valorização dos instrumentos de gestão sustentável de territórios especiaiscomo os Mosaicos de Áreas Protegi<strong>da</strong>s, os Corredores Ecológicos e as<strong>Reserva</strong>s <strong>da</strong> <strong>Biosfera</strong>. Merecem destaque igualmente as políticas públicasrelaciona<strong>da</strong>s ao estímulo e fortalecimento <strong>da</strong>s iniciativas priva<strong>da</strong>s deconservação como as RPPN’s, e a ampliação dos programas de ecoturismoem Áreas Protegi<strong>da</strong>s e seu entorno.To<strong>da</strong>via, a déca<strong>da</strong> se encerra com uma forte ameaça a esta legislação, quetem sofrido um dos mais fortes e violentos ataques especialmente contra oCódigo Florestal, mas também direciona<strong>da</strong>s a todo o arcabouço jurídicoambiental do Brasil. Assim, o lobby de setores ruralistas, associado aoagronegócio, à mineração e ao setor energético (vinculado à construção dehidrelétricas) tem exercido grande peso e conseguido a cumplici<strong>da</strong>de depolíticos com uma visão mais retrógra<strong>da</strong> de desenvolvimento, e propostomu<strong>da</strong>nças graves e profun<strong>da</strong>s na legislação que protege nossabiodiversi<strong>da</strong>de e os serviços ambientais dela derivados. Exemplo disso é odecreto 6.640/2008, que possibilita a destruição <strong>da</strong>s cavernas e suabiodiversi<strong>da</strong>de, a legislação que dificulta a criação de uni<strong>da</strong>des deconservação e descria ou descaracteriza as existentes, a criação de “códigosambientais” permissivos em Estados como o de Santa Catarina e a tentativade retirar poder normativo dos órgãos ambientais como o CONAMA(Conselho Nacional do Meio Ambiente).Apesar <strong>da</strong> grande pressão exerci<strong>da</strong> pela denomina<strong>da</strong> “banca<strong>da</strong> ruralista” aSocie<strong>da</strong>de Brasileira tem reagido e também o governo de vários estadostem assegurado o respeito à legislação em seus territórios. Na área <strong>da</strong> <strong>Mata</strong><strong>Atlântica</strong>, foram notáveis os avanços de conservação em estados como SãoPaulo e Rio de Janeiro especialmente na criação de novas áreas protegi<strong>da</strong>s;no Espírito Santo e em Minas Gerais, com o pagamento por serviçosambientais, em Pernambuco com a aprovação do Sistema Estadual deUni<strong>da</strong>des de Conservação, entre outros. Também em relação aos estadosampliou-se na última déca<strong>da</strong> o papel dos mesmos nas iniciativas deconservação incluindo a proteção de ecossistemas pouco representados nasáreas protegi<strong>da</strong>s, à exemplo dos ecossistemas marinhos, insulares ecavernícolas, de grande importância no Bioma <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>. Isto se deucom a reestruturação ou consoli<strong>da</strong>ção dos órgãos estaduais responsáveispela gestão <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong>s áreas protegi<strong>da</strong>, a exemplo do ocorridoem São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, e <strong>da</strong> melhor estruturação dos órgãoslicenciadores, tornando mais eficaz a aplicação dos recursos <strong>da</strong>compensação ambiental, mecanismo este que representa atualmente amais importante fonte de recursos novos e adicionais para as áreasprotegi<strong>da</strong>s no Brasil.A criação de órgãos especializados na gestão de áreas protegi<strong>da</strong>s no âmbitode vários estados <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> (o que ocorreu também em nível federalcom a criação do Instituto Chico Mendes) tem permitido uma atuação maissistemática nas questões de regularização fundiária, elaboração de planosde manejo de UCs, planos de ação para o controle de espécies exóticasinvasoras, implementação dos Conselhos Gestores <strong>da</strong>s Áreas Protegi<strong>da</strong>s,maior agili<strong>da</strong>de no reconhecimento de RPPNs (pelos Estados e não apenaspela União) e um melhor monitoramento <strong>da</strong> efetivi<strong>da</strong>de dessas UCs.112
Esforços de avaliar a efetivi<strong>da</strong>de de gestão de UCs são recentes no Brasil.Em 2006 o WWF e o IBAMA aplicaram o método Rappam (RapidAssessement and Prioritization of Protect Area Management) em cerca de85% <strong>da</strong>s UCs federais. Este levantamento indicou que apenas 13% <strong>da</strong>s 246uni<strong>da</strong>des avalia<strong>da</strong>s tinham índice “bom” para sua gestão, enquanto 36%apenas regular e 51% apresentaram situação de baixa eficiência de gestão.Em alguns estados também foi aplicado o Rappam e embora a avaliaçãotenha sido um pouco mais favorável o sistema como um todo se mostroumuito deficiente em vários aspectos.Em 2007, com a revisãoem 2009, foi aplicado oSistema MICOSYS(Sistema Mínimo deConservação)desenvolvido pelo BID,para uni<strong>da</strong>des do SNUCcomresultadossemelhantes do ponto devista <strong>da</strong> gestão financeiradestas areas.âmbito nacional e estadualFigura 106 e 107 – Publicaçõesreferentes à aplicação do métodoRappam <strong>da</strong> efetivi<strong>da</strong>de de gestão emEm relação aos estudos de efetivi<strong>da</strong>de de gestão realizados com diferentesmétodos, como no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, também se observa abaixa eficiência, o que compromete quaitativamente o cumprimento <strong>da</strong>meta de 10% de áreas “efetivamente” protegi<strong>da</strong>s em ca<strong>da</strong> eco-região.Figuras 108 e 109: Publicação sobre Avaliação de efetivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s UCs no Rio de Janeiro / 2010113
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