PNE 2030 - EPE

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12.07.2015 Views

118Plano Nacional de Energia 2030Tabela 6 - Composição atual dos custosItem de custo % do Custo total % do Custo diretoCusto direto 85,5% 100%Meio ambiente 13,3% 15,6%Obras civis 40,6% 47,5%Equipamentos 31,6% 36,9%Custo indireto 14,5% 16,9%Custo total 100,0% 116,9%50Figura 13 – Decomposição do custo de investimento em projetos hidrelétricos40% do custo total3020100M Ambiente O Civis Equip IndiretoDécada 80HojeFonte: EPE.• 4.2. Custo de investimentoPor razões já expostas nesta nota técnica, é muito difícil estabelecer um valor que possa ser tomado comoinvestimento típico em um projeto hidrelétrico. Muito mais do que em qualquer outra forma convencional deprodução de energia elétrica, o custo da geração no caso da hidreletricidade depende diretamente do localonde se situa o aproveitamento e, ainda, do potencial disponível. O local condiciona o arranjo e a complexidadeambiental, portanto o custo das obras civis e de meio ambiente. O potencial (vazão e queda) determina,em grande medida, o dimensionamento dos equipamentos permanentes principais e, portanto, seu custo.Empresa de Pesquisa Energética

Geração Hidrelétrica119Com relação ao custo de investimento em hidrelétricas, as referências consistentes mais remotas disponíveisno Brasil são dos estudos da CANAMBRA 15 (1967 apud P. Erber, sem data). No relatório final de 1967, oconsórcio estimava os custos para instalação de usinas hidrelétricas na bacia do Rio Paraná, apresentados naTabela 7.Tabela 7 – Custo de instalação de hidrelétricas no Brasil (década de 60)Bacia/UsinaPotência firme Custo de geração Custo de instalaçãoMW US$/MWh (1) US$/kW (2)Alto Rio Grande 1.838 5,07 242Baixo Rio Grande (3) 2.932 4,83 231Bacia do Paranaíba 3.536 5,50 263Bacia do Tibagi 990 7,47 357Ilha Solteira 1.708 5,46 261Ilha Grande 2.698 5,27 252Total (4) 13.702 5,39 257Nota: (1) inclui transmissão associada; (2) calculado a partir do custo de geração, considerando fator de capacidade de 55%, taxa de desconto de 10% ao ano e vida útil de 50 anos; (3)Usinas de Marimbondo, Água Vermelha; e (4) Para os custos de geração e de instalação, corresponde à média ponderada pela potência firme.Fonte: CANAMBRA, 1967, apud P. ErberMesmo remotas, essas referências se revelam importantes, como se verá adiante. Para atualizá-las adotou-seum procedimento muito simples. Considerou-se a variação do índice de preços de turbinas e geradoresdo U.S. Bureau of Reclamation 16 . Conforme relatório do US Army Corps of Engineers (2000), esse índicecresceu, entre 1967 e 2005, 5,56 vezes. Assim, a média do custo de instalação das usinas investigadas pelaCANAMBRA, e, na sua grande maioria, já construídas, equivaleria, em moeda atual, a algo em torno de US$1.430/kW, com variações entre US$ 1.280 e US$ 1.980/kW.A relevância dessa referência é conferida, de um lado, pela consistência e qualidade do trabalho da CA-NAMBRA e, de outro, pela robustez que apresenta na comparação com referências atuais, não obstante aprecariedade do método de atualização monetária empregado.Com efeito, tomando como referência o citado conjunto de 17 usinas que vinham buscando a habilitaçãotécnica para o leilão de energia nova realizado em dezembro de 2005, encontra-se um valor médiode R$ 3.000/kW, exclusive os custos de conexão, com dispersão significativa, entre R$ 2.350/kW e R$3.900/kW. Os custos de conexão, para tal conjunto de usinas, foram estimados no valor médio R$ 250/kW,admitido um intervalo significativo de R$ 140/kW e R$ 350/kW. Ao câmbio atual 17 , o custo de instalaçãodessas usinas equivale, em média, a US$ 1.470/kW e US$ 1.360/kW, respectivamente com e sem os custosda transmissão associada.15 CANAMBRA é a sigla pela qual foi identificado e ficou nacionalmente conhecido o consórcio de consultores canadenses, norte-americanos e brasileiros que desenvolveu,nos anos 60, ampla investigação do potencial hidrelétrico das Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil.16 O índice de preços de turbinas e geradores do Bureau of Reclamation, uma entidade vinculada ao U.S. Department of the Interior, até hoje é utilizado como referência para medira variação no custo de usinas hidrelétricas. O procedimento para atualização de custos adotado é bastante simples. Porém, a magnitude do período, as vicissitudes da economiabrasileira nesses 40 anos, o próprio conceito de paridade do poder de compra utilizado pela CANAMBRA para avaliar a taxa de câmbio, desautorizam que se busque procedimentosmais complexos.17 Câmbio de US$ 1.00 = R$ 2,20.Ministério de Minas e Energia

Geração Hidrelétrica119Com relação ao custo de investimento em hidrelétricas, as referências consistentes mais remotas disponíveisno Brasil são dos estudos da CANAMBRA 15 (1967 apud P. Erber, sem data). No relatório final de 1967, oconsórcio estimava os custos para instalação de usinas hidrelétricas na bacia do Rio Paraná, apresentados naTabela 7.Tabela 7 – Custo de instalação de hidrelétricas no Brasil (década de 60)Bacia/UsinaPotência firme Custo de geração Custo de instalaçãoMW US$/MWh (1) US$/kW (2)Alto Rio Grande 1.838 5,07 242Baixo Rio Grande (3) 2.932 4,83 231Bacia do Paranaíba 3.536 5,50 263Bacia do Tibagi 990 7,47 357Ilha Solteira 1.708 5,46 261Ilha Grande 2.698 5,27 252Total (4) 13.702 5,39 257Nota: (1) inclui transmissão associada; (2) calculado a partir do custo de geração, considerando fator de capacidade de 55%, taxa de desconto de 10% ao ano e vida útil de 50 anos; (3)Usinas de Marimbondo, Água Vermelha; e (4) Para os custos de geração e de instalação, corresponde à média ponderada pela potência firme.Fonte: CANAMBRA, 1967, apud P. ErberMesmo remotas, essas referências se revelam importantes, como se verá adiante. Para atualizá-las adotou-seum procedimento muito simples. Considerou-se a variação do índice de preços de turbinas e geradoresdo U.S. Bureau of Reclamation 16 . Conforme relatório do US Army Corps of Engineers (2000), esse índicecresceu, entre 1967 e 2005, 5,56 vezes. Assim, a média do custo de instalação das usinas investigadas pelaCANAMBRA, e, na sua grande maioria, já construídas, equivaleria, em moeda atual, a algo em torno de US$1.430/kW, com variações entre US$ 1.280 e US$ 1.980/kW.A relevância dessa referência é conferida, de um lado, pela consistência e qualidade do trabalho da CA-NAMBRA e, de outro, pela robustez que apresenta na comparação com referências atuais, não obstante aprecariedade do método de atualização monetária empregado.Com efeito, tomando como referência o citado conjunto de 17 usinas que vinham buscando a habilitaçãotécnica para o leilão de energia nova realizado em dezembro de 2005, encontra-se um valor médiode R$ 3.000/kW, exclusive os custos de conexão, com dispersão significativa, entre R$ 2.350/kW e R$3.900/kW. Os custos de conexão, para tal conjunto de usinas, foram estimados no valor médio R$ 250/kW,admitido um intervalo significativo de R$ 140/kW e R$ 350/kW. Ao câmbio atual 17 , o custo de instalaçãodessas usinas equivale, em média, a US$ 1.470/kW e US$ 1.360/kW, respectivamente com e sem os custosda transmissão associada.15 CANAMBRA é a sigla pela qual foi identificado e ficou nacionalmente conhecido o consórcio de consultores canadenses, norte-americanos e brasileiros que desenvolveu,nos anos 60, ampla investigação do potencial hidrelétrico das Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil.16 O índice de preços de turbinas e geradores do Bureau of Reclamation, uma entidade vinculada ao U.S. Department of the Interior, até hoje é utilizado como referência para medira variação no custo de usinas hidrelétricas. O procedimento para atualização de custos adotado é bastante simples. Porém, a magnitude do período, as vicissitudes da economiabrasileira nesses 40 anos, o próprio conceito de paridade do poder de compra utilizado pela CANAMBRA para avaliar a taxa de câmbio, desautorizam que se busque procedimentosmais complexos.17 Câmbio de US$ 1.00 = R$ 2,20.Ministério de Minas e Energia

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