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32 Jornal de Leiria 6 de Setembro de 2012DesportoMarrazes apresenta-se no domingoO Sport Clube Leiria e Marrazes apresenta todas as suasequipas de futebol, a todos os sócios e adeptos, nopróximo domingo, pelas 15 horas. Para as 17 horas estámarcado um jogo do conjunto sénior, frente ao Ginásiode Alcobaça, para angariação de fundos que reverterãopara Guipa, um ex-atleta e sócio do clube.Andebol masculino de Leiriaacumula três décadas de frustraçõesInsucessoFoi há 35 anos que Leiria, pela mão do AC Sismaria, conseguiu a única presença entre o sgrandes do andebol masculino. Depois disso, o insucesso tem sido uma constante. Razões há muitasMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornaldeleiria.pt❚ Desde que saltámos para o novomilénio, a região de Leiria esteverepresentada no primeiro escalãodo sector masculino de todas asmodalidades colectivas praticadasem pavilhão. Todas? Não! Uma delas,curiosamente aquela a queapelidam de desporto rei da capitaldo distrito, persiste em falhar.Os anos passam e... nada! A únicapresença na 1.ª Divisão de andeboldata de 1978/9, quando o AtléticoClube da Sismaria teve uma experiêncianão mais do que episódicaentre os grandes. Trinta e cincoanos depois da caminhada gloriosaaté ao topo, o JORNAL DE LEIRAfoi tentar saber a razão para as esperançassaírem sempre goradas.Será que é dos jogadores, dos treinadores,dos dirigentes ou faltaráapenas apoio? E irá algum dia mudar?É o voleibol do Sporting das Caldas,é o hóquei em patins de Turquel, foio Instituto D. João V no futsal até amodalidade ter sido extinta no final de2010/1. Até o malfadado Leiria Basket,que agitou o basquetebol nacional pelaspiores razões no início dos anos2000, o conseguiu. Quem falta? Umrepresentante do andebol. Nem a Juventudedo Lis, nem o Atlético Clubeda Sismaria, muito menos as extintassecções do Académico de Leiria e daUnião de Leiria conheceram a glóriana última dúzia de anos.Desde 1978/9 que vários projectos,imensos jogadores, desde búlgaros, arussos e romenos, tentaram colocar onome de Leiria no topo. Sempre semsucesso. A verdade é que, em muitoscasos, os clubes acabaram por combater-seentre si e os melhores jogadoresraramente estiveram reunidosno mesmo plantel. Quando isso aconteceu,algo não correu bem. Desde aapelidada SAD, onde se juntaramatletas dos três clubes, que queria subirà 1.ª Divisão e ia descendo à 3.ª,passando pela aposta em estrangeirosque acabou sempre por não trazer resultadose acabando no investimentode mecenas que não levaram osprojectos que decidiram apoiar até aofim, tudo sucedeu.No entanto, ao nível de atletas, a Associaçãode Andebol de Leiria é conhecidapelos talentos que oferece àmodalidade. Na próxima temporada,João Ferreirinho, Inácio Carmo, PedroAndré Portela, João Antunes, MarcoSousa, Frederico Malhão, Duarte Carregueiroe Diogo Taboada vão honrarUma das primeiras equipas do AC Sismaria. Um par de anos depois chegou à 1.ª Divisãoo nome dos clubes que os formaramquando jogarem os mais decisivos jogosda 1.ª Divisão.O que falta? Muita coisa, diz PedroViolante, técnico da equipa séniornos últimos três anos. “Os caminhospara o topo de grosso modo são feitosde duas formas: através de uma apostaforte na formação ou em capacidadede investimento directo para dotara equipa de recursos que lhe con-Equipas femininas lutam pelo topoÉ mais fácil o sucesso nas senhoras?E, contudo, o distrito tem duas dasquatro melhores equipas nacionaisde andebol feminino, compresenças constantes nascompetições europeias. Será maisdifícil obter resultados entre oshomens? Para André Afra, técnicoque tem levado recorrentemente aequipa feminina da Juventude doLis às competições europeias, tal éuma evidência. “Existem maisclubes, mais atletas, maistreinadores, logo o sucesso ficasempre mais difícil. No entanto. omais dificil não é atingir o topomas sim mantermo-nos lá. Noandebol feminino do distrito temexistido muita consistência eevolução nos resultadosdesportivos ao longo dos últimosanos.” Na base do sucesso está ofira argumentos para a tal chegada aotopo. O que se passa em Leiria é quehá muito bom trabalho feito, mas adeslocalização de diversos atletaspara as universidades fora de Leiriaimpede a sua chegada aos seniores.André Afra, treinador da equipa femininada Juve e um dos melhores jogadoresque Leiria conheceu, estáde acordo. “O que falta é uma universidadeem Leiria. Os atletas optamRICARDO GRAÇApor rumar a Lisboa, Coimbra ou Porto,o que impede que continuem atreinar com regularidade. Outrosabandonam e também há aquelesque mudam de clube.” Por isso... “Éurgente conseguir que as geraçõesmais novas fiquem a estudar na cidade.Perdemos muito cedo os grandestalentos, que reforçam os principaisemblemas nacionais. E com essesteríamos, indiscutivelmente, umatrabalho com as mais novas.“Aproveitou-se o facto de ter tidoexcelentes resultados naformação, tanto no caso do João deBarros, como da Juve Lis. Alémdisso, ocorreram tambémmudanças no treino e na forma deencarar o mesmo. Hoje em dia, naJuve, a maioria das atletas já nãovai só treino, elas vão treinar.”Pedro Violante concorda. “Éobjectivo que no sector feminino acompetitividade é menor, nãoobstante reconhecer o trabalho eesforço feito pelos dois clubes queestão na 1.ª Divisão. O contexto dodesporto feminino em Portugal,lamentavelmente, ainda não gozade privilégios que o masculinotem, quer por factores de ordemlegal quer por factores culturais.”equipa capaz de ombrear com osmelhores.”Pedro Violante critica a formacomo alguns investimentos foramfeitos. “Pagou-se muito dinheiro aatletas sem que a respectiva estruturafosse coerentemente exigente”,lamenta. E depois há o isolamentogeográfico. “Andebol de topo sóexiste a 125 km de Leiria, em Lisboaou Aveiro, o que condiciona muito.”A Associação de Andebol de Leiria“tem de ser o pólo dinamizador doandebol, em parceria com a FAP,para que a modalidade cresça nodistrito de Coimbra e Santarém”.O que é, então, necessário mudar?“O andebol tem de deixar de ser umhobby”, diz André Afra. “É precisoexistir maior responsabilidade porparte dos clubes, directores, dirigentes,atletas e treinadores” e,também, “equipas juniores competitivas”.Para que isso seja umarealidade é necessário “estruturasmais bem organizadas, ambição emuito trabalho.”Pedro Violante vai mais longe. “Épreciso que um dos clubes de Leiriaassuma a 1.ª Divisão como objectivo,sem reservas, destemidamente,mas obviamente de formasustentada e sem por em causatoda a estrutura de formação. Eque percebam que esse pode ser ocatalisador para que a modalidadesuba degraus.”DR
DesportoJornal de Leiria 6 de Setembro de 2012 33Pontapé na bola no distrito de Leiria sobrevive à criseFutebol de formação duplicae equipas seniores encolhemEstreia auspiciosaSAD da Uniãode Leiria voltaàs vitóriasapós meio anoMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornaldeleiria.pt❚ O distrito de Leiria assiste hámais de uma década a um fenómenocurioso. Ao mesmo tempoque as equipas de futebol sénior diminuemde forma sistemática, asdedicadas aos mais jovens crescemexponencialmente. E nem mesmoa crise faz com que o trabalho deformação abrande.Em Agosto do ano passado, já oJORNAL DE LEIRIA alertava para ofacto de em duas décadas as equipasde futebol sénior terem caídopara menos de metade. Eram 96,agora são 43. Para trás ficaram emblemassimpáticos como a RealSociedade, a Casa de Pessoal daCimpor ou do Grupo Unido Os Tufudos.“A falta de apoio popular aofutebol sénior, muito por força dasalterações do estilo de vida na sociedadeactual” é uma das razõesapontadas por Júlio Vieira, presidenteda Associação de Futebolde Leiria, para a redução do númerode praticantes. “É maisatraente ver montras nos centroscomerciais e corresponder a outrassolicitações que as pessoas têm”,lamenta o dirigente.Por outro lado, “a enorme quantidadede jogos de futebol na televisãodurante toda a semana e a todasas horas” explica alguma saturaçãopela modalidade. “As dificuldadesna transição dos juniorespara os seniores, quando a maioriados jovens seguem os estudos noensino superior” é outra das razõesque levam ao abandono da práticadesportiva. Entrar na universidade“é muito bom, mas compromete apassagem a sénior”. Por fim, explicaJúlio Vieira, “o futebol séniordá mais trabalho e é mais caro”.Há alguma coisa a fazer para inverteresta tendência? “É precisorepensar este escalão e em conjuntocom a Federação Portuguesa deFutebol e as outras congéneres, im-Futebol sénior49432 22011/12 2012/13 2011/12 2012/13Evolução do número de equipas31016920022003Equipas de formaçãoEquipas seniores200420052006Futsal sénior20076320082720092010582011601124Regulamento muda para 2013/4Quadros competitivos com ajustamentosA redução do número de equipasseniores levou à criação dedificuldades na construção doscalendários. Na 1.ª Divisãodistrital de futebol só estãoinscritos dez plantéis. Na 2.ªDivisão distrital de futsal há 15equipas divididas por duas zonas.O que fazer? “Para esta época já212012não podemos efectuar alterações.Em relação à época 2013/4, temosaté 31 de Janeiro de 2013, paraaprovar novos regulamentos eefectuarmos os ajustamentos queos nossos clubes acharem maisadequados, face ao numero deequipas e às dificuldades sociais eeconómicas”, diz Júlio Vieira.plementar um plano nacional. É umtema difícil, que precisa de uma intervençãoponderada e de âmbitonacional. Podemos recuperar algumasequipas, podemos inverter umpouco esta lógica, mas é um problemaque nos ultrapassa por razõesexternas da própria sociedade e quenão deve ser dramatizado.”O fenómeno de redução do númerode equipas também se estendeu,nos últimos cinco anos, aofutsal sénior. Em 2008/9 havia 73masculinas e 33 femininas, enquantona época que agora avançanão vai além das 58 e 21, respectivamente.O futsal é, contudo, “umcaso diferente”. “Desde logo, porque,nos últimos anos cresceu muitoe é natural que a seguir a um fortecrescimento, com uma crise enormeno País e alguns problemas emalguns concelhos, com a redução deapoios e problemas com instalações,sofra um processo de ajustamento”,salienta o líder associativo.Em sentido inverso está o desportode formação, que nem a tal crisefez parar. De 310 a 601 equipasnuma década é um salto significativoe revela que a prática do desportopela juventude, é cada vezmais uma realidade. “Há 20 anosnão tínhamos futsal, hoje somos aterceira associação a nível nacional.Há 20 anos tínhamos poucas equipasna formação, hoje somos a primeiraassociação em futebol de 7, de5 e futebol de rua. Há 20 anos tínhamosmais equipas seniores defutebol, é verdade, mas tínhamos 3mil atletas e cerca de 250 equipas.Hoje, temos 10.500 atletas e mais de700 equipas. Há 20 anos tínhamos90 filiados, hoje temos cerca de150. Como se pode constar e os númerosnão enganam, temos hojeuma importância desportiva e socialmuito relevante. É mais um prova daenorme capacidade de resistênciados nossos clubes e do movimentoassociativo do distrito de Leiria”,conclui o dirigente.Media Capital vendeu acçõesBartolomeu detém maioria absoluta da SAD❚ O histórico líder da SAD da UniãoDesportiva de Leiria também já é odetentor da maioria absoluta do capitalsocial da empresa. É que ogrupo Media Capital, que era detentorde 20,1% da SAD, vendeu asua participação por um euro. Deacordo com as demonstrações financeirasda empresa enviadas àCMVM, o negócio foi concretizadoem Maio. O JORNAL DE LEIRIAsabe que foi João Bartolomeu queficou com a participação que pertenciaà dona da TVI.Agora, o anterior administrador daSAD tem a maioria absoluta da empresaem sua posse. Entre as empresassob sua responsabilidade, B-Investimentos com 20,9%, Materliscom 9,7% e Barlasota com 1,6%, e asacções em nome próprio (0,5%),João Bartolomeu detinha 31,7%. Comos 20,1% da Media Capital passa a ter51,8%. O Correio da Manhã adiantaque as acções foram vendidas por umeuro, mas o comprador ficou responsávelpor saldar uma livrançano valor de 750 mil euros. A ligaçãoentre a SAD da União de Leiria e a MediaCapital começou na época de1999/2000. A dona da TVI investiu naSAD e desta forma garantiu a emissãodos jogos em casa da equipa. Onegócio acabou por durar pouco,pois a União de Leiria voltou a assinarcontrato com a Sport TV.❚ Não podia ter começado melhor,a participação da equipa de futebolda SAD da União Desportiva deLeiria na Zona Sul da 2.ª Divisão. Aequipa de Ricardo Moura bateu, noAlgarve, o Quarteirense, por 0-1. Oherói da partida por Nélson Torres.O ex-atleta do Atlético da Malveiraentrou em campo aos 64 minutose no minuto seguinte marcou,estabelecendo o resultado final.Esta vitória foi a primeira da SAD daUnião de Leiria em cinco meses emeio. O último triunfo data de 17de Março, quando, ainda na 1.ªLiga, o Rio Ave foi batido, no EstádioMunicipal da Marinha Grande,por 1-0. Foi Bruno Moraes, aos 58minutos, que marcou o tento. AUnião de Leiria volta a jogar no domingo,dia 9, pelas 17 horas, frenteao Boavista, em jogo a contarpara a primeira eliminatória daTaça de Portugal. Será a estreia daequipa na sua nova casa, o relvadosintético do Campo da Portela, emSanta Catarina da Serra.Em Pombal e MarinhaVolta a Portugaldo Futuro passana região❚ Marinha Grande vai receber hoje,quinta-feira, a chegada da segundaetapa da Volta a Portugal do Futuroem ciclismo, competição dedicada aoescalão sub-23. A partida deste percursode 124 quilómetros será em Oliveirado Bairro às 12 horas, sendo quea hora dos atletas chegarem à meta,instalada na Avenida John Beare,está prevista para as 15:16 horas.Antes disso, os ciclistas passarão porLouriçal, Matos do Carriço e Vieira deLeiria. Amanhã, sexta-feira, é a vezde Pombal acolher o arranque da terceiraetapa. A partida simbólica estámarcada para o Largo da Biblioteca,às 12 horas, sendo que a partida realserá já no IC8, junto à placa de sinalizaçãoda Urbanização S. Cristovão.O pelotão seguirá para Almoster e Alvaiázere,e depois de cumprir mais124 quilómetros chegará à Sertã pelas15:30 horas. Entretanto, CéliaVieira, da União de Ciclismo de Leiria,esteve em grande destaque nosúltimos dias, ao vencer a competiçõesfeminina em três provas popularesda região, os circuitos de SãoJorge, Maçãs de Dona Maria e Avelar.Nas provas do Norte do distrito, LuísGregório, do mesmo clube, venceuem veteranos C.
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