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<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 11nem para professores, como sublinhaIsabel Ferreira, sub-directorado agrupamento <strong>de</strong> escolas GuilhermeStephens, na Marinha Gran<strong>de</strong>,que lida com crianças do pré-escolarao 3º ciclo do ensino básica. “Amaior ou menor dificulda<strong>de</strong> para acriança/jovem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da personalida<strong>de</strong><strong>de</strong> cada um”, diz a docente,para quem os primeiros “cuidados”a ter é, como pais e/ou encarregados<strong>de</strong> educação, o <strong>de</strong> nãodar a conhecer as nossas própriasangústias e medos, transmitindo ai<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que “vai ser bom conhecernovos professores e fazer aindamais amigos”. Quanto à escola,“esta tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> bem acolher,<strong>de</strong> saber lidar com as emoções e <strong>de</strong>trabalhar no sentido <strong>de</strong> sempre favorecera auto-estima das suascrianças e jovens”.Consi<strong>de</strong>rando que escola e famíliaestão conscientes <strong>de</strong>stas realida<strong>de</strong>s,agindo no sentido <strong>de</strong> “facilitar”a integração no novo contextoeducacional, a docente recorda queuma criança “não integrada é infelize po<strong>de</strong> estar con<strong>de</strong>nada ao insucessoescolar”. Por isso, o mais <strong>de</strong>sejávele fundamental é o acompanhamentopor parte dos pais/encarregados<strong>de</strong> educação e o diálogoentre estes e a escola.Sintomas persistentes preocupamValorizar sinais <strong>de</strong> alertaQualquer sintoma “só ganharelevância se for persistente notempo e se acontecer emassociação com outros”. SusanaLalanda cita como principais sinais<strong>de</strong> alerta numa criança que não seadapta à escola, os “sintomasfísicos associados ao medo e aostresse (dor na barriga, dor <strong>de</strong>cabeça, enjoo e vómitos), oisolamento e a agressivida<strong>de</strong>excessiva, tal como o choroconstante ou a recusa contínua emcontar como foi o seu dia, bemcomo as alterações <strong>de</strong> humormuito repentinas. Como a escola éo local privilegiado para ter novosamigos, o contrário po<strong>de</strong>rá ser umsinal <strong>de</strong> que algo está mal, assimcomo se o aluno per<strong>de</strong>rconstantemente objectos pessoais.Aos pais pe<strong>de</strong>-se serenida<strong>de</strong> e umacompanhamento que não“abafe”, mas que seja firme. Bastaque se mostre aos filhos que estãosempre ao seu lado para auxiliar eque eles sintam que em casa têmespaço para falar abertamente dosseus receios, sem que se sintam“pequeninas”, alerta SusanaLalanda. Para Isabel Ferreira, ossinais nem sempre são claros e, porvezes, traduzem-se “emcomportamentos díspares”. Além“do isolamento na sala ou norecreio”, ou da “timi<strong>de</strong>z edificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção na sala<strong>de</strong> aula, ou mesmo no simplesdiálogo ocasional”, po<strong>de</strong> existiruma atitu<strong>de</strong> hilariante, até mesmo<strong>de</strong> mau comportamento.Em casa, regra geral, é mais fácil a<strong>de</strong>scoberta do problema, pelo queos pais <strong>de</strong>vem conversar com acriança/jovem sobre os seus diasna escola, <strong>de</strong> um modo natural.“Há também casos em que, mesmono ambiente familiar, o silêncioexiste e infelizmente, algumasfamílias, são, só por si, o maiorproblema da criança/jovem”.A criança/jovem não tem <strong>de</strong> saberdas preocupações dos adultos.“Elas são tão naturais como oferecero peito para a mamada aquandodo nascimento”, exemplificaIsabel Ferreira, consi<strong>de</strong>rando que otrabalho em parceria é a chave parao sucesso do aluno em todas as vertentes:comportamentais, <strong>de</strong> resultadosescolares, e, consequentemente,da formação harmoniosado cidadão que todos <strong>de</strong>sejamos”.Mentir à criançapo<strong>de</strong> ser traumáticoDeixar uma criança no jardim <strong>de</strong> infânciasignifica “trabalho dobradona hora da adaptação”, ao contráriodo que acontece com um bebéno berçário, cuja separação é maisdifícil para a mãe. Assim, a entradano jardim <strong>de</strong> infância ou no 1º ciclodo ensino básico pe<strong>de</strong> muita “paciênciae ternura” por parte doadulto e também muita calma, poiso estado emocional dos mais velhosreflecte-se sempre na criança. Aospais solicita-se que tenham, pois, acerteza da <strong>de</strong>cisão que tomaram naescolha da escola do seu filho, paratransmitir segurança à criança, casocontrário, “o risco <strong>de</strong> ela chorar, espernear,arremessar brinquedos égran<strong>de</strong>, o que a levará a repudiar aescola”. Susana Lalanda aconselhaos pais a manterem conversascom os coor<strong>de</strong>nadores pedagógicose visitas prévias ao local durante asaulas para observar o comportamentodos educadores.Dizer a verda<strong>de</strong> à criança é tambémfundamental numa situaçãonova e “assustadora” como é o primeirodia <strong>de</strong> aulas, pelo que nunca<strong>de</strong>ve utilizar-se o habitual “já volto”se tal intenção não for para cumprir.A mentira intensifica a insegurançada criança e po<strong>de</strong> tornar a adaptaçãoainda mais traumática.A entrada na escola é, por si só,uma enorme mudança, pelo que<strong>de</strong>vem evitar-se mais alterações aomesmo tempo, que criem ansieda<strong>de</strong>nas crianças. A rotina, a disciplinae a organização significamsegurança.Aos pais que criam um sentimento<strong>de</strong> culpa por <strong>de</strong>ixarem o filhona escola, recor<strong>de</strong>-se que a separaçãoé difícil, mas é possívelreverter a situação em algo positivo,se usarem o tempo que estãolonge como um estímulo para aproveitaro máximo possível os momentosem que estão juntos. “Brincando,mostrando que querem sabero que ele apren<strong>de</strong>u e como foio seu dia...”.PUBLICIDADE

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