PNE 2030 - EPE
PNE 2030 - EPE PNE 2030 - EPE
56Plano Nacional de Energia 2030Excluir, liminarmente, esse potencial significa definir, desde logo, que uma parcela importante da demandapor energia elétrica no ano horizonte será atendida por outras fontes, não necessariamente mais competitivasque a opção hidrelétrica. De fato, dependendo do cenário macroeconômico considerado, pode-seestimar que o parque gerador de energia elétrica brasileiro em 2030 terá uma potência instalada entre 210 e250 mil MW. Isso significa uma potência incremental, em relação ao parque hoje existente, de 120 a 160 milMW. Esse número é muito maior que a disponibilidade de recursos hídricos restringida aprioristicamente emrazão de suas interferências ambientais.Ademais, é sabido que o conhecimento do potencial hidrelétrico carece de estudos mais detalhados. Nãoraro, tem ocorrido de se evoluir nas concepções de projetos com redução significativa das interferências ambientaissem, no entanto, redução expressiva de seu valor energético.Por fim, interferências ambientais são dinâmicas. A situação descrita reflete o estado atual de conhecimentoe compreensão dessas interferências. É verdade que poderá haver situações em que o desenvolvimentode uma região onde se localiza um certo potencial leve ao aumento de interferências. Mas, é verdade tambémque o conhecimento mais detalhado poderá indicar que as avaliações atuais estejam superdimensionadas.Por tudo isso, para efeito deste trabalho, não se descartou liminarmente nenhuma parcela do potencialpor essas interferências. Por outro lado, não se pode desconhecer que elas existem. O procedimento então foiformular hipóteses quanto à temporalidade do aproveitamento deste potencial, admitindo que maior nível deestudos, pesquisas e investigações possam indicar soluções ambiental e socialmente admissíveis para aproveitamentodo potencial. Pela mesma razão, excluiu-se, da avaliação do potencial de geração hidrelétrica, osrecursos ditos estimados, que correspondem a quase 20% dos recursos totais. E, ainda, arbitrou-se um índicemáximo de aproveitamento do potencial, tomando como benchmark o índice que já se observa hoje na baciado rio Paraná (70%).Em resumo, as hipóteses adotadas para avaliação do aproveitamento do potencial hidrelétrico brasileiroa longo prazo, foram:• potencial passível de ser aproveitado até 2015: indicações já consideradas no Plano Decenal de Expansãode Energia Elétrica 2006-2015 (EPE, 2006e);• aproveitamento do potencial da bacia do Amazonas:• passível de ser aproveitado até 2020: indicações apresentadas na seção 5.3 desta nota técnica, consideradassem restrições ambientais;• passível de ser aproveitado após 2020 e até 2030: demais indicações apresentadas na seção 5.3;• aproveitamento do potencial das demais bacias após 2015: evolução do índice de aproveitamento (calculadosobre o potencial total) até 70%, ao ritmo de 5% por períodos de 5 anos; e• aproveitamento do potencial estimado remanescente: não considerado no horizonte do estudo (2030)Em termos quantitativos, essas hipóteses compreendem a possibilidade de se chegar a uma potência hidrelétricade até 174 mil MW em 2030, conforme indicado na Tabela 24, e de uma evolução do índice de aproveitamentodo potencial hidrelétrico conforme indicado na Figura 29.Empresa de Pesquisa Energética
Geração Hidrelétrica57BaciaPotencialaproveitadoExpansão potencialaté 2015Tabela 24 – Potencial de geração dos recursos hídricos (MW)AmazonasTocantins/AraguaiaDemaisTotal835 12.198 64.744 77.77712.153 2.428 5.563 20.244Expansão potencial 2015-2020 16.943 1.600 5.000 23.543Expansão potencial 2020-2030 44.200 3.200 5.000 52.400Total 74.231 19.426 80.307 173.964Nota: 1) potencial aproveitado inclui usinas existentes em dezembro de 2005 e os aproveitamentos em construção ou com concessão outorgada; 2) valores consideram apenas50% da potência de aproveitamentos binacionais; 3) valores não incluem o potencial de pequenas centrais hidrelétricas.Figura 29 – Trajetória potencial do índice de aproveitamento dos recursos hidrelétricos nacionais80%60%40%Bacia do AmazonasTotalBacia do TocantinsDemais bacias20%0%Atual 2030É importante ressaltar que não se trata aqui de números do potencial que será efetivamente desenvolvido,mas sim daquele que será considerado como passível de aproveitamento nos estudos do PNE 2030. A indicaçãoda efetiva evolução da capacidade instalada hidrelétrica, ou de sua participação na matriz energéticabrasileira a longo prazo, será resultado da avaliação das estratégias para expansão da oferta. E, nessa avaliação,será examinada a possibilidade de otimização econômica dessa expansão, tendo em conta os custos dasdiferentes fontes de geração (investimento e combustível, quando for o caso), os custos da transmissão, custosinternalizados dos impactos ambientais, externalidades e outros aspectos de natureza estratégica, comoa dependência externa de energia, a capacitação da indústria nacional e etc.Ministério de Minas e Energia
- Page 6 and 7: Secretaria de Planejamento e Desenv
- Page 8 and 9: Conforme descrito também na NT “
- Page 10 and 11: Participantes daEmpresa de Pesquisa
- Page 13 and 14: Geração Hidrelétrica131. Introdu
- Page 15 and 16: Geração Hidrelétrica15No Brasil,
- Page 17 and 18: Geração Hidrelétrica17• 2.2. P
- Page 19 and 20: Geração Hidrelétrica19Figura 4 -
- Page 21 and 22: Geração Hidrelétrica21a 90.447 M
- Page 23 and 24: Geração Hidrelétrica23Figura 6 -
- Page 25 and 26: Geração Hidrelétrica25Figura 9 -
- Page 27 and 28: Geração Hidrelétrica27Quanto à
- Page 29 and 30: Geração Hidrelétrica29Chaves et
- Page 31 and 32: Geração Hidrelétrica31Figura 12
- Page 33 and 34: Geração Hidrelétrica33• Reserv
- Page 35 and 36: Geração Hidrelétrica35Figura 15
- Page 37 and 38: Geração Hidrelétrica37Na Tabela
- Page 39 and 40: Geração Hidrelétrica39Figura 17
- Page 41 and 42: Geração Hidrelétrica41Tabela 11
- Page 43 and 44: Geração Hidrelétrica43ParnaíbaE
- Page 45 and 46: Geração Hidrelétrica45Figura 22
- Page 47 and 48: Geração Hidrelétrica47Figura 23
- Page 49 and 50: Geração Hidrelétrica49Tabela 19
- Page 51 and 52: Geração Hidrelétrica51UruguaiO c
- Page 53 and 54: Geração Hidrelétrica53Nessa regi
- Page 55: Geração Hidrelétrica55em termos
- Page 59 and 60: Geração Hidrelétrica59• 7.3. A
- Page 61 and 62: Geração Hidrelétrica618. Referê
- Page 64 and 65: Participantes daEmpresa de Pesquisa
- Page 67 and 68: Geração Hidrelétrica671. Introdu
- Page 69 and 70: Geração Hidrelétrica69Conforme B
- Page 71 and 72: Geração Hidrelétrica71Figura 3 -
- Page 73 and 74: Geração Hidrelétrica73Também na
- Page 75 and 76: Geração Hidrelétrica75Figura 5 -
- Page 77 and 78: Geração Hidrelétrica77• 3.3. E
- Page 79 and 80: Geração Hidrelétrica79Figura 9 -
- Page 81 and 82: Geração Hidrelétrica81Figura 10
- Page 83 and 84: Geração Hidrelétrica83Tabela 4 -
- Page 85 and 86: Geração Hidrelétrica85Por fim, u
- Page 87 and 88: Geração Hidrelétrica87• 5.1. A
- Page 89 and 90: Geração Hidrelétrica89Figura 14
- Page 91 and 92: Geração Hidrelétrica91mento e pe
- Page 93 and 94: KELMAN, J. Metodologia de Cálculo
- Page 95: GERAÇÃO HIDRELÉTRICACARACTERIZA
- Page 98 and 99: 98Plano Nacional de Energia 2030Nes
- Page 100 and 101: 100Plano Nacional de Energia 2030
- Page 102 and 103: 102Plano Nacional de Energia 2030Fi
- Page 104 and 105: 104Plano Nacional de Energia 2030Ex
Geração Hidrelétrica57BaciaPotencialaproveitadoExpansão potencialaté 2015Tabela 24 – Potencial de geração dos recursos hídricos (MW)AmazonasTocantins/AraguaiaDemaisTotal835 12.198 64.744 77.77712.153 2.428 5.563 20.244Expansão potencial 2015-2020 16.943 1.600 5.000 23.543Expansão potencial 2020-<strong>2030</strong> 44.200 3.200 5.000 52.400Total 74.231 19.426 80.307 173.964Nota: 1) potencial aproveitado inclui usinas existentes em dezembro de 2005 e os aproveitamentos em construção ou com concessão outorgada; 2) valores consideram apenas50% da potência de aproveitamentos binacionais; 3) valores não incluem o potencial de pequenas centrais hidrelétricas.Figura 29 – Trajetória potencial do índice de aproveitamento dos recursos hidrelétricos nacionais80%60%40%Bacia do AmazonasTotalBacia do TocantinsDemais bacias20%0%Atual <strong>2030</strong>É importante ressaltar que não se trata aqui de números do potencial que será efetivamente desenvolvido,mas sim daquele que será considerado como passível de aproveitamento nos estudos do <strong>PNE</strong> <strong>2030</strong>. A indicaçãoda efetiva evolução da capacidade instalada hidrelétrica, ou de sua participação na matriz energéticabrasileira a longo prazo, será resultado da avaliação das estratégias para expansão da oferta. E, nessa avaliação,será examinada a possibilidade de otimização econômica dessa expansão, tendo em conta os custos dasdiferentes fontes de geração (investimento e combustível, quando for o caso), os custos da transmissão, custosinternalizados dos impactos ambientais, externalidades e outros aspectos de natureza estratégica, comoa dependência externa de energia, a capacitação da indústria nacional e etc.Ministério de Minas e Energia