Ain<strong>da</strong> assim, no Brasil e em particular na <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>, os avanços naárea do conhecimento <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de foram muito expressivos nasúltimas déca<strong>da</strong>s graças à ação de inúmeras universi<strong>da</strong>des, centros depesquisa, órgãos governamentais, ONGs e fundos públicos e privados.A mais recente e abrangente lista deinformações existentes sobre a biodiversi<strong>da</strong>debrasileira é a publicação “Avaliação do Estadodo conhecimento <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de Brasileira”(Lewinsohn, T.M., 2005). De acordo com essaavaliação, em termos relativos, a <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>é o bioma melhor conhecido e cujo grau deamostragem e estudo é tido como razoável abom no maior número dos táxons avaliados deplantas, vertebrados e invertebrados terrestres.Outro importante inventário geral foi a “Lista deEspécies <strong>da</strong> Flora do Brasil”, (MMA, 2010) commais de 40.000 plantas dos diversos biomasnacionais.Inúmeros outros estudos, listagem e catálogosde espécies, além de inventários integrados ebanco de <strong>da</strong>dos foram produzidos recentementesobre o status do conhecimento, conservação e uso sustentável <strong>da</strong>biodiversi<strong>da</strong>de no Brasil, em sua maioria trazendo importantes <strong>da</strong>dos sobrea <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>. Alguns desses catálogos e listas estão relacionados nofinal desta publicação.Figura 8: (Stehmann et al,2009) / Capa <strong>da</strong> publicaçãoFigura 7: (Lewinsohn, T.M.,2005) / Capa <strong>da</strong> publicaçãoPara a <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> cabe destacarespecialmente a recém publicação do livro“Plantas <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>” (Stehmann et al,2009) que traz a listagem completa <strong>da</strong>s 15.782espécies, distribuí<strong>da</strong>s em 2.257 gêneros e 348famílias, dos quais 132 gêneros (6%) e 7.155espécies (45%) são considerados endêmicasdesse bioma. Este conjunto representa cerca de5% de to<strong>da</strong> a flora mundial estima<strong>da</strong> emaproxima<strong>da</strong>mente 300.000 espécies (Judd et al,2009). Dessas espécies, na <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> foramdescritas 14.522 plantas vasculares, <strong>da</strong>s quais6.933 espécies, quase metade (48%) do totalconhecido, são considera<strong>da</strong>s endêmicas doBioma.Grande parte desse conhecimento taxonômico érecente, mostrando que, mesmo o Bioma mais estu<strong>da</strong>do do Brasil ain<strong>da</strong> éum grande desconhecido. Exemplo disto é o fato de que mais de 1000novas espécies de angiospermas foram descobertas na <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> nasduas últimas déca<strong>da</strong>s o que representa 42% do total de angiospermasdescritas no Brasil neste período (Sobral & Stehmann, 2009). Este últimoautor aponta ain<strong>da</strong> que apenas nos últimos três anos mais de 300 novas26
espécies desse grupo foram descritas para a <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>, em sua grandemaioria endêmicas ao bioma.O alto grau de endemismo <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> é superado apenas por outroscinco Hot Spots mundiais de biodiversi<strong>da</strong>de (Andes, Sun<strong>da</strong>, Bacia doMediterrâneo, Ma<strong>da</strong>gascar e Ilhas do Oceano Indico) (Myers 2000;Mittermeier et al. 2004). Tal característica exige ain<strong>da</strong> mais um númeroelevado de especialistas e um alto grau de intercâmbio científico e deacessibili<strong>da</strong>de aos <strong>da</strong>dos de referência. Neste sentido, as metas 1.2 e 1.3,respectivamente de consoli<strong>da</strong>ção do Programa Nacional de Taxonomia(PROTAX) e <strong>da</strong> criação do Instituto Virtual <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de Brasileira quenão foram ain<strong>da</strong> atingi<strong>da</strong>s minimamente, devem se transformar empriori<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Política Nacional de Biodiversi<strong>da</strong>de.Em âmbito nacional merecem destaque algumas iniciativas que contribuempara a ampliação do conhecimento sobre a biodiversi<strong>da</strong>de brasileira,especialmente aquelas coordena<strong>da</strong>s ou apoia<strong>da</strong>s pelo Ministério de Ciênciase Tecnologia (MCT) a exemplo do Programa de Modernização <strong>da</strong>s coleçõesBiológicas, do Programa Nacional de Capacitação em Taxonomia, doPrograma de Pesquisa em Biodiversi<strong>da</strong>de (PPBIO), do Programa deIdentificação molecular <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de (BR-Bol), o Programa Nacional deInventário Biológico e o Sistema Nacional de Informações emBiodiversi<strong>da</strong>de e Ecossistemas (SIB BR).No caso <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>, vários estados possuem centros e institutos depesquisa, que desenvolvem importantes programas de pesquisa e ações defomento a estudos sobre a biodiversi<strong>da</strong>de. Dentre eles vale ressaltar oPrograma Biota/FAPESP, do Estado de São Paulo, programa pioneiro queintegra centenas de pesquisadores e que produziu o mais completolevantamento sobre a diversi<strong>da</strong>de biológica de um Estado <strong>da</strong> Federação, emsua grande área incluído no Bioma <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>. O Biota/FAPESP, quefunciona como Instituto Virtual <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong>de em São Paulo é oreferencial para a criação do programa Biota/Brasil.Algumas instituições nacionais têm se transformando em centros dereferência para a <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>, a exemplo do Instituto Jardim Botânico doRio de Janeiro, responsável pela sistematização de todos os <strong>da</strong>dos sobre asespécies que compõem a flora desse Bioma. Esta centralização certamentecontribuirá em muito para a ampliação do conhecimento nessa área e suadisponibilização para a socie<strong>da</strong>de.Outro fator importante para o aumento do conhecimento sobre abiodiversi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> está na riqueza de enti<strong>da</strong>des <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>decivil que tratam desse tema.Apenas a título de exemplo pode-se citar: A Fun<strong>da</strong>ção Biodiversitas (lista deespécies ameaça<strong>da</strong>s de extinção e Coordenação <strong>da</strong> Brazilian Alliance forZero Extintion-BAZE); Fun<strong>da</strong>ção SOS <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> (Atlas <strong>da</strong> Evolução dosRemanescentes Florestais e Ecossistemas Associados, em conjunto com oINPE); Conservação Internacional (Hot spots de Biodiversi<strong>da</strong>de,Ecossistemas Críticos, Áreas prioritárias para Conservação <strong>da</strong>Biodiversi<strong>da</strong>de Marinha, etc.); Conselho Nacional <strong>da</strong> <strong>Reserva</strong> <strong>da</strong> <strong>Biosfera</strong> <strong>da</strong>27
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