18 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012Socieda<strong>de</strong>Associação Fazer Avançar disponibiliza cursos <strong>de</strong> línguas low costDo you SPEAK english? Sprechen sie <strong>de</strong>utsch?❚ SPEAK é o novo projecto da AssociaçãoFazer Avançar (AFA) <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, instituição <strong>de</strong> cariz social.Trata-se <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> línguaslow cost. Alemão, francês, inglês,mandarim e russo são os idiomaspara já garantidos. O projecto é acontinuida<strong>de</strong> do <strong>Leiria</strong> LanguageExchange, que possibilita a qualquerpessoa apren<strong>de</strong>r uma língua<strong>de</strong> forma gratuita ao mesmo tempoque promove a integração <strong>de</strong> estudantese estrangeiros na cida<strong>de</strong><strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. “Um dos problemas quei<strong>de</strong>ntificámos foi a exclusão sociale cultural, que é agravada pelaAjudar as pessoasProjectos sociaisAlém do <strong>Leiria</strong> LanguageExchange, a AFA já colocou emprática quatro projectos. O EuDesportivo promove a igualda<strong>de</strong> noacesso ao <strong>de</strong>sporto. O Faz-te à vida!ajudará os jovens a iniciar o seunegócio. O Ignite <strong>Leiria</strong> tenta atrairuma “explosão <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias partilhadas<strong>de</strong> um modo inovador e original” Jáo <strong>Leiria</strong> Happiness Club andou adistribuir sorrisos e abraços pelacida<strong>de</strong> para promover a felicida<strong>de</strong>.barreira linguística. Percebemosque se atacássemos essas duascausas teríamos a solução do problema”,explica Hugo Menino, presi<strong>de</strong>nteda AFA.Devido à elevada <strong>de</strong>sistência eaos fracos recursos económicossurgiu o SPEAK social e SPEAKpro. O principal objectivo mantém-se.“Vai continuar a procurarfortalecer as relações entre culturas.Esta nova escola <strong>de</strong> línguasmantém o seu cariz social, mastambém tem uma oferta comercialpara procurar uma receita financeiraatravés do SPEAK Pro. A re-ceita <strong>de</strong>ste vai permitir manter oSPEAK social, que é a razão doprojecto”, adianta Hugo Menino.O SPEAK social continua a ser gratuito,mas tem uma caução <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong>,que é <strong>de</strong>volvida no final docurso. “O objectivo é evitar a <strong>de</strong>sistência.Mas, mantém tutores gratuitose o foco da integração cultural.”Já o SPEAK pro é um serviço comercial,<strong>de</strong> baixo custo, com tutorespagos, cujo foco é na aprendizagem.O curso <strong>de</strong> idiomas <strong>de</strong>stinasea vários públicos: apren<strong>de</strong>r umalíngua do zero, melhorar e praticarum idioma e apostar num vocábu-lo mais técnico e intensivo.Este programa oferece ainda outrosserviços linguísticos: traduçãoe nany. “Para famílias que precisam<strong>de</strong> uma baby sitter e têm o filhonuma escola francesa, por exemplo,e pretendam que melhore alíngua estudada e po<strong>de</strong>m contrataros dois serviços num só”, anunciaHugo Menino.Para colmatar a falta <strong>de</strong> instalações,a AFA assumiu várias parcerias.Um dos locais on<strong>de</strong> vão <strong>de</strong>correras aulas é na Movicortes, empresado grupo do JORNAL DELEIRIA.PUBLICIDADEObras reclamadas arrancam este mês na VieiraNova casa mortuária e maisestacionamento avançam❚ Algumas das obras mais reclamadaspela população <strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, no concelho da MarinhaGran<strong>de</strong>, vão avançar durante o mês<strong>de</strong> Setembro, anuncia o presi<strong>de</strong>ntedaquela Junta <strong>de</strong> Freguesia, JoaquimTomé. Entre elas encontrasea requalificação do centro davila, com a criação <strong>de</strong> mais lugares<strong>de</strong> estacionamento, também a construçãoda nova casa mortuária, novasestradas e a finalização <strong>de</strong> algunstrabalhos <strong>de</strong> saneamento.De acordo com o autarca, a casamortuária, que funciona no centroda vila, junto a igreja, “já não oferecequalquer tipo <strong>de</strong> condições”, peloque uma nova infra-estrutura do géneroirá ser construída junto ao cemitério.O novo equipamento, “maismo<strong>de</strong>rno e funcional”, custará àjunta cerca <strong>de</strong> 200 mil euros e seráedificado por fases.Quanto à requalificação do Jardimda República, no centro da vila,também avança este mês, e inclui acriação <strong>de</strong> pelo menos mais 10 lugares<strong>de</strong> estacionamento, numaobra orçada em 15 mil euros, daresponsabilida<strong>de</strong> da junta. A falta <strong>de</strong>parqueamento no local era até àdata um dos maiores constrangimentosdo centro da freguesia, consi<strong>de</strong>rao presi<strong>de</strong>nte.A segunda fase do saneamento dolugar da Passagem ficará tambémterminado em Setembro, com umaobra a cargo da autarquia, que, nototal, ronda os 500 mil euros.No que respeita à requalificaçãoda Rua do Cais e da Rua da Passagem,também <strong>de</strong>verão arrancar estemês, adianta ainda Joaquim Tomé.DFSEquipamento funcionará na antiga IvimaNova creche da Marinha Gran<strong>de</strong>dá resposta a 84 crianças❚ A creche social que vai funcionarnas instalações da extinta fábrica vidreiraIvima, na Marinha Gran<strong>de</strong>,terá capacida<strong>de</strong> para receber até84 crianças, avançou à Lusa CidáliaFerreira, vereadora da Acção Socialdo município. O novo equipamentoirá também trabalhar 24 horaspor dia, tal como projectava ÁlvaroPereira, presi<strong>de</strong>nte da autarquia,em Outubro do ano passado, aquandoda assinatura do protocolo <strong>de</strong>doação daquelas instalações da BAao município.A vereadora volta assim a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ra necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar resposta aosmuitos pais que trabalham por turnosnaquele concelho. Cidália Ferreiraacrescenta também que a crecheserá gerida pela ADESER II,uma Instituição Particular <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong>Social, havendo aindaespaço disponível nas instalaçõespara albergar se<strong>de</strong>s <strong>de</strong> associaçõesque trabalhem na área social.Recor<strong>de</strong>-se que, em Outubro doano passado, Álvaro Pereira tencionavaque as obras <strong>de</strong> recuperaçãoda antiga Ivima – investimento<strong>de</strong> 500 mil euros da responsabilida<strong>de</strong>da BA – estivessem terminadasem seis meses.
Socieda<strong>de</strong><strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 19Câmara quer unida<strong>de</strong> turística na Serra <strong>de</strong> AlvaiázereAmbientalistas contestam hotel previsto em área protegidaDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ As vozes <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontentamentonão tardaram a ouvir-se <strong>de</strong>pois dovice-presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Alvaiázereter anunciado ao JOR-NAL DE LEIRIA, na semana passada,que preten<strong>de</strong> avançar com oprojecto <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> umaunida<strong>de</strong> hoteleira na Serra <strong>de</strong> Alvaiázere.As associações ambientalistasopõem-se aos argumentos<strong>de</strong>fendidos pelo autarca, <strong>de</strong> “relançamentoda economia local”, eenten<strong>de</strong>m existir espaços que po<strong>de</strong>mser “alternativas <strong>de</strong> alojamento”,que não se encontram emárea protegida nem “afectam abiodiversida<strong>de</strong>”.Agostinho Gomes adiantou queo município tenciona construiruma unida<strong>de</strong> hoteleira <strong>de</strong> quatroestrelas na Serra <strong>de</strong> Alvaiázere, assimque esteja concluída a revisãodo Plano Director Municipal (PDM),o que, assim espera, “<strong>de</strong>ve acontecerem breve”. O vice-presi<strong>de</strong>nteavança que o hotel, <strong>de</strong> 50 camas,custará cerca <strong>de</strong> seis milhões <strong>de</strong> euros,e será construído no âmbito doprograma Mais Centro, no seguimentoda candidatura da entida<strong>de</strong>promotora, Terras <strong>de</strong> Sicó.Embora Agostinho Gomes friseque a intenção é privilegiar a natureza,“aliando a presença humanae o ecossistema”, DomingosPatacho, presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> direcçãodo Núcleo Regional do Ribatejo eEstremadura da Quercus, nota queesta serra é abrangida pela Re<strong>de</strong>Natura 2000, on<strong>de</strong>, além do mais,“não existem acessos, água ou saneamento”.Esta é também a convicção <strong>de</strong>Élio Marques, presi<strong>de</strong>nte da Associação<strong>de</strong> Defesa do Património, aAl-Baiäz, que lembra que este é“um projecto que se arrasta há 15anos”, e que nunca contou com aaprovação dos ambientalistas, namedida em que sempre esteve projectadopara “uma área classifica-Ecologistas sugerem quintas como alternativa <strong>de</strong> alojamentoda”. O presi<strong>de</strong>nte vai aguardar atéque o projecto volte a ser discutidopublicamente, na certeza <strong>de</strong>que, caso mantenha a localização,não contará com a sua aprovação.O geógrafo João Forte lamentaERA IMOBILIÁRIAque a câmara tenha avançado paraeste “plano <strong>de</strong> marketing elaborado”,sem que o projecto tenha sidodiscutido publicamente, tal comolamenta que o PDM não esteja a serusado para or<strong>de</strong>nar o território,mas para “permitir” construções,o que, no seu ponto <strong>de</strong> vista, “é<strong>de</strong>svirtuar este instrumento <strong>de</strong>gestão territorial”. João Forte consi<strong>de</strong>raainda que o investimento é“ridículo”, quando, actualmente,“existem várias quintas à venda,algumas próximas da vila”, e quetêm história e dimensão suficientepara suprir as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>alojamento.Agostinho Gomes lembra que acriação <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamentoturístico é algo que “estácontemplado no PDM, em área<strong>de</strong> aptidão turística, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997”,sendo que este projecto irá obe<strong>de</strong>cera todos os critérios legais emvigor, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a alteração do PDMaos estudos <strong>de</strong> impacto ambiental,parecer da tutela, etc. “Havendoparecer favorável, nada impe<strong>de</strong> asua construção”, tanto mais que,nota o autarca, contribuirá para o“<strong>de</strong>senvolvimento social e económicolocal, com a criação <strong>de</strong>emprego”.PUBLICIDADE