19... e suas modificações foram consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s por muitos como um retrocesso aosprojetos inicialmente apresentados. A crítica recaiu, sobretudo, sobre o fato <strong>de</strong> queas propostas anteriormente feitas por associações <strong>de</strong> educadores (...) ou discussõescom outras comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e órgãos representativos envolvidos não foramconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s. (SOUZA, 1995, p. 24)O MEC, Ministério <strong>da</strong> Educação e <strong>da</strong> Cultura, tomando como base anecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> se estabelecer um princípio <strong>de</strong> eqüi<strong>da</strong><strong>de</strong> numa socie<strong>da</strong><strong>de</strong>tão diversifica<strong>da</strong>, propôs três documentos complementares ao processo <strong>de</strong>implantação <strong>da</strong> Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases <strong>da</strong> Educação, como auxílio na elaboraçãodo currículo <strong>de</strong>stinado ao ensino básico: o Referencial Curricular Nacional paraEducação Infantil, os Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fun<strong>da</strong>mental, umpara 1º e 2º ciclos e outro para 3º e 4º ciclos, e os Parâmetros CurricularesNacionais: Ensino Médio.No ponto <strong>de</strong> vista do próprio governo:O que se apresenta é a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um referencial comum para a formaçãoescolar no Brasil, capaz <strong>de</strong> indicar aquilo que <strong>de</strong>ve ser garantido a todos, numareali<strong>da</strong><strong>de</strong> com características tão diferencia<strong>da</strong>s, sem promover uma uniformizaçãoque <strong>de</strong>scaracterize e <strong>de</strong>svalorize peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s culturais e regionais. (BRASIL,1997, p.36)A LDB, Lei <strong>de</strong> Diretrizes e bases, nº 9394/96 , pela primeira vez na história <strong>de</strong>nosso país, estabelece que a educação infantil é a primeira etapa <strong>da</strong> educaçãobásica, no artigo 29 a lei <strong>de</strong>termina: “A educação infantil, primeira etapa <strong>da</strong>educação básica, tem como finali<strong>da</strong><strong>de</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento integral <strong>da</strong> criança atéseis anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,complementando a ação <strong>da</strong> família e <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.” (SOUZA; SILVA, 1998, p.51), <strong>de</strong> forma que, somente nessa Lei é que a criança <strong>de</strong> 0 à 6 anos recebea<strong>de</strong>quado tratamento numa legislação educacional. Fruto do trabalho <strong>de</strong> educadoresque, <strong>de</strong>dicando seus esforços, lutaram pela valorização <strong>da</strong> educação <strong>da</strong>s criançasnessa faixa etária, o avanço em relação às leis anteriores, <strong>de</strong>monstra que há umamaior preocupação com a educação pré-escolar.Não mais se caracterizando como assistencialista, a educação infantil assumeuma nova conjuntura educacional, <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento integral <strong>da</strong> criança, seja
20fisicamente, psicologicamente, intelectualmente e também na sociabilização. Paraorientar os educadores nessa nova fase <strong>da</strong> educação infantil, dois anos após apromulgação <strong>da</strong> LDB 9394/96, o Ministério <strong>da</strong> Educação e do Desporto elabora edistribui para to<strong>da</strong> a re<strong>de</strong> nacional o RCNEF, Referencial Curricular para a EducaçãoInfantil, com o objetivo <strong>de</strong> enriquecer as discussões pe<strong>da</strong>gógicas no interior <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>instituição, oferecendo subsídios para a elaboração <strong>de</strong> projetos educativos, servindocomo um guia educacional, que parte do princípio <strong>de</strong> respeito aos estilospe<strong>da</strong>gógicos e à diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural brasileira, no entanto, por abranger as escolasem nível nacional, apresenta certa dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> neste princípio, gerando muitasdiscussões em relação a sua aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.O RCNEF, Referencial Curricular para a Educação Infantil, está sistematizadoem três volumes: no primeiro documento apresenta-se a Introdução, que refletesobre as escolas <strong>de</strong> educação infantil e apresenta uma fun<strong>da</strong>mentação conceitual<strong>de</strong> criança, <strong>de</strong> educação, <strong>de</strong> instituição e <strong>de</strong> profissional que <strong>de</strong>finem os objetivos<strong>de</strong>ste segmento escolar e orientam a organização do documento, os quais, sedivi<strong>de</strong>m em dois âmbitos <strong>de</strong> experiência: um relativo as questões sobre a FormaçãoPessoal e Social <strong>da</strong> criança e outro sobre o âmbito <strong>de</strong> experiência <strong>de</strong> Conhecimento<strong>de</strong> Mundo. O primeiro volume, contém o eixo <strong>de</strong> trabalho que favorece a construção<strong>da</strong> I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> Autonomia, pela abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> Formação Pessoal e Social <strong>da</strong>scrianças. O segundo volume que abrange o âmbito <strong>de</strong> experiência Conhecimento <strong>de</strong>Mundo, contém seis eixos <strong>de</strong> trabalho, que orientam a ação do professor <strong>de</strong>Educação Infantil na “... construção <strong>da</strong>s diferentes linguagens pelas crianças e paraas relações que estabelecem com os objetos <strong>de</strong> conhecimento: Movimento, Música,Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e Matemática.”(BRASIL, 1998b, p. 7)No âmbito <strong>de</strong> experiência Conhecimento <strong>de</strong> Mundo, a Música, apresenta<strong>da</strong>como um dos eixos <strong>de</strong> trabalho, é abor<strong>da</strong><strong>da</strong> como uma importante linguagem,presente na educação infantil. Nesse documento, são aponta<strong>da</strong>s as idéias e práticascorrentes em relação a presença <strong>da</strong> musica na educação infantil, a relação entre amúsica e a criança, os objetivos à serem alcançados nessa relação, bem como osconteúdos, que são subdivididos no fazer musical e na apreciação musical e as
- Page 1 and 2: DAIANE SOLANGE STOEBERL DA CUNHAEDU
- Page 3 and 4: Dedico este trabalho a minha filhaF
- Page 5 and 6: SUMÁRIORESUMO.....................
- Page 7: ABSTRACTThis work has the objective
- Page 11 and 12: 4faz presente na vida escolar do al
- Page 13 and 14: 6necessário questionar qual o pape
- Page 15 and 16: 8historicamente, sendo refletido no
- Page 17 and 18: 10etapas de desenvolvimento cogniti
- Page 19 and 20: 12no canto orfeônico (eufemismos s
- Page 23: 16associado ao governo autoritário
- Page 28: 21orientações gerais para o profe
- Page 31 and 32: 24Em todo o Brasil, a triste situa
- Page 33 and 34: 26Não há como ignorar a dissimula
- Page 35 and 36: CAPÍTULO IIA EDUCAÇÃO MUSICAL NA
- Page 37 and 38: 30Pode-se entender essa intensa inq
- Page 39 and 40: 32Esse tempo poderia ser aproveitad
- Page 41 and 42: 34Acontece uma falsa democratizaç
- Page 43 and 44: 36A tecnificação do mundo e a rep
- Page 45 and 46: 38à mera vivência por força da l
- Page 47 and 48: 40e, de forma massiva, tem conquist
- Page 49 and 50: 42As dimensões dos prejuízos de h
- Page 51 and 52: 44Partindo, portanto, da compreens
- Page 53 and 54: 46docente para uma educação music
- Page 55 and 56: 48UFV, Universidade de Campinas - U
- Page 57 and 58: 50da escola, contribuindo, negativa
- Page 59 and 60: 52ouvinte e o leva a ter uma tendê
- Page 61 and 62: 54se tem? A Proposta Pedagógica pr
- Page 63 and 64: 56criticamente a Educação em proc
- Page 65 and 66: 58atividades de estágio curricular
- Page 67 and 68: 60formados criticamente e se tornar
- Page 69 and 70: 623.2 A EDUCAÇÃO EMANCIPATÓRIA C
- Page 71 and 72: 64... propensão de uma práxis ped
- Page 73 and 74: 66A dialética adorniana remete o f
- Page 75 and 76: 68privilégio de todos. Essa liberd
- Page 77 and 78:
70A educação crítica, portanto,
- Page 79 and 80:
72ambiente escolar favorável à au
- Page 81 and 82:
74De forma mecânica e estereotipad
- Page 83 and 84:
76músicas que se tornam objeto de
- Page 85 and 86:
78c) Desenvolvimento da consciênci
- Page 87 and 88:
80De acordo com Howard (1984), auto
- Page 89 and 90:
82musical e esclarecimento sobre a
- Page 91 and 92:
84ensino de música em todas as esc
- Page 93 and 94:
86educativa musical que se consider
- Page 95 and 96:
88ou ainda ao ouvir a rádio de suc
- Page 97 and 98:
90suas relações, inclusive em rel
- Page 99 and 100:
92DEL BEM, L; HENTSCHKE, L; MATEIRO
- Page 101 and 102:
94SWANWICK, K. Ensinando Música Mu
- Page 103 and 104:
96Para isso, o Departamento de Peda
- Page 105 and 106:
98conseqüência da primeira) e o s
- Page 107 and 108:
1002) A apropriação (...) de todo
- Page 109 and 110:
as disciplinas de conhecimentos esp
- Page 111 and 112:
104• compromisso com a ética de
- Page 113 and 114:
106Centro de Ciências Humanas, Let
- Page 115 and 116:
METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA PO
- Page 117 and 118:
1100719 DEPED Fundamentos de Superv
- Page 119 and 120:
112educação infantil no Brasil. M