piaçava, pupunha, meliponicultura, turismo, sementes, artesanato, plantastropicais e plantas ornamentais, aroeira e açaí.Dentre elas, a piaçava se destaca pela diversi<strong>da</strong>de crescente de produtosgerados a partir de suas fibras (vassouras, cor<strong>da</strong>s, tetos de choupanas,isolantes térmicos etc.). A produção (extração vegetal e silvicultura) <strong>da</strong>fibra de piaçava alcançou 78.167 tonela<strong>da</strong>s em 2008 (IBGE), gerando umvalor total de R$ 104.120,00. Desta produção, 87,6% (~68,5 tonela<strong>da</strong>s)são provenientes <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> <strong>da</strong> Bahia, sendo o restante (12,4%) doEstado do Amazonas.Participação Relativa dos Setores Mercantis no Preço Final <strong>da</strong>Piaçava ao Consumidor Fibal (Fibra e Fita)Figura 55: Fonte: Projeto Corredor Central <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> AtlÂntica 2010Segundo os estudos promovidos pelo Projeto Corredor Ecológico Central <strong>da</strong><strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>, “Vale a pena mencionar que o preço <strong>da</strong> piaçava ao produtorde R$ 1,13/ kg (ou R$ 17,00/ arroba), verificado durante o levantamentode campo na região do Extremo Sul <strong>da</strong> Bahia, encontra-se abaixo do preçomínimo de R$ 1,67/ kg estabelecido no início do ano passado pelo Ministério<strong>da</strong> Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o Estado. Esse fatosublinha a cita<strong>da</strong> tendência de erosão dos preços ao produtor e o baixovalor de mercado para o produto bruto.Existem, porém, iniciativas recentes de uso alternativo <strong>da</strong> fibra de piaçavapara a confecção de artesanato, como o projeto Piaçava Sustentável, criadopelo Instituto Bio<strong>Atlântica</strong> (IBio) em 2005, com o objetivo de melhorar aquali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> de cerca de 40 artesãos e suas famílias na comuni<strong>da</strong>de dePonto Central (no município de Santa Cruz de Cabrália), ou aquela lidera<strong>da</strong>pela Cooperativa dos Produtores e Produtoras <strong>da</strong> APA do Pratigi (Cooprap) eseus 120 cooperados, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento <strong>da</strong>scomuni<strong>da</strong>des quilombolas locais.Nesses casos extremos de agregação produtiva de valor, o VAB natransformação <strong>da</strong> piaçava em artesanato é de quase R$ 2.000,00 porarroba, ou mais de 95% na participação no preço final dos produtos.68
Outra espécie destaca<strong>da</strong> pelo citado projeto, com grande potencial deampliação dos mercados interno e externo e diversificação de usos é apimenta-rosa, fruto <strong>da</strong> Aroeira (Shinus terebinthifolius Raddi), que temgrande mercado no exterior.Figuras 56 e 57: Fonte: Projeto Corredor Central <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> 2010Várias outras espécies vem sendo pesquisa<strong>da</strong>s na <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> visando oordenamento <strong>da</strong> cadeia de valor e a sustentabili<strong>da</strong>de ecológica, social eeconômica de sua exploração. Dentre eles, encontram-se diversas espéciescom uso consoli<strong>da</strong>do na culinária e na medicina tradicional brasileira, serevelando como ricas fontes de princípios ativos de grande valor para asindústrias farmacêuticas e de cosméticos.Segundo Bolzani (2005), “No Brasil, os medicamentos com base em plantasrepresentam aproxima<strong>da</strong>mente 7% do mercado farmacêutico,correspondendo a US$ 400 milhões por ano e perto de 100.000 empregos.”Com relação à meta 3.9, o relatório de avaliação do cumprimento <strong>da</strong>smetas produzido pelo MMA destaca que “Diversas plantas nativas utiliza<strong>da</strong>spela medicina tradicional foram reconheci<strong>da</strong>s oficialmente pelo GovernoFederal em 1926, com sua inclusão na publicação na Farmacopéia Brasileira(FBRAS), que é revisa<strong>da</strong> e atualiza<strong>da</strong> de tempos em tempos. A revisão maisrecente iniciou em 2008 e ain<strong>da</strong> está em curso. Informações atualiza<strong>da</strong>sestão disponíveis na página eletrônica <strong>da</strong> ANVISA. Existem pelo menos 10espécies de plantas com patentes registra<strong>da</strong>s como fitoterápicos noInstituto Nacional de Proprie<strong>da</strong>de Industrial (INPI) e pelo menos 50produtos fitoterápicos brasileiros estão disponíveis no mercado sempatentes. Diversas companhias produzem e vendem inúmeros produtos combase em plantas, tais como extratos vegetais, óleos e outros produtos,como alimentos ou matéria prima para fitoterápicos e cosméticos, e osinvestimentos nesse setor estão aumentando. O Brasil desenvolveu em2005 a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos com o objetivode assegurar ao povo brasileiro o acesso seguro e o uso racional de plantasmedicinais e fitoterápicos, além de promover o uso sustentável <strong>da</strong>biodiversi<strong>da</strong>de e o desenvolvimento <strong>da</strong> cadeia produtiva e <strong>da</strong> indústria demedicamentos no Brasil. Essa política estabelece critérios para o cultivo,pesquisa e teste de plantas medicinais e produtos. Adicionalmente, diversosprodutos alimentícios com base na biodiversi<strong>da</strong>de têm se tornado69
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