Daiane Solange Stoeberl da Cunha - Programa de Pós-Graduação ...
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16associado ao governo autoritário – o canto orfeônico); a falta <strong>de</strong> capacitaçãope<strong>da</strong>gógica a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> (a distância até os cursos <strong>de</strong> capacitação, a formaçãosuperficial e o relaxamento na obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> formação); a falta <strong>de</strong> umametodologia <strong>de</strong> ensino suficientemente estrutura<strong>da</strong> (o material pe<strong>da</strong>gógico-musicaljá mostrava diversificações em relação à temática <strong>da</strong>s músicas).Após a Segun<strong>da</strong> Gran<strong>de</strong> Guerra, surge o movimento Música Viva, o qual<strong>de</strong>fendia uma arte musical que fosse a expressão real <strong>da</strong> época e <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.Esse movimento foi apoiado por uma importante geração <strong>de</strong> compositoresbrasileiros como Gazzi <strong>de</strong> Sá, Sá Pereira, Liddy Chiaffarelli Mignone, etc...O movimento Música Viva teve também sua participação na educaçãomusical brasileira, que colocava como palavra <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m criar e experimentar. Peloprivilégio <strong>da</strong> criação musical, pela importância <strong>da</strong> função social do criadorcontemporâneo, pela valorização do coletivo buscava-se alcançar uma nova forma<strong>de</strong> expressão que privilegiasse mais o processo e menos o produto a ser alcançado.Na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 50, são cria<strong>da</strong>s as Escolinhas <strong>de</strong> Arte do Brasil, projeto no qualAugusto Rodrigues engajou-se e <strong>de</strong> acordo com Loureiro:Dentre seus princípios fun<strong>da</strong>mentais estavam a crença no potencial <strong>de</strong> criativi<strong>da</strong><strong>de</strong>existente em todo ser humano, o respeito à liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão do educando e aconsciência <strong>de</strong> que a prática <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> artística é fator relevante para o<strong>de</strong>senvolvimento equilibrado <strong>da</strong> personali<strong>da</strong><strong>de</strong> do educando, contribuindo tambémpara uma inter-relação harmoniosa entre as pessoas e os grupos humanos.(LOUREIRO, 2003, p.65)Nessa época, sobressaíam-se dois tipos <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> música: aquelesque se mostravam a<strong>de</strong>ptos ao conservadorismo, formados pela metodologiaorfeônica, que, embora sem o controle por parte <strong>da</strong> SEMA, Superintendência <strong>de</strong>Educação Musical e Artística, permaneciam com a prática cívico-pe<strong>da</strong>gógica eaqueles com pensamento inovador e questionador, procurando abandonar a velhaconcepção autoritária, incorporaram as propostas <strong>da</strong> Escola Nova, <strong>da</strong>ndo ênfase àativi<strong>da</strong><strong>de</strong> do aluno que se torna o centro do processo ensino aprendizagem.Nos anos 60, após diversas práticas, sob as mais varia<strong>da</strong>s influências, aeducação musical brasileira se caracterizou pela valorização <strong>da</strong> Iniciação Musical,<strong>da</strong> Musicalização, <strong>de</strong> um ensino para sensibilização. Nesse, a arte <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> lado origor técnico para se tornar veículo <strong>de</strong> expressão humana. “Numa recusa ao