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Daiane Solange Stoeberl da Cunha - Programa de Pós-Graduação ...

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26Não há como ignorar a dissimulação que ocorre na esfera educativa, quaissejam: a dicotomia entre as pretensões <strong>da</strong>s propostas educacionais reformistas esuas reais objetivações, o hiato entre as promessas e suas respectivas realizações.Nesse sentido, a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> distancia-se <strong>da</strong> utopia, teoria e prática dissociam-se, noentanto, a relação entre aquilo que se sonha e o que se põe em prática precisa serfun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> na constante critici<strong>da</strong><strong>de</strong> dos indivíduos envolvidos. No processoensino-aprendizagem, a prática docente auto-reflexiva é favorável à efetivação dosobjetivos pe<strong>da</strong>gógicos mais amplos, pois a reflexão crítica sobre sua própria práticafaz do professor um mediador consciente entre as pretensões educativas elabora<strong>da</strong>snas propostas pe<strong>da</strong>gógicas e as reais efetivações.Inclui-se no quadro <strong>da</strong>s políticas educacionais atuais, além <strong>da</strong> LDB, maisrecentemente, os Referenciais e os Parâmetros Nacionais, como vimos. As políticaseducacionais têm buscado parametrizar a realização do ensino escolar,<strong>de</strong>terminando o que se espera <strong>da</strong> organização e execução <strong>da</strong> prática educativaescolar. Mas, será que esses documentos são suficientes para a construção do quese propõe?No campo <strong>da</strong> Educação Musical, por um lado, a experiência também temmostrado que ações curriculares isola<strong>da</strong>s não são suficientes, além <strong>de</strong>las, énecessário propor ações formativas, pois, qual profissional estará apto paratrabalhar com essas novas propostas curriculares? Por outro, sabemos que só asações volta<strong>da</strong>s à formação profissional por si sós não garantem o espaçoinstitucional <strong>da</strong> aula <strong>de</strong> música. São necessárias, portanto, a formulação <strong>de</strong> políticasadministrativas que viabilizem a implementação <strong>de</strong> currículos, já que a novação eformação são pólos <strong>de</strong> uma mesma problemática. Daí, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estudosaprofun<strong>da</strong>dos que interpretem e analisem criticamente as experiências <strong>de</strong> diferentesescolas com a música e suas implicações institucionais. Para tanto: “em lugar <strong>da</strong>acomo<strong>da</strong>ção que leva a repetir sem crítica ou questionamentos os mo<strong>de</strong>lostradicionais <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> música, faz-se necessária a disposição <strong>de</strong> buscar eexperimentar alternativas, <strong>de</strong> modo consciente”. (PENNA, 1990, p. 17)É nesse sentido que uma concepção educacional crítica po<strong>de</strong>ria contribuirpara o processo <strong>de</strong> auto-reflexão <strong>da</strong> atual situação educacional:

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