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Recuperação Económica e Novos Riscos - MCLI

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Recuperação Económica e <strong>Novos</strong> <strong>Riscos</strong>Perspectivas Económicas Regionais para África SubsarianaVictor Lledó, Representante Residente do FMI em MoçambiqueUniversidade Eduardo Mondlane, Maputo30 de Maio de 2011


Três assuntos gerais• A recuperação global está a solidificar-se.• Velhas questões de política económica ainda precisam de serresolvidas:– ajuste fiscal insuficiente e reforma dos sectoresfinanceiros em economias avançadas;– reequilíbrio insuficiente da procura em economiasAsiáticas excedentárias.• Novas questões de política económica estão em emergência:– sobreaquecimento económico nos mercados emergentes;– elevados preços de produtos básicos (commodities).Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.4


121086420-2A recuperação continua a um ritmo de “multi-velocidades”:crescimento de 6,5% nas economias emergentes e 2,5% naseconomias avançadas 4,5% a nível globalEconomias AvançadasReal GDP Growth(variação % de um ano atrás)Economias Emergentes121086420-2-4-6-8-102011Estados Unidos 2,8Zona do Euro 1,6Japão 1,42000 02 04 06 08 10 12Recuperação asolidificar-seAjuste fiscalReforma do sectorfinanceiro2011MOAN* 4,1Ásia emergente 8,4América Latina 4,72000 02 04 06 08 10 12* Médio Oriente e África do Norte.Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.Reequilíbrio Sobreaquecimento Produto básico-4-6-8-105


De modo geral, os riscos de desaceleração, uma vez diminuídos,ainda permanecem não clarosPerspectivas de crescimento do PIB mundial(variação percentual)90% Intervalo de confiança50% Intervalo de confiançaPrevisão do cenário de base<strong>Riscos</strong> de aceleração:• Actividade económica dinâmica dospaíses emergentes•Balanços patrimoniais corporativos fortes864<strong>Riscos</strong> de desaceleração:• <strong>Riscos</strong> soberanos/financeiros• Preocupações quanto à oferta depetróleo202008 09 10 11 12-2Recuperação asolidificar-seAjuste fiscalReforma do sectorfinanceiroReequilíbrio Sobreaquecimento Produto básicoFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.6


Em muitas economias avançadas, é necessário realizar umajuste muito maior para alcançar finanças públicas sólidas.Níveis de endividamento público(percentagem do PIB)Ajuste Necessário1(percentagem do PIB)141210CAPB projected adjustment, 2010–2016Residual adjustment needs86420Fontes: FMI, Fiscal Monitor; e cálculos dos técnicos do FMI.1O gráfico compara as necessidades estimadas de ajuste entre 2010 e 2020 para alcançar as metas de endividamento em 2030 e a variação estimadano saldo primário ciclicamente ajustado entre 2010 e 2016 para os países com necessidades de ajuste residual positivo para além de 2010.Recuperação asolidificar-seAjuste fiscalReforma do sectorfinanceiroFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.Reequilíbrio Sobreaquecimento Produto básico7


O baixo crescimento do crédito nas economias avançadas indica a necessidade de se fazer maisreformas no sector financeiro. De igual modo, a procura de crédito está, obviamente, fraca .Diferentemente deste quadro, em muitas economias emergentes o crédito está a crescer fortemente.5040Estados UnidosZona do EuroJapãoCrescimento Real do Crédito ao Sector Privado(Crescimento percentual em 12 meses)1Hong KongBrasilChinaÍndiaTurquia504030302020101000-10-10-202000 02 04 06 08 Jan.112006 07 08 09Dec.10Fonte: Banco do Japão, Banco Central Europeu e Reserva Federal dos EUA.1Forte crescimento em finais de 2010 devido às cartas de crédito securitizadas detidas pelos bancos e que foram incorporados nos seus balanços patrimoniais em 2010.-20Recuperação asolidificar-seAjuste fiscalReforma do sectorfinanceiroReequilíbrio Sobreaquecimento Produto básicoFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.8


Reequilíbrio da procura global ainda incompleto432Desequilíbrios Globais 1(percentagem do PIB mundial)ROW CHN+EMA OCADCDEU+JPN Oil exporters U.S.Procura Total Doméstica(percentagem)Média de cescimento 2003-2007Média de crescimento 2011-2016129106-13-2-31996 2000 04 08 12 161CHN+EMA: China, Hong Kong SAR, Indonésia, Coreia do Sul, Malásia, Filipinas, Singapura, TaiwanProvíncia da China e Tailândia; DEU+JPN: Alemanha e Japão; OCADC: Bulgária, Croácia, Rep. Tcheca,Estónia, Grécia, Hungria, Irlanda, Letónia, Lituânia, Polónia, Portugal, Roménia, Rep. Eslovaca, Eslovénia,Espanha, Turquia e Reino Unido; ROW: resto do Mundo; US: Estados Unidos.Superávits externos1,2excessivosDéfices externosexcessivos1,3AlinhadosFontes: Federal Reserve Board e cálculos dos técnicos do FMI.1Baseado no Grupo Consultivo sobre Questões de Taxas de Câmbio (CGER) dos técnicosdo FMI. Países do grupo CGER incluem Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, China,Colómbia, , Rep. Tcheca, Zona do Euro, Hungria, Índia, Indonésia, Israel, Japão, Coreia doSul, Malásia, México, Paquistão, Polónia, Rússia, África do Sul, Suécia, Suíça, Tailândia,Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. Para mais detalhes acerca da metodologia decálculo das apreciações/depreciações cambiais, ver Lee et al (2008).2Estas economias representam 18,5% do PIB global.3Estas economias representam 27,4 % do PIB global.4Estas economias representam 39,2 % do PIB global.1,40Recuperação asolidificar-seAjuste fiscalReforma do sectorfinanceiroReequilíbrio Sobreaquecimento Produto básicoFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.9


Há sobreaquecimento económico em muitas Economias Emergentes: o crédito nosúltimos 5 anos tem crescido exponencialmente. Aperto macroeconómico e reforço demedidas prudenciais parecem ser essenciais para evitar ciclos alternados decrescimento e depressão.Crescimento Real Cumulativo Per Capita do Crédito(crescimento percentual nos últimos 5 anos)140120100Actual (2005-2010)Forte Cresc. Anterior do Crédito100%806040200CN BR TR PE CO IN ID CL HK JO ZABR: Brasil, CL: Chile, CN: China, CO: Colômbia, HK: Hong Kong SAR, IN: Índia, ID: Indonésia, JO: Jordânia, PE: Peru, ZA: África do Sul, TR: Turquia.Recuperação asolidificar-seAjuste fiscalReforma do sectorfinanceiroReequilíbrio Sobreaquecimento Produto básicoFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.10


500400300Altos preços de produtos básicos devido a factores estruturais,cíclicos e especiais.Preços Reais de Produtos Básicos(índice; 1995=100)Preços decombustíveis (esq.) 1260220180Contribuição ao Crescimento Anual daProcura por Petróleo(percentagem)EUAOutros países industrializadosChinaEconomias emergentes e em desenvolvimentoPIB Mundial86420014020100Preços dealimentos(direita)1000601980 90 200010 161Média simples de preços spot do crude Brent, Dubai Fateh e West Texas Intermediate.Procuratotal2008Q4 09Q2 09Q4 10Q2 10Q4-2-4Recuperaçãosolidificar-seAjuste fiscalReforma do sectorfinanceiroReequilíbrio Sobreaquecimento Produto básicoFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.


Em resumo• Espera-se que a economia global continue a recuperar-se.• Na esteira da crise global, as economias emergentes têm sido os principaismotores do crescimento global.• Entretanto, a situação global segue exposta a antigos riscos de política queincluem:– ajuste fiscal insuficiente e reforma dos sectores financeiros em economiasavançadas;– reequilíbrio insuficiente da procura em economias Asiáticas excedentárias.• Ao mesmo tempo, novos riscos macroeconómicos parecem emergir envolvendo– sobreaquecimento económico nos mercados emergentes;– elevados preços de produtos básicos (commodities)Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.12


África SubsarianaFundo Monetário InternacionalPerspectivas Económicas para África Subsariana.13


Um útil agrupamento analítico de países na África Subsariana:exportadores de petróleo, países de médio e baixo rendimentoÁfrica Subsariana: Indicadores Seleccionados, 2011Número dePaísesProporção daPopulaçãoPIB PesosPPPPIB per Capita(%) (%) (USD)Países Exportadores de Petróleo 7 27 34 2.130Países de Médio Rendimento 8 8 33 7.165Países de Baixo Rendimento 1 29 66 33 574Fontes: FMI, Perspectivas Económicas Mundiais; e FMI, base de dados do Departamento Africano.1/ Países de Baixo Rendimento não Produtores de Petróleo.Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.14


Na sequência da crise na África SubsarianaQuatro assuntos dominam a agenda de política económica:1. Na maior parte dos países, está em marcha uma recuperação económicade volta às taxas de crescimento vigentes no período pré-crise2. A crise tem, entretanto, causado um considerável efeito deslocação3. A tensão entre as necessidades de reconstruir amortecedores de políticaeconómica e de executar as despesas orçamentais de longo prazo4. E agora os países têm que enfrentar outro choque de combustíveis ealimentos – que pode ser mais persistente do que o de 2007-2008.Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.15


Resiliência em relação ao mais intenso choque a atingir a regiãodesde os anos 1970Desta vez foi diferente . . .parcialmente devido às melhorescondições de partidaCrescimento do PIB Real na África Subsariana duranteDesacelerações Económicas Globais82Saldo Fiscal (excluindo donativos)7620090Percentagem543211975, 1982,& 1991Percentagem do PIB-2-4-6Average of past2 cycles20090t-4 t-3 t-2 t-1 t t+1 t+2 t+3 t+4-8t-4 t-3 t-2 t-1 t t+1 t+2 t+3 t+4Recuperação económica Efeito deslocação Tensão ChoqueFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.16


Mas os dados económicos da região como um todo escondemum diversificado conjunto de resultadosCrescimento do PIB Real1020Variação percentual8642Low-income, excl. fragile countriesFragile countriesVariação percentual1816141210864Oil ExportersMiddle-income countries020-22000 2002 2004 2006 2008 2010 2012-22000 2002 2004 2006 2008 2010 2012Recuperação económica Efeito deslocação Tensão ChoqueFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.17


A crise, porém, impôs igualmente considerável efeito deslocação:• Resultados no emprego– Um caso extremo é a África do Sul• Membros mais pequenos da SACU foram, deigual modo, duramente atingidos– as exportações de pedras preciosasreduziram– as receitas de direitos aduaneirosdiminuíram• Política fiscal– Nalguns países, a política fiscal teve queser apertada (e.g. Gana e Angola)• Noutros países, incluindo vários de baixorendimento ,onde o crescimentodesacelerou de forma apenas marginal, ostrabalhadores que se encontram à margemdo mercado de trabalho provavelmentetambém foram em grande medida afectados.1041021009896949290EmploymentIndex, 2007Q4=100South AfricaUSUKRecuperação económica Efeito deslocação Tensão ChoqueFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.18


Com a retoma do forte crescimento, a ênfase da política fiscal deve mudar na maiorparte dos países. Encontrar o equilíbrio certo entre reconstruir amortecedores depolítica económica e fazer face às necessidades em infra-estruturas, saúde e educaçãoirão dominar a agenda política em muitos paísesEndividamento em queda, melhoria da posição fiscalBolhas maiores representam maiores rácios VPL/PIB,Endividamento em alta, melhoria da posição fiscal2015Cresc. do rácio saldo fiscal/PIB, 2011 vs média 2004–08Gâmbia, 51%Gabão,21,3%Serra Leoa,38,4%Endividamento em queda, piora da posição fiscalMoçambique,23,7%Zâmbia,22,5%Malawi,28,3%Uganda,19,1%Benin,21,1%Guiné Conakri,45,4%Mali,15,2%Madagáscar,21,3%Ruanda,19,3%Nigéria, 16,4%Quénia, 41,7%Tanzania,26,9%Níger,15,7%Chade,29,7%Camarões,12,4%Maurícias,50,5%Etiópia, 35,9%Suazilândia,18,9%Namíbia, 19%Senegal,30%África do Sul,36,3%Cabo Verde,63,1%Botswana, 13,7%-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20Variação do rácio dívida/PIB 2008–2011Gana,33,1%Endividamento em alta, piora da posição fiscal1050-5-10-15-20Recuperação económica Efeito Deslocação Tensão ChoqueFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.19


O mais recente aumento dos preços internacionais de alimentos (diferentementede 2008) não teve um impacto imediato e generalizado na região…• Nalguns de países, as colheitas agrícolastêm sido fortes, mantendo os preçosdomésticos sob controlo• O aumento dos preços mundiais temsido igualmente menos uniforme nosprincipais produtos agrícolas do que em2008• Entretanto, os preços domésticos dealimentos têm aumentado fortementenalguns países. Os factores causadoresincluem fracas colheitas agrícolas (e.g.Quénia), preços internacionais maisaltos a afectarem importadores líquidosde alimentos (Etiópia), crise política(Madagáscar).• Para amortecer os efeitos adversos,alguns países introduziram controlos depreços e subsídios.Índice20018016014012010080Jan-06Índice de Preços Alimentos do FMI (esq.)(emFev-2011, 7% acima do pico de 2008)Mediana inflação de alimentosna África Subsariana (dir.)Jan-07Jan-08Jan-09Jan-10Jan-112520151050Recuperação económica Efeito deslocação Tensão ChoqueFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.20


Entretanto, o risco mais significativo à actividade económica éprovavelmente o recente aumento dos preços do petróleo30027525022520017515012510075Índice Preços de Petróleo do FMI(em Fev-2011, 26% abaixo do pico de 2008)Oil price indexNúmero de países403020100-10-20-30África Subsariana: Inflação medida pelo IPCRising inflationFalling inflation161412108642Mediana da taxa de inflação (12 meses), %50-400Jan-06Jan-07Jan-08Jan-09Median inflation rate (right axis)Jan-10Jan-11Jan-06May-06Sep-06Jan-07May-07Sep-07Jan-08May-08Sep-08Jan-09May-09Sep-09Jan-10May-10Sep-10Recuperação económica Efeito deslocação Tensão ChoqueFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.21


O risco inflacionário também aumentou uma vez que mesmo antes doaumento dos preços internacionais de alimentos e combustíveis, muitosmantinham (e ainda mantém) uma política monetária aligeirada.20Taxa de Juro Directora Real,Dezembro de 2007 vs. Dezembro de 2010Taxa directora real, Dez-2010, %151050-5BDIRWAGMBAGOLSONAM CPV BFAGAB GHACMRCAF MLI STPZAF BWASWZKENBEN TCDMUS SYC MDG ETHNERSEN ERI SLE COM LBR GINCIV ZMBGNBTGOGNQNGAUGAMWIMOZCOGTZACOD-10-10 -5 0 5 10 15 20Taxa directora real, Dez-2007, %Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.22


Orientação das políticas na região: Política Fiscal– A política fiscal deve, o mais breve possível, continuar adistanciar-se da orientação expansionista dos anos recentes parauma mais neutra;– Onde o crescimento económico está próximo da tendência, apolítica fiscal deve ter como foco (i) objectivos dedesenvolvimento de médio prazo; e (ii) necessidade dereconstruir os amortecedores de política económica;– Onde aumentos de preços foram mais pronunciados, devem seradoptadas intervenções focalizadas nos grupos sociais maiscarenciados;– Subsídios aos preços de combustíveis devem ser evitados porserem regressivos e de alto custo.Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.23


Orientação das políticas na região: Política Monetária– Dado o recente crescimento da inflação, há a necessidade de seadoptar um viés de aperto na maioria dos países;– Onde fatores externos explicam o crescimento da inflação, apolítica monetária deve acomodar efeitos primários e conterquaisquer efeitos secundários.Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.24


Em suma:• A recuperação económica está em curso na ÁfricaSubsariana, excepto em países de rendimento médio,principalmente da África Austral, onde a recuperação aosníveis de crescimento pré-crise deve ser mais lenta.África Subsariana:Perspectivas de crescimentopara 2011• A resiliência é evidente em toda a África Subsariana,principalmente por causa de melhorias introduzidas naspolíticas económicas adoptadas antes da recessão global.• Os novos riscos agora derivam dos níveis crescentes deendividamento público nalguns países e do actualchoque de preços de alimentos e combustíveis, queterão impacto nos níveis de pobreza, nos saldos fiscais edas contas externas e na inflação.• Na maioria dos casos, as políticas económicas devemcontinuar a distanciar-se de uma orientaçãoexpansionista dos anos recentes para uma mais neutracom foco em objectivos de desenvolvimento de médioprazo.Cresc. PIB Real(em %)> 73.5 – 72 – 3.50 to 2


MoçambiqueFundo Monetário InternacionalPerspectivas Económicas para África Subsariana.26


Linhas Gerais• Sucessos : Crescimento, Resiliência e Recuperação• <strong>Riscos</strong> e Desafios• FMI e MoçambiqueFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.27


Sucessos: Crescimento Alto e Prolongado• A taxa de crescimento do PIB real de Moçambique foi a segunda mais altaentre os países não exportadores de petróleo da África Subsariana.Média dos países não export. de petróleoFundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.28


Sucessos: Resiliência e Recuperação• A crise económica global teve baixo impacto em Moçambique.• A taxa de crescimento do PIB real do país, por sua vez, resistiu bemcomparativamente à dos seus pares dos mercados fronteira da regiãosubsariana, em particular, e da região subsariana como um todo, em geral.151311Crescimento do PIB Real, 2000-12(Percentagem)Proj.109Crescimento do PIB Real(Percentagem)9Moçambique87753Economiasavançadas6514-1-3-52000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012Fonte: Autoridades de Moçambique e estimativas e projecções dos técnicos do FMI.Mercados fronteira da África Subsariana3MoçambiqueÁfrica Subsariana22004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Fonte: Autoridades de Moçambique e estimativas e projecções dos técnicos do FMI.Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.29


Sucessos: Políticas Contra-cíclicas e Atempadas• A recuperação económica em Moçambique foi facilitada pelo uso de políticasfiscais e monetárias contra-cíclicas adoptadas atempadamente.864Saldo Fiscal Global(Incluindo donativos, % do PIB)3025Crédito ao Sector Privado(Percentagem do PIB)220015-210-4-6-85Mercados fronteira da África SubsarianaMoçambiqueÁfrica Subsariana 02004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Mercados fronteira da África SubsarianaMoçambiqueÁfrica Subsariana2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Fonte: Autoridades de Moçambique e estimativas e projecções dos técnicos do FMI.Mercados fronteira: Angola, Gana, Quénia, Maurícias, Moçambique, Nigéria, Senegal, Tanzania, Uganda e Zâmbia.Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.30


As perspectivas económicas para 2011 e médio prazo permanecem favoráveis• Crescimento real do PIB em 7,25% em 2011 e 8% no médio prazo.• Inflação média em 9,5% em 2011, mantendo-se em um digito a médio prazo.• Défice externo de conta corrente em torno de 10 a 11 % do PIB.• Reservas internacionais confortáveis com cobertura de 5 meses deimportações.Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.31


Entretanto, estas boas perspectivas estão sujeitas a riscos…• A curto prazo, o principal risco é de que a desaceleração inflacionária levemais tempo, trazendo implicações adversas para o sector privado e para ocombate à pobreza.161514Inflação(Média anual, variação percentual)1312111098765432Mercados fronteira da África SubsarianaMoçambiqueÁfrica Subsariana2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.32


Desafio de Curto Prazo : Combater a inflação deve ser a principal prioridade a curto prazo• O Banco de Moçambique começou a reverter o aligeiramento das condiçõesmonetárias anteriormente levado a cabo, tendo decisivamente aumentado astaxas de juro directoras e o coeficiente de reservas obrigatórias.222018Coeficiente de Reservas Obrigatórias e Taxas de Juro,Janeiro de 2006 - Março de 2011(Em Percentagem)30.00IPC Maputo (em percentagem, 12 meses, fim de período),Janeiro de 2006 a Abril de 2011161412108FPCEm pontos percentuais20.0010.000.00642FPCTaxa BT's 3 Meses (leilões, venda, média)Reservas obrigatóriasJan-06Mar-06May-06Jul-06Sep-06Nov-06Jan-07Mar-07May-07Jul-07Sep-07Nov-07Jan-08Mar-08May-08Jul-08Sep-08Nov-08Jan-09Mar-09May-09Jul-09Sep-09Nov-09Jan-10Mar-10May-10Jul-10Sep-10Nov-10Jan-11Mar-11-10.00IPC Total IPC Alimentos IPC não-AlimentosFonte: Instituto Nacional de Estatística (INE).Fonte: Autoridades de Moçambique e estimativas e projecções dos técnicos do FMI.Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.33


A médio prazo, o principal risco é de um crescimento económico desacelerado einsuficientemente inclusivo.– A tendência do crescimento do PIB real em Moçambique tem sido de desaceleração nosúltimos anos.161412– Para além disso, o crescimento económico em Moçambique tem sido menos pró-pobres doque noutros países com maiores taxas de crescimento, quer dentro quer fora do continenteafricano.Crescimento do PIB RealSazonalmente ajustado à média de 4 trimestres(Variação percentual de um atrás)1086420Dec- Jun-01 02Dec- Jun-02 03Dec- Jun-03 04Dec- Jun-04 05Dec- Jun-05 06Dec- Jun-06 07Dec- Jun-07 08Dec- Jun-08 09Fonte: Autoridades de Moçambique e estimativas e projecções dos técnicos do FMI.Dec- Jun- Dec-09 10 10Fonte: Autoridades de Moçambique e estimativas e projecções dos técnicos do FMI.Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.34


Desafio de Médio Prazo: Acelerar e Sustentar um Crescimento Económico mais Inclusivo Implementar a estratégia de crescimento inclusivo articulada no PARP e demaisestratégias sectoriais do Governo:Chave :• Promoção de uma base de exportação competitiva e diversificada• Estímulo à produção e produtividade na agricultura e demais sectores com uso intensivo demão de obraApoio:• Melhoria da gestão económica dos recursos naturais• Fortalecimento dos sistemas de protecção social Criar o espaço fiscal para financiar o crescimento inclusivo- Sustentar o esforço de mobilização de receitas inclusive através do aumento dacontribuição fiscal dos megaprojectos;- Desenvolver a capacidade de absorção e gestão fiscal prudente de recursos nãoconcessionais;- Assegurar a ajuda externa;- Seguir com os melhoramentos no sistema de gestão das finanças públicas por forma amaximizar a eficiência, transparência e focalização da despesa pública.Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.35


FMI e Moçambique Programa PSI- Aconselhamento de políticas fiscais e monetárias com o objectivo de assegurar a estabilidademacroeconómica.- Selo de qualidade de políticas por forma a assegurar a ajuda externa.- Aconselhamento na contracção e gestão de recursos não concessionais para financiarinvestimentos em infra-estruturas;- Suporte na criação do espaço fiscal em áreas sociais prioritárias, incluindo o sistema deprotecção social; Capacitação Técnica- Sustentar o esforço de mobilização de receitas através da capacitação da Autoridade Tributária- Desenvolver a capacidade de gestão fiscal prudente de recursos não concessionais;- Continuar as melhorias no sistema de gestão das finanças públicas com vista a maximizar aeficiência, transparência e focalização da despesa pública;- Melhorar a gestão macroeconómica e fiscal de recursos minerais: Novo “Topical Trust Fund”- Aprimorar a gestão de política monetária.Fundo Monetário Internacional, Perspectivas Económicas Regionais para África Subsariana.36


Obrigado!www.imf.org/maputoFundo Monetário InternacionalPerspectivas Económicas para África Subsariana. 37

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