20 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012Socieda<strong>de</strong> Ciência e TecnologiaParque eólico flutuante po<strong>de</strong> nascerao largo <strong>de</strong> São Pedro <strong>de</strong> MoelWindFloat Estão a ser feitos testes numa plataforma ao largo da Póvoa <strong>de</strong> Varzim. Se os dados serevelarem promissores, <strong>de</strong>verá avançar-se para a construção nos mares da regiãoO que é a WindFloatComparativoAs gigantescas pás <strong>de</strong> 40 metros <strong>de</strong>envergadura estão presas a uma torrecom 67 metros que assenta numaplataforma flutuante. Flutuante masnão ao sabor das marés, pois a estruturaestá ligada ao fundo do mar porcabos e âncoras. O facto <strong>de</strong> ser umaestrutura flutuante permite colocar astorres em locais com profundida<strong>de</strong>ssuperiores, on<strong>de</strong> o vento po<strong>de</strong> sermais forte.Os responsáveis acreditam que asestruturas po<strong>de</strong>m ser colocadas atéaos 200 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>.40m121m121mLocalizaçãoEólicaFarol <strong>de</strong> S. Pedro32mPraia da Vieira67m12kmSão Pedro<strong>de</strong> MoelNazaréColuna <strong>de</strong>estabilizaçãoNível <strong>de</strong> águaSão Martinhodo PortoFoz do Arelho14mPenicheFonte: EDP e JORNAL DE LEIRIAMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Era do senso comum que a zonapiloto ao Norte <strong>de</strong> São Pedro <strong>de</strong>Moel, criada pelo Governo em 2010para o aproveitamento das energiasmarinhas renováveis, estivesse<strong>de</strong>stinado à exploração da energiadas ondas do mar. No entanto, outrotipo <strong>de</strong> projectos po<strong>de</strong>rão nascerpor ali. É que um consórcio li<strong>de</strong>radopela EDP tem outros planospara aquele espaço. Se os resultadosobtidos na plataforma experimental,a 5,5 quilómetros da costada Aguçadoura, concelho da Póvoa<strong>de</strong> Varzim, se revelarem consistentes,po<strong>de</strong>rá ser instalado umparque eólico <strong>de</strong>finitivo naquelaságuas.O projecto WindFloat – é assimque se chama – está estruturado emtrês fases: “a fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração,que se encontra actualmente emcurso na Aguçadoura, esten<strong>de</strong>ndo--se a uma fase <strong>de</strong> monitorização e<strong>de</strong> testes por cerca <strong>de</strong> mais doisanos; a fase pré-comercial, possivelmentecom cinco dispositivos epossivelmente na zona <strong>de</strong> São Pedro<strong>de</strong> Moel; e a fase comercial, quese <strong>de</strong>verá reflectir num parque <strong>de</strong>maior dimensão que ocorreráquando todas as condições estiveremreunidas e a tecnologia validada,numa localização a <strong>de</strong>finir”,revelou ao JORNAL DE LEIRIAO número5é o número <strong>de</strong> torres previstaspara o parque eólico offshore <strong>de</strong>São Pedro <strong>de</strong> Moel, caso sevenha a concretizar. Ficarãoinstalados a 12 km da costaJoão Gonçalo Maciel, director <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento tecnológico daEDP Inovação.O projecto instalado nos frios maresdo Norte do País representou uminvestimento <strong>de</strong> 23 milhões <strong>de</strong> eurose está no local <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong>2011, tendo começado a funcionar naantevéspera <strong>de</strong> Natal <strong>de</strong>sse ano.Tem um aerogerador <strong>de</strong> 2 megawattsque já <strong>de</strong>bitou energia suficientepara abastecer 1.600 habitações.E o WindFloat tem vantagemsignificativas relativas aos parqueseólicos instalados em terra. É que nomar o vento é mais constante, peloque o aproveitamento da energiapo<strong>de</strong> ser bem maior. Por outro lado,como as torres estão instaladas bemdistante da costa, o impacto visual énulo.A realização da fase previstapara a região, 12 distantes quilómetrosao largo do concelho da MarinhaGran<strong>de</strong>, em princípio comcinco torres, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um conjuntoalargado <strong>de</strong> condições e resultará,em última análise, <strong>de</strong> uma<strong>de</strong>cisão do consórcio. “As principaisquestões que condicionamessa <strong>de</strong>cisão pren<strong>de</strong>m-se com osucesso da actual fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração,bem como da existência<strong>de</strong> um enquadramento regulatórioa<strong>de</strong>quado e da existência <strong>de</strong> incentivoseuropeus que aju<strong>de</strong>m a financiareste tipo <strong>de</strong> projectos”,conclui João Gonçalo Maciel.
Socieda<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 21Fado solidário na NazaréO pavilhão da Associação <strong>de</strong> Dadores Benévolos <strong>de</strong>Sangue do Concelho da Nazaré, em Valado dosFra<strong>de</strong>s, recebe, no sábado, uma noite <strong>de</strong> fados<strong>de</strong>stinada a angariar fundos para aquelainstituição. A iniciativa tem início pelas 20 horas econtará com a actuação <strong>de</strong> vários fadistas.Cansaço e irritação afectam cerca <strong>de</strong> 40% dos trabalhadoresPausas curtas evitam “ressaca”<strong>de</strong>pois das férias <strong>de</strong> VerãoDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.ptRegresso ao trabalho é difícil para muitos portuguesesARQUIVO/JL❚ Na véspera do primeiro dia <strong>de</strong> trabalho,após as férias, Maria JoãoSantos quase não dormiu, ansiosacom a semana preenchida que conseguiaantever. E <strong>de</strong> regresso ao emprego,cada um dos dias que se seguiufoi <strong>de</strong> tortura. Além <strong>de</strong> <strong>de</strong>spachartrabalho acumulado, foipreciso adaptar o corpo ao <strong>de</strong>spertadore abandonar as sestas.Estudos realizados em Espanhae no Brasil, citados pelo <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong>Notícias, estimam que cerca <strong>de</strong>40% dos trabalhadores evi<strong>de</strong>nciamdificulda<strong>de</strong>s no regresso aos horários,às obrigações e às contas parapagar. Entre outros sintomas, apresentamirritabilida<strong>de</strong>, cansaço, tristeza,mau humor ou alteração dospadrões <strong>de</strong> sono e <strong>de</strong> apetite. “Nãose trata <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>pressão”,explica Telmo Baptista, psicoterapeutae presi<strong>de</strong>nte da AssociaçãoPortuguesa <strong>de</strong> TerapiasComportamental e Cognitiva àquelejornal. O que se verifica, diz, é aexistência <strong>de</strong> uma reacção adaptativaao trabalho, marcado por umregisto <strong>de</strong> <strong>de</strong>ver, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um período<strong>de</strong> lazer e sem obrigações.Essa é também a convicção <strong>de</strong>João Borges Lopes, psicólogo clínicona área da família e do trabalho,para quem esta espécie <strong>de</strong>“ressaca pós-férias” se <strong>de</strong>ve ao factodo organismo ficar, durante sucessivosdias em <strong>de</strong>scanso, semhorários para acordar, comer ou<strong>de</strong>itar, criando um estado <strong>de</strong> relaxamentocom efeitos psicológicos.O stress do regresso às férias ocorrequando o organismo é <strong>de</strong> novoobrigado a seguir rotinas rígidas, ea respon<strong>de</strong>r rapidamente às solicitações,como se fosse “bombar<strong>de</strong>ado”.Para garantir maior equilíbrioemocional, o mais indicado, especialmentepara profissões <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> contactocom o público, ou operacionaisque tenham <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a rápidosprazos <strong>de</strong> entrega, é ter vários períodos<strong>de</strong> férias, curtos, distribuídosao longo do ano. O facto <strong>de</strong> não <strong>de</strong>sligartotalmente o organismo darotina habitual faz com que o regressoseja menos complicado, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>.David Lewis, psicólogo britânico,enten<strong>de</strong> que a duração i<strong>de</strong>al das fériasé <strong>de</strong> três dias. Citado peloCiência Hoje, o investigador dizque mais dias equivalem a mais sol,comida e, eventualmente, mais álcool,que prejudicam o <strong>de</strong>scanso.PUBLICIDADE<strong>Leiria</strong> Caminhadaspromovem hábitossaudáveisProporcionar momentos <strong>de</strong>exercício físico à população epromover um estilo <strong>de</strong> vidasaudável são os principaisobjetivos da iniciativaCaminhadas - cida<strong>de</strong> emmovimento com óptimoacompanhamento, promovidapelo Hospital I<strong>de</strong>almed DomManuel <strong>de</strong> Aguiar, em <strong>Leiria</strong>. Ainiciativa começou na segundafeirae repete-se amanhã e nosdias 10, 14, 17 e 21. Amanhã, apartida tem lugar junto aoparque da Igreja <strong>de</strong> SantoAgostinho, às 19 horas. Duranteas caminhadas, os participantesserão acompanhados por umfisioterapeuta e um massagista.A inscrição gratuita e po<strong>de</strong> serfeita pelo telefone 244 100 009.Estatuto Dadores<strong>de</strong> sangue comdireito a seguroOs dadores <strong>de</strong> sangue vão passara ter direito a um seguro, segundoo Estatuto do Dador <strong>de</strong> Sanguepublicado, na semana passada,em Diário da República. Oestatuto consagra outros direitosdo dador, como a isenção emalgumas taxas mo<strong>de</strong>radoras ou apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ausentar dassuas activida<strong>de</strong>s profissionaispara dar sangue. Ao dador é aindapermitida a livre visita <strong>de</strong> doentesinternados em hospitais duranteo período estabelecido para oefeito. Quanto a <strong>de</strong>veres, oestatuto refere que o dador este<strong>de</strong>ve “observar as normastécnicas e científicas previamenteestabelecidas, tendo em vista a<strong>de</strong>fesa da sua saú<strong>de</strong> ea do doente receptor”.Sensibilização RegiãoCentro caminhacontra cancroda mamaOs dadores <strong>de</strong> sangue vão passara ter direito a um seguro,segundo o Estatuto do Dador <strong>de</strong>Sangue publicado, na semanapassada, em Diário daRepública. O estatuto consagraoutros direitos do dador, como aisenção em algumas taxasmo<strong>de</strong>radoras ou a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> se ausentar das suasactivida<strong>de</strong>s profissionais paradar sangue. Quanto a <strong>de</strong>veres, oestatuto refere que o dador este<strong>de</strong>ve “observar as normastécnicas e científicaspreviamente estabelecidas,tendo em vista a <strong>de</strong>fesa da suasaú<strong>de</strong> e a do doente receptor”.