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4 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012Especial Regresso às aulasEscolascom maiorautonomiae menosprofessoresAno lectivo O arranque do novo anotraz muitas novida<strong>de</strong>s. Aumenta aautonomia para as escolas, aresponsabilida<strong>de</strong>s dos pais e aexigência para os alunosElisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚Milhares <strong>de</strong> alunos regressam às aulasna próxima semana. O ano lectivo2012/13 arranca com várias alterações.As escolas passam a ter maiorautonomia e vão contar com menosprofessores contratados.O ministro do Ministério da Educaçãoe Ciência (MEC), Nuno Crato, já revelouque preten<strong>de</strong> mais exigência euma aposta nas ciências experimentaise sociais. Os alunos do 3.º ciclo vãoter mais 173 horas por ano <strong>de</strong> CiênciasNaturais, Físico-Química, História eGeografia.Uma das principais medidas é amaior autonomia que é dada às direcçõesdas escolas, que têm liberda<strong>de</strong><strong>de</strong> organizar os tempos lectivos naunida<strong>de</strong> que consi<strong>de</strong>rem mais conveniente,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que respeitem ascargas horárias semanais <strong>de</strong>finidaspelo MEC. Serão ainda as escolas a <strong>de</strong>cidirsobre as activida<strong>de</strong>s que promovamo sucesso escolar dos alunos,bem como os recursos humanos aafectar às mesmas.Relativamente aos docentes, o MECimpe<strong>de</strong> a existência <strong>de</strong> 'horárioszero'. Os professores do quadro sãoobrigados a ter a componente lectivacompleta, uma situação que levou atransferir estes professores para outrasescolas, contribuindo para aumentaro número <strong>de</strong> docentes no<strong>de</strong>semprego. Dos 51.209 mil candidatos,apenas 7.600 conseguiram umlugar no ensino público. Um <strong>de</strong>créscimo<strong>de</strong> 40% em relação a 2011/12,quando foram colocados 12.747 professores.Segundo contas feitas pelo DiárioEconómico com base no salário anualbruto <strong>de</strong> 15 mil euros <strong>de</strong> um professorcontratado, com a redução <strong>de</strong> 5.147docentes, que ficaram <strong>de</strong> fora do sistemaem virtu<strong>de</strong> das medidas <strong>de</strong>contenção e racionalização dos recursos- agregação <strong>de</strong> agrupamentos,aumento do número <strong>de</strong> alunos porturma, eliminação das áreas curricularesnão disciplinares e da disciplina<strong>de</strong> EVT e redução do número <strong>de</strong> professores<strong>de</strong>stacados nos sindicatos enoutras organizações privadas - oMEC poupará este ano mais 77 milhões.É no último ano do ensino obrigatórioque a proposta <strong>de</strong> reforma curriculardo Governo mais altera, caindouma disciplina no 12.º ano, o querepresenta menos quatro horas emeia <strong>de</strong> aulas por semana. Há outrasduas disciplinas que terão menos <strong>de</strong>45 minutos semanais, o que significaque, no total, os alunos terão cerca <strong>de</strong><strong>de</strong>z aulas, com uma média <strong>de</strong> três horas por dia.A partir <strong>de</strong>ste ano lectivo passa a serobrigatório frequentar a escola até ao12.º ano ou até aos 18 anos. Os estudospo<strong>de</strong>m, no entanto, ser conciliadoscom o trabalho, sendo autorizadoaos estudantes matricularem-seapenas em algumas disciplinas.Como forma <strong>de</strong> combater o abandonoe o insucesso escolar, o MECestá a preparar novas ofertas <strong>de</strong> ensino,entre as quais cursos <strong>de</strong> ensinovocacional, que po<strong>de</strong>rão ser frequentadospor opção, dos alunos ouencarregados <strong>de</strong> educação, ou comoresultado do <strong>de</strong>sempenho escolar.Assim, os alunos que fiquem retidosduas vezes no mesmo ano lectivo oureprovem três vezes entre o 1.º e o 6.ºano po<strong>de</strong>rão ser encaminhados parao ensino profissional.O que mudaENSINO BÁSICOAntesUma só disciplina <strong>de</strong> EducaçãoVisual e TecnológicaDisciplina <strong>de</strong> Estudoacompanhado obrigatóriaInglês opcional 2.º cicloFormação CívicaHistória e Geografia com 180minutos (7.º ano) e 225 minutos(9.º ano) semanaisTecnologias <strong>de</strong> Informação eComunicação (TIC)leccionada no 9.º anoProva <strong>de</strong> aferição no 4.º anosem influência na nota finalAno lectivo terminava aomesmo tempo para todos osalunos no 1.º cicloDisciplinas <strong>de</strong> CiênciasNaturais e Físico-QuímicaSECUNDÁRIOAntesPortuguês no 12.º ano com 4horas semanaisESCOLASAntesMinistério <strong>de</strong>fine a totalida<strong>de</strong>dos currículosObrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> temposlectivos <strong>de</strong> 45 minutos ou seusmúltiplosAgoraDisciplina <strong>de</strong>sdobra-se emduas: Educação Visual eEducação TecnológicaApoio ao estudo apenaspara alunos com dificulda<strong>de</strong>sInglês obrigatório a partir do2.º ciclo e prolonga-se até ao3.º ciclo, garantindo ummínimo <strong>de</strong> cinco anosTransformada em Educaçãopara a Cidadania, que serátransversal a todas as disciplinasCarga horária semanalaumenta 45 minutos nos 7.ºe 9.º anosTIC começa a ser leccionadano 7.º anoProva final <strong>de</strong> Português eMatemática no 4.º ano comum peso <strong>de</strong> 25% na nota finalProlongamento do calendárioescolar para os alunos <strong>de</strong> 4.ºano que venham a teracompanhamentoextraordinárioDesdobramento emalternânciaAgoraPortuguês no 12.º anocom 5 horas semanaisAgoraEscolas com autonomia paraestipular metodologias eduração dos tempos lectivos<strong>de</strong>ntro do limite previsto paracada disciplina e completamo currículo com oferta <strong>de</strong>escolaFlexibilização da duração dasaulas, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um períodomínimo <strong>de</strong> 45 minutos e <strong>de</strong> umtotal <strong>de</strong> carga horária <strong>de</strong>finidapara cada disciplina.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 5BRUNO GASPARRevisão curricularDúvidas mais frequentesComo vai funcionar a alternância<strong>de</strong> turnos entre Físico-Química eCiências Naturais no 3.º ciclo?A alternância <strong>de</strong> turnos entreestas disciplinas foi pensada <strong>de</strong>modo a manter dois temposlectivos semanais <strong>de</strong> 45 minutospara cada uma das disciplinas,sem <strong>de</strong>sdobramento. Os outrosdois tempos <strong>de</strong> 45 minutos sãoleccionados com a turma<strong>de</strong>sdobrada. Assim, na semana Ameta<strong>de</strong> da turma tem aula numadas disciplinas, por exemplo FQ(45+45), enquanto a outra meta<strong>de</strong>tem aula em CN (45+45). Nasemana B a situação inverte-se.No entanto, as escolas po<strong>de</strong>rãoencontrar outras formas <strong>de</strong><strong>de</strong>sdobramento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quecumpram a carga horária máxima<strong>de</strong>finida para esse efeito (100minutos).A disciplina <strong>de</strong> Educação Física éconsi<strong>de</strong>rada para efeitos docálculo da média final do ensinosecundário?Esta disciplina <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> contarpara efeitos do cálculo da médiafinal do ensino secundário,excepto quando o aluno pretendaprosseguir estudos nesta área.Esta medida vai aplicar‐se <strong>de</strong>forma progressiva. Neste anolectivo terá efeitos apenas para osalunos matriculados no 10.º ano;em 2013/2014, também para osalunos matriculados no 11.º ano;2014/2015, para todos os alunosmatriculados no ensinosecundário. Assim, no ano lectivo2012/13, para os alunos que sematricularem nos 11.º e 12.º anosmantêm‐se as condições previstasno momento em que ingressaramno ensino secundário, até ao anolectivo <strong>de</strong> 2013/2014.No que diz respeito a TIC/Oferta<strong>de</strong> Escola do 3.º ciclo, as turmaspo<strong>de</strong>rão ser <strong>de</strong>sdobradas em doisturnos, semestralmente, nos 90minutos?As turmas não po<strong>de</strong>m ser<strong>de</strong>sdobradas. A disciplina <strong>de</strong> TICinicia‐se no 7.º ano, funcionandosequencialmente nos 7.º e 8.ºanos em regime semestral, ouanualmente <strong>de</strong> acordo com aautonomia dos estabelecimentos<strong>de</strong> ensino em articulação comuma disciplina <strong>de</strong>signada porOferta <strong>de</strong> Escola. Nos horários <strong>de</strong>professores e alunos, o tempoatribuído para o conjunto dasduas disciplinas <strong>de</strong>ve respeitar oslimites mínimos <strong>de</strong> 45 e 90minutos, consoante o ano lectivo.Se for incluída apenas umadisciplina <strong>de</strong> opção no 12.º ano,vai restringir-se a oferta àsdisciplinas mais directamenterelacionadas com a natureza docurso? Ou vão continuar aoferecer-se disciplinas <strong>de</strong> outrasáreas?Vão continuar a ser oferecidasoutras disciplinas <strong>de</strong> opção.As aulas <strong>de</strong> substituição <strong>de</strong>ixam<strong>de</strong> existir?O actual <strong>de</strong>spacho normativo vemterminar com o procedimento dosdocentes a aguardar pela ausência<strong>de</strong> um outro docente para osubstituir e prevê que a escola<strong>de</strong>cida sobre a melhor resposta adar nas ausências pontuais dosdocentes. Por exemplo, através daalteração pontual dos horários dosalunos para substituição da aula;através da organização <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> natureza lúdica,<strong>de</strong>sportiva, cultural ou científica,ou outras que o director consi<strong>de</strong>reserem a melhor resposta para asua escola.Po<strong>de</strong>rão ser utilizadas as horas daComponente não lectiva <strong>de</strong>Estabelecimento para o<strong>de</strong>senvolvimento dosprojectos/clubes?A coor<strong>de</strong>nação, assim como adinamização dosclubes/projectos, po<strong>de</strong> ser<strong>de</strong>sempenhada no âmbito dacomponente não lectiva <strong>de</strong>estabelecimento, que inclui ashoras <strong>de</strong> redução.Os coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong><strong>de</strong>partamento po<strong>de</strong>m ter reduçãoda componente lectiva?O <strong>de</strong>sempenho das funções <strong>de</strong>coor<strong>de</strong>nação das estruturas <strong>de</strong>natureza pedagógica implica orecurso ao tempo lectivoresultante das horas <strong>de</strong> reduçãoda componente lectiva que osdocentes usufruem e dacomponente não lectiva <strong>de</strong>estabelecimento.O coor<strong>de</strong>nador do <strong>de</strong>partamentodo 1.º ciclo <strong>de</strong>sempenha a suafunção na componente nãolectiva <strong>de</strong> estabelecimento?Sim, tem <strong>de</strong> exercer o cargo nacomponente não lectiva <strong>de</strong>estabelecimento. Relembra‐se queessa função, nesse ciclo <strong>de</strong> ensino,po<strong>de</strong> ser exercida pelocoor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> estabelecimentoou por algum docente do 1.º cicloque tenha solicitado redução dacomponente lectiva.Em que circunstâncias po<strong>de</strong>ráhaver lugar à atribuição <strong>de</strong> horas<strong>de</strong> apoio a alunos na componentelectiva do horário do docente?No caso dos 2.º e 3.º ciclos doensino básico e do ensinosecundário, a escola terá que geriros horários dos docentes, para queestes perfaçam um total <strong>de</strong> 1100minutos semanais. No âmbito daautonomia concedida às escolas eagrupamentos, a distribuição doserviço docente aos professoresdos quadros dos 2.º e 3.º ciclos doensino básico ou secundário po<strong>de</strong>ter em conta a atribuição <strong>de</strong> “até100 minutos” para a prestação <strong>de</strong>apoio educativo. Caso existamhorários com tempos <strong>de</strong>insuficiência, estes po<strong>de</strong>m serutilizados para prestação <strong>de</strong> apoioaos alunos em todos os grupos <strong>de</strong>recrutamento. Ainda po<strong>de</strong>m seratribuídos tempos <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong>horas resultantes da fórmula <strong>de</strong>crédito horário. Todos os tempostêm que estar marcados nohorário do docente.


6 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012Especial Regresso às aulasPortugal é o país com mais horas lectivasEscolas 'inventam' espaçopara turmas <strong>de</strong> 30 alunosResponsabilida<strong>de</strong>Pais vão pagarmultas porindisciplinados filhosElisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ O aumento do número <strong>de</strong> alunospor turma está a criar problemas àsdirecções das escolas, que reclamamfalta <strong>de</strong> espaço, nomeadamentenos estabelecimentos <strong>de</strong>ensino que foram remo<strong>de</strong>lados noâmbito da Parque Escolar.Maria Dulce Lopes, elementoda comissão administrativa doAgrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Alcobaça,afirma que a Escola SecundáriaInês <strong>de</strong> Castro tem salason<strong>de</strong> não cabem 30 alunos. “Agran<strong>de</strong> preocupação é o aumentodos alunos <strong>de</strong> Línguas e Humanida<strong>de</strong>s.Estamos a tentar colocar estasturmas nas salas maiores”,afirma, salientando que a situaçãopo<strong>de</strong>rá complicar-se na altura dostestes. “Estamos a organizar tudoda melhor forma, pensando nasolução e não no problema. Há umaspecto positivo, os alunos nãosentirão frio, porque há muito calorhumano.”Também na Secundária RaulProença, em Caldas da Rainha,não será fácil colocar três <strong>de</strong>zenas<strong>de</strong> estudantes num único espaço.“Algumas salas não têm lotaçãopara tantos alunos e será problemáticosuportar 30 alunos numaO número4mega-agrupamentos vãoarrancar este ano lectivo Este éainda um ano zero, pelo que asescolas agrupadas ainda vãomanter a sua individualida<strong>de</strong>,havendo, contudo, umaestrutura central.sala”, adianta Carlos Pires, elementoda comissão administrativado Agrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong>Caldas da Rainha.Carlos Pires refere, no entanto,que existem turmas mais pequenas,<strong>de</strong>vido à existência <strong>de</strong> alunos comnecessida<strong>de</strong>s especiais. “Estamos afazer uma distribuição das turmas<strong>de</strong> acordo com o espaço das salasdisponíveis, <strong>de</strong> modo a minorar oproblema”, acrescenta.Este será, também, o primeiroano <strong>de</strong> funcionamento para osmega-agrupamentos da região. Em<strong>Leiria</strong>, ficaram juntos os AgrupamentosDr. Correia Alexandre, emCaranguejeira, e Santa Catarina daSerra. A se<strong>de</strong> irá funcionar na Ca-ranguejeira, tendo sido nomeadauma comissão administrativa provisória,cuja directora é Ilda Duro.Fazem parte ainda Graça Gomes,Conceição Catarina e Ana MargaridaReis e Ana Paula Costa.No concelho <strong>de</strong> Alcobaça ficaramagrupadas as Escolas <strong>de</strong> Pataias, D.Pedro I e Frei Estevão Martins,com a Escola Secundária D. Inês <strong>de</strong>Castro, que ficou como se<strong>de</strong> doagrupamento A comissão administrativaprovisória é presididapor Gaspar Vaz, fazendo parte tambémMaria Dulce Lopes, AdosindaGomes, Helena Rodrigues e VítorXavier.Em Caldas da Rainha, a tutelaoptou pela união do Agrupamento<strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Santo Onofre com aEscola Secundária Raul Proença,que será a se<strong>de</strong>, tendo como presi<strong>de</strong>nteJosé Pimpão. Os restanteseleitos da comissão administrativaprovisória são Alexandra Nicolau,Carlos Pires, Mafalda Pedro e RicardoÁlvaro.No concelho <strong>de</strong> Ourém ficaramagrupados os Agrupamentos <strong>de</strong>Escolas <strong>de</strong> Ourém e <strong>de</strong> Freixianda,cuja se<strong>de</strong> ficará na EB 2, 3 e Secundária<strong>de</strong> Ourém. A comissão administrativaprovisória será presididapor Isabel Batista, que serácoadjuvada por Luís Silva, MariaJosé Faria, Maria José Marto e VítorDelgado.Este é ainda um ano zero para osmega-agrupamentos, que aindavão manter a sua individualida<strong>de</strong>,havendo, contudo, uma estruturacentral. No próximo ano lectivo, jácom uma direcção eleita, as escolasjá funcionarão como um agrupamentonum todo.Se as turmas aumentaram, o número<strong>de</strong> horas lectivas dos alunos diminuiueste ano lectivo. No entanto,Portugal continua a ser o País comuma carga horária acima da médiaeuropeia. A conclusão foi do relatórioTempo lectivo recomendado noensino obrigatório europeu, da re<strong>de</strong>Eurydice. No entanto, este númeronão é reflectido nos resultados escolares,com as médias dos examesa caírem a pique.“A culpa é da qualida<strong>de</strong> das aprendizagens.Temos <strong>de</strong> olhar claramentepara a formação inicial dosprofessores”, adianta Albino Almeidaao Diário <strong>de</strong> Notícias. Segundo opresi<strong>de</strong>nte da Confe<strong>de</strong>ração Nacional<strong>de</strong> Associação <strong>de</strong> Pais, “aumentaro número <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> matemáticaou noutras áreas nucleares, porsi só, não servirá <strong>de</strong> nada”. Isto porque,para Albino Almeida “se as aulasforem mal dadas” só se está a “aumentaro problema”.❚ O novo Estatuto do Aluno introduzsanções para os pais <strong>de</strong>alunos faltosos e indisciplinadose agrava castigos a estudantesque infrinjam as regras. Os encarregados<strong>de</strong> educação po<strong>de</strong>mser punidos com coimas entre 13e 79 eurosO ministério da Educação preten<strong>de</strong>que pais ou encarregados<strong>de</strong> educação assumam a responsabilida<strong>de</strong>se os seus filhos faltaremsem justificação às aulas, senão forem à escola quando sãochamados ou se os filhos ou educandosfaltarem às activida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> recuperação.Se se tratar <strong>de</strong> uma família querecebe apoios sociais estatais, oincumprimento dos <strong>de</strong>veres paracom a escola é comunicado àsentida<strong>de</strong>s que lhes dão essesapoios para que esta reavalie osque se <strong>de</strong>stinam a apoiar a frequênciada escola.Na parte disciplinar, quandoum professor manda o aluno sairda sala <strong>de</strong> aula, implica sempre amarcação <strong>de</strong> falta injustificada, oque, a repetir-se com frequência,po<strong>de</strong> levar a suspensão ou outramedida disciplinar. Os directoresdos agrupamentos <strong>de</strong> escolas ficamcom competências reforçadasem termos disciplinares.Quando um aluno maior <strong>de</strong> 12anos assumir que cometeu actos<strong>de</strong> indisciplina, a escola po<strong>de</strong>ráoptar por não abrir nenhum processodisciplinar.CartõeselectrónicosEvitam a intromissão<strong>de</strong> estranhos na escolae controlam as entradase saídas dos alunos.Os pais po<strong>de</strong>m optarpor três situações:autorizar a saída dofilho, não autorizarou condicionar (permiteapenas saída à horado almoço). Servemainda para todos ospagamentos na escola.SASEOs Serviços <strong>de</strong> AcçãoSocial Escolar (SASE)apoiam financeiramenteos alunos maiscarenciados, <strong>de</strong> acordocom o rendimentodo agregado familiar,suportando as <strong>de</strong>spesas<strong>de</strong> alimentação,transporte escolare auxílio extra.TransportesDurante o período <strong>de</strong>aulas, os autocarrostêm um horário emconsonância comas horas <strong>de</strong> entradae saída dos alunosdas escolas. Os jovenspo<strong>de</strong>m adquirir umpasse <strong>de</strong> estudante,com um valor abaixodo normal. Em algumasescolas, os paisreclamam a faltam<strong>de</strong> articulaçãodos horários.MaterialescolarA maioria do materialescolar po<strong>de</strong> seradquirido na papelaria/reprografia das escolas,que praticam preçosabaixo do mercado.Também é possíveltirar fotocópias.Muitosestabelecimentos<strong>de</strong> ensino já têmum banco <strong>de</strong> troca<strong>de</strong> manuais escolares.AlimentaçãoA senha escolar custa1,46 euros, tendo umpreço reduzido paraos alunos carenciados.Os refrigerantes, fritose folhados estãoproibidos e venda<strong>de</strong> néctares só setiverem mais <strong>de</strong> 50%<strong>de</strong> polpa <strong>de</strong> fruta.Os bolos, chocolatese gelados vão continuardisponíveis, massó com menos<strong>de</strong> 250 caloriase serão mais caros.PsicólogaA psicóloga dasescolas presta apoiopsicopedagógico,avalia alunosencaminhados pelosdirectores <strong>de</strong> turmae ajuda na orientaçãoescolar/profissional,além do apoioa jovens comnecessida<strong>de</strong>sespeciais, entreoutros. Garantiruma psicóloga éuma dasreivindicaçõesdos directores.TelemóvelproblemáticoUm dos problemas constantes nassalas <strong>de</strong> aula é o uso <strong>de</strong> telemóvel,já proibido anteriormente, masque o diploma reforça com a proibição<strong>de</strong> recolha ou difusão nãoautorizada <strong>de</strong> imagens recolhidaspelos estudantes em todas asactivida<strong>de</strong>s escolares, protegendosituações <strong>de</strong> bullying.Até agora as regras sobre vestuáriosó se aplicavam quando asescolas ou agrupamentos as incluíamnos seus regulamentos internos.Agora, fica bem expressoque os alunos terão <strong>de</strong> “cuidar dasua higiene pessoal e apresentar--se com vestuário que se revelea<strong>de</strong>quado, em função da ida<strong>de</strong>, àdignida<strong>de</strong> do espaço e das activida<strong>de</strong>sescolares”.A toma do banho a seguir às aulas<strong>de</strong> educação física é um problemanem sempre consensualentre alunos, pais e professores.Fica aqui expresso a importânciada higiene, ajudando a colocarum ponto final na discórdia: obanho faz parte da aula.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 7Famílias recorrem a saldos e livrosemprestados para reduzir custosOrçamento Um casal com dois filhos, um no 6.ºe outro no 8.º anos, gasta mais <strong>de</strong> 440 euros, sócom os manuais escolares e parte do material que vai ser necessário para o início do ano lectivo. Apartir <strong>de</strong> segunda-feira, chegam mais <strong>de</strong>spesas que po<strong>de</strong>m ascen<strong>de</strong>r a 600 euros por alunoLur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>lur<strong>de</strong>strinda<strong>de</strong>jl@gmail.com❚ A poucos dias do início <strong>de</strong> maisum ano lectivo, a maioria das famíliasportuguesas já preparou oregresso às aulas, fazendo contasà vida. Depois das férias, foi tempo<strong>de</strong> encomendar os manuais escolaresadoptados pelas escolasque os filhos vão frequentar. E seumas seguiram os passos <strong>de</strong> anosanteriores, recorrendo às livrariashabituais, outras procuraram soluçõesmais baratas, aproveitandoas campanhas promocionais emhipermercados, ca<strong>de</strong>ias livreirasou mesmo em leilões na internet.A troca <strong>de</strong> livros foi, igualmente,uma alternativa que este ano fezsucesso no País, além do recursoaos manuais usados <strong>de</strong> amigos,irmãos e vizinhos.É o caso <strong>de</strong> Fátima e Sérgio Sousa.Com dois filhos na Escola EB 2,3José Saraiva, em <strong>Leiria</strong>, o casal recorreuao empréstimo para a maioriados manuais para o Rodrigo,que transitou para o 8.º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>.Se tivesse adquiridotodos os livros, teria <strong>de</strong>spendido208.58 euros, mas como apenascomprou três manuais (História,Espanhol, Língua Portuguesa), gastouapenas 57.21 euros. “Foi umagran<strong>de</strong> poupança e, tendo em contaque os manuais estão em muitobom estado, não fazia sentido estara gastar tanto dinheiro”, explicaFátima Sousa, lembrando que osgastos com os filhos na escola sãomuito elevados. “As crianças crescema olhos vistos <strong>de</strong> ano para ano,sendo preciso estar sempre a comprar-lhesroupas, ténis, equipamentopara <strong>de</strong>sporto, além <strong>de</strong> todoo material escolar que os professoresrecomendam após o iníciodas aulas”. Aliás, Fátima Sousanão teve a mesma sorte com o pequenoGonçalo relativamente aoslivros escolares do 6.º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>.Na próxima segundafeira,dia 10, a mochila que custouaos pais 45 euros com materialque envolveu uma quantia <strong>de</strong> cerca82 euros (dividido entre ele e oirmão), já levará uma parte dos livrosque ficaram a pesar 147.77 eu-RICARDO GRAÇAros no orçamento dos pais. Ouseja, para o filho mais novo, o casalSousa <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>u já 274.77 euros.Falta, como para o irmão, todoo material escolar “mais pesado”,além do equipamento para EducaçãoFísica.Em casa <strong>de</strong> Fátima e <strong>de</strong> SérgioConselhos úteis. Planeie as compras, comparepreços e não se precipite.. Faça um apanhado do material edo orçamento disponível.. Verifique se existe material doano lectivo anterior em bomestado para ser reutilizado.. Envolva as crianças noplaneamento das comprasestimulando-as a elaborar umalista dos materiais essenciais.. Se optar por levar as crianças àscompras, explique previamenteo que po<strong>de</strong>m comprar. A mochila não <strong>de</strong>ve pesar mais<strong>de</strong> meio quilo vazia e mais <strong>de</strong>10% do peso da criança quandotem livros.Sousa, a preparação do ano lectivoé feita muito antes <strong>de</strong> Agosto. Ossaldos são, aliás, o período emque tudo começa, sendo que emJulho já se iniciam as primeirascompras das roupas e do calçado.Para Agosto ficam apenas os livrose para Setembro o material escolar.“Sou obrigada a diluir as <strong>de</strong>spesaspara evitar <strong>de</strong>sequilíbrios”, explicaa cabeleireira, que gere o orçamentocom muito cuidado, já quequem tem crianças não po<strong>de</strong> contarapenas com os gastos fixos.Além disso, diz que se comprarem saldos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a roupa ao calçado,po<strong>de</strong> “oferecer aos filhos algumaqualida<strong>de</strong>”, principalmentenos ténis para a ginástica. Mesmoassim, admite que não será fácil geriro início do ano lectivo, pois<strong>de</strong>sconhece o valor que terá <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembolsarpara todo o materialescolar que os docentes irão solicitar.“Nunca sabemos quanto é,<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> cada professor, masé sempre uma quantia avultada”,afirma a cabeleireira.Para a filha que vai para o 7.ºano, Helena Moreira gastou 241euros em manuais escolares, faltando-lhetambém o material escolarque, suspeita, <strong>de</strong>verá ascen<strong>de</strong>ra 100 euros, tal como aconteceuo ano passado. Mesmo assim,a jovem mãe recorda quetem tentado reciclar tudo o quepo<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> dossiers, folhas, lápis,borrachas e lapiseiras. “Até a mochilaque o ano passado custoucerca <strong>de</strong> 80 euros, foi reparada,pois não podia <strong>de</strong>itá--la fora”, explicaHelena, sublinhando que a filhachegou a suportar um peso <strong>de</strong>12 quilos, o que seria incomportávelcom uma mochila sem reforço.“O que me preocupa é que muitospais não po<strong>de</strong>m comprar bom materialpara os filhos, que irão pagara factura mais tar<strong>de</strong>, com as mazelasnaturais que vão surgir na coluna”.Quer o casal Sousa, quer HelenaMoreira tencionam gastar mais<strong>de</strong> 600 euros por cada um dos filhoseste ano, incluindo nas <strong>de</strong>spesasa alimentação, a roupa, a internet,os telemóveis e as mesadas.“Estou a fazer as contas porbaixo, já que vou aproveitar muitomaterial”, explica Helena Moreira.Fátima talvez gaste menoscom Rodrigo, mas adianta quenunca po<strong>de</strong>rá contar com menos<strong>de</strong> 400 euros para as suas <strong>de</strong>spesas.Aliás, o Ministério da Economiae Emprego, em parceria coma Direcção-Geral do Consumidor(DGC) e a Associação Portuguesa<strong>de</strong> Empresas <strong>de</strong> Distribuição(APED), lançou este ano, <strong>de</strong> novo,o guia Regresso às Aulas em Segurança,on<strong>de</strong> além da questão damochila, “fundamental para ocrescimento da criança, para queesta não assuma más posturas”,faz recomendações em termos <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong>/preço, numa perspectiva<strong>de</strong> levar o consumidor a ter>>>PUBLICIDADE. NATAÇÃO PARA BEBÉS, CRIANÇAS E ADULTOS. HIDROGINÁSTICA. COMPETIÇÃO . NATAÇÃO PURA . NATAÇÃO SICRONIZADA . MASTERS . ATLETISMO. PENTATLO MODERNO (NATAÇÃO, TIRO, ESGRIMA, HIPISMO, CORRIDA). FESTAS DE ANIVERSÁRIO . FÉRIAS DESPORTIVAS. GABINETE TERAPIAS MANUAIS (ESTÁDIO LEIRIA)


8 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012Especial Regresso às aulasconsciência <strong>de</strong> que em <strong>de</strong>terminadomomento po<strong>de</strong>rá ter um produtocom a mesma qualida<strong>de</strong>, mascom um preço mais baixo".Helena e Fátima, que pon<strong>de</strong>raramtudo isso nas suas compras, sólamentam que os preços dos manuaistenham aumentado este ano,num momento que se pe<strong>de</strong>m tantossacrifícios às famílias e em quese retiram cada vez mais apoios sociais.Aliás, um dos receios dasduas mães pren<strong>de</strong>u-se com a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> per<strong>de</strong>rem este ano oapoio do transporte escolar, o queteria inviabilizado qualquer gastocom férias. Tendo em conta que acâmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> optou por “<strong>de</strong>srespeitar”a Lei dos Compromissospara garantir o transporte e as refeiçõesescolares, Fátima marcou,à ultima hora, uma semana <strong>de</strong> férias,apesar <strong>de</strong> permanecer emcasa com o marido e os filhos.“Usufruo da sua companhia nestesúltimos dias, o que seria difícil setivesse <strong>de</strong> pagar tudo”, diz.Famílias gastammais este anoAs famílias portuguesas vão gastarmais este ano com o regresso às aulas,aumentando a média <strong>de</strong> custos<strong>de</strong> 499 para 507 euros. Aliás, acrise alterou substancialmente osplanos dos consumidores, que jápe<strong>de</strong>m mais livros emprestadosou em segunda mão, reduzem amesada dos filhos e preten<strong>de</strong>mrecorrer ao cartão <strong>de</strong> crédito parafazer face aos custos com as <strong>de</strong>spesasescolares. Estas são as conclusõesdo novo Observador Cetelem:Intenções <strong>de</strong> Compra dos Portuguesesno Regresso às Aulas, quecalculou esta <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> 507 eurosa partir <strong>de</strong> uma média <strong>de</strong> 1,32 filhospor casal – o que significa quecada aluno custa 384 euros. Nocaso <strong>de</strong> haver dois filhos a estudar,os custos sobem consi<strong>de</strong>ravelmente.Uma das consequências da reduçãodos orçamentos pren<strong>de</strong>-secom a procura <strong>de</strong> alternativas porparte dos pais. Este ano, os inquiridosmostram-se mais interessadosem adquirir livros escolares emsegunda mão (subiu <strong>de</strong> 11% para18%) e em pedir livros emprestados(subiu <strong>de</strong> 13% para 20%). Os paistambém compram menos em papelariase livrarias e mais em hipermercados,sendo que aumentoua procura na internet e emvenda directa. Outro dado importantedo estudo foi o modo <strong>de</strong> pagamento:30% dos portuguesesInvestimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 60 mil eurosMarinha Gran<strong>de</strong> oferece livrosa todos os alunosA câmara da Marinha Gran<strong>de</strong> vaientregar, pelo terceiro anoconsecutivo, manuais escolares atodos os alunos do 1º ciclo doensino básico da re<strong>de</strong> pública doconcelho, num investimento <strong>de</strong>cerca <strong>de</strong> 60 mil euros.Serão contempladas com estainiciativa cerca <strong>de</strong> 1.600 crianças,que receberão os manuais com aindicação <strong>de</strong> que terão <strong>de</strong>assegurar a sua conservação ebom estado, para que, no final doano lectivo, possam ser<strong>de</strong>volvidos e reutilizados no anoseguinte.Além <strong>de</strong> apoiar as famílias nummomento em que as <strong>de</strong>spesasaumentam, com esta medida amostraram vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> usar o cartão<strong>de</strong> crédito para pagarem ascompras no regresso às aulas, umaumento <strong>de</strong> 13,3% face a 2011.A percentagem <strong>de</strong> famílias quevão gastar entre 500 e 750 eurosaumentou 54%, apesar <strong>de</strong> ter baixadoa intenção <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> vestuário,calçado e equipamento <strong>de</strong><strong>de</strong>sporto, bem como artigos <strong>de</strong> informática,computadores e telemóveis.Para este aumento <strong>de</strong> custos,não é indiferente a subida do preçodos manuais escolares, queeste ano estão mais caros 2,6% emrelação ao ano passado, apesar <strong>de</strong>a Associação Portuguesa <strong>de</strong> EditoresLivreiros argumentar que aactualização ficou abaixo da inflacção.câmara preten<strong>de</strong> incutir nosalunos “o sentido <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>, solidarieda<strong>de</strong> e<strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>veres <strong>de</strong>cidadania”, sensibilizando-ospara cuidarem dos livros, paraque possam servir outros colegasno próximo ano”, explica CidáliaFerreira, vereadora da educação.Recor<strong>de</strong>-se que a lei obriga ascâmaras a apoiarem os alunosmais carenciados - dos escalões Ae B do abono <strong>de</strong> família - para aaquisição dos livros escolares,mas, neste caso, o município daMarinha Gran<strong>de</strong> vai mais longe, jáque oferece os manuais a todos osalunos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente doescalão a que pertencem.1.º ano5.º ano7.º ano10.º anoEstudo do MeioLíngua PortuguesaMatemática7,86 €7,71 €7,70 €Ciências da NaturezaEducação FísicaEducação Morale ReligiosaEducação MusicalEducação Visuale TecnológicaHistória e Geografia<strong>de</strong> PortugalLíngua EstrangeiraInglêsLíngua PortuguesaMatemática17,19 €16,03 €7,50 €16,53 €16,53 €16,94 €16,75 €16,86 €17,19 €Ciências eFísico-QuímicasCiências NaturaisEducação FísicaEducação Morale ReligiosaEducação TecnológicaEducação VisualGeografiaHistóriaLíngua Estrangeira IInglêsLíngua Estrangeira IIEspanholLíngua PortuguesaMatemática20,87 €21,36 €21,30 €7,50 €18,22 €19,81 €17,15 €20,24 €19,04 €22,97 €19,19 €19,83 €PortuguêsInglêsFilosofiaEducação FísicaHistória AMatemáticaAplicadaàs Ciências SociaisGeografia A26,33 €22,92 €22,92 €23,73 €27,96 €27,41 €26,47 €23,27 €141,52 € 227,87 € 177,74 €


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 9Estudar longe <strong>de</strong> casa aumenta <strong>de</strong>spesasFrequentar o superior custaem média cerca <strong>de</strong> 6000 eurosAlunos carenciadosIP <strong>Leiria</strong> reduzvalor daspropinasLur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>lur<strong>de</strong>strinda<strong>de</strong>jl@gmail.com❚ Entrar na universida<strong>de</strong> representaum investimento cada vezmais elevado para as famílias portuguesas.Ao mesmo tempo quesão privadas <strong>de</strong> apoios sociais e sevêem confrontadas com mais dificulda<strong>de</strong>sresultantes da conjunturasócio-económica do País, <strong>de</strong>param-secom o aumento <strong>de</strong> preçosdos manuais e material escolar,alojamento e alimentação. De acordocom dois estudos sobre O Custodos Estudantes no Ensino SuperiorPortuguês, o valor médio poraluno no ensino superior situa-seentre os 5613 euros e os 6624 euros.Para os alunos que optaram peloensino privado, as <strong>de</strong>spesas po<strong>de</strong>mascen<strong>de</strong>r aos nove mil euros.Nestes custos, contabilizam-se propinase outras taxas, livros e fotocópias,assim como a dormida, alimentação,transportes e até o telemóvel.O primeiro estudo faz a caracterizaçãoda situação económica dosestudantes em 2010/11, comparando-ocom os indicadores <strong>de</strong>2004/05 resultantes <strong>de</strong> um relatórioda autoria <strong>de</strong> Belmiro Cabrito,on<strong>de</strong> se concluiu que as famíliasgastam mais do que o Estado parater um filho a estudar no superior,uma tendência que se tem acentuado<strong>de</strong> ano para ano. Um indicadorque revela não só a diminuiçãodos apoios sociais às famílias,como o aumento <strong>de</strong> custospara a frequência do ensino superior.Vejamos: o que o Estado teminvestido por aluno <strong>de</strong>sceu <strong>de</strong> 4551euros (em 2004/2005) para 3601euros (em 2010/11), enquanto oque as famílias gastam aumentou.Em 2004/2005 foram <strong>de</strong>spendidos5310 euros, enquanto em2010/2011 esse valor subiu para5841.As <strong>de</strong>spesas com o alojamento ea alimentação representam a maiorfatia dos custos no ensino superior,sobretudo, se os alunos tiverem <strong>de</strong>ficar longe <strong>de</strong> casa dos pais. InêsCor<strong>de</strong>iro, 19 anos, que estuda no 2ºLegenda da fotoano <strong>de</strong> Engenharia Biológica noInstituto Superior Técnico, em Lisboa,paga por um estúdio na Rua daGraça, 450 euros. Revela que, nãosendo barato, foi uma “excelentesolução”, tendo em conta a sualocalização. Admite, contudo, quea ajuda dos pais, ele engenheiro eela professora universitária, é <strong>de</strong>terminante,reconhecendo que“nem todos os alunos po<strong>de</strong>rão pagareste valor”, apesar <strong>de</strong> em Lisboao alojamento ser muito caro.No seu caso, as refeições são feitasem casa, pelo que os gastos quetem se pren<strong>de</strong>m, “apenas, com asRICARDO GRAÇA<strong>de</strong>slocações <strong>de</strong> carro, entre <strong>Leiria</strong>e Lisboa, com a matéria-primapara a comida que confecciona ecom as propinas, livros e materialescolar”. Mesmo assim, diz, gastamais <strong>de</strong> 700 euros por mês.Os gastos dos alunos variamtambém consoante a cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong>as instituições <strong>de</strong> ensino estão localizadas,tendo em conta até a exploraçãoimobiliária. O facto <strong>de</strong> oInstituto Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (IP<strong>Leiria</strong>), do ISLA e do ISDOM, estasúltimas privadas, se localizarem nodistrito reduz substancialmenteas <strong>de</strong>spesas das famílias em relaçãoao que acontece, por exemplo emLisboa, Porto ou Coimbra. <strong>Leiria</strong>,Caldas da Rainha, Peniche e MarinhaGran<strong>de</strong> são cida<strong>de</strong>s com umcusto <strong>de</strong> vida mais acessível, relativamenteaos gran<strong>de</strong>s centros urbanos.O IP <strong>Leiria</strong> tem disponíveis oitoresidências <strong>de</strong> estudantes (quatroem <strong>Leiria</strong>, duas nas Caldas da Rainhae duas em Peniche), com 741camas. Os alunos bolseiros pagamuma mensalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 73euros (mais taxa <strong>de</strong> energia). Paraos estudantes que não têm acessoa bolsa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que existam vagas,o preço não será subsidiado mas éigualmente acessível.Pedidos <strong>de</strong> apoio aumentam,mas bolsas diminuemAs dficulda<strong>de</strong>s que as famíliasatravessam têm levado ao aumentodo pedido <strong>de</strong> apoio, mas a emissão<strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> estudo tem diminuídoem todo o País. Em2010/2011, 28.6% dos alunos quefrequentavam instituições <strong>de</strong> ensinosuperior eram bolseiros, umapercentagem inferior à verificadaem 2004/05 (34.8%). No IP <strong>Leiria</strong>,dos 3.888 estudantes candidatos abolsa <strong>de</strong> estudo no ano lectivo2011/2012, 2.308 viram a sua bolsaaprovada. Para colmatar as dificulda<strong>de</strong>sdas famílias que nos últimosanos tem aumentado os seuspedidos <strong>de</strong> apoio, o IP <strong>Leiria</strong> formalizou,no final <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong>2011, a criação do Fundo <strong>de</strong> ApoioSocial ao Estudante (FASE), dirigidoaos estudantes carenciados. Noprimeiro semestre <strong>de</strong> 2012, beneficiaram<strong>de</strong> apoios cerca <strong>de</strong> 130 estudantes,mas, <strong>de</strong> acordo a projecçãopara este ano, estima-seque o fundo possa atingir valoresos 110 mil euros e os 115 mil euros,ou seja, cerca <strong>de</strong> 1% das propinas.Existem, também, refeições a preçosacessíveis, tendo sido estabelecidoum valor para a senha <strong>de</strong> estudante,sendo que a pré-compradacusta apenas 2,40 euros, um valorbastante inferior ao custo realda refeição, que é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> quatroeuros.❚ O estudo realizado pela Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>I&D em Educação e Formação doInstituto da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboaconcluiu que os alunos dos politécnicosforam os que revelaram maioresdificulda<strong>de</strong>s no contexto dos estudantesdo ensino superior. JoséManuel Silva, vice-presi<strong>de</strong>nte do InstitutoPolitécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (IP <strong>Leiria</strong>),confirma esta realida<strong>de</strong>, argumentandoque tal se <strong>de</strong>ve à matriz sócioeconómica<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte dos alunos”e não ao facto <strong>de</strong> os custos dospolitécnicos serem mais elevados,Consciente do momento social eeconómico que o País atravessa, o responsávelreconhece, contudo, “oenorme esforço da famílias dos alunosdo IP <strong>Leiria</strong>”, que tem, aliás, sidoacompanhado <strong>de</strong> algumas medidaspor parte do próprio Instituto, que setraduzem, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, pela reduçãodo preço das propinas <strong>de</strong> alguns cursos.De facto, a realida<strong>de</strong> do IP <strong>Leiria</strong>será diferente da maioria das instituições<strong>de</strong> ensino superior do País. Assim,enquanto as licenciaturas (1.º ciclo)se mantêm no valor actual <strong>de</strong>999,71 euros, as propinas dos mestradosvão variar entre os 999,71 euros(formação <strong>de</strong> professores e engenharias),os 1.100 euros (maioria doscursos) e os 2.000 euros (apenas paraa área da saú<strong>de</strong>). Será uma redução <strong>de</strong>cerca <strong>de</strong> 25% em relação ao ano anterior,o que para as famílias representauma excelente ajuda, como revelouJosé Matias, pai <strong>de</strong> uma alunaque frequenta o mestrado na área dasCiências Sociais.Para os alunos que apresentem dificulda<strong>de</strong>sno pagamento das propinas,o IP <strong>Leiria</strong> prevê, no seu RegulamentoGeral da Formação Graduadae Pós-graduada, o pagamento faseado.Mesmo assim, com o agravamentoda crise económica e as dificulda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> alguns estudantes emcumprir o plano estabelecido, “existea possibilida<strong>de</strong> da sua reformulação<strong>de</strong> forma a a<strong>de</strong>quá-lo às capacida<strong>de</strong>sfinanceiras do estudante e do seuagregado familiar”, explica José ManuelSilva, lembrando que em finais<strong>de</strong> Julho <strong>de</strong>ste ano, o IP <strong>Leiria</strong> tinha447 estudantes em situação <strong>de</strong> incumprimentonum universo <strong>de</strong> cerca<strong>de</strong> 10 mil alunos.PUBLICIDADEConnoscoo Regresso às Aulasé Sempre mais Barato!!...Serviços Base:FlyersCartões <strong>de</strong> VisitaFotocópiasEnca<strong>de</strong>rnação


10 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012Especial Regresso às aulasAnsieda<strong>de</strong> dos pais éinimiga da adaptaçãodas criançasMudança O medo e a ansieda<strong>de</strong> são duas das principaisemoções que acompanham os alunos que vão iniciar onovo ano lectivo, principalmente os que entram no préescolare no ensino básico. Os pais são uma peça-chave noêxito da sua integraçãoLur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>lur<strong>de</strong>strinda<strong>de</strong>jl@gmail.com❚ Este fim-<strong>de</strong>-semana, os milhares<strong>de</strong> alunos que iniciam as aulas nasegunda-feira ultimam pormenorespara o gran<strong>de</strong> dia. Preparam as mochilascom os livros, ca<strong>de</strong>rnos e lápisnovinhos em folha e tentam“apagar” a ansieda<strong>de</strong> com muitosmimos que ainda sobram das férias,RICARDO GRAÇA<strong>de</strong> modo a que a entrada nestanova fase se faça com tranquilida<strong>de</strong>.É uma etapa que para representapara uns apenas o reencontro com“velhos” amigos, mas para outrossignifica uma mudança <strong>de</strong> turma,<strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino oumesmo a entrada, pela primeiravez, no jardim <strong>de</strong> infância ou no ensinobásico. Para muitos, são mesmo<strong>de</strong>safios que implicam emoçõesaté aqui <strong>de</strong>sconhecidas e quepo<strong>de</strong>m traduzir-se em momentos<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>.Carolina, 6 anos, vai transitar dopré-escolar para o 1º ano do ensinobásico. Segundo a mãe, Carla Sousa,há cerca <strong>de</strong> três semanas, a filhacomeçou a apresentar sintomas estranhos,com dores <strong>de</strong> barriga e anão interagir com ninguém. Apósuma ida ao médico e umas análisesque não revelaram nada <strong>de</strong> “físico”,os pais aperceberam-se que, afinal,a tristeza <strong>de</strong> Carolina estava associadaà mudança <strong>de</strong> escola e a umanova imagem sem os seus amigosdo jardim <strong>de</strong> infância. “Quandolhe expliquei que a maioria dosseus amiguinhos iria permanecerna turma, ficou mais tranquila epassou o resto das férias radiante”,conta a mãe.Carla Sousa responsabiliza-sepor não ter conversado com a filhamais cedo sobre as mudanças queiriam ocorrer na sua vida, pois consi<strong>de</strong>raque teria poupado um sofrimento<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> duas semanas aCarolina. “Penalizo-me pela falta <strong>de</strong>tempo, mas vou ter <strong>de</strong> estar maisatenta durante o ano, pois a minhafilha, apesar <strong>de</strong> ser muito sociávele <strong>de</strong> se adaptar bem a novas situações,é muito sensível”, diz, lembrandoque, afinal, Carolina vaientrar na escola dos “gran<strong>de</strong>s” enem ela, nem o pai, Manuel, seaperceberam a tempo <strong>de</strong> evitar as“dores <strong>de</strong> barriga” da criança.De facto, o ser verda<strong>de</strong>iro com acriança, comunicando os reais factoresque levaram à <strong>de</strong>cisão damudança, seja <strong>de</strong> escola ou <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>,é <strong>de</strong>terminante para que atransição se faça com tranquilida<strong>de</strong>,tanto mais que quando se tratada passagem do jardim <strong>de</strong> infânciapara o 1º ciclo do ensino básico o<strong>de</strong>safio é maior. Para trás ficam osnovos amigos, a educadora que setratava pelo nome e uma escola quefuncionava quase como a continuida<strong>de</strong>da família.A entrada no ensino básico implicatambém uma alteração significativaaté na dinâmica interna dafamília, sendo também o momentoem que as crianças adquiremmais autonomia, com uma aproximaçãoao mundo dos adultos, além<strong>de</strong> que é partir daí que surge opeso da avaliação. “Vai existir umaalteração no olhar do adulto em relaçãoà criança, com a avaliação dasua própria capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvercompetências, <strong>de</strong> relacionamentoe <strong>de</strong> aprendizagem”, explicaSusana Lalanda, psicólogaeducacional. “A verda<strong>de</strong> é que a capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> adaptação das criançasé muito superior à nossa, provavelmenteseremos nós (pais) a precisar<strong>de</strong> apoio”, afirma, lembrandoque a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer ajustamentosa nível parental, sendo <strong>de</strong>terminanteque se <strong>de</strong>cida o apoioque a criança terá, mas, sobretudo,“a quem caberá o papel <strong>de</strong> articularcom a escola”, se o pai ou a mãeou qualquer outro adulto.Esta é, pois, uma etapa do “<strong>de</strong>senvolvimentoda criança”, cujaansieda<strong>de</strong> dos adultos po<strong>de</strong> vir a“marcar” as suas lembranças, peloque aos pais aconselha-se que conheçamtambém “o espaço físico(escola e sala), o horário e que faleme estabeleçam uma linha <strong>de</strong> comunicaçãocom o professor que lheprestará toda a informação sobre oseu educando”, lembra, ainda, SusanaLalanda.Não existem, contudo, regras oufórmulas mágicas, nem para pais,


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 11nem para professores, como sublinhaIsabel Ferreira, sub-directorado agrupamento <strong>de</strong> escolas GuilhermeStephens, na Marinha Gran<strong>de</strong>,que lida com crianças do pré-escolarao 3º ciclo do ensino básica. “Amaior ou menor dificulda<strong>de</strong> para acriança/jovem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da personalida<strong>de</strong><strong>de</strong> cada um”, diz a docente,para quem os primeiros “cuidados”a ter é, como pais e/ou encarregados<strong>de</strong> educação, o <strong>de</strong> nãodar a conhecer as nossas própriasangústias e medos, transmitindo ai<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que “vai ser bom conhecernovos professores e fazer aindamais amigos”. Quanto à escola,“esta tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> bem acolher,<strong>de</strong> saber lidar com as emoções e <strong>de</strong>trabalhar no sentido <strong>de</strong> sempre favorecera auto-estima das suascrianças e jovens”.Consi<strong>de</strong>rando que escola e famíliaestão conscientes <strong>de</strong>stas realida<strong>de</strong>s,agindo no sentido <strong>de</strong> “facilitar”a integração no novo contextoeducacional, a docente recorda queuma criança “não integrada é infelize po<strong>de</strong> estar con<strong>de</strong>nada ao insucessoescolar”. Por isso, o mais <strong>de</strong>sejávele fundamental é o acompanhamentopor parte dos pais/encarregados<strong>de</strong> educação e o diálogoentre estes e a escola.Sintomas persistentes preocupamValorizar sinais <strong>de</strong> alertaQualquer sintoma “só ganharelevância se for persistente notempo e se acontecer emassociação com outros”. SusanaLalanda cita como principais sinais<strong>de</strong> alerta numa criança que não seadapta à escola, os “sintomasfísicos associados ao medo e aostresse (dor na barriga, dor <strong>de</strong>cabeça, enjoo e vómitos), oisolamento e a agressivida<strong>de</strong>excessiva, tal como o choroconstante ou a recusa contínua emcontar como foi o seu dia, bemcomo as alterações <strong>de</strong> humormuito repentinas. Como a escola éo local privilegiado para ter novosamigos, o contrário po<strong>de</strong>rá ser umsinal <strong>de</strong> que algo está mal, assimcomo se o aluno per<strong>de</strong>rconstantemente objectos pessoais.Aos pais pe<strong>de</strong>-se serenida<strong>de</strong> e umacompanhamento que não“abafe”, mas que seja firme. Bastaque se mostre aos filhos que estãosempre ao seu lado para auxiliar eque eles sintam que em casa têmespaço para falar abertamente dosseus receios, sem que se sintam“pequeninas”, alerta SusanaLalanda. Para Isabel Ferreira, ossinais nem sempre são claros e, porvezes, traduzem-se “emcomportamentos díspares”. Além“do isolamento na sala ou norecreio”, ou da “timi<strong>de</strong>z edificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção na sala<strong>de</strong> aula, ou mesmo no simplesdiálogo ocasional”, po<strong>de</strong> existiruma atitu<strong>de</strong> hilariante, até mesmo<strong>de</strong> mau comportamento.Em casa, regra geral, é mais fácil a<strong>de</strong>scoberta do problema, pelo queos pais <strong>de</strong>vem conversar com acriança/jovem sobre os seus diasna escola, <strong>de</strong> um modo natural.“Há também casos em que, mesmono ambiente familiar, o silêncioexiste e infelizmente, algumasfamílias, são, só por si, o maiorproblema da criança/jovem”.A criança/jovem não tem <strong>de</strong> saberdas preocupações dos adultos.“Elas são tão naturais como oferecero peito para a mamada aquandodo nascimento”, exemplificaIsabel Ferreira, consi<strong>de</strong>rando que otrabalho em parceria é a chave parao sucesso do aluno em todas as vertentes:comportamentais, <strong>de</strong> resultadosescolares, e, consequentemente,da formação harmoniosado cidadão que todos <strong>de</strong>sejamos”.Mentir à criançapo<strong>de</strong> ser traumáticoDeixar uma criança no jardim <strong>de</strong> infânciasignifica “trabalho dobradona hora da adaptação”, ao contráriodo que acontece com um bebéno berçário, cuja separação é maisdifícil para a mãe. Assim, a entradano jardim <strong>de</strong> infância ou no 1º ciclodo ensino básico pe<strong>de</strong> muita “paciênciae ternura” por parte doadulto e também muita calma, poiso estado emocional dos mais velhosreflecte-se sempre na criança. Aospais solicita-se que tenham, pois, acerteza da <strong>de</strong>cisão que tomaram naescolha da escola do seu filho, paratransmitir segurança à criança, casocontrário, “o risco <strong>de</strong> ela chorar, espernear,arremessar brinquedos égran<strong>de</strong>, o que a levará a repudiar aescola”. Susana Lalanda aconselhaos pais a manterem conversascom os coor<strong>de</strong>nadores pedagógicose visitas prévias ao local durante asaulas para observar o comportamentodos educadores.Dizer a verda<strong>de</strong> à criança é tambémfundamental numa situaçãonova e “assustadora” como é o primeirodia <strong>de</strong> aulas, pelo que nunca<strong>de</strong>ve utilizar-se o habitual “já volto”se tal intenção não for para cumprir.A mentira intensifica a insegurançada criança e po<strong>de</strong> tornar a adaptaçãoainda mais traumática.A entrada na escola é, por si só,uma enorme mudança, pelo que<strong>de</strong>vem evitar-se mais alterações aomesmo tempo, que criem ansieda<strong>de</strong>nas crianças. A rotina, a disciplinae a organização significamsegurança.Aos pais que criam um sentimento<strong>de</strong> culpa por <strong>de</strong>ixarem o filhona escola, recor<strong>de</strong>-se que a separaçãoé difícil, mas é possívelreverter a situação em algo positivo,se usarem o tempo que estãolonge como um estímulo para aproveitaro máximo possível os momentosem que estão juntos. “Brincando,mostrando que querem sabero que ele apren<strong>de</strong>u e como foio seu dia...”.PUBLICIDADE


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 15PUBLICIDADEHá 27 anos a li<strong>de</strong>rar a Câmara <strong>de</strong> CaldasUm político orgulhosoCom 62 anos, Fernando Costaconta já com mais <strong>de</strong> 40 anos<strong>de</strong>dicados à activida<strong>de</strong> política,como <strong>de</strong>putado na Assembleiada República, membro daAssembleia Municipal <strong>de</strong> Caldasda Rainha e presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ssaautarquia, que li<strong>de</strong>ra há 27 anos.Diz não sentir “qualquervergonha em fazer política” econfessa que o cargo que mais opreencheu foi o ser presi<strong>de</strong>nte<strong>de</strong> câmara. Natural da localida<strong>de</strong><strong>de</strong> Olivais, em <strong>Leiria</strong>, frequentouo seminário durante os trêsanos.A carreira do pai, polícia <strong>de</strong>profissão, levou-o para Caldas daRainha, on<strong>de</strong> começou portrabalhar na câmara comoadministrativo. Acabaria porsuspen<strong>de</strong>r a activida<strong>de</strong> naautarquia para se licenciarem Direito.Depois <strong>de</strong> uma experiência comoprofessor no liceu <strong>de</strong> Caldas daRainha (hoje Escola SecundáriaRaul Proença), foi eleito<strong>de</strong>putado à Assembleia daRepública, em 1976, cargo que<strong>de</strong>sempenhou durante <strong>de</strong>z anos.Em 1985, foi eleito presi<strong>de</strong>nte daCâmara <strong>de</strong> Caldas da Rainha,on<strong>de</strong> se mantém há 27 anos.gerir bem os impostos que os munícipespagam. Os munícipes nãopo<strong>de</strong>m pagar impostos para as câmarasgastarem em festivais <strong>de</strong>gosto duvidoso ou em provas <strong>de</strong>sportivassem aceitação da população.Não faz sentido promoverespectáculos quando <strong>de</strong>pois nãohá dinheiro para ter as escolas afuncionar. O meu orgulho comoautarca não é fazer muita obra,mas pôr as pessoas a pagar menosà câmara. Em Caldas da Rainha,uma família paga, em média, menosmil euros por ano em água,IMI, recolha <strong>de</strong> lixo e transportesdo que nos concelhos vizinhos.Tendo em conta a polémica quetem havido em torno da agregação<strong>de</strong> freguesias, não lhe pareceum pouco utópico avançar para afusão <strong>de</strong> municípios?Essa agregação será inevitável.Dentro <strong>de</strong> um ou dois mandatosgran<strong>de</strong> parte das câmaras estará nafalência. O Estado não tem dinheiropara dar às câmaras e estasnão conseguem sustentar as máquinasavassaladoras que têm. CastroMarim, Alcoutim e Vila Real <strong>de</strong>Santo António estão a iniciar umprojecto <strong>de</strong> fusão. Se três câmarasse juntarem, po<strong>de</strong> haver uma poupançaentre um a quatro milhões<strong>de</strong> euros só no funcionamento domunicípio. Se essa poupança se reflectirnuma redução <strong>de</strong> custospara a população, esta po<strong>de</strong>rá aceitara fusão. Foi fácil fazer obra ecriar serviços, mas será muito difícilmanter as câmaras com as estruturasactuais em termos <strong>de</strong> serviços,equipamentos, funcionários,assessores e boys dos partidos.Isso vai acabar porque não há dinheiro.A Câmara das Caldas funcionacom três chefes <strong>de</strong> divisão esem qualquer director <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento.Conheço uma autarquiacom meta<strong>de</strong> da dimensão <strong>de</strong> Caldasda Rainha que tem 30 chefes <strong>de</strong>divisão. Se as pessoas soubessemos gastos supérfluos que há em algumascâmaras, com pessoas quenão fazem nada, corriam os presi<strong>de</strong>ntesdo gabinete.Como viu a posição da Câmara <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> que rompeu com a Lei dosCompromissos para garantir oinício do arranque do ano lectivo?Não gostava <strong>de</strong> falar <strong>de</strong>sse casoparticular. Esse é um problemadas câmaras com muitas dívidas.A culpa não é da Lei dos Compromissos,mas das câmaras que estãocheias <strong>de</strong> dívidas e que não pagamaos fornecedores. A Lei dosCompromissos está a ser usadacomo <strong>de</strong>sculpa. Se não tivessedinheiro para pagar as refeiçõesescolares, não ia contratar espectáculosou fazer obras, porque ofuncionamento das escolas é primordial.Concordo em 90% com aLei dos Compromissos, que vemcom 20 anos <strong>de</strong> atraso. Se a leiexistisse há mais tempo, o endividamentopúblico não seria tãogran<strong>de</strong> e alguns teriam ido pararà prisão. Portugal andou em <strong>de</strong>svariopor não haver controlo financeiro.Reconheço que a leitem alguns aspectos <strong>de</strong> execuçãodifíceis, mas é preciso pôr or<strong>de</strong>mnesta pouca vergonha como o dinheiropúblico tem sido gasto.Em 2013 abandonará a câmara <strong>de</strong>Caldas <strong>de</strong> Rainha ao fim <strong>de</strong> 28anos <strong>de</strong> mandato. Qual a obra ouprojecto <strong>de</strong> que mais se orgulha?A Escola Superior <strong>de</strong> Arte e Design,apesar <strong>de</strong> ter sido uma obra do Estadoe do Instituto Politécnico,para a qual a câmara também contribuiu.Orgulho-me ainda <strong>de</strong> teruma cobertura <strong>de</strong> 100% no abastecimento<strong>de</strong> água e <strong>de</strong> 90% no saneamentoe da construção do centrocultural.E qual consi<strong>de</strong>ra ter sido o maiorerro da sua gestão autárquica?Talvez a construção <strong>de</strong> cinco piscinas.Hoje só fazia três. Voltaria afazer gran<strong>de</strong> parte do que fiz, mashavia coisas que faria <strong>de</strong> forma diferente,porque as i<strong>de</strong>ias e os conceitosmudaram. Há 40 anos, aspessoas <strong>de</strong> Caldas bateram palmasquando se construiu um edifício<strong>de</strong> 11 pisos. Hoje, as perspectivassão outras.


16 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012Socieda<strong>de</strong>Mais <strong>de</strong> seis mil hectaresreduzidos a cinzas em OurémChamas Do total <strong>de</strong> 416 quilómetros quadrados que constituem o território <strong>de</strong> Ourém, 49% éterreno florestal. O incêndio consumiu mais <strong>de</strong> um quarto <strong>de</strong>sta áreaElisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.ptRICARDO GRAÇA❚ Durante três dias as chamas consumiram6.715 hectares <strong>de</strong> mato e florestaem Ourém, <strong>de</strong>ixando um rasto<strong>de</strong> <strong>de</strong>struição e cobrindo <strong>de</strong> cinzentoas freguesias do norte do concelho.O incêndio começou no domingo,perto da hora do almoço, no lugar <strong>de</strong>Ribeira do Fárrio e queimou o equivalentea seis mil campos <strong>de</strong> futebol.Segundo informações do Sistema<strong>de</strong> Informação Europeu <strong>de</strong> IncêndiosFlorestais, calculadas através <strong>de</strong> análise<strong>de</strong> satélite, durante três dias ar<strong>de</strong>ramem toda a região 7372 hectaresem Ourém, Alvaiázere, Bombarral,<strong>Leiria</strong>, Figueiró dos Vinhos e Porto<strong>de</strong> Mós.O cenário mais dramático viveu--se em Ourém, on<strong>de</strong> morreu umapessoa, verificou-se a queda <strong>de</strong> umhelicóptero pesado, que combatiaas chamas, e uma empresa <strong>de</strong> plásticosficou totalmente <strong>de</strong>struída.Faustino Santos, 57 anos, era proprietário<strong>de</strong> um aviário no lugar <strong>de</strong>Resouro, freguesia da Urqueira. Nodomingo, morreu carbonizado a tentarsalvar a exploração. A vítima foi fecharo <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> gás, para evitaruma eventual explosão. Não conseguiufugir ao rápido avanço do fogo.Durante toda a noite o homem foiprocurado por familiares. Foi encontradodurante a madrugada.Já na segunda-feira, um helicópterobombar<strong>de</strong>iro Kamov caiu juntodo parque <strong>de</strong> merendas <strong>de</strong> Espite, aolado da lagoa, quando estava emmanobras para abastecer. Os doisocupantes conseguiram sair pelo seupé, mas foram encaminhados para ohospital por uma questão <strong>de</strong> precaução.O fogo consumiu duas casas <strong>de</strong>habitação permanente e algumas<strong>de</strong>volutas, <strong>de</strong>struindo ainda umaempresa <strong>de</strong> plásticos na qual trabalhavamalgumas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> pessoas.“É uma vergonha. Deixaramar<strong>de</strong>r a fábrica. Eram 5 da manhãquando o fogo chegou e nenhumbombeiro esteve aqui para ajudar asalvar a empresa”, <strong>de</strong>sabafava revoltadauma popular, que vive juntoà Urcaplas, que ficou totalmente<strong>de</strong>struída.“É lamentável. Os bombeiros <strong>de</strong>ixamo fogo andar. Só se preocupamem proteger as casas. A Urcaplasproduzia uma das melhores tubagensdo mundo”, acrescentou MafaldaSimões, que lembrava o fogo<strong>de</strong> há cinco anos. “É mais uma tragédiapara o nosso concelho.”MatasCercalEspiteGon<strong>de</strong>mariaAtouguiaFátimaRibeiradoFárrioCasaldosBernardosFreixiandaUrqueiraRio<strong>de</strong> CourosOlivalN.ª Sr.ªdaPieda<strong>de</strong>N.ª Sr.ªdasMisericórdiasCaxariasBeiçaAlburitelFormigas530bombeirosmais <strong>de</strong> 530 homens <strong>de</strong>corporações <strong>de</strong> vários pontos do país150veículosmais <strong>de</strong> 150 veículos <strong>de</strong> combateaos incêndios e apoio às operações3meios aéreosem simultâneo chegaram a actuartrês meios aéreos6.400hectareso incêndio consumiu 6.400 ha dos41.600 que constituem o concelhoDesespero e entre-ajudaDurante dois dias, os focos <strong>de</strong> incêndioque apareciam em vários locais,ajudados pelas projecções enviadaspelo vento não <strong>de</strong>ixaram ninguémdormir. Na al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Formigal, emMatas, a noite <strong>de</strong> segunda-feira foipassada à porta <strong>de</strong> casa. “O fogo andouaqui à volta. Chegou a queimarcurrais”, contava um dos populares,ao mesmo tempo que procurava ajudara travar o avanço das chamas comenxadas e ramos <strong>de</strong> eucalipto.O <strong>de</strong>sespero <strong>de</strong> quem vê o fogoavançar para a sua residência é in<strong>de</strong>scritível.De mãos na cabeça, MariaFátima Moura não sabia o que dizernem fazer. Tentava conter as lágrimas,ao mesmo tempo que a filhae um grupo <strong>de</strong> amigos esperavam queo incêndio saísse do mato em direcçãoà casa para aí o po<strong>de</strong>rem travar,em Barrocaria, freguesia do Olival.Quando as labaredas surgiram domeio do mato, <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> pessoasatacaram o fogo com o que tinham àmão, impedindo o rápido avançodas chamas até à chegada dos bom-beiros. Mas nem aí abandonaram ocombate, colocando-se ao lado dosbombeiros. Uma entre-ajuda espontâneavista em todos os lugares fustigadospelos incêndios.“É toda uma vida <strong>de</strong> trabalho. É umcenário que mete medo. Já molhei opátio, mas estou muito assustada. Éuma tristeza assistir a isto. Nuncapensei que o fogo chegasse aqui ecom tanta rapi<strong>de</strong>z”, <strong>de</strong>sabafava Maria<strong>de</strong> Fátima Moura, com o olhar fixonas chamas e nos bombeiros.Pouco <strong>de</strong>pois, na Ribeira do Fárrio,o exército era chamado. Dezenas <strong>de</strong>militares avançaram com uma máquinacontra o fogo, impedindo-o <strong>de</strong>progredir no terreno. A poucos quilómetros,no concelho <strong>de</strong> Alvaiázere,a freguesia <strong>de</strong> Maçãs D. Maria preocupavaas corporações. Dezenas <strong>de</strong>pessoas temiam pelas suas casas noslugares <strong>de</strong> Casalinho, Várzea da Amarelae Arega. A noite já ia alta, masmuitas horas ainda estavam pelafrente para as centenas <strong>de</strong> bombeiros,que só na terça-feira, dominaram estesincêndios.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 17Socieda<strong>de</strong>Leirisport suspen<strong>de</strong> também Viver ActivoPiscinas <strong>de</strong> Maceirae CaranguejeirafechadasprovisoriamenteMaria Anabela da Silvaanabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Falta ainda a <strong>de</strong>cisão formal dacâmara e da assembleia municipais,mas o processo <strong>de</strong> extinção daLeirisport já está em marcha. Na segunda-feira,o novo Conselho <strong>de</strong>Administração (CA) reuniu comos trabalhadores a quem comunicouque a empresa municipal vaientrar em fase <strong>de</strong> liquidação porforça do novo regime jurídico dasActivida<strong>de</strong>s Empresariais Locais,que, tal como o JORNAL DE LEIRIAnoticiou, impõe o fim da Leirisport.Entretanto, as piscinas da Caranguejeirae da Maceira foram fechadasno início da semana, mas osactuais responsáveis da empresagarantem que se trata <strong>de</strong> um encerramentoprovisório até que sejaanalisada a sustentabilida<strong>de</strong> financeirados equipamentos.Suspenso está também o ViverActivo, à espera <strong>de</strong> “uma avaliaçãodo enquadramento legal, <strong>de</strong>sportivoe financeiro” do programa. Amedida motivou o protesto <strong>de</strong> algunsutentes que, na terça-feira, se<strong>de</strong>slocaram à câmara para manifestaro seu <strong>de</strong>scontentamento e<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a continuida<strong>de</strong> do programa,<strong>de</strong>stinado a pessoas commais <strong>de</strong> 55 anos.Iniciado em 1999, o Viver Activofoi totalmente gratuito até ao anopassado, quando os utentes começarama pagar em função dosrendimentos, com mensalida<strong>de</strong>sentre os cinco e os 20 euros. Segundodados da Leirisport, em Julhoúltimo, 452 utentes estavamisentos e 527 pagavam. Ao que oJORNAL DE LEIRIA apurou, as verbasarrecadadas com as mensalida<strong>de</strong>srondam os cinco mil euros/mês.“As receitas não são suficientespara cobrir os custos do programa,que representa um encargo anualpara a câmara <strong>de</strong> 130 mil euros”,frisa Gonçalo Lopes. O vice-presi<strong>de</strong>nteda câmara e agora tambémpresi<strong>de</strong>nte do CA da Leiriport assegura,no entanto, que o Viver Activo“não terminou”. Segundo o vereador,estão a ser estudadas soluçõesque permitam a sua continuida<strong>de</strong>,eventualmente “com recursoaos actuais sete professoresque a Leirisport tem afectos aoprograma ou com parcerias comentida<strong>de</strong>s da região”.Em relação ao futuro das piscinasda Caranguejeira e da Maceira,Gonçalo Lopes garante que, para já,o cenário <strong>de</strong> encerramento <strong>de</strong>finitivonão está em cima da mesa.“Vamos fazer uma avaliação doponto <strong>de</strong> vista financeiro e <strong>de</strong>sportivoe <strong>de</strong>finir estratégias para,por exemplo, reduzir os consumosenergéticos e conseguir poupançasem termos dos recursoshumanos afectos aos equipamentos”,adianta o autarca.No entanto, a fraca utilizaçãodos equipamentos e o défice <strong>de</strong> exploraçãonão abonam em favor dacontinuida<strong>de</strong> do funcionamentodas piscinas. No ano passado, osdois equipamentos registaram cerca<strong>de</strong> 57 mil entradas e tiveram resultadosnegativos superiores a200 mil euros.Os presi<strong>de</strong>ntes das juntas <strong>de</strong> Caranguejeirae Maceira escusam--se, para já, a prestar <strong>de</strong>claraçõessobre o assunto.Leirisport com nova administraçãoEconomista será o liquidatárioda empresaEconomista e gestor <strong>de</strong>empresas, João Carlos Pereirafoi o escolhido para liquidatárioda Leirisport. Este era o nomeindicado no projecto <strong>de</strong>dissolução da empresa, faltandoser aprovado pela câmara. Oecononista integra o novoConselho <strong>de</strong> Administração (CA)da Leirisport, nomeado nasexta-feira, <strong>de</strong>pois da saída <strong>de</strong>Manuel Nunes e <strong>de</strong> AntónioMartinho. O gestor irá<strong>de</strong>sempenhar o cargo <strong>de</strong> vogalcom funções executivas. Talcomo o JORNAL DE LEIRIAnoticiou há duas semanas, overeador Gonçalo Lopes eAcácio <strong>de</strong> Sousa, chefe <strong>de</strong>gabinete do presi<strong>de</strong>nte dacâmara, são os outroselementos que compõem o CA,<strong>de</strong>sempenhando funções nãoexecutivas e sem qualquerremuneração. Em comunicado,o CA explica que irá ser feito“um diagnóstico” à situação daempresa, mediante o qual “será<strong>de</strong>finido um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>gestão das activida<strong>de</strong>s eequipamentos <strong>de</strong>sportivosmunicipais”.


18 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012Socieda<strong>de</strong>Associação Fazer Avançar disponibiliza cursos <strong>de</strong> línguas low costDo you SPEAK english? Sprechen sie <strong>de</strong>utsch?❚ SPEAK é o novo projecto da AssociaçãoFazer Avançar (AFA) <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, instituição <strong>de</strong> cariz social.Trata-se <strong>de</strong> uma escola <strong>de</strong> línguaslow cost. Alemão, francês, inglês,mandarim e russo são os idiomaspara já garantidos. O projecto é acontinuida<strong>de</strong> do <strong>Leiria</strong> LanguageExchange, que possibilita a qualquerpessoa apren<strong>de</strong>r uma língua<strong>de</strong> forma gratuita ao mesmo tempoque promove a integração <strong>de</strong> estudantese estrangeiros na cida<strong>de</strong><strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. “Um dos problemas quei<strong>de</strong>ntificámos foi a exclusão sociale cultural, que é agravada pelaAjudar as pessoasProjectos sociaisAlém do <strong>Leiria</strong> LanguageExchange, a AFA já colocou emprática quatro projectos. O EuDesportivo promove a igualda<strong>de</strong> noacesso ao <strong>de</strong>sporto. O Faz-te à vida!ajudará os jovens a iniciar o seunegócio. O Ignite <strong>Leiria</strong> tenta atrairuma “explosão <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias partilhadas<strong>de</strong> um modo inovador e original” Jáo <strong>Leiria</strong> Happiness Club andou adistribuir sorrisos e abraços pelacida<strong>de</strong> para promover a felicida<strong>de</strong>.barreira linguística. Percebemosque se atacássemos essas duascausas teríamos a solução do problema”,explica Hugo Menino, presi<strong>de</strong>nteda AFA.Devido à elevada <strong>de</strong>sistência eaos fracos recursos económicossurgiu o SPEAK social e SPEAKpro. O principal objectivo mantém-se.“Vai continuar a procurarfortalecer as relações entre culturas.Esta nova escola <strong>de</strong> línguasmantém o seu cariz social, mastambém tem uma oferta comercialpara procurar uma receita financeiraatravés do SPEAK Pro. A re-ceita <strong>de</strong>ste vai permitir manter oSPEAK social, que é a razão doprojecto”, adianta Hugo Menino.O SPEAK social continua a ser gratuito,mas tem uma caução <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong>,que é <strong>de</strong>volvida no final docurso. “O objectivo é evitar a <strong>de</strong>sistência.Mas, mantém tutores gratuitose o foco da integração cultural.”Já o SPEAK pro é um serviço comercial,<strong>de</strong> baixo custo, com tutorespagos, cujo foco é na aprendizagem.O curso <strong>de</strong> idiomas <strong>de</strong>stinasea vários públicos: apren<strong>de</strong>r umalíngua do zero, melhorar e praticarum idioma e apostar num vocábu-lo mais técnico e intensivo.Este programa oferece ainda outrosserviços linguísticos: traduçãoe nany. “Para famílias que precisam<strong>de</strong> uma baby sitter e têm o filhonuma escola francesa, por exemplo,e pretendam que melhore alíngua estudada e po<strong>de</strong>m contrataros dois serviços num só”, anunciaHugo Menino.Para colmatar a falta <strong>de</strong> instalações,a AFA assumiu várias parcerias.Um dos locais on<strong>de</strong> vão <strong>de</strong>correras aulas é na Movicortes, empresado grupo do JORNAL DELEIRIA.PUBLICIDADEObras reclamadas arrancam este mês na VieiraNova casa mortuária e maisestacionamento avançam❚ Algumas das obras mais reclamadaspela população <strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, no concelho da MarinhaGran<strong>de</strong>, vão avançar durante o mês<strong>de</strong> Setembro, anuncia o presi<strong>de</strong>ntedaquela Junta <strong>de</strong> Freguesia, JoaquimTomé. Entre elas encontrasea requalificação do centro davila, com a criação <strong>de</strong> mais lugares<strong>de</strong> estacionamento, também a construçãoda nova casa mortuária, novasestradas e a finalização <strong>de</strong> algunstrabalhos <strong>de</strong> saneamento.De acordo com o autarca, a casamortuária, que funciona no centroda vila, junto a igreja, “já não oferecequalquer tipo <strong>de</strong> condições”, peloque uma nova infra-estrutura do géneroirá ser construída junto ao cemitério.O novo equipamento, “maismo<strong>de</strong>rno e funcional”, custará àjunta cerca <strong>de</strong> 200 mil euros e seráedificado por fases.Quanto à requalificação do Jardimda República, no centro da vila,também avança este mês, e inclui acriação <strong>de</strong> pelo menos mais 10 lugares<strong>de</strong> estacionamento, numaobra orçada em 15 mil euros, daresponsabilida<strong>de</strong> da junta. A falta <strong>de</strong>parqueamento no local era até àdata um dos maiores constrangimentosdo centro da freguesia, consi<strong>de</strong>rao presi<strong>de</strong>nte.A segunda fase do saneamento dolugar da Passagem ficará tambémterminado em Setembro, com umaobra a cargo da autarquia, que, nototal, ronda os 500 mil euros.No que respeita à requalificaçãoda Rua do Cais e da Rua da Passagem,também <strong>de</strong>verão arrancar estemês, adianta ainda Joaquim Tomé.DFSEquipamento funcionará na antiga IvimaNova creche da Marinha Gran<strong>de</strong>dá resposta a 84 crianças❚ A creche social que vai funcionarnas instalações da extinta fábrica vidreiraIvima, na Marinha Gran<strong>de</strong>,terá capacida<strong>de</strong> para receber até84 crianças, avançou à Lusa CidáliaFerreira, vereadora da Acção Socialdo município. O novo equipamentoirá também trabalhar 24 horaspor dia, tal como projectava ÁlvaroPereira, presi<strong>de</strong>nte da autarquia,em Outubro do ano passado, aquandoda assinatura do protocolo <strong>de</strong>doação daquelas instalações da BAao município.A vereadora volta assim a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ra necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar resposta aosmuitos pais que trabalham por turnosnaquele concelho. Cidália Ferreiraacrescenta também que a crecheserá gerida pela ADESER II,uma Instituição Particular <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong>Social, havendo aindaespaço disponível nas instalaçõespara albergar se<strong>de</strong>s <strong>de</strong> associaçõesque trabalhem na área social.Recor<strong>de</strong>-se que, em Outubro doano passado, Álvaro Pereira tencionavaque as obras <strong>de</strong> recuperaçãoda antiga Ivima – investimento<strong>de</strong> 500 mil euros da responsabilida<strong>de</strong>da BA – estivessem terminadasem seis meses.


Socieda<strong>de</strong><strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 19Câmara quer unida<strong>de</strong> turística na Serra <strong>de</strong> AlvaiázereAmbientalistas contestam hotel previsto em área protegidaDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ As vozes <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontentamentonão tardaram a ouvir-se <strong>de</strong>pois dovice-presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Alvaiázereter anunciado ao JOR-NAL DE LEIRIA, na semana passada,que preten<strong>de</strong> avançar com oprojecto <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> umaunida<strong>de</strong> hoteleira na Serra <strong>de</strong> Alvaiázere.As associações ambientalistasopõem-se aos argumentos<strong>de</strong>fendidos pelo autarca, <strong>de</strong> “relançamentoda economia local”, eenten<strong>de</strong>m existir espaços que po<strong>de</strong>mser “alternativas <strong>de</strong> alojamento”,que não se encontram emárea protegida nem “afectam abiodiversida<strong>de</strong>”.Agostinho Gomes adiantou queo município tenciona construiruma unida<strong>de</strong> hoteleira <strong>de</strong> quatroestrelas na Serra <strong>de</strong> Alvaiázere, assimque esteja concluída a revisãodo Plano Director Municipal (PDM),o que, assim espera, “<strong>de</strong>ve acontecerem breve”. O vice-presi<strong>de</strong>nteavança que o hotel, <strong>de</strong> 50 camas,custará cerca <strong>de</strong> seis milhões <strong>de</strong> euros,e será construído no âmbito doprograma Mais Centro, no seguimentoda candidatura da entida<strong>de</strong>promotora, Terras <strong>de</strong> Sicó.Embora Agostinho Gomes friseque a intenção é privilegiar a natureza,“aliando a presença humanae o ecossistema”, DomingosPatacho, presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> direcçãodo Núcleo Regional do Ribatejo eEstremadura da Quercus, nota queesta serra é abrangida pela Re<strong>de</strong>Natura 2000, on<strong>de</strong>, além do mais,“não existem acessos, água ou saneamento”.Esta é também a convicção <strong>de</strong>Élio Marques, presi<strong>de</strong>nte da Associação<strong>de</strong> Defesa do Património, aAl-Baiäz, que lembra que este é“um projecto que se arrasta há 15anos”, e que nunca contou com aaprovação dos ambientalistas, namedida em que sempre esteve projectadopara “uma área classifica-Ecologistas sugerem quintas como alternativa <strong>de</strong> alojamentoda”. O presi<strong>de</strong>nte vai aguardar atéque o projecto volte a ser discutidopublicamente, na certeza <strong>de</strong>que, caso mantenha a localização,não contará com a sua aprovação.O geógrafo João Forte lamentaERA IMOBILIÁRIAque a câmara tenha avançado paraeste “plano <strong>de</strong> marketing elaborado”,sem que o projecto tenha sidodiscutido publicamente, tal comolamenta que o PDM não esteja a serusado para or<strong>de</strong>nar o território,mas para “permitir” construções,o que, no seu ponto <strong>de</strong> vista, “é<strong>de</strong>svirtuar este instrumento <strong>de</strong>gestão territorial”. João Forte consi<strong>de</strong>raainda que o investimento é“ridículo”, quando, actualmente,“existem várias quintas à venda,algumas próximas da vila”, e quetêm história e dimensão suficientepara suprir as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>alojamento.Agostinho Gomes lembra que acriação <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alojamentoturístico é algo que “estácontemplado no PDM, em área<strong>de</strong> aptidão turística, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997”,sendo que este projecto irá obe<strong>de</strong>cera todos os critérios legais emvigor, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a alteração do PDMaos estudos <strong>de</strong> impacto ambiental,parecer da tutela, etc. “Havendoparecer favorável, nada impe<strong>de</strong> asua construção”, tanto mais que,nota o autarca, contribuirá para o“<strong>de</strong>senvolvimento social e económicolocal, com a criação <strong>de</strong>emprego”.PUBLICIDADE


20 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012Socieda<strong>de</strong> Ciência e TecnologiaParque eólico flutuante po<strong>de</strong> nascerao largo <strong>de</strong> São Pedro <strong>de</strong> MoelWindFloat Estão a ser feitos testes numa plataforma ao largo da Póvoa <strong>de</strong> Varzim. Se os dados serevelarem promissores, <strong>de</strong>verá avançar-se para a construção nos mares da regiãoO que é a WindFloatComparativoAs gigantescas pás <strong>de</strong> 40 metros <strong>de</strong>envergadura estão presas a uma torrecom 67 metros que assenta numaplataforma flutuante. Flutuante masnão ao sabor das marés, pois a estruturaestá ligada ao fundo do mar porcabos e âncoras. O facto <strong>de</strong> ser umaestrutura flutuante permite colocar astorres em locais com profundida<strong>de</strong>ssuperiores, on<strong>de</strong> o vento po<strong>de</strong> sermais forte.Os responsáveis acreditam que asestruturas po<strong>de</strong>m ser colocadas atéaos 200 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>.40m121m121mLocalizaçãoEólicaFarol <strong>de</strong> S. Pedro32mPraia da Vieira67m12kmSão Pedro<strong>de</strong> MoelNazaréColuna <strong>de</strong>estabilizaçãoNível <strong>de</strong> águaSão Martinhodo PortoFoz do Arelho14mPenicheFonte: EDP e JORNAL DE LEIRIAMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Era do senso comum que a zonapiloto ao Norte <strong>de</strong> São Pedro <strong>de</strong>Moel, criada pelo Governo em 2010para o aproveitamento das energiasmarinhas renováveis, estivesse<strong>de</strong>stinado à exploração da energiadas ondas do mar. No entanto, outrotipo <strong>de</strong> projectos po<strong>de</strong>rão nascerpor ali. É que um consórcio li<strong>de</strong>radopela EDP tem outros planospara aquele espaço. Se os resultadosobtidos na plataforma experimental,a 5,5 quilómetros da costada Aguçadoura, concelho da Póvoa<strong>de</strong> Varzim, se revelarem consistentes,po<strong>de</strong>rá ser instalado umparque eólico <strong>de</strong>finitivo naquelaságuas.O projecto WindFloat – é assimque se chama – está estruturado emtrês fases: “a fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração,que se encontra actualmente emcurso na Aguçadoura, esten<strong>de</strong>ndo--se a uma fase <strong>de</strong> monitorização e<strong>de</strong> testes por cerca <strong>de</strong> mais doisanos; a fase pré-comercial, possivelmentecom cinco dispositivos epossivelmente na zona <strong>de</strong> São Pedro<strong>de</strong> Moel; e a fase comercial, quese <strong>de</strong>verá reflectir num parque <strong>de</strong>maior dimensão que ocorreráquando todas as condições estiveremreunidas e a tecnologia validada,numa localização a <strong>de</strong>finir”,revelou ao JORNAL DE LEIRIAO número5é o número <strong>de</strong> torres previstaspara o parque eólico offshore <strong>de</strong>São Pedro <strong>de</strong> Moel, caso sevenha a concretizar. Ficarãoinstalados a 12 km da costaJoão Gonçalo Maciel, director <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento tecnológico daEDP Inovação.O projecto instalado nos frios maresdo Norte do País representou uminvestimento <strong>de</strong> 23 milhões <strong>de</strong> eurose está no local <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong>2011, tendo começado a funcionar naantevéspera <strong>de</strong> Natal <strong>de</strong>sse ano.Tem um aerogerador <strong>de</strong> 2 megawattsque já <strong>de</strong>bitou energia suficientepara abastecer 1.600 habitações.E o WindFloat tem vantagemsignificativas relativas aos parqueseólicos instalados em terra. É que nomar o vento é mais constante, peloque o aproveitamento da energiapo<strong>de</strong> ser bem maior. Por outro lado,como as torres estão instaladas bemdistante da costa, o impacto visual énulo.A realização da fase previstapara a região, 12 distantes quilómetrosao largo do concelho da MarinhaGran<strong>de</strong>, em princípio comcinco torres, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um conjuntoalargado <strong>de</strong> condições e resultará,em última análise, <strong>de</strong> uma<strong>de</strong>cisão do consórcio. “As principaisquestões que condicionamessa <strong>de</strong>cisão pren<strong>de</strong>m-se com osucesso da actual fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração,bem como da existência<strong>de</strong> um enquadramento regulatórioa<strong>de</strong>quado e da existência <strong>de</strong> incentivoseuropeus que aju<strong>de</strong>m a financiareste tipo <strong>de</strong> projectos”,conclui João Gonçalo Maciel.


Socieda<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 21Fado solidário na NazaréO pavilhão da Associação <strong>de</strong> Dadores Benévolos <strong>de</strong>Sangue do Concelho da Nazaré, em Valado dosFra<strong>de</strong>s, recebe, no sábado, uma noite <strong>de</strong> fados<strong>de</strong>stinada a angariar fundos para aquelainstituição. A iniciativa tem início pelas 20 horas econtará com a actuação <strong>de</strong> vários fadistas.Cansaço e irritação afectam cerca <strong>de</strong> 40% dos trabalhadoresPausas curtas evitam “ressaca”<strong>de</strong>pois das férias <strong>de</strong> VerãoDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.ptRegresso ao trabalho é difícil para muitos portuguesesARQUIVO/JL❚ Na véspera do primeiro dia <strong>de</strong> trabalho,após as férias, Maria JoãoSantos quase não dormiu, ansiosacom a semana preenchida que conseguiaantever. E <strong>de</strong> regresso ao emprego,cada um dos dias que se seguiufoi <strong>de</strong> tortura. Além <strong>de</strong> <strong>de</strong>spachartrabalho acumulado, foipreciso adaptar o corpo ao <strong>de</strong>spertadore abandonar as sestas.Estudos realizados em Espanhae no Brasil, citados pelo <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong>Notícias, estimam que cerca <strong>de</strong>40% dos trabalhadores evi<strong>de</strong>nciamdificulda<strong>de</strong>s no regresso aos horários,às obrigações e às contas parapagar. Entre outros sintomas, apresentamirritabilida<strong>de</strong>, cansaço, tristeza,mau humor ou alteração dospadrões <strong>de</strong> sono e <strong>de</strong> apetite. “Nãose trata <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>pressão”,explica Telmo Baptista, psicoterapeutae presi<strong>de</strong>nte da AssociaçãoPortuguesa <strong>de</strong> TerapiasComportamental e Cognitiva àquelejornal. O que se verifica, diz, é aexistência <strong>de</strong> uma reacção adaptativaao trabalho, marcado por umregisto <strong>de</strong> <strong>de</strong>ver, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um período<strong>de</strong> lazer e sem obrigações.Essa é também a convicção <strong>de</strong>João Borges Lopes, psicólogo clínicona área da família e do trabalho,para quem esta espécie <strong>de</strong>“ressaca pós-férias” se <strong>de</strong>ve ao factodo organismo ficar, durante sucessivosdias em <strong>de</strong>scanso, semhorários para acordar, comer ou<strong>de</strong>itar, criando um estado <strong>de</strong> relaxamentocom efeitos psicológicos.O stress do regresso às férias ocorrequando o organismo é <strong>de</strong> novoobrigado a seguir rotinas rígidas, ea respon<strong>de</strong>r rapidamente às solicitações,como se fosse “bombar<strong>de</strong>ado”.Para garantir maior equilíbrioemocional, o mais indicado, especialmentepara profissões <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> contactocom o público, ou operacionaisque tenham <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a rápidosprazos <strong>de</strong> entrega, é ter vários períodos<strong>de</strong> férias, curtos, distribuídosao longo do ano. O facto <strong>de</strong> não <strong>de</strong>sligartotalmente o organismo darotina habitual faz com que o regressoseja menos complicado, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>.David Lewis, psicólogo britânico,enten<strong>de</strong> que a duração i<strong>de</strong>al das fériasé <strong>de</strong> três dias. Citado peloCiência Hoje, o investigador dizque mais dias equivalem a mais sol,comida e, eventualmente, mais álcool,que prejudicam o <strong>de</strong>scanso.PUBLICIDADE<strong>Leiria</strong> Caminhadaspromovem hábitossaudáveisProporcionar momentos <strong>de</strong>exercício físico à população epromover um estilo <strong>de</strong> vidasaudável são os principaisobjetivos da iniciativaCaminhadas - cida<strong>de</strong> emmovimento com óptimoacompanhamento, promovidapelo Hospital I<strong>de</strong>almed DomManuel <strong>de</strong> Aguiar, em <strong>Leiria</strong>. Ainiciativa começou na segundafeirae repete-se amanhã e nosdias 10, 14, 17 e 21. Amanhã, apartida tem lugar junto aoparque da Igreja <strong>de</strong> SantoAgostinho, às 19 horas. Duranteas caminhadas, os participantesserão acompanhados por umfisioterapeuta e um massagista.A inscrição gratuita e po<strong>de</strong> serfeita pelo telefone 244 100 009.Estatuto Dadores<strong>de</strong> sangue comdireito a seguroOs dadores <strong>de</strong> sangue vão passara ter direito a um seguro, segundoo Estatuto do Dador <strong>de</strong> Sanguepublicado, na semana passada,em Diário da República. Oestatuto consagra outros direitosdo dador, como a isenção emalgumas taxas mo<strong>de</strong>radoras ou apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ausentar dassuas activida<strong>de</strong>s profissionaispara dar sangue. Ao dador é aindapermitida a livre visita <strong>de</strong> doentesinternados em hospitais duranteo período estabelecido para oefeito. Quanto a <strong>de</strong>veres, oestatuto refere que o dador este<strong>de</strong>ve “observar as normastécnicas e científicas previamenteestabelecidas, tendo em vista a<strong>de</strong>fesa da sua saú<strong>de</strong> ea do doente receptor”.Sensibilização RegiãoCentro caminhacontra cancroda mamaOs dadores <strong>de</strong> sangue vão passara ter direito a um seguro,segundo o Estatuto do Dador <strong>de</strong>Sangue publicado, na semanapassada, em Diário daRepública. O estatuto consagraoutros direitos do dador, como aisenção em algumas taxasmo<strong>de</strong>radoras ou a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> se ausentar das suasactivida<strong>de</strong>s profissionais paradar sangue. Quanto a <strong>de</strong>veres, oestatuto refere que o dador este<strong>de</strong>ve “observar as normastécnicas e científicaspreviamente estabelecidas,tendo em vista a <strong>de</strong>fesa da suasaú<strong>de</strong> e a do doente receptor”.


22 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012LeitoresA direcção do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebe com agradopara publicação a correspondência dos leitores quetratem <strong>de</strong> questões do interesse público. Reserva-seo direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos maisimportantes das Cartas ao Director <strong>de</strong>vidamentei<strong>de</strong>ntificadas, publicadas nesta secção.direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.ptVariante daCaranguejeira:uma priorida<strong>de</strong>?Sair do rectângulo para ficarmosmenos quadradosRICARDO GRAÇAEstão já no terreno as obras dasegunda fase da variante daCaranguejeira, que <strong>de</strong>verãocustar perto <strong>de</strong> 700 mil euros.Trata-se <strong>de</strong> uma obra há muitoprometida pelos políticos, com oargumento <strong>de</strong> que é preciso darcontinuida<strong>de</strong> ao troço já feito efacilitar a ligação à EN113, nosCardosos. Isto porque, oobjectivo <strong>de</strong> retirar o trânsito docentro da vila, nomeadamente<strong>de</strong> camiões, já foi cumprido coma execução da primeira fase davariante.Em circunstâncias normais,concordaria com a obra. Masvivemos tempos extraordinário,que exigem muito cuidado naaplicação dos recursosfinanceiros, cada vez maisescassos. No contexto actual, emque todos os todos os tostõescontam, gastar quase 700 mileuros em alcatrão parece-se<strong>de</strong>spropositado, quando há, porexemplo, melhoramentos a fazerem escolas ou no centro<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Percebo que, tratando-se <strong>de</strong>uma obra comparticipada porfundos comunitários, essedinheiro não po<strong>de</strong> ser '<strong>de</strong>sviado'para outros projecto. No entanto,há uma parte da verba que terá<strong>de</strong> ser assegurada pela câmara.Será uma pequena parte dos 700mil euros – não sei precisar ovalor –,que po<strong>de</strong>ria ser canalizada paraoutras obras ou acções maisprioritária, nomeadamente aonível da educação ou do apoiosocial.Bem sei que, os “<strong>de</strong>fensores”da variante po<strong>de</strong>m semprealegar que, se não seaproveitassem agora os fundoscomunitários aprovados, talvez aobra nunca fosse feita. E se nãofosse, seria assim tão grave?O troço já feito veioefectivamente aliviar o trânsitodo centro da vila. A segunda fasevai encurtar o acesso daCaranguejeira à EN113, mastambém não vejo que venha malao mundo por ter se fazer maisuns quilómetros para ace<strong>de</strong>r àreferida estrada através docruzamento dos Olivais.Há ainda a questão política.Sei que a obra é uma promessaeleitoral, apregoada nasúltimas campanhas. Mas jáestamos tão habituados a que amaioria das promessas não passedisso mesmo, que mais uma porcumprir não faria gran<strong>de</strong>diferença. Até porque esta obrafoi prometida em tempo <strong>de</strong>“vacas gordas”e hoje as circunstâncias sãoradicalmente diferentes.António S.<strong>Leiria</strong>Em Plena “Silly Season” ou “la morte-saison”,como dizem anglo-saxónicos e francófonosrespectivamente, Portugal está longe <strong>de</strong> parar.Quando muitos estão <strong>de</strong> férias outros trabalhamainda mais afincadamente. Muitos espaços eactivida<strong>de</strong>s encerram ou cessam completamente,mas muitos outros funcionam a todo o vapor.O sector do turismo é um daqueles que tentanesta altura superar a crise. A propósito disso, foidito aos portugueses para passarem férias cá<strong>de</strong>ntro. A i<strong>de</strong>ia, à primeira vista, parece acertada econsensual, pois é evi<strong>de</strong>nte que estimula aeconomia interna, mantendo divisas no País. Mas,ao transmitir essa i<strong>de</strong>ia, arriscamos per<strong>de</strong>r algumasoportunida<strong>de</strong>s indirectas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Porexemplo, seria interessante <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r também que:viajar para o estrangeiro po<strong>de</strong>rá trazer mais-valiasao País. Sair da realida<strong>de</strong> nacional, carregada <strong>de</strong>um manto <strong>de</strong> cinzentismo, po<strong>de</strong>rá ajudar aconhecer novas realida<strong>de</strong>s e i<strong>de</strong>ias. Nessanovida<strong>de</strong> existe a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recolher boasi<strong>de</strong>ias e exemplos, tal como reconhecer os maus <strong>de</strong>modo a evitá-los e continuar a apostar naquilo quenos distingue e em que somos bons. Ficarmosfechados sobre nós mesmos pouco ou nadaajudará. Boas i<strong>de</strong>ias e exemplos inspiradores nãotêm preço. Conhecer o mundo é essencial parapo<strong>de</strong>rmos mudar a aparente e imutável realida<strong>de</strong>em que vivemos. Pena é o acesso a viagensinstrutivas ser restrito, pois, ao contrário das boasi<strong>de</strong>ias, viajar tem um preço alto.Assim, parece-me completamente errada a i<strong>de</strong>ia<strong>de</strong> “quase obrigar” também todos os membros doGoverno a fazer a totalida<strong>de</strong> das suas férias porPortugal. Se alguém precisa urgentemente <strong>de</strong>novas i<strong>de</strong>ias e <strong>de</strong> procurar novos exemplos são osnossos governantes. Que pena não aproveitaremalguns dias <strong>de</strong> férias lá fora, aten<strong>de</strong>ndo a que a suasituação financeira é ten<strong>de</strong>ncialmente mais<strong>de</strong>safogada que a da maioria dos portugueses, paraviajar e procurar boas i<strong>de</strong>ias – mesmo que nãosejam somente turísticas – para o País. Também <strong>de</strong>férias se po<strong>de</strong> trabalhar, ainda que <strong>de</strong> um mododiferente.Este texto, tal como a época em que é escrito,tem muito <strong>de</strong> “silly” - ou, em português, <strong>de</strong>parvo(a). Tem também algo <strong>de</strong> esperançoso,tentando reforçar para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> procurarbons exemplos, “saindo da caixa” ou, neste caso,do “rectângulo” para voltarmos menos“quadrados”.Micael Sousa, <strong>Leiria</strong>DRGenerosida<strong>de</strong>Nos últimos dias, o drama dosincêndios voltou à região, com oconcelho <strong>de</strong> Ourém a ser o maisfustigado. As chamas <strong>de</strong>ixaramum rasto <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição,queimando floresta, uma fábricae duas casas, havendo ainda alamentar a perda <strong>de</strong> uma vida,com a morte <strong>de</strong> um homem quefoi apanhado pelas chamasquando tentava proteger umaviário.Mas o drama dos fogos veio,mais uma vez, evi<strong>de</strong>nciar o que<strong>de</strong> melhor há na naturezahumana: a solidarieda<strong>de</strong>. Nashoras <strong>de</strong> aflição, em que osbombeiros não po<strong>de</strong>m chegar atodo o lado, aparecemvoluntários que sedisponibilizam a ajudar aproteger os bens alheios. Isso foivisível, bem visível nos incêndios<strong>de</strong> Ourém. On<strong>de</strong>, muitas vezesnão se viam bombeiros, láestavam carrinhas ou tractorestransportando água, que osbraços voluntariosos iam<strong>de</strong>spejar para cima das chamas. Éverda<strong>de</strong> que, muitas vezes, essaintervenção <strong>de</strong> pouco valeperante a dimensão das chamas,mas não tenho dúvidas que senão fosse essa gente generosaque, em muitos casos nemconhece o proprietários dos bensque tenta proteger, os estragosseriam bem maiores, não só emOurém como noutras zonasfustigadas pelos fogos.Uma palavra <strong>de</strong> apreço e <strong>de</strong>gratidão também às centenas <strong>de</strong>bombeiros que, nestas horas <strong>de</strong>aflição, não têm poupadoesforços na luta contra aschamas, uma batalha tantasvezes <strong>de</strong>sigual. É verda<strong>de</strong> quenem tudo corre bem e que hásempre falhas, nomeadamente<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação, mas os soldadosda paz merecem o maior respeitoe gratidão.Natália Costa, Ourém


Opinião<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 23Crónica <strong>de</strong> um Verão austeroTeorias ruraisAntónioLacerdaSalesO medoÉseguro dizer-se neste momento, que o período<strong>de</strong> férias já passou e ao contrário <strong>de</strong> anosanteriores este foi particularmente pleno emactivida<strong>de</strong> política. Em <strong>Leiria</strong> foram vários osassuntos que tiveram <strong>de</strong>staque junto da opiniãopública. O exemplo da discussão em torno da passagempelo concelho da Volta a Portugal, é o paradigma <strong>de</strong>algo que se discute com precipitação e sem se estar emposse da informação correta. Muita ausência <strong>de</strong>informação! Também o dossier relativo à Leirisport tevefortes repercussões, inclusivamente no ExecutivoCamarário e, não me querendo alongar nesta questão,gostaria apenas <strong>de</strong> dizer que a conclusão <strong>de</strong>ste processoé o ponto mais <strong>de</strong>stacado <strong>de</strong> uma profundaintervenção que visa o saneamento orçamental daCâmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que neste capítulo fez o que lhecompetia, abordando o <strong>de</strong>bate com serieda<strong>de</strong> contrauma Oposição que trata este assunto como arma <strong>de</strong>arremesso político. Porque será que se calaram após a<strong>de</strong>cisão governamental? Mas talvez a matéria maisfracturante neste Verão “quente” seja a situação maisrecente, em que a Câmara se vê obrigada a romper coma Lei dos Compromissos para conseguir respon<strong>de</strong>r àsnecessida<strong>de</strong>s inalienáveis <strong>de</strong> fornecer alimentação,transporte e activida<strong>de</strong>s extra-curriculares às criançasdo Pré-Escolar e 1º ciclo no Concelho. Num ambiente<strong>de</strong> rigor orçamental, cumprir esta obrigação representair contra as <strong>de</strong>terminações ditadas pelo governo. Noentanto é sem dúvida a <strong>de</strong>fesa do interesse público quenorteia este tour <strong>de</strong> force, <strong>de</strong>ixando antever um cenárioincómodo em que no nosso país as Câmaras se vêmobrigadas a trabalhar como únicos <strong>de</strong>fensores doscidadãos em matérias que <strong>de</strong>viam permanecerpriorida<strong>de</strong>s, mesmo em clima <strong>de</strong> contenção. Aeducação pública e livre constitui uma priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssegénero e julgo que os governos <strong>de</strong>viam chamar a si aresponsabilida<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>sígnio. No entanto,o <strong>de</strong>sígnio governamental ou a ausência <strong>de</strong>le é claro:austerida<strong>de</strong> tem sido o caminho e é uma realida<strong>de</strong> navida dos portugueses. Mas com que rumo? Com quePara mim ser professora é ter uma das profissõesmais bonitas do mundo. É ter por obrigação, agostosa possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> permanentemente meenvolver em atos criativos <strong>de</strong> uma beleza quaseinimaginável. Ser professor é afinal ser um criador, umfazedor <strong>de</strong> obras nascidas da combinação entre aintuição e a razão, tendo sempre em mente um objetivomuito claro e imprescindível à humanida<strong>de</strong>: o <strong>de</strong>contribuir para formar, através do conhecimento,pessoas livres e responsáveis! Talvez por pensar assim,no início <strong>de</strong> cada ano letivo, o reencontro com a escolae com os alunos foi sempre na minha vida ummomento <strong>de</strong> festa e <strong>de</strong> celebração! Não houve, até hoje,ministro algum, homem ou mulher, que me tivessebeliscado esta gostosa sensação. Como se os alunosfossem os fios coloridos e vivos <strong>de</strong> uma tela pronta a serpintada, jamais algum ministro ousou <strong>de</strong>struí-la.Apesar da insuficiência ou da má qualida<strong>de</strong> das tintas,dos pincéis, dos cavaletes, fornecidos aos criadores(alunos e professores) a tela intacta, toda ela cheia <strong>de</strong>luz, continuou lá! Mas eis que chega uma angustiante emaléfica sombra negra que me <strong>de</strong>sconcentra e me tira aluz <strong>de</strong> que necessito para trabalhar, partes da tela vãoficar quase invisíveis … e eu fico sem paz para criar.Crianças <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos vão po<strong>de</strong>r ser encaminhadas paravias alternativas <strong>de</strong> ensino, que dizem, as prepararãopara o mundo do trabalho. Com apenas <strong>de</strong>z anos,po<strong>de</strong>m tomar elas próprias essa <strong>de</strong>cisão (pasme-se!),perante as incapacida<strong>de</strong>s dos alunos, po<strong>de</strong>m ser osprofessores a tomá-la ou, pura e simplesmente, esseAméliado Valeobjetivo? Os dados do Eurostat do segundo trimestreconfirmam a retracção do PIB face ao períodohomólogo <strong>de</strong> 2011, (-3.3%). O quadro não melhoratendo em conta a crise espanhola que afectadirectamente a nossa balança comercial. A taxa <strong>de</strong><strong>de</strong>semprego (15%) atinge o seu maior nível <strong>de</strong> sempre.Sabemos hoje também, que a meta estipulada pelogoverno para o valor do défice (4,5%) vai mais uma vezsofrer <strong>de</strong>rrapagem (situar-se-á no final do ano, semmanobras <strong>de</strong> engenharia financeira, entre os 5 e os6%)… Esta sim uma <strong>de</strong>rrapagem Colossal. Todos estesfatores foram notícia durante o Verão, po<strong>de</strong>ndo assimconcluir que este clima <strong>de</strong> crise profunda não parou paraférias. Po<strong>de</strong>mos somar a este cenário a clara falta <strong>de</strong>vonta<strong>de</strong> em discutir o Orçamento <strong>de</strong> Estado para 2013,<strong>de</strong>ixando antever neste processo uma distribuição <strong>de</strong>medidas pré-eleitorais? Ou apenas mais austerida<strong>de</strong>…. Asprivatizações continuam, e a pressão sobre sectoresestratégicos torna-se insustentável, parecendo cada vezmais certo o panorama <strong>de</strong> alienação total <strong>de</strong> sectoresimportantes como a TAP ou a RTP <strong>de</strong> maneira aremendar as contas do Estado, significando maisencargos para as famílias portuguesas a longo prazo.Com este cenário a resposta das instituiçõesgovernamentais é uma política <strong>de</strong> “corte a direito”, umapolítica que não contempla estratégia, uma política emque o governo dita um rumo legitimado por umprograma não sufragado. Falta um <strong>de</strong>sígnio nacional. Asinstituições <strong>de</strong>mocráticas estão mais frágeis. Olhamoshoje para a Assembleia da República e vemos o seu po<strong>de</strong>rlimitado pelas exigências <strong>de</strong> cumprimento autista quenão <strong>de</strong>ixam antever solução. Na “Casa Presi<strong>de</strong>ncial” oscidadãos mais uma vez encontram uma resposta que nãocondiz com o cenário que parece fatalmente traçado.Falta uma i<strong>de</strong>ia estratégica! Quem <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> hoje ointeresse do cidadão português numa U.E. que quandocresce, nós ficamos na cauda e quando retrai, estamos nopelotão da frente? ….Presi<strong>de</strong>nte da C. Política Concelhia do PS-<strong>Leiria</strong>encaminhamento po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>cidido como um castigopara os alunos que não cumprem os seus <strong>de</strong>veres.Curiosamente esses alunos (na sombra) po<strong>de</strong>m voltar àvia normal (à luz) no final do 9º ano, se tiveremaprovação em exames feitos às disciplinas em queobtiveram o insucesso responsável pelo seu ingressonas vias alternativas <strong>de</strong> ensino! Estas viasprecocemente introduzidas, na vida <strong>de</strong> cada aluno, têma intenção criminosa <strong>de</strong> direcionar as crianças, pobres,<strong>de</strong> famílias com problemas ou, as crianças comdificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem, para o trabalho braçal“purificando” o grupo dos outros, a elite!“Decididamente, o futuro da Nação, não resi<strong>de</strong>apenas em elites fechadas e diminutas” disse VeigaSimão, dois anos antes do 25 <strong>de</strong> Abril. Sendo aindahoje consensual esta afirmação, não entendo comopo<strong>de</strong>m os futuros eletricistas ou agricultoresentendidos aos 10 anos como incapazes, vir a serelite no futuro. Não duvido que esta exclusão dosalunos-problema das turmas seja apreciada poralguns pais e professores. É um facto que todo otrabalho <strong>de</strong> transmissão dos conhecimentos setornará mais fácil, assim como mais fácil se tornaráouvir as preleções dos “mestres”... E à repulsa que jásinto vem juntar-se o medo. Um medo atroz que me<strong>de</strong>ixa triste e revoltada. Um medo que me vaiimpedir <strong>de</strong> sorrir quando <strong>de</strong> novo regressar à escola ereencontrar o futuro em todos os meus alunos.ProfessoraFranciscoFreireAterra ficou cheia e alegreoutra vez, passaram osemigrantes! Toda a honrae toda a glória, lá vãoelas, e ninguém lhes passacartão. É disto que a casa gasta.Custa a acreditar, mas ouvidizer que viver aqui na serraainda é pior do que andar naSuíça a trabalhar. E <strong>de</strong> facto,quem os ouve imagina que sãoturistas brasileiros, que andampor lá a ver monumentos e acomprar vinho.Uma região com tantascatedrais, museus com quadrospintados. Coisas lindas,provavelmente.Os patrões não <strong>de</strong>vem sermaus, e até me contaram quealguns são melhores do que nós.Quem sabe? Mas porque é quehavemos <strong>de</strong> ser piores? Temos obacalhau, o arroz doce e asbananas. Temos muitas coisasboas, não sabemos é dar-lhes o<strong>de</strong>vido valor. É verda<strong>de</strong> que ovinho <strong>de</strong>les é fraco. Um brancoque não enche nada, sabe a geloe a rio. Só por causa disso, jámuitas vezes consi<strong>de</strong>rei pôr-mea andar dali para baixo. Há trintaanos que não vejo uma vindimacomo <strong>de</strong>ve ser. Punha-mesossegado a trabalhar numapedreira ou num barracão eaproveitava melhor a vida. Masquem me mandou para láavisou-me <strong>de</strong>stes perigos. Afome ia apertar, e eu <strong>de</strong>viamanter-me calado naquelasparagens. Lá estamos, no meioda neve e das vacas. Os senhoresnão olham sequer para nós, enós repetimos comiserados ogesto. Eles imaginam que opessoal não percebe, mas agente sabe tudo, e alguns atétêm conta no banco. Fazemos asnossas festas para eles pensaremque andamos contentes. Não seise sabem, mas eles lá têm amania das festas, e nósimitamos.Andam bem enganados, esomos nós que os enganamos.Se é verda<strong>de</strong> que as nossasmulheres não são gran<strong>de</strong>espingarda, as louras não <strong>de</strong>vemser melhores. Aquilo não <strong>de</strong>veprestar para nada. Um tipo quecasou com uma, anda cada vezmais esquisito. Até dizem que amulher lhe faz mal. Ele andapela Europa <strong>de</strong> camião, e pensaque é comandante <strong>de</strong> umtrirreme no mediterrâneocentral, a escrever versos solarese a pescar cavalas. Passados osPirenéus nunca há chatices.Depois <strong>de</strong> feitas as visitas,executa-se uma <strong>de</strong>licadamanobra circular e recolhe-separa nor<strong>de</strong>ste, sempre a direito.A<strong>de</strong>us silvas, a<strong>de</strong>us caneiros.Antropólogo, CRIA/FCSH-UNL


24 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012EconomiaPequenas empresasinvestem em contracicloEST contrata 20 pessoas num mêsNo espaço <strong>de</strong> um mês, a EST, empresa da Boa Vista,<strong>Leiria</strong>, contratou “mais <strong>de</strong> 20 colaboradores”, paraintegrar a sua equipa, que conta com quase 200pessoas. “Esta necessida<strong>de</strong> é reflexo da expansão ecrescimento sustentado da activida<strong>de</strong> da EST emtodo o mundo”, informa em comunicado.FinançasContribuintesnotificados a<strong>de</strong>volver dinheirodo IRSMarinha Gran<strong>de</strong>Qual David contra Golias, muitas pequenas e médias empresasda região estão a enfrentar a crise com mais investimentoAFR Mol<strong>de</strong>s mudou <strong>de</strong> instalações e investiu em equipamentoDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Cruzar os braços não é opçãopara muitos empresários da MarinhaGran<strong>de</strong> que, apesar da conjunturaadversa, continuam a darinício a projectos <strong>de</strong> investimento.Algumas PME apostam na remo<strong>de</strong>laçãoe na ampliação <strong>de</strong> instalações,outras investem em I&D,com um objectivo comum: aumentare melhorar a produção,<strong>de</strong> forma a penetrar em novosmercados. Só na última reunião <strong>de</strong>câmara, foram aprovados pelo municípioos projectos da AFRMol<strong>de</strong>s, da Ribermold, da Famoplae da Mol<strong>de</strong>s RP.A AFR Mol<strong>de</strong>s, fabricante <strong>de</strong>mol<strong>de</strong>s para plásticos, que funcionavano Telheiro, mudou-serecentemente para as novas instalaçõesna Marinha Gran<strong>de</strong>, parao antigo edifício da Inamol, on<strong>de</strong>está a <strong>de</strong>senvolver um projecto<strong>de</strong> 1.9 milhões <strong>de</strong> euros, com recursoa financiamento da banca.De acordo com o sócio-gerente,Alberto Rodrigues, a compra daqueleespaço à banca, em hasta pública,foi “uma oportunida<strong>de</strong>” quenão po<strong>de</strong>ria recusar. Além <strong>de</strong> colocara AFR Mol<strong>de</strong>s num “local estratégico”,esta mudança permiteà empresa <strong>de</strong>dicar parte das instalaçõesao aluguer <strong>de</strong> escritóriose disponibilizar um pavilhão preparadopara receber outra indústria.Desta forma, o espaço po<strong>de</strong>ráfuncionar como “núcleo <strong>de</strong> indústriase <strong>de</strong> serviços”, revela oempresário.Com a mudança <strong>de</strong> instalações ea aquisição <strong>de</strong> uma nova máquina,Alberto Rodrigues espera aumentarem 10% o volume <strong>de</strong> negócios,que nos últimos anos se temsituado em 1.5 milhões <strong>de</strong> euros,assim como aumentar a capacida-<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta às solicitações domercado externo, composto maioritariamentepor França, Alemanhae Estados Unidos. A mudança significarátambém, para já, um aumento<strong>de</strong> cinco postos <strong>de</strong> trabalho,fazendo aumentar para 25 o númerototal <strong>de</strong> colaboradores.A Ribermold, outra fabricante <strong>de</strong>mol<strong>de</strong>s, prepara-se para criar umcentro <strong>de</strong> testes e <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong>pré-séries junto à unida<strong>de</strong> fabril,na Marinha Pequena. Até agora, ocentro tem funcionado em Casaldos Ossos, lugar on<strong>de</strong> a empresafamiliar <strong>de</strong>u os primeiros passos,há 25 anos.Construir esta unida<strong>de</strong> e comprarequipamento custará perto <strong>de</strong> 1.2 milhões<strong>de</strong> euros, mas permitirá <strong>de</strong>senvolvertodo o processo num só local,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a concepção da i<strong>de</strong>ia, àexecução do mol<strong>de</strong> e injecção domesmo, ao estilo “chave-na-mão”. Ocentro criará 10 postos <strong>de</strong> trabalhoDANIELA FRANCO SOUSAqualificados, fazendo aumentar para80 o número <strong>de</strong> trabalhadores<strong>de</strong>sta empresa altamente exportadora(96% da produção). Indústriaautomóvel, eléctrica, electrónicae aeronáutica são alguns dosseus mercados.A Famopla, fabricante <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>spara a indústria plástica, da Benta,vai também ampliar instalações,sem revelar, para já, o valor do investimentoprevisto. O projectoinclui uma aposta na inovação,que permitirá aumentar a capacida<strong>de</strong>produtiva e as exportações daempresa, adianta o gerente, LuísGomes.Embora não tenha sido possívelouvir a direcção da Mol<strong>de</strong>s RP atéao final da edição, o JORNAL DELEIRIA sabe que a fabricante <strong>de</strong>mol<strong>de</strong>s, da Embra, tem em mãosum projecto <strong>de</strong> “alteração e ampliaçãoda unida<strong>de</strong> industrial”,também aprovado pela autarquia.Raquel <strong>de</strong> Sousa Silvaraquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Manuela entregou a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong>IRS logo no primeiro dia, na primeirafase, via internet, como faz todosos anos. Menos <strong>de</strong> 30 dias <strong>de</strong>poisestava a receber o reembolso e a nota<strong>de</strong> liquidação. Ficou, por isso, espantadaquando há dias recebeuuma carta das Finanças com uma segundanota <strong>de</strong> liquidação. E indignadaquando percebeu que lhe estavaa ser exigida a <strong>de</strong>volução <strong>de</strong> cerca<strong>de</strong> 130 euros.“Recebi a nota <strong>de</strong> liquidação eum aviso <strong>de</strong> cobrança que ameaçacom execução fiscal caso não <strong>de</strong>volvao dinheiro”, aponta a contribuinte,indignada com o facto <strong>de</strong> lheestarem a ser cobrados juros sobre ovalor que lhe terá sido in<strong>de</strong>vidamentepago e que agora terá <strong>de</strong> <strong>de</strong>volver.A carta “não traz uma únicaexplicação, não aponta quaisquer razõesou motivos” para a situação.Manuela dirigiu-se à sua repartição<strong>de</strong> Finanças para pedir esclarecimentos,mas foi-lhe dito não havernenhuma explicação oficial. A eventualida<strong>de</strong><strong>de</strong> o sistema po<strong>de</strong>r não estarainda afinado <strong>de</strong> acordo com asregras em vigor, quando entregou a<strong>de</strong>claração (logo no primeiro dia doprazo), foi uma das hipóteses avançadas.Contudo, o JORNAL DE LEI-RIA sabe que outros contribuintesque também foram notificados para<strong>de</strong>volver parte da verba reembolsadanão entregaram a <strong>de</strong>claração noprimeiro dia. Em alguns casos, asverbas a <strong>de</strong>volver rondam os 400 euros,noutros ultrapassam os 500.Contactadas algumas fontes dasFinanças, a informação disponível éque teria havido lapsos no sistema naprimeira liquidação, nomeadamenteem aspectos relacionados com osencargos com imóveis. Mas nenhumadas fontes ouvidas tinha aindaqualquer esclarecimento da Autorida<strong>de</strong>Tributária sobre o assunto.Esta remeteu o JORNAL DE LEIRIApara o gabinete <strong>de</strong> imprensa do Ministériodas Finanças, que até ao fecho<strong>de</strong>sta edição não enviou qualquerresposta.


Economia<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 25Royal Óbidos também vai receber incentivosSantos Barosa investe 32 milhõespara melhorar produtivida<strong>de</strong>Raquel <strong>de</strong> Sousa Silvaraquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ A Santos Barosa e a Royal Óbidosvão investir quase 70 milhões <strong>de</strong> euros,contando para isso com incentivosdo Quadro <strong>de</strong> Referência EstratégicoNacional (QREN). Os contratos<strong>de</strong> investimento foram assinadoscom a AICEP a semana passada, masos incentivos já tinham sido aprovadosem Março. Além <strong>de</strong>stas empresas,também a Douro Azul (do Nortedo País) assinou contrato.No caso da Santos Barosa, queproduz vidro <strong>de</strong> embalagem na MarinhaGran<strong>de</strong>, o investimento visa areconstrução <strong>de</strong> um forno, que vaiintroduzir processos novos nas linhas<strong>de</strong> produção, através <strong>de</strong> tecnologiasavançadas. Visa ainda investigaçãoe <strong>de</strong>senvolvimento internos.Segundo o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios, o investimentoestá estimado em 31,7milhões <strong>de</strong> euros. A manutenção <strong>de</strong>550 postos <strong>de</strong> trabalho directos, o au-Construir 2012Royal Óbidos entreos concorrentesO Royal Óbidos SPA & Golf Resort éum dos projectos concorrentes aosPrémios Construir 2012, na secçãoImobiliário e na categoria <strong>de</strong>Melhor EmpreendimentoTurístico. A iniciativa visa“distinguir os melhores” em quatroáreas: construção, arquitectura,imobiliário e engenharia. Estão nacorrida dois outros projectos dodistrito: a reorganização do castelo<strong>de</strong> Pombal (área <strong>de</strong> arquitectura,categoria melhor projecto público)e uma casa em <strong>Leiria</strong>, também naarquitectura, na categoria <strong>de</strong>melhor projecto privado, segundoo <strong>Jornal</strong> Construir. Além dascategorias sujeitas a votação pelossubscritores da publicação, existeainda o Prémio Excelência, quedistinguirá uma “personalida<strong>de</strong>com provas dadas no sector”.mento das vendas e prestações <strong>de</strong>serviços e o crescimento das exportaçõessão as razões apresentadaspelo Governo para aprovar a atribuição<strong>de</strong> incentivos, cujo valor nãofoi discriminado.Em resultado <strong>de</strong>ste projecto, e<strong>de</strong> acordo com o <strong>de</strong>spacho do Governopublicado em Diário da República,prevê-se que as exportaçõesda empresa registem umacréscimo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20 milhões<strong>de</strong> euros/ano até 2014.Contactada pelo JORNAL DE LEI-RIA, a empresa não prestou mais<strong>de</strong>clarações, remetendo para asque foram feitas pelo presi<strong>de</strong>nte doConselho <strong>de</strong> Administração à RPTno dia da assinatura do contrato.Na ocasião, José Pedro Barosa revelouque a mo<strong>de</strong>rnização do fornovisa, por um lado, “permitirmaior eficácia” e, por outro, “maiorprodutivida<strong>de</strong>”, que resultará doaumento da velocida<strong>de</strong> com que asgarrafas sairão do forno.Quanto ao projecto da Royal Óbidos,e como o JORNAL DE LEIRIA jánoticiou em Julho, visa a construção<strong>de</strong> um hotel <strong>de</strong> cinco estrelas, <strong>de</strong> umSPA e <strong>de</strong> um campo <strong>de</strong> golfe (este jáconcluído). O investimento ascen<strong>de</strong>a 36 milhões <strong>de</strong> euros, mas o projectocandidato ao QREN tinhacomo investimento elegível apenas31,7 milhões <strong>de</strong> euros, tendosido aprovados cerca <strong>de</strong> seis milhões<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> incentivos.A construção do hotel, SPA ecampo <strong>de</strong> golfe insere-se num projectomais amplo do grupo MSF, orçadoem 200 milhões <strong>de</strong> euros eque contempla um total <strong>de</strong> 630unida<strong>de</strong>s turísticas, entre moradiase apartamentos.A AICEP frisou que aqueles trêsinvestimentos “são consi<strong>de</strong>rados<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância para a economianacional, pelo seu impactomacroeconómico”, beneficiandodos incentivos financeiros previstospara os gran<strong>de</strong>s projectos noâmbito do Sistema <strong>de</strong> Incentivos eInovação.Evento em <strong>Leiria</strong>Oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> negócio emAngola discutidasna Nerlei❚ A Nerlei promove na próxima terça-feira,dia 11, nas suas instalações,um seminário sobre oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> negócio em Angola.Agendado para as 14:30 horas, oevento contará com intervenções<strong>de</strong> um especialista da AICEP PortugalGlobal, <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> bancáriapresente neste mercado, <strong>de</strong>uma consultora conhecedora dopaís, <strong>de</strong> um transitário e <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong><strong>de</strong> advogados. Haverá aindalugar para o testemunho <strong>de</strong>uma empresa portuguesa presenteem Angola. O principal objectivo<strong>de</strong>sta sessão é dar a conheceraos empresários informação <strong>de</strong>talhadasobre a abordagem a estemercado e preparar a missão empresarialque está agendada para operíodo entre 16 a 23 <strong>de</strong> Novembro.Esta acção integra o projecto ChoosePortugal 2012 que a NERLEI estáa dinamizar no âmbito do Sistema<strong>de</strong> Incentivos à Qualificação e Internacionalizaçãodas PME – Projectosconjuntos do QREN (Quadro<strong>de</strong> Referência Estratégico Nacional),pelo que a participação é gratuita,mas sujeita a confirmação.Leirienses envolvidos no projectoPorto Fino promove gastronomiae artigos nacionais em Hong KongRaquel <strong>de</strong> Sousa Silvaraquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Um grupo empresarial <strong>de</strong> capitais100% portugueses, <strong>de</strong> que fazemparte dois leirienses, vai abrir no final<strong>de</strong>ste mês em Hong Kong o PortoFino - Mediterranean Kitchen &Deli, que será uma “montra <strong>de</strong> produtosportugueses, através <strong>de</strong> contactosjá estabelecidos com marcasnacionais”. O projecto, que implicoupara já um investimento <strong>de</strong> 415 mileuros, passa pela abertura <strong>de</strong> um restaurantee <strong>de</strong> uma loja <strong>de</strong> produtosmediterrânicos.Luís Gonçalves, um dos empresáriosenvolvidos, explicou ao JOR-NAL DE LEIRIA que 80% dos produtosa comercializar serão <strong>de</strong> origemportuguesa, sendo os restantesitalianos, espanhóis e gregos.Para “satisfazer as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>uma cida<strong>de</strong> com cerca <strong>de</strong> sete milhões<strong>de</strong> habitantes”, <strong>de</strong>verão serabertos outros quatro restaurantes elojas gourmet em Hong Kong noprazo <strong>de</strong> um ano, revela o jovem.“Vamos ven<strong>de</strong>r bacalhau, vinho,azeitonas, frango <strong>de</strong> churrasco e, apartir das nove da noite, as pessoasvão jantar na loja, entre o presunto,Pedro do Carmo será o chef do restauranteo queijo e o esparguete”, explica.Os promotores preten<strong>de</strong>m aindacriar uma plataforma <strong>de</strong> venda onlinepara distribuir os produtos parabares, lojas e restaurantes <strong>de</strong> HongKong, numa primeira fase, e maistar<strong>de</strong> para outros mercados da Ásia.Pedro do Carmo, também natural<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, vai ser o chef do primeirorestaurante. Licenciado emFilosofia, iniciou-se como cozinheirono restaurante Charlotte'sPlace, em Londres. Nos últimosmeses era chef num restaurante emBournemouth. Para a sua escolha“foi <strong>de</strong>terminante o percurso académico,profissional e pessoal, oprofissionalismo, aliado à capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> se adaptar a vários conceitose projectos” e uma “capacida<strong>de</strong>muito boa para i<strong>de</strong>alizar novasexperiências”, revela Luís Gonçalves.O “orgulho em ser português”,por um lado, e o facto <strong>de</strong> Hong Kong<strong>de</strong>monstrar vitalida<strong>de</strong> económicae apetência pelo consumo, por outro,foram as razões do investimento.DR


26 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012EconomiaAlvados EmotionalHotel candidato aprémio <strong>de</strong> <strong>de</strong>signLançamento CasaJosé Repolho lançavinhos tintos e roséSumol+CompalPrejuízos <strong>de</strong> 1,7 milhõesno primeiro semestreÓbidos Softwell naincubadora do ParqueTecnológicoAinda não foi inaugurado, mas jáestá na short list do InternationalHotel Design Award (hotel un<strong>de</strong>r50 rooms), concurso que visapromover as unida<strong>de</strong>s que exibam<strong>de</strong>sign, ambiente ou arquitectura“inovadores e alternativos”.O Cooking and Nature–-Emotional Hotel situa-se emAlvados, Porto <strong>de</strong> Mós, e apostanum conceito “completamenteinovador” que “apela aos sentidos,às emoções e à imaginação”.A Casa José Repolho, doconcelho da Batalha, está alançar no mercado quatro vinhos– Burro Velho e Real Fado (tintos)e Summer Lovers Collection,rosé e branco. Embora só agorapassem a estar no mercado, estesvinhos já tinham participado emalguns concursos e recebidovários prémios. O Burro Velho,por exemplo, recebeu umamedalha <strong>de</strong> ouro no UltimateWine Challenge, em Nova Iorque.A Sumol+Compal, empresa quetem uma fábrica em Pombal e umcentro <strong>de</strong> logística em <strong>Leiria</strong>,registou prejuízos <strong>de</strong> 1,7 milhões<strong>de</strong> euros no primeiro semestre<strong>de</strong>ste ano, que comparam com oslucros <strong>de</strong> 2,3 milhões em igualperíodo do ano passado. Deacordo com a empresa, a inversãonos resultados <strong>de</strong>ve-se à quedadas vendas em Portugal e aoaumento dos custos <strong>de</strong> produção,sobretudo das matérias-primas.Empresa <strong>de</strong> origem brasileiraespecializada no <strong>de</strong>senvolvimentoe comercialização da soluçãoMaker (plataforma integrada quecria e gere aplicações empresariaisem ambiente web), a Softwellinstalou-se recentemente naincubadora do Parque Tecnológico<strong>de</strong> Óbidos. A aposta pren<strong>de</strong>-secom a expansão da área <strong>de</strong>serviços da Softwell Europe emPortugal, refere um comunicadoda câmara que cita a empresa.Coimbra IPNconvidado paraprojecto internacionalPortugueses gastam mais em tabletsDR<strong>Leiria</strong> AIP discutecrescimentoeconómicoO Instituto Pedro Nunes (IPN), <strong>de</strong>Coimbra, vai integrar o projectointernacional Blueseed, que passapela criação <strong>de</strong> uma incubadora<strong>de</strong> empresas num navio emáguas internacionais, a cerca <strong>de</strong>22 quilómetros <strong>de</strong> Silicon Valley,nos Estados Unidos da América.Teresa Men<strong>de</strong>s, directora do IPN,explicou à Lusa que, <strong>de</strong>sta forma,as empresas interessadas po<strong>de</strong>mtemporariamente <strong>de</strong>senvolvernegócios e parcerias sem asexigências <strong>de</strong> visto <strong>de</strong> trabalhodos EUA. O projecto Blueseed teráinício no próximo ano, dandoassim oportunida<strong>de</strong> às empresasapoiados pelo IPN <strong>de</strong> seexpandirem e formalizaremnegócios e parcerias comcongéneres americanas. “Fomosconvidados e a<strong>de</strong>rimos à i<strong>de</strong>ia,que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a universalida<strong>de</strong> dasparcerias”, adiantou aresponsável. Criado em 1991, oInstituto Pedro Nunes apoiacerca <strong>de</strong> 180 empresas, comvolume <strong>de</strong> facturação anualsuperior a 75 milhões e mais <strong>de</strong>1700 postos <strong>de</strong> trabalho directosaltamente qualificados.No segundo trimestre <strong>de</strong>ste ano os consumidoresportugueses gastaram menos nos electrodomésticos(quebra <strong>de</strong> 22% nas máquinas <strong>de</strong> lavar loiça, porexemplo) do que em igual período do ano passado etambém cortaram nos gastos com livros, consolas,software e filmes em DVD (menos 13,6%). Pelocontrário, aumentaram os gastos na aquisição <strong>de</strong>televisões (26%) e <strong>de</strong> tablets (145%). Os dados são dobarómetro da Associação Portuguesa <strong>de</strong> Empresas <strong>de</strong>Distribuição (APED) e mostram ainda que as marcasbrancas continuam a ganhar terreno, tendo agorauma quota <strong>de</strong> mercado <strong>de</strong> 36,4%. Quanto aos bensalimentares, subiram as compras <strong>de</strong> mercearia (mais1,2%) <strong>de</strong> frescos e <strong>de</strong> charcutaria, mas <strong>de</strong>sceram as <strong>de</strong>bebidas (menos 0,5%) e produtos lácteos (menos1,3%). Para as compras, os portugueses apontam ossupermercados como os locais preferidos, seguindo--se os hipermercados (23,6%). Segundo o InstitutoNacional <strong>de</strong> Estatística, o indicador <strong>de</strong> confiança dosconsumidores foi positivo em Agosto, dandoseguimento à tendência iniciada em Fevereiro, emresultado da melhoria das perspectivas sobre aevolução da situação económica do País e da situaçãofinanceira das famílias.Be In – Participar para Crescer é onome do evento que aAssociação Industrial Portuguesa(AIP) está a dinamizar com vistaa promover a participação dasocieda<strong>de</strong> nas temáticas que<strong>de</strong>terminam o futuro <strong>de</strong> Portugale da Europa. Nas acçõesagendadas para várias cida<strong>de</strong>s doPaís, entre elas <strong>Leiria</strong> (em dataainda a <strong>de</strong>finir), vão estar emdiscussão, entre outros assuntos,o crescimento económico e oreforço da economia europeia.Nas 50 sessões previstas (entreSetembro <strong>de</strong>ste ano e Abril <strong>de</strong>2013), será pedido aosparticipantes que abandonem oseu “lado <strong>de</strong> espectadores” paraentrarem na discussão pública,na troca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, informação eopiniões, “como contributoactivo para a prossecução <strong>de</strong>políticas orientadas para ocrescimento económico e oreforço da economia europeia”,refere um comunicado da AIP.Empresários, empreen<strong>de</strong>dores,quadros-técnicos <strong>de</strong> empresas,da administração pública e <strong>de</strong>outras instituições, estudantes,jornalistas e opinion-makersserão chamados a participar.Leiturasdasemana (www.arquivolivraria.pt)Má <strong>de</strong>spesa PúblicaBárbara RosaRui Oliveira MarquesEditora: AletheiaO livro nasceu do blogue e o blogue nasceu danecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partilhar informação sobre a MáDespesa Pública em tempos <strong>de</strong> troika. Todo e qualquercidadão po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve consultar a forma como a todos osníveis do Estado se gasta o dinheiro dos seus impostos.Das juntas <strong>de</strong> freguesia aos governos, passando pelascâmaras municipais, fundações, institutos, empresaspúblicas e municipais, esbarra-se com constantessurpresas. Neste livro po<strong>de</strong> conhecer os exemplos maisrecentes e alguns erros cometidos no passado queparecem não ter servido <strong>de</strong> lição.Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Gestão global e osMeios e as Técnicas <strong>de</strong> fazer ocontrolo <strong>de</strong> gestão nas PMERenato Lopes da CostaEditora: ActualEste livro tem como objetivo projetar o futuro e dar aconhecer como está o mundo organizado relativamenteà forma cultural <strong>de</strong> fazer gestão e pensar a estratégia.Preten<strong>de</strong> ainda discutir i<strong>de</strong>ias sobre a área <strong>de</strong> controlo<strong>de</strong> gestão à luz <strong>de</strong> uma perspetiva estratégica e global,sendo <strong>de</strong>senvolvido um plano <strong>de</strong> referência que permiteaten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> académicos e gestoresorganizacionais.


Economia<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 27Projecto irá criar 200 postos <strong>de</strong> trabalho directosMohave e Galp investem 230 milhõespara procurar gás em PortugalLuciano Larrossaluciano_larrossa@msn.com❚ A Mohave Oil & Gas Corporatione a Galp assinaram um acordopara a prospecção <strong>de</strong> petróleo egás em Portugal na passada segunda-feira,em Alcobaça. Estáprevisto um investimento <strong>de</strong> 230milhões <strong>de</strong> euros durante os próximoscinco anos. Na cerimónia,que contou com a presença doMinistro da Economia, Álvaro Pereira,foi revelado que o acordo<strong>de</strong>ve gerar 200 postos <strong>de</strong> trabalhodirectos e 1.400 <strong>de</strong> forma indirectanos próximos anos.No que toca ao investimentoem Aljubarrota, a Galp só ficarácom 50% da concessão, o que correspon<strong>de</strong>a um investimento <strong>de</strong>3,4 milhões <strong>de</strong> euros, referentes aopagamento dos custos realizadospela Porto Energy naquela concessão.No caso <strong>de</strong> Alcobaça, ainda é necessárioque seja confirmada aexistência <strong>de</strong> recursos naturais.Para isso, a Mohave irá trabalhardurante 50 dias, para encontraruma resposta <strong>de</strong>finitiva. É esperadoque sejam <strong>de</strong>scobertos setemilhões <strong>de</strong> metros cúbicos daquelassubstâncias. “Faz-se a pesquisa,a perfuração, prepara-se o<strong>de</strong>senvolvimento e, se tudo <strong>de</strong>rcerto, faz-se a produção. É umpasso atrás do outro, não há comoacelerar”, explicou Arlindo Alves,responsável da Mohave, na cerimónia.Ministro da Economia visitou trabalhos da Mohave em AlcobaçaO número20%A probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser encontradogás ou petróleo em Alcobaça é <strong>de</strong>20 a 30%, valor consi<strong>de</strong>radoelevado para esta indústria, quepor norma trabalha compercentagens na or<strong>de</strong>m dos 15%O responsável do Governo <strong>de</strong>slocou-sea Alcobaça para aprovar,também, parte do plano geral <strong>de</strong>trabalhos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento eprodução <strong>de</strong> hidrocarbonetos,apresentado pela Mohave. ÁlvaroPereira revelou durante a visita aAlcobaça que o “<strong>de</strong>senvolvimentoregional” durante a prospecção<strong>de</strong> petróleo será uma das principaispreocupações do Governo.“O <strong>de</strong>senvolvimento das comunida<strong>de</strong>slocais é, para nós, fundamental”.Fábrica <strong>de</strong> porcelanas da Batalha Bonvida encerrou em Setembro <strong>de</strong> 2011Um ano <strong>de</strong> espera sem <strong>de</strong>sfecho à vistaLUCIANO LARROSA“Penso que é legítimo, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntementeda <strong>de</strong>scoberta ounão [<strong>de</strong> hidrocarbonetos], que<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já a legislação portuguesapossa garantir royalties municipaispara as comunida<strong>de</strong>s. Pensoaté que Alcobaça é pioneira naexploração onshore e, por isso,sobressai ainda mais essa necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> existir retorno para ascomunida<strong>de</strong>s locais”, alertou opresi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Alcobaça,Paulo Inácio.<strong>Leiria</strong> AIPI levaempresas nacionaisa feira em ParisA Associação dos IndustriaisPortugueses <strong>de</strong> Iluminação (AIPI)está a organizar a participação <strong>de</strong>um grupo <strong>de</strong> empresas na Maison& Objet, “a maior mostra das novastendências” na área da <strong>de</strong>coração eartigos para a casa, que se realizaem Paris entre amanhã e terça--feira. A associação, com se<strong>de</strong> em<strong>Leiria</strong>, irá também expor algunsdos novos produtos da marcaLuzza. O sector português dailuminação continua assim a suainternacionalização, “cujosresultados se têm reflectido numconstante aumento do volume <strong>de</strong>exportações nos últimos <strong>de</strong>z anos”.Das oito empresas que integram ogrupo, duas são do distrito: VillaLumi (Marinha Gran<strong>de</strong>) e IvoCutelarias (Caldas Rainha).Marinha Gran<strong>de</strong> CaixaGeral <strong>de</strong> Depósitosmuda <strong>de</strong> instalaçõesA partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Outubro, a CaixaGeral <strong>de</strong> Depósitos (CGD) muda <strong>de</strong>instalações na Marinha Gran<strong>de</strong>,concentrando os serviços noedifício da Rua Bernardino JoséGomes, na zona histórica dacida<strong>de</strong>. Fonte oficial da CGDexplica que não se trata <strong>de</strong> umafusão, mas <strong>de</strong> “uma mudança <strong>de</strong>instalações que tem comoobjectivo melhorar o serviçoprestado aos clientes”. Assimsendo, “não vai haver qualquerextinção <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho”.Acrescenta que, “por motivos <strong>de</strong>diversa or<strong>de</strong>m a Caixa, por vezes,sente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudar <strong>de</strong>instalações, sempre com oobjectivo <strong>de</strong> prestar um melhoratendimento”.Alcobaça ICEL<strong>de</strong>stacada emrevista <strong>de</strong> carnes❚ Faz esta semana um ano que aBonvida fechou. Des<strong>de</strong> então, umgrupo <strong>de</strong> trabalhadores continuaa ir diariamente para junto da fábrica<strong>de</strong> porcelanas da Batalhacom o intuito <strong>de</strong> “guardar o património”,mantendo a esperançaque a unida<strong>de</strong> seja viabilizada evolte a produzir.Mas a sintonia <strong>de</strong> opiniões quemarcou os primeiros tempos pareceter <strong>de</strong>saparecido. Agora reinaalguma tensão: o sindicato da cerâmicaque <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início representavacerca <strong>de</strong> 50 operários foi“dispensado” e o até aqui porta--voz dos trabalhadores afastou-se dogrupo que recentemente propôs acriação <strong>de</strong> uma cooperativa paraviabilizar a unida<strong>de</strong>.Segundo foi possível apurar, LuísFilipe afastou-se <strong>de</strong>ste grupo pornão estar <strong>de</strong> acordo com a formacomo o processo está a ser conduzido.Contudo, não saiu ainda da comissão<strong>de</strong> trabalhadores e os restantesoperários continuam a indicá-locomo porta-voz. Contactado,recusou-se a prestar esclarecimentose remeteu para Gracinda Rosário,apontada igualmente por outrosoperários como uma das responsáveis<strong>de</strong>sta comissão. Também elanão se mostrou disponível paraprestar esclarecimentos.O JORNAL DE LEIRIA tentou falarcom alguns dos operários quemantêm vínculo à empresa (apenassuspen<strong>de</strong>ram os contratos) e continuama ir para junto da fábricapara evitar que seja vandalizada,mas nenhum quis falar sem a presençada comissão <strong>de</strong> trabalhadores.Jorge Vicente, dirigente do sindicatoda cerâmica que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o iníciose mobilizou pela reabertura daunida<strong>de</strong>, reconhece que recentementeos trabalhadores manifestaramnão querer continuar a usufruirdo apoio <strong>de</strong>sta estrutura, que “nuncacobrou um tostão” por isso. Dizque continua a haver disponibilida<strong>de</strong>do sindicato para os apoiar elamenta que o afastamento possater resultado do facto <strong>de</strong>, “se calhar,os trabalhadores terem sido malaconselhados” por terceiros.Não há ainda data marcada paraa próxima assembleia <strong>de</strong> credores,mas o JORNAL DE LEIRIA sabeque o parecer da administradora dainsolvência é no sentido da liquidaçãoda empresa. Invocando o<strong>de</strong>ver <strong>de</strong> sigilo, Vera La<strong>de</strong>ira recusouprestar <strong>de</strong>clarações. “Não sesabe qual o <strong>de</strong>sfecho provável”,limitou-se a dizer, recordando quecabe aos credores <strong>de</strong>cidir o futuroda empresa.A produção da Bonvida foi paradahá um ano pela administração,que em comunicado justificavacom a interrupção no fornecimento<strong>de</strong> gás. Ficaram sem trabalho 168pessoas, que tinham na altura saláriose subsídios em atraso. Amaioria dos trabalhadores rescindiuentretanto contrato, mantendosecom vínculo apenas os cerca <strong>de</strong>50 que continuam a fazer turnos <strong>de</strong>vigilância. A insolvência foi requeridapela administração da empresapouco tempo <strong>de</strong>pois do encerramento.RSSA ICEL, empresa da Benedita queproduz artigos <strong>de</strong> cutelaria, foium dos <strong>de</strong>staques da revistaCarne e Conveniência. Estapublicação, <strong>de</strong>dicada ao sectordas carnes, falou sobre a históriada empresa <strong>de</strong> Alcobaça e <strong>de</strong>u aconhecer os seus melhoresprodutos. Esta empresa daBenedita, que iniciou activida<strong>de</strong>em 1940, é uma das lí<strong>de</strong>res anível nacional no sector dacutelaria. As suas facas estãohoje presentes em 45 países,sendo usadas tanto no segmentodoméstico como no profissional(hotelaria e indústria da carne).Produz 3,2 milhões <strong>de</strong> peças porano e factura em média novemilhões <strong>de</strong> euros.


28 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012Economia MotoresDe amanhã até domingoVespa Clube <strong>de</strong> Fátimaorganiza a sua 8.ª ConcentraçãoJacinto Silva Durojacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Este fim-<strong>de</strong>-semana, entre 7 a 9<strong>de</strong> Setembro, no recinto paroquial<strong>de</strong> Fátima, o Vespinga – VespaClube <strong>de</strong> Fátima recebe a sua 8.ªconcentração. O evento serve paraa divulgação dos veículos <strong>de</strong> marcaVespa e para a promoção da região,empresas, tradições e produtosendógenos.A organização espera 580 participantese seus veículos, nesteencontro que é realizado com oobjectivo <strong>de</strong> partilha <strong>de</strong> experiênciae convívio. Amanhã, sexta,os participantes vão po<strong>de</strong>r assistira um concerto com váriasbandas, entre elas a Xaral's Dixiee The Peorth. No sábado <strong>de</strong> manhã,haverá um passeio gastronómico-culturale à tar<strong>de</strong>, os vespistasseguem para a al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>Pia do Urso, Batalha. No domingo,haverá mais um passeio, <strong>de</strong>stavez até Casalinho Farto, em Fátima.Ainda durante a manhã, osparticipantes que o quiserem po<strong>de</strong>rãolevar os seus veículos a serembenzidos na igreja paroquial<strong>de</strong> Fátima.Paralelamente, <strong>de</strong>corre o 2.ºEncontro <strong>de</strong> Sabores e Tradições<strong>de</strong> Fátima. “Queremos atrair maispúblico além dos vespistas, atravésda gastronomia e do azeite <strong>de</strong>Fátima”, explica Nelson Pereira,tesoureiro do Vespa Clube.Pela mão <strong>de</strong> 15 associações locais,a concentração vai contar com ospratos e doces mais tradicionais daregião, tendo-lhes sido estendido o<strong>de</strong>safio da confecção <strong>de</strong> um bolo <strong>de</strong>azeite, que irá a concurso.Vespingas são conhecidos por terem organizado o Vespa World Days, em 2010“Esta é uma concentração parapessoas diferentes. Somos um clubejovem e dinâmico que ganhoumuita energia com a realizaçãodo Vespa World Days, em 2010,consi<strong>de</strong>rado como uma das melhoresconcentrações <strong>de</strong> sempre<strong>de</strong> Vespas”, adianta Nelson Pereira.Para se juntar aos portugueses,<strong>de</strong> Espanha vão chegar34 vespistas e 17 da Região Autónomada Ma<strong>de</strong>ira, bem como váriosamantes <strong>de</strong>ste veiculo, oriundos<strong>de</strong> terras <strong>de</strong> Sua Majesta<strong>de</strong> britânica.Para promover a ligação entre osamantes <strong>de</strong>stes veículos e a populaçãoeste ano a organizaçãopromove a oferta <strong>de</strong> brin<strong>de</strong>s e curiosida<strong>de</strong>sa cargo do banco BIC edo JORNAL DE LEIRIA.A 8.ª Concentração Vespingatem ainda o objectivo <strong>de</strong> apoiar váriascausas sociais, à semelhançado que tem feito nos últimos anos.Com fundos recolhidos nesteseventos, o Vespa Clube <strong>de</strong> Fátimatem auxiliado associações como osBombeiros Voluntários <strong>de</strong> Fátima,O Centro <strong>de</strong> Recuperação Infantillocal, a Comunida<strong>de</strong> Vida ePaz e a Associação Centro <strong>de</strong> Diada Freguesia <strong>de</strong> Fátima.DREncontro Nacional Celica este fim-<strong>de</strong>-semanaToyota mostra novo GT86 em <strong>Leiria</strong>❚ A Caetano Auto (Centro), <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,acolhe este sábado, dia 8, nassuas instalações no Alto do Vieiro,o 6.º Encontro Nacional <strong>de</strong> Clientesdo mo<strong>de</strong>lo Toyota Celica organizadopelo Celicas Clube <strong>de</strong>Portugal.O evento tem hora marcada paraas 9:30 horas e contará com assete gerações <strong>de</strong>ste emblemáticomo<strong>de</strong>lo da marca japonesa. O encontroservirá também para a apresentaçãodo novo GT86, <strong>de</strong>sportivocompacto <strong>de</strong> 2+2 lugares da Toyota.Segundo a marca, este veículofoi concebido para se centrarespecificamente na pureza <strong>de</strong> condução.Foi “repleto <strong>de</strong> genes dacompetição e aprimorado” parasatisfazer os mais entusiastas dacondução. O GT86 dá o passo seguintena evolução do Celica eherda o espírito <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>sportivosda Toyota do passado.O mo<strong>de</strong>lo está equipado comum motor boxer frontal, <strong>de</strong> 2 litros<strong>de</strong> cilindrada, a gasolina, que combinainjecção directa e indirecta agasolina, <strong>de</strong>bitando uma potência<strong>de</strong> 200cv às 7000 rpm e 205 Nm <strong>de</strong>binário máximo às 6600 rpm. Atransmissão po<strong>de</strong> ser manual <strong>de</strong>seis velocida<strong>de</strong>s ou, em opção,automática <strong>de</strong> seis com patilhas novolante, o que permite ao <strong>de</strong>sportivoir dos 0 a 100 km/h em 7,6segundos e uma velocida<strong>de</strong> máxima<strong>de</strong> 226 km/h.A tracção é traseira neste compacto,<strong>de</strong>senvolvido em parceriacom a Subaru, que assinala o regressoda Toyota aos <strong>de</strong>sportivos,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que em 2007 a última geraçãodo Celica, a par do MR2, <strong>de</strong>ixou<strong>de</strong> ser produzida. O preço daversão base começa nos 39780euros.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 29OFERTAS DE EMPREGOCENTRO DE EMPREGO DE LEIRIARua <strong>de</strong> S. Miguel, Lote 1, 2410-170 <strong>Leiria</strong>Tel. :244 849 580, Fax: 244 849 580 . Email: cte.leiria@iefp.ptPROFISSÃOOPERADOR DE EXTRUSORASERRALHEIRO CIVITAMPÒGRAFOOPERADOR DE QUINADEIRASOLDADORCANALIZADORSERRALHEIRO CIVILELECTRICISTAESTETICISTAADMINISTRATIVA DE CONTABILIDADEOp, CNCCOZINHEIRORef.ª/Tempo/Localida<strong>de</strong>Refª 587821083 – Tempo Completo – POMBALRefª 587844185 – Tempo Completo – Porto <strong>de</strong> MósRef.ª 587816405 – Tempo Completo – BatalhaRefª 587838171 – Tempo completo – LEIRIARefª 587823208 – Tempo Completo – PORTO DE MÓSRefª 587824659 –Tempo Completo – LEIRIARef. 587819840– Tempo Completo – POMBALRefª 587838196- TC - POMBALRefª 587843788- Tempo CompletoRefª 587804839- Tempo Completo- MaceiraRefª 587838080- LEIRIARef.ª 587839337 – Tempo completo -BatalhaPombal- <strong>Leiria</strong> – Porto <strong>de</strong> MósAs ofertas <strong>de</strong> emprego divulgadas fazem parte da Base <strong>de</strong> Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obtermais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro <strong>de</strong> Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta <strong>de</strong> empregoAlerta-se para a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> situações em que a oferta <strong>de</strong> emprego publicada já foi preenchida <strong>de</strong>vidoao tempo que me<strong>de</strong>ia a sua disponibilização ao <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e a sua publicação.Empresa <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s preten<strong>de</strong> recrutarContactos:Tânia Mota(Responsável da Formação)Tel./Fax: 244 814 730Telm.: 917 703 550www.cfconsultores.ptOperadores <strong>de</strong> Máquinas<strong>de</strong> Injeção (M/F)Requisitos: experiência na funçãoResposta ao n.º 2012 do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Parque Movicortes2404-006 Azoia - <strong>Leiria</strong>WorkshopAS ALTERAÇÕES DE 01 AGOSTOAO CÓDIGO DO TRABALHO E ASSUAS IMPLICAÇÕES NO SISTEMACONTRIBUTIVO DAS EMPRESASADMITE-SECOZINHEIRA/Ocom experiência profissionalpara o Colégio Senhor dos MilagresContactos:Tel. 244 851 600E-mail: geral@colegiosenhormilagres.ptPRECISA-SE DEEmpregado/a(Bate-Chapas)para PARIS, c/ experiênciaTm.: 91211347221 setembro 2012em <strong>Leiria</strong>e-mail: info@dinamicoffice.ptTel.: 244813151Para mais informações e inscrição:www.dinamicoffice.pt


30 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 do Setembro <strong>de</strong> 2012LAVAGENS MANUAISLavagens completas(Interior e Exterior)✓ Estofos ✓ Motor✓ Chassis ✓ ParafinarFAZEMOS A RECOLHAE ENTREGA DA SUAVIATURA NO SEULOCAL DE TRABALHOOU RESIDÊNCIAABERTOS AOS SÁBADOS ATÉ ÀS 13H00MUDANÇAS 24HORASINCLUINDO FINS DE SEMANA.HONESTIDADETM: 960 032 771/ 910 148 270Conservação e Restauro- CANTARIA (PEDRA)- VITRAL- AZULEJO- MOBILIÁRIORita RibeiroRESIDÊNCIA SÉNIORServiços Base:Alojamentos:Tipo T0 e Tipo T1Duplos ou IndividuaisAlimentaçãoApoio 24 horasCuidados <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>Medicina/EnfermagemSala MultimédiaCuidados <strong>de</strong> Imagem:Cabeleireiro/ManicurePedicureServiços Personalizados:Higiene PessoalAlimentação AssistidaMedicação AssistidaLocomoçãoAcolhimento <strong>de</strong> AcamadosEstadias Permanentes e TemporáriasO complexoirá ter ao dispor:SPAGinásio/Salas <strong>de</strong> MassagensJacuzzi/Piscina DinâmicaAquecidaRestaurante/MinigolfeFisioterapiaEstrada Principal <strong>de</strong> Fátima, nº 302 . 2495-552 FátimaTel. 249 534 702 / 913 500 657 / 915 913 670info@fatimaspaclub.com . www.fatimaspaclub.com244 103 077/962 546 463Rua Heróis do Ultramar, Armaz. “D”2410-287 LEIRIA GARE - LEIRIATm. 968 063 572Email: rita-ribeiro82@live.comTribunal Judicial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>3.º Juízo CívelANÚNCIOProcesso: 3555/10.8TBLRA-HVerificação ulterior créditos (CIRE)7104902Data: 05-06-2012Autor: Estado PortuguêsInsolvente: Sbv – Soc. Imobiliária <strong>de</strong> Construções, Lda.Tribunal Judicial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>3.º Juízo CívelANÚNCIOProcesso: 3555/10.8TBLRA-GVerificação ulterior créditos7104855Data: 05-06-2012Autor: Estado PortuguêsInsolvente: Sbv – Soc. Imobiliária <strong>de</strong> Construções, Lda.Cátia SantosPsicóloga e Psicoterapeutaestrada <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, n.º 212 . ed. pinus park, fracção t2430-091 Marinha Gran<strong>de</strong>tlm. 969 463 631 . catiasantos.psi@gmail.comNos autos acima i<strong>de</strong>ntificados, correm éditos <strong>de</strong> 30dias, contados da data da segunda e última publicaçãodo anúncio, citando:- SBV – Soc. Imobiliária <strong>de</strong> Construções, Lda, na pessoado seu legal representante Vasyl Krykun, com últimaresidência conhecida na Rua do Coelho, n.º 8, Casal-dos-Claros, Amor, 2400 <strong>Leiria</strong>, para, no prazo <strong>de</strong> 20 dias, <strong>de</strong>corridoque seja o dos éditos, contestar, querendo, a presenteacção acima i<strong>de</strong>ntificada, com a advertência <strong>de</strong> quea falta <strong>de</strong> contestação importa a confissão dos factos articuladospelo autor – artigos 146.º, n.º 1, 148.º do CIRE e783.º do CPC, e que, em substância, o pedido consistena reclamação <strong>de</strong> créditos, por parte do Ministério Público,em representação do Estado, referente a IRC, relativoao exercício do ano <strong>de</strong> 2009, no montante <strong>de</strong> 8.561,38euros, tudo como melhor consta do duplicado da petiçãoinicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição docitando.O prazo é contínuo, não se suspen<strong>de</strong>ndo, durante asférias judiciais – artigo 9.º do CIRE.Fica advertido <strong>de</strong> que é obrigatória a constituição <strong>de</strong>mandatário judicial.A Juíza <strong>de</strong> Direito,Dra. Sara Oliveira da CostaA Oficial <strong>de</strong> Justiça,Maria José Pinto <strong>de</strong> CastroNos autos acima i<strong>de</strong>ntificados, correm éditos <strong>de</strong> 30dias, contados da data da segunda e última publicaçãodo anúncio, citando:- SBV – Soc. Imobiliária <strong>de</strong> Construções, Lda, na pessoado seu legal representante Vasyl Krykun, com últimaresidência conhecida na Rua do Coelho, n.º 8, Casal-dos-Claros, Amor, 2400 <strong>Leiria</strong>, para, no prazo <strong>de</strong> 20 dias, <strong>de</strong>corridoque seja o dos éditos, contestar, querendo, a presenteacção acima i<strong>de</strong>ntificada, com a advertência <strong>de</strong> quea falta <strong>de</strong> contestação importa a confissão dos factos articuladospelo autor – artigos 146.º, n.º 1, 148.º do CIRE e783.º do CPC, e que em substância o pedido consiste nareclamação <strong>de</strong> créditos, por parte do Ministério Público,em representação do Estado, referente a IVA não pago,respeitante aos períodos <strong>de</strong> 1/4 a 30/06/2007 e 1/7 a30/09/2007 e a IRC, relativo ao exercício do ano <strong>de</strong> 2007,no montante global <strong>de</strong> 23.022,63 euros, tudo como melhorconsta do duplicado da petição inicial que se encontranesta Secretaria, à disposição do citando.O prazo é contínuo, não se suspen<strong>de</strong>ndo, durante asférias judiciais – artigo 9.º do CIRE.Fica advertido <strong>de</strong> que é obrigatória a constituição <strong>de</strong>mandatário judicial.A Juíza <strong>de</strong> Direito,Dra. Sara Oliveira da CostaA Oficial <strong>de</strong> Justiça,Maria José Pinto <strong>de</strong> CastroJOÃO FILIPEMÉDICO ESPECIALISTA DE OFTALMOLOGIAMédico do Hospital dos Covões em Coimbra1.ª Pub. - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Ed. 1469 - 06.09.20121.ª Pub. - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Ed. 1469 - 06.09.2012CLÍNICA MATERNOINFANTIL DE LEIRIA> Alicia Rita -Obstetra Ginecologista> Bilhota Xavier - Pediatra> Beatriz Pena - Pedopsiquiatra> João Morgado - Ortopedista> Luís Seabra - Pediatra> Matos Cabeças - Psiquiatrae Sexologia Clínica> Alexandre Pena - Psicólogo Clínico> Inês Lopes - Terapeuta da FalaConsultas por marcação todos os dias úteisa partir das 14.00hRua Paulo VI- Edifício OlhalvasPiso 0, Porta 2 A , 5 E2400-502 <strong>Leiria</strong>Tm. 912 483 731 | Tel. 244 827 956Email: maternoinfantil@netcabo.ptUrgência todos os diasConsultas . Cirurgias . Lentes <strong>de</strong> Contacto . Laser. Campos Visuais . Exercícios <strong>de</strong> OrtóticaAcordos: SAMS Centro . CGD . SAVIDA . SAMS-SIBRua João <strong>de</strong> Deus, 11, 1º Dtº - <strong>Leiria</strong>Tel. 244 832 801/244 832 870EMÍLIA FARIAEspecialista Imuno - Alergologia (H.U.C.)(ASMA E DOENÇAS ALÉRGICAS)TESTES CUTÂNEOS EPROVAS VENTILATÓRIASPOLICLÍNICA DE S. TIAGO Tel. 244824805 - LEIRIACLÍNIGRANDETel. 244574060 - Mª GRANDECLÍNICA PUERICIA Tel. 244503809 - Mª GRANDEEDITALVenda Através <strong>de</strong> Hasta Pública <strong>de</strong> quatro (4) Lotes <strong>de</strong> TerrenoAntónio José Martins <strong>de</strong> Sousa Lucas, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal da Batalha,Faz público, em cumprimento do disposto no artigo 91º da Lei 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro, e <strong>de</strong> harmonia com a Deliberaçãotomada pela Câmara Municipal, em reunião Ordinária <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2012, que no próximo dia 27 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong>2012, pelas <strong>de</strong>z horas, na sala <strong>de</strong> reuniões do edifico da Câmara Municipal da Batalha, se proce<strong>de</strong> à venda em hastapública dos lotes <strong>de</strong> terreno a seguir i<strong>de</strong>ntificados:Lote número 1 – Lote <strong>de</strong> terreno para construção urbana, com a área <strong>de</strong> 304,22 m2, <strong>de</strong>stinado a construção <strong>de</strong> um edifício<strong>de</strong> habitação coletiva e comercio, com 3 pisos mais cave, área total <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> 304,22 m2, sendo 608,44 m2 <strong>de</strong>área máxima <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>stinada a habitação, 256,65 m2 <strong>de</strong>stinado comércio e 304,22 m2 <strong>de</strong>stinado a estacionamentoem cave, com o máximo <strong>de</strong> 4 fogos até T4, situado na Vila da Batalha, Freguesia da Batalha, inscrito na matriz predialno artigo 8602 e <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial sob o nº 7532/20080901, proprieda<strong>de</strong> do Município. (Possuiprojeto arquitetura aprovado com cave para estacionamento, 2 T3, 2T2 e 2 Lojas)Informa que o referido prédio urbano vai a praça, tendo como base <strong>de</strong> licitação o valor <strong>de</strong> €130 000,00 (cento e trinta mileuros), reservando-se o direito <strong>de</strong> não adjudicar se tanto for julgado conveniente aso interesses do Município, não sentoadmitidos lances inferiores a €250,00 (duzentos cinquenta euros).Lote número 2 – Lote <strong>de</strong> terreno para construção urbana, com a área <strong>de</strong> 299,33 m2, <strong>de</strong>stinado a construção <strong>de</strong> um edifício<strong>de</strong> habitação coletiva e comercio, com 3 pisos mais cave, área total <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> 299,33 m2, sendo 598,66 m2 <strong>de</strong>área máxima <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>stinada a habitação, 257,00 m2 <strong>de</strong>stinado comercio e 299,33 m2 <strong>de</strong>stinado a estacionamentoem cave, com o máximo <strong>de</strong> 4 fogos até T4, situado na Vila da Batalha, Freguesia da Batalha, inscrito na matriz predial noartigo 8603 e <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial sob o nº 7533/20080901, proprieda<strong>de</strong> do Município. (Possui projetoarquitetura aprovado com cave para estacionamento, 2T3, 2T2 e 2 Lojas)Informa que o referido prédio urbano vai à praça, tendo como base <strong>de</strong> licitação o valor <strong>de</strong> €128 000,00 (cento e vinte oitomil euros), reservando-se o direito <strong>de</strong> não adjudicar se tanto for julgado conveniente aos interesses do Município, não sendoadmitidos lances inferiores a €250,00 (duzentos cinquenta euros).Lote numero 3- Lote <strong>de</strong> terreno para construção urbana, com a área <strong>de</strong> 557,86 m2, <strong>de</strong>stinado a construção mão <strong>de</strong> umedifício <strong>de</strong> habitação coletiva, com 3 pisos mais cave, área total <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> 557,86 m2, sendo 1241,22 m2 <strong>de</strong> áreamáxima <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>stinada a habitação e 557,86 m2 <strong>de</strong>stinado a estacionamento em cave, com o máximo <strong>de</strong> 12 fogosaté T3, situado na Vila da Batalha, Freguesia da Batalha, inscrito na matriz predial no artigo 8604 e <strong>de</strong>scrito na Conservatóriado Registo Predial sob o nº7534/20080901, proprieda<strong>de</strong> do Município. (Possui projeto arquietura aprovado comcave para estacionamento, 6T2 6T3)Informa que o referido prédio urbano vai à praça, tendo como base <strong>de</strong> licitação o valor <strong>de</strong> €190 000,00 (cento e noventamil euros), reservando-se o direito <strong>de</strong> não adjudicar se tanto for julgado conveniente aos interesses do Município, nãosendo admitidos lances inferiores a €250,00 (duzentos cinquenta euros).Lote numero 4 – Lote <strong>de</strong> terreno para construção urbana, com a área <strong>de</strong> 427,2 m2, <strong>de</strong>stinado a construção <strong>de</strong> um edifício<strong>de</strong> habitação coletiva e comercio, com 3 pisos mais cave, área total <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> 328,97 m2, sendo 564,16 m2 <strong>de</strong> áreamáxima <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>stinada a habitação, 234,36 m2 <strong>de</strong>stinado comercio e 328,97 m2 <strong>de</strong>stinado a estacionamento emcave, com o máximo <strong>de</strong> 4 fogos até T4, situado na Vila da Batalha, Freguesia da Batalha, inscritos na matriz predial no artigo8605 e <strong>de</strong>scrito na Conservatória do Registo Predial sob o nº7535/20080901, proprieda<strong>de</strong> do Município. (Possui projetoarquitetura aprovado com cave para estacionamento, 2 T2, 2T3 e 2 Lojas)Informa que o referido prédio urbano vai à praça, tendo como base <strong>de</strong> licitação o valor <strong>de</strong> €123 000,00 (cento e vinte etrês mil euros), reservando-se o direito <strong>de</strong> não adjudicar se tanto for julgado convenientemente aos interesses do Município,não sendo admitidos lances inferiores a €250,00 (duzentos cinquenta euros)Para mais informações adicionais e julgadas necessárias e para consulta do projeto dos edifícios, po<strong>de</strong>rão os interessadosdirigir-se ao atendimento <strong>de</strong>sta Câmara Municipal, todos os dias úteis <strong>de</strong>ntro das horas normais <strong>de</strong> expediente, ou contactarpara o numero <strong>de</strong> telefone 244 769 110.Mais se informa, que se fica também disponível para consulta o regulamento <strong>de</strong> venda através <strong>de</strong> Hasta publica e imagensdo projeto dos edifícios na página do Município www.cm-batalha.ptPara constar se publica o presente Edital e outros <strong>de</strong> igual teor que vão ser afixados nos lugares do estilo.Município da Batalha, 2 julho <strong>de</strong> 2012O presi<strong>de</strong>nte da Câmara2.ª Publicação - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição 1469 - 06.09.2012


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 31ImobiliárioVendaApartamento T1 c/garagem individualna rotunda da Azoia-<strong>Leiria</strong>55.000€. Tm. 912 486 455.Apartamento T4 c/garagem individualnos Capuchos-<strong>Leiria</strong>90.000€. Tm. 912 486 455.Apartamento T4 c/garagem individualna Quinta <strong>de</strong> S.Bartolomeu-<strong>Leiria</strong> 100.000€. Tm. 912 486 455.ArrendaT2 NOVOno centro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, equipado emobilado com terraçoTm: 914 655 373/918 724 417.T1 e três T3 junto ao Cinema City.Tm: 914 655 373/918 724 417DiversosFichaTécnicaJORLIS, LDA.GerênciaMaria Alexandra Vieira, Anabela Frazão,João NazárioDirecção EditorialMaria Alexandra Vieira,Arnaldo Sapinho, Orlando Cardoso,Anabela FrazãoCoor<strong>de</strong>nação Executiva/DirectorJoão Nazário(direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Palavras cruzadasT1 no centro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, mobilado, aestudantes. Tel.: 244801940, Tm.:916097633.Quarto a estudante, c/ coz e WCacesso in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, junto à ESTG918 525 548.Quartos indiv. em apart. T4 mobilado.Boas condições. Tm. 965 258953.T2 (novo) mobilado equipado -Centro histórico <strong>Leiria</strong>. Para maisinformações contactar pelo Tm:925 600 939.Quarto a estudantes em Caldas daRainha. Para mais informaçõescontactar pelo Tm: 918 378 797Apartamento T1, zona central,completamente equipado. Tel. 244851 786/Tm. 914 982 089.Moradia na zona das Cortes. Totalmentemobilada. Para mais informaçõescontactar pelo Tm. 917552 924.Armazéns c/ 150 m2, 300 m2 e 400m2 licenciados p/ indústria, loca-lizadosem Z. Industrial, junto ao nó daA8 da Barosa, frente p/ a variante<strong>Leiria</strong>-M.ª Gran<strong>de</strong>. Parque <strong>de</strong> estac.e infra-estruturas <strong>de</strong> apoio inclusivé(cantina industrial). Bons Preços.Tm: 914 655 373/918 724 417.Curso Intensivo alemão. BonsPreços! Tm. 914 029 477.SBS DECORAÇÕES Pint. Casas/Apart. Tectos Falsos/Divis. Barramentos.Tm. 964703601.Ven<strong>de</strong>m-se Cães <strong>de</strong> Caça muitoBons Tm. 967 548 403.ExplicaçõesIndividuais <strong>de</strong> Matemática. Paramais informações contactar peloTm. 914 138 396.Individuais e <strong>de</strong> várias Áreas, emParceiros. Para mais informaçõescontactar pelo Tm. 962 988 572.Matemática (ind. ou em grupo) -Ensino Secundário. Para mais informaçõescontactar pelo Tm.917937 988.EmpregoPrecisaTécnico <strong>de</strong> contas (M/F)com experiência, com mais <strong>de</strong> 40 anos,para trabalhar em Angola.Tm. 963 673 420RedacçãoDamião Leonel, Daniela Franco Sousa,Elisabete Cruz, Graça Menitra, JacintoSilva Duro, Maria Anabela Silva, MiguelSampaio, Raquel <strong>de</strong> Sousa SilvaFotografiaRicardo Graça(ricardo.graca@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Colaboradores permanentesAna Ferraz Pereira, Joaquim Paulo, LuciPais, Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>, Orlando Cardoso,Paula LagoaDirecção GráficaGabinete Técnico JorlisPaginação e ProduçãoIsil da Trinda<strong>de</strong> (coor<strong>de</strong>nação)(isilda.trinda<strong>de</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Rita Carlos (rita.carlos@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Serviços Administrativos/AssinantesCília Ribeiro(cilia.ribeiro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)(assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)TesourariaPatrícia Carvalho(patricia.carvalho@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Serviços ComerciaisMaria Nunes(maria.nunes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Rui Pereira (rui.pereira@movicortes.pt)Proprieda<strong>de</strong>/EditorJorlis - Edições e Publicações, Lda.Capital Social: €600.000NIF 502010401Sócios com mais <strong>de</strong> 10%: Movicortes,Serviços e Gestão, Lda.José Ribeiro VieiraMoradaParque Movicortes2404-006 Azoia - <strong>Leiria</strong>Emailgeral@jornal<strong>de</strong>leiria.ptTelefonesGeral: 244 800 400Redacção: 244 800 405Fax: 244 800 401ImpressãoGrafedisportDistribuiçãoVASPDia <strong>de</strong> publicação: Quinta-feiraPreço avulso: 1€Assinatura anual: 35€ (Portugal)65€ (Europa)93€ (outros países do mundo)Tiragem média por ediçãoMês <strong>de</strong> Agosto: 15 000 exemplaresN.º <strong>de</strong> registo: 109980Depósito legal n.º 5628/84(Com 18 casas pretas)Horizontais: 1 – Insista. Espécie <strong>de</strong> salmão. 2 – Que rabisca. 3 – Antiga embarcaçãoà vela, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. Clarida<strong>de</strong> que o Sol envia à Terra. 4 – 1.005 (Rom.). Designaçãodo osso carpiano, também <strong>de</strong>signado piramidal. Antes do dia (abrev.). 5 –Incitamento (Interj.). Amplifique. 6 – Corda grossa, geralmente feita <strong>de</strong> esparto. Medidado que a mó po<strong>de</strong> moer num dia. 7 – O m. q. tilintar. Tempo Médio <strong>de</strong> Greenwich(abrev.). 8 – Retaguarda. Assuntos, temas. Duas vogais. 9 – Setembro (abrev.).Sobrinho <strong>de</strong> Abraão. 10 - Redigirei. 11 – Limpa o nariz das mucosida<strong>de</strong>s. Sulcara.Verticais: 1- Período <strong>de</strong> três meses. 2 – Duas vogais. Atente contra o pudor. Existes.3 – Palavra árabe que significa filho. Pus-me em acção. Consoantes iguais. 4 – O gato(Infant.). Habitante que, em relação a outro, tem o mesmo meridiano, mas latitu<strong>de</strong>oposta. 5 – Planta vivaz euforbiácea. Quatro (Pref. Gr.). 6 – Inválidas, sem efeito.7 – Dotam, pre<strong>de</strong>stinam. Erva miúda antes <strong>de</strong> ter a espiga. 8 – Agregarem. Terpor costume (Ant.). 9 – Corte com os <strong>de</strong>ntes. Notariado (abrev.). Além <strong>de</strong> (Pref.). 10– Consoantes iguais. Pequena parte, instante. Érbio (s.q.). 11 – Ciência que trata daorigem das i<strong>de</strong>ias.Solução do problema anterior: Horizontais: 1- BURROS. ALAR. 2- OLEOS. AÇORA. 3-J. LECITO. RM. 4 - UR. LAREIRAS. 5 - DEU. RASTOS. 6 - OCRA. C. EGAS. 7 - LAMBER. ODE.8- PALERMAS. AS. 9- AM. AIADOS. S. 10- CASCO. ACUDI. 11- USTE. ISABEL.Verticais: 1- BOJUDO. PACU. 2 - UL. RECLAMAS. 3 - REL. URAL. ST. 4 - ROEL. AMEACE.5 - OSCAR. BRIO. 6 - S. IRACEMA. I. 7- ATES. RADAS. 8 - AÇOITE. SOCA. 9 - LO. ROGO.SUB. 10 - ARRASADA. DE. 11- RAMS. SESSIL.SudokuO <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está abertoà participação <strong>de</strong> todos os cidadãos<strong>de</strong> acordo com o ponto 5 do EstatutoEditorialBoletim <strong>de</strong> assinaturaNome | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | || | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |Morada | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | || | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |CP | | | | | - | | | | Localida<strong>de</strong> | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |País | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Telefone | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |Profissão | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Habilitações Literárias | | | | | | | | | | | | | |N.º Elementos agregado familiar | | | NIF | | | | | | | | | | Data <strong>de</strong> nascimento | | | - | | | - | | | | |Junto envio cheque/vale postal n.º | | | | | | | | | | no valor <strong>de</strong> 35€ (Portugal), 65€ (Europa), 93€ (outros paísesdo Mundo) emitido à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Jorlis, Lda., para pagamento da minha assinatura anual do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (renovável anualmente,salvo indicações em contrário). 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32 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012DesportoMarrazes apresenta-se no domingoO Sport Clube <strong>Leiria</strong> e Marrazes apresenta todas as suasequipas <strong>de</strong> futebol, a todos os sócios e a<strong>de</strong>ptos, nopróximo domingo, pelas 15 horas. Para as 17 horas estámarcado um jogo do conjunto sénior, frente ao Ginásio<strong>de</strong> Alcobaça, para angariação <strong>de</strong> fundos que reverterãopara Guipa, um ex-atleta e sócio do clube.An<strong>de</strong>bol masculino <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>acumula três décadas <strong>de</strong> frustraçõesInsucessoFoi há 35 anos que <strong>Leiria</strong>, pela mão do AC Sismaria, conseguiu a única presença entre o sgran<strong>de</strong>s do an<strong>de</strong>bol masculino. Depois disso, o insucesso tem sido uma constante. Razões há muitasMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Des<strong>de</strong> que saltámos para o novomilénio, a região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> esteverepresentada no primeiro escalãodo sector masculino <strong>de</strong> todas asmodalida<strong>de</strong>s colectivas praticadasem pavilhão. Todas? Não! Uma <strong>de</strong>las,curiosamente aquela a queapelidam <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto rei da capitaldo distrito, persiste em falhar.Os anos passam e... nada! A únicapresença na 1.ª Divisão <strong>de</strong> an<strong>de</strong>boldata <strong>de</strong> 1978/9, quando o AtléticoClube da Sismaria teve uma experiêncianão mais do que episódicaentre os gran<strong>de</strong>s. Trinta e cincoanos <strong>de</strong>pois da caminhada gloriosaaté ao topo, o JORNAL DE LEIRAfoi tentar saber a razão para as esperançassaírem sempre goradas.Será que é dos jogadores, dos treinadores,dos dirigentes ou faltaráapenas apoio? E irá algum dia mudar?É o voleibol do Sporting das Caldas,é o hóquei em patins <strong>de</strong> Turquel, foio Instituto D. João V no futsal até amodalida<strong>de</strong> ter sido extinta no final <strong>de</strong>2010/1. Até o malfadado <strong>Leiria</strong> Basket,que agitou o basquetebol nacional pelaspiores razões no início dos anos2000, o conseguiu. Quem falta? Umrepresentante do an<strong>de</strong>bol. Nem a Juventu<strong>de</strong>do Lis, nem o Atlético Clubeda Sismaria, muito menos as extintassecções do Académico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e daUnião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> conheceram a glóriana última dúzia <strong>de</strong> anos.Des<strong>de</strong> 1978/9 que vários projectos,imensos jogadores, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> búlgaros, arussos e romenos, tentaram colocar onome <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> no topo. Sempre semsucesso. A verda<strong>de</strong> é que, em muitoscasos, os clubes acabaram por combater-seentre si e os melhores jogadoresraramente estiveram reunidosno mesmo plantel. Quando isso aconteceu,algo não correu bem. Des<strong>de</strong> aapelidada SAD, on<strong>de</strong> se juntaramatletas dos três clubes, que queria subirà 1.ª Divisão e ia <strong>de</strong>scendo à 3.ª,passando pela aposta em estrangeirosque acabou sempre por não trazer resultadose acabando no investimento<strong>de</strong> mecenas que não levaram osprojectos que <strong>de</strong>cidiram apoiar até aofim, tudo suce<strong>de</strong>u.No entanto, ao nível <strong>de</strong> atletas, a Associação<strong>de</strong> An<strong>de</strong>bol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> é conhecidapelos talentos que oferece àmodalida<strong>de</strong>. Na próxima temporada,João Ferreirinho, Inácio Carmo, PedroAndré Portela, João Antunes, MarcoSousa, Fre<strong>de</strong>rico Malhão, Duarte Carregueiroe Diogo Taboada vão honrarUma das primeiras equipas do AC Sismaria. Um par <strong>de</strong> anos <strong>de</strong>pois chegou à 1.ª Divisãoo nome dos clubes que os formaramquando jogarem os mais <strong>de</strong>cisivos jogosda 1.ª Divisão.O que falta? Muita coisa, diz PedroViolante, técnico da equipa séniornos últimos três anos. “Os caminhospara o topo <strong>de</strong> grosso modo são feitos<strong>de</strong> duas formas: através <strong>de</strong> uma apostaforte na formação ou em capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> investimento directo para dotara equipa <strong>de</strong> recursos que lhe con-Equipas femininas lutam pelo topoÉ mais fácil o sucesso nas senhoras?E, contudo, o distrito tem duas dasquatro melhores equipas nacionais<strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol feminino, compresenças constantes nascompetições europeias. Será maisdifícil obter resultados entre oshomens? Para André Afra, técnicoque tem levado recorrentemente aequipa feminina da Juventu<strong>de</strong> doLis às competições europeias, tal éuma evidência. “Existem maisclubes, mais atletas, maistreinadores, logo o sucesso ficasempre mais difícil. No entanto. omais dificil não é atingir o topomas sim mantermo-nos lá. Noan<strong>de</strong>bol feminino do distrito temexistido muita consistência eevolução nos resultados<strong>de</strong>sportivos ao longo dos últimosanos.” Na base do sucesso está ofira argumentos para a tal chegada aotopo. O que se passa em <strong>Leiria</strong> é quehá muito bom trabalho feito, mas a<strong>de</strong>slocalização <strong>de</strong> diversos atletaspara as universida<strong>de</strong>s fora <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>impe<strong>de</strong> a sua chegada aos seniores.André Afra, treinador da equipa femininada Juve e um dos melhores jogadoresque <strong>Leiria</strong> conheceu, está<strong>de</strong> acordo. “O que falta é uma universida<strong>de</strong>em <strong>Leiria</strong>. Os atletas optamRICARDO GRAÇApor rumar a Lisboa, Coimbra ou Porto,o que impe<strong>de</strong> que continuem atreinar com regularida<strong>de</strong>. Outrosabandonam e também há aquelesque mudam <strong>de</strong> clube.” Por isso... “Éurgente conseguir que as geraçõesmais novas fiquem a estudar na cida<strong>de</strong>.Per<strong>de</strong>mos muito cedo os gran<strong>de</strong>stalentos, que reforçam os principaisemblemas nacionais. E com essesteríamos, indiscutivelmente, umatrabalho com as mais novas.“Aproveitou-se o facto <strong>de</strong> ter tidoexcelentes resultados naformação, tanto no caso do João <strong>de</strong>Barros, como da Juve Lis. Alémdisso, ocorreram tambémmudanças no treino e na forma <strong>de</strong>encarar o mesmo. Hoje em dia, naJuve, a maioria das atletas já nãovai só treino, elas vão treinar.”Pedro Violante concorda. “Éobjectivo que no sector feminino acompetitivida<strong>de</strong> é menor, nãoobstante reconhecer o trabalho eesforço feito pelos dois clubes queestão na 1.ª Divisão. O contexto do<strong>de</strong>sporto feminino em Portugal,lamentavelmente, ainda não goza<strong>de</strong> privilégios que o masculinotem, quer por factores <strong>de</strong> or<strong>de</strong>mlegal quer por factores culturais.”equipa capaz <strong>de</strong> ombrear com osmelhores.”Pedro Violante critica a formacomo alguns investimentos foramfeitos. “Pagou-se muito dinheiro aatletas sem que a respectiva estruturafosse coerentemente exigente”,lamenta. E <strong>de</strong>pois há o isolamentogeográfico. “An<strong>de</strong>bol <strong>de</strong> topo sóexiste a 125 km <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em Lisboaou Aveiro, o que condiciona muito.”A Associação <strong>de</strong> An<strong>de</strong>bol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>“tem <strong>de</strong> ser o pólo dinamizador doan<strong>de</strong>bol, em parceria com a FAP,para que a modalida<strong>de</strong> cresça nodistrito <strong>de</strong> Coimbra e Santarém”.O que é, então, necessário mudar?“O an<strong>de</strong>bol tem <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser umhobby”, diz André Afra. “É precisoexistir maior responsabilida<strong>de</strong> porparte dos clubes, directores, dirigentes,atletas e treinadores” e,também, “equipas juniores competitivas”.Para que isso seja umarealida<strong>de</strong> é necessário “estruturasmais bem organizadas, ambição emuito trabalho.”Pedro Violante vai mais longe. “Épreciso que um dos clubes <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>assuma a 1.ª Divisão como objectivo,sem reservas, <strong>de</strong>stemidamente,mas obviamente <strong>de</strong> formasustentada e sem por em causatoda a estrutura <strong>de</strong> formação. Eque percebam que esse po<strong>de</strong> ser ocatalisador para que a modalida<strong>de</strong>suba <strong>de</strong>graus.”DR


Desporto<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 33Pontapé na bola no distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> sobrevive à criseFutebol <strong>de</strong> formação duplicae equipas seniores encolhemEstreia auspiciosaSAD da União<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> voltaàs vitóriasapós meio anoMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ O distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> assiste hámais <strong>de</strong> uma década a um fenómenocurioso. Ao mesmo tempoque as equipas <strong>de</strong> futebol sénior diminuem<strong>de</strong> forma sistemática, as<strong>de</strong>dicadas aos mais jovens crescemexponencialmente. E nem mesmoa crise faz com que o trabalho <strong>de</strong>formação abran<strong>de</strong>.Em Agosto do ano passado, já oJORNAL DE LEIRIA alertava para ofacto <strong>de</strong> em duas décadas as equipas<strong>de</strong> futebol sénior terem caídopara menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong>. Eram 96,agora são 43. Para trás ficaram emblemassimpáticos como a RealSocieda<strong>de</strong>, a Casa <strong>de</strong> Pessoal daCimpor ou do Grupo Unido Os Tufudos.“A falta <strong>de</strong> apoio popular aofutebol sénior, muito por força dasalterações do estilo <strong>de</strong> vida na socieda<strong>de</strong>actual” é uma das razõesapontadas por Júlio Vieira, presi<strong>de</strong>nteda Associação <strong>de</strong> Futebol<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, para a redução do número<strong>de</strong> praticantes. “É maisatraente ver montras nos centroscomerciais e correspon<strong>de</strong>r a outrassolicitações que as pessoas têm”,lamenta o dirigente.Por outro lado, “a enorme quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> jogos <strong>de</strong> futebol na televisãodurante toda a semana e a todasas horas” explica alguma saturaçãopela modalida<strong>de</strong>. “As dificulda<strong>de</strong>sna transição dos juniorespara os seniores, quando a maioriados jovens seguem os estudos noensino superior” é outra das razõesque levam ao abandono da prática<strong>de</strong>sportiva. Entrar na universida<strong>de</strong>“é muito bom, mas compromete apassagem a sénior”. Por fim, explicaJúlio Vieira, “o futebol séniordá mais trabalho e é mais caro”.Há alguma coisa a fazer para inverteresta tendência? “É precisorepensar este escalão e em conjuntocom a Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa <strong>de</strong>Futebol e as outras congéneres, im-Futebol sénior49432 22011/12 2012/13 2011/12 2012/13Evolução do número <strong>de</strong> equipas31016920022003Equipas <strong>de</strong> formaçãoEquipas seniores200420052006Futsal sénior20076320082720092010582011601124Regulamento muda para 2013/4Quadros competitivos com ajustamentosA redução do número <strong>de</strong> equipasseniores levou à criação <strong>de</strong>dificulda<strong>de</strong>s na construção doscalendários. Na 1.ª Divisãodistrital <strong>de</strong> futebol só estãoinscritos <strong>de</strong>z plantéis. Na 2.ªDivisão distrital <strong>de</strong> futsal há 15equipas divididas por duas zonas.O que fazer? “Para esta época já212012não po<strong>de</strong>mos efectuar alterações.Em relação à época 2013/4, temosaté 31 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013, paraaprovar novos regulamentos eefectuarmos os ajustamentos queos nossos clubes acharem maisa<strong>de</strong>quados, face ao numero <strong>de</strong>equipas e às dificulda<strong>de</strong>s sociais eeconómicas”, diz Júlio Vieira.plementar um plano nacional. É umtema difícil, que precisa <strong>de</strong> uma intervençãopon<strong>de</strong>rada e <strong>de</strong> âmbitonacional. Po<strong>de</strong>mos recuperar algumasequipas, po<strong>de</strong>mos inverter umpouco esta lógica, mas é um problemaque nos ultrapassa por razõesexternas da própria socieda<strong>de</strong> e quenão <strong>de</strong>ve ser dramatizado.”O fenómeno <strong>de</strong> redução do número<strong>de</strong> equipas também se esten<strong>de</strong>u,nos últimos cinco anos, aofutsal sénior. Em 2008/9 havia 73masculinas e 33 femininas, enquantona época que agora avançanão vai além das 58 e 21, respectivamente.O futsal é, contudo, “umcaso diferente”. “Des<strong>de</strong> logo, porque,nos últimos anos cresceu muitoe é natural que a seguir a um fortecrescimento, com uma crise enormeno País e alguns problemas emalguns concelhos, com a redução <strong>de</strong>apoios e problemas com instalações,sofra um processo <strong>de</strong> ajustamento”,salienta o lí<strong>de</strong>r associativo.Em sentido inverso está o <strong>de</strong>sporto<strong>de</strong> formação, que nem a tal crisefez parar. De 310 a 601 equipasnuma década é um salto significativoe revela que a prática do <strong>de</strong>sportopela juventu<strong>de</strong>, é cada vezmais uma realida<strong>de</strong>. “Há 20 anosnão tínhamos futsal, hoje somos aterceira associação a nível nacional.Há 20 anos tínhamos poucas equipasna formação, hoje somos a primeiraassociação em futebol <strong>de</strong> 7, <strong>de</strong>5 e futebol <strong>de</strong> rua. Há 20 anos tínhamosmais equipas seniores <strong>de</strong>futebol, é verda<strong>de</strong>, mas tínhamos 3mil atletas e cerca <strong>de</strong> 250 equipas.Hoje, temos 10.500 atletas e mais <strong>de</strong>700 equipas. Há 20 anos tínhamos90 filiados, hoje temos cerca <strong>de</strong>150. Como se po<strong>de</strong> constar e os númerosnão enganam, temos hojeuma importância <strong>de</strong>sportiva e socialmuito relevante. É mais um prova daenorme capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resistênciados nossos clubes e do movimentoassociativo do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”,conclui o dirigente.Media Capital ven<strong>de</strong>u acçõesBartolomeu <strong>de</strong>tém maioria absoluta da SAD❚ O histórico lí<strong>de</strong>r da SAD da UniãoDesportiva <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> também já é o<strong>de</strong>tentor da maioria absoluta do capitalsocial da empresa. É que ogrupo Media Capital, que era <strong>de</strong>tentor<strong>de</strong> 20,1% da SAD, ven<strong>de</strong>u asua participação por um euro. Deacordo com as <strong>de</strong>monstrações financeirasda empresa enviadas àCMVM, o negócio foi concretizadoem Maio. O JORNAL DE LEIRIAsabe que foi João Bartolomeu queficou com a participação que pertenciaà dona da TVI.Agora, o anterior administrador daSAD tem a maioria absoluta da empresaem sua posse. Entre as empresassob sua responsabilida<strong>de</strong>, B-Investimentos com 20,9%, Materliscom 9,7% e Barlasota com 1,6%, e asacções em nome próprio (0,5%),João Bartolomeu <strong>de</strong>tinha 31,7%. Comos 20,1% da Media Capital passa a ter51,8%. O Correio da Manhã adiantaque as acções foram vendidas por umeuro, mas o comprador ficou responsávelpor saldar uma livrançano valor <strong>de</strong> 750 mil euros. A ligaçãoentre a SAD da União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e a MediaCapital começou na época <strong>de</strong>1999/2000. A dona da TVI investiu naSAD e <strong>de</strong>sta forma garantiu a emissãodos jogos em casa da equipa. Onegócio acabou por durar pouco,pois a União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> voltou a assinarcontrato com a Sport TV.❚ Não podia ter começado melhor,a participação da equipa <strong>de</strong> futebolda SAD da União Desportiva <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> na Zona Sul da 2.ª Divisão. Aequipa <strong>de</strong> Ricardo Moura bateu, noAlgarve, o Quarteirense, por 0-1. Oherói da partida por Nélson Torres.O ex-atleta do Atlético da Malveiraentrou em campo aos 64 minutose no minuto seguinte marcou,estabelecendo o resultado final.Esta vitória foi a primeira da SAD daUnião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> em cinco meses emeio. O último triunfo data <strong>de</strong> 17<strong>de</strong> Março, quando, ainda na 1.ªLiga, o Rio Ave foi batido, no EstádioMunicipal da Marinha Gran<strong>de</strong>,por 1-0. Foi Bruno Moraes, aos 58minutos, que marcou o tento. AUnião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> volta a jogar no domingo,dia 9, pelas 17 horas, frenteao Boavista, em jogo a contarpara a primeira eliminatória daTaça <strong>de</strong> Portugal. Será a estreia daequipa na sua nova casa, o relvadosintético do Campo da Portela, emSanta Catarina da Serra.Em Pombal e MarinhaVolta a Portugaldo Futuro passana região❚ Marinha Gran<strong>de</strong> vai receber hoje,quinta-feira, a chegada da segundaetapa da Volta a Portugal do Futuroem ciclismo, competição <strong>de</strong>dicada aoescalão sub-23. A partida <strong>de</strong>ste percurso<strong>de</strong> 124 quilómetros será em Oliveirado Bairro às 12 horas, sendo quea hora dos atletas chegarem à meta,instalada na Avenida John Beare,está prevista para as 15:16 horas.Antes disso, os ciclistas passarão porLouriçal, Matos do Carriço e Vieira <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>. Amanhã, sexta-feira, é a vez<strong>de</strong> Pombal acolher o arranque da terceiraetapa. A partida simbólica estámarcada para o Largo da Biblioteca,às 12 horas, sendo que a partida realserá já no IC8, junto à placa <strong>de</strong> sinalizaçãoda Urbanização S. Cristovão.O pelotão seguirá para Almoster e Alvaiázere,e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cumprir mais124 quilómetros chegará à Sertã pelas15:30 horas. Entretanto, CéliaVieira, da União <strong>de</strong> Ciclismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,esteve em gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque nosúltimos dias, ao vencer a competiçõesfeminina em três provas popularesda região, os circuitos <strong>de</strong> SãoJorge, Maçãs <strong>de</strong> Dona Maria e Avelar.Nas provas do Norte do distrito, LuísGregório, do mesmo clube, venceuem veteranos C.


34 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012DesportoFutebol2.ª Divisão – Zona SulResultados1.º Dezembro-Casa Pia 1-1Carregado-Ribeira Brava 2-1Farense-Futebol Benfica 1-1Fátima-Sertanense 2-1Mafra-Louletano 3-1Oriental-Oeiras 2-2Quarteirense-U. <strong>Leiria</strong> SAD 0-1Torreense-Pinhalnovense 1-1Nos 1.500 metros dos Jogos ParalímpicosO<strong>de</strong>te Fiúza termina em oitavotraída por queda do guiaClassificaçãoP J V E D GMafra 3 1 1 0 0 3-1Carregado 3 1 1 0 0 2-1Fátima 3 1 1 0 0 2-1U. <strong>Leiria</strong> SAD 3 1 1 0 0 1-0Oeiras 1 1 0 1 0 2-2Oriental 1 1 0 1 0 2-21.º Dezembro 1 1 0 1 0 1-1Casa Pia 1 1 0 1 0 1-1Farense 1 1 0 1 0 1-1Futebol Benfica 1 1 0 1 0 1-1Pinhalnovense 1 1 0 1 0 1-1Torreense 1 1 0 1 0 1-1Ribeira Brava 0 1 0 0 1 1-2Sertanense 0 1 0 0 1 1-2Quarteirense 0 1 0 0 1 0-1Louletano 0 1 0 0 1 1-33.º Divisão – Série DResultadosBeneditense-Oliv. Hospital 0-1Caldas-Sp. Pombal 1-2Gin. Alcobaça-Torres Novas 3-0Marinhense-Vit. Sernache 0-2Penelense-Mortágua 3-2Sourense-Alcanenense 2-1ClassificaçãoP J V E D GGin. Alcobaça 3 1 1 0 0 3-0Vit. Sernache 3 1 1 0 0 2-0Penelense 3 1 1 0 0 3-2Sourense 3 1 1 0 0 2-1Sp. Pombal 3 1 1 0 0 2-1Oliv. Hospital 3 1 1 0 0 1-0Mortágua 0 1 0 0 1 2-3Alcanenense 0 1 0 0 1 1-2Caldas 0 1 0 0 1 1-2Beneditense 0 1 0 0 1 0-1Marinhense 0 1 0 0 1 0-2Torres Novas 0 1 0 0 1 0-33.ª Divisão – Série EResultadosAmora-Barreirense 1-3Eléctrico P. Sôr-U. Tires 3-0Fabril Barreiro-SL Cartaxo 3-0Real-Pero Pinheiro 1-1Sacavenense-Peniche 7-2Sintrense-Lourinhanense 0-0ClassificaçãoP J V E D GSacavenense 3 1 1 0 0 7-2Eléctrico P. Sôr 3 1 1 0 0 3-0Fabril Barreiro 3 1 1 0 0 3-0Barreirense 3 1 1 0 0 3-1Pero Pinheiro 1 1 0 1 0 1-1Real 1 1 0 1 0 1-1Lourinhanense 1 1 0 1 0 0-0Sintrense 1 1 0 1 0 0-0Amora 0 1 0 0 1 1-3SL Cartaxo 0 1 0 0 1 0-3U. Tires 0 1 0 0 1 0-3Peniche 0 1 0 0 1 2-71.ª Divisão <strong>de</strong> juniores – Zona SulResultadosBenfica-U. Coimbra 6-0Nacional-Belenenses 1-0Olhanense-Estoril Praia 1-1Portimonense-União <strong>Leiria</strong> 1-2Sacavenense-Sporting 1-2V. Setúbal-Real 3-4ClassificaçãoP J V E D GBenfica 12 4 4 0 0 17-2Sporting 10 4 3 1 0 14-2Sacavenense 9 4 3 0 1 7-3V. Setúbal 9 4 3 0 1 8-5Nacional 9 4 3 0 1 5-5Real 6 4 2 0 2 8-12Olhanense 5 4 1 2 1 4-5Estoril Praia 4 4 1 1 2 3-4União <strong>Leiria</strong> 3 4 1 0 3 4-7Belenenses 3 4 1 0 3 2-7U. Coimbra 0 4 0 0 4 3-12Portimonense 0 4 0 0 4 1-12❚ As expectativas eram altas, masos sonhos <strong>de</strong>svaneceram-se apósum tropeção. Não foi à quinta participaçãoem Jogos Paralímpicosque O<strong>de</strong>te Fiuza conseguiu a suaprimeira medalha no mais relevanteevento internacional. Na terça-feira,a advogada <strong>de</strong> Santa Eufémia,<strong>Leiria</strong>, terminou na oitava eúltima posição na prova <strong>de</strong> 1.500metros da categoria T12, <strong>de</strong>stinadaa pessoas com <strong>de</strong>ficiência visual,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido “traída” poruma queda. Primeiro a do guia, <strong>de</strong>poisa sua.No final, a frustração. “Já na rectafinal, o meu guia caiu, levantou-As ondas estiveram pequenas, mas com boa formaçãoOrigens na regiãoGrachat bate doisrecor<strong>de</strong>s nacionaisDavid Grachat terminou em 6.ºlugar na final dos 400 metroslivres S9 nos Jogos Paralímpicos.O nadador português, <strong>de</strong> 25 anos,que nasceu sem a mão esquerda,bateu o recor<strong>de</strong> nacional, aorealizar o tempo <strong>de</strong> 4:21.94minutos. O atleta com origens emPorto <strong>de</strong> Mós competiu ainda nosJogos Paralímpicos em 50 metroslivres,ontem, e foi décimo.Evento com o apoio do JORNAL DE LEIRIAEsperanças do surf brilharamem São Pedro <strong>de</strong> Moelse e quanto tentou ficar junto <strong>de</strong>mim eu tropecei”, explicou O<strong>de</strong>teFiúza, <strong>de</strong> 39 anos, à Agência Lusa.Antes da queda, a atleta <strong>de</strong> Portugal,radicada em Lisboa, ocupava aquinta posição. João Campos, oguia que também é o treinador, assumiua “responsabilida<strong>de</strong>” do inci<strong>de</strong>nte.“Quando um atleta cai, oerro é sempre do guia”, lamentou.O objectivo da atleta em se aproximar<strong>de</strong> um lugar no pódio ficouassim <strong>de</strong>sfeito.A atleta tem como lema “Treinarsempre com <strong>de</strong>dicação, empenhoe afinco que os resultados, mais tar<strong>de</strong>ou mais cedo acabam por surgir.❚ O surf entrou em São Pedro <strong>de</strong>Moel e tomou conta <strong>de</strong> toda apovoação graças à iniciativa do ClubeAventura Rota do Sol e que contacom o apoio do JORNAL DE LEIRIA.Os 120 atletas inscritos na quarta etapado Circuito Nacional <strong>de</strong> Surf Esperançasfizeram da praia do concelhoda Marinha Gran<strong>de</strong> o palco dasua arte e arrastaram atrás <strong>de</strong> sitreinadores, familiares, amigos epúblico em geral que encheram apraia e se <strong>de</strong>tiveram para ver o espectáculoque os miúdos proporcionam.Nunca em São Pedro <strong>de</strong> Moel setinham visto tantos surfistas em simultâneo<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> água. A prova<strong>de</strong>correu <strong>de</strong> domingo a terça-feira eas condições <strong>de</strong> mar ajudaram, emboranão estivessem i<strong>de</strong>ais. Ondasperfeitas, mas <strong>de</strong>masiado pequenas,entre meio metro e um metro.Na categoria sub-12, João Vidal ficouem primeiro lugar e sagrou-secampeão nacional antecipado, enquantoem sub-14 Gonçalo Limasuperiorizou-se a Francisco Almeida.Em sub-16, Guilherme Fonsecaprocurava o assegurar já o título nacional,mas acabou na segundaposição, atrás <strong>de</strong> Tomás Fernan<strong>de</strong>s.Nos sub-18, foi João Kopke o gran<strong>de</strong>vencedor, seguido por Tomás Fernan<strong>de</strong>se Guilherme Fonseca. Nasmeninas, venceu sem surpresasKeshia Eyre.No final da prova Miguel André,responsável pela organização, nãopodia estar mais satisfeito. “Todosquantos estiveram envolvidos etiveram oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trocar impressõesconnosco saíram <strong>de</strong>sta provaa pedir a reedição no próximoano, o que por si só é bastante representativodo sucesso do evento.Também os comerciantes <strong>de</strong> SãoPedro <strong>de</strong> Moel <strong>de</strong>vem estar contentes,pois o Verão acabou três diasmais tar<strong>de</strong> com a realização <strong>de</strong>staprova.”DRAcredito, veemente, que a sortenão é mais do que uma oportunida<strong>de</strong>que a preparação encontra.”Sorte essa que, <strong>de</strong>sta vez, que nãoquis nada com ela...O<strong>de</strong>te Fiúza é amblíope e iniciou-senas gran<strong>de</strong>s competiçõesinternacionais há 19 anos, no Europeu<strong>de</strong> 1993, disputado em Dublin,na Irlanda. Depois da presençaem Atlanta'1996, Seul'2000,Atenas'2004 e Pequim'2008, estafoi a quinta vez que O<strong>de</strong>te Fiúza,atleta do Maratona Clube <strong>de</strong> Portugal,participou em Jogos Paralímpicos.Será que vai haver umasexta?Ciclismo em <strong>de</strong>staqueAlcobaça venceVolta a Portugal<strong>de</strong> juniorespor equipas❚ O Alcobaça Clube <strong>de</strong> Ciclismo/CréditoAgrícola foi o vencedorpor equipas da Volta a Portugal<strong>de</strong> juniores, em ciclismo, comuma vantagem <strong>de</strong> 3,49 minutossobre o Gondomar Cultural, segundoclassificado.Rúben Guerreiro foi o melhor daequipa e esteve em vencendoduas das quatro etapas disputadas– a etapa que terminou precisamenteem Alcobaça e o contrarelógiofinal – terminando aindano segundo lugar da classificaçãogeral, sendo o melhor entre osportugueses, apenas suplantadopelo espanhol Javier Garcia, daequipa Novacaixagalicia, que gastoumenos 13 segundos.“Ganhei duas etapas, a camisolados pontos e fui segundo da geral.Perdi tempo no primeiro dia,mas <strong>de</strong>pois foi recuperando acada etapa. Não chegou para vencer,mas estou muito satisfeitocom o meu <strong>de</strong>sempenho”, disse oatleta, uma das maiores esperançasda modalida<strong>de</strong> e que ostentao título <strong>de</strong> campeão nacional <strong>de</strong>fundo do escalão.Na prova, <strong>de</strong>stinada a atletas <strong>de</strong>16 e 17 anos, alinharam à partida117 corredores em representação<strong>de</strong> 20 equipas, três das quais espanholas.A<strong>de</strong>lino Pires, tambémda equipa Alcobaça Clube <strong>de</strong> Ciclismo/CréditoAgrícola, esteveem bom nível, classificando-seno sexto lugar da classificaçãogeral.


Desporto<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 35João Silva falha tetraO triatleta João Silva falhou, no passado sábado, emÁguilas, Espanha, a conquista do tetracampeonatoeuropeu <strong>de</strong> sub-23. Campeão europeu do escalãoem 2008, 2010 e 2011 não conseguiu melhor que o14.º lugar, sendo, ainda assim, o melhor português.Empresários ajudam <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> lerem artigo no JORNAL DE LEIRIAOnda solidária salva basquetebolem ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Alteração forçadaRui Rito substituiAndré Crespono Atlético Clubeda SismariaMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ O basquetebol em ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodasda <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> da AssociaçãoPortuguesa <strong>de</strong> Deficientes(APD) esteve à beira <strong>de</strong>encerrar as suas portas, mas vaipo<strong>de</strong>r continuar. Se até ao fim domês passado não tivessem 600euros para pagar a árbitros, aequipa teria <strong>de</strong> ser extinta. Valeuum grupo <strong>de</strong> solidários, que <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> lerem a peça do JORNALDE LEIRIA <strong>de</strong> há duas semanas <strong>de</strong>cidiramagir e evitar que aquelegrupo <strong>de</strong> lutadores fosse obrigadoa atirar a toalha ao chão.Dia 23 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2012.Manuel Sousa, atleta <strong>de</strong> basquetebole vice-presi<strong>de</strong>nte daAPD-<strong>Leiria</strong> alertava para o possívelfim da modalida<strong>de</strong> na associação.Era necessário angariar 600 eurospara fazer face a uma dívida da AssociaçãoNacional <strong>de</strong> Desportopara Deficientes Motores para comos árbitros, que assim se recusavama arbitrar os jogos. “A CâmaraMunicipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> cortounos40% do apoio e agora pedimosaos atletas para arranjarem 50 eu-As vitórias vão po<strong>de</strong>r continuar a sorrir à APD-<strong>Leiria</strong>ros cada um para que a equipa nãotermine”, disse então.O empresário Mário Teixeiratomo conhecimento do problemapelo JORNAL DE LEIRIA. Não gostoudo que leu. Ex-jogador <strong>de</strong> basquetebol,<strong>de</strong> 41 anos,ficou “sensibilizado”com a situação. Com algunsamigos, do País e do estrangeiro,resolveu ajudar. “Numaregião on<strong>de</strong> há um elefante brancoque não serve para nada, que sóO número600RICARDO GRAÇAeuros era o que APD-<strong>Leiria</strong>precisava para garantir acontinuida<strong>de</strong> da equipa <strong>de</strong>basquetebol em ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodasdá <strong>de</strong>spesas, é uma injustiça quepessoas motivadas para praticar<strong>de</strong>sporto, mesmo com todos osproblemas que têm na vida, não opossam fazer.”Quando se fala <strong>de</strong> uma verba <strong>de</strong>600 euros para viabilizar umaequipa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto adaptado queno palmarés conta já com umCampeonato Nacional, duas Taças<strong>de</strong> Portugal e uma Supertaça, asituação torna-se “revoltante”.“Já perguntámos <strong>de</strong> que outrasformas po<strong>de</strong>mos ajudar. Aquelaequipa não po<strong>de</strong> acabar.”Manuel Sousa, 59 anos, 39 <strong>de</strong>les<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, está feliz. “É umagran<strong>de</strong> ajuda. Não gostamos quenos vejam como coitadinhos, masprecisamos da ajuda <strong>de</strong> todos. Estamosa viver numa socieda<strong>de</strong> insensível,mas ainda há quem sepreocupe com o bem-estar dosoutros e o <strong>de</strong>sporto, garanto, éfundamental para garantir a integraçãosocial àqueles que tiveramuma infelicida<strong>de</strong>.”Agora, vai po<strong>de</strong>r continuar ajogar o basquetebol que tanto adoracom os amigos. Sempre, claro,com o pensamento em mais umavitória.❚ André Crespo já não é otreinador da equipa sénior <strong>de</strong> an<strong>de</strong>boldo Atlético Clube da Sismaria.O técnico, que iria suce<strong>de</strong>ra Pedro Violante, é professor <strong>de</strong>Educação Física e foi colocado noAlentejo, <strong>de</strong>ixando assim <strong>de</strong> tercondições para orientar o conjuntoque vai militar, pela quartatemporada consecutiva, na 2.ª Divisão.A solução foi encontrada emcasa, pois é Rui Rito, <strong>de</strong> 30 anos eque esteve até ao final da temporadapassada à frente do escalão<strong>de</strong> iniciados, quem vai assumir o<strong>de</strong>safio. O arranque do AC Sismariana Zona Sul da 2.ª Divisãoestá marcado para o dia 22 <strong>de</strong>Setembro, no pavilhão da Gândara,frente ao Boa Hora. Osrestantes adversário do clube <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> são Marítimo, Marienses,Vitória <strong>de</strong> Setúbal, Benavente,Vela <strong>de</strong> Tavira, Ginásio do Sul,Samora Correia e Passos Manuel.Por sua vez, a 30 <strong>de</strong> Setembro arrancao Nacional <strong>de</strong> juniores da 1.ªDivisão, tendo como novida<strong>de</strong> aparticipação da Juventu<strong>de</strong> do Lis.A equipa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está integradana Zona Sul e vai começar por recebero Paço <strong>de</strong> Arcos.Decorreu na ÁustriaFrancisco Pardal em 45.º lugarno Mundial <strong>de</strong> downhillPUBLICIDADE❚ Piloto da Associação PombalJovem, Francisco Pardal foi o melhorelemento da Selecção Nacionalno Campeonato do Mundo <strong>de</strong>Downhill, que <strong>de</strong>correu emLeogang, na Áustria. O atleta alcançouo 45.º melhor tempo, a13,458s do sul-africano Greg Minnaar,que se sagrou campeãomundial. “Senti-me bem e bastanteconfiante para a final, maspara ser sincero fiquei longe domeu objectivo pessoal, um lugar notop 20, apesar <strong>de</strong>ste campeonatoestar com um nível muito bom <strong>de</strong>pilotos e a competitivida<strong>de</strong> sermaior”, escreveu o atleta na páginapessoal do Facebook. A participaçãodos atletas da região vaicontinuar na Áustria, com o olímpicoDavid Rosa, 23.º classificadoem Londres, a entrar em acção naprova <strong>de</strong> cross country olímpico, nopróximo sábado, pelas 13 horas.DRSe hoje escon<strong>de</strong>r o ladrãoAmanhã será você o roubado.O original <strong>de</strong> uma das esculturas das mulheres tradicionais que estão no parque da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, é proprieda<strong>de</strong>da Quinta <strong>de</strong> Santo António do Freixo, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> foi roubada no fim-<strong>de</strong>-semana <strong>de</strong> 23/24 <strong>de</strong> Junho.Trata-se <strong>de</strong> um original assinado pelo escultor Anjos Teixeira e datado <strong>de</strong> 1940.Apela-se a quem a encontrar o favor <strong>de</strong> informar as autorida<strong>de</strong>s policiais ou o seu dono, Jorge Santo, peloTm. 919 951 332.Dá-se compensação monetária a quem contribuir para a sua localização.Obrigado.Francisco Pardal não atingiu objectivo pessoal


36 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012ViverTesourosescondidosà vista <strong>de</strong> todosPatrimónio Os castelos grandiosos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,Porto <strong>de</strong> Mós, Ourém e Pombal, os mosteirosPatrimónio da Humanida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alcobaça e daBatalha são monumentos conhecidos por todosos portugueses e pelos habitantes da região emparticular. Contudo, na área geográfica da AltaEstremadura, há mais património menosespectacular mas não menos importante e ricoem significado que, por estar escondido à vista<strong>de</strong> todos ou ofuscado pelos gran<strong>de</strong>smonumentos, não costuma chamar atençõesJacinto Silva Durojacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.ptIgreja da Colegiada <strong>de</strong> OurémPor terras fora do distritoNo concelho <strong>de</strong> Ourém, fora dodistrito, mas ainda bem <strong>de</strong>ntroda região, a antiga Igreja daColegiada é testemunha daimportância que a antiga cida<strong>de</strong><strong>de</strong> Ourém, no monte do castelo,gozou durante séculos e queteve no tempo <strong>de</strong> D. Afonso, 4.ºCon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ourém um período <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, até1841, quando a se<strong>de</strong> do concelhopassou da zona histórica docastelo para o vale e para a “vilanova”.Dentro das muralhas do Paço doCon<strong>de</strong>s, ergue-se então a igrejaque começou a ser construídaem 1453, no local on<strong>de</strong> antesestava a Igreja <strong>de</strong> Santa Maria <strong>de</strong>Ourém. Depois dos estragosextensos provocados peloterramoto <strong>de</strong> 1755, foireconstruida em estilo barroco,que até hoje ainda ostenta.DR❚ O JORNAL DE LEIRIA embarcou numa viagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta<strong>de</strong>ste valioso património e faz aqui uma sugestão<strong>de</strong> visitas no distrito, ainda a tempo <strong>de</strong> ir para fora cá <strong>de</strong>ntroe aproveitar o Verão que, por estes dias, ainda se faz sentir,sem pagar um cêntimo <strong>de</strong> bilhete. Muito mais haveriapara referir, ou não houvesse no distrito um manancialincalculável à espera <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scoberto.Começando a norte do território, toda a vila <strong>de</strong> PedrógãoGran<strong>de</strong> é uma jóia que <strong>de</strong>ve ser visitada. Ao lado domagnífico ver<strong>de</strong> turquesa das águas da albufeira do Cabril,a se<strong>de</strong> <strong>de</strong> concelho mostra-se bonita, <strong>de</strong> arquitecturavalorizada e cuidada, que tem sido alvo <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong>esforço <strong>de</strong> recuperação nos últimos anos. Vale a pena palmilharas ruas dominadas por casas com traços <strong>de</strong> solarsenhorial.Mas é a poucos passos das ruínas romanas, que aindase erguem no centro da vila, no Largo da Devesa, que seencontra uma das mais belas jóias arquitectónicas do nortedo distrito. A igreja matriz da vila é um templo <strong>de</strong> origemromânica reconstruido durante a Renascença, entre1517 e 1539. Possui um interior <strong>de</strong> três naves e a capelamortem uma abóbada ricamente trabalhada. O retábulodo altar-mor é em cantaria do “Renascimento coimbrão”,bem como peças <strong>de</strong> escultura <strong>de</strong> João <strong>de</strong> Ruão, datadasdo século XVI. No conjunto, <strong>de</strong>staca-se, no conjunto, a torresineira que compõe o corpo principal da fachada.Também à vista <strong>de</strong> todos, a pouco mais dois minutosdo centro da vila, vale a pena visitar a velha ponte filipinada estrada romana para Idanha-a-Velha, que liga PedrogãoGran<strong>de</strong> e Pedrógão Pequeno.A poucos quilómetros, no concelho mais a norte do distrito,os poços <strong>de</strong> neve, junto à capela <strong>de</strong> Santo Antóniodas Neves, são um dos ex-libris <strong>de</strong> Castanheira <strong>de</strong> Pera. Emplena Serra da Lousã, estas construções circulares e cobertaspor telhados <strong>de</strong> ardósia fazem lembrar aos mais <strong>de</strong>savisadosas casas da al<strong>de</strong>ia natal <strong>de</strong> Astérix e Obélix. Masapenas o aspecto é semelhante, já que o fim era muito diferente.Esquilos, veados e javalis vivem aqui, lado-a-lado,com uma das primeiras fábricas <strong>de</strong> gelo do País. Em temposidos, no Inverno, a neve da serra era recolhida e compactada<strong>de</strong>ntro das construções circulares, por entre camadas<strong>de</strong> palha seca, <strong>de</strong> modo a garantir que o gelo assimfabricado não <strong>de</strong>scongelasse.Mais tar<strong>de</strong>, os blocos <strong>de</strong> neve compactada <strong>de</strong>sciam atéao vizinho Zêzere e eram embarcados com <strong>de</strong>stino a Lisboae, eventualmente, à casa <strong>de</strong> ricos nobres e burgueses,e mesmo da Corte, on<strong>de</strong> eram usados na confecção <strong>de</strong> sorvetese outras iguarias.Malhoa passou por aqui“A igreja <strong>de</strong> São João Baptista, que congrega traços medievais,renascentistas, e barroca e conta ainda com compintura preciosa do mestre José Malhoa”, é a sugestão <strong>de</strong>visita <strong>de</strong> Saul António Gomes para Figueiró dos Vinhos.Além do conselho do historiador, docente da Faculda<strong>de</strong><strong>de</strong> Letras da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, o JORNAL DE LEI-RIA sugere visitas à casa (casulo) on<strong>de</strong> Malhoa viveu os seusúltimos anos, e à antiga Torre da Ca<strong>de</strong>ia datada do séculoXVI e classificada como Imóvel <strong>de</strong> Interesse Público, aoconvento do Carmo, edificado no início do século XVII, <strong>de</strong>que apenas sobrevive a igreja, um pátio e parte do claustroseiscentista. Uma ida a Foz <strong>de</strong> Alge revela as ruínas romanasdas Reais Ferrarias, fundição <strong>de</strong> ferro na margemda Ribeira <strong>de</strong> Alge on<strong>de</strong> eram fabricadas balas e peças <strong>de</strong>artilharia nos séculos XVI e XVII, cuja exploração foi brevementereactivada no século XIX. Para terminar a rondapor este concelho é incontornável uma ida à requalificadae florida al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> xisto <strong>de</strong> Casal <strong>de</strong> São Simão.Em direcção a Sul, a rota <strong>de</strong> visita ao património cruza--se com os Caminhos <strong>de</strong> Santiago, que rompem o territóriodo concelho <strong>de</strong> Alvaiázere e que, em Santiago da Guarda,já no município <strong>de</strong> Ansião, terá tido uma hospedaria oualbergue, no antigo castelo da localida<strong>de</strong>. As vieiras es-


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 37DRO retábulo doaltar-mor daigreja <strong>de</strong>PedrógãoGran<strong>de</strong> é emcantaria do“Renascimentocoimbrão”, oimóvel contacom peças <strong>de</strong>escultura <strong>de</strong>João <strong>de</strong> Ruão,datadas doséculo XVI.culpidas no calcário são um sinal <strong>de</strong>sta utilização da antigafortaleza que se encontra recuperada e que, nos ricamentetrabalhados mosaicos colocados a <strong>de</strong>scoberto por escavaçõesrecentes, revela a sua origem romana. Ali perto, noutralocalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste concelho, na igreja matriz <strong>de</strong> Chão <strong>de</strong>Couce, é possível admirar um retábulo <strong>de</strong> José Malhoa.“Não po<strong>de</strong>mos esquecer o interior gótico-renascentistada capela do Senhor dos Aflitos, da Golpilheira, na Batalha,ou a formosíssima igreja barroca do Mosteiro <strong>de</strong> Cós,em Alcobaça”, sublinha o historiador. E convém não falharuma vista à Sacristia Nova e à Capela Barroca dos Relicáriosdo Mosteiro <strong>de</strong> Alcobaça, separadas da visita normalao monumento por um bilhete extra, mas que valebem a pena.Juntamos à lista a rendilhada e curiosa ponte do Boutaca,ainda com as guaritas para pagamento da portagempara atravessar o rio, a apenas algumas centenas <strong>de</strong> metrosdo Mosteiro da Batalha, monumento que, pela sua imponênciaacaba por fazer sombra a esta construção e à igrejamatriz da vila.As primeiras teorias sobre a igreja <strong>de</strong> São Gião, na Nazaré,referem que teve as suas origens no século VII, no localantes ocupado por um templo romano <strong>de</strong>dicado a Neptuno.Contudo esta i<strong>de</strong>ia tem sido posta em causa após estudosrecentes e trabalhos <strong>de</strong> escavação. São Gião passoua ser consi<strong>de</strong>rada como um dos poucos exemplares <strong>de</strong> templosasturianos conhecidos no nosso País, o que a dataria<strong>de</strong> uma época posterior. Ainda assim, o templo que, em1702 era usado como curral <strong>de</strong> gado, está associado à sacralizaçãoda costa da Nazaré e terá sido mesmo a utilizaçãocomo apoio à agro-pecuária que o terá salvo da ruína total.Hoje, este monumento nacional <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1986, permanece“encaixotado” num abrigo <strong>de</strong> zinco, à espera <strong>de</strong> melhoresdias.Antes <strong>de</strong> sair do concelho é impossível não visitar o Santuárioda Virgem da Nazaré, no Sítio. No seu interior, guarda-seuma Virgem Negra, que representa a Senhora da Nazaré,esculpida em ma<strong>de</strong>ira, e que terá sido levada <strong>de</strong> Méridapara o Sítio, em 711, por frei Romano, monge do convento<strong>de</strong> Cauliniana, após a <strong>de</strong>rrota do exército cristão nabatalha <strong>de</strong> Guadalete contra as forças mouras invasoras.Sempre para sul, eis que nos <strong>de</strong>paramos com a igreja <strong>de</strong>Nossa Senhora do Pópulo, em Caldas da Rainha. A igrejamatriz da cida<strong>de</strong>, integra o conjunto do Hospital TermalRainha D. Leonor e é possível que seja um dos mais antigosedifícios <strong>de</strong> Caldas da Rainha, existindo ainda antesdo estabelecimento da povoação à volta da nascente termal.A torre sineira, construída em 1505, foi consi<strong>de</strong>radacomo uma das mais belas do País. Já junto à vila muralhada<strong>de</strong> Óbidos, Saul Gomes aponta o aqueduto da Rainha D.Catarina, consorte do rei D. João III. “Que ninguém ou quaseninguém valoriza”, lamenta.O ponto mais meridionalCom a viagem quase a chegar ao fim, há ainda tempo paravisitar aquela que é, na actualida<strong>de</strong>, uma das mais famosasestâncias <strong>de</strong> surf do Mundo. Em Peniche, além do tristementefamoso memorial à ignobilida<strong>de</strong> humana que éo seu forte, on<strong>de</strong> o Estado Novo pren<strong>de</strong>u e torturou quema ele se opunha, é incontornável uma visita aos antigos Paços<strong>de</strong> Atouguia da Baleia, antigo palácio régio on<strong>de</strong> viverampor exemplo os reis D. Fernando I, D. Afonso V, D.Pedro I e D. Inês.No extremo sul do distrito, entre vinhedos e paisagemsaloia ergue-se a vila do Bombarral e o Teatro Eduardo Brazão,restaurado em 2008. Foi construído no início do séculoXX e inaugurado em 1921, na presença do actor EduardoBrazão, que lhe <strong>de</strong>u o nome. Uma pérola da Art Nouveau.Este e outro património <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância, maspouco conhecido do gran<strong>de</strong> público, embora “escondido”<strong>de</strong>baixo dos olhares quotidianos, encontra-se <strong>de</strong>scrito naobra Inventário Artístico <strong>de</strong> Portugal. 5 - Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,Lisboa, da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Belas Artes, publicada em 1955.Embora com quase 60 anos, este volume contém um registoimportante do imenso valor arquitectónico e artísticoque existe na região.DROs neveiros oupoços <strong>de</strong> neve<strong>de</strong> Castanheira<strong>de</strong> Pera são umponto <strong>de</strong> visitaobrigatório doconcelho,especialmenteno Outono eInverno.O Mosteiro daBatalha, apoucascentenas <strong>de</strong>metros daPonte doBoutaca,quase ofuscaa beleza dorendilhadocalcário daestruturaO bilheteextra paravisitar aSacristia Novae a CapelaRelicário doMosteiro <strong>de</strong>Alcobaça valecada cêntimoNa rota para o SulA mais antiga praça<strong>de</strong> touros, asClarissas e aspinturas góticasA seguir, a nossa viagem leva--nos ao território <strong>de</strong> Pombal e àSerra <strong>de</strong> Sicó on<strong>de</strong>, na vila <strong>de</strong>Abiul, se po<strong>de</strong> visitar a praça <strong>de</strong>touros local, referenciada comose não a mais antiga, uma dasmais antigas em territórionacional <strong>de</strong>dicada à artetaurina. Foi construída na eraseiscentista e substituída poroutra estrutura mais recente nofinal do século XIX. “Aindanesse concelho, há que visitar oConvento da vila do Louriçal.Magnífico”, consi<strong>de</strong>ra SaulAntónio Gomes.Habitado até hoje pelas IrmãsClarissas do Desagravo, foifundado em 1630 por sororMaria do Lado, mas as obras <strong>de</strong>construção só terão começadoem 1690. A igreja, o altar-mor,altares colaterais e laterais sãovisitáveis e sobressaem pelosseus retábulos setecentistas,trabalhados em mármoresprovenientes <strong>de</strong> Lisboa, <strong>de</strong>diferentes tonalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>branco, negro, rosa e amarelo,sem esquecer os seus preciososazulejos. E, claro, não se <strong>de</strong>veesquecer a gastronomia edoçaria locais.O conjunto arquitectónicocriado pelos solares, igreja eponte românica da vila daRedinha é mais um ponto <strong>de</strong>visita obrigatório nesteconcelho.No centro do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, e<strong>de</strong> uma assentada, Saul Gomesaponta as pinturas góticasrecuperada igreja do convento<strong>de</strong> São Francisco em <strong>Leiria</strong>, umdos tesouros da pinturamedieval portuguesa,<strong>de</strong>scobertas durante as obras <strong>de</strong>recuperação do templo e que<strong>de</strong>veriam ser um dos cartões <strong>de</strong>visita da cida<strong>de</strong> e da região.Seguem-se as pinturas dos anjosda abóbada da sacristia doMosteiro da Batalha, o Santuárioda Virgem <strong>de</strong> Nossa Senhora doFètal, no alto daquela localida<strong>de</strong>e que, tal como a Nazaré, já foium dos gran<strong>de</strong>s pontos <strong>de</strong>romaria da região, antes dofenómeno <strong>de</strong> Fátima.Na capital do distrito, são visitaobrigatória a Sé Catedral,construída entre 1550 e 1574,<strong>de</strong>pois da criação da diocese,cinco anos antes. É um dosgran<strong>de</strong>s edifícios doRenascimento tardio do nossoPaís. A Igreja da Misericórdia ea sua torre invulgar, localizadano local on<strong>de</strong> existiu a sinagoga<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, o Santuários <strong>de</strong> NossaSenhora da Encarnação e, fora<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, o barroco Santuáriodos Milagres não po<strong>de</strong>m ficar<strong>de</strong> fora <strong>de</strong> uma visita.


38 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012CurtasEstilhaços Um espaço <strong>de</strong> curtasno José Lúcio da Silva❚ Um dia <strong>de</strong>dicado às curtas metragens visuais,sonoras, cinematográficas e performativas que, aolongo do dia, se suce<strong>de</strong>m e fun<strong>de</strong>m, no espaço doTeatro José Lúcio da Silva (TJLS), em <strong>Leiria</strong>, é o quepromete o evento Estilhaços, para dia 30 <strong>de</strong>Setembro. “Peça após peça, bloco sobre bloco,<strong>de</strong>sfragmentando e reor<strong>de</strong>nando, assim surge oEstilhaços”, explica Catarina Mame<strong>de</strong> da ecO,associação cultural que, neste iniciativa,se une à Fa<strong>de</strong> In – Associação <strong>de</strong> AcçãoCultural juntando esforços paraapresentar um programa diversificado<strong>de</strong> showcases, curtas, ficção e animaçãoentre outras intervenções. O Estilhaçosacontece entre as 10:30 e as 23:30 horas.Apresentação Juncal: 450 anos<strong>de</strong> freguesia em livro❚ Um ano <strong>de</strong>pois das celebrações dos 450 anos dacriação da freguesia <strong>de</strong> Juncal, Porto <strong>de</strong> Mós, acomissão organizadora da comemoração anuncia aapresentação <strong>de</strong> um livro que inclui váriosmomentos dos eventos levados a cabo no programa<strong>de</strong> aniversário. Em Juncal: 450 anos <strong>de</strong> freguesia,po<strong>de</strong>m ser encontrados os textos <strong>de</strong> todas astertúlias e a transcrição da conferência proferidapelo historiador Saul António Gomes, váriosdocumentos até agora ainda não publicados,relatos e fotos das várias iniciativas levadas a cabonaquela vila conhecida pela sua loiça e azulejaria.A apresentação está marcada para 22 <strong>de</strong>Setembro, pelas 21 horas, na Escola <strong>de</strong> Música <strong>de</strong>Juncal.Estreia Linhas <strong>de</strong> Wellington passapor Veneza, Toronto e Nova Iorque❚ Linhas <strong>de</strong> Wellington, co-produção portuguesa efrancesa, filmada entre Torres Vedras e Óbidostem presença marcada em vários festivais <strong>de</strong>cinema. I<strong>de</strong>alizada por Raúl Ruiz, o realizador dopremiado Mistérios <strong>de</strong> Lisboa, e concluído por suamulher, Valeria Sarmiento, <strong>de</strong>poisdo falecimento do cineasta chileno no anopassado, esta longa metragem que conta no elencocom o premiado actor norte-americano JohnMalkovich e vários actores nacionais, foiproduzida por Paulo Branco, e estreou no Festival<strong>de</strong> Veneza na terça-feira, estando prevista a suapresença em Toronto, San Sebastián e NovaIorque. O filme chega aos cinemas portugueses a 4<strong>de</strong> Outubro.ARQUIVO/JLForal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>re<strong>de</strong>scobertoO historiador Saul António Gomes, da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Letras da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, acaba <strong>de</strong>“re<strong>de</strong>scobrir” o documento original do ForalManuelino <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1510, dado emSantarém. “Estou a <strong>de</strong>senvolver esforços, comalgumas pessoas e investigadores amigos, emor<strong>de</strong>m a po<strong>de</strong>r ace<strong>de</strong>r a todo o códice”, explica oinvestigador. Até à sua re<strong>de</strong>scoberta recente,julgava-se perdido qualquer exemplar <strong>de</strong>stemanuscrito. Segundo Saul António Gomes, para osanais leirienses, este é “um acontecimentohistoriográfico e patrimonial bibliográfico <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> significado”. O documento está emexcelente estado <strong>de</strong> conservação, em especial asua portada iluminada on<strong>de</strong> domina o ouro. Naeclíptica das esferas armilares lê-se 1510. O brasãoreal toca uma linha ver<strong>de</strong>jante que recorda oPinhal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Será agora levado a cabo umestudo codicológico, paleográfico e histórico docódice. Nas primeiras linhas do documento, po<strong>de</strong>seler: “Dom Manuel per graça <strong>de</strong> Deus Rey <strong>de</strong>Portugual e dos Algarves daquem e dalem mar emAfrica, senhor <strong>de</strong> Guine e da conquista enavegaçam e comercio d'Eteopia, Arabia, Persia eda Imdia.”Bom InvernoJoão Tordo noPrémio Literário Europeu❚ João Tordo, com a edição francesa <strong>de</strong> O BomInverno (Le Bon Hiver), publicado pela Actes Sud, éo único escritor português presente entre osfinalistas da 6.ª Edição do Prémio LiterárioEuropeu, cujo vencedor será anunciado, emBruxelas, a 5 <strong>de</strong> Dezembro. Editado pela DomQuixote em Agosto <strong>de</strong> 2011, o livro <strong>de</strong>steescritor e formador <strong>de</strong> escrita criativa, conta ahistória <strong>de</strong> um narrador frustrado ehipocondríaco que se <strong>de</strong>sloca a Budapeste,Hungria, conhece um escritor italiano que oconvence a ir consigo até Sabaudia, em Itália,on<strong>de</strong> o famoso produtor <strong>de</strong> cinema, DomMetzger, reúne convidados excêntricos numa casano meio <strong>de</strong> um bosque. Suspense, amor e literaturamisturam-se com sexo, crime e metafísica.InformaçãoSPA divulgaautores nacionaisno MundoA Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Autores (SPA) vai divulgar o trabalho<strong>de</strong> autores portugueses no Mundo através da criação <strong>de</strong> umarubrica <strong>de</strong>stinada a divulgar a activida<strong>de</strong> dos autores portugueses,em particular dos que são cooperadores da SPA, fora <strong>de</strong> Portugal.A iniciativa, <strong>de</strong>signada Autores Portugueses no Mundo, serálevada a cabo junto dos espaços <strong>de</strong> informação ecomunicação, e ainda na revista Autores, da SPA e temcomo objectivo colocar em <strong>de</strong>staque os prémios egalardões recebidos por escritores,realizadores e artistas.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 39Almanaque"Se calharamo-teCarlos Ribeiro Mota director do CCC <strong>de</strong> Caldas da Rainha“Se fosse artista, gostaria <strong>de</strong> serjoalheiro”❚ Se fosse artista, o que seria?JoalheiroO trabalho/projecto que mais gosto lhe <strong>de</strong>u fazerO Festival <strong>de</strong> Teatro Gil Vicente – Edições Ca<strong>de</strong>rnosVicenteO espectáculo, concerto ou exposição que mais lheficou na memóriaO Projecto Pictural Slav Epic, <strong>de</strong> Alfons Mucha(simplesmente magistral)O livro da sua vidaThe Intelligent Universe – Fred HoyleUm filme inesquecívelNas Asas do Desejo, <strong>de</strong> Wim Wen<strong>de</strong>rsSe tivesse <strong>de</strong> escolher uma banda sonora para si,qual seriaMerry Christmas Mr. Lawrence – Ryuichi SakamotoUm artista que gostaria <strong>de</strong> ter visto no CCCBjörkUma viagem inevitávelIlha do Pico - AçoresUm vício que gostava <strong>de</strong> não terLevantar cedoUm luxoComer cerejas ao luar em cima da cerejeiraUma personalida<strong>de</strong> que admiraEduardo LourençoUma actriz que gostasse <strong>de</strong> levar a jantarJuliette BinocheUm restaurante da regiãoTonico, na praia <strong>de</strong> Pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> VitóriaUm prato <strong>de</strong> eleiçãoChicharos com BacalhauUm refúgio (no distrito)A Serra dos Can<strong>de</strong>eirosUm sonho para Caldas da RainhaQue a cida<strong>de</strong> seja o centro cívico, cultural, termal,artístico, industrial e comercial <strong>de</strong> referência para aregiãoNas Asas do Desejo, <strong>de</strong> Wim Wen<strong>de</strong>rsMesa <strong>de</strong>CabeceiraCarlosMartinsJulietteBinocheMerry Christmas Mr. Lawrence– com música <strong>de</strong> RyuichiSakamoto❚ Descobri quando me foiproposto escrever aqui quetenho um problema com apalavra cultura. Não sei bem oque é, parece-me que estáligada, muito <strong>de</strong> próximo, comcriativida<strong>de</strong> e isso já lhe sei ogosto, consigo vê-la todos osdias. E toco-lhe. Está em todo olado, mal saio <strong>de</strong> casa e já avizinha escolhe as palavras quelá bem enten<strong>de</strong> para me dizerque vai estar calor hoje, ela estáa criar só para mim e para ela e ébonito não saber o resultadofinal, é sempre parecido mas ésempre diferente. Uma pequenapeça <strong>de</strong> elevador. Dura 30segundos, tem regras e acho queme faz sentir parte <strong>de</strong> algo quenão é meu mas que tem umbocado <strong>de</strong> mim. Sei as <strong>de</strong>ixastodas, dou-as e dou-as bem,normalizo-as com o tempo, façoparte mas não sei <strong>de</strong> quê.Habituei-me, ganhei tiques,aculturei-me. Depois <strong>de</strong> pensarnisto pensei mais um bocado.Aculturei-me. Faço parte <strong>de</strong>.A criação estonteante,permanente, tudo igual mastudo diferente, aespontaneida<strong>de</strong> rotineira quetem sempre um <strong>de</strong>slize na acção,o punctum que rasga a matrizmas passa <strong>de</strong>spercebido. O<strong>de</strong>stino dum acontecimento écriado pela escolha criativa <strong>de</strong><strong>de</strong>masiados factores.A cultura, dizia eu, é que não asei. Muito provavelmente porfalta <strong>de</strong> perspectiva ou por estar<strong>de</strong>masiado ocupado ementorpecer os meus olhos. Amaior parte das vezes soucobar<strong>de</strong>, bicho da conta comcerveja morna e ansiolíticos emcatadupa. Devo fazer parte <strong>de</strong>alguma coisa. Falo português, seitiques <strong>de</strong> Portugal, canto jogoscom palavras como se isso fossealguma coisa <strong>de</strong> especial e andoàs voltas com porquês <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quesei dizer porquês. Depoisadormeço isso tudo, <strong>de</strong>vo daruns gritos mudos, <strong>de</strong>primo emnão te ver e a barba continua acrescer como quem diz: "um dia<strong>de</strong>stes é amanhã mas vai serigualzinho a hoje". Tu continuasnão aqui, a barba vem, o cabelovai e este texto rimou mais vezesdo que era expectável. Mas foisem querer. Se calhar amo-te.Não sei se por cultura se porcriativida<strong>de</strong>. Se é por causa dashormonas <strong>de</strong>sisto. E é assim queum texto <strong>de</strong>scamba Mata Ratosstyle. Abre-se o filtro à criação,entrega-se a cultura à distracçãoe faça o favor <strong>de</strong> entrar que hojevale tudo. Pela rua abaixo iremostodos cultos e incautos."músico


40 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012EntrevistaRICARDO GRAÇARealizador <strong>de</strong> clips“Primeiro filmecustou-me 80 euros”Nasceu na Marinha Gran<strong>de</strong> háquase 33 anos, e, ao longo dopercurso académico, mudou <strong>de</strong>orientação várias vezes até<strong>de</strong>scobrir o que pretendia fazer.Cursou Ciências da Comunicação,com o objectivo <strong>de</strong>, mais tar<strong>de</strong>,seguir uma vertente <strong>de</strong> cinema etelevisão. Contudo, o tipo <strong>de</strong>ensinamentos que tirou <strong>de</strong>ssapassagem pelo ensino superior eramuito “logístico” e pouco criativo.“Parei o curso um ano e fui estudarProdução. Naquele tempo ouviamuito uma banda da MarinhaGran<strong>de</strong> chamada Umpletrue esempre tive o sonho <strong>de</strong> fazer umvi<strong>de</strong>oclip com eles... até que mesurgiu uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fazer uma curtametragem, usando a sua música. Fiza curta e acabou por serseleccionada para um festival emNova Iorque. Custou-me 80 euros.Foi o dinheiro para fechar uma ruaperto do Campo Pequeno”, recorda.Depois, realizou vi<strong>de</strong>oclips para abanda A Caruma, Dapunksportif,Born a Lion e Slimmy, e há um anoestreou a longa metragem Até on<strong>de</strong>?Actualmente, à frente da produtoraLua Filmes, realiza ví<strong>de</strong>oscorporativos “fora da caixa”, muitomarcados pela originalida<strong>de</strong> e,muitas vezes, com música <strong>de</strong>bandas da Marinha Gran<strong>de</strong>.Carlos M. Barros cineasta“Não é novida<strong>de</strong> nenhuma termosfilmes que ganham festivais”Jacinto Silva durojacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Há um mês, as re<strong>de</strong>s sociais foram inundadas comreferências a uma série chamada The Guy Who WantsTo Be American (TGWWTBA). É um projecto com ocarimbo da sua Lua Filmes.É uma i<strong>de</strong>ia que nasceu no Verão passado e foi pensadopara entrar no mercado das séries na internet. Penso queeste será o futuro para as produtoras. Há uns anos, quandose tinha <strong>de</strong> promover uma série, apenas se po<strong>de</strong>ria fazê--lo na televisão, mas esse canal tem um uma grelha limitadaque já está ocupada por outras produtoras que estãohá muito no mercado. Com a opção online, é possível fazerum projecto com toda a criativida<strong>de</strong>, sem limitaçõese há vários canais, como o Youtube, que permitem quetodo o Mundo possa ver o trabalho. Não há melhor que istopara quem quer ter espectadores, com baixo custo. Filmámosa promo há um ano, mas <strong>de</strong>pois, <strong>de</strong>vido à quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> trabalho que tivemos <strong>de</strong> seguida só agora conseguimosvoltar a pegar no projecto. Mas falando do projecto,é a história <strong>de</strong> Pablo Sam, um espanhol que vive em<strong>Leiria</strong>, que quer ser americano e vive num mundo on<strong>de</strong>tudo o que é “americano” é perfeito. Para todo o lado, éseguido por um cameraman que também está contagiadopor aquele sonho americano. Teremos episódios principaisquinzenais e a cada duas semanas um especial, maiscurto. Nos principais, saberemos um pouco mais da his-tória <strong>de</strong> vida do Pablo e os outros são episódios <strong>de</strong> coisasque lhe vão acontecendo.O seu filme, Até on<strong>de</strong>? vai passar no Canal Brasil, representandoPortugal. Para o fazer, teve <strong>de</strong> bater à porta <strong>de</strong>mais <strong>de</strong> 100 empresas e apenas uma o patrocinou...O filme foi filmado há seis anos. Se o tivesse lançado nesseano, teria sido o mais jovem realizador a estrear uma longametragem em Portugal, com actores e uma equipa profissional.No elenco, tinha Núria Madruga, Silvia Rizzo, RicardoPereira, a Patrícia André e o Ramón Martinez... Sefosse agora, provavelmente, aquele apoio que tive do GrupoLena, não seria possível. Eram outros tempos. A estreiafoi no ano passado no Teatro José Lúcio da Silva, em <strong>Leiria</strong>.Agora, sinto-me mais confiante pois tenho outra estruturae conhecimentos, embora o panorama em termos<strong>de</strong> apoios seja muito pior. Mesmo um filme low budgetcomo o Até On<strong>de</strong>? fica caro. É preciso alimentar e arranjarlocal para dormir para uma equipa <strong>de</strong> 20 pessoas, semfalar em <strong>de</strong>slocações, material e nos cachets dos actores.Tem em mãos uma nova longa metragem intituladaP.I.D.E. Pequenos Inci<strong>de</strong>ntes Da Existência, como está esseprojecto?Está num intervalo. No último ano, fiz mais <strong>de</strong> 45 produções,muitas <strong>de</strong>las no estrangeiro. Apostei muito na áreados ví<strong>de</strong>os corporativos e promocionais... O projectoestá preparado para avançar, mas é preciso esperar pelomomento certo. Filmar uma longa é algo que <strong>de</strong>mora bastantetempo. No mínimo um mês, se toda a gente estiverNunca mepreocupei emestar agarradoa subsídios oua perceberque contactosposso ter paradivulgar osmeustrabalhos natelevisão.Nestemomento,acredito que ainternet é ocaminho dofuturo para adivulgação.Os meusprojectos nãoestãopensadospara seremlançados pelaRTP2 ou pelo“serviçopúblico”disponível. Depois mais dois meses para a edição... estamosa falar <strong>de</strong> perto <strong>de</strong> seis meses para executar a tarefa.Quem não pertence ao grupo <strong>de</strong> realizadores “consagrados”tem muita dificulda<strong>de</strong> em conseguir entrar nomundo da sétima arte...Até os consagrados estão com dificulda<strong>de</strong>s. Começam aperceber que, se não houver subsídios, eles não terão trabalho.Para o meu filme, bati à porta <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 100 empresas...não estou a ver os tais realizadores a ir bater a portas.A verda<strong>de</strong> é que é assim que funciona noutros países.Nos EUA, os produtores conseguem um bom projecto eum bom actor e <strong>de</strong>pois é preciso convencer os bancos ouinvestidores a darem dinheiro para a sua conclusão.Enquanto não houver um realizador português consagrado,como foram Almodóvar, Alejandro Amenábarou Guillermo <strong>de</strong>l Toro, o cinema português dificilmenteserá reconhecido no estrangeiro?Sim. Tal como aconteceu no Brasil, México ou Argentina.Com uma boa i<strong>de</strong>ia e bons técnicos já é possível avançarpara uma longa metragem, que po<strong>de</strong> vencer festivais noestrangeiro. Contudo, é muito importante que os projectossejam pensados para serem vendidos lá fora. Não precisam<strong>de</strong> ser em inglês, mas o marketing e a estrutura <strong>de</strong>vemser pensados. Não po<strong>de</strong> ser apenas para agradar aosrealizadores. Não é novida<strong>de</strong> nenhuma termos filmes queganham festivais, mas isso não chega. Precisam <strong>de</strong> ser interessantespara serem comprados e passados no circuitocomercial <strong>de</strong> cinema ou na televisão.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 41OlharRICARDO GRAÇAUrbanida<strong>de</strong> Espaço público <strong>de</strong>ve se versátilAndar na ruaPedro Lemos Cor<strong>de</strong>iropedrolcor<strong>de</strong>iro@hotmail.com❚ Pensar o tema da cida<strong>de</strong> pressupõe um inevitável po<strong>de</strong>r<strong>de</strong> abstracção, pois à semelhança <strong>de</strong> qualquer organismovivo o seu conjunto parece ascen<strong>de</strong>r a umacerta autonomia ou até personalida<strong>de</strong>. Esta é uma condiçãoque não permite enten<strong>de</strong>r a cida<strong>de</strong> objectivamente,como por exemplo através da estatística, masque obriga a perspectivar uma estrutura que pelo seutodo consiga <strong>de</strong>linear um certo carácter <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>,complexo (como todas as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem ser), com <strong>de</strong>feitose virtu<strong>de</strong>s (como todas sempre terão).O resultado, em modo <strong>de</strong> síntese, <strong>de</strong>verá ser consequentecom a experiência mais alargada do viajante,comparada q.b. para melhor se po<strong>de</strong>r situar e reconhecerperante as outras urbes e assim encontrar na sua naturezasocial, organizativa e material, vocações a<strong>de</strong>quadasàs legitimas projecções e <strong>de</strong>sejos.Visar a compreensão da urbanida<strong>de</strong> a uma escala maisalargada obriga inevitavelmente a i<strong>de</strong>ntificar os váriosanéis <strong>de</strong> influência entre a cida<strong>de</strong> e a sua envolvente territorial(trocas comerciais, tecido industrial, competênciashumanas, cientificas, tecnológicas, outras urbanida<strong>de</strong>sconcorrentes, infraestruturas, transportes,etc.), com vista a uma maior consciência dos seus valoresdiferenciadores e das oportunida<strong>de</strong>s imanentes.Irei no entanto continuar a fixar-me na dimensão centro-urbanada cida<strong>de</strong>, aplicada a <strong>Leiria</strong>, e em sugestões<strong>de</strong> menor escala orientadas para uma urbanida<strong>de</strong> maisviva e possível <strong>de</strong> accionar.<strong>Leiria</strong> tem um centro natural – todas as ruas vão darà praça Rodrigues Lobo – uma centralida<strong>de</strong> intuitiva dolazer, da estadia, da memória e enquadramento urbano(vistas para o castelo), da suave proporção geométrica(na relação entre a sua dimensão e as dos edifíciosque a configuram), pela tranquilida<strong>de</strong> pedonal, pelos cafése esplanadas, pela sol e pela sombra, por toda umacomplexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> valores que a tornam no ponto capitalda cida<strong>de</strong>.Encaremos então a praça com esse carácter centrifugadorda dinâmica urbana e facilmente enten<strong>de</strong>remosa relevância e oportunida<strong>de</strong> dos seus acessos (ruas)como espaços <strong>de</strong> prolongamento pedonal, comercial e<strong>de</strong> circunstância lúdica. Deste modo, imaginemos quea praça esten<strong>de</strong>ria os seus tentáculos <strong>de</strong> conforto afectando(privilegiando) a activida<strong>de</strong> comercial e <strong>de</strong>senhourbano com o intuito <strong>de</strong> fomentar o hábito <strong>de</strong> “andarna rua” e viver a cida<strong>de</strong>, com todas as vantagens sociais,económicas e culturais a que isso conduziria.Po<strong>de</strong>r-se-á reclamar esta mesma vonta<strong>de</strong>, no âmbitodo programa Polis <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em intervenções do espaçopúblico envolvente à praça como são os exemplosda reestruturação do jardim Camões e prolongamentoao Largo da Republica 5 <strong>de</strong> Outubro ou na reestruturaçãoda fonte luminosa e articulação pedonal envolvente.No entanto, na minha opinião, estas são intervençõespenalizadas ou por um <strong>de</strong>senho formal pouco alinhadocom uma intenção clara da sua utilização, resultante<strong>de</strong> uma qualquer qualida<strong>de</strong> gráfica que não se traduzEncaremosentão a praçacom essecaráctercentrifugadorda dinâmicaurbana efacilmenteenten<strong>de</strong>remosa relevância eoportunida<strong>de</strong>dos seusacessos (ruas)como espaços<strong>de</strong>prolongamentopedonal,comercial e <strong>de</strong>circunstâncialúdicana experiência do espaço, ou por outro lado, na insipiência<strong>de</strong> um <strong>de</strong>senho que <strong>de</strong>ixa em aberto todo e qualqueracontecimento – o que po<strong>de</strong>ria ser positivo mas nãoo é pela sua susceptível materialida<strong>de</strong> entre outras ina<strong>de</strong>quadascaracterísticas.O que se preten<strong>de</strong> nesta abordagem, muito mais doque apontar falhas, é encontrar potencialida<strong>de</strong>s na estruturaurbana existente da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e releválaspara pequenas intervenções que reforcem o potencialcarácter do local, tornando-o mais sugestivo parauso dos cidadãos e visitantes, por forma a construirmosuma cida<strong>de</strong> que nos faz “andar na rua”, experimentare participar conjuntamente na sua contínua construção.Neste sentido, pequenas propostas que possam <strong>de</strong>finirnovos lugares <strong>de</strong> estadia como sombreamentos, lugaressentados, mobiliário urbano (mais versátil e menosformal) <strong>de</strong>verão pressupor uma convergência <strong>de</strong>usos para a generalida<strong>de</strong> do contexto urbano Leiriense,por forma a que as experiências e activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> jovense graúdos se possam aproximar, misturar.Essa urbanida<strong>de</strong>, sobretudo para uma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pequenadimensão como <strong>Leiria</strong> on<strong>de</strong> as competências espaciaisnão necessitam <strong>de</strong> se <strong>de</strong>sdobrar, exige uma gran<strong>de</strong>versatilida<strong>de</strong> nas propostas para o espaço público epor conseguinte uma consciência pragmática para reconhecerque um pavimento urbano polido serve a ca<strong>de</strong>ira<strong>de</strong> rodas como o Skate, e que um muro com 40 cm<strong>de</strong> altura serve o contorno do canteiro como vários lugaressentados ou ainda para plataforma <strong>de</strong> “avarias radicais”,entre outras normais activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> rua…


42 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012ObrigatórioHumor LX Comedy Club levastand-up a <strong>Leiria</strong>Esta sexta-feira, no Teatro Miguel Franco, em <strong>Leiria</strong>,Luís Franco-Bastos, Ricardo Vilão, Rui Sinel <strong>de</strong> Cor<strong>de</strong>se Salvador Martinha enfrentam o público apenascom a ajuda <strong>de</strong> um microfone. A regra é que não háregras. Só piadas. Os humoristas do Lx Comedy Clubsobem ao palco pelas 22 horas para um espectáculo<strong>de</strong> stand-up comedy inspirado nos clubes <strong>de</strong> comédia<strong>de</strong> Londres e Nova Iorque, e pleno <strong>de</strong> humor puro,original, constante e renovado. As situações maiscasuais, os temas políticos ou sociais na or<strong>de</strong>m do diae a falta <strong>de</strong> serieda<strong>de</strong> em geral servem <strong>de</strong> inspiraçãoao grupo, garantindo sempre apresentações diferentese originais, em cada um dos seus espectáculos,ou prometessem sempre novos textos, aperfeiçoandopiadas antigas, com ainda mais humor e sátira.Exposição Love me ten<strong>de</strong>r,Mariana, a MiserávelOs teasers estão espalhados pela cida<strong>de</strong>. E agora émesmo a sério. A artista plástica Mariana, a Miserávelestreia a exposição Love me ten<strong>de</strong>r este sábado, pelas 18horas, na se<strong>de</strong> do colectivo a9)))), na Rua Coman-danteJoão Belo, 29, em <strong>Leiria</strong>. A mostra, <strong>de</strong> ilustração eilustração com colagem, conta com o traço irreverentee irónico <strong>de</strong>sta jovem artista, natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, cujonome <strong>de</strong> família é Santos, e que nasceu em 1986. Diz-seque quando era pequena queria ser florista, mas cedotomou a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> seguir uma vida <strong>de</strong> "miséria,fossa e rock 'n' roll". Estudou Design Gráfico na EscolaSuperior <strong>de</strong> Artes e Design das Caldas da Rainha e hádois anos mudou-se para o Porto, encontrando-se nosegundo ano <strong>de</strong> mestrado em <strong>de</strong>sign gráfico e projectoseditoriais na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belas Artes local.Regata dasCortes evoca7.ª arteDRA 10.ª Regata <strong>de</strong> Jangadas no rio Lis, que se realiza estefim-<strong>de</strong>-semana, em Cortes, <strong>Leiria</strong>, vai evocar oCinema. No troço entre o Moinho do Rouco e a Pontedas Cortes, o Centro Popular <strong>de</strong> Cultura e Recreio dasCortes vai promover, este sábado e domingo, um<strong>de</strong>sfile aquático que, este ano, conta no dia 8, com umavacada na Quinta da Cerca, a partir das 16:30 horas, eum concerto às 22 horas, com os Sexy Mother Rockers.No dia 9, a concentração dos participantes nasinstalações do Centro está marcada para as 10 horas e,às 12 horas, será o lançamento das jangadas no Lis. Oinício da regata está previsto para as 14h:30 horas. Nofinal, haverá um jantar convívio, com entrega <strong>de</strong>prémios e mais um concerto. Já com 15 inscrições, aorganização espera ultrapassar o número <strong>de</strong>participantes <strong>de</strong> outros anos. “Está a superar as nossasexpectativas, pois, em anos anteriores, a média <strong>de</strong>equipas participantes é <strong>de</strong> 20. este ano, estouconvencido que chegaremos às 30 inscrições”, afirmaLuís Gaspar do Centro Popular <strong>de</strong> Cultura e Recreiodas Cortes. O responsável adiante que a escolha dotema se <strong>de</strong>veu à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar um motivotransversal que levasse os participantes na regata a darlargas à sua criativida<strong>de</strong>. “Sei que há jangadas queretratam clássicos do cinema e outros temas maismo<strong>de</strong>rnos”, adianta.LeiturasdasemanaFilhasPaulo José MirandaEditora: Oficina do LivroHistórias <strong>de</strong> LondresEnric GonzálezEditora: Tinta da ChinaPrémio Literário José Saramago (1998).Sublime hino à Mulher e à História que unePortugal e o Brasil.De recorte histórico, este romance narra a saga <strong>de</strong>uma família <strong>de</strong> emigrantes – Oliveira Cabral – nasterras do Sul do Brasil. A narrativa constrói-se emtorno <strong>de</strong> dois eixos temporais, os finais do séculoXVIII e os últimos anos do seculo XX, e tem comonúcleo a figura feminina que é peça crucial quer noplano da saga familiar quer no histórico.«O mundo é um imenso livro do qual aqueles quenunca saem <strong>de</strong> casa lêem apenas uma página.»,Agostinho <strong>de</strong> Hipona.Enric González apaixonou-se por Londres muitoantes <strong>de</strong> a conhecer. Munido <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong>singular inconsistência, <strong>de</strong>cidiu ir para inglaterraviver do ar. Por sorte, pô<strong>de</strong> viver também <strong>de</strong> umsalário <strong>de</strong> jornalista. Este livro é um guia pessoalpara <strong>de</strong>scobrir o espírito londrino. Quando foiescrito o seu autor estava já noutro país e issoimplica uma certa dose <strong>de</strong> nostalgia. Houve outrascida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pois, e outras paixões, mas não há amorcomo o primeiro. E não há cida<strong>de</strong> como londres.


44 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012AgendaÁgua leva o Regadinho...(engenhos tradicionais <strong>de</strong> elevarágua), no Agromuseu DonaJulinha, em Ortigosa, <strong>Leiria</strong>, atédia 29Filigrana, em criações <strong>de</strong> HelenaPereira, até dia 21, na BibliotecaMunicipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>ArtesA mostraindividualCida<strong>de</strong>s,Quero-asComigo!, daautoria <strong>de</strong>Maria DulceBernar<strong>de</strong>stem estreiamarcada paraeste sábadopelas 18horas, noantigo edifíciodo Banco <strong>de</strong>Portugal, em<strong>Leiria</strong>.A partir <strong>de</strong> sábado, até 22 <strong>de</strong>Setembro, Maria DulceBernar<strong>de</strong>s é a artista que sesegue na galeria do antigo Banco<strong>de</strong> Portugal, em <strong>Leiria</strong>. Aexposição Cida<strong>de</strong>s, Quero-ascomigo! Tem estreia marcadapara as 18 horas <strong>de</strong> dia 8. Estaartista venceu o 1.º prémio doconcurso <strong>de</strong> montras,promovido pela ACILIS, em 2011A artista plástica Mariana, aMiserável estreia a exposiçãoLove me ten<strong>de</strong>r este sábado,pelas 18 horas, na se<strong>de</strong> docolectivo a9)))), na RuaComandante João Belo, 29, em<strong>Leiria</strong>. A mostra conta comtrabalhos <strong>de</strong> ilustração eilustração com colagemA exposição <strong>de</strong> pintura Ourém eoutras memórias <strong>de</strong> Graça Reisvai ser inaugurada este sábado,às 17 horas, na Sala <strong>de</strong>exposições do Edifício dos Paçosdo Concelho <strong>de</strong> OurémRostos-da-Terra-Mar (retratosdos rostos das gentes da Nazaré,feitos com pastas e tinta acrílica),<strong>de</strong> Alexandra Sirgado, emexposição na BibliotecaMunicipal da Nazaré, até dia 16Zarah a moura encantada <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> em exposição na ArquivoLivraria, <strong>Leiria</strong>. Trata-se dosoriginais <strong>de</strong> Rui Pedro Lourençoque ilustram o livro Zarah, aMoura Encantada <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> – umahistória <strong>de</strong> sempre, com prosa <strong>de</strong>Orlando CardosoCarimbos Escolares emexposição no Museu Escolar <strong>de</strong>Marrazes, <strong>Leiria</strong>, até dia 14As exposições Korrodi e oRestauro do Castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> eHabitantes e Habitats-Pré eProto-História na Bacia do Lispo<strong>de</strong>m ser vistas no interior doPalácio (Paços Novos), no castelo<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Está patente até dia 21, no Centro<strong>de</strong> Interpretação Ambiental,<strong>Leiria</strong>, a exposição <strong>de</strong> trabalhosdos alunos do Colégio Dr. LuísPereira da Costa, Escola Básican.º1 <strong>de</strong> Cortes, Oásis e ColégioSenhor dos Milagres, no âmbitodo Projecto Eco-Escolas e doProjecto RiosDennisHopper umdos gran<strong>de</strong>srostos da 7.ªArte doSéculo XX,falecido em2010, estáretratadonumaexposição, naFnac <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, naexposição Omito continuaRetrospectiva (pintura e<strong>de</strong>senho) <strong>de</strong> Vamona Navelcar,na Casa da Cultura <strong>de</strong> Figueiródos Vinhos, até dia 30Exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong>Filomena Morim, até dia 29, naBiblioteca Municipal <strong>de</strong> Ourém13 Artistas + 13 Obras [e todas as<strong>de</strong>mais] (Uma Colecção <strong>de</strong> ArteContemporânea para Josefa <strong>de</strong>Óbidos – entre fora e <strong>de</strong>ntro oque é e o que po<strong>de</strong> ser),exposição a ver até 7 <strong>de</strong> Outubrona galeria novaOgiva, ÓbidosNa Loja Fnac, <strong>Leiria</strong>, está patentea exposição <strong>de</strong> fotografia sobre oactor americano Dennis Hopper,<strong>de</strong>signada O mito sobreviveAlarga o espaço da tua tenda,exposição missionária noConvivium <strong>de</strong> Santo Agostinho –Igreja da Santíssima Trinda<strong>de</strong>,Fátima, até 31 <strong>de</strong> OutubroÀ Hora do Banho, mostrafotográfica <strong>de</strong> Álvaro Laborinho,da colecção do Museu Dr.Joaquim Manso, na livrariaCenas & Livro, Nazaré, até dia 13O que não é pedra é luz,exposição inserida no projectoCaldas da Rainha Hardcore, naCasa e Museu Berardo, Caldas daRainha, até dia 22Exposição <strong>de</strong> cerâmica<strong>de</strong>corativa e utilitária <strong>de</strong>Madalena Santos, no Posto <strong>de</strong>Turismo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, até dia 9Bustos da Nazaré, da autoria <strong>de</strong>António Casalinho, em exposiçãono Centro Cultural da NazaréMúsicaPátio doJordão, em<strong>Leiria</strong>, recebemais umaNoite <strong>de</strong> Jazz,esta quintafeira.As jamsessions e oimprovisoestãoprometidos.Hoje, dia 6, a rubrica Noites <strong>de</strong> Jazzacolhe, pelas 22 horas, CésarCardoso, ao saxofone, Pedro Nobre,ao piano, André Rosinha, nocontrabaixo, e João Maneta nabateria. Às quintas-feiras, a se<strong>de</strong>d'O Nariz, no Pátio do Jordão, juntoà Rua Tenente Valadim, em <strong>Leiria</strong>,assume-se cada vez mais como umlocal <strong>de</strong> eleição do Jazz da cida<strong>de</strong>Valado dos Fra<strong>de</strong>s acolhe mais umaNoite <strong>de</strong> Fados, este sábado, 8, às20 horas a favor da Associação <strong>de</strong>Dadores Benévolos <strong>de</strong> Sangue doConcelho da NazaréGiovanni D’Amore é o tenor italianoque sobe ao palco do Teatro ChabyPinheiro, no Sítio, Nazaré, no dia 14,às 22 horasO Mosteiro <strong>de</strong> Alcobaça recebe umconcerto da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Músicalocal, no dia 8, pelas 16 horas, naSacristia do Mosteiro. A actuação,<strong>de</strong> entrada livre, tem o títuloContrastes e contará com aprestação em palco a solo, no órgão,<strong>de</strong> Rute Martins, alunos do CursoProfissional <strong>de</strong> Instrumentista <strong>de</strong>Sopro e Percussão, e direcçãomusical <strong>de</strong> Rui CarreiraO Programa Castelo <strong>de</strong> Sons acolhea Camerata <strong>de</strong> Cordas da SAMP,com uma Hommage à Ravel, noCastelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, este domingo, 9,às 12 horas.Formada no início <strong>de</strong>2012 ao abrigo da Orquestra <strong>de</strong>Cordas SAMP, a Camerata <strong>de</strong>Cordas SAMP, preten<strong>de</strong> ser umagrupamento mais selecto, no qualse integram os professores <strong>de</strong>violino, viola e violoncelo daquelaescola <strong>de</strong> artes e alguns dos alunosmais avançadosCinema Teatro


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 45Esta sexta-feira, actuam noTeatro Miguel Franco, em <strong>Leiria</strong>,Luís Franco-Bastos, RicardoVilão, Rui Sinel <strong>de</strong> Cor<strong>de</strong>s eSalvador Martinha o grupo <strong>de</strong>humoristas conhecido por LxComedy Club. A partir das 22horas, espera-se um espectáculo<strong>de</strong> stand-up comedy inspiradonos clubes <strong>de</strong> comédia <strong>de</strong>Londres e Nova Iorque, e pleno<strong>de</strong> humor puro, original,constante e renovadoNos dias 10, 11 e 12 <strong>de</strong> Setembro,o primeiro western portuguêspassa pelo Teatro MiguelFranco, em <strong>Leiria</strong>. Estrada <strong>de</strong>Palha, realizado por RodrigoAreias, com banda sonora <strong>de</strong>Paulo Furtado, o LegendaryTigerman, e <strong>de</strong> Rita Redshoes,esta é a história <strong>de</strong> um homemque, na primeira década doséculo XX, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> fazer justiçapelas próprias mãos. O herói éum pastor <strong>de</strong> montanhaemigrado, que regressa aPortugal para vingar a morte doirmão. O realizador caracterizaocomo um western cozido àportuguesa que começa naLapónia e acaba em Castelo <strong>de</strong>Vi<strong>de</strong> e tem armas, cavalos, tirose maus da fita. Rodrigo Areiasousou adaptar o ensaio <strong>de</strong> HenryDavid Thoreau DesobediênciaCivil e mostrar como as palavrasescritas em 1848 pelo pensadoramericano sobre a cidadania,enquanto <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> resistência àinjustiça, continuam actuaisALCOBAÇACine TeatroTel. 262580885O Cavaleiro das Trevas RenasceDomingo 17:00 horas e domingoe segunda 21:30 horasLEIRIACastello Lopes CinemasTel: 244845870De quinta a quarta-feiraMorangos com Açucar - O FilmeSala 1. 13:00, 15:00, 17:00, 19:00,21:30 e 23:40 horas;Balas&Bolinhos - O ÚltimoCapítulo Sala 2. 23:40horas; ? Sala 2. 13:20, 16:00,18:40, 21:40 e 00:15 horas; BraveIndomável VP - 3D Sala 3. 12:50,15:05, 17:10 e 19:15 horas; OLegado <strong>de</strong> Bourne Sala 3. 21:20 e00:10 horas; Brave IndomávelVP Sala 4. 13:30 horas; OsMercenários 2Sala 4. 15:30, 18:10, 21:10 e00:00 horas; Madagáscar 3 VPSala 5. 13:10, 15:10, 17:15 e 19:10horas; Ted Sala 5. 21:00 e 23:30horas; Desafio Total Sala 6. 13:1515:50, 18:30, 21:15 e 23:50 horas;Selvagens Sala 7. 12:55, 15:40,18:20, 21:50 e 00:20 horas;Cinema CityTel. 244845071Balas e bolinhos 3 Sala 1. 13:35,16:15, 18:55, 21:35 e 00:15 horas;Curta "La Luna" + Brave -Indomável VP Sala 2-K. 11:25,13:50, 16:00, 18:30 e 21:50horas; Ted Sala 2-K. 24:00horas; ? Sala 2-K. 21:55 e 00:15horas; Morangos com Açúcar - Ofilme Sala 3. 11:30, 13:30, 15:30,17:30, 19:30, 21:30 e 23:30 horas;Selvagens Sala 4. 13:40, 16:10,18:40, 21:40 e 00:10 horas; Curta"La Luna" + Brave - IndomávelVP 3d Sala 5-L. 11:50, 15:20 e17:35horas; Os Mercenários 2 Sala 5-L. 19:45, 21:50 e 23:50 horas;Desafio Total Sala 6-S. 13h30,16h05, 18h50, 21h55 e 00h25horas; Madagáscar 3 VP Sala 7.11:40 e 17:40 horas; curta "UmLongo Dia na Creche" + Ida<strong>de</strong> doGelo 4 VP Sala 7. 13:40 e 15:40horas; Ted Sala 7. 19:40 e 00:00horas; O Legado <strong>de</strong> Bourne Sala7. 21:45 e 00:30 horas; SelvagensSala 7. 13:40, 16:10, 18:40, 21:40e 00:10 horas;POMBALPombal Cine Tel. 236 218 801Pai Infernal Sexta, Sábado eSegunda-feira 21:30 h orasDomingo 16:00 e 21:30 horasDançaEventosO mestrecanteiroAlfredo NetoRibeiro,falecido em2003, foi umdos últimosgran<strong>de</strong>sespecialistasda arte <strong>de</strong>moldar apedra atrabalhar noMosteiro daBatalha. Estesábado, a vilahomenageia ohomem e aarteOs Bailes <strong>de</strong> Verão continuam aanimar <strong>Leiria</strong> em Setembro.Amanhã, dia 7, pelas 22 horas, oJardim Luís <strong>de</strong> Camões, recebeuma animação da Socieda<strong>de</strong>Filarmónica Maceirense,subordinada ao tema Jardim comDançaO Festival <strong>de</strong> Danças Afro-Latinasvolta ao Castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> para asua terceira edição amanhã esábado. O evento conta comworkshops <strong>de</strong> dança, actuação <strong>de</strong>DJ, animação e bailarinos, vindos<strong>de</strong> todo o País. Na sexta-feira, dia7, o horário do festival é às 22horas e, no sábado, dia 8, é às 15 eàs 22 horasO largo <strong>de</strong> Nossa Senhora daNazaré, no Sítio, acolhe no dia 15,o XII Festival <strong>de</strong> Folclore. O eventoé organizado pelo GrupoEtnográfico Danças e Cantares daNazaré e Confraria N. S. NazaréEste sábado, dia 8, a vila daBatalha vai homenagear o mestrecanteiro Alfredo Neto Ribeiro,numa cerimónia que <strong>de</strong>correrá às17 horas, junto do Pelourinho daBatalha, com a inauguração <strong>de</strong> ummonumento <strong>de</strong> homenagem. Às21.30h, nas Capelas Imperfeitas,haverá um concerto <strong>de</strong>homenagem e noite <strong>de</strong> fados comCristina Maria e FernandoBrogueira.A Rota dos Escritores que revelaautores emblemáticos <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>volta este sábado, dia 8, a partirdas 16 horas. O local <strong>de</strong> encontro éo Centro Cívico - Praça Eça <strong>de</strong>Queiroz, num percurso com 25pontos <strong>de</strong> interesse. O périplo teminício na Sé <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e <strong>de</strong>stina-seàqueles que se sentem atraídospelas histórias que a cida<strong>de</strong>encerra, marcadas por cincogran<strong>de</strong>s nomes da literaturanacional: Rodrigues Lobo, AcácioPaiva e Afonso Lopes Vieira, Eça<strong>de</strong> Queiroz e Miguel TorgaA 10.ª Regata <strong>de</strong> Jangadas no rioLis, realiza-se este fim-<strong>de</strong>-semana,em Cortes, <strong>Leiria</strong>, e vai evocar oCinema. O evento começa no dia8, com uma vacada na Quinta daCerca, a partir das 16:30 horas, eum concerto às 22 horas, com osSexy Mother Rockers. No dia 9, aregata está prevista para as 14h:30horasCriançasA Arquivo Livraria, em <strong>Leiria</strong>,acolhe este sábado, dia 8 aanimação da história infantil ASenhora Fre<strong>de</strong>rica, pelaanimadora Liliana Gonçalves, e aapresentação do livro O tigre narua, antologia <strong>de</strong> poesia para ainfância, da editora Bruáa, comleitura <strong>de</strong> poemasHistórias com animais, todos osdias, às 10:30 horas, é a aposta daBiblioteca Municipal <strong>de</strong> Ourém.O próximo livro será Um dia napraia com o cão Frik, da autoria<strong>de</strong> Margarida Fonseca Santos eilustrações <strong>de</strong> Carla Nazareth,seguida <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>expressão plásticaO Centro <strong>de</strong> InterpretaçãoAmbiental <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebe umatelier sobre a técnica MilFolhas, no dia 15. a iniciativaconsiste na aprendizagem eaplicação do conceito <strong>de</strong> EcoDesign na realização <strong>de</strong> umapeça, a partir doreaproveitamento <strong>de</strong> papelPUBLICIDADE


46 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012Gente&lustreLivro Rui Nogueiraedita memórias doUltramarBoccia Portugal<strong>de</strong> prata nos JogosParalímpicosConvite Ana Gomes naconvenção do partido<strong>de</strong>mocrático dos EUAAnimação JoanaBartolomeu concluiusegunda curtaEnsino CristinaSimões dirige ISDOM❚ É um dos mais con<strong>de</strong>coradosmilitares portugueses e combateu,aos 23 anos, contra a invasão dosterritórios portugueses na Índia,nos anos 50. Rui RodriguesNogueira, antigo militar <strong>de</strong>Caranguejeira, <strong>Leiria</strong>, agora com83 anos, prepara-se para editar olivro Por mares nunca dantesnavegados, on<strong>de</strong> faz uma análisedos acontecimentos da Guerra doUltramar.❚ Helena Bastos, <strong>de</strong> Figueiró dosVinhos, é a seleccionadoranacional <strong>de</strong> boccia, modalida<strong>de</strong>praticada por portadores <strong>de</strong>paralisia cerebral queconquistou a primeira medalha,no caso <strong>de</strong> prata, nos JogosParalímpicos, que estão a<strong>de</strong>correr em Londres. Nacategoria <strong>de</strong> pares mistos BC3,Portugal chegou à final, on<strong>de</strong>per<strong>de</strong>u com a Grécia, por 4-1.❚ A euro<strong>de</strong>putada Ana Gomes, quefoi colunista do JORNAL DE LEI-RIA, está até amanhã nos EstadosUnidos da América, a participar naConvenção do Partido Democráticoque apoiará a candidatura <strong>de</strong> BarackObama à presidência dos EUA.Participa na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>coor<strong>de</strong>nadora da Aliança dos Socialistase Democratas da Comissão dosAssuntos Externos, a convite doNational Democratic Institute.❚ A artista, <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, JoanaBartolomeu terminou a suasegunda curta <strong>de</strong> animação,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> The Tailors Kiss, películavencedora do prémio <strong>de</strong> melhorfilme <strong>de</strong> marionetas no The WorldFestival Of Puppet Art 2010, emPraga. Formada em Londres, naNational Film and TelevisionSchool é docente da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Belas Artes <strong>de</strong> Lisboa, cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong>resi<strong>de</strong>.❚ Cristina Simões, 39 anos, naturalda Marinha Gran<strong>de</strong>, aceitou oconvite da Administração doInstituto Superior D. Dinis, e é,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Julho, directora científica epedagógica daquele estabelecimento.Licenciada e mestre emSociologia e doutoranda emCiência Política, é também Chefeda Divisão <strong>de</strong> Cooperação,Comunicação e Mo<strong>de</strong>rnização doMunicípio da Marinha Gran<strong>de</strong>.História<strong>de</strong>Vida Guilherme CorreiaO mestre da aguarela que venceu por si mesmoDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Humil<strong>de</strong>, autêntico e muito fiel aos seus princípios.Quase se po<strong>de</strong>ria caracterizar <strong>de</strong>sta maneira o pintorGuilherme Correia, não fosse a sua vida ser tãopreenchida e o seu conjunto <strong>de</strong> obras ser tão vasto, quesempre escapam a qualquer tentativa <strong>de</strong> resumobiográfico que sobre ele possa ser feito.Guilherme Correia nasceu no centro histórico daMarinha Gran<strong>de</strong>, em 1923, na casa on<strong>de</strong> ainda hojehabita. É filho <strong>de</strong> João Pereira Correia, pintorincontornável na história da arte da região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, eirmão mais novo do escultor Joaquim Correia.Depois da instrução primária, na Marinha Gran<strong>de</strong>,Guilherme Correia concluiu os estudos liceais na EscolaIndustrial Domingos Sequeira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong> foidiscípulo <strong>de</strong> dois gran<strong>de</strong>s artistas <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>, NarcisoCosta e Luís Fernan<strong>de</strong>s.Tal como o irmão, também Guilherme Correia viveu<strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre apaixonado pelas artes, influenciadopelo trabalho e pelos ensinamentos que tanto ele comoo “Quim” receberam do pai. E à imagem <strong>de</strong> Joaquim,também Guilherme Correia pensava vir a prosseguir osseus estudos na Escola Nacional <strong>de</strong> Belas Artes <strong>de</strong>Lisboa, mas o <strong>de</strong>stino trocou-lhe as voltas. O irmãomais velho já tinha sido admitido no curso <strong>de</strong>Escultura, em Lisboa, e frequentava já o segundo ano,quando o pai, doente, veio a falecer. Além dos encargoscom os estudos do irmão, era preciso sustentar a mãe, aavó e uma tia, que viviam na sua casa. Os dois irmãoscombinaram então que Joaquim continuaria a estudar,enquanto Guilherme trabalharia para ajudar a família, eque, um dia mais tar<strong>de</strong>, os papéis viriam a inverter-se.Mas isso nunca aconteceu.Guilherme foi convidado para ocupar o cargo que o pai<strong>de</strong>sempenhava na Companhia Industrial Portuguesa,na direcção da área artística, on<strong>de</strong> permaneceu até aO pintortrabalha seminterrupção.Presentemente,está a criar umacolecção <strong>de</strong>pinturasalusivas àRevolta <strong>de</strong> 18<strong>de</strong> JaneiroDANIELA FRANCO SOUSACompanhia ser vendida à Vista Alegre. “O trabalho naVista Alegre não me agradou, até porque já estavaconvidado para trabalhar noutra fábrica, a Vicris, on<strong>de</strong>me foi dito que podia continuar a criar”, explica opintor.Mas a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apresentar na Vicris, os seusprojectos inovadores nunca chegou, razão pela qual, aofim <strong>de</strong> dois anos, quando a Santos Barbosa começou atrabalhar com máquinas automáticas, aceitou o convitepara dirigir o <strong>de</strong>partamento artístico daquele vidreira.Através <strong>de</strong>sta fábrica pô<strong>de</strong> trabalhar noutros países,<strong>de</strong>scobrindo novas paragens como Itália, Suíça ouHolanda.Haveria <strong>de</strong> trabalhar na Santos Barosa durante 25 anos,até que, “cansado <strong>de</strong> fábricas”, com quase 60 anos,conseguiu aposentar-se para concretizar o <strong>de</strong>sejoantigo <strong>de</strong> pintar. O seu trabalho era <strong>de</strong> tal modo queridonaquela empresa que, <strong>de</strong>pois da reforma, continuou a<strong>de</strong>senvolver projectos para a vidreira, numa avençaque duraria 18 anos, só terminando em 2000.“Foram 65 anos ligado ao vidro”, observa o pintor, quenunca se <strong>de</strong>sligou da arte vidreira, que agora retratatantas vezes nas suas aguarelas. O mar, as lendas e osfactos históricos associados à Marinha Gran<strong>de</strong> e àregião estão também entre os seus temas preferidos.Guilherme Correia fez diversas exposições na Galeria <strong>de</strong>Arte Capitel, em <strong>Leiria</strong>, e por outros pontos do País.Recorda um jantar <strong>de</strong> gala, no Castelo <strong>de</strong> São Jorge, emLisboa, on<strong>de</strong> foi convidado, juntamente com Maluda, aexpor as suas obras, junto <strong>de</strong> um público composto porilustres embaixadores.Organizador da primeira Bienal das Artes Plásticas daMarinha Gran<strong>de</strong>, e pintor referido em livrosestrangeiros sobre história do vidro na Europa,Guilherme Correia recusou todos os convites paraexpor fora <strong>de</strong> Portugal. Este é o País que ama, e por issonunca encontrou razões para o trocar. A exposição <strong>de</strong>Artes dos Jogos Olímpicos <strong>de</strong> Barcelona, a galeria <strong>de</strong>arte Montserrat, da Broadway, <strong>de</strong> Nova Iorque, aCevive, na Venezuela, e um convite do Japão, foramalgumas das solicitações <strong>de</strong>clinadas. Do seu preenchidopercurso <strong>de</strong> vida fazem ainda parte um casamento <strong>de</strong>60 anos, dois filhos, netos, e agora duas bisnetas.Sempre gostou <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto, e chegou a integrar aequipa <strong>de</strong> futebol do Atlético Clube Marinhense, nosanos 40, que abandonou por culpa <strong>de</strong> um problema nomenisco, para o qual, nessa época, ainda não haviaoperação possível. Mas ainda havia <strong>de</strong> dirigir o clube. Ehoje, além do exercício físico que pratica diariamente,continua a aceitar <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> futebol. Num escritóriorepleto <strong>de</strong> quadros, medalhas e fotografias, lembra que,apesar das convicções <strong>de</strong> esquerda, sempre respeitou eteve amiza<strong>de</strong>s junto <strong>de</strong> diversos partidos políticos. Ohomem que diz ter vencido por si mesmo pertenceainda à Confraria da Sopa do Vidreiro e é um dosmembros mais antigos do Rotary Club <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 6 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2012 47AconteceuPontoFuga Sal NunkachovSummer Fest encheu Praia do PedrógãoSexta-feira e sábado foram dias <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> agitaçãona Praia do Pedrógão, com a realização do FestivalSummer Fest, que, do ponto <strong>de</strong> vista doscomerciantes locais, “resultou num estrondoso êxitopromocional”, um balanço positivo partilhado pelaorganização do evento. Durante dois dias, o festival,<strong>de</strong> “gran<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”, tornou a praia na “capital dosjovens”, observam os agentes locais, para quem ainiciativa veio “romper com todas as dificulda<strong>de</strong>s”. Osucesso <strong>de</strong> Summer Fest, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m, assentou numprograma bem construído <strong>de</strong> DJ, para a noite, além<strong>de</strong> animação diversa para os mais novos, durante atar<strong>de</strong>. Um sinal <strong>de</strong> que a única estância balnear doconcelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> ainda tem muito para dar.Mo<strong>de</strong>lo - carolina diego @ justFotografia - sal nunkachovDRDança no Parque Mártires do ColonialismoComeçou no sábado passado, com a actuação doGrupo Muzenza Capoeira, a iniciativa Dança noParque, um projecto promovido pela CâmaraMunicipal da Marinha Gran<strong>de</strong>, que preten<strong>de</strong> animaros finais <strong>de</strong> tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> Setembro, com a participação <strong>de</strong>vários grupos e escolas <strong>de</strong> dança, no palco dosParque Mártires do Colonialismo. No próximosábado, pelas 18 horas, seguem-se as DançasAfricanas, a cargo do Físicoloucura. Criar hábitosculturais, fomentar o aparecimento <strong>de</strong> novospúblicos, fi<strong>de</strong>lizar os existentes e promover asformações artísticas locais são alguns dos objectivos<strong>de</strong>sta iniciativa municipal.DANIELA FRANCO SOUSABodyBershkaBikiniCalzedoniaPeniche recebe semana Tanto MarDestacar a importância do mar e das activida<strong>de</strong>s a eleligadas é o objectivo da Semana Tanto Mar, que aRevista Forum Estudante promove em Peniche emparceria com a câmara e a Escola Superior <strong>de</strong>Turismo e Tecnologia do Mar. Com uma componentelúdica e, ao mesmo tempo, pedagógica, a SemanaTanto Mar tem como objectivo promover a formaçãoprofissional relacionada com as activida<strong>de</strong>smarítimas e dar a conhecer a riqueza que um recursotão vasto po<strong>de</strong> oferecer a um país como Portugal.Destina-se a jovens entre os 14 e os 17 anos. Segunda--feira passada foi realizada uma visita à Fortaleza <strong>de</strong>Peniche (na foto) e ontem realizou-se uma viagematé às Berlengas, com visita à ilha, ao farol ebaptismo <strong>de</strong> mergulho.Calções Bershka e camisola ZaraCasaco Lefties


Há o hábito <strong>de</strong> pensar que se entra numaBiblioteca para procurar um livro. Não éverda<strong>de</strong>. Sim, por aí começa, mas o quena verda<strong>de</strong> se busca é a aventura.Umberto EcoJorlis - Edições e Publicações, Lda.Parque Movicortes2404-006 Azoia - <strong>Leiria</strong>Tel. 244 800 400 Fax 244 800 401geral@jornal<strong>de</strong>leiria.ptPUBLICIDADETrabalhos no Centro Pastoral Paulo VI, em FátimaMulta para obras ilegais do santuárioQuarta-feira em <strong>Leiria</strong>Fórum <strong>de</strong>bateeducaçãoLei dos CompromissosPortaria evita violaçãoA Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> po<strong>de</strong>rá não ter<strong>de</strong> violar a Lei dos Compromissospara assegurar as refeições e ostransportes escolares no próximoano lectivo. Os Ministérios da Educaçãoe Ciência e da Solidarieda<strong>de</strong> eda Segurança Social assinaram umaportaria conjunta, a estabelecer acalendarização das transferências<strong>de</strong> verbas para as autarquias referentesa <strong>de</strong>spesas relacionadas comeducação, como refeições, transportesou prolongamento <strong>de</strong> horário.Assim, as autarquiaspo<strong>de</strong>rão contabilizar essas verbascomo fundos disponíveis e, <strong>de</strong>ssaforma, cumprir a Lei dosCompromissos.❚ A Câmara <strong>de</strong> Ourém <strong>de</strong>verá avançarcom a aplicação <strong>de</strong> uma multaao Santuário <strong>de</strong> Fátima <strong>de</strong>vido àsobras ilegais feitas no Centro PastoralPaulo VI. Em Julho, a instituiçãofoi notificada no sentido <strong>de</strong> requerera licença <strong>de</strong> utilização, mas,até ao momento, ainda não terá solicitadoa vistoria e a referida licença.Sem se querer alongar em esclarecimentos,para “não alimentarmais polémicas”, o vereador Nazarenodo Carmo, responsável pelo pelouro<strong>de</strong> Fátima, confirma ao JOR-NAL DE LEIRIA que o processo estáa ser analisado pelo serviço <strong>de</strong> contenciosoda autarquia. “Houve umareunião com representantes do santuário,on<strong>de</strong> o assunto foi abordado,mas está tudo na mesma”, adianta.Em <strong>de</strong>clarações ao jornal i, o autarcarevela que, perante a ausência<strong>de</strong> qualquer tentativa <strong>de</strong> legalização,a câmara vê-se forçada a avançarcom uma multa, só faltando <strong>de</strong>finiro valor, que po<strong>de</strong> ir dos 1500 e os250 mil euros.Tal como o JORNAL DE LEIRIAnoticiou, em Julho, em causa está aObras <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lação foram inaugruradas em Marçoconstrução <strong>de</strong> quartos, balneários erefeitório nos dois pisos subterrâneosdo edifício em <strong>de</strong>sconformida<strong>de</strong>com o projecto aprovado pelaCâmara <strong>de</strong> Ourém.Na ocasião, o santuário escusou--se a prestar esclarecimentos, mas,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o assunto ter sido noti-ciado por outros órgãos <strong>de</strong> comunicação,o reitor emitiu um comunicadoa anunciar a abertura <strong>de</strong>um processo <strong>de</strong> averiguações às“possíveis irregularida<strong>de</strong>s”. A instituiçãoadianta agora que o assuntoestá a ser tratado nas “instânciaspróprias”.DR❚ O Teatro José Lúcio da Silva, em<strong>Leiria</strong>, recebe, na quarta-feira, o IIIFórum sobre Educação e Responsabilida<strong>de</strong>Social, <strong>de</strong>stinado a professores,educadores, encarregados<strong>de</strong> educação e autarcas. O encontrotem início previsto para as14:30 horas, com intervenções dospresi<strong>de</strong>ntes da Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,Raul Castro, e da Adlei (Associaçãopara o Desenvolvimento <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>),José Charters Monteiro.O fórum <strong>de</strong>baterá temas como Educação,integração e cidadania e Escolasolidária, contando com intervenções<strong>de</strong> A<strong>de</strong>lino Antunes,Lúcia Bértolo, Helena Vasconcelose Pedro Biscaia. Durante a sessãoserão ainda entregues prémios <strong>de</strong>mérito a alunos do 3.º ciclo e do secundáriodo concelho.Apoiada pelo JORNAL DE LEIRIA,a iniciativa é organizada pela Câmara<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e pela Adlei. As inscriçõespo<strong>de</strong>m ser feitas, até amanhã,através do mail juventu<strong>de</strong>.educacao@cm-leiria.ptou juntodas escolas (agrupamentos ousecundárias).Viagens (fora) da minha terraO <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> convidaos seusleitores apartilharemi<strong>de</strong>ias para aregiãoobservadasnoutros locaisdo País ou doestrangeiro.Bastaenviaremduas ou trêsfotografias eum texto com1500caracteresparadireccao@jornal<strong>de</strong>leiria.ptFora das rotas do turismo <strong>de</strong> massas, esta pequenacida<strong>de</strong> italiana situa-se na região da Puglia,alongando-se entre as águas calmas do Adriático eas salinas <strong>de</strong> on<strong>de</strong> <strong>de</strong>rivou o seu primitivotopónimo, Saline di Barletta. Nela não se encontra amonumentalida<strong>de</strong>, o cosmopolitismo <strong>de</strong> outroslugares, nem tão-pouco sinais da primeira rainhada Itália unificada a quem <strong>de</strong>ve o nome atual,porém torna-se um prazer <strong>de</strong>scobrir a pérola quediscretamente atrai os italianos nos tórridos verõesmediterrânicos. Fixemos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, três i<strong>de</strong>iasinspiradoras: o sal, o sol e o sul.Margheritadi SavoiaFernandaCardosoComo boa terra meridional, oferece um banho<strong>de</strong> bem-estar que po<strong>de</strong> incluir termas, praia,sesta, passeios pela reserva natural,manifestações da religiosida<strong>de</strong> popular, refeiçõesfeitas em casa com produtos que a terra e o margenerosamente põem à disposição, leituras, jogosou conversas num intrincado dialeto entrefamiliares e amigos na sala <strong>de</strong> estar que é a rua.Velhos hábitos rurais que a cida<strong>de</strong> preserva. É umluxo <strong>de</strong>ambular pela re<strong>de</strong> do tecido urbano eadquirir verduras e fruta junto <strong>de</strong> pequenosprodutores, nas muitas bancas improvisadas àporta das casas on<strong>de</strong> moram. Ou, então,aprovisionar-se <strong>de</strong> outros alimentos locais em milnegócios sem pretensões que não sejam aqualida<strong>de</strong>, a frescura e a autenticida<strong>de</strong> dosprodutos, protegidos que estão do consumismohomogéneo das gran<strong>de</strong>s superfícies comerciais.Todos estes hábitos <strong>de</strong> vida sã e a valorizaçãodos produtos autóctones viajaram mentalmente eprojetaram-se nas bancas e na alma do Mercado<strong>de</strong> Santana, durante a incursão que fiz aoMercado da Terra. Oxalá esta iniciativa seja umaboa semente lançada às terras leirienses!

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