53para a formulação <strong>de</strong> diretrizes.” Uma vez elabora<strong>da</strong> uma proposta curricular paraum curso universitário, ela sempre estará sujeita a mu<strong>da</strong>nças, aperfeiçoamentos,submetendo-se a novas diretrizes educacionais, conseqüentemente, aos órgãosresponsáveis por tais mu<strong>da</strong>nças cabe a avaliação do ensino e o aprimoramento <strong>da</strong>formação educacional – com base naquilo que se tem como i<strong>de</strong>al educacional.Uma <strong>da</strong>s contribuições <strong>de</strong>sta reflexão sobre a formação <strong>de</strong> educadoresMusicais resi<strong>de</strong> no fato <strong>de</strong> permitir que se possa avaliar o que a universi<strong>da</strong><strong>de</strong>proporciona e oferece, no <strong>de</strong>senvolvimento do futuro profissional <strong>da</strong> educação comoeducador musical.Se quisermos uma formação do futuro profissional condizente com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> queele vai encontrar nas escolas. Teremos certamente, que ouvir mais os cotidianos <strong>da</strong>sescolas em suas multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong>s e ampliar os modos <strong>de</strong> articulação entreteoria/prática e universi<strong>da</strong><strong>de</strong>/escola (DEL BEM; HENTSCHKE; MATEIRO; 1995, p.121)Dessa forma, além dos requisitos básicos necessários para a formação doeducador musical: uma formação que abranja tanto os aspectos pe<strong>da</strong>gógicos doensino, quanto o conhecimento <strong>da</strong> própria linguagem musical, não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong>pensar numa formação que possibilite uma experiência educacional crítica. Essesprincípios <strong>de</strong>vem estar presentes nas propostas pe<strong>da</strong>gógicas dos cursos <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> professores.Para tentar respon<strong>de</strong>r como é que os programas <strong>de</strong> ensino superiorcontemplam os elementos sugeridos pela Teoria Crítica na formação do educando, oque <strong>da</strong> formação nos diz se ele po<strong>de</strong> ser favorecedor ou terá dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>favorecer a emancipação, tomou-se como referência para análise o texto do ProjetoPolítico Pe<strong>da</strong>gógico do Curso <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO 19 , a partir do qual se procurou evi<strong>de</strong>nciar a que tipo <strong>de</strong>formação o Curso se propõe realizar. Destarte, <strong>de</strong>staca-se do documento, somenteos elementos que correspon<strong>de</strong>m ao foco <strong>de</strong> análise do presente estudo, <strong>de</strong> maneiraque se buscou i<strong>de</strong>ntificar no documento: Qual referência teórica adota<strong>da</strong> peloCurso? De que forma a música se faz presente no currículo <strong>de</strong> formação dospe<strong>da</strong>gogos? Quais as concepções <strong>de</strong> educação e <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores que19Ver anexo.
54se tem? A Proposta Pe<strong>da</strong>gógica preocupa-se com a formação do pe<strong>da</strong>gogo comoum educador musical crítico?Ressalta-se, novamente, que a esse profissional não cabe uma formaçãomusical aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong>, no entanto, como educador polivalente, atuante na educaçãobásica, ele responsabiliza-se pela formação <strong>da</strong> audição e gosto musical <strong>da</strong>scrianças e tem em suas mãos a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> exercer uma práxisemancipatória.A Proposta Pe<strong>da</strong>gógica para o Curso <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia, <strong>da</strong> UNICENTRO,elabora<strong>da</strong> no ano <strong>de</strong> 2004, traz um Breve Histórico <strong>de</strong>sse Curso do Campus <strong>de</strong>Guarapuava, com sua justificativa e objetivos; a Fun<strong>da</strong>mentação Teórica; aCaracterização do Curso, a Matriz Curricular e ementário 20 . O documento foielaborado durante um semestre pelos docentes do Curso, que se reuniram conformeárea <strong>de</strong> atuação, para analisar as propostas anteriores. Este estudo partiu <strong>da</strong>sDiretrizes Curriculares Nacionais, em seus princípios, fun<strong>da</strong>mentos e procedimentos,assim, o conceito <strong>de</strong> competência é discutido na fun<strong>da</strong>mentação teórica, discussãotal que ilumina os objetivos do Curso, como é apontado em parte do texto: “Talvez otermo ‘competências’ seja o que mais suscita discussões entre pe<strong>da</strong>gogos e outrosprofissionais que se ocupam <strong>da</strong> pesquisa e <strong>da</strong> crítica em Educação”. (UNICENTRO,2004, p. 6).A abor<strong>da</strong>gem do termo competências, presente já no início <strong>da</strong> fun<strong>da</strong>mentaçãoteórica do texto analisado, <strong>de</strong>monstra a preocupação em romper com umaconcepção até então adota<strong>da</strong> na pe<strong>da</strong>gogia: ensinar <strong>de</strong>senvolvendo competências;que substituía as noções anteriores <strong>de</strong> saberes e <strong>de</strong> conhecimentos. Nessaabor<strong>da</strong>gem do processo ensino-aprendizagem como aquisição <strong>de</strong> competências, amúsica é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> umas <strong>da</strong>s competências a serem trabalha<strong>da</strong>s no ensino,excluindo-se a compreensão <strong>de</strong> um processo mais humano e menos técnico. Naatual concepção <strong>da</strong> relação ensino-aprendizagem, busca-se mais, uma educaçãoque vá além do que o termo competência sugere:Enriquecido, senão recuperado, o conceito <strong>de</strong> educação supera o <strong>de</strong> competência/capacitação (que seria um retorno ao <strong>de</strong> instrução, apenas renomeado) e justifica20A Matriz Curricular do Curso <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia – UNICENTRO, apresenta as Gra<strong>de</strong>s e as Ementas <strong>da</strong>sHabilitações: Magistério <strong>da</strong>s Séries Iniciais do Ensino; Administração Escolar; Supervisão Escolar;Orientação Educacional; Educação Infantil e Educação Inclusiva.
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