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EUGEN VON BOHM-BAWERK Teoria Positiva do Capital Volume I

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A CONTROVÉRSIA EM TORNO DO CONCEITO DE CAPITAL71':'.5 duas coisas praticamente já foram feitas com o conceito e a palavra "meios de;::::Jho" ou "bens produtivos" ou "bens de ordem superior" (Menger). Entretanto, uma:: ..:estão totalmente diferente é saber se o termo capital é apropria<strong>do</strong> para designar~ôse conceito. Essa pergunta, em meu entender, deve ser respondida negativamen­.~ com a maior ênfase. A rigor, só se poderia dar o nome de capital a to<strong>do</strong>s os-e;os de produção ao preço de negar essa denominação a um grupo mais restrito::~ meios de ganho que fazem também eles jus à denominação de capital. Ora, aquele:: :-.meiro conceito já é suficientemente designa<strong>do</strong> com o termo acima cita<strong>do</strong>, ao passo::..:e o conceito concorrente mais restrito é altamente importante e ao mesmo tempo-~o tem denominação. Portanto, mesmo que a questão ainda estivesse totalmente=:.erta, dever-se-ia, por motivos de economia terminológica, optar contra o conjun­::: .:ie to<strong>do</strong>s os meios de ganho. Acontece que já não estamos absolutamente diante::~ uma questão aberta: ela já está de antemão decidida pelo uso unânime tanto::::: :inguagem científica quanto da linguagem <strong>do</strong> povo. A ciência e o povo há muito:.:0 :-:lpO se acostumaram a tratar certos grandes problemas sociais sob o termo-chave::=:JJal, e, ao assim fazer, tiveram em mente não um conceito que engloba o traba­.-.:, mas algo que se contrapõe ao trabalho. <strong>Capital</strong> e trabalho, capitalismo e socia­~S:-:lO, juros de capital e salário <strong>do</strong> trabalho não admitem realmente ser sinônimos- ::ensivos; eles constituem palavras-chaves para designar os contrastes sociais e~: :nômicos mais fortes que se possam imaginar.Aonde chegaremos se de repente começarmos a denominar capital também: :::-abalho? Na melhor das hipóteses, a uma inovação terminológica inadequada.:'ôsa hipótese mais favorável ocorreria se to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> se adaptasse unanimemente:. essa terminologia e o fizesse com a consciência de que o caso se trata de uma- :';ação terminológica e nada mais. Nesse caso, se teria plena clareza sobre o fato::~ que, unifican<strong>do</strong> os conceitos sob uma denominação comum, não se suprimem:: ~ nada os contrastes reais que separam o trabalho <strong>do</strong> hoje chama<strong>do</strong> capital;::-::~manecer-se-ia, como até agora, atento a esses contrastes e se continuaria a tra­==: :mparcialmente os problemas sociais aos quais dão azo, A teoria, portanto, não..: .aria nenhum prejuízo material, afora o inconveniente de que já não se disporia:~ uma denominação para o objeto principal dessas pesquisas, pois naturalmente~ ::everia, a partir <strong>do</strong> momento em que se dá ao trabalho a denominação de capi­== .. deixar de contrapor ao trabalho sua antítese social sob a denominação de capital.Esta seria a hipótese mais favorável, porém ao mesmo tempo seria, infelizmen­.~ a mais improvável de acontecer, Muito mais provável é que a confusão <strong>do</strong>s ter­- :s acarrete também confusão na coisa. Não alimentemos nenhuma ilusão arrogante::5 :ermos e as pal3.vras reais designativas de coisas sempre têm entre nós cientistas_-. efeito poderoso. Também entre nós, gosta-se de disfarçar antagonismos incô­- :: ::ios para esconder problemas espinhosos. Como se haveria de deixar escapar:. ::-eciosa oportunidade para isto, oferecida pela nova acepção da palavra capital?.:.~ª agora se diz que entre o capital e o trabalho há desarmonias, contrastes, confli­-:5 ~ada disto! Uma única palavra feliz apaga to<strong>do</strong>s os contrastes: o que se presu­- ~ serem coisas opostas são a mesma coisa, o próprio trabalho é capital, o salário::: :rabalho e os juros <strong>do</strong> capital são no fun<strong>do</strong> a mesma coisa!~ão se pense que estou brincan<strong>do</strong> ao colocar tais opiniões na boca de eruditos~:-os! Infelizmente a história da literatura as demonstra, precisamente em autores:: _~ tiveram a infeliz idéia de rebatizar o trabalho, dan<strong>do</strong>-lhe a denominação de ca­:: :.=.:, O primeiro deles é McCulloch. Imagina ele o trabalha<strong>do</strong>r como um capital-,:'::, como uma espécie de máquina. Ten<strong>do</strong> assim derruba<strong>do</strong> a parede que separa: :apital <strong>do</strong> trabalho, tira logo a conseqüência, não admitin<strong>do</strong> nenhuma diferença: ~-:::-e juros de capital e salário de trabalho; também estes são para ele a mesma coi­

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