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PNE 2030 - EPE

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Geração Hidrelétrica59• 7.3. Aspectos tecnológicosA morfologia da região amazônica, onde se concentra a maior parte do potencial hidrelétrico a aproveitar,sugere usinas hidrelétricas de baixa queda e elevada vazão turbinada. Isso significa a aplicação de turbinasde um tipo pouco comum no sistema brasileiro. E ainda: significa potências unitárias elevadas para esse tipode turbina.De fato, turbinas “bulbo” parecem ser as mais adequadas para vários aproveitamentos na Amazônia brasileira,onde há baixa queda e grande fluxo de água. Por serem tipicamente turbinas de fluxo, com geradorincorporado, permitiriam minimizar a área alagada. Turbinas deste tipo são largamente encontradas emaproveitamentos hidrelétricos de baixa queda em vários países. Ocorre que a vazão nos rios amazônicos porvezes é tão grande que, mesmo em sítios de baixa queda, a potência unitária tende a ser muito elevada. É ocaso, por exemplo, das usinas de Santo Antonio e Jirau, em estudo no rio Madeira, em Rondônia. Note-se que,em ambos os casos, a potência unitária é superior a 70 MW, o que indica um desafio tecnológico.Ainda no campo da geração, há a questão da recapacitação e modernização de usinas existentes, idéiaque ganha força na medida do avanço cronológico dos equipamentos em operação. É inegável que a recapacitaçãoe a modernização do parque existente é uma ação necessária. Deve-se ter em vista, contudo, que seuprincipal benefício, não negligenciável, por suposto, é a recuperação e a manutenção da produção da instalação.Ganhos de energia são marginais, até porque, como já assinalado, o rendimento da conversão de energiana hidreletricidade é, já, bastante elevado. Isso quer dizer que ações de recapacitação e modernização deusinas existentes não configuram alternativa relevante para compor a expansão da oferta de energia elétricano país uma vez que, com elas, não se agrega energia “nova” em volumes significativos.Da mesma forma, aspectos tecnológicos também são relevantes na questão da transmissão quando se temem vista o aproveitamento do potencial hidrelétrico da Amazônia. Com efeito, a floresta e as grandes distânciasenvolvidas entre os sítios de geração e os mercados consumidores de maior magnitude descortinam o usode tecnologias que permitam maximizar o volume de energia transportado, travessias de rios ou sítios quepoderão exigir grandes vãos de linha e torres de grande altura, para minimizar impactos sobre o meio físico.• 7.4. Bacia do AmazonasA bacia do Amazonas possui o maior potencial hidrelétrico brasileiro, porém, é, também, a que apresentaas maiores restrições do ponto de vista ambiental. Nesta nota técnica, ficou indicado que o potencial hidrelétricoa aproveitar nessa bacia é de cerca de 106.000 MW. Excluindo o potencial remanescente não individualizado(28.000 MW), o potencial na bacia é avaliado em 77.058 MW.A proporção desse potencial que pode ser considerada sem restrições ambientais significativas é de apenas38%. Mais de 44% do potencial apresenta interferência direta com terras indígenas, o que não surpreende,em razão de mais de 25% da Amazônia estar assim reservada. Parques nacionais são a segunda interferênciamais relevante.O potencial hidrelétrico a aproveitar na bacia é também pouco investigado. Embora mais de um terço dopotencial já esteja estudado em nível mínimo de viabilidade, ainda quase 44% está apenas estimado. Alémdisso, mais de 35% do potencial sem restrições ambientais ainda é apenas estimado, isto é, não está estudadosequer ao nível de inventário.Esses números refletem a importância da qual se reveste o potencial da bacia do Amazonas, a mais impor-Ministério de Minas e Energia

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