PNE 2030 - EPE

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12.07.2015 Views

116Plano Nacional de Energia 2030• relocações de populações, compreendendo indenizações, aquisições de terras e benfeitorias para aimplantação de projetos de reassentamento rural e relocação de cidades e vilas, incluindo obras de infra-estruturae equipamentos sociais coletivos requeridos em cada caso;• recomposição ou relocação da infra-estrutura regional;• programas físico-bióticos referentes a compensação por danos aos ecossistemas atingidos, destacando-sea implantação de Unidade de Conservação, conforme determinado pela legislação;• custo dos estudos ambientais; e• custo de limpeza da área do reservatório.Ressalte-se que a discriminação dos custos ambientais foi aqui simplificada. Existem, por certo, outrosprogramas ambientais que, conforme o caso, poderão assumir valores expressivos. A título de exemplo,citam-se, entre outros, programas de relocação e apoio a comunidades indígenas ou outros grupos étnicosprotegidos por lei; de infra-estrutura econômica e social isolada; de salvamento de elementos do patrimôniohistórico e arqueológico e de usos múltiplos do reservatório.O item “obras civis” compreende, basicamente:• execução de benfeitorias na área da usina;• execução das obras civis da casa de força;• construção da vila de operadores• execução do desvio do rio;• construção da barragem;• construção do vertedouro;• construção das estradas de acesso;• relocação de estradas e pontes;• construção de aeroportoPor fim, no item “equipamentos”, reúnem os custos de aquisições e montagem das turbinas, geradores,pontes rolantes, guindastes, comportas, condutos forçados, entre outros.Tradicionalmente, na composição dos custos de investimento de um projeto hidrelétrico, utiliza-se comoreferência o que se convencionou chamar de Orçamento Padrão da Eletrobrás – OPE. O OPE estabelece um sistemade contas e sub-contas padronizadas que permite a composição dos custos e facilita a comparação deprojetos. A correspondência entre os três itens globais acima enunciados e o OPE é, basicamente, a seguinte:Tabela 4 - Composição de custos - OPEItem globalMeio ambienteObras civisEquipamentosConta do OPE.10 Terrenos, servidões e outras ações ambientais.11 Estruturas e outras benfeitorias incluindo casa de força.12 Barragens, adutoras e vertedouros.16 Estradas de rodagem, de ferro e pontes.13 Turbinas e geradores.14 Equipamento elétrico acessório.15 Diversos equipamentos da usinaEmpresa de Pesquisa Energética

Geração Hidrelétrica117Além dessas, o OPE prevê ainda a conta “.17”, que engloba os custos indiretos, tais como canteiro e acampamento,engenharia, administração do proprietário, entre outros.Da mesma forma, há parcelas das contas “.12” que devem ser apropriadas ao item de custo “equipamento”.Contudo, a simplificação feita não prejudica a análise de caracterização econômica de um projetohidrelétrico.A proporção de cada item de custo no custo total (investimento) de um projeto hidrelétrico é função diretada solução de engenharia para o aproveitamento do potencial e de sua complexidade ambiental. Assim,o estabelecimento de uma composição típica, mesmo sendo de utilidade para a análise de projetos hidrelétricos,deve ser sempre vista com a devida cautela, uma vez que situações específicas podem afetar de modosignificativo a proporção de cada item de custo na formação do custo total.O desenvolvimento do potencial hidrelétrico brasileiro experimentou avanço extraordinário nas décadasde 70 e 80. Referências disponíveis sobre esse período indicavam a seguinte composição do custo de investimentopara um projeto hidrelétrico típico, considerada a composição mais agregada enunciada na seçãoprecedente (GUERREIRO e ALVES, 1986):Tabela 5 - Composição histórica dos custosItem de custo % do Custo total % do Custo diretoCusto direto 73% 100%Meio ambiente 8% 11%Obras civis 40% 55%Equipamentos 25% 34%Custo indireto 27% 37%Custo total 100% 137%Atualmente, esse quadro está qualitativamente diferente, especialmente em razão das crescentes demandasambientais, resultando em um crescimento da importância relativa do item “meio ambiente” e do aumentono preço de equipamentos e seus componentes e materiais.Entre as referências mais atuais disponíveis estão os orçamentos dos projetos hidrelétricos que vinhambuscando a habilitação técnica, junto à EPE, com vistas à participação no 1º leilão de energia nova já sob onovo ordenamento institucional do setor elétrico. Esse conjunto de usinas compreende 17 projetos 14 , localizadosem todas as regiões do país, exclusive o Nordeste, e totaliza uma potência pouco maior que 2.790 MW.Com todas as limitações que um conjunto de projetos assim restrito traz à análise, a consolidação de seusorçamentos, apresentada a seguir, ratifica essa mudança qualitativa. A Figura 13 permite a comparação visualda alteração na estrutura do custo de investimento em hidrelétricas.14 São eles: Licitados em 2005 – Passo de São João e São José, no Rio Grande do Sul; Foz do Rio Claro, em Goiás; Paulistas, entre Goiás e Minas Gerais; Retiro Baixo eBaguari, em Minas Gerais; e Simplício, entre Minas Gerais e Rio de Janeiro. A licitar – Mauá, Salto Grande, Baixo Iguaçu e Telêmaco Borba, no Paraná; Barra do Pomba eCambuci, no Rio de Janeiro; Dardanelos, no Mato Grosso; Itaguaçu e Mirador, em Goiás; e Ipueiras, no Tocantins.Ministério de Minas e Energia

Geração Hidrelétrica117Além dessas, o OPE prevê ainda a conta “.17”, que engloba os custos indiretos, tais como canteiro e acampamento,engenharia, administração do proprietário, entre outros.Da mesma forma, há parcelas das contas “.12” que devem ser apropriadas ao item de custo “equipamento”.Contudo, a simplificação feita não prejudica a análise de caracterização econômica de um projetohidrelétrico.A proporção de cada item de custo no custo total (investimento) de um projeto hidrelétrico é função diretada solução de engenharia para o aproveitamento do potencial e de sua complexidade ambiental. Assim,o estabelecimento de uma composição típica, mesmo sendo de utilidade para a análise de projetos hidrelétricos,deve ser sempre vista com a devida cautela, uma vez que situações específicas podem afetar de modosignificativo a proporção de cada item de custo na formação do custo total.O desenvolvimento do potencial hidrelétrico brasileiro experimentou avanço extraordinário nas décadasde 70 e 80. Referências disponíveis sobre esse período indicavam a seguinte composição do custo de investimentopara um projeto hidrelétrico típico, considerada a composição mais agregada enunciada na seçãoprecedente (GUERREIRO e ALVES, 1986):Tabela 5 - Composição histórica dos custosItem de custo % do Custo total % do Custo diretoCusto direto 73% 100%Meio ambiente 8% 11%Obras civis 40% 55%Equipamentos 25% 34%Custo indireto 27% 37%Custo total 100% 137%Atualmente, esse quadro está qualitativamente diferente, especialmente em razão das crescentes demandasambientais, resultando em um crescimento da importância relativa do item “meio ambiente” e do aumentono preço de equipamentos e seus componentes e materiais.Entre as referências mais atuais disponíveis estão os orçamentos dos projetos hidrelétricos que vinhambuscando a habilitação técnica, junto à <strong>EPE</strong>, com vistas à participação no 1º leilão de energia nova já sob onovo ordenamento institucional do setor elétrico. Esse conjunto de usinas compreende 17 projetos 14 , localizadosem todas as regiões do país, exclusive o Nordeste, e totaliza uma potência pouco maior que 2.790 MW.Com todas as limitações que um conjunto de projetos assim restrito traz à análise, a consolidação de seusorçamentos, apresentada a seguir, ratifica essa mudança qualitativa. A Figura 13 permite a comparação visualda alteração na estrutura do custo de investimento em hidrelétricas.14 São eles: Licitados em 2005 – Passo de São João e São José, no Rio Grande do Sul; Foz do Rio Claro, em Goiás; Paulistas, entre Goiás e Minas Gerais; Retiro Baixo eBaguari, em Minas Gerais; e Simplício, entre Minas Gerais e Rio de Janeiro. A licitar – Mauá, Salto Grande, Baixo Iguaçu e Telêmaco Borba, no Paraná; Barra do Pomba eCambuci, no Rio de Janeiro; Dardanelos, no Mato Grosso; Itaguaçu e Mirador, em Goiás; e Ipueiras, no Tocantins.Ministério de Minas e Energia

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