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LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLASABNT – Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas TécnicasISO - Organização Mundial para NormalizaçãoPBQP-H - Programa Brasileiro da Qualida<strong>de</strong> e Produtivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> HabitatCET – Centro <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> ProdutoPDP – Processo <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>do</strong> ProdutoCAD – Computer Ai<strong>de</strong>d Design (Desenho Auxilia<strong>do</strong> por Computa<strong>do</strong>r)


Sumário1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................102. OBJETIVO ..........................................................................................................122.1 Objetivo Geral............................................................................................................................. 132.2 Objetivos Específicos ................................................................................................................. 133. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................133.1 O Processo <strong>de</strong> Projeto ............................................................................................................... 133.2 Evolução e Importância da Função Projeto................................................................................ 143.3 Contexto <strong>do</strong> Projeto.................................................................................................................... 163.4 Por que Mo<strong>de</strong>lar o Processo <strong>de</strong> Projeto <strong>de</strong> Edificações? .......................................................... 173.5 El<strong>em</strong>entos básicos <strong>do</strong> planejamento <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> .................................................... 223.6 Levantamento <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>................................................................... 244. METODOLOGIA..................................................................................................334.1 Revisão Bibliográfica .................................................................................................................. 334.2 Observação Assist<strong>em</strong>ática ......................................................................................................... 345. RESULTADOS DA OBSERVAÇÃO ASSISTEMÁTICA.....................................355.1 Profissionais da <strong>em</strong>presa ........................................................................................................... 355.2 Distribuição das ativida<strong>de</strong>s......................................................................................................... 365.3 Análise Descritiva ....................................................................................................................... 396. DISCUSSÃO .......................................................................................................407. CONCLUSAO .....................................................................................................418. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................44


1. INTRODUÇÃOA construção civil brasileira é uma das mais importantes indústrias daeconomia nacional (PICCHI, 1993). Ela é constituída por um conjunto <strong>de</strong> <strong>processo</strong>s<strong>de</strong> trabalho que resultam <strong>em</strong> bens imóveis <strong>de</strong> variadas naturezas, sen<strong>do</strong> “parteindissociável <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> país” (SILVA, 1986, p. 295.).Apesar <strong>de</strong> sua relevância 1 a construção civil é consi<strong>de</strong>rada como um setoratrasa<strong>do</strong> <strong>em</strong> relação a outros setores industriais, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às suas característicaspeculiares <strong>de</strong> organização e divisão <strong>do</strong> trabalho, <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> produção ecaracterísticas <strong>do</strong>s produtos. Isto gera outros aspectos que permit<strong>em</strong> a constatação<strong>de</strong>ste atraso, <strong>de</strong>scrita por Formoso et. al (1993) como o lento <strong>de</strong>senvolvimentotecnológico, a baixa eficiência produtiva, o baixo nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produto final,entre outros.Uma das conseqüências <strong>de</strong>ste atraso na construção é o alto índice <strong>de</strong><strong>de</strong>sperdício, que resulta <strong>em</strong> custos adicionais não <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>s. Gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>stescustos adicionais, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s como perdas, são advin<strong>do</strong>s 2 <strong>de</strong> falhas <strong>do</strong> <strong>processo</strong><strong>de</strong> <strong>projeto</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as na qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> mesmo, como<strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> <strong>em</strong> diversos trabalhos (CALAVERA, 1991; CORNICK, 1991).A importância <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> também po<strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificada à medida que nelesão <strong>de</strong>finidas as características <strong>do</strong> produto, as quais vão <strong>de</strong>terminar o grau <strong>de</strong>satisfação <strong>do</strong>s clientes (PICCHI, 1993). Alguns autores, como Hronec (1992) ePicchi (1993), apontam que 80% <strong>do</strong>s custos da edificação são <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s na etapa <strong>de</strong>concepção, ou seja, na etapa que supre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações, quealimenta e auxilia a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.Os probl<strong>em</strong>as da <strong>em</strong>presa <strong>de</strong> construção relaciona<strong>do</strong>s à etapa <strong>de</strong>1 RELEVANCIA - qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relevante; relevo; importância; vantag<strong>em</strong>2 ADVINDO - adj., que adveio; que chegou <strong>de</strong>pois; acresci<strong>do</strong>.


concepção, i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s por Fruet (1993) e Formoso (1993) e por Scar<strong>do</strong>elli et al.(1993), estão associa<strong>do</strong>s à falta <strong>de</strong> informação.Outros probl<strong>em</strong>as centrais associa<strong>do</strong>s a <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>edificações, aponta<strong>do</strong>s por Alshawi (1992) na Inglaterra são s<strong>em</strong>elhantes aosindica<strong>do</strong>s por Fruet (1993) e Formoso et al. (1993), também verifica<strong>do</strong>s na pesquisarealizada <strong>em</strong> Ribeirão Preto/SP, sen<strong>do</strong>:Solicitação <strong>de</strong> mudanças pelos clientes durante o <strong>processo</strong> produtivo;Falta <strong>de</strong> informação (<strong>projeto</strong> incompleto);Falta <strong>de</strong> integração entre <strong>projeto</strong> e produção 3 (probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong>construtibilida<strong>de</strong> 4 );Deficiência na gestão 5 <strong>do</strong> <strong>processo</strong> construtivo.Diversos autores, segmentam o <strong>processo</strong> construtivo <strong>em</strong> etapas, varian<strong>do</strong>a abrangência <strong>de</strong> cada uma (HELENE et al., 1994). Têm-se, então, as etapas <strong>de</strong>concepção, produção e o uso, que é mais abrangente.Na etapa <strong>de</strong> concepção as características da edificação são <strong>de</strong>finidas eos <strong>do</strong>cumentos são elabora<strong>do</strong>s. Na etapa <strong>de</strong> produção a edificação é construída,utilizan<strong>do</strong> os <strong>do</strong>cumentos elabora<strong>do</strong>s na etapa anterior. Na etapa <strong>de</strong> uso aedificação concluída começa a ser utilizada.Os principais probl<strong>em</strong>as das <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> construção estão associa<strong>do</strong>s aestas diferentes etapas <strong>do</strong> <strong>processo</strong> construtivo:Na contratação <strong>do</strong> trabalho, a falta <strong>de</strong> integração profissional/cliente;Falta <strong>de</strong> conhecimento ou falta <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> solicita<strong>do</strong> aoproprietário para a conclusão <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;Descaso <strong>do</strong> profissional na hora <strong>de</strong> repassar o <strong>projeto</strong> aos colegascolabora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s compl<strong>em</strong>entares, no it<strong>em</strong> integração <strong>de</strong> idéias e soluções;3 PRODUÇÃO - <strong>do</strong> Lat. Productione s. f., ato ou efeito <strong>de</strong> produzir; obra produzida; trabalho; produto; realização;4 CONSTRITIBILIDADE – neste caso é a existência real da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construir o que esta no papel, tranforman<strong>do</strong> aidéia <strong>em</strong> realida<strong>de</strong>.5 GESTÃO - <strong>do</strong> Lat. Gestione s. f., acto <strong>de</strong> gerir; gerência, administração; direcção.


Contratação <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra <strong>de</strong>squalificada que irá <strong>de</strong>monstrar comoto<strong>do</strong>s os probl<strong>em</strong>as anteriores irão se <strong>de</strong>stacar, geran<strong>do</strong> assim uma maiorprobl<strong>em</strong>ática na gestão da obra.Uma das maneiras <strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolver uma gestão <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> maiseficiente é a partir <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res, que são essenciais ao planejamento e controle <strong>do</strong><strong>processo</strong> <strong>de</strong> organização. Os resulta<strong>do</strong>s da organização <strong>de</strong> produtos e <strong>de</strong><strong>processo</strong>s, apresenta<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res, são fundamentais para a análise<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da organização, para tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e para o replanejamento6 (TAKASHINA e FLORES, p. 112, 1996).Além disso, verifica-se que, no Brasil, as propostas curriculares <strong>de</strong> ensinosuperior para os cursos <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil, nãopossu<strong>em</strong> uma padronização <strong>de</strong> exigências na disciplina <strong>de</strong> representação gráfica<strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s. Isto po<strong>de</strong> ser um fator pontual nos probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> entendimento entre osprofissionais no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho.A partir <strong>de</strong>ste contexto e a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>-se o <strong>processo</strong> construtivo comosegmenta<strong>do</strong> <strong>em</strong> concepção 7 , produção e uso, situa-se a seguinte probl<strong>em</strong>ática:Como melhorar a cooperação <strong>do</strong> trabalho entre engenheiros e arquitetosna etapa da concepção estrutural, perío<strong>do</strong> que se <strong>de</strong>ve unir a concepção <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>arquitetônico com os <strong>projeto</strong>s compl<strong>em</strong>entares (estrutural, elétrico, hidro-sanitário, epaisagístico), visan<strong>do</strong> diminuir os prazos da obra?2. OBJETIVOAo consi<strong>de</strong>rar que a maior parte <strong>do</strong>s probl<strong>em</strong>as encontra<strong>do</strong>s na etapa <strong>de</strong>transferência <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> arquitetônico para os <strong>projeto</strong>s compl<strong>em</strong>entares encontram-6 RE-PLANEJAMENTO – a idéia neste caso e a correção <strong>do</strong> que estava pronto, modifican<strong>do</strong> para uma melhor eficiência.7 CONCEPÇÃO - <strong>do</strong> Lat. Conceptione; CONCEITO


se na etapa da produção <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s específicos <strong>em</strong> obra. Segue abaixo osobjetivos <strong>de</strong>ste trabalho.2.1 Objetivo GeralO objetivo geral <strong>de</strong>sta pesquisa é encontrar soluções para os probl<strong>em</strong>as<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>do</strong> ramo da construção civil, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> aótica <strong>do</strong>s principais interventores 8 <strong>do</strong> <strong>processo</strong>.2.2 Objetivos EspecíficosCompreen<strong>de</strong>r e analisar a dinâmica <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>;I<strong>de</strong>ntificar os probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> <strong>em</strong> relaçãoao início da construção;Registrar práticas <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> e indica<strong>do</strong>res das <strong>em</strong>presas, investigan<strong>do</strong> osprobl<strong>em</strong>as existentes quanto ao <strong>projeto</strong> <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> edificação;Verificar mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão <strong>em</strong> <strong>em</strong>presas <strong>do</strong> ramo da construção civil;Levantar/I<strong>de</strong>ntificar indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> melhoria <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> egestão.3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA3.1 O Processo <strong>de</strong> ProjetoNa construção civil, como nas <strong>de</strong>mais indústrias, o <strong>processo</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> produto (PDP) envolve um conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que visa àconcepção, produção e comercialização <strong>de</strong> um produto.8 INTERVENTOR - <strong>do</strong> Lat. Interventore adj. e s. m., que ou o que intervém; interveniente; medianeiro; procura<strong>do</strong>r; neste casoprojetistas e construtores


Especificamente no sub-setor <strong>de</strong> edificações o seu <strong>de</strong>senvolvimento éinterdisciplinar, pois conta com a participação <strong>de</strong> vários agentes com diferentesformações técnicas. Neste <strong>processo</strong> <strong>de</strong>stacam-se, <strong>em</strong> especial, três funções:De marketing (interação entre <strong>em</strong>presa e clientes);De <strong>projeto</strong> (<strong>de</strong>finição da forma física <strong>do</strong> produto);De produção (gestão <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> produção).A fase <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> é um fator fundamental para a obtenção da qualida<strong>de</strong><strong>do</strong>s edifícios, por orientar e intervir nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os participantes <strong>do</strong><strong>processo</strong> <strong>de</strong> produção da edificação. Nela são estabelecidas as melhores soluçõespara as diversas situações que ocorrerão ao longo <strong>de</strong>sse <strong>processo</strong>.Souza et. al. (1997) salienta que além das <strong>de</strong>cisões com relação à forma,tamanho, tipologia e padrão da edificação, <strong>de</strong>cisões sobre custos e t<strong>em</strong>pos sãotomadas ainda nesta fase, o que ressalta a importância da gestão <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong><strong>projeto</strong>, uma vez que o mesmo t<strong>em</strong> influência sobre to<strong>do</strong> o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> construçãoe, por conseguinte 9 , na qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produto final.A união das idéias e concepções entre os profissionais envolvi<strong>do</strong>s, comoengenheiros <strong>de</strong> várias áreas e arquitetos, é essencial à conclusão <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>conforme as idéias e a concepção <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> arquitetônico <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>.3.2 Evolução e Importância da Função ProjetoDe acor<strong>do</strong> com SILVA (1986) o <strong>projeto</strong> não é apenas uma <strong>de</strong>corrência <strong>do</strong><strong>processo</strong> <strong>de</strong> racionalização ou aperfeiçoamento das ativida<strong>de</strong>s humanas, mastambém uma conseqüência da instituição da divisão social <strong>do</strong> trabalho e <strong>do</strong>smecanismos <strong>de</strong> atribuição e distribuição <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s, como fenômenohistórico inseparável <strong>do</strong> <strong>processo</strong> evolutivo das socieda<strong>de</strong>s.Para Silva (1991), a evolução da função <strong>projeto</strong> po<strong>de</strong> ser compreendida9 conseguinte - <strong>do</strong> Lat. Conseqüente adj. 2 gén., consecutivo; conseqüente; imediato. loc. adv., por -: por conseqüência.


através <strong>de</strong> quatro mo<strong>de</strong>los básicos, a saber:O primeiro refere-se a uma socieda<strong>de</strong> mais primitiva, no qual o abrigo éproduzi<strong>do</strong> pelo próprio usuário que, geralmente, reproduz um mo<strong>de</strong>lo concreto,sugeri<strong>do</strong> ou imposto pela tradição. Neste caso, a figura <strong>do</strong> construtor profissionalnão existe e o <strong>projeto</strong> é totalmente dispensável, uma vez que o abrigo ou é areprodução <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo consagra<strong>do</strong> ou é apenas um rudimentar acoplamento <strong>de</strong>compartimentos e materiais <strong>de</strong> construção.No segun<strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo, que correspon<strong>de</strong> a uma socieda<strong>de</strong> um pouco mais<strong>de</strong>senvolvida (socieda<strong>de</strong> intermediária), surge a figura <strong>do</strong> construtor que substitui ousuário <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> eximir-se da tarefa edificatória. No entanto o construtor éessencialmente um executor material da obra, s<strong>em</strong> que isto signifiquenecessariamente ativida<strong>de</strong> criativa (ainda há a força da tradição que impõe mo<strong>de</strong>losprévios). O <strong>projeto</strong> nesta hipótese também é dispensável, <strong>em</strong>bora possa sercogita<strong>do</strong> como forma <strong>de</strong> aperfeiçoamento <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> comunicação entre ousuário e o construtor.O terceiro mo<strong>de</strong>lo, por sua vez, retrata a socieda<strong>de</strong> mais organizada.Neste estágio a produção <strong>do</strong> edifício, além <strong>de</strong> excluir a participação direta <strong>do</strong>usuário, admite ou requer o envolvimento <strong>de</strong> outros intermediários. As necessida<strong>de</strong>s<strong>do</strong>s usuários são, inicialmente, interpretadas por um <strong>do</strong>s intervenientes, o projetista,que as registra e a partir <strong>de</strong> então elabora um <strong>do</strong>cumento – o <strong>projeto</strong>. Isto possibilitaao segun<strong>do</strong> participante, o construtor, a compreensão tanto das necessida<strong>de</strong>s easpirações <strong>do</strong> usuário, quanto das intenções <strong>do</strong> projetista.Por fim, o quarto mo<strong>de</strong>lo refere-se a uma socieda<strong>de</strong> mais <strong>de</strong>senvolvida ecomplexa. O grau <strong>de</strong> especialização que se requer é ainda maior e asresponsabilida<strong>de</strong>s da tarefa edificatória <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser compartilhadas por diversasformações. A existência <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> diferentes especialida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>mandan<strong>do</strong>orientação diferenciada, exige que o <strong>projeto</strong> seja <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bra<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a veicular aslinguagens específicas <strong>de</strong> cada especialida<strong>de</strong>. Neste caso acentua-se o papel <strong>do</strong>


<strong>projeto</strong> como el<strong>em</strong>ento <strong>de</strong> registro e comunicação, incluin<strong>do</strong>-se a função jurídica ou<strong>do</strong>cumental 10 .Frente a isto o <strong>projeto</strong> é conceitua<strong>do</strong> como um instrumento a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> paraevitar a surpresa e o <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong> para to<strong>do</strong>s os intervenientes. Quan<strong>do</strong> o <strong>projeto</strong> éa mera reprodução <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los concretos, como ocorre nos <strong>do</strong>is primeiros mo<strong>de</strong>losmenciona<strong>do</strong>s (socieda<strong>de</strong> primitiva e socieda<strong>de</strong> intermediária), a surpresa e o<strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong> estão automaticamente excluí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> contexto. Nos <strong>do</strong>is últimosmo<strong>de</strong>los (socieda<strong>de</strong> organizada e socieda<strong>de</strong> complexa), o <strong>projeto</strong> preten<strong>de</strong>antecipar a configuração que a obra assumirá, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a prescrever a possibilida<strong>de</strong><strong>do</strong> inespera<strong>do</strong> e <strong>de</strong> suas conseqüências, freqüent<strong>em</strong>ente in<strong>de</strong>sejáveis (SILVA,1991).Reforçan<strong>do</strong> esta idéia, Souza (1997) <strong>de</strong>staca a fase <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> como umfator fundamental para a obtenção da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s edifícios. Ele orienta e intervêmnas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os participantes <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> produção da edificação,estabelecen<strong>do</strong> as melhores soluções para as diversas situações que ocorrerão aolongo <strong>do</strong> mesmo.De acor<strong>do</strong> com Souza (1997), as <strong>de</strong>cisões tomadas na fase <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>têm gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> influenciar os custos finais <strong>do</strong> <strong>em</strong>preendimento.3.3 Contexto <strong>do</strong> ProjetoA falta <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> edificações t<strong>em</strong> como causa principal, a falta <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> no <strong>processo</strong> <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>. Normalmente é <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma forma nãoplanejada, segmentada e seqüencial, s<strong>em</strong> uma visão abrangente e integra<strong>do</strong> <strong>do</strong>binômio <strong>projeto</strong>/execução e com evi<strong>de</strong>nte ausência <strong>de</strong> interação e comunicaçãoentre os diversos agentes envolvi<strong>do</strong>s. As construtoras e incorpora<strong>do</strong>ras brasileirastêm procura<strong>do</strong> usar, ainda que <strong>de</strong> forma incipiente, meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong> gestão daqualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> com a intenção <strong>de</strong> modificar o mo<strong>de</strong>lo tradicional, garantir a10 Como a aprovação prévia <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> pelos órgãos especializa<strong>do</strong>s.


qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus produtos e <strong>processo</strong>s e, conseqüent<strong>em</strong>ente, uma concretizaçãodas solicitações <strong>do</strong>s clientes.Nesse contexto, a incorporação da concepção <strong>do</strong> trabalho da EngenhariaSimultânea enfatiza:Tratamento simultâneo <strong>de</strong> restrições <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> e da manufatura;Paralelismo das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>;Foco na qualida<strong>de</strong>;Custo e cronograma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento;Ênfase na satisfação <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>rConfiguração <strong>de</strong> equipe multidisciplinarConsi<strong>de</strong>ração <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> produto3.4 Por que Mo<strong>de</strong>lar o Processo <strong>de</strong> Projeto <strong>de</strong> Edificações?A etapa comum a qualquer esforço <strong>de</strong> melhoria <strong>de</strong> <strong>processo</strong>s é amo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> ou o levantamento <strong>do</strong> <strong>processo</strong> atual, on<strong>de</strong> o foco é explicitar o<strong>processo</strong> que está <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> e não o que po<strong>de</strong>rá ser realiza<strong>do</strong>. Entretanto, mo<strong>de</strong>lospara o gerenciamento <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> <strong>de</strong> edificações ainda são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>sincipientes 10 .Dessa forma os objetivos ou motivações que justificam a mo<strong>de</strong>lag<strong>em</strong> <strong>do</strong><strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> <strong>de</strong> edificações inclu<strong>em</strong>:Estabelecer e nivelar o entendimento sobre o <strong>processo</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> produto.Explicitar o know-how (porque) da <strong>em</strong>presa.Servir <strong>de</strong> base para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões sobre operações e aorganização da <strong>em</strong>presa.Servir como base para planejar e especificar funções, informações,10 INCIPIENTE - <strong>do</strong> Lat. Incipiente adj. 2 gén., principiante; novato; que está <strong>em</strong> começo.


comunicação, etc.Permitir uma maior eficiência na seleção, treinamento e adaptação <strong>de</strong>novos contrata<strong>do</strong>s ao <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento pratica<strong>do</strong> pela <strong>em</strong>presa.Melhorar a interação e a comunicação entre os intervenientes no<strong>processo</strong>, na medida <strong>em</strong> que permite racionalizar e garantir o fluxo <strong>de</strong> informações.Servir como base para planejar o registro <strong>do</strong>s conhecimentos para usoposterior.Melhorar o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong> novos <strong>em</strong>preendimentos e<strong>projeto</strong>s (previsão <strong>de</strong> recursos, <strong>de</strong> riscos), etc.Servir como base para a escolha e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>ascomputacionais <strong>de</strong> suporte ao <strong>processo</strong>.Manter o padrão das ativida<strong>de</strong>s executadas pelos diversos projetistasatravés <strong>do</strong> estabelecimento <strong>de</strong> procedimentos internos mais consistentes com arealida<strong>de</strong> das áreas envolvidas, facilitan<strong>do</strong> também as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> revisão ecompatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s, b<strong>em</strong> como, <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> certificação ISO.Servir como base para simulação <strong>do</strong> funcionamento <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong><strong>projeto</strong>.I<strong>de</strong>ntificar probl<strong>em</strong>as e promover melhorias no <strong>processo</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento pratica<strong>do</strong>.O Centro <strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong> Edificações (CTE, 1997) <strong>de</strong>screve que “aanálise das práticas <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>, quanto ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>, permitei<strong>de</strong>ntificar que exist<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>as relativos à qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>processo</strong> liga<strong>do</strong>s nãosomente às características <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> profissionais ou a inexistência <strong>de</strong>sist<strong>em</strong>as formais <strong>de</strong> gestão da qualida<strong>de</strong>. Muitas dificulda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong>produção <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> estão relacionadas à estrutura <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e re<strong>de</strong> <strong>de</strong>relacionamento entre elas que se estabeleceram ao longo <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po”.Planejar a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> é fundamental para possibilitar oestabelecimento <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> gestão da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>como um to<strong>do</strong> (GRAY et al., 1994). Os principais fatores que <strong>de</strong>monstram acrescente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste planejamento são <strong>de</strong>scritos, segun<strong>do</strong> CTE (1997,módulo 09) e Huovila et al., (1997, p.56), como:O aumento da importância <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s como pesquisas relacionadas àviabilida<strong>de</strong> e ao lançamento comercial <strong>do</strong> <strong>em</strong>preendimento no merca<strong>do</strong> sob o ponto<strong>de</strong> vista da competitivida<strong>de</strong> da <strong>em</strong>presa, exigin<strong>do</strong> assim a coleta e análise <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s


elativos às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> e à satisfação <strong>do</strong>s clientes finais. Estes da<strong>do</strong>s<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser utiliza<strong>do</strong>s <strong>em</strong> momentos propícios ao longo <strong>do</strong> <strong>processo</strong>, que são<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> planos;As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento <strong>em</strong> <strong>projeto</strong>, que se tornam maiscomplexas pelo aumento <strong>em</strong> seu grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento e pela incorporação <strong>de</strong>novas especialida<strong>de</strong>s no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diminuir o prazo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s<strong>em</strong>preendimentos que, por sua vez, evi<strong>de</strong>ncia a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciar a obra antes<strong>do</strong> término <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s. Muitos probl<strong>em</strong>as são aponta<strong>do</strong>s com relação àsobreposição entre <strong>projeto</strong> e obra na construção, sen<strong>do</strong> que alguns <strong>de</strong>stes po<strong>de</strong>mser diminuí<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> planejamento efetivo <strong>do</strong> <strong>processo</strong>, que propicia a<strong>de</strong>finição clara das informações mínimas necessárias ao início da obra.Muitos <strong>do</strong>s probl<strong>em</strong>as que ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> uma organização são resulta<strong>do</strong>sda falta <strong>de</strong> comunicação entre as pessoas. Isto causa a maioria <strong>do</strong>s probl<strong>em</strong>asorganizacionais e, até mesmo, falhas <strong>de</strong> bons planos.A relação humana t<strong>em</strong> papel central na gestão 11 das organizações, <strong>em</strong>produção <strong>de</strong> mudanças organizacionais e para o controle <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>. Na etapagerencial é importante pensar estrategicamente, a fim <strong>de</strong> aumentar a probabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> obter a resposta <strong>de</strong>sejada e conseguir os objetivos da <strong>em</strong>presa.Alguns autores têm sugeri<strong>do</strong> uma mudança <strong>em</strong> relação ao papelinicialmente associa<strong>do</strong> às ativida<strong>de</strong>s nas organizações. Para Flores (1982) to<strong>do</strong>s ostextos clássicos <strong>de</strong> administração e gerenciamento têm reconheci<strong>do</strong> a importânciada noção <strong>de</strong> comunicação <strong>em</strong>bora, às vezes, a tenham confundi<strong>do</strong> com a noçãomais limitada <strong>de</strong> “informação”. Segun<strong>do</strong> o autor, a essência da ativida<strong>de</strong> gerencial éo uso da linguag<strong>em</strong> para coor<strong>de</strong>nar ações.Winograd (1985) e Flores (1987) apresentam as organizações comore<strong>de</strong>s <strong>de</strong> compromissos, produzidas principalmente através <strong>de</strong> promessas e11 GESTÃO - <strong>do</strong> Lat. Gestione s. f., acto <strong>de</strong> gerir; gerência, administração; direcção.


solicitações. A responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> gerenciamento seria iniciar, ouvir e <strong>de</strong>senvolvera re<strong>de</strong> <strong>de</strong> conversação que cria esses compromissos.Ford e Ford (1995) apontam a mudança organizacional intencional comoum <strong>processo</strong> produzi<strong>do</strong> e, diferente <strong>de</strong> outros autores, diz que a comunicação seriaapenas um <strong>do</strong>s componentes para o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> mudança.Casali (2005 p 86) apresenta <strong>do</strong>is paradigmas distintos no entendimento:“Comunicação nas organizações”: um el<strong>em</strong>ento das organizações,alguma coisa que ocorre <strong>de</strong>ntro da estrutura organizacional. Nesta perspectiva, aorganização é uma entida<strong>de</strong> e essa atitu<strong>de</strong> toma a existência <strong>de</strong>la como um fatoda<strong>do</strong> e então coloca <strong>em</strong> questão como investigá-la cientificamente;“Comunicação como organizações”: engloba a compreensão dacomunicação organizacional que foca no <strong>processo</strong> organizacional realiza<strong>do</strong> por meio<strong>de</strong> interações simbólicas. Nesta concepção as organizações são vistas comosist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> indivíduos <strong>em</strong> interação, por meio da comunicação, ativamenteenvolvi<strong>do</strong>s <strong>em</strong> <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> criação e recriação da sua or<strong>de</strong>m social. Seguin<strong>do</strong> estaperspectiva a comunicação é a substância <strong>de</strong> um <strong>processo</strong> organiza<strong>do</strong>r on<strong>de</strong>, pormeio <strong>de</strong> práticas discursivas, os m<strong>em</strong>bros das organizações se engajam nacomplexa construção <strong>de</strong> diversos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s.O mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> busca fornecer um plano geral para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> mesmo e assim possibilitar sua gestão. A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>ste planogeral visa diminuir ou evitar probl<strong>em</strong>as relaciona<strong>do</strong>s à falta <strong>de</strong> planejamento. Destaforma, através <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo, po<strong>de</strong> ser estabeleci<strong>do</strong> o planejamento para cada <strong>projeto</strong>específico <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> custos, prazos, pessoal envolvi<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ntre outros. Estasativida<strong>de</strong>s propiciam o acompanhamento e possíveis correções no andamento <strong>do</strong><strong>projeto</strong>. A melhoria contínua, a realimentação <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a e a avaliação <strong>de</strong> cada<strong>em</strong>preendimento <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na <strong>em</strong>presa são propiciadas através <strong>do</strong>estabelecimento <strong>de</strong>stas ações gerenciais.O planejamento <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>, quan<strong>do</strong> existente, é usualmente <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>por cada disciplina isoladamente, que segue com seu programa <strong>de</strong> trabalho somentelevan<strong>do</strong> <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração a produção <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos internos ao escritório e asrestrições contratuais, s<strong>em</strong> a consi<strong>de</strong>ração <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por todas asdisciplinas <strong>em</strong> conjunto.É muito difícil coor<strong>de</strong>nar a programação <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po e o fluxo <strong>de</strong>informações, que t<strong>em</strong> um caráter multidisciplinar. A i<strong>de</strong>ntificação e coor<strong>de</strong>nação


<strong>de</strong>stas interfaces são usualmente <strong>de</strong>ixadas a cargo da experiência <strong>do</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r<strong>de</strong> <strong>projeto</strong> ou <strong>do</strong> gerente <strong>do</strong> <strong>em</strong>preendimento. Além disto, usualmente, oplanejamento <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> é <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma superficial, <strong>em</strong> parte porquealguns projetistas acreditam que, por ser um <strong>processo</strong> altamente criativo, o <strong>projeto</strong>não po<strong>de</strong> ser planeja<strong>do</strong> efetivamente (AUSTIN et al., 1994).O planejamento <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> <strong>de</strong>veria apresentar uma relaçãoestreita com o planejamento e controle da produção, principalmente nos casos <strong>em</strong>que ocorre a sobreposição entre <strong>projeto</strong> e obra.A integração <strong>de</strong>stas disciplinas é fundamental porque a maior parte <strong>do</strong><strong>de</strong>talhamento <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s é executada <strong>em</strong> função das necessida<strong>de</strong>s da obra ei<strong>de</strong>ntificada <strong>de</strong> forma gradual ao longo da execução. Entretanto esta integração t<strong>em</strong>si<strong>do</strong> pouco abordada <strong>em</strong> função das dificulda<strong>de</strong>s inerentes ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>um <strong>processo</strong> <strong>de</strong> planejamento arcaico, tanto para o <strong>projeto</strong> como para a produção.Outros fatores que contribu<strong>em</strong> para a pouca utilização <strong>do</strong> planejamentono <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> são <strong>de</strong>scritos por Koskela et al. (1997) como sen<strong>do</strong>: acomplexida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>, que é <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> com numerosas inter<strong>de</strong>pendências,incertezas associadas, probl<strong>em</strong>as relaciona<strong>do</strong>s a aprovações legais e o<strong>de</strong>senvolvimento usual <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> sob pressão <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po.Esta carência com relação ao planejamento <strong>do</strong> <strong>processo</strong> b<strong>em</strong> como as<strong>de</strong>ficiências existentes na estrutura <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e no relacionamento entre osintervenientes <strong>do</strong> mesmo resultam <strong>em</strong> informações insuficientes ou a não utilizaçãodas mesmas, geran<strong>do</strong> assim inconsistências nos <strong>do</strong>cumentos envia<strong>do</strong>s à obra, além<strong>de</strong> perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> espera e trabalho <strong>em</strong> <strong>do</strong>bro (AUSTIN et al., 1994).A ina<strong>de</strong>quação das técnicas corretamente utilizadas para programação <strong>do</strong><strong>projeto</strong>, como os gráficos <strong>de</strong> barras e diagramas <strong>de</strong> precedência também geram<strong>de</strong>ficiências no planejamento <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> (LEVITT & KUNZ, 1988). Estas técnicas sãoeficientes na programação <strong>de</strong> <strong>processo</strong>s, on<strong>de</strong> as ativida<strong>de</strong>s são pre<strong>de</strong>finidas, mas


ineficientes para a programação <strong>de</strong> <strong>processo</strong>s que envolv<strong>em</strong> interações e loopings 12ou escolha <strong>de</strong> alternativas como o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> (AUSTIN et al., 1994; GRAYet al., 1994).Tais técnicas po<strong>de</strong>m representar a <strong>de</strong>pendência entre as ativida<strong>de</strong>s, masnão suas inter<strong>de</strong>pendências (GRAY et al., 1994). Em função das limitações,usualmente aqueles que planejam o <strong>processo</strong> ten<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>finir as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>projeto</strong> ignoran<strong>do</strong> a multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interações requeridas por cada uma (LEVITT &KUNZ, 1988).3.5 El<strong>em</strong>entos básicos <strong>do</strong> planejamento <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>Diversos autores apresentam propostas para o planejamento <strong>de</strong><strong>processo</strong>s como <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>, as quais procuram i<strong>de</strong>ntificar como <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s os principais el<strong>em</strong>entos a ser<strong>em</strong> aborda<strong>do</strong>s. FAUFER et al. (1996)<strong>de</strong>screv<strong>em</strong> que o <strong>em</strong>preendimento <strong>de</strong>ve ser planeja<strong>do</strong> sist<strong>em</strong>ática e integralmente,ten<strong>do</strong> os objetivos <strong>do</strong> <strong>em</strong>preendimento claros e que as <strong>de</strong>cisões sejam ajustadas not<strong>em</strong>po e quan<strong>do</strong> necessárias <strong>em</strong> cada fase <strong>do</strong> <strong>processo</strong> (TZORTZOPOULOS, 1999).Os momentos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e os <strong>de</strong>talhes da <strong>do</strong>cumentação <strong>do</strong>trabalho, b<strong>em</strong> como articulação <strong>do</strong>s planos, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser utiliza<strong>do</strong>s como guias para aexecução, autorização, comunicação, coor<strong>de</strong>nação e controle das ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>sel<strong>em</strong>entos básicos para a eficiência <strong>do</strong> planejamento.No início <strong>do</strong> <strong>processo</strong> existe a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um planejamento geralpara o <strong>em</strong>preendimento, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> todas as etapas <strong>do</strong> trabalho, a interface como <strong>processo</strong> <strong>de</strong> execução e as principais ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s intervenientes quecontribu<strong>em</strong> para o mesmo (GRAY et al., 1994; TZORTZOPOULOS, 1999).Na medida <strong>em</strong> que o escopo <strong>do</strong> <strong>em</strong>preendimento vai sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>, oplano geral <strong>de</strong>ve ser refina<strong>do</strong>. A i<strong>de</strong>ntificação das informações e <strong>de</strong>finições quanto àsua transferência entre os intervenientes <strong>do</strong> <strong>processo</strong> é um <strong>do</strong>s principais objetivos12 Loopings – Neste caso significa, alterações.


<strong>do</strong> planejamento (GRAY et al., 1994).Somente através <strong>do</strong> planejamento po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> claramente o fluxo <strong>de</strong>informações e, assim, é possibilitada a diminuição <strong>de</strong> perdas b<strong>em</strong> como aorganização <strong>de</strong> grupos multidisciplinares (AUSTIN et al, 1994). Os mesmos autoresafirmam que a manipulação <strong>de</strong>stes fluxos através <strong>do</strong>s sucessivos estágios <strong>do</strong><strong>processo</strong> é essencial para possibilitar o seu gerenciamento eficiente e eficaz.Com posse das informações necessárias os projetistas po<strong>de</strong>m dispensarmais t<strong>em</strong>po e esforços com a criativida<strong>de</strong> e a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>(AUSTIN et al., 1994). Um el<strong>em</strong>ento importante para o planejamento <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong><strong>projeto</strong> é a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> interações existentes entre as ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>mesmo, possibilitan<strong>do</strong> assim seu planejamento efetivo.Figura 1. THUMLERT Murillo, M.Austin et al, (1994) propõ<strong>em</strong> três tipos <strong>de</strong> categorias <strong>de</strong> interações entreas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>, sen<strong>do</strong> as mesmas apresentadas no quadro 1. Quan<strong>do</strong> oproduto <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> (ou parte <strong>de</strong>le) é insumo para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s subseqüentes, estas são consi<strong>de</strong>radas seqüenciais ou lineares. Asativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scritas como paralelas po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidas ao mesmo t<strong>em</strong>po no<strong>processo</strong>, pois utilizam insumos já produzi<strong>do</strong>s e geram produtos diferentes. Já asativida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> interação dinâmica <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser <strong>de</strong>senvolvidas conjuntamente (Huovilaet al., 1997 b), pois as informações geradas por uma ativida<strong>de</strong> influenciamfort<strong>em</strong>ente a outra.Usualmente existe a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ter arbítrios para realizarativida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> interação dinâmica, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser confirma<strong>do</strong>s após o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>do</strong> conjunto das ativida<strong>de</strong>s que interag<strong>em</strong>. A importância da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>ste tipo<strong>de</strong> interação no <strong>projeto</strong> é a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> checag<strong>em</strong> <strong>de</strong>stas informaçõesarbitradas, fato que algumas vezes não ocorre e po<strong>de</strong> ocasionar probl<strong>em</strong>asposteriores ou trabalho <strong>em</strong> <strong>do</strong>bro <strong>em</strong> obra. Algumas <strong>em</strong>presas que já estão sepreocupan<strong>do</strong> com a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s serviços como:


Quadra construtora, que possui o PBQP-H. Este um instrumento <strong>do</strong>Governo Fe<strong>de</strong>ral para cumprimento <strong>do</strong>s compromissos firma<strong>do</strong>s pelo Brasil quan<strong>do</strong>da assinatura da Carta <strong>de</strong> Istambul (Conferência <strong>do</strong> Habitat II/1996). A sua meta éorganizar o setor da construção civil <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> duas questões principais: amelhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> habitat e a mo<strong>de</strong>rnização produtiva. (PBQP-H, 2007),A construtora Mestra já possui o PBQP-H, ISO 9001 (InternacionalStandard Organization).O sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ISO 9001 é o resulta<strong>do</strong> da estrutura <strong>de</strong>senvolvida<strong>de</strong>ntro da <strong>em</strong>presa na busca contínua <strong>de</strong> satisfação <strong>do</strong>s clientes. Para tantoprocuram assegurar a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s produtos e serviços através da padronização econtrole <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> produção, estoque, <strong>em</strong>balag<strong>em</strong>, atendimento, distribuição eo gerenciamento <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res da <strong>em</strong>presa.A ISO com se<strong>de</strong> <strong>em</strong> Genebra na Suíça, criou a certificação mundialmentereconhecida ISO 9001, para servir como referência mais sólida <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação das<strong>em</strong>presas que priorizam a satisfação <strong>de</strong> seus clientes e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seusprodutos. (ISO 9001,2007)Hoga Construções Possui Pbqp-H, Iso 9001-2000.A ISO 9001-2000 especifica requisitos para um Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Gestão daQualida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> uma organização precisa <strong>de</strong>monstrar sua capacida<strong>de</strong> para fornecerprodutos que atendam aos requisitos <strong>do</strong> cliente e aos requisitos regulamentaresaplicáveis, objetiva aumentar a satisfação <strong>do</strong> cliente. (ISO 9000, 2007).3.6 Levantamento <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>As ativida<strong>de</strong>s disparadas por eventos específicos não po<strong>de</strong>m ter suaseqüência vinculada claramente ao <strong>processo</strong>, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s os limitespossíveis <strong>de</strong> ocorrência das mesmas nos mo<strong>de</strong>los. Desta forma, foram <strong>de</strong>finidas nosmo<strong>de</strong>los ativida<strong>de</strong>s que faz<strong>em</strong> parte <strong>do</strong> eixo principal (fluxo principal <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s)<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> e ativida<strong>de</strong>s.Exist<strong>em</strong> algumas ativida<strong>de</strong>s para as quais po<strong>de</strong>ria ter si<strong>do</strong> <strong>de</strong>finida umarepresentação diferenciada nos mo<strong>de</strong>los, a fim <strong>de</strong> torná-las mais transparentes.Através da análise <strong>do</strong>s mesmos, os el<strong>em</strong>entos básicos <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong><strong>projeto</strong>, são apresenta<strong>do</strong>s. Após, apresenta-se uma visão geral <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong><strong>projeto</strong> e finalmente os el<strong>em</strong>entos básicos <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo.


Através da análise <strong>do</strong>s mesmos, percebeu-se a necessida<strong>de</strong> representar<strong>de</strong> forma diferenciada os marcos <strong>do</strong> <strong>processo</strong> como, por ex<strong>em</strong>plo, o início da obra,as ativida<strong>de</strong>s fragmentadas e <strong>de</strong> caráter informal como, por ex<strong>em</strong>plo, a negociaçãocom clientes, que po<strong>de</strong> ocorrer diversas vezes ao longo <strong>do</strong> <strong>processo</strong>. Ainda,ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interface entre o <strong>projeto</strong> e obra, como as ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> <strong>de</strong>produção e alguns <strong>de</strong>talhes construtivos que <strong>de</strong>fin<strong>em</strong> parte <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong>produção, também po<strong>de</strong>riam ser representadas <strong>de</strong> forma diferenciada nosfluxogramas.A impl<strong>em</strong>entação <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los v<strong>em</strong> sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvida junto à <strong>em</strong>presa<strong>de</strong> forma gradual, buscan<strong>do</strong> facilitar a introdução das mudanças que se faz<strong>em</strong>necessárias nos <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> trabalho. Apesar disto, algumas vezes houvebarreiras à impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong>stas mudanças. No estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso foram verificadas,algumas vezes, dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> modificar a forma usual <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver asativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>. Um ex<strong>em</strong>plo claro <strong>de</strong>ste fator é que, na <strong>em</strong>presa, a sondag<strong>em</strong>foi <strong>de</strong>finida como uma ativida<strong>de</strong> da etapa <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> executivo, apesar <strong>do</strong>reconhecimento por parte da <strong>em</strong>presa da necessida<strong>de</strong> prévia <strong>de</strong>sta informação no<strong>processo</strong>. Também, modificações que envolv<strong>em</strong> questões contratuais entreprojetistas e <strong>em</strong>presas foram polêmicas e <strong>de</strong> difícil modificação. Por ex<strong>em</strong>plo, aatuação <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os projetistas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as etapas iniciais <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> envolv<strong>em</strong>odificações contratuais, que foram parcialmente impl<strong>em</strong>entadas na <strong>em</strong>presa <strong>do</strong>estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso. É importante salientar que, apesar <strong>de</strong>stes fatores, <strong>do</strong>zeprocedimentos foram impl<strong>em</strong>enta<strong>do</strong>s totalmente na <strong>em</strong>presa.Desta forma é importante que estas barreiras sejam consi<strong>de</strong>radas e queseja proposta estratégia <strong>de</strong> impl<strong>em</strong>entação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo que procur<strong>em</strong> superá-las.Uma forma possível <strong>de</strong> diminuir este probl<strong>em</strong>a é a elaboração <strong>de</strong> procedimentospara ativida<strong>de</strong>s que estavam sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvidas <strong>em</strong> algum <strong>projeto</strong> pela <strong>em</strong>presano momento <strong>do</strong> trabalho. Isto facilitou a elaboração <strong>do</strong> procedimento e também suaimpl<strong>em</strong>entação. Além disto, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> procedimentos <strong>em</strong> função <strong>de</strong>


necessida<strong>de</strong>s específicas da <strong>em</strong>presa também simplificou o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> mudança.Neste trabalho as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interface 13 entre o <strong>projeto</strong> e os <strong>de</strong>mais<strong>processo</strong>s da <strong>em</strong>presa foram mais abordadas <strong>do</strong> que as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><strong>projeto</strong>. Isto ocorreu, pois estas ativida<strong>de</strong>s apresentam usualmente gargalos <strong>do</strong><strong>processo</strong> na <strong>em</strong>presa <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso e a sua resolução resolve probl<strong>em</strong>asimediatos das mesmas. Assim sen<strong>do</strong>, o <strong>de</strong>senvolvimento inicial <strong>de</strong> procedimentospara estas ativida<strong>de</strong>s ocorreu objetivan<strong>do</strong>-se reduzir as barreiras <strong>de</strong> impl<strong>em</strong>entação<strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los e, como resulta<strong>do</strong>, obteve-se o engajamento <strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s.O perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po necessário ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los foibastante longo. As <strong>de</strong>finições <strong>do</strong>s fluxogramas e das planilhas <strong>de</strong> insumos, os<strong>processo</strong>s e produtos foram trabalhos árduos para as <strong>em</strong>presas, pois não foipossível perceber claramente melhorias no <strong>processo</strong> anteriormente àimpl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> procedimentos. Porém, ao longo <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>smo<strong>de</strong>los, uma mudança na abordag<strong>em</strong> <strong>do</strong> <strong>processo</strong> por parte <strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s pô<strong>de</strong>ser observada e algumas modificações nos <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> trabalho foramgradualmente incorporadas. Apesar <strong>de</strong>stas dificulda<strong>de</strong>s, e <strong>do</strong> longo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong>t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> impl<strong>em</strong>entação total <strong>do</strong> trabalho (aproximadamente 18 meses), a <strong>em</strong>presamanteve-se motivada com o mesmo e inclusive, v<strong>em</strong> gradualmente assumin<strong>do</strong>pre<strong>do</strong>minant<strong>em</strong>ente um papel <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandante <strong>do</strong> trabalho. Isto <strong>de</strong>monstra o forteenvolvimento da <strong>em</strong>presa e a percepção por parte <strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s benefíciosadvin<strong>do</strong>s ao <strong>processo</strong> <strong>em</strong> função <strong>de</strong> sua impl<strong>em</strong>entação.O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na <strong>em</strong>presa <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso apresentabasicamente <strong>do</strong>is tipos diferentes <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, um relaciona<strong>do</strong> à produção <strong>do</strong><strong>projeto</strong> e outro à gestão <strong>do</strong> <strong>em</strong>preendimento. As ativida<strong>de</strong>s relacionadas à produção<strong>de</strong> <strong>projeto</strong> po<strong>de</strong>m ser classificadas como:Coleta e análise <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s (por ex<strong>em</strong>plo, levantamento expedito,13 <strong>do</strong> Ing. Interface s. f., neol., superfície que <strong>de</strong>limita <strong>do</strong>is corpos, espaços ou fases; dispositivo (físico ou lógico) que estabelece aadaptação entre <strong>do</strong>is sist<strong>em</strong>as in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.


sondag<strong>em</strong> 14 e registro <strong>de</strong> alterações <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>);Lançamento, <strong>de</strong>senvolvimento e <strong>de</strong>talhamento <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> e ativida<strong>de</strong>srelacionadas à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e incorporação <strong>de</strong> padrões das <strong>em</strong>presas nos<strong>projeto</strong>s (as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seleção tecnológica e as análises <strong>de</strong>senvolvidas). Asativida<strong>de</strong>s relacionadas à gestão <strong>do</strong> <strong>em</strong>preendimento po<strong>de</strong>m ser classificadas comoativida<strong>de</strong>s que explicitam as interfaces <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> com os <strong>de</strong>mais sub-<strong>processo</strong>s <strong>do</strong><strong>em</strong>preendimento (a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material <strong>de</strong> lançamento) e asavaliações/aprovações envolvidas no <strong>processo</strong> (ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle como aaprovação da etapa).As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>, das quais resultam partes <strong>do</strong><strong>projeto</strong> como produto, foram <strong>de</strong>finidas nos mo<strong>de</strong>los. As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lançamentosão consi<strong>de</strong>radas como a representação da primeira concepção <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>,engloban<strong>do</strong> a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> seus el<strong>em</strong>entos e parâmetros básicos. O<strong>de</strong>senvolvimento é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o refinamento <strong>do</strong> lançamento, incluin<strong>do</strong> as <strong>de</strong>mais<strong>de</strong>finições necessárias ao <strong>projeto</strong>. O <strong>de</strong>talhamento é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como a <strong>de</strong>finição ereprodução <strong>do</strong>s <strong>de</strong>talhes <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> produção, sen<strong>do</strong> omesmo <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> i<strong>de</strong>almente após a resolução <strong>de</strong> todas as interfaces entre os<strong>projeto</strong>s.É importante ressaltar que n<strong>em</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s gerenciaisusualmente <strong>de</strong>senvolvidas <strong>em</strong> <strong>em</strong>preendimentos são representadas nos mo<strong>de</strong>los,pois algumas <strong>de</strong>las não apresentam fortes interfaces com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s<strong>projeto</strong>s. Também n<strong>em</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forte interface com o <strong>processo</strong> <strong>de</strong><strong>projeto</strong> foram representadas nos mo<strong>de</strong>los, mas somente aquelas consi<strong>de</strong>radasrelevantes por parte da <strong>em</strong>presa <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso. I<strong>de</strong>almente todas estasinterfaces <strong>de</strong>veriam ser explicitadas, estabelecen<strong>do</strong>-se assim um mo<strong>de</strong>lo amplo que<strong>de</strong>fina claramente o <strong>em</strong>preendimento como um to<strong>do</strong>. Porém, a <strong>de</strong>finição clara <strong>de</strong>stas14 SONDAGEM - s. f., operação <strong>de</strong> sondar; perfuração feita no terreno para verificar a sua natureza geográfica ou hidrológica;pesquisa; investigação; recolha <strong>de</strong> opinião;


interfaces somente é possibilitada à medida que o mo<strong>de</strong>lo é <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>. De fato asativida<strong>de</strong>s relacionadas à gestão <strong>do</strong> <strong>em</strong>preendimento vêm sen<strong>do</strong> gradualmenteincorporadas durante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los na <strong>em</strong>presa.A partir da elaboração <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> o seuplanejamento é possibilita<strong>do</strong>, conforme menciona<strong>do</strong> anteriormente. Com isto, épossível a aplicação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s princípios da produção enxuta (Koskela,1992). A aplicação <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>stes princípios no mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> <strong>processo</strong> é discutidaa seguir, <strong>em</strong>bora uma reflexão aprofundada sobre a aplicação <strong>do</strong>s mesmosnecessita ser efetuada com base no monitoramento da impl<strong>em</strong>entação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo.(a) Redução <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que não agregam valor ao produto: po<strong>de</strong> seratingida ao longo da <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo, procuran<strong>do</strong>-se diminuir as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>fluxo inspeções, esperas e transferência <strong>de</strong> informações.Anteriormente à <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>stas ativida<strong>de</strong>s, estas inspeções ocorriam, namaior parte das vezes, aleatoriamente ao longo <strong>do</strong> <strong>processo</strong>. Além disto, a <strong>de</strong>finição<strong>de</strong> que a compatibilização <strong>de</strong>ve ser uma ativida<strong>de</strong> intrínseca ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong><strong>projeto</strong> e das duas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> compatibilização (como avaliações externas)também objetiva diminuir a incidência <strong>de</strong> inspeções ao longo <strong>do</strong> <strong>processo</strong>. Osperío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> espera <strong>do</strong> <strong>processo</strong> po<strong>de</strong>m diminuir através <strong>de</strong> seu planejamentoefetivo e pela <strong>de</strong>finição clara das informações necessárias ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>cada ativida<strong>de</strong> e das produzidas pelas mesmas (através das planilhas <strong>de</strong> insumo,<strong>processo</strong> e produto). Além disto, os clientes internos <strong>de</strong>stas informações são<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s nos procedimentos e, <strong>de</strong>sta forma, assim que uma informação <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> éproduzida, ela po<strong>de</strong> ser repassada aos intervenientes que a necessitam.O trabalho <strong>em</strong> <strong>do</strong>bro ao longo <strong>do</strong> <strong>processo</strong> po<strong>de</strong> ser diminuí<strong>do</strong> <strong>em</strong> funçãoda <strong>de</strong>finição clara das informações necessárias ao início das ativida<strong>de</strong>s. O t<strong>em</strong>po eesforços, necessários para a transmissão <strong>de</strong> informações, é reduzi<strong>do</strong> através <strong>do</strong>estabelecimento <strong>de</strong> parcerias entre <strong>em</strong>presas e projetistas, o que possibilita aaproximação entre os diversos intervenientes e favorece as condições <strong>do</strong> trabalhomultidisciplinar <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>. Ainda, a obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> CAD pelos projetistas,e a troca <strong>de</strong> informações via correio eletrônico, também ten<strong>de</strong>m a diminuir o t<strong>em</strong>po<strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> informações. Porém, é importante salientar que as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>fluxo não foram completamente i<strong>de</strong>ntificadas e n<strong>em</strong> explicitadas neste trabalho pelanecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição mais <strong>de</strong>talhada das conversões <strong>do</strong> <strong>processo</strong>, para queposteriormente seja possível i<strong>de</strong>ntificar os fluxos <strong>do</strong> mesmo (TZORTZOPOULOS,


1999).(b) Aumento <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> produto através da consi<strong>de</strong>ração sist<strong>em</strong>ática <strong>do</strong>srequisitos <strong>do</strong>s clientes: po<strong>de</strong>m ser atingi<strong>do</strong>s a partir da inserção <strong>de</strong> informações <strong>de</strong>merca<strong>do</strong>, como insumo <strong>de</strong> algumas ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>processo</strong>, <strong>de</strong>finidas nas planilhas<strong>de</strong> insumo, <strong>processo</strong> e produto.Também, a execução <strong>de</strong> avaliações <strong>de</strong> satisfação <strong>do</strong> cliente e o uso <strong>de</strong>questionários na exposição <strong>do</strong> produto, fornec<strong>em</strong> informações importantes que sãoagregadas como insumos anteriores na <strong>em</strong>presa <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso e objetiva, entreoutros fatores, que as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s clientes finais sejam incorporadasefetivamente na <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> produto. Com relação à obra, o principal cliente interno<strong>do</strong> <strong>processo</strong> é a incorporação das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seleção tecnológica 15 , <strong>do</strong>envolvimento da equipe <strong>de</strong> produção no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> algumas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>projeto</strong> e da incorporação da elaboração <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> produção na <strong>em</strong>presa <strong>do</strong>estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso, o que aumenta o valor <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> para este cliente. A consi<strong>de</strong>raçãosist<strong>em</strong>ática <strong>do</strong>s requisitos e necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s clientes (internos e externos) aolongo das diversas etapas ten<strong>de</strong> a diminuir a perda <strong>de</strong> valor (VALUE LOSS) no<strong>projeto</strong>, que é aponta<strong>do</strong> por Koskela e Huovila (1997) como um <strong>do</strong>s probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong>ste<strong>processo</strong>.(c) Redução da variabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>processo</strong>: é atingida através da <strong>de</strong>finiçãoclara das ativida<strong>de</strong>s a ser<strong>em</strong> executadas, com o refinamento constante <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo etambém <strong>em</strong> função da transparência <strong>do</strong> mesmo. Anteriormente à elaboração <strong>do</strong>smo<strong>de</strong>los na <strong>em</strong>presa o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> ocorria <strong>de</strong> uma forma diferenciada acada novo <strong>em</strong>preendimento, não haven<strong>do</strong> nenhum padrão para a <strong>de</strong>finição dasativida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> sua seqüência. Com a impl<strong>em</strong>entação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo será possível queo <strong>processo</strong> seja <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma s<strong>em</strong>elhante para diversos <strong>em</strong>preendimentos.A transparência <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo auxilia a redução da variabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>processo</strong> à medidaque to<strong>do</strong>s os intervenientes passam a ter uma visão sistêmica <strong>do</strong> <strong>processo</strong> e têm15 Consi<strong>de</strong>ra-se a estratégia <strong>de</strong> produção da <strong>em</strong>presa.


conhecimento claro <strong>do</strong> seu papel e das interfaces <strong>de</strong> seu trabalho com relação ao<strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais envolvi<strong>do</strong>s (TZORTZOPOULOS, 1999).(d) Redução <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> ciclo: conforme Koskela (1992), o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>ciclo po<strong>de</strong> ser reduzi<strong>do</strong> através da redução das ativida<strong>de</strong>s que não agregam valor epela redução da variabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>processo</strong>. Ainda, a redução <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> ciclo forçaa redução das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fluxo. O estabelecimento <strong>do</strong> planejamento <strong>do</strong> <strong>processo</strong><strong>de</strong> <strong>projeto</strong>, através da <strong>de</strong>terminação e constante avaliação <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po necessário àexecução das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>finidas, ten<strong>de</strong> a favorecer a redução <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> ciclo. Opapel <strong>do</strong> gerente <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> é fundamental neste senti<strong>do</strong>, pois este <strong>de</strong>ve evitar queocorram paradas <strong>de</strong>snecessárias no <strong>processo</strong>. Em <strong>projeto</strong> exist<strong>em</strong> diversasativida<strong>de</strong>s que necessitam <strong>de</strong> informações produzidas por outras ativida<strong>de</strong>s e, poristo, quanto menor for o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> ciclo, mais fácil é a troca <strong>de</strong>stas informações <strong>em</strong>enos informações ten<strong>de</strong>m a se per<strong>de</strong>r ao longo <strong>do</strong> <strong>processo</strong>. Entretanto po<strong>de</strong>-sedizer que a tradução <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> ciclo, conforme utiliza<strong>do</strong> na produçãopara o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>, é complexa e requer mais investigação. A bibliografianão apresenta <strong>de</strong> forma clara qual o conceito <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> ciclo no <strong>processo</strong> <strong>de</strong><strong>projeto</strong>.(e) Simplificação através da redução <strong>do</strong> número <strong>de</strong> passos: quanto maiscomplexo for o <strong>processo</strong>, maior ten<strong>de</strong> a ser o seu custo e mais fácil a incidência <strong>de</strong>probl<strong>em</strong>as. A redução <strong>do</strong> número <strong>de</strong> passos foi enfatizada ao longo <strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los e à medida que estes vêm sen<strong>do</strong> refina<strong>do</strong>s, estasimplificação aumenta. Isto ocorre pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reagrupar ativida<strong>de</strong>s através<strong>do</strong>s procedimentos, o que possibilita a redução <strong>do</strong> número total <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s. Aindaprocurou-se estabelecer nos mo<strong>de</strong>los um número <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s menor <strong>do</strong> que ousual <strong>do</strong> <strong>processo</strong> e <strong>de</strong>finir claramente quais ativida<strong>de</strong>s necessitam intensainteração entre os intervenientes. Um ex<strong>em</strong>plo é a coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> terreno,executada totalmente <strong>em</strong> uma só visita ao local (TZORTZOPOULOS, 1999).(f) Aumento da flexibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produto: o aumento da flexibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>produto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das estratégias competitivas e <strong>de</strong> produção a<strong>do</strong>tada pela <strong>em</strong>presa.Este foi atingi<strong>do</strong> através da <strong>de</strong>finição das três ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> modificações <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>pelos clientes, que <strong>de</strong>fin<strong>em</strong> uma flexibilida<strong>de</strong> planejada para os produtos da<strong>em</strong>presa. De acor<strong>do</strong> com a etapa <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>, po<strong>de</strong>m ser modifica<strong>do</strong>s: primeiramenteo posicionamento <strong>de</strong> algumas pare<strong>de</strong>s, os pontos elétricos e hidráulicos.Posteriormente, foram modifica<strong>do</strong>s pisos e revestimentos e, finalmente, pinturas,


louças, metais e fechaduras. Esta é consi<strong>de</strong>rada uma boa prática para <strong>em</strong>presasque preten<strong>de</strong>m flexibilizar os seus produtos, pois permite que os clientes modifiqu<strong>em</strong>el<strong>em</strong>entos <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> s<strong>em</strong> prejudicar substancialmente a eficiência <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong>produção (TZORTZOPOULOS, 1999).(g) Aumento da transparência <strong>do</strong> <strong>processo</strong>: é atingida, pois o mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong>fine claramente quais são as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>, quais suas relações <strong>de</strong>precedência, quais os conteú<strong>do</strong>s <strong>de</strong> cada uma, qu<strong>em</strong> <strong>de</strong>ve se envolver <strong>em</strong> suaexecução e <strong>de</strong> que forma, o que <strong>de</strong>ve ser produzi<strong>do</strong> e quais são os próximosclientes das informações produzidas. Ainda, a representação gráfica <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lopermite que haja uma comunicação a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> seus conteú<strong>do</strong>s para osintervenientes envolvi<strong>do</strong>s. A subdivisão hierárquica <strong>do</strong> <strong>processo</strong> também possibilitoumaior transparência ao mo<strong>de</strong>lo, à medida que se po<strong>de</strong> ter uma visão <strong>do</strong> to<strong>do</strong> e <strong>de</strong>suas partes separadamente. A transparência <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo ten<strong>de</strong> a aumentar à medidaque o mesmo for mais <strong>de</strong>talha<strong>do</strong> e refina<strong>do</strong> (TZORTZOPOULOS, 1999).(h) Foco no controle no <strong>processo</strong> como um to<strong>do</strong>: a <strong>de</strong>finição dasativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprovação da etapa, configuran<strong>do</strong> um instrumento <strong>de</strong> controle <strong>do</strong><strong>processo</strong>, b<strong>em</strong> como a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> aprovações externas para algumas ativida<strong>de</strong>s<strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo, possibilita que haja foco no controle ao longo <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o <strong>processo</strong>. Aindaexist<strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>s que possu<strong>em</strong> controle interno <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> e estes vêm sen<strong>do</strong>explicita<strong>do</strong>s nos procedimentos. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> listas <strong>de</strong> verificação a ser<strong>em</strong>utilizadas <strong>em</strong> algumas ativida<strong>de</strong>s como ferramentas <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> <strong>processo</strong>,também, está previsto.A incorporação <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> eprodutivida<strong>de</strong> nos mo<strong>de</strong>los também po<strong>de</strong> possibilitar o aumento <strong>do</strong> controle <strong>do</strong><strong>processo</strong>. O uso <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> <strong>de</strong>ve ser explicita<strong>do</strong> nos procedimentos<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s (TZORTZOPOULOS, 1999).(i) Melhoria contínua: a melhoria continua é um conceito que permeouto<strong>do</strong> o trabalho, não só na <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo (nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> feedback e nobanco <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> proposto), mas também no méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa utiliza<strong>do</strong>.A inserção <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s nestas retro alimentações como, por ex<strong>em</strong>plo, a avaliação dasatisfação <strong>do</strong> cliente final, possibilita a melhoria <strong>do</strong>s produtos forneci<strong>do</strong>s pela<strong>em</strong>presa (TZORTZOPOULOS, 1999).(j) Equilíbrio entre as melhorias nos fluxos e nas conversões: nos mo<strong>de</strong>los<strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso, foi difícil utilizar o principio que prevê o equilíbrio entre as


melhorias <strong>de</strong> fluxo e <strong>de</strong> conversões. Isto ocorreu, pois há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser<strong>em</strong><strong>de</strong>finidas mais precisamente as conversões <strong>do</strong> <strong>processo</strong>, para que posteriormentepossam ser i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s e diminuí<strong>do</strong>s seus fluxos. Ainda, os fluxos <strong>do</strong> <strong>processo</strong> nãoforam claramente i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s, à medida que os fluxogramas representam somenteativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conversão. Uma das principais barreiras à explicitação das ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> fluxo é a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> representá-las graficamente. As ferramentas tradicionaisutilizadas para a representação <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> informações, tais como o Diagrama <strong>de</strong>Fluxo <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s (DFD) e IDEF-0 (SANVIDO, 1992) não são eficazes <strong>em</strong> termos <strong>de</strong>comunicação no caso <strong>de</strong> <strong>processo</strong>s muito complexos, como é o caso <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>(TZORTZOPOULOS1999).(k) Benchmarking: a utilização <strong>de</strong> informações provenientes <strong>de</strong> trabalhosanteriores, b<strong>em</strong> como das entrevistas realizadas com especialistas <strong>em</strong> gestão <strong>do</strong><strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> e <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los da bibliografia, possibilitaram que o mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong>estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso fosse <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> não só através da análise da <strong>em</strong>presa envolvida,mas também abordan<strong>do</strong> boas práticas i<strong>de</strong>ntificadas no setor. Porém, existe anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> benchmarking mais estrutura<strong>do</strong>s, objetivan<strong>do</strong>estudar o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> <strong>em</strong> outra <strong>em</strong>presa com mais profundida<strong>de</strong> e,inclusive, <strong>em</strong> outras indústrias.Cabe salientar ainda que existe a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicar alguns <strong>de</strong>stesprincípios <strong>de</strong> forma mais ampla no <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> através <strong>do</strong> refinamento <strong>do</strong>mo<strong>de</strong>lo, que é facilita<strong>do</strong> pela forma <strong>de</strong> impl<strong>em</strong>entação <strong>do</strong> mesmo na <strong>em</strong>presa(TZORTZOPOULOS, 1999).


4. Meto<strong>do</strong>logiaPara alcançar o objetivo principal <strong>de</strong>sta monografia elaborou-se umapesquisa qualitativa, utilizan<strong>do</strong> basicamente <strong>do</strong>is méto<strong>do</strong>s:! Revisão bibliográfica;! Observação assist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> um <strong>projeto</strong>;Uma pesquisa qualitativa visa, essencialmente, levantar questõespertinentes ao t<strong>em</strong>a a ser estuda<strong>do</strong>, s<strong>em</strong> se comprometer com questões <strong>de</strong>quantificação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s. Talvez a melhor maneira <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r o que significapesquisa qualitativa é <strong>de</strong>terminar o que ela não é. Ela não é um conjunto <strong>de</strong>procedimentos que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> fort<strong>em</strong>ente <strong>de</strong> análise estatística para suas inferênciasou <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s quantitativos para a coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s (GLAZIER, 1992).Na pesquisa qualitativa, o pesquisa<strong>do</strong>r é um interpreta<strong>do</strong>r da realida<strong>de</strong>(BRADLEY, 1993). As características <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s qualitativos são (PATTON, 1980;GLAZIER, 1992):! Descrições <strong>de</strong>talhadas <strong>de</strong> fenômenos, comportamentos;! Citações diretas <strong>de</strong> pessoas sobre suas experiências;! Trechos <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos, registros, correspondências;! Gravações ou transcrições <strong>de</strong> entrevistas e discursos;! Da<strong>do</strong>s com maior riqueza <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes e profundida<strong>de</strong>;! Interações entre indivíduos, grupos e organizações;Os méto<strong>do</strong>s qualitativos são apropria<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> o fenômeno <strong>em</strong> estu<strong>do</strong>é complexo, <strong>de</strong> natureza social e não ten<strong>de</strong> à quantificação. Normalmente, sãousa<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> o entendimento <strong>do</strong> contexto social e cultural é um el<strong>em</strong>entoimportante para a pesquisa. Para apreen<strong>de</strong>r méto<strong>do</strong>s qualitativos é preciso apren<strong>de</strong>ra observar, registrar e analisar interações reais entre pessoas, e entre pessoas esist<strong>em</strong>as (LIEBSCHER, 1998).4.1 Revisão BibliográficaA revisão bibliográfica é um levantamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s a partir <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong>informações publicadas e confiáveis <strong>do</strong>s principais trabalhos científicos já realiza<strong>do</strong>ssobre o t<strong>em</strong>a escolhi<strong>do</strong>, com gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> importância por ser<strong>em</strong> capazes <strong>de</strong> fornecerda<strong>do</strong>s atuais e relevantes, abrangen<strong>do</strong>: publicações avulsas, livros, jornais, revistas,


ví<strong>de</strong>os, internet, etc.A pesquisa t<strong>em</strong> por objetivo buscar a melhoria <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s finais naindústria da construção civil, por isso se fez necessário pesquisar alguns t<strong>em</strong>as:Informação tecnológica: busca <strong>de</strong> novas tecnologias já testadas eaprovadas por outros pesquisa<strong>do</strong>res, já disponíveis no merca<strong>do</strong> da construção civil.Gerenciamento da indústria: levantamento <strong>de</strong> informações sobre novosméto<strong>do</strong>s, com objetivo <strong>de</strong> obter como base experiências anteriores.Consulta a ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS): verificação das normas técnicas para uma avaliação correta <strong>do</strong>sprocedimentos da <strong>em</strong>presa <strong>em</strong> relação aos contratos <strong>de</strong> serviços, discriminação <strong>do</strong>sserviços para a construção, elaboração <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s, representação <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s,gestão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e avaliação <strong>de</strong> custos.Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> gestão: levantamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s para gerenciamento eficaz nosetor financeiro e na execução <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s.Compatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s: busca por novas técnicas e opiniões<strong>de</strong>senvolvidas por outros profissionais e que <strong>de</strong>ram resulta<strong>do</strong>s positivos.4.2 Observação Assist<strong>em</strong>áticaA observação assist<strong>em</strong>ática, também chamada observação espontânea,informal, simples, livre ou ocasional é a observação s<strong>em</strong> o <strong>em</strong>prego <strong>de</strong> qualquertécnica, s<strong>em</strong> planejamento, s<strong>em</strong> controle e s<strong>em</strong> quesitos observacionaispreviamente elabora<strong>do</strong>s.A observação também é consi<strong>de</strong>rada uma coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s para conseguirinformações sob <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s aspectos da realida<strong>de</strong>. Ela ajuda o pesquisa<strong>do</strong>r“i<strong>de</strong>ntificar e obter provas a respeito <strong>de</strong> objetivos sobre os quais os indivíduos nãotêm consciência, mas que orientam seu comportamento” (LAKATOS, 1996).O trabalho se <strong>de</strong>senvolveu a partir <strong>de</strong> um plantão <strong>de</strong>ntro da <strong>em</strong>presa A,durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> cinco dias na parte da manhã, duas horas diárias no mês <strong>de</strong>abril <strong>de</strong> 2.007durante as quais participou-se das ativida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> geral <strong>do</strong> escritório.O pesquisa<strong>do</strong>r permaneceu ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s profissionais <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>constatan<strong>do</strong> os conflitos entre eles, participou <strong>de</strong> reuniões, on<strong>de</strong> se discutiam osprobl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s e como executá-los. Esteve nas quatro obras <strong>em</strong> execuçãoverifican<strong>do</strong> os conflitos <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s e constatan<strong>do</strong> as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> execução.


Participou também <strong>de</strong> encontros entre a <strong>em</strong>presa e o seu cliente, <strong>em</strong> várias etapas.Porém, não participou das reuniões para <strong>de</strong>cisões financeiras e <strong>de</strong> estratégiasfuturas da <strong>em</strong>presa.O trabalho realiza<strong>do</strong> na <strong>em</strong>presa B <strong>de</strong>senvolveu-se da mesma forma quena <strong>em</strong>presa A, apenas se diferencian<strong>do</strong> que nas reuniões o proprietário solicitou aopinião <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r <strong>em</strong> relação aos conflitos existentes. O perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisarealizou-se <strong>em</strong> seis dias durante quatro horas diárias no perío<strong>do</strong> da tar<strong>de</strong> no mês <strong>de</strong>maio <strong>de</strong> 2008.5. Resulta<strong>do</strong>s da Observação Assist<strong>em</strong>áticaO presente trabalho <strong>de</strong>monstra os resulta<strong>do</strong>s das observações realizadasnas <strong>em</strong>presas A e B, referentes à gestão, verifican<strong>do</strong> o que mu<strong>do</strong>u <strong>em</strong> relação àsnormas da ABNT, o uso <strong>de</strong> novas tecnologias e a percepção <strong>de</strong> pontos positivos enegativos nos trabalhos executa<strong>do</strong>s.5.1 Profissionais da <strong>em</strong>presaO quadro <strong>de</strong> funcionários da <strong>em</strong>presa A é composto por 01 sócio diretor(engenheiro civil), que permanece como interlocutor entre o cliente e a bancada <strong>de</strong>trabalho e o gerenciamento <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s, 01 arquiteto e urbanista no<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s arquitetônicos que também atua no auxílio <strong>do</strong> diretorjunto aos clientes e <strong>de</strong>senvolve uma parceria com o responsável pela execução daobra, 01 engenheiro civil contrata<strong>do</strong> para <strong>de</strong>senvolver os <strong>projeto</strong>s compl<strong>em</strong>entares ea fiscalização da execução das obras, 01 <strong>de</strong>senhista, que prepara e orienta osestagiários quanto ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s <strong>de</strong>senhos para as aprovações legais eos estagiários (três) que atuam no auxílio <strong>em</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> escritório.Exist<strong>em</strong> profissionais parceiros (na área <strong>de</strong> engenharia e <strong>de</strong> arquitetura)da <strong>em</strong>presa que, caso seja necessário, são convoca<strong>do</strong>s a participar<strong>em</strong> das etapas<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, mas que po<strong>de</strong>m causar gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrio na etapa <strong>de</strong><strong>projeto</strong>, pois precisam ser treina<strong>do</strong>s para minimizar os probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> conflitos entreos <strong>projeto</strong>s. Assim, os profissionais <strong>do</strong> quadro da <strong>em</strong>presa, são libera<strong>do</strong>s paraatuar<strong>em</strong> <strong>em</strong> campo, junto das obras.A <strong>em</strong>presa possui capacida<strong>de</strong> para executar 08 obras <strong>de</strong> até 05 andaresao mesmo t<strong>em</strong>po, mas estava executan<strong>do</strong> 10 obras, sen<strong>do</strong> elas 05 edificações


esidênciais uni-familiares, 02 edificações multi-familiares e 03 edificaçõescomerciais.O quadro <strong>de</strong> funcionários da <strong>em</strong>presa B é composto pelo proprietário nocargo <strong>de</strong> diretor financeiro, um arquiteto (filho <strong>do</strong> proprietário) responsável pelos<strong>projeto</strong>s e execução das obras, 01 <strong>de</strong>senhista presta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> serviço que prepara o<strong>de</strong>senho técnico para a execução e aprovação junto aos órgãos públicos, 01 mestre<strong>de</strong> obras forma<strong>do</strong> junto ao SENAC (escola técnica) no auxílio <strong>do</strong> arquiteto nocontrole das execuções.A <strong>em</strong>presa possui capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> 04 obras <strong>de</strong> até 03pavimentos, mas encontrava-se executan<strong>do</strong> 03 edificações uni-familiares e 01edificação comercial que <strong>de</strong>mandava um gran<strong>de</strong> controle <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao contrato <strong>de</strong>execução ter si<strong>do</strong> estabeleci<strong>do</strong> com um banco. A <strong>em</strong>presa B realiza <strong>projeto</strong>s comrecursos próprios, sen<strong>do</strong> que as unida<strong>de</strong>s habitacionais serão comercializa<strong>do</strong>s apósa conclusão da obra pelo proprietário da <strong>em</strong>presa que também possui umaimobiliária.5.2 Distribuição das ativida<strong>de</strong>sCada profissional no escritório da <strong>em</strong>presa A possui sua função préestabelecida,por ex<strong>em</strong>plo, o arquiteto realiza a entrevista com o cliente, levanta<strong>do</strong>às necessida<strong>de</strong>s que já vai associan<strong>do</strong> à viabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>, a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvero <strong>projeto</strong> arquitetônico s<strong>em</strong> esquecer <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais <strong>projeto</strong>s necessários a ser<strong>em</strong>elabora<strong>do</strong>s, tais como o estrutural, o elétrico, entre outros, e por fim a verificação <strong>em</strong>obra durante a fase <strong>de</strong> execução.


Figura 2. THMLERT. Murillo, M.Fonte: Desenvolvi<strong>do</strong> pelo pesquisa<strong>do</strong>r.O início <strong>do</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> técnico é da<strong>do</strong>quan<strong>do</strong> se repassa o <strong>projeto</strong> da área comercial para a área <strong>de</strong> produção. Oengenheiro responsável sai a campo para o levantamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s.A função <strong>do</strong> diretor <strong>de</strong> produção é organizar as idéias <strong>do</strong>s profissionaisque estão atuan<strong>do</strong> no <strong>projeto</strong> e verificar a real funcionabilida<strong>de</strong> 16 <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> para aexecução.O arquiteto é responsável pela última verificação após a união <strong>do</strong>s<strong>projeto</strong>s antes <strong>de</strong> se iniciar a execução da obra que ficará a cargo <strong>do</strong> mesmo.Os estagiários são pessoas que não possu<strong>em</strong> uma função <strong>de</strong>terminada,mas são <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a necessida<strong>de</strong>, pois também exerc<strong>em</strong> a função <strong>de</strong> fiscal na obra16 FUNCIONABILIDADE, neste caso quer dizer possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>.


e <strong>de</strong> auxiliares <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho quan<strong>do</strong> necessário.Na fase <strong>de</strong> execução, o arquiteto fica responsável pela fiscalização daobra conforme o <strong>projeto</strong> e pela qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> final e o engenheiro seresponsabiliza pelo <strong>processo</strong> <strong>de</strong> execução e pelo controle das técnicas executadas.To<strong>do</strong>s os <strong>projeto</strong>s são <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a digital(ferramentas CAD), inician<strong>do</strong> assim as dificulda<strong>de</strong>s já cita<strong>do</strong>s anteriormente.Na <strong>em</strong>presa B, o <strong>processo</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma obra é to<strong>do</strong>controla<strong>do</strong> pelo arquiteto, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o contato com os clientes até a execução damesma.O diretor administrativo se preocupa apenas com a administração <strong>do</strong>scustos e recebimentos com o auxílio <strong>do</strong> arquiteto.O <strong>de</strong>senhista recebe o <strong>projeto</strong> arquitetônico e prepara para a execução eenvio para a prefeitura e após este <strong>processo</strong> encaminha novamente ao arquiteto.Figura 3. THUMLERT. Murillo, M.Fonte: Desenvolvi<strong>do</strong> pelo pesquisa<strong>do</strong>r.O engenheiro recebe o <strong>projeto</strong> arquitetônico, realiza os <strong>projeto</strong>scompl<strong>em</strong>entares e encaminha tu<strong>do</strong> ao arquiteto também.O mestre <strong>de</strong> obras recebe o <strong>projeto</strong> <strong>do</strong> arquiteto e estuda uma forma <strong>de</strong>execução <strong>do</strong> mesmo, elaboran<strong>do</strong> juntamente com o arquiteto a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> queforma <strong>de</strong> executá-lo.


To<strong>do</strong> este <strong>processo</strong> <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s é feito digitalmente, através<strong>de</strong> programas específicos, geran<strong>do</strong> um único arquivo digital final <strong>em</strong> um cd paraarquivo.5.3 Análise DescritivaAo analisar a <strong>em</strong>presa A foram <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>s pontos positivos e negativos.A atualização constante <strong>de</strong> conhecimento a partir da contratação intensa <strong>de</strong>profissionais e o uso <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a seqüencial <strong>de</strong> etapas com os profissionaisestabeleci<strong>do</strong>s previamente s<strong>em</strong>pre como regra da <strong>em</strong>presa po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>como positivo na questão <strong>de</strong> atualização <strong>de</strong> idéias.A <strong>em</strong>presa consegue a atualização constante <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à contratação <strong>de</strong>profissionais t<strong>em</strong>porários ou para trabalhos específicos. Profissionais estesflutuantes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> várias <strong>em</strong>presas, levan<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa para outrasnovida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> técnicas, tecnologias e tendências <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. Em contrapartida, oacúmulo <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s na <strong>em</strong>presa, a falta <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a digital integra<strong>do</strong> e oaban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> estagiário após sua transformação <strong>em</strong> profissional <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s como pontos negativos da <strong>em</strong>presa A.O pré-estabelecimento das ativida<strong>de</strong>s e funções <strong>de</strong>ntro da <strong>em</strong>presaconstitui uma ca<strong>de</strong>ia produtiva que facilita o <strong>de</strong>senvolvimento e o gerenciamento <strong>do</strong>s<strong>projeto</strong>s pelo diretor.Outro fator muito importante é a disposição da <strong>em</strong>presa para novastécnicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s, inovações na forma <strong>de</strong> apresentação aocliente, com isso facilitan<strong>do</strong> a atuação no merca<strong>do</strong>.Já na <strong>em</strong>presa B, o <strong>projeto</strong> to<strong>do</strong> passa pelas mãos <strong>do</strong> arquiteto. Oarquiteto direciona e minimiza to<strong>do</strong>s os conflitos, estipula o que po<strong>de</strong> e o que nãopo<strong>de</strong> ser feito pelo parceiro engenheiro, geran<strong>do</strong> apenas uma fonte <strong>de</strong> informaçõesna <strong>em</strong>presa.Na execução, a incidência <strong>de</strong> erros será minimizada, visto que o <strong>projeto</strong>não foi modifica<strong>do</strong> ou elabora<strong>do</strong> por pessoas diferentes, manten<strong>do</strong> assim uma linha<strong>de</strong> pensamento e trabalho única, facilitan<strong>do</strong> o gerenciamento <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> como umto<strong>do</strong>.O maior probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> gerenciamento é que o arquiteto não


possui muito t<strong>em</strong>po para a elaboração <strong>de</strong> novos <strong>projeto</strong>s <strong>em</strong> função <strong>de</strong> estar s<strong>em</strong>preenvolvi<strong>do</strong> na execução <strong>de</strong>stes, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> trazer assim uma dificulda<strong>de</strong> financeiramaior à <strong>em</strong>presa.6. DiscussãoO trabalho da <strong>em</strong>presa A é realiza<strong>do</strong> por profissionais e com qualida<strong>de</strong>,porém não consegu<strong>em</strong> explorar to<strong>do</strong> seu potencial <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a algumas falhas no<strong>processo</strong> produtivo <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s. Mesmo assim, os resulta<strong>do</strong>s da <strong>em</strong>presa sãosatisfatórios. Já na <strong>em</strong>presa B, o <strong>projeto</strong> é melhor elabora<strong>do</strong>, chegan<strong>do</strong> maispróximo ao resulta<strong>do</strong> espera<strong>do</strong> pelo cliente.A <strong>em</strong>presa A possui uma idéia <strong>de</strong> organização e funcionabilida<strong>de</strong> b<strong>em</strong>elaborada e estruturada, apenas as contratações <strong>de</strong> novos profissionais t<strong>em</strong>porárioscausam probl<strong>em</strong>as ao <strong>processo</strong> produtivo, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à falta <strong>de</strong> treinamento, para quepossam trabalhar <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s padrões pré-estabeleci<strong>do</strong>s pela <strong>em</strong>presa, visto que sãooriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> várias <strong>em</strong>presas diferentes.A gestão <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar com osconflitos gera<strong>do</strong>s pelos esqu<strong>em</strong>as <strong>de</strong> trabalhos diferentes acaba não sen<strong>do</strong> muitob<strong>em</strong> sucedida pela <strong>em</strong>presa A, acarretan<strong>do</strong> custos maiores à <strong>em</strong>presa e tambémaos clientes, já na <strong>em</strong>presa B isso é minimiza<strong>do</strong> pela facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> uma<strong>em</strong>presa <strong>de</strong> menor porte e familiar e seu sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> trabalho.A seguir são elenca<strong>do</strong>s alguns sugestões para que a <strong>em</strong>presa A possarealizar os <strong>projeto</strong>s com maior eficiência:Realizar treinamento para os profissionais contrata<strong>do</strong>s, mesmo quet<strong>em</strong>porários, pois estes profissionais, <strong>de</strong> maneira geral, não irão executar apenas umtrabalho para a <strong>em</strong>presa.A diminuição <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> horas trabalhadas para a <strong>em</strong>presa po<strong>de</strong>rá serrealizada através das melhorias na eficiência nos trabalhos realiza<strong>do</strong>s pelosprofissionais, quan<strong>do</strong> da contratação <strong>de</strong> profissionais já treina<strong>do</strong>s anteriormente pela<strong>em</strong>presa.A a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a digital único <strong>de</strong> trabalho, para que possa ocorrera integração <strong>do</strong>s diversos <strong>projeto</strong>s digitalmente e não da forma manual evitan<strong>do</strong><strong>de</strong>sperdícios e erros.O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> admissão <strong>do</strong>s estagiários ao quadro


<strong>de</strong> funcionários, quan<strong>do</strong> forma<strong>do</strong>s permitin<strong>do</strong> o aproveitamento <strong>do</strong> conhecimentos e<strong>do</strong>s treinamentos <strong>de</strong>stes.Manter como referência <strong>de</strong> trabalho as normas da ABNT.As sugestões <strong>de</strong> melhorias para a <strong>em</strong>presa B são as seguintes:Ampliação <strong>do</strong> quadro <strong>de</strong> funcionários quan<strong>do</strong> necessário, mas com muitocuida<strong>do</strong> para que não inchar e apresentar os mesmos probl<strong>em</strong>as da <strong>em</strong>presa A.Iniciar um programa <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> estagiários para que a <strong>em</strong>presapossa crescer, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um programa planeja<strong>do</strong>, através da contratação <strong>de</strong>profissionais que ali estagiaram.7. CONCLUSAOApós o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho, algumas consi<strong>de</strong>rações po<strong>de</strong>mser levantadas com relação às <strong>em</strong>presas pesquisadas. O probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> execução <strong>de</strong><strong>projeto</strong>s, geralmente está liga<strong>do</strong> diretamente ao <strong>processo</strong> <strong>de</strong> gerenciamento, queinicia com a entrevista com o cliente envolven<strong>do</strong> as etapas <strong>de</strong> <strong>projeto</strong> até oprocedimento <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong>ste no canteiro <strong>de</strong> obras e a efetiva execução.Com o estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> e com a apresentação <strong>do</strong>s probl<strong>em</strong>as levanta<strong>do</strong>saos proprietários das <strong>em</strong>presas, verificou-se uma gran<strong>de</strong> preocupação <strong>do</strong>s mesmos,<strong>em</strong> resolver o mais rápi<strong>do</strong> possível to<strong>do</strong>s os pontos coloca<strong>do</strong>s.Alguns objetivos foram alcança<strong>do</strong>s rapidamente como:Implantação das normas da ABNT <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s escritórios através <strong>de</strong>palestra informativa e na cobrança nas ativida<strong>de</strong>s diárias.Implantação <strong>de</strong> reuniões entre arquitetos e engenheiros para a verificaçãogeral <strong>do</strong>s probl<strong>em</strong>as encontra<strong>do</strong>s antes <strong>de</strong> encaminhar para a obra o <strong>de</strong>senho final.A obrigatorieda<strong>de</strong> da troca <strong>de</strong> arquivos digitais para prévia correção entreos profissionais antes da conclusão <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>.Realização <strong>de</strong> reuniões s<strong>em</strong>anais durante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>junto com o cliente para troca <strong>de</strong> informações cliente/produção.A contratação <strong>de</strong> mais um arquiteto e mais um engenheiro para<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s <strong>em</strong> ambas as <strong>em</strong>presas.A promessa <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> reciclag<strong>em</strong> <strong>do</strong>s profissionais <strong>em</strong> breve, na<strong>em</strong>presa A.Compra <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res mais mo<strong>de</strong>rnos para que to<strong>do</strong>s possam ter os


programas disponíveis.Um fator muito importante que no inicio trouxe muita discucao foi:Qu<strong>em</strong> <strong>de</strong>veria gerenciar a obra? E a sugestão oriunda da pesquisa foi,que o arquiteto, após ter elabora<strong>do</strong> o <strong>projeto</strong>, <strong>de</strong>veria ser responsável pela execuçãoe gerenciamento da obra com o auxílio <strong>do</strong> engenheiro.A formação <strong>do</strong> arquiteto lhe confere total capacida<strong>de</strong> para realizar estafunção, sen<strong>do</strong> que o <strong>projeto</strong> é o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> seu trabalho o que traz facilida<strong>de</strong> pararesolver imediatamente qualquer probl<strong>em</strong>a que possa vir a acontecer na obra. A<strong>em</strong>presa B já possui este sist<strong>em</strong>a e os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s ao término das obras sãomuito bons.Em relação à sugestão <strong>de</strong> padronização, esta <strong>de</strong>staca-se pelanecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> envolvimento <strong>de</strong> todas as pessoas, crian<strong>do</strong> condições internas paragarantir a sobrevivência da <strong>em</strong>presa, pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumento daprodutivida<strong>de</strong> e da competitivida<strong>de</strong> das mesmas, principalmente <strong>em</strong> razão <strong>do</strong> altocusto que é evita<strong>do</strong> no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> sua aplicação.Para que o <strong>projeto</strong> se tornasse eficaz quanto aos objetivos que propunha,observou-se, na implantação da meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong>ste trabalho, que é imprescindívelto<strong>do</strong> um comportamento <strong>de</strong> conhecimentos prévios <strong>do</strong> perfil <strong>do</strong>s participantes, paraa a<strong>de</strong>quação das práticas sist<strong>em</strong>áticas ou estratégicas <strong>de</strong> regimentos associadas aopadrão ABNT.De acor<strong>do</strong> com o que foi enumera<strong>do</strong> no it<strong>em</strong> objetivos específicos <strong>de</strong>stetrabalho, po<strong>de</strong>-se afirmar que os diretores e arquitetos aceitaram positivamente assugestões levantadas durante a pesquisa visan<strong>do</strong> a solução <strong>do</strong>s probl<strong>em</strong>asencontradas na execução proposta <strong>de</strong>ste trabalho.Durante o estu<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong>, <strong>em</strong> relação aos princípiosconceituais sobre sist<strong>em</strong>atização para impl<strong>em</strong>entação <strong>do</strong>s padrões, que ao tratar um<strong>projeto</strong> como um padrão <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> materiais/peças <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa (aplicação<strong>em</strong> obras, <strong>projeto</strong>s, gerenciamento <strong>de</strong> materiais, entre outros), enten<strong>de</strong>-se que épreciso ter conhecimento <strong>do</strong>s <strong>processo</strong>s para compreen<strong>de</strong>r esta aplicação <strong>do</strong>spadrões. Dessa forma, foi sugeri<strong>do</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> padronização nas <strong>em</strong>presas.Em fim, <strong>em</strong> relação ao trabalho, nota-se que a sist<strong>em</strong>atização<strong>de</strong>senvolvida da padronização <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes construtivos <strong>em</strong> outras <strong>em</strong>presas, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>


`a abrangência da proposta, fazen<strong>do</strong>-se os ajustes necessários.Po<strong>de</strong>-se concluir que através <strong>de</strong>sta pesquisa, obtive sucesso <strong>de</strong> nasist<strong>em</strong>atização <strong>de</strong> <strong>processo</strong> <strong>de</strong> padronização <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes construtivos <strong>em</strong> <strong>projeto</strong>s,evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> a praticida<strong>de</strong> e a simplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste para viabilizar um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>padronização, sen<strong>do</strong> possível o estabelecimento <strong>do</strong>s padrões através <strong>de</strong> um méto<strong>do</strong><strong>de</strong>fini<strong>do</strong> e preciso.O arquiteto não é um simples <strong>de</strong>senhista. Ele possui to<strong>do</strong>s os prérequisitosnecessários para o gerenciamento <strong>de</strong> obras. Sabe-se que o cria<strong>do</strong>r é oúnico que po<strong>de</strong> resolver um probl<strong>em</strong>a <strong>em</strong> sua criação s<strong>em</strong> trazer novos probl<strong>em</strong>as.Algumas sugestões são <strong>de</strong>ixadas neste trabalho para que novos <strong>projeto</strong>s<strong>de</strong> pesquisa sejam realiza<strong>do</strong>s, saben<strong>do</strong> que apesar <strong>de</strong>ste trabalho ter si<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>para uma especialização, o mesmo não aprofun<strong>do</strong>u o t<strong>em</strong>a, visto que este é amplo.Sugere-se, portanto, uma pesquisa para implantação <strong>de</strong> uma disciplina nauniversida<strong>de</strong> nos cursos <strong>de</strong> graduação, na qual se possa estudar o t<strong>em</strong>a<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> neste trabalho, ou seja, o gerenciamento <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong>s<strong>de</strong> suacriação até sua execução por arquitetos.Além disso, esta pesquisa po<strong>de</strong>ria ser ampliada para outras <strong>em</strong>presas,por ex<strong>em</strong>plo aquelas com selo <strong>de</strong> certificação ISO 9000. Esta comparação serviriapara analisar os probl<strong>em</strong>as advin<strong>do</strong> da super produtivida<strong>de</strong> imposta nestas<strong>em</strong>presas.Esta pesquisa po<strong>de</strong> <strong>em</strong>basar futuros estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> gestão <strong>em</strong> <strong>em</strong>presas daconstrução civil com abordag<strong>em</strong> quantitativa, para que se possa compreen<strong>de</strong>r oesta<strong>do</strong> da arte das <strong>em</strong>presas no país.Por último, sugere-se a avaliação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los teóricos <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong><strong>projeto</strong>s aplica<strong>do</strong>s nas <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> construção civil.


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