COMPONENTE 5 – ACESSO AOS RECURSOS GENÉTICOS,CONHECIMENTO TRADICIONAIS ASSOCIADOS E REPARTIÇÃODE BENEFÍCIOSNeste componente a CONABIO estabeleceu 8 metas relaciona<strong>da</strong>s ao acessoà recursos genéticos e conhecimentos, tradicionais e também à repartiçãode benefícios, to<strong>da</strong>s de caráter nacional, não sendo possível na maioria doscasos, considerar seu cumprimento de forma isola<strong>da</strong> para o Bioma <strong>Mata</strong><strong>Atlântica</strong>.Também há que se considerar que tais metas se enquadram em campoain<strong>da</strong> incipiente no Brasil, com grandes lacunas de conhecimento, baseconceitual não consensua<strong>da</strong> e regulamentação legal ain<strong>da</strong> pouco defini<strong>da</strong>.Nas últimas déca<strong>da</strong>s o avanço <strong>da</strong> biotecnologia elevou a exploração derecursos genéticos a um patamar muito mais alto no quadro de economiamundial. O mercado internacional de fitoterápicos envolve cerca de US$ 11bilhões, concentrado nas indústrias de países como os Estados Unidos,França, Japão e Alemanha, que, embora detenham pouca biodiversi<strong>da</strong>de,contam com pesquisa avança<strong>da</strong> que lhes permite grande sucesso natransformação de moléculas de plantas em medicamentos e cosméticos.Estimativas <strong>da</strong> consultoria Analise and Realize, indicam que o Brasil, comodono <strong>da</strong> maior biodiversi<strong>da</strong>de no mundo, poderia gerar pelo menos US$ 5bilhões anuais com a produção de fitoterápicos.A partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1970, o patenteamento de produtos e processosderivados do acesso a recursos genéticos, então considerados “bem comum<strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de”, acirrou o problema pois significou a apropriação dessesrecursos com exclusivi<strong>da</strong>de por alguns países e empresas em detrimentodos países detentores dos recursos genéticos de origem, alijados dosbenefícios econômicos e sociais produzidos com sua utilização.A CDB definiu um novo regime jurídico, no qual os países passaram a tersoberania sobre seus recursos genéticos e sua utilização passou a sujeitarseàs legislações dos países de origem desses recursos. A convenção inovoutambém ao reconhecer o valor dos conhecimentos tradicionais associados àutilização desses recursos e a necessi<strong>da</strong>de de que as comuni<strong>da</strong>desdetentoras desses conhecimentos sejam igualmente beneficia<strong>da</strong>s pelautilização dos mesmos. Para tanto as leis e políticas nacionais devemregular o acesso e a repartição dos benefícios aos recursos genéticos.O Brasil não tem ain<strong>da</strong> um regime legal consoli<strong>da</strong>dopara tratar do tema e esta indefinição tem sidoaltamente prejudicial para o desenvolvimento <strong>da</strong> bioprospecção, para o desenvolvimento <strong>da</strong> biotecnologianacional, para o crescimento <strong>da</strong>s empresas nacionaisdo setor e para as comuni<strong>da</strong>des locais que no atualquadro não são beneficia<strong>da</strong>s pelo uso dos recursosexistentes em seus territórios nem pelo valor agregadode seus conhecimentos tradicionais.Figura 68: Caderno RBMA n°1788
O Projeto de lei sobre o tema está a mais de 10 anos aguar<strong>da</strong>ndoaprovação no Congresso Nacional.A principal legislação brasileira neste campo é a Medi<strong>da</strong> Provisória n.º 2.186-16 de 2001, que foi reedita<strong>da</strong> várias vezes e que, entre outros pontos,determina que o acesso ao conhecimento tradicional associado e aopatrimônio genético existente no país, bem como sua remessa para oexterior somente sejam efetivados mediante autorização <strong>da</strong> União, e instituicomo autori<strong>da</strong>de competente para este fim o Conselho de Gestão doPatrimônio Genético – CGEN.Até hoje, to<strong>da</strong>via apenas parte dos artigos <strong>da</strong> MP foi regulamenta<strong>da</strong> o quedificulta a aplicação e o cumprimento <strong>da</strong> legislação.Segundo <strong>da</strong>dos do MMA mais de 100 processo solicitando acesso a recursosgenéticos estão suspensos atualmente no CGEN aguar<strong>da</strong>ndo definições <strong>da</strong>sregras específicas para ca<strong>da</strong> caso. Vários deles estão relacionados comrecursos <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> como pinhão, pitanga, maracujá, erva-mate,caju, diversas plantas medicinais e animais peçonhentos.Figuras 69, 70 e 71: Publicações sobre o uso sustentável na <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>89
- Page 5 and 6:
AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS META
- Page 7:
Figura 2: Visão noturna da costa b
- Page 10 and 11:
Quando se pensa no recorte territor
- Page 12 and 13:
TABELA 1 - METAS GLOBAIS DE BIODIVE
- Page 14 and 15:
METAS NACIONAIS DE BIODIVERSIDADE P
- Page 16 and 17:
2006• CDB (COP 8) - Curitiba / Br
- Page 18 and 19:
Objetivo 3. Promover a conservaçã
- Page 20:
Objetivo 10. Assegurar a repartiç
- Page 23:
outros se assegurou um maior detalh
- Page 26 and 27:
Ainda assim, no Brasil e em particu
- Page 28 and 29:
Mata Atlântica (cadeias da sociobi
- Page 30:
AVALIAÇÃO DAS METAS DE BIODIVERSI
- Page 33 and 34:
390 km²) do território. As tabela
- Page 35 and 36:
Tabela 7 - Povos Indígenas da Mata
- Page 37 and 38: Em relação à conservação marin
- Page 39 and 40: A Reserva da Biosferada Mata Atlân
- Page 41 and 42: Figura 21: Distribuição do númer
- Page 43 and 44: Cabe destacar o papel que os Estado
- Page 45 and 46: 1098765432AMPANCEMAPAMCAACOS101950
- Page 47 and 48: Tabela 13- Número de espécies ame
- Page 49 and 50: Em relação à flora, é igualment
- Page 51 and 52: Bioma /AmbienteNo de espéciesamea
- Page 53 and 54: maioria desses KBAs (440) não est
- Page 55 and 56: conservação de espécies e habita
- Page 57 and 58: Os estudos realizados nas ZEPs da A
- Page 59 and 60: AVALIAÇÃO DAS METAS DE BIODIVERSI
- Page 62 and 63: COMPONENTE 3 - UTILIZAÇÃO SUSTENT
- Page 64 and 65: O mesmo grau de predação se dá s
- Page 66 and 67: Por se tratar de um país megadiver
- Page 68 and 69: piaçava, pupunha, meliponicultura,
- Page 70 and 71: crescentemente disponíveis nos mer
- Page 72 and 73: e fiscalização em áreas priorit
- Page 75 and 76: COMPONENTE 4 - MONITORAMENTO, AVALI
- Page 77 and 78: Além da evolução do desmatamento
- Page 79 and 80: Na figura 64, se compararmos os dad
- Page 81 and 82: sua grande maioria no Bioma Mata At
- Page 83 and 84: mostrou que no cenário mais otimis
- Page 85 and 86: São Paulo Sim SimEmdesenvolvimento
- Page 90 and 91: Enquanto isto, por deficiência nos
- Page 92 and 93: Em 2007 o CGEN aprovou uma resoluç
- Page 94 and 95: generis” de proteção aos conhec
- Page 97 and 98: COMPONENTE 6 - EDUCAÇÃO, SENSIBIL
- Page 99 and 100: do Ministério do Meio Ambiente,
- Page 101 and 102: encontram dificuldades logísticas
- Page 103 and 104: SITES DE REFERÊNCIAAMANE-Associaç
- Page 105 and 106: Brasil. Hálink também para downlo
- Page 107 and 108: INPEwww.inpe.brInstituto de Pesquis
- Page 109 and 110: SPVS - Sociedade de Proteção da V
- Page 111 and 112: COMPONENTE 7 - FORTALECIMENTO JURÍ
- Page 113 and 114: Esforços de avaliar a efetividade
- Page 115 and 116: Figura 110: Publicaçãosobre conse
- Page 117 and 118: Em relação aos recursos financeir
- Page 119 and 120: Figura 111: Publicação deApio as
- Page 121 and 122: vão contribuir para proteger a bio
- Page 123 and 124: 123
- Page 125 and 126: Nacional de Promoção das Cadeias
- Page 127 and 128: CONSIDERAÇÕES FINAISPerda de biod
- Page 129 and 130: AVALIAÇÃO DAS METAS DE BIODIVERSI
- Page 131 and 132: seletivamente dos animais invertebr
- Page 133 and 134: conhecimento tradicional com identi
- Page 135 and 136: 135
- Page 137 and 138:
• FRANCINI-FILHO, R.B.; MOTTA, F.
- Page 139 and 140:
• SIMONELLI, M. ; FRAGA DE C. N.;
- Page 141 and 142:
LISTA DE FIGURASFigura 1: Ocupando
- Page 143 and 144:
Figuras 33, 34, 35 e 36: Áreas de
- Page 145 and 146:
Figura 111: Publicação de Apio as
- Page 147:
Tabela 32: Estados Brasileiros com