27... elaboração <strong>de</strong> uma concepção educacional crítica que <strong>de</strong>nuncie tanto asdiscrepâncias entre a veraci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos conteúdos i<strong>de</strong>ológicos e as suas efetivasrealizações quanto elabora a sua autocrítica com o intuito <strong>de</strong> evitar a sedução <strong>de</strong> setransformar numa prática pe<strong>da</strong>gógica re<strong>de</strong>ntora <strong>de</strong> todos os problemaseducacionais. (ZUIN, 1999, p. 158)A proposta educacional, que se preten<strong>de</strong> emancipatória, tem como ponto <strong>de</strong>parti<strong>da</strong> a auto-reflexão e autocrítica do contexto social na qual está inseri<strong>da</strong>: apresença <strong>da</strong> Indústria Cultural e a conversão <strong>da</strong> formação em semiformação. A partir<strong>de</strong>sta reflexão, é possível caminhar para uma práxis pe<strong>da</strong>gógica transformadora,emancipatória, que seja a otimização <strong>da</strong> educação musical na educação infantil.
CAPÍTULO IIA EDUCAÇÃO MUSICAL NA ERA DA INDÚSTRIA CULTURALA satisfação compensatória que a indústriacultural oferece às pessoas ao <strong>de</strong>spertar nelasa sensação confortável <strong>de</strong> que o mundo estáem or<strong>de</strong>m, frustra-as na própria felici<strong>da</strong><strong>de</strong> queela ilusoriamente lhes propicia.(Adorno)Seria inválido pensar numa crítica à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> sem ter em vista o que se querpor em questão, <strong>de</strong> maneira que as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s a serem enfrenta<strong>da</strong>s numa proposta<strong>de</strong> emancipação <strong>de</strong>vem ser claras, para que, a partir <strong>de</strong>las, se organize umainiciativa váli<strong>da</strong> <strong>de</strong> ação.Se não quisermos aplicar a palavra “emancipação” num sentido meramente retórico,ele próprio tão vazio como o discurso dos compromissos que as outras senhoriasempunham frente à emancipação, então por certo é preciso começar a verefetivamente as enormes dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s que se opõem à emancipação nestaorganização <strong>de</strong> mundo. (ADORNO, 2000, p.181)No olhar para <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> escola, especificamente no âmbito <strong>da</strong> educaçãomusical, encontram-se enormes dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s que se opõem à educaçãoemancipatória, uma <strong>da</strong>s barreiras que ela tem enfrentado é a presença <strong>da</strong> IndústriaCultural 6 na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, a influência <strong>da</strong> mídia no <strong>de</strong>senvolvimento humano,especificamente, na aprendizagem. A Indústria Cultural é totalmente contrária àformação emancipatória, pois, <strong>de</strong> acordo com Puterman (1994, p. 25), osfrankfurtianos “...acreditavam que a maior característica <strong>da</strong> indústria cultural era ofator <strong>de</strong> homogeneização <strong>da</strong>s populações quanto ao gosto artístico e à criativi<strong>da</strong><strong>de</strong>”.Quando se reflete sobre a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> educacional na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> capitalistacontemporânea, o tipo <strong>de</strong> formação a qual os alunos têm sido submetidos, seja ela6 Os frankfurtianos fizeram um trabalho significativo <strong>de</strong> análise crítica à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> capitalistacontemporânea. Trouxeram contribuições teóricas inigualáveis, críticas contun<strong>de</strong>ntes sobre osmecanismos <strong>de</strong> reprodução do capitalismo, entre eles sobre a Indústria Cultural, mesmo que nãotivessem apresentado elementos superadores ou alternativas resolutivas. Por outro lado, apresentamum profundo pessimismo, mesmo nas utopias, uma aversão à razão tecnológica, um <strong>de</strong>sgosto comrelação à cultura <strong>de</strong> massa.
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