespatológicas <strong>em</strong> <strong>revestimento</strong> cerâmico de <strong>facha<strong>das</strong></strong>. São Paulo, 2001. Tese de Doutorado,Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.MEDEIROS, J.S. Tecnologia e projetos de <strong>revestimento</strong>s cerâmicos de <strong>facha<strong>das</strong></strong> de edifícios.São Paulo, 1999.Tese de Doutorado, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.SABBATINI, F.H. Tecnologia de produção de <strong>revestimento</strong>s cerâmicos: PCC 831. São Paulo,1995. (Notas de aula do curso de Pós -Graduação).SABBATINI, F.H. Tecnologia de produção de <strong>revestimento</strong>s cerâmicos: PCC 5831. São Paulo,1999. (Notas de aula do curso de Pós -Graduação).SABBATINI, F.H.; BARROS, M.M.S.B. Recomendações para produção de <strong>revestimento</strong>scerâmicos para paredes de vedação <strong>em</strong> alvenaria. São Paulo: EPUSP/CPqDCC/ENCOL,1990.(Relatório Técnico R6 -06/90).Comunidade da Construção - Fortaleza 41


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASAnexo 1 - Estudo de Caso da Patologia - Construtora MarquisePROGRAMA COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃOPROJETO: Programa de Melhoria de Rev. Cerâmico <strong>em</strong> Fachada – Comunidade daConstrução – FortalezaEMPRESA: Construtora MarquiseOBRA VISTORIADA: Mercado Central de FortalezaENDEREÇO: Alberto Nepomuceno S/N 1998ENGº RESPONSÁVEL: Renan RolimDATA DE CONCLUSÃO1.0 – OBJETIVO:Avaliação e diagnóstico do des<strong>em</strong>penho do <strong>revestimento</strong> cerâmico <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> doEdifício Mercado Central de Fortaleza2.0 – CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO:O Mercado Central de Fortaleza localizado na Avenida Alberto Nepomuceno S/N –Centro – Fortaleza – Ceará, foi construído <strong>em</strong> concreto armado convencional, comestacionamento <strong>em</strong> pilotis e 02 pavimentos tipo. A construção foi concluída e posta <strong>em</strong>uso no ano 2000.As <strong>facha<strong>das</strong></strong> do edifício foram revesti<strong>das</strong> com Cerâmica Cecrisa de 10 x 10 cm, nascores branca e cinza e esquadrias <strong>em</strong> alumínio e vidros.3.0 – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES:O trabalho de vistoria técnica e elaboração de relatório final foram realizados pelosEngenheiros Civis José Ramalho Torres, Roney Sérgio Marinho de Moura e MariaAridenise Macena Fontenele. Os trabalhos de vistoria foram concentrados nasFacha<strong>das</strong> Sul e Oeste, nas regiões onde ocorreram os probl<strong>em</strong>as de descolamento decerâmica, e envolveram tão somente observações visuais e coleta de informações eensaios realizados.Comunidade da Construção - Fortaleza 42


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS4.0 – INFORMAÇÕES COLETADAS:Conforme informações obti<strong>das</strong> junto ao Engº Renan Rolim, da Construtora Marquise:• A processo de descolamento teve início antes da entrega da obra;• Cerâmica utilizada: Cecrisa de 10 x 10 cm nas cores: branca e cinza;• Argamassa utilizada: Argamassa Industrial Carbomil Tipo ACII;• Não houve treinamento específico para capacitação da mão de obra;• Deficiência no processo construtivo por falta de conhecimento por parte dosoperários sobre a utilização de argamassa industrializada;• Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização;• Os probl<strong>em</strong>as ocorridos na obra do Mercado Central já foram objeto de <strong>estudo</strong> pelaConsultare <strong>em</strong> março de 2000.Obs.: Os ensaios de Aderência e EPU foram fornecidos pela Construtora Marquise.4.0 – ENSAIOS:4.1 – ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIAAMOSTRA NºLOCAL DOENSAIORESISTÊNCIA AADERÊNCIA MPaLOCAL DE RUPTURA01 Torre Esquerda * 96% (d)/ 4% (c)02 Fachada Principal 0,28 11% (b)/87 (d)/ 2% ( a)03 Torre Direita 0,03 31% (a)/ 6% (b)/ 63 (c)04 Fachada Principal 0,10 100% (a) **05 Fachada Principal *** 100% (a)**06 Fachada Principal 0,21 23% (a)/ 77% (c)Obs.:4.2 –Absorção* Ruptura após o corte, ** Ausência de esmagamento completo doscordões, ***Ruptura da placa no início da aplicação da carga.ºCERÂMICA AMOSTRA N VALOR (%)4.3 –ExpansãoHigroscópicaCERÂMICA AMOSTRA NºEPU Ocorrida(mm/m)Cinza 01 0,50 0,25Cinza 02 1,02 0,48Cinza 03 0,90 0,30Cinza 04 0,87 0,22Cinza 05 0,50 0,10Branca 07 1,14 0,47Branca 089 1,12 0,47Branca 07 1,17 0,69Branca 08 0,99 0,53Branca 10 1,10 0,50EPU (mm/m)Comunidade da Construção - Fortaleza 43


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS5 0 – DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS:Com base nas informações obti<strong>das</strong> através do Engº Renan, nas observações visuais, eensaios realizados pod<strong>em</strong>-se afirmar que os principais fatores dos destacamentosocorridos no Mercado Central foram:• Especificação inadequada do <strong>revestimento</strong> cerâmico. Tal fato foi comprovado pelosresultados dos ensaios de EPU fornecidos que apontam para valores acima dopermitido pela NBR 13818/97, que são da ord<strong>em</strong> de 0,6 mm/m. A excessivaexpansão provoca o aumento <strong>das</strong> tenções no <strong>revestimento</strong> e pod<strong>em</strong> ocasionar ocolapso do <strong>revestimento</strong>.• A baixa aderência do <strong>revestimento</strong> cerâmico a argamassa de assentamento Osresultados dos ensaios mostram que dos 06 (seios) executados no <strong>revestimento</strong>cerâmico todos foram inferiores a 0,30 MPa, ou seja 100%, abaixo do valorestabelecido pela NBR 13755/96. O baixo des<strong>em</strong>penho da argamassa deassentamento foi ocasionado por vários motivos, dentre os quais se destacam afalta de capacitação da mão de obra que possivelmente levaram a: abertura degrandes panos (segundo informações obti<strong>das</strong> durante a vistoria); não observânciado t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto e adição <strong>em</strong> excesso de água de amassamento por parte dosassentadores de cerâmica;• Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR-13755/96recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo aos critériospré-determinados.• Deficiência no assentamento, pois as cerâmicas não apresentaram opreenchimento adequado do tardoz quando do assentamento, conformerecomendação da NBR 13755/97.Engª Na 2ª intervenção foi aplicadaargamassa colanteC.R.E.A. 10428 - DEngº Roney Sérgio Marinho de MouraC.R.E.A. 4599 - DEngº José Ramalho TorresC.R.E.A. 5817 - DComunidade da Construção - Fortaleza 44


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASDOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICAComunidade da Construção - Fortaleza 45


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASFOTO 01 – DESCOLAMENTO DA CERÂMICA POR DEFICIÊNCIA DA ARGAMASSA DEASSENTAMENTO E/OU EXPANSÃO DA CERÂMICA, FACHADA OESTE, CAIXAD’ÁGUAComunidade da Construção - Fortaleza 46


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASFOTO 02 – DESCOLAMENTO DA CERÂMICA POR DEFICIÊNCIA DA ARGAMASSA DEASSENTAMENTO E/ OU EXPANSÃO DA CERÂMICA, FACHADA LESTEFOTO 03 – DESCOLAMENTO DACERÂMICA POR DEFICIÊNCIA DAARGAMASSA DE ASSENTAMENTO,FACHADA OESTEFOTO 05 – AUSÊNCIA DE JUNTAS DEMOVIMENTAÇÃO E DESCOLAMENTO DACERÂMICA POR DEFICIÊNCIA DAARGAMASSA DE ASSENTAMENTO E/OUComunidade da Construção - Fortaleza 47


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASEXPANSÃO DO REVESTIMENTO,FACHADA OESTEFOTO 04 – DESCOLAMENTO POREXPANSÃO DA CERÂMICA NA FACHADAOESTEComunidade da Construção - Fortaleza 48


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASAnexo 2 - Estudo de Caso da Patologia - Construtora ColméiaPROGRAMA COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃOPROJETO: Programa de Melhoria de Rev. Cerâmico <strong>em</strong> Fachada – Comunidadeda Construção – FortalezaEMPRESA: Construtora ColmeiaOBRA VISTORIADA: Edifício Forest ParkDATA DE CONCLUSÃOENDEREÇO: Rua Ana Bilhar nº 522 – Meireles julho de 1999ENGº RESPONSÁVEL: Engº Walmir Esmeraldo Virgíneo1.0 – OBJETIVO:Avaliação e diagnóstico do des<strong>em</strong>penho do <strong>revestimento</strong> cerâmico <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> doEdifício Forest Park.2.0 – CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO:O Edifício Forest Park localizado à Rua Ana Bilhar nº 522 – Meireles - Fortaleza -Ceará, foi construído <strong>em</strong> concreto armado convencional, com garagens no subsolopavimento térreo, mezanino, 23 pavimentos tipo e cobertura. A construção foi concluídae posta <strong>em</strong> uso <strong>em</strong> julho de 1999.As <strong>facha<strong>das</strong></strong> do edifício foram revesti<strong>das</strong> com cerâmica: Gaill na cores telha nasdimensões de 12 x 24 cm e Porto Belo na cor branca de 10 x 10 cm e esquadrias <strong>em</strong>alumínio e vidros.3.0 – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES:O trabalho de vistoria técnica e elaboração de relatório final foram realizados pelosEngenheiros Civis José Ramalho Torres, Roney Sérgio Marinho de Moura e MariaAridenise Macena Fontenele. Os trabalhos de vistoria foram concentrados nasFacha<strong>das</strong> Norte, Sul e Oeste, nas regiões onde ocorreram os probl<strong>em</strong>as dedescolamento de cerâmica, e envolveu tão somente observações visuais, coleta deinformações e realização de ensaios de aderência.Comunidade da Construção - Fortaleza 49


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS4.0 – INFORMAÇÕES COLETADAS:Conforme informações obti<strong>das</strong> junto ao Engº Walmir Esmeraldo Virgíneo, ConstrutoraColméia;• Foi realizada intervenção nas <strong>facha<strong>das</strong></strong> com três anos de conclusão do<strong>em</strong>preendimento;• Fachada Norte apresentou maior incidência de descolamento de cerâmica sendonecessária a sua total substituição;• As Facha<strong>das</strong> Oeste e Leste foram substituí<strong>das</strong> to<strong>das</strong> as áreas que apresentaramalguma concentração de cerâmicas com som cavo, característico de perda deaderência, obedecendo ao relatório apresentado pelo condomínio;• Estimou-se que cerca de 35% do <strong>revestimento</strong> gail <strong>em</strong> to<strong>das</strong> as Facha<strong>das</strong>apresentou probl<strong>em</strong>a e teve que ser substituído;• Argamassa utilizada na execução <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> ACII, fabricante Rejuntamix;• Falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre o uso de argamassaindustrializada, fator água argamassa e t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto por parte dosassentadores que os levaram a produzir grande quantidade de argamassa e apuxar grandes panos;• Não execução de juntas de movimentação e dessolidarização quando da execução<strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong>;• Não selag<strong>em</strong> nos contornos <strong>das</strong> janelas permitindo a infiltração de água de chuva;• Foram executa<strong>das</strong> na recuperação juntas <strong>em</strong> to<strong>das</strong> as <strong>facha<strong>das</strong></strong> a cada trêspavimentos na parte superior <strong>das</strong> vigas.Para se ter uma noção da situação da atual <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> realizou-se nas <strong>facha<strong>das</strong></strong>oeste e sul ensaios de aderência do <strong>revestimento</strong> Gail cor telha, dispensando-se osensaios laboratoriais de Absorção e Expansão por Umidade devido o conhecimentoprévio, comprovado <strong>em</strong> laboratório, dos resultados dos ensaios com relação acerâmica Gaill que giram <strong>em</strong> torno de 2,5% de absorção e baixa expansão porumidade, estando de acordo com às diretrizes da Norma NBR-13818/97.Comunidade da Construção - Fortaleza 50


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS4.0 – ENSAIOS:4.1 – ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIAAMOSTRA Nº 7. LOCAL DO RESISTÊNCIA LOCAL DE RUPTURAENSAIOA ADERÊNCIAMPa01 Fachada Sul 0,71 100 A02 Fachada Sul 0,44 020 A / 030 C03 Fachada Sul 0,63 100 A04 Fachada Sul 0,68 100 A05 Fachada Oeste 0,33 100 A06 Fachada Oeste 0,49 100 A07 Fachada Oeste 0,41 050 C08 Fachada Oeste 0,08 020 A/ 040 B0910Obs.:4.2 –AbsorçãoA – Ruptura no interior da argamassa de <strong>em</strong>boçoB – Ruptura na interface da placa cerâmica/argamassa de <strong>em</strong>boçoC – Ruptura no interior da argamassa colanteObs.: 02 Corpos de prova foram arrancados pelos operários daColmeia.ºCERÂMICA AMOSTRA N VALOR (%)CERÂMICA AMOSTRA NºEPUOCORRIDA(mm/m)EPU(mm/m)4.3 –ExpansãoHigroscópicaObs.1: Historicamente a cerâmica Gail apresenta valores de Absorção <strong>em</strong> torno de2,5% e a Expansão Higroscópica. <strong>em</strong> torno de 0,015 mm/mComunidade da Construção - Fortaleza 51


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS5 0 – DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS:Com base nas informações obti<strong>das</strong> através do Engº Walmir Esmeraldo Virgíneo e nasobservações visuais e nos ensaios executados, pod<strong>em</strong>-se afirmar que os principaisfatores dos destacamentos ocorridos no Edifício Forest Park foram:• A baixa aderência do <strong>revestimento</strong> cerâmico a argamassa de assentamento. Obaixo des<strong>em</strong>penho da argamassa de assentamento foi ocasionado por váriosmotivos, dentre os quais se destaca a falta de capacitação da mão de obra quelevaram a: abertura de grandes panos; não observância do t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto eadição <strong>em</strong> excesso de água de amassamento por parte dos assentadores decerâmica;• Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR-13755/96recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo a critériospré-determinados;• Não preenchimento adequado do tardoz da cerâmica Gail (colocação de argamassano tardoz para garantir a aderência mecânica as garras), conforme recomendaçãoda NBR 13755/97. Soma-se a esse fato a falta de aderência física pela aplicaçãoinadequada da argamassa de assentamento sobre uma cerâmica de baixaabsorção;• Não selag<strong>em</strong> nos contornos <strong>das</strong> janelas permitindo a infiltração de água de chuva eaceleração do processo de degradação do <strong>revestimento</strong>.Resultados dos ensaios nos locais recuperados.• Os resultados dos ensaios mostram que dos 08 (oito) executados no <strong>revestimento</strong>cerâmico 01 (um) apresentou resultado inferior a 0,30 MPa, ou seja 8%, abaixo dovalor estabelecido pela NBR 13755/96.Engª Maria Aridenise Macena FonteneleC.R.E.A. 10428 - DEngº José Ramalho TorresC.R.E.A. 5817 - DEngº Roney Sérgio Marinho de MouraC.R.E.A. 4599 - DComunidade da Construção - Fortaleza 52


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASDOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICAComunidade da Construção - Fortaleza 53


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASFOTO 01 – DETALHE DE JUNTA EXECUTADA DURANTE A RECUPERAÇÃOFOTO 02 – NÃO SELAGEM DOS CONTORNOS DAS JANELAS PERMITINDO AINFILTRAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA E MARCAÇÃO EM CERÂMICAS COM SOM CAVO,NÃO SUBSTITUÍDAS, FACHADA SULComunidade da Construção - Fortaleza 54


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASFOTO 03 – SINAIS VISÍVEIS DERECUPERAÇÃO RECENTE, FACHADASULFOTO 05 – PREPARAÇÃO DE CORPO DEPROVA PARA ENSAIO DE ADERÊNCIA,FACHADA OESTEFOTO 04 – PREPARAÇÃO DE CORPO DEPROVA PARA ENSAIO DE ADERÊNCIA,FACHADA SULComunidade da Construção - Fortaleza 55


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASAnexo 3 - Estudo de Caso da Patologia - Construtora KonnenPROGRAMA COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃOPROJETO: : Programa de Melhoria de Rev. Cerâmico <strong>em</strong> Fachada – Comunidadeda Construção – FortalezaEMPRESA: Construtora Konnen Ltda.OBRA VISTORIADA: Edifício ArezzoDATA DE CONCLUSÃOENDEREÇO: Rua Ana Bilhar nº 979 – Meireles julho de 2000.ENGº RESPONSÁVEL: Engº Mauro Costa1.0 – OBJETIVO:Avaliação e diagnóstico do des<strong>em</strong>penho do <strong>revestimento</strong> cerâmico <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> doEdifício Arezzo.2.0 – CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO:O Edifício Arezzo localizado à Rua Ana Bilhar nº 979 – Meireles - Fortaleza - Ceará, foiconstruído <strong>em</strong> concreto armado convencional, com garagens <strong>em</strong> subsolo e no pilotis e14 (quatorze) pavimentos tipo. A construção foi concluída e posta <strong>em</strong> uso <strong>em</strong> julho de2000.As <strong>facha<strong>das</strong></strong> do edifício foram executa<strong>das</strong> com <strong>revestimento</strong> cerâmico <strong>das</strong> marcasCECRISA na cores verde e dimensões de 10 x 10 cm , Porto Belo na cor branca rajadae dimensões de 10 x 10 cm, e Porto Belo na cor branca lisa e dimensões de 10 x 10cm, pintura <strong>em</strong> textura acrílica e esquadrias <strong>em</strong> alumínio e vidros.3.0 – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES:O trabalho de vistoria técnica e elaboração de relatório final foram realizados pelosEngenheiros Civis José Ramalho Torres, Roney Sérgio Marinho de Moura e MariaAridenise Macena Fontenele. Os trabalhos de vistoria foram concentrados nasFacha<strong>das</strong> Sul e Oeste, nas regiões onde ocorreram os probl<strong>em</strong>as de descolamento decerâmica, e envolveram tão somente observações visuais, coleta de informações erealização de ensaios de aderência e EPU.Comunidade da Construção - Fortaleza 56


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS4.0 – INFORMAÇÕES COLETADAS:Conforme informações obti<strong>das</strong> junto ao Engº Mauro Costa, da Construtora Konnen;A argamassa utilizada na execução <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> foi argamassa cola;Foram realiza<strong>das</strong> 03 (três) intervenções na parte curva <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> Oeste/ Sul, naárea onde foi assentada cerâmica de marca CECRISA de 10 x 10 cm, cor verde. A 1ªintervenção <strong>em</strong> fevereiro de 2001, a 2ª <strong>em</strong> agosto de 2003 e a 3ª <strong>em</strong> outubro de 2003;Quando da 2ª Intervenção de recuperação foram substituí<strong>das</strong> cerca de 400 peças dacerâmica CECRISA;Na 2ª intervenção foi aplicada argamassa colante AC III;A fachada oeste apresenta, nas áreas onde foram assenta<strong>das</strong> as cerâmicas de marcaPorto Belo de 10 x 10 cm, cor branca, descolamento sendo necessária substituição dealgumas peças;Falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre o uso de argamassaindustrializada, ou seja, fator água argamassa e t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto por parte dosassentadores que os levaram a produzir grande quantidade de argamassa e a puxarpanos inadequados;Não foram executa<strong>das</strong> juntas de movimentação e dessolidarização quando daexecução <strong>das</strong> Facha<strong>das</strong>;Foram executa<strong>das</strong> juntas de movimentação, quando da recuperação, na parte curvaFachada Oeste/ Sul e <strong>em</strong> parte da Fachada Leste, região extr<strong>em</strong>a com a FachadaNorte.Comunidade da Construção - Fortaleza 57


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS4.0 – ENSAIOS:4.1 – ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIAAMOSTRA NºLOCAL DO ENSAIORESISTÊNCIAA ADERÊNCIAMPaLOCAL DE RUPTURA01 Fachada Oeste 0,23 100 A02 Fachada Oeste 0,36 100 A03 Fachada Oeste 0,77 100 A04 Fachada Oeste 0,22 100 A05 Fachada Oeste 0,15 100 A06 Fachada Norte 0,21 100 B07 Fachada Oeste 0,49 080 B/ 020 C08 Fachada Oeste 0,93 060 A/ 020 C09 Fachada Norte 0,64 050 A/ 010 B/ 015 C10 Fachada Norte 1,18 080 A/ 010 CObs.: A – Ruptura no interior da argamassa de <strong>em</strong>boçoB – Ruptura na interface da placa cerâmica/argamassa de <strong>em</strong>boçoC – Ruptura no interior da argamassa colanteRelatório de Ensaio - DITEC Nº 1899, ANEXO.ºCERÂMICA AMOSTRA Nº VALOR MÉDIO(%)4.2 –AbsorçãoPorto Belo 9,5x9,5cm10 0,7Cecrisa 9,5x9,5 cm 08 3,2CERÂMICA AMOSTRA NºCEMINA/ OUROVELHO 9,5 X 9,5 CMEPU Ocorrida(mm/m)EPU(mm/m)05 Unidades 0,08 0,104.3 –ExpansãoHigroscópicaPORTO BELO,PANTANAL 9,5 X 9,5CM05 Unidades 0,00 0,00Conforme os resultados dos ensaios de Expansão por Umidade, realizados pelolaboratório do SENAI / São Bernardo do Campo, <strong>em</strong> anexo, os valores máximos de 0,1mm/m para a cerâmica CEMINA/ OURO VELHO 9,5 X 9,5 CM , 0,00 mm/m paracerâmica PORTO BELO, PANTANAL 9,5 X 9,5 CM, estão <strong>em</strong> conformidade com aNBR-13818 que admit<strong>em</strong> valores inferiores a 0,6 mm/m , não sendo pois a causadeterminante para o descolamento <strong>das</strong> cerâmicas da fachada.Comunidade da Construção - Fortaleza 58


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS5 0 – DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS:Com base nas informações obti<strong>das</strong> através do Engº Mauro Costa e nas observaçõesvisuais, pode-se afirmar que os principais fatores dos destacamentos ocorridos noEdifício Arezzo foram:• A baixa aderência do <strong>revestimento</strong> cerâmico a argamassa de assentamento Osresultados dos ensaios mostram que dos 10 (dez) executados no <strong>revestimento</strong>cerâmico, 04 (quatro) apresentaram valore inferiores a 0,30 MPa, ou seja 40%,abaixo do valor estabelecido pela NBR 13755/96. O baixo des<strong>em</strong>penho daargamassa de assentamento foi ocasionado por vários motivos, dentre os quais sedestacam a falta de capacitação da mão de obra que levaram a abertura degrandes panos; não observância do t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto e adição <strong>em</strong> excesso de águade amassamento por parte dos assentadores de cerâmica. Também contribui parao baixo des<strong>em</strong>penho da argamassa a sua especificação inadequada, paracerâmicas de baixa absorção;• Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR-13755/96recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo a critériospré-determinados.• Deficiência no assentamento, pois as cerâmicas não apresentaram opreenchimento adequado do tardoz quando do assentamento, conformerecomendação da NBR 13755/97.Engª Maria Aridenise Macena FonteneleC.R.E.A. 10428 - DEngº José Ramalho TorresC.R.E.A. 5817 - DEngº Roney Sérgio Marinho de MouraC.R.E.A. 4599 - DComunidade da Construção - Fortaleza 59


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASDOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICAComunidade da Construção - Fortaleza 60


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASFOTO 01 – DESCOLAMENTO, POR FALTA DE ADERÊNCIA A ARGAMASSA DEASSENTAMENTO, DA CERÂMICA PORTO BELO BRANCO RAJADOComunidade da Construção - Fortaleza 61


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASFOTO 02 – DETALHE DO TARDOZ, CERÂMICA ARRANCADA COM AS MÃOSFOTO 03 – COLAGEM DE PASTILHAS, PREPARAÇÃO DE CORPOS DE PROVA PARAENSAIO DE ARRANCAMENTOComunidade da Construção - Fortaleza 62


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASFOTO 04 – DETALHE DA JUNTA EXECUTADA APÓS A FACHADA, ABERTURAINSUFICIENTE, CORDÃO DE POLIURETANO FROUXOComunidade da Construção - Fortaleza 63


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASAnexo 3 - Estudo de Caso da Patologia - Construtora ReataPROGRAMA COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃOPROJETO: Programa de Melhoria de Rev. Cerâmico <strong>em</strong> Fachada – Comunidade daConstrução - FortalezaEMPRESA: Reata Arq. e Eng. Ltda:OBRA VISTORIADA: Edifício Vila VerdeDATA DE CONCLUSÃOENDEREÇO: Rua Silva Jatahy, 1140 Maio/ 1996ENGº RESPONSÁVEL: Juliano Monteiro Mariano1.0 – OBJETIVO:Avaliação e diagnóstico do des<strong>em</strong>penho do <strong>revestimento</strong> cerâmico <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> doCondomínio Edifício Vila Verde.2.0 – CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO:O Condomínio Edifício Vila Verde localizado na Rua Silva Jatahy, 1140 – Meireles –Fortaleza – Ceará, foi construído <strong>em</strong> concreto armado convencional, com 01 (um)subsolo, pavimento térreo, mezanino e 22 pavimentos tipo. A construção foi concluídae posta <strong>em</strong> uso <strong>em</strong> maio de 1996.As <strong>facha<strong>das</strong></strong> do edifício foram revesti<strong>das</strong> com Cerâmica Gail de 24x11,6 cm, nas coresBranco brilhante e Vermelho Flash e esquadrias <strong>em</strong> alumínio e vidros.3.0 – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES:O trabalho de vistoria técnica e elaboração de relatório final foram realizados pelosEngenheiros Civis Roney Sérgio Marinho de Moura e Maria Aridenise MacenaFontenele. Os trabalhos de vistoria foram concentrados nas Facha<strong>das</strong> Norte, Leste eOeste, nas regiões onde ocorreram os probl<strong>em</strong>as de descolamento de cerâmica, eenvolveram tão somente observações visuais e coleta de informações e realização deensaios de aderência.Comunidade da Construção - Fortaleza 64


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS4.0 – INFORMAÇÕES COLETADAS:Conforme informações obti<strong>das</strong> junto ao Engº Juliano Monteiro da Reata;• O processo de descolamento teve início no ano de 2001;• Cerâmicas utiliza<strong>das</strong>: Cerâmica Gail de 24x11,6 cm, nas cores Branco brilhante eVermelho Flash;• Argamassa de Assentamento.Executada na Obra: Cimento + Areia grossa + Concentrado OBETraço: <strong>em</strong> peso, 5kg : 12,5kg : 0,15kg• Não houve treinamento específico para capacitação da mão de obra;• Quando da execução <strong>das</strong> <strong>facha<strong>das</strong></strong> não foram previstas juntas de movimentação(horizontais e verticais) e dessolidarização;• Foram executa<strong>das</strong> posteriormente juntas de movimentação horizontal quando dosurgimento dos descolamentos com a utilização de Mástique à base de Poliuretano.• Já foram detectados e corrigidos <strong>em</strong> torno de 5% de descolamento nas 04<strong>facha<strong>das</strong></strong>, com maior incidência nas cerâmicas Gail de 24x11,6 cm <strong>em</strong> VermelhoFlash;• Argamassa de rejunte tipo rígida;• Executada na obra. Cimento + Areia grossa (1:3)• Falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre, fator água cimento et<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto por parte dos assentadores que os levaram a produzir grandequantidade de argamassa e a puxar grandes panos;• Chapisco convencional;Executado na obra: Cimento + Areia grossa (1:3)• Emboço;Executado na obra: Cimento + Areia grossa (1:5) + 200ml de Alvenarit.Comunidade da Construção - Fortaleza 65


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS4.0 – ENSAIOS:4.1 – ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIAAMOSTRA NºLOCAL DO ENSAIORESISTÊNCIAA ADERÊNCIAMPaLOCAL DE RUPTURA01 Fachada Norte 0,26 50% B02 Fachada Norte 0,03 25% B03 Fachada Sul - 35% A04 Fachada Sul 0,15 10% B e 70% D05 Fachada Sul 0,41 30%A, 20% C e 50%D06 Fachada Sul 0,03 30% A07 Fachada Sul 0,35 100% D08 Fachada Sul - 50% A09 Fachada Leste 0,23 100% D10 Fachada Leste 0,04 100% DObs.: A – Ruptura na interface placa cerâmica/argamassa de assentamentoB – Ruptura no interior da argamassa de assentamentoC – Ruptura na interface argamassa de assentamento / substrato(<strong>em</strong>boço)D – Ruptura no interior da argamassa do substrato (<strong>em</strong>boço)Obs.: 02 Corpos de prova não registraram carregamento.4.2 –AbsorçãoºCERÂMICA AMOSTRA Nº VALOR (%)4.3 –ExpansãoHigroscópicaCERÂMICA AMOSTRA NºEPU MÉDIAOCORRIDA(mm/m)EPU MÁXIMA(mm/m)Obs.1: Historicamente a cerâmica Gaill apresenta valores de Absorção <strong>em</strong> torno de2,5% e a Expansão Higroscópica 0,015 mm/m.Comunidade da Construção - Fortaleza 66


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS5 0 – DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS:Com base nas informações obti<strong>das</strong> através do Engº Juliano e nas observações visuaise nos ensaios executados, pod<strong>em</strong>-se afirmar que os principais fatores dosdestacamentos ocorridos no Edifício Vila Verde:• A baixa aderência do <strong>revestimento</strong> cerâmico a argamassa de assentamento. Obaixo des<strong>em</strong>penho da argamassa de assentamento foi ocasionado por váriosmotivos, dentre os quais se destaca a falta de capacitação da mão de obra quelevaram a: abertura de grandes panos; não observância do t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> aberto eadição <strong>em</strong> excesso de água de amassamento por parte dos assentadores decerâmica. Podendo constar nos resultados de aderência, onde 85 % dos valoresencontram-se abaixo de 0,30 MPa;• Baixa resistência da argamassa de <strong>em</strong>boço;• Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR-13755/96recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo a critériospré-determinados;• Não preenchimento adequado do tardoz da cerâmica Gail (colocação de argamassano tardoz para garantir a aderência mecânica as garras), conforme recomendaçãoda NBR 13755/97. Soma-se a esse fato a falta de aderência física pela aplicação deargamassa de assentamento inadequada, sobre uma cerâmica de baixa absorção,constatado durante a realização dos ensaios de aderência.Engª Maria Aridenise Macena FonteneleC.R.E.A. 10428 - DEngº José Ramalho TorresC.R.E.A. 5817 - DEngº Roney Sérgio Marinho de MouraC.R.E.A. 4599 - DComunidade da Construção - Fortaleza 67


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASDOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICAComunidade da Construção - Fortaleza 68


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASFOTO 01 – DESCOLAMENTO DA CERÂMICA POR DEFICIÊNCIA DA ARGAMASSA DEASSENTAMENTO, FACHADA NORTEComunidade da Construção - Fortaleza 69


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASFOTO 02 – DESCOLAMENTO DA CERÂMICA POR DEFICIÊNCIA DA ARGAMASSA DEASSENTAMENTO, FACHADA LESTEComunidade da Construção - Fortaleza 70


REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIASFOTO 03 – FALTA DE ADERÊNCIA DA ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO ACERÂMICA E DEFICIÊNCIA DO EMBOÇOFOTO 04 – FALTA DE ADERÊNCIA DA ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO ACERÂMICA, TARDOZ PRATICAMENTE LIMPOComunidade da Construção - Fortaleza 71

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