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PNE 2030 - EPE

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Geração Hidrelétrica87• 5.1. Aumento do portfólio de projetosEsse aspecto está relacionado ao nível do conhecimento do potencial a aproveitar. Conforme posicionadoanteriormente, cerca de 1/3 do potencial hidrelétrico nacional já está aproveitado, vale dizer, correspondeao parque em operação, às usinas em construção e aos aproveitamentos cuja concessão já foi outorgada.Outro terço do potencial é classificado como estimado, o que significa baixo nível de conhecimento e, principalmente,estimativas de custo imprecisas. Nessas condições, conclui-se que cerca de metade do potencial aaproveitar está avaliado em nível muito precário.A formulação de alternativas de expansão hidrelétrica demanda, pois, no médio prazo, aumentodo portfólio de projetos e os estudos nos quais a <strong>EPE</strong> está envolvida já são um indicativo na direção deatender essa demanda.• 5.2. Crescimento do mercadoO crescimento do mercado é naturalmente outro condicionante relevante. De acordo com o Balanço EnergéticoNacional – BEN (<strong>EPE</strong>, 2006b), a oferta interna de energia elétrica em 2005 montou em 441,6 TWh.Tomado em uma perspectiva de longo prazo e dependendo do cenário de evolução da economia, entre outrosfatores determinantes da demanda, esse requisito bruto (consumo de eletricidade + perdas) poderia expandir-separa algo como 950 TWh ou 1240 TWh, em <strong>2030</strong>.O menor requisito corresponde ao cenário da Energy International Agency (2004), que admite o PIBbrasileiro evoluindo à taxa média anual de 3% até <strong>2030</strong>, inferior à média mundial no período, e a populaçãocrescendo a 0,8% ao ano. O outro reflete uma mera extensão das projeções do estudo de mercado consideradono PDEE 2006-2015 (<strong>EPE</strong>, 2006c), em que o PIB cresce em média a 3,8% ao ano e a população a 0,9% ao ano.Em um e outro caso, a taxa média de evolução dos requisitos brutos é de 3,1 e 4,2% ao ano, respectivamente.Observe-se que um diferencial de apenas 1,1% ao ano no crescimento médio da demanda nesse horizonte(25 anos) período significa um requisito adicional de 290 TWh ao final do período. Essa diferença entre osdois cenários corresponde a 2/3 dos requisitos atuais e a ¼ do potencial hidrelétrico total.Admitir a ampliação, nesse período, do aproveitamento do potencial hidrelétrico dos atuais 30% para 60%,vale dizer, dobrar, em 25 anos, a capacidade instalada em usinas hidráulicas, ou instalar uma potência adicionalde cerca de 70.000 MW, significa poder gerar, em <strong>2030</strong>, 730 TWh de origem hidráulica. Esse valor equivale a 60%da demanda no cenário mais alto. No cenário da EIA, a participação hidráulica nessa hipótese seria de 77%. Emqualquer caso, a proporção da energia hidráulica na oferta de eletricidade seria menor que a atualmente verificada:de acordo com o BEN (<strong>EPE</strong>, 2006b), e considerando a parte da geração de Itaipu importada do Paraguai, aparticipação da fonte hidráulica na matriz de energia elétrica nacional em 2005 foi de 86%.A hipótese de uma expansão mais modesta da hidreletricidade, decorrente, por exemplo, de restriçõesambientais ao desenvolvimento do potencial, pode significar impactos de outra natureza. Conforme jáposicionado neste documento e de acordo com os critérios atualmente adotados pelo International Panel onClimate Changes – IPCC, a substituição de 10.000 MW da expansão hidrelétrica por geração termelétrica a gásnatural pode significar uma emissão adicional de gases de efeito estufa de 17,3 milhões de toneladas equivalentesde CO 2apenas no ano de <strong>2030</strong>. Esse volume de emissões equivale a cerca de 90% do volume total deemissões calculado pelos mesmos critérios para o ano de 2005 no Sistema Interligado Nacional.Ministério de Minas e Energia

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