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Daiane Solange Stoeberl da Cunha - Programa de Pós-Graduação ...

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64... propensão <strong>de</strong> uma práxis pe<strong>da</strong>gógica que se opõe ao discurso <strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> doobjeto <strong>da</strong> ciência e expressa o juízo <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> que a produção científica não po<strong>de</strong>se afastar do compromisso <strong>de</strong> combater sua própria fetichização, auxiliando, aobtenção <strong>de</strong> uma vi<strong>da</strong> mais digna e menos injusta. (ZUIN, 1999, p. 131)Desse modo, uma proposta <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores na perspectiva <strong>da</strong>emancipação, situa-se com clareza, diante <strong>da</strong>s teorias que lhe são apresenta<strong>da</strong>s,nos pressupostos <strong>da</strong> teoria crítica. Na análise realiza<strong>da</strong> por Geuss (1988, p.8) doque é a Teoria Crítica, ele afirma que ”O nome geral <strong>da</strong>do a este novo tipo <strong>de</strong> teoria<strong>de</strong> que o Marxismo e a psicanálise são as duas principais instâncias é teoria crítica”.Referindo-se ao pensamento <strong>da</strong> Escola sobre a importância <strong>de</strong> Freud e <strong>de</strong> suateoria, consi<strong>de</strong>rando-o um revolucionário conceitual mais ou menos no sentido <strong>de</strong>Marx, e que a psicanálise e o Marxismo, do ponto <strong>de</strong> vista filosófico, apresentamfortes similari<strong>da</strong><strong>de</strong>s “duas instâncias <strong>de</strong> um mesmo novo tipo <strong>de</strong> teoria”.A Teoria Crítica po<strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> como sociologia crítica, contudo vaialém <strong>da</strong> sociologia como disciplina, pois, não só tem um fato social como objeto <strong>de</strong>análise, como revela a questão <strong>de</strong> saber o que pertence ao social e o que pertenceàs questões <strong>de</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>. As teorias críticas trazem à ciência o que nela nãopo<strong>de</strong> faltar: a reflexão sobre si e crítica à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> existente, o que a diferencia <strong>da</strong>steorias <strong>da</strong>s ciências naturais, <strong>de</strong> maneira essencial:Os membros <strong>da</strong> Escola <strong>de</strong> Frankfurt fazem uma níti<strong>da</strong> distinção entre teoriascientíficas e teorias críticas. Estes dois tipos <strong>de</strong> teorias são tidos como diferentes emtrês importantes dimensões. Primeiro, elas diferem em seu propósito ou fim, e, porconseguinte, na maneira pela qual os agentes possam utilizá-las ou a elas recorrer (...)diferem em sua lógica ou cognitiva (...) diferem quanto ao tipo <strong>de</strong> evidência que seriarelevante para <strong>de</strong>terminar se elas são cognitivamente aceitas ou não... (GEUSS, 1988,p. 91)As teorias científicas são objetificantes, ou seja, teorias acerca <strong>de</strong> objetosdiferentes <strong>de</strong>la mesma, e a teoria crítica é, além disso, acerca <strong>da</strong>s próprias teoriassociais, assim se torna reflexiva e auto-referente, pois é, em parte, a respeito <strong>de</strong> simesma. A intenção <strong>da</strong>s teorias críticas, diferente <strong>da</strong>s objetificantes, não preten<strong>de</strong>mapenas proporcionar informações sobre a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, elas também preten<strong>de</strong>mfornecer critérios para que se avalie a própria crítica e as informações apresenta<strong>da</strong>spor ela. Dessa forma, po<strong>de</strong>-se afirmar que é por meio <strong>da</strong>s teorias críticas que se

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