26 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012EconomiaAlvados EmotionalHotel candidato aprémio <strong>de</strong> <strong>de</strong>signLançamento CasaJosé Repolho lançavinhos tintos e roséSumol+CompalPrejuízos <strong>de</strong> 1,7 milhõesno primeiro semestreÓbidos Softwell naincubadora do ParqueTecnológicoAinda não foi inaugurado, mas jáestá na short list do InternationalHotel Design Award (hotel un<strong>de</strong>r50 rooms), concurso que visapromover as unida<strong>de</strong>s que exibam<strong>de</strong>sign, ambiente ou arquitectura“inovadores e alternativos”.O Cooking and Nature–-Emotional Hotel situa-se emAlvados, Porto <strong>de</strong> Mós, e apostanum conceito “completamenteinovador” que “apela aos sentidos,às emoções e à imaginação”.A Casa José Repolho, doconcelho da Batalha, está alançar no mercado quatro vinhos– Burro Velho e Real Fado (tintos)e Summer Lovers Collection,rosé e branco. Embora só agorapassem a estar no mercado, estesvinhos já tinham participado emalguns concursos e recebidovários prémios. O Burro Velho,por exemplo, recebeu umamedalha <strong>de</strong> ouro no UltimateWine Challenge, em Nova Iorque.A Sumol+Compal, empresa quetem uma fábrica em Pombal e umcentro <strong>de</strong> logística em <strong>Leiria</strong>,registou prejuízos <strong>de</strong> 1,7 milhões<strong>de</strong> euros no primeiro semestre<strong>de</strong>ste ano, que comparam com oslucros <strong>de</strong> 2,3 milhões em igualperíodo do ano passado. Deacordo com a empresa, a inversãonos resultados <strong>de</strong>ve-se à quedadas vendas em Portugal e aoaumento dos custos <strong>de</strong> produção,sobretudo das matérias-primas.Empresa <strong>de</strong> origem brasileiraespecializada no <strong>de</strong>senvolvimentoe comercialização da soluçãoMaker (plataforma integrada quecria e gere aplicações empresariaisem ambiente web), a Softwellinstalou-se recentemente naincubadora do Parque Tecnológico<strong>de</strong> Óbidos. A aposta pren<strong>de</strong>-secom a expansão da área <strong>de</strong>serviços da Softwell Europe emPortugal, refere um comunicadoda câmara que cita a empresa.Coimbra IPNconvidado paraprojecto internacionalPortugueses gastam mais em tabletsDR<strong>Leiria</strong> AIP discutecrescimentoeconómicoO Instituto Pedro Nunes (IPN), <strong>de</strong>Coimbra, vai integrar o projectointernacional Blueseed, que passapela criação <strong>de</strong> uma incubadora<strong>de</strong> empresas num navio emáguas internacionais, a cerca <strong>de</strong>22 quilómetros <strong>de</strong> Silicon Valley,nos Estados Unidos da América.Teresa Men<strong>de</strong>s, directora do IPN,explicou à Lusa que, <strong>de</strong>sta forma,as empresas interessadas po<strong>de</strong>mtemporariamente <strong>de</strong>senvolvernegócios e parcerias sem asexigências <strong>de</strong> visto <strong>de</strong> trabalhodos EUA. O projecto Blueseed teráinício no próximo ano, dandoassim oportunida<strong>de</strong> às empresasapoiados pelo IPN <strong>de</strong> seexpandirem e formalizaremnegócios e parcerias comcongéneres americanas. “Fomosconvidados e a<strong>de</strong>rimos à i<strong>de</strong>ia,que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a universalida<strong>de</strong> dasparcerias”, adiantou aresponsável. Criado em 1991, oInstituto Pedro Nunes apoiacerca <strong>de</strong> 180 empresas, comvolume <strong>de</strong> facturação anualsuperior a 75 milhões e mais <strong>de</strong>1700 postos <strong>de</strong> trabalho directosaltamente qualificados.No segundo trimestre <strong>de</strong>ste ano os consumidoresportugueses gastaram menos nos electrodomésticos(quebra <strong>de</strong> 22% nas máquinas <strong>de</strong> lavar loiça, porexemplo) do que em igual período do ano passado etambém cortaram nos gastos com livros, consolas,software e filmes em DVD (menos 13,6%). Pelocontrário, aumentaram os gastos na aquisição <strong>de</strong>televisões (26%) e <strong>de</strong> tablets (145%). Os dados são dobarómetro da Associação Portuguesa <strong>de</strong> Empresas <strong>de</strong>Distribuição (APED) e mostram ainda que as marcasbrancas continuam a ganhar terreno, tendo agorauma quota <strong>de</strong> mercado <strong>de</strong> 36,4%. Quanto aos bensalimentares, subiram as compras <strong>de</strong> mercearia (mais1,2%) <strong>de</strong> frescos e <strong>de</strong> charcutaria, mas <strong>de</strong>sceram as <strong>de</strong>bebidas (menos 0,5%) e produtos lácteos (menos1,3%). Para as compras, os portugueses apontam ossupermercados como os locais preferidos, seguindo--se os hipermercados (23,6%). Segundo o InstitutoNacional <strong>de</strong> Estatística, o indicador <strong>de</strong> confiança dosconsumidores foi positivo em Agosto, dandoseguimento à tendência iniciada em Fevereiro, emresultado da melhoria das perspectivas sobre aevolução da situação económica do País e da situaçãofinanceira das famílias.Be In – Participar para Crescer é onome do evento que aAssociação Industrial Portuguesa(AIP) está a dinamizar com vistaa promover a participação dasocieda<strong>de</strong> nas temáticas que<strong>de</strong>terminam o futuro <strong>de</strong> Portugale da Europa. Nas acçõesagendadas para várias cida<strong>de</strong>s doPaís, entre elas <strong>Leiria</strong> (em dataainda a <strong>de</strong>finir), vão estar emdiscussão, entre outros assuntos,o crescimento económico e oreforço da economia europeia.Nas 50 sessões previstas (entreSetembro <strong>de</strong>ste ano e Abril <strong>de</strong>2013), será pedido aosparticipantes que abandonem oseu “lado <strong>de</strong> espectadores” paraentrarem na discussão pública,na troca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, informação eopiniões, “como contributoactivo para a prossecução <strong>de</strong>políticas orientadas para ocrescimento económico e oreforço da economia europeia”,refere um comunicado da AIP.Empresários, empreen<strong>de</strong>dores,quadros-técnicos <strong>de</strong> empresas,da administração pública e <strong>de</strong>outras instituições, estudantes,jornalistas e opinion-makersserão chamados a participar.Leiturasdasemana (www.arquivolivraria.pt)Má <strong>de</strong>spesa PúblicaBárbara RosaRui Oliveira MarquesEditora: AletheiaO livro nasceu do blogue e o blogue nasceu danecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partilhar informação sobre a MáDespesa Pública em tempos <strong>de</strong> troika. Todo e qualquercidadão po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve consultar a forma como a todos osníveis do Estado se gasta o dinheiro dos seus impostos.Das juntas <strong>de</strong> freguesia aos governos, passando pelascâmaras municipais, fundações, institutos, empresaspúblicas e municipais, esbarra-se com constantessurpresas. Neste livro po<strong>de</strong> conhecer os exemplos maisrecentes e alguns erros cometidos no passado queparecem não ter servido <strong>de</strong> lição.Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Gestão global e osMeios e as Técnicas <strong>de</strong> fazer ocontrolo <strong>de</strong> gestão nas PMERenato Lopes da CostaEditora: ActualEste livro tem como objetivo projetar o futuro e dar aconhecer como está o mundo organizado relativamenteà forma cultural <strong>de</strong> fazer gestão e pensar a estratégia.Preten<strong>de</strong> ainda discutir i<strong>de</strong>ias sobre a área <strong>de</strong> controlo<strong>de</strong> gestão à luz <strong>de</strong> uma perspetiva estratégica e global,sendo <strong>de</strong>senvolvido um plano <strong>de</strong> referência que permiteaten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> académicos e gestoresorganizacionais.
Economia<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 27Projecto irá criar 200 postos <strong>de</strong> trabalho directosMohave e Galp investem 230 milhõespara procurar gás em PortugalLuciano Larrossaluciano_larrossa@msn.com❚ A Mohave Oil & Gas Corporatione a Galp assinaram um acordopara a prospecção <strong>de</strong> petróleo egás em Portugal na passada segunda-feira,em Alcobaça. Estáprevisto um investimento <strong>de</strong> 230milhões <strong>de</strong> euros durante os próximoscinco anos. Na cerimónia,que contou com a presença doMinistro da Economia, Álvaro Pereira,foi revelado que o acordo<strong>de</strong>ve gerar 200 postos <strong>de</strong> trabalhodirectos e 1.400 <strong>de</strong> forma indirectanos próximos anos.No que toca ao investimentoem Aljubarrota, a Galp só ficarácom 50% da concessão, o que correspon<strong>de</strong>a um investimento <strong>de</strong>3,4 milhões <strong>de</strong> euros, referentes aopagamento dos custos realizadospela Porto Energy naquela concessão.No caso <strong>de</strong> Alcobaça, ainda é necessárioque seja confirmada aexistência <strong>de</strong> recursos naturais.Para isso, a Mohave irá trabalhardurante 50 dias, para encontraruma resposta <strong>de</strong>finitiva. É esperadoque sejam <strong>de</strong>scobertos setemilhões <strong>de</strong> metros cúbicos daquelassubstâncias. “Faz-se a pesquisa,a perfuração, prepara-se o<strong>de</strong>senvolvimento e, se tudo <strong>de</strong>rcerto, faz-se a produção. É umpasso atrás do outro, não há comoacelerar”, explicou Arlindo Alves,responsável da Mohave, na cerimónia.Ministro da Economia visitou trabalhos da Mohave em AlcobaçaO número20%A probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser encontradogás ou petróleo em Alcobaça é <strong>de</strong>20 a 30%, valor consi<strong>de</strong>radoelevado para esta indústria, quepor norma trabalha compercentagens na or<strong>de</strong>m dos 15%O responsável do Governo <strong>de</strong>slocou-sea Alcobaça para aprovar,também, parte do plano geral <strong>de</strong>trabalhos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento eprodução <strong>de</strong> hidrocarbonetos,apresentado pela Mohave. ÁlvaroPereira revelou durante a visita aAlcobaça que o “<strong>de</strong>senvolvimentoregional” durante a prospecção<strong>de</strong> petróleo será uma das principaispreocupações do Governo.“O <strong>de</strong>senvolvimento das comunida<strong>de</strong>slocais é, para nós, fundamental”.Fábrica <strong>de</strong> porcelanas da Batalha Bonvida encerrou em Setembro <strong>de</strong> 2011Um ano <strong>de</strong> espera sem <strong>de</strong>sfecho à vistaLUCIANO LARROSA“Penso que é legítimo, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntementeda <strong>de</strong>scoberta ounão [<strong>de</strong> hidrocarbonetos], que<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já a legislação portuguesapossa garantir royalties municipaispara as comunida<strong>de</strong>s. Pensoaté que Alcobaça é pioneira naexploração onshore e, por isso,sobressai ainda mais essa necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> existir retorno para ascomunida<strong>de</strong>s locais”, alertou opresi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Alcobaça,Paulo Inácio.<strong>Leiria</strong> AIPI levaempresas nacionaisa feira em ParisA Associação dos IndustriaisPortugueses <strong>de</strong> Iluminação (AIPI)está a organizar a participação <strong>de</strong>um grupo <strong>de</strong> empresas na Maison& Objet, “a maior mostra das novastendências” na área da <strong>de</strong>coração eartigos para a casa, que se realizaem Paris entre amanhã e terça--feira. A associação, com se<strong>de</strong> em<strong>Leiria</strong>, irá também expor algunsdos novos produtos da marcaLuzza. O sector português dailuminação continua assim a suainternacionalização, “cujosresultados se têm reflectido numconstante aumento do volume <strong>de</strong>exportações nos últimos <strong>de</strong>z anos”.Das oito empresas que integram ogrupo, duas são do distrito: VillaLumi (Marinha Gran<strong>de</strong>) e IvoCutelarias (Caldas Rainha).Marinha Gran<strong>de</strong> CaixaGeral <strong>de</strong> Depósitosmuda <strong>de</strong> instalaçõesA partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Outubro, a CaixaGeral <strong>de</strong> Depósitos (CGD) muda <strong>de</strong>instalações na Marinha Gran<strong>de</strong>,concentrando os serviços noedifício da Rua Bernardino JoséGomes, na zona histórica dacida<strong>de</strong>. Fonte oficial da CGDexplica que não se trata <strong>de</strong> umafusão, mas <strong>de</strong> “uma mudança <strong>de</strong>instalações que tem comoobjectivo melhorar o serviçoprestado aos clientes”. Assimsendo, “não vai haver qualquerextinção <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho”.Acrescenta que, “por motivos <strong>de</strong>diversa or<strong>de</strong>m a Caixa, por vezes,sente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudar <strong>de</strong>instalações, sempre com oobjectivo <strong>de</strong> prestar um melhoratendimento”.Alcobaça ICEL<strong>de</strong>stacada emrevista <strong>de</strong> carnes❚ Faz esta semana um ano que aBonvida fechou. Des<strong>de</strong> então, umgrupo <strong>de</strong> trabalhadores continuaa ir diariamente para junto da fábrica<strong>de</strong> porcelanas da Batalhacom o intuito <strong>de</strong> “guardar o património”,mantendo a esperançaque a unida<strong>de</strong> seja viabilizada evolte a produzir.Mas a sintonia <strong>de</strong> opiniões quemarcou os primeiros tempos pareceter <strong>de</strong>saparecido. Agora reinaalguma tensão: o sindicato da cerâmicaque <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início representavacerca <strong>de</strong> 50 operários foi“dispensado” e o até aqui porta--voz dos trabalhadores afastou-se dogrupo que recentemente propôs acriação <strong>de</strong> uma cooperativa paraviabilizar a unida<strong>de</strong>.Segundo foi possível apurar, LuísFilipe afastou-se <strong>de</strong>ste grupo pornão estar <strong>de</strong> acordo com a formacomo o processo está a ser conduzido.Contudo, não saiu ainda da comissão<strong>de</strong> trabalhadores e os restantesoperários continuam a indicá-locomo porta-voz. Contactado,recusou-se a prestar esclarecimentose remeteu para Gracinda Rosário,apontada igualmente por outrosoperários como uma das responsáveis<strong>de</strong>sta comissão. Também elanão se mostrou disponível paraprestar esclarecimentos.O JORNAL DE LEIRIA tentou falarcom alguns dos operários quemantêm vínculo à empresa (apenassuspen<strong>de</strong>ram os contratos) e continuama ir para junto da fábricapara evitar que seja vandalizada,mas nenhum quis falar sem a presençada comissão <strong>de</strong> trabalhadores.Jorge Vicente, dirigente do sindicatoda cerâmica que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o iníciose mobilizou pela reabertura daunida<strong>de</strong>, reconhece que recentementeos trabalhadores manifestaramnão querer continuar a usufruirdo apoio <strong>de</strong>sta estrutura, que “nuncacobrou um tostão” por isso. Dizque continua a haver disponibilida<strong>de</strong>do sindicato para os apoiar elamenta que o afastamento possater resultado do facto <strong>de</strong>, “se calhar,os trabalhadores terem sido malaconselhados” por terceiros.Não há ainda data marcada paraa próxima assembleia <strong>de</strong> credores,mas o JORNAL DE LEIRIA sabeque o parecer da administradora dainsolvência é no sentido da liquidaçãoda empresa. Invocando o<strong>de</strong>ver <strong>de</strong> sigilo, Vera La<strong>de</strong>ira recusouprestar <strong>de</strong>clarações. “Não sesabe qual o <strong>de</strong>sfecho provável”,limitou-se a dizer, recordando quecabe aos credores <strong>de</strong>cidir o futuroda empresa.A produção da Bonvida foi paradahá um ano pela administração,que em comunicado justificavacom a interrupção no fornecimento<strong>de</strong> gás. Ficaram sem trabalho 168pessoas, que tinham na altura saláriose subsídios em atraso. Amaioria dos trabalhadores rescindiuentretanto contrato, mantendosecom vínculo apenas os cerca <strong>de</strong>50 que continuam a fazer turnos <strong>de</strong>vigilância. A insolvência foi requeridapela administração da empresapouco tempo <strong>de</strong>pois do encerramento.RSSA ICEL, empresa da Benedita queproduz artigos <strong>de</strong> cutelaria, foium dos <strong>de</strong>staques da revistaCarne e Conveniência. Estapublicação, <strong>de</strong>dicada ao sectordas carnes, falou sobre a históriada empresa <strong>de</strong> Alcobaça e <strong>de</strong>u aconhecer os seus melhoresprodutos. Esta empresa daBenedita, que iniciou activida<strong>de</strong>em 1940, é uma das lí<strong>de</strong>res anível nacional no sector dacutelaria. As suas facas estãohoje presentes em 45 países,sendo usadas tanto no segmentodoméstico como no profissional(hotelaria e indústria da carne).Produz 3,2 milhões <strong>de</strong> peças porano e factura em média novemilhões <strong>de</strong> euros.