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PNE 2030 - EPE

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Geração Hidrelétrica27Quanto à geração, a morfologia da região amazônica, onde se concentra a maior do potencial hidrelétricobrasileiro a aproveitar, sugere usinas hidrelétricas de baixa queda e elevada vazão turbinada. Isso significa aaplicação de turbinas de um tipo pouco comum no sistema brasileiro. E ainda: significa potências unitáriaselevadas para esse tipo de turbina.Além disso, ainda no campo da geração, há a questão da recapacitação e modernização de usinas existentes,idéia que ganha força na medida do avanço cronológico dos equipamentos em operação.Da mesma forma, aspectos tecnológicos são também relevantes na questão da transmissão quando se temem vista o aproveitamento do potencial hidrelétrico da Amazônia. Com efeito, a floresta e as grandes distânciasenvolvidas entre os sítios de geração e os mercados consumidores de maior magnitude descortinam o usode tecnologias que permitam maximizar o volume de energia transportado, travessias de rios ou sítios quepoderão exigir grandes vãos de linha e torres de grande altura, para minimizar impactos sobre o meio físico.• 3.2. Turbinas bulboTradicionalmente, são utilizadas em aproveitamentos hidrelétricos de baixa queda (10 a 70m), turbinasdo tipo Kaplan, de reação, assim classificadas porque há queda de pressão no rotor (GE, 2006). Também sãoadequadas à baixa queda as turbinas do tipo “bulbo”, que já podem atingir, hoje, mais de 50 MW de potênciaunitária (GE, 2006). Ainda conforme a GE, são turbinas usadas em locais com quedas de 5 a 20m. Outro fabricante,a Hitachi Ltd. (2006) indica que podem ser usadas em quedas de até 40m e podem atingir potência deaté 100 MW.Turbinas “bulbo” parecem ser as mais adequadas para vários aproveitamentos na Amazônia brasileira,onde há baixa queda e grande fluxo de água. Por serem tipicamente turbinas de fluxo, com gerador incorporado,permitiriam minimizar a área alagada . Turbinas deste tipo são largamente encontradas em aproveitamentoshidrelétricos de baixa queda da Austrian Hydro Power.Ocorre que a vazão nos rios amazônicos por vezes é tão grande que, mesmo em sítios de baixa queda, apotência unitária tende a ser muito elevada. É o caso, por exemplo, das usinas de Santo Antonio e Jirau, emestudo no rio Madeira, em Rondônia, cujas características gerais são apresentadas na Tabela 3.Tabela 3 – Usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, rio MadeiraItem Santo Antonio JirauQueda líquida, m 13,9 15,9Potência unitária, MW 71,6 75,0Número de unidades 44 44Potência total, MW 3.150,4 3.300,0Fonte: <strong>EPE</strong>Note-se que, em ambos os casos, a potência unitária é superior a 70 MW, o que indica um desafio tecnológicoa ser enfrentado. De fato, as referências mundiais disponíveis (ver Tabela 4) apontam uma potênciamáxima unitária de 65,8 MW, na usina de Tadami, no Japão, cujo modelo é apresentado na Figura 11.No projeto das hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira, a relação área alagada por potência instalada desses aproveitamentos é calculada em 0,11 km2/MW (<strong>EPE</strong>, 2006e)Ministério de Minas e Energia

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