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Daiane Solange Stoeberl da Cunha - Programa de Pós-Graduação ...

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63O i<strong>de</strong>al iluminista, <strong>de</strong> que, por meio <strong>da</strong> razão, é possível libertar o homem <strong>da</strong>pressão <strong>da</strong> ignorância, buscando a consciência e, assim, a ação transformadora nasocie<strong>da</strong><strong>de</strong> conserva-se presente na Teoria Crítica e po<strong>de</strong> ser analisa<strong>da</strong> <strong>de</strong> acordocom Freitag (1990), em três momentos distintos dos trabalhos <strong>da</strong> Escola <strong>de</strong>Frankfurt.Num primeiro momento, no início do Instituto até a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 30, aparecemcom mais evidência a articulação entre as dimensões <strong>da</strong> negativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> dialética e<strong>de</strong> sua superação. Horkheimer <strong>de</strong>nuncia a alienação <strong>da</strong> ciência e a técnicapositivista que está centra<strong>da</strong> na razão instrumental. “A essência <strong>da</strong> dialética doesclarecimento consiste em mostrar como a razão abrangente e humanística, postaa serviço <strong>da</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e emancipação dos homens, se atrofiou, resultando na razãoinstrumental.” (FREITAG, 1990, p. 35)Horkheimer (1991), no texto Teoria Tradicional e Teoria Crítica coloca opensamento cartesiano e o pensamento marxista, em termos ontológicos e nãosomente instrumentais, tematiza o conflito entre a dialética e o positivismo. Adimensão humanística e emancipatória <strong>de</strong> um e sistêmico e conservador <strong>de</strong> outro,contudo, não opta por um ou por outro e sim engloba um e outro, o autor renunciaalgumas teses marxistas, mas sustenta a teoria crítica.Há, portanto, uma comparação entre Descartes e Marx, o primeiro, na TeoriaTradicional, expressa pelo positivismo, com formato mais sistemático e pressupostosconservadores, em que o objeto é algo externo ao sujeito. O segundo, na TeoriaCrítica, expressa pela Dialética, <strong>de</strong> forma mais humanística e com pretensõesemancipatórias, em que o objeto e o sujeito têm relação orgânica. Como afirmaGeuss (1988, p. 9) “uma meta básica <strong>da</strong> Escola <strong>de</strong> Frankfurt é a crítica aopositivismo e a reabilitação <strong>da</strong> ‘reflexão’ com uma categoria <strong>de</strong> conhecimentoválido.”Torna-se aqui a reafirmar esse elemento <strong>da</strong> Teoria Crítica como subsídio paraa práxis emancipatória: a clareza e compreensão <strong>da</strong> distinção entre a teoriatradicional e a crítica. Quando há percepção <strong>da</strong> distinção entre uma práticafun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> nos princípios tradicionais e <strong>da</strong> prática fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> na teoria crítica,tem-se a

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