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PNE 2030 - EPE

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Geração Hidrelétrica671. IntroduçãoO uso da energia hidráulica não é uma idéia nova. Já na Antiguidade rodas d’água de madeira foram utilizadaspara converter a energia cinética em energia mecânica, particularmente para o bombeamento de águae moagem de grãos. Contudo, apenas no final do século XIX foi construída a primeira usina hidrelétrica paraprodução de eletricidade. As primeiras usinas eram de pequeno porte e aproveitavam quedas d’água situadaspróximas aos centros urbanos. Por essa época, conforme assinala Tolmasquim (2005), “a tecnologia disponívellimitava não só o porte das usinas como também a extensão das linhas de transmissão. Avanços tecnológicospermitiram ganhos expressivos de escala na produção e, ainda, a transmissão da energia por longasdistâncias, contribuindo, decisivamente, para a disseminação do uso da energia hidrelétrica no mundo”.No Brasil, segundo Poulon e Martins Neto (2000), a primeira utilização de energia hidrelétrica ocorreu em1883, quando foi instalada, em Diamantina, Minas Gerais, uma pequena usina com a finalidade de movimentarduas bombas de desmonte hidráulico. Uma linha de transmissão de 2 km levava a energia produzida paraas máquinas.Uma segunda usina foi instalada também em Minas Gerais. Começou a operar em 1887, em Nova Lima e foiconstruída pela Compagnie des Mines d’Or du Faria. Como a primeira, essa usina também estava relacionada atrabalhos de mineração. Nesse caso, uma pequena linha de transmissão permitia a iluminação da mina e tambémdas casas dos trabalhadores, que residiam próximo à instalação.A primeira usina destinada ao serviço público também foi construída em Minas Gerais. Trata-se da usinade Marmelos-0, em Juiz de Fora, considerada, à época, de maior porte, com seus 625 kW instalados . A energiaproduzida destinava-se a uma fábrica de tecidos e à iluminação pública da cidade.Em 1913, iniciou-se o aproveitamento do potencial do rio São Francisco, com a construção da usina deAnjiquinho, nas Cachoeiras de Paulo Afonso, entre Alagoas e Bahia.Assim, pode-se dizer que o levantamento e o aproveitamento do potencial hidrelétrico brasileiro iniciaram-sehá mais de um século. Esses estudos, contudo, não eram sistematizados e tampouco abrangentes.Normalmente, restringiam-se a um trecho pequeno de um rio, onde ocorriam potenciais visivelmenteatraentes dos pontos de vista energético e econômico e havia relativa facilidade de acesso. Além disso, eramnaturalmente condicionados pelo interesse específico do empreendedor e sua capacidade de investimento.O primeiro grande estudo sistemático, metodologicamente consistente e abrangente data da década de60 do século passado. Trata-se dos estudos da CANAMBRA, sigla pela qual foi identificado e ficou nacionalmenteconhecido o consórcio de consultores canadenses, norte-americanos e brasileiros que desenvolveuampla investigação do potencial hidrelétrico do Centro-Sul brasileiro (atuais Regiões Sudeste e Centro-Oeste,parte). O sucesso do estudo foi tal que o escopo dos serviços foi ampliado, abrangendo também a Região Sul.Conforme o “Final Report of the Power Study of South Central Brazil”, de 1967 (apud ERBER, P., Erber[s.d.]), fora possível identificar um potencial promissor, em termos econômicos e energéticos, de cerca de30.000 MW (ver Tabela 1).Em 1889, a usina foi inaugurada com duas turbinas de 250 kW cada uma. Três anos mais tarde, ocorreu a ampliação, com a instalação de mais uma grupo gerador de 125 kW.Ministério de Minas e Energia

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