PNE 2030 - EPE
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28Plano Nacional de Energia 2030Tabela 4 – Turbinas bulbo: projetos de referênciaUsina Localização Queda líquida Potência unitáriaTadami Japão 20,7m 65,8 MWLingjintan China 13,2m 34,0 MWHongjiang China 27,3m 45,6 MWFonte: Hitachi, 2006.Figura 11 – Modelo da turbina a bulbo da usina de Tadami (Japão)Fonte: Hitachi, 2006.• 3.3. Recapacitação e modernizaçãoO grande impulso da expansão hidrelétrica no Brasil ocorreu entre os anos 70 e 90, portanto há mais de20 anos. De fato, cerca de dois terços da capacidade instalada existente ao final de 2004 já estava em operaçãoantes de 1990 (EPE, 2005). Ao longo do horizonte do estudo (2030) esse “envelhecimento” do parquehidrelétrico nacional tende a se converter em uma preocupação nova no país.Não por acaso, uma ação que vem crescentemente despertado a atenção e merecido estudos específicos éa de recapacitação e modernização das usinas hidrelétricas existentes. Além de revitalizar os equipamentosmecânicos, ações nessa direção constituem uma oportunidade para auferir ganhos de rendimento.Santos, Coelho e Dias (1999) citam alguns resultados práticos, com ganhos em potência ativa, em relaçãoà capacidade original, de 5 a 60% , estimulando os autores a propor uma metodologia geral de avaliação daviabilidade da recapacitação e modernização de usinas hidráulicas .São citados (p. 6) 10 projetos, com entrada em operação inicial de 1925 a 1964 e recapacitação e modernização realizada na década de 80, em que foram feitas trocase/ou adequações de enrolamentos e sistema de ventilação dos geradores.Os autores propõem um índice para avaliação da condição da unidade levando em conta idade, custos de operação e manutenção, extensão da vida útil, produtividadee flexibilidade de operação.Empresa de Pesquisa Energética
Geração Hidrelétrica29Chaves et alii (1997) apresentam um estudo da CESP, desenvolvido com o objetivo de avaliar alternativaspara minimizar o risco de déficit na ponta, para a repotenciação de algumas máquinas. Os resultadosindicados são considerados bons, tendo em vista o baixo custo e reduzido tempo de implantação de projetosdessa natureza.Bermann et alii (2004) são bastante otimistas e estimam ganhos de 868 a 8.093 MW no parque hidrelétricobrasileiro com a repotenciação de usinas com mais de 20 anos de operação, com investimentos entreR$200 e R$600/kW instalado.É inegável que a recapacitação e a modernização do parque existente é uma ação necessária. Deve-se terem vista, contudo, que seu principal benefício, não negligenciável, por suposto, é a recuperação e a manutençãoda produção da instalação. Ganhos de energia são marginais, até porque, como já assinalado, o rendimentoda conversão de energia na hidreletricidade é, já, bastante elevado. Isso quer dizer que ações de recapacitaçãoe modernização de usinas existentes não configuram alternativa relevante para compor a expansãoda oferta de energia elétrica no país. Com efeito, não agregam energia “nova” em volumes significativos.• 3.4. TransmissãoConforme já assinalado, também na transmissão há aspectos tecnológicos relevantes a serem incluídosna agenda dos estudos do planejamento a longo prazo do setor energético, especialmente quando se tem emvista o aproveitamento do potencial hidrelétrico da Amazônia. Alternativas tecnológicas como as linhas depotência naturalmente elevada (LPNE) ou a transmissão em corrente contínua, cuja experiência brasileiraestá restrita ao sistema de transmissão de Itaipu, constituem opções reais com potencial de redução do custounitário da energia transportada. No âmbito do PNE 2030, a relevância do tema justificou um estudo específicoem elaboração pela EPE, em que o assunto é examinado com maior detalhe, razão pela ficou excluído dapresente nota técnica.4. Aspectos socioambientaisO desenvolvimento do potencial hidrelétrico brasileiro está condicionado, de certa forma, pelos seuspossíveis impactos socioambientais em razão da “maior parte do potencial hidrelétrico hoje remanescenteestar localizado em áreas de condições socioambientais delicadas, por suas interferências sobre territóriosindígenas, sobretudo na Amazônia, nas áreas de preservação e nos recursos florestais, ou em áreas bastanteinfluenciadas por ocupações antrópicas” (ANA, 2005, p.1). Por isso, são “fundamentais os estudos e equacionamentosassociados aos usos múltiplos e, eventualmente, concorrenciais desses recursos hídricos, em suasfeições socioeconômicas, ambientais e estratégicas, relativas à pesca, abastecimento urbano, saneamentobásico, irrigação, transporte, uso industrial, lazer e etc.” (idem).Assim, os impactos ambientais das hidrelétricas têm natureza bem diversa dos das termelétricas. As térmicasque usam combustíveis fósseis impactam, principalmente, o ar e o clima global, na medida das emissõesde gases de efeito estufa e de óxidos de nitrogênio e enxofre, além de particulados, que produzem. Asusinas nucleares precisam cuidar da segurança e da disposição dos resíduos; as hidrelétricas precisam inserirsena economia local, de modo a permitir o uso múltiplo da água e minimizar os impactos ambientais.Ministério de Minas e Energia
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Geração Hidrelétrica29Chaves et alii (1997) apresentam um estudo da CESP, desenvolvido com o objetivo de avaliar alternativaspara minimizar o risco de déficit na ponta, para a repotenciação de algumas máquinas. Os resultadosindicados são considerados bons, tendo em vista o baixo custo e reduzido tempo de implantação de projetosdessa natureza.Bermann et alii (2004) são bastante otimistas e estimam ganhos de 868 a 8.093 MW no parque hidrelétricobrasileiro com a repotenciação de usinas com mais de 20 anos de operação, com investimentos entreR$200 e R$600/kW instalado.É inegável que a recapacitação e a modernização do parque existente é uma ação necessária. Deve-se terem vista, contudo, que seu principal benefício, não negligenciável, por suposto, é a recuperação e a manutençãoda produção da instalação. Ganhos de energia são marginais, até porque, como já assinalado, o rendimentoda conversão de energia na hidreletricidade é, já, bastante elevado. Isso quer dizer que ações de recapacitaçãoe modernização de usinas existentes não configuram alternativa relevante para compor a expansãoda oferta de energia elétrica no país. Com efeito, não agregam energia “nova” em volumes significativos.• 3.4. TransmissãoConforme já assinalado, também na transmissão há aspectos tecnológicos relevantes a serem incluídosna agenda dos estudos do planejamento a longo prazo do setor energético, especialmente quando se tem emvista o aproveitamento do potencial hidrelétrico da Amazônia. Alternativas tecnológicas como as linhas depotência naturalmente elevada (L<strong>PNE</strong>) ou a transmissão em corrente contínua, cuja experiência brasileiraestá restrita ao sistema de transmissão de Itaipu, constituem opções reais com potencial de redução do custounitário da energia transportada. No âmbito do <strong>PNE</strong> <strong>2030</strong>, a relevância do tema justificou um estudo específicoem elaboração pela <strong>EPE</strong>, em que o assunto é examinado com maior detalhe, razão pela ficou excluído dapresente nota técnica.4. Aspectos socioambientaisO desenvolvimento do potencial hidrelétrico brasileiro está condicionado, de certa forma, pelos seuspossíveis impactos socioambientais em razão da “maior parte do potencial hidrelétrico hoje remanescenteestar localizado em áreas de condições socioambientais delicadas, por suas interferências sobre territóriosindígenas, sobretudo na Amazônia, nas áreas de preservação e nos recursos florestais, ou em áreas bastanteinfluenciadas por ocupações antrópicas” (ANA, 2005, p.1). Por isso, são “fundamentais os estudos e equacionamentosassociados aos usos múltiplos e, eventualmente, concorrenciais desses recursos hídricos, em suasfeições socioeconômicas, ambientais e estratégicas, relativas à pesca, abastecimento urbano, saneamentobásico, irrigação, transporte, uso industrial, lazer e etc.” (idem).Assim, os impactos ambientais das hidrelétricas têm natureza bem diversa dos das termelétricas. As térmicasque usam combustíveis fósseis impactam, principalmente, o ar e o clima global, na medida das emissõesde gases de efeito estufa e de óxidos de nitrogênio e enxofre, além de particulados, que produzem. Asusinas nucleares precisam cuidar da segurança e da disposição dos resíduos; as hidrelétricas precisam inserirsena economia local, de modo a permitir o uso múltiplo da água e minimizar os impactos ambientais.Ministério de Minas e Energia