PNE 2030 - EPE
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52Plano Nacional de Energia 2030Há grandes projetos hidrelétricos na região em construção e a implantar. Entre os que estão em construção,destacam-se Barra Grande (460 MW, em fase de motorização) e Campos Novos (880 MW). Foz doChapecó, com 855 MW, tem concessão outorgada, mas a construção ainda está por iniciar-se. Outros projetosde porte são: Itapiranga (580 MW), Pai Querê (292 MW), São Roque (214 MW) e Garibaldi (150 MW). Pelaimportância geo-econômica da bacia, o processo de licenciamento ambiental de empreendimentos tem sidolongo e envolvido amplas negociações. É sintomático que a primeira das avaliações ambientais integradasque a EPE está empenhada em realizar compreende a bacia do rio Uruguai, compromisso assumido pelo MMEno âmbito de um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC formalizado com o Ministério Público na esteira dolicenciamento ambiental da usina de Barra Grande.Há ainda um potencial importante, superior a 5.000 MW, no trecho binacional da bacia, entre o Brasil e aArgentina. O maior destaque tem sido dado ao complexo hidrelétrico de Garabi, com 1.800 MW, mas há tambémos aproveitamentos de Roncador (2.800 MW) e São Pedro (745 MW).A Tabela 21 resume as informações gerais sobre o potencial hidrelétrico dessa região hidrográfica. Nessequadro, é considerado 50% do potencial binacional.Tabela 21 – Região hidrográfica do Uruguai – potencial hidrelétrico (MW)Sub-bacia (*) Aproveitado Inventário Estimado Total %Chapecó 2.546 1.015 0 3.561 27,7Várzea 4 2.742 132 2.878 22,5Peixe 1.145 82 628 1.855 14,5Canoas 894 532 16 1.442 11,2Pelotas 460 707 204 1.371 10,7Ijuí 133 1.016 0 1.149 9,0Quaraí 0 372 0 372 2,9Ibicuí 0 16 172 188 1,5Total%5.18240,46.48250,61.1529,0(*) Há duas sub-bacias (rio Uruguai e outros e rio Uruguai, Negro e outros) para as quais não há indicação de potencial hidrelétrico.12.816100,0Nota: 1) potencial aproveitado inclui usinas existentes em dezembro de 2005 e os aproveitamentos em construção ou com concessão outorgada, a saber: BarraGrande (460 MW), São José (51 MW), Passo de São João (77 MW), Campos Novos (880 MW) e Foz do Chapecó (855 MW); e 2) inventário nesta tabela indica o nívelmínimo de estudo do qual foi objeto o potencial.100,0ParanáA bacia do Paraná, cujo curso principal é formado pelos rios Grande e Paranaíba e, a partir da confluênciade ambos, pelo rio Paraná, cobre uma extensa área de drenagem (no Brasil, são mais de 877.000 km 2 , ou 105do território nacional) e atravessa uma área de grande importância sócio-econômica. Evidência disto é a populaçãoque habita essa área, mais de 50 milhões de pessoas, ou 32% da população brasileira.As características dessa bacia, regime de águas (disponibilidade hídrica de 346,9 km 3 /ano), e declividade,fazem dela uma das mais importantes em termos de potencial hidrelétrico: são quase 58.000 MW (22%do potencial nacional). O desenvolvimento econômico da região explica porque é, das regiões hidrográficasbrasileiras, a que apresenta o maior índice de aproveitamento desse potencial (mais de 72%, contra a médianacional de pouco mais de 30%).Assim, se é importante hoje pelo seu potencial hidrelétrico, essa bacia perde essa importância relativadentro de uma perspectiva de longo prazo em razão desse elevado índice de aproveitamento já realizado.Empresa de Pesquisa Energética
Geração Hidrelétrica53Nessa região hidrográfica, cuja representação cartográfica pode ser vista na Figura 27, encontram-se muitasdas principais hidrelétricas brasileiras, incluindo a usina binacional de Itaipu, com 14.000 MW. A partir deItaipu, o rio Paraná corre fora do território brasileiro.Figura 27 – Região hidrográfica do ParanáFonte: ANA, 2005.A Tabela 22 resume as informações gerais sobre o potencial hidrelétrico dessa região hidrográfica. Nessequadro, é considerado 50% do potencial binacional.Tabela 22 – Região hidrográfica do Paraná – potencial hidrelétrico (MW)Sub-bacia Aproveitado Inventário Estimado Total %Paranapanema 9.467 4.864 968 15.299 26,5Paranaíba 8.733 1.613 2.261 12.607 21,8Iguaçu 7.360 1.654 793 9.807 17,0Grande 7.722 1.152 749 9.623 16,6Tietê 5.385 115 198 5.698 9,9Pardo 3.029 1.344 394 4.767 8,2Total%41.69672,110.74218,65.3639,357.801100,0Nota: 1) potencial aproveitado inclui usinas existentes em dezembro de 2005 e os aproveitamentos em construção ou com concessão outorgada, que, conforme o PDEE 2006-2015 (EPE, 2006e), somam 2.933 MW; e 2) inventário nesta tabela indica o nível mínimo de estudo do qual foi objeto o potencial.Fonte: ANA, 2005.100,0Ministério de Minas e Energia
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Geração Hidrelétrica53Nessa região hidrográfica, cuja representação cartográfica pode ser vista na Figura 27, encontram-se muitasdas principais hidrelétricas brasileiras, incluindo a usina binacional de Itaipu, com 14.000 MW. A partir deItaipu, o rio Paraná corre fora do território brasileiro.Figura 27 – Região hidrográfica do ParanáFonte: ANA, 2005.A Tabela 22 resume as informações gerais sobre o potencial hidrelétrico dessa região hidrográfica. Nessequadro, é considerado 50% do potencial binacional.Tabela 22 – Região hidrográfica do Paraná – potencial hidrelétrico (MW)Sub-bacia Aproveitado Inventário Estimado Total %Paranapanema 9.467 4.864 968 15.299 26,5Paranaíba 8.733 1.613 2.261 12.607 21,8Iguaçu 7.360 1.654 793 9.807 17,0Grande 7.722 1.152 749 9.623 16,6Tietê 5.385 115 198 5.698 9,9Pardo 3.029 1.344 394 4.767 8,2Total%41.69672,110.74218,65.3639,357.801100,0Nota: 1) potencial aproveitado inclui usinas existentes em dezembro de 2005 e os aproveitamentos em construção ou com concessão outorgada, que, conforme o PDEE 2006-2015 (<strong>EPE</strong>, 2006e), somam 2.933 MW; e 2) inventário nesta tabela indica o nível mínimo de estudo do qual foi objeto o potencial.Fonte: ANA, 2005.100,0Ministério de Minas e Energia