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46 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012Gente&lustreLivro Rui Nogueiraedita memórias doUltramarBoccia Portugal<strong>de</strong> prata nos JogosParalímpicosConvite Ana Gomes naconvenção do partido<strong>de</strong>mocrático dos EUAAnimação JoanaBartolomeu concluiusegunda curtaEnsino CristinaSimões dirige ISDOM❚ É um dos mais con<strong>de</strong>coradosmilitares portugueses e combateu,aos 23 anos, contra a invasão dosterritórios portugueses na Índia,nos anos 50. Rui RodriguesNogueira, antigo militar <strong>de</strong>Caranguejeira, <strong>Leiria</strong>, agora com83 anos, prepara-se para editar olivro Por mares nunca dantesnavegados, on<strong>de</strong> faz uma análisedos acontecimentos da Guerra doUltramar.❚ Helena Bastos, <strong>de</strong> Figueiró dosVinhos, é a seleccionadoranacional <strong>de</strong> boccia, modalida<strong>de</strong>praticada por portadores <strong>de</strong>paralisia cerebral queconquistou a primeira medalha,no caso <strong>de</strong> prata, nos JogosParalímpicos, que estão a<strong>de</strong>correr em Londres. Nacategoria <strong>de</strong> pares mistos BC3,Portugal chegou à final, on<strong>de</strong>per<strong>de</strong>u com a Grécia, por 4-1.❚ A euro<strong>de</strong>putada Ana Gomes, quefoi colunista do JORNAL DE LEI-RIA, está até amanhã nos EstadosUnidos da América, a participar naConvenção do Partido Democráticoque apoiará a candidatura <strong>de</strong> BarackObama à presidência dos EUA.Participa na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>coor<strong>de</strong>nadora da Aliança dos Socialistase Democratas da Comissão dosAssuntos Externos, a convite doNational Democratic Institute.❚ A artista, <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, JoanaBartolomeu terminou a suasegunda curta <strong>de</strong> animação,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> The Tailors Kiss, películavencedora do prémio <strong>de</strong> melhorfilme <strong>de</strong> marionetas no The WorldFestival Of Puppet Art 2010, emPraga. Formada em Londres, naNational Film and TelevisionSchool é docente da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Belas Artes <strong>de</strong> Lisboa, cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong>resi<strong>de</strong>.❚ Cristina Simões, 39 anos, naturalda Marinha Gran<strong>de</strong>, aceitou oconvite da Administração doInstituto Superior D. Dinis, e é,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Julho, directora científica epedagógica daquele estabelecimento.Licenciada e mestre emSociologia e doutoranda emCiência Política, é também Chefeda Divisão <strong>de</strong> Cooperação,Comunicação e Mo<strong>de</strong>rnização doMunicípio da Marinha Gran<strong>de</strong>.História<strong>de</strong>Vida Guilherme CorreiaO mestre da aguarela que venceu por si mesmoDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Humil<strong>de</strong>, autêntico e muito fiel aos seus princípios.Quase se po<strong>de</strong>ria caracterizar <strong>de</strong>sta maneira o pintorGuilherme Correia, não fosse a sua vida ser tãopreenchida e o seu conjunto <strong>de</strong> obras ser tão vasto, quesempre escapam a qualquer tentativa <strong>de</strong> resumobiográfico que sobre ele possa ser feito.Guilherme Correia nasceu no centro histórico daMarinha Gran<strong>de</strong>, em 1923, na casa on<strong>de</strong> ainda hojehabita. É filho <strong>de</strong> João Pereira Correia, pintorincontornável na história da arte da região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, eirmão mais novo do escultor Joaquim Correia.Depois da instrução primária, na Marinha Gran<strong>de</strong>,Guilherme Correia concluiu os estudos liceais na EscolaIndustrial Domingos Sequeira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong> foidiscípulo <strong>de</strong> dois gran<strong>de</strong>s artistas <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>, NarcisoCosta e Luís Fernan<strong>de</strong>s.Tal como o irmão, também Guilherme Correia viveu<strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre apaixonado pelas artes, influenciadopelo trabalho e pelos ensinamentos que tanto ele comoo “Quim” receberam do pai. E à imagem <strong>de</strong> Joaquim,também Guilherme Correia pensava vir a prosseguir osseus estudos na Escola Nacional <strong>de</strong> Belas Artes <strong>de</strong>Lisboa, mas o <strong>de</strong>stino trocou-lhe as voltas. O irmãomais velho já tinha sido admitido no curso <strong>de</strong>Escultura, em Lisboa, e frequentava já o segundo ano,quando o pai, doente, veio a falecer. Além dos encargoscom os estudos do irmão, era preciso sustentar a mãe, aavó e uma tia, que viviam na sua casa. Os dois irmãoscombinaram então que Joaquim continuaria a estudar,enquanto Guilherme trabalharia para ajudar a família, eque, um dia mais tar<strong>de</strong>, os papéis viriam a inverter-se.Mas isso nunca aconteceu.Guilherme foi convidado para ocupar o cargo que o pai<strong>de</strong>sempenhava na Companhia Industrial Portuguesa,na direcção da área artística, on<strong>de</strong> permaneceu até aO pintortrabalha seminterrupção.Presentemente,está a criar umacolecção <strong>de</strong>pinturasalusivas àRevolta <strong>de</strong> 18<strong>de</strong> JaneiroDANIELA FRANCO SOUSACompanhia ser vendida à Vista Alegre. “O trabalho naVista Alegre não me agradou, até porque já estavaconvidado para trabalhar noutra fábrica, a Vicris, on<strong>de</strong>me foi dito que podia continuar a criar”, explica opintor.Mas a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apresentar na Vicris, os seusprojectos inovadores nunca chegou, razão pela qual, aofim <strong>de</strong> dois anos, quando a Santos Barbosa começou atrabalhar com máquinas automáticas, aceitou o convitepara dirigir o <strong>de</strong>partamento artístico daquele vidreira.Através <strong>de</strong>sta fábrica pô<strong>de</strong> trabalhar noutros países,<strong>de</strong>scobrindo novas paragens como Itália, Suíça ouHolanda.Haveria <strong>de</strong> trabalhar na Santos Barosa durante 25 anos,até que, “cansado <strong>de</strong> fábricas”, com quase 60 anos,conseguiu aposentar-se para concretizar o <strong>de</strong>sejoantigo <strong>de</strong> pintar. O seu trabalho era <strong>de</strong> tal modo queridonaquela empresa que, <strong>de</strong>pois da reforma, continuou a<strong>de</strong>senvolver projectos para a vidreira, numa avençaque duraria 18 anos, só terminando em 2000.“Foram 65 anos ligado ao vidro”, observa o pintor, quenunca se <strong>de</strong>sligou da arte vidreira, que agora retratatantas vezes nas suas aguarelas. O mar, as lendas e osfactos históricos associados à Marinha Gran<strong>de</strong> e àregião estão também entre os seus temas preferidos.Guilherme Correia fez diversas exposições na Galeria <strong>de</strong>Arte Capitel, em <strong>Leiria</strong>, e por outros pontos do País.Recorda um jantar <strong>de</strong> gala, no Castelo <strong>de</strong> São Jorge, emLisboa, on<strong>de</strong> foi convidado, juntamente com Maluda, aexpor as suas obras, junto <strong>de</strong> um público composto porilustres embaixadores.Organizador da primeira Bienal das Artes Plásticas daMarinha Gran<strong>de</strong>, e pintor referido em livrosestrangeiros sobre história do vidro na Europa,Guilherme Correia recusou todos os convites paraexpor fora <strong>de</strong> Portugal. Este é o País que ama, e por issonunca encontrou razões para o trocar. A exposição <strong>de</strong>Artes dos Jogos Olímpicos <strong>de</strong> Barcelona, a galeria <strong>de</strong>arte Montserrat, da Broadway, <strong>de</strong> Nova Iorque, aCevive, na Venezuela, e um convite do Japão, foramalgumas das solicitações <strong>de</strong>clinadas. Do seu preenchidopercurso <strong>de</strong> vida fazem ainda parte um casamento <strong>de</strong>60 anos, dois filhos, netos, e agora duas bisnetas.Sempre gostou <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto, e chegou a integrar aequipa <strong>de</strong> futebol do Atlético Clube Marinhense, nosanos 40, que abandonou por culpa <strong>de</strong> um problema nomenisco, para o qual, nessa época, ainda não haviaoperação possível. Mas ainda havia <strong>de</strong> dirigir o clube. Ehoje, além do exercício físico que pratica diariamente,continua a aceitar <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> futebol. Num escritóriorepleto <strong>de</strong> quadros, medalhas e fotografias, lembra que,apesar das convicções <strong>de</strong> esquerda, sempre respeitou eteve amiza<strong>de</strong>s junto <strong>de</strong> diversos partidos políticos. Ohomem que diz ter vencido por si mesmo pertenceainda à Confraria da Sopa do Vidreiro e é um dosmembros mais antigos do Rotary Club <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.

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