LER E ESCREVER: UM OLHAR DUAL SOBRE CAETÉS, DE ...

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Anais Eletrônicos do IV Seminário Nacional Literatura e CulturaSão Cristóvão/SE: GELIC/UFS, 03 e 04 de maio de 2012.ISSN: 2175-412810em Caetés, as barreiras que perpassavam a vontade que João Valério continha, asbarreiras impostas pela sociedade.Considerações FinaisO modo de compreensão sobre o que seja ler, escrever e a literatura como umtodo da sociedade ficcional de Caetés é limitado. Temos aqui, uma sociedadetotalmente ultrapassada, onde o que importa não é o saber, mas sim o ter.Nesse sentido, pudemos constatar que João Valério vive em um ambientetotalmente contrário àquilo que a leitura pode proporcionar, pois geralmente quandonos apropriamos do mundo ficcional entendemos melhor o que estar mascarado nasociedade.Outro ponto importante no processo de leitura de textos literários a sediscutir, é a de que em geral um leitor torna-se leitor porque alguém em algummomento o motivou para tal, dessa forma verificamos que a formação cultural doindivíduo é um fator que influencia em sua competência de leitura. Temos em Caetésum narrador que de maneira inconsciente acaba escrevendo sua própria história. Éinteressante notarmos que Graciliano parece mostrar como a composição de umaobra ficcional não é algo totalmente racionalizado, é algo sentido, vivenciado e queem muito perpassa os objetivos do próprio escritor. A maneira como a história seráconstruída dependerá tão somente do olhar do leitor.REFERÊNCIASBARTHES, Roland. O prazer do texto. 4. ed. Trad. J. Guinsburg. São Paulo:Perspectiva, 2008.BATISTA, Eloisy Oliveira. Graciliano Ramos: escritor, narrador, autor e herói. umaleitura do “eu” na obra de Memória do Cárcere. Campinas, 2011. Dissertação(Mestrado em Letras) - Universidade Estadual de Campinas.COMPAGNON, Antoine. O leitor. In: O demônio da teoria: Leitura e senso comum.Trad. Cleonice Paes Barreto Mourão e Consuelo Fortes Santiago. Belo Horizonte: Ed.UFMG, 2003. p. 139-164.

Anais Eletrônicos do IV Seminário Nacional Literatura e CulturaSão Cristóvão/SE: GELIC/UFS, 03 e 04 de maio de 2012.ISSN: 2175-412811CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. 6. ed. São Paulo: Companhia EditoraNacional, 1980, p. 17-39.CANDIDO, Antonio; CASTELLO, José Aderaldo. Presença da literatura brasileira:modernismo. 7. ed. São Paulo: Difel, 1979. p. 289-290.GUEDES, Debora Carla Santos. O indianismo e a intertextualidade em Caetés.Literatura em debate, Rio de Janeiro, v. 01, n. 01, p. 01-13, dez. 2007.JAUSS, Hans Robert (et al). A literatura e o leitor: textos de estética da recepção.Trad. Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 67-165.ISER, Wolfgang. O jogo do texto. In: A literatura e o leitor: textos de estética darecepção. Trad. Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. 105-118.LOBO, Luiza. Leitor. In: JOBIM, José Luis (org.). Palavras da crítica. Rio de Janeiro:Imago, 1992. p. 231-251.PITT, Cristiano Paulo. Vida Agreste: memória e regionalidade em São Bernardo.Caxias do Sul, 2010. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade de Caxias doSul.RAMOS, Graciliano. Caetés. São Paulo: Círculo do livro, s.d.SILVA, Aline Bezerra. A relação amorosa e os modos de (vi)ver a ética em Caetés, deGraciliano Ramos. Revista Garrafa, Rio de Janeiro, s.v., n. 20, p. 01-14, abr. 2010.ZILBERMAN, Regina. Recepção e leitura no horizonte da literatura. Alea: EstudosNeolatinos, Rio de Janeiro. v. 10, n. 1, p. 01-08, jun. 2008.

Anais Eletrônicos do IV Seminário Nacional Literatura e CulturaSão Cristóvão/SE: GELIC/UFS, 03 e 04 de maio de 2012.ISSN: 2175-412810em Caetés, as barreiras que perpassavam a vontade que João Valério continha, asbarreiras impostas pela sociedade.Considerações FinaisO modo de compreensão sobre o que seja ler, escrever e a literatura como umtodo da sociedade ficcional de Caetés é limitado. Temos aqui, uma sociedadetotalmente ultrapassada, onde o que importa não é o saber, mas sim o ter.Nesse sentido, pudemos constatar que João Valério vive em um ambientetotalmente contrário àquilo que a leitura pode proporcionar, pois geralmente quandonos apropriamos do mundo ficcional entendemos melhor o que estar mascarado nasociedade.Outro ponto importante no processo de leitura de textos literários a sediscutir, é a de que em geral um leitor torna-se leitor porque alguém em algummomento o motivou para tal, dessa forma verificamos que a formação cultural doindivíduo é um fator que influencia em sua competência de leitura. Temos em Caetésum narrador que de maneira inconsciente acaba escrevendo sua própria história. Éinteressante notarmos que Graciliano parece mostrar como a composição de umaobra ficcional não é algo totalmente racionalizado, é algo sentido, vivenciado e queem muito perpassa os objetivos do próprio escritor. A maneira como a história seráconstruída dependerá tão somente do olhar do leitor.REFERÊNCIASBARTHES, Roland. O prazer do texto. 4. ed. Trad. J. Guinsburg. São Paulo:Perspectiva, 2008.BATISTA, Eloisy Oliveira. Graciliano Ramos: escritor, narrador, autor e herói. umaleitura do “eu” na obra de Memória do Cárcere. Campinas, 2011. Dissertação(Mestrado em Letras) - Universidade Estadual de Campinas.COMPAGNON, Antoine. O leitor. In: O demônio da teoria: Leitura e senso comum.Trad. Cleonice Paes Barreto Mourão e Consuelo Fortes Santiago. Belo Horizonte: Ed.UFMG, 2003. p. 139-164.

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