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PNE 2030 - EPE

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84Plano Nacional de Energia <strong>2030</strong>4. Estimativas de custo do potencial a aproveitarOs custos de um aproveitamento hidrelétrico são avaliados em diferentes níveis de profundidade, em funçãoda disponibilidade e da qualidade dos dados. De uma forma geral, na medida em que aumenta o conhecimentodo aproveitamento, vale dizer, na medida do aprofundamento dos estudos (estimativas preliminares,inventário, viabilidade e projeto básico), aumenta também a precisão do custo.Nas fases de inventário e viabilidade, as estimativas de custo seguem os critérios gerais definidos no Manualde Inventário de Bacias Hidrográficas (ELETROBRAS, 1997a) e nas Instruções para Estudos de Viabilidadede Aproveitamentos Hidrelétricos (ELETROBRAS, 1997b), respectivamente. São documentos ainda hoje usadoscomo referência. Dessa forma, ainda que elaborados por empresa diferentes, os custos estimados tendocomo base esses critérios são comparáveis entre si e, portanto, aplicáveis nos estudos de planejamento.De qualquer modo, a despeito do esforço de atualização da base de dados do potencial hidrelétricobrasileiro empreendido pela Eletrobrás, é mister reconhecer que as informações sobre o custo dos aproveitamentosestá defasada.Além disso, cerca de 30% do potencial não está sequer levantado em nível de inventário. Os custos associadosa essa parcela do potencial são, portanto, ainda mais imprecisos. De fato, para a avaliação doscustos associados ao potencial dito estimado, a metodologia utilizada é naturalmente bastante expedita, emfunção da carência de informações. No Plano 2015, novamente a última e melhor informação disponível, essaavaliação foi feita com o emprego de uma sistemática que, mediante padronizações e simplificações, permitiuestimar os custos por meio de correlações estatísticas com dados então disponíveis de aproveitamentosem níveis de estudo mais avançados.Assim, as estimativas de custo do potencial hidrelétrico a aproveitar são, de uma forma geral, imprecisas.Contudo, há algumas indicações recentes, já referidas na nota técnica sobre a caracterização da geração hidrelétrica(<strong>EPE</strong>, 2006a), que podem fornecer algum subsídio a essa discussão.Tomando em conta o conjunto das 17 usinas hidrelétricas que vinham buscando a habilitação técnicapara o leilão de energia nova realizado em dezembro de 2005, encontra-se um valor médio de R$ 3.000/kW,exclusive os custos de conexão, ainda que se deva considerar que a dispersão de valores é significativa, entreR$ 2.350/kW e R$ 3.900/kW.Os custos de conexão para esse conjunto de usinas foram estimados no valor médio R$ 250/kW, admitidoum intervalo de R$ 140/kW a R$ 350/kW. Ao câmbio atual , o custo de instalação dessas usinas equivale, emmédia, a US$ 1.470/kW e US$ 1.360/kW, respectivamente com e sem os custos da transmissão associada.Outra referência atual é dada por Bähr e Biebuyck (2005), da Tractebel Electricity & Gas International,em apresentação feita no Banco Mundial sobre as lições da experiência do Brasil no financiamento de usinashidrelétricas. Esses autores estabelecem o intervalo entre US$ 700/kW e US$ 2.000/kW como aquele em queestariam os valores típicos do custo de investimento em projetos hidrelétricos. Como exemplos específicos,todos no rio Tocantins, citam:• Usina de Cana Brava, com 450 MW de potência e investimento de US$ 400 milhões (cerca de US$ 890/kW);• Usina de São Salvador, com 241 MW, US$ 272 milhões de investimento (cerca de US$ 1.130/kW);• Usina de Estreito, com 1.087 MW, US$ 1,0 bilhão de investimento (cerca de US$ 920/kW). Câmbio de US$ 1.00 = R$ 2,20.Empresa de Pesquisa Energética

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