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MARIA ELVIRA ROCHA DE SÁ - ICSA

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Equipe de professores em curso de formaçãoDeu para perceber que a sua história seconfunde com a do PARU...Se confunde porque odebate acerca da atualização doprojeto pedagógico às novasdemandas socioprofissionais nosfaz compreender a relação entrea graduação em Serviço Sociale os movimentos populares. Éuma alternativa de engajamentoprofissional que precisava serconsolidada no processo deformação profissional. Os cursos deServiço Social no Brasil começarama se voltar para esse debate e umaprodução teórico-metodológicacomeçou a fluir e a se desenvolverem âmbito local, regional e nacional.E quais as principais mudanças desde seuinício de carreira até hoje no Serviço Social?Uma das principaismudanças que eu percebo são asrespostas que o Serviço Social temque dar à demanda de produção denovos conhecimentos no âmbitodas Ciências Sociais Aplicadas,absorvendo o que é produzidopelas Ciências Sociais básicas econsolidando essa área especificade conhecimento técnico-científico.O Serviço Social como uma dasáreas desse campo das chamadasCiências Sociais Aplicadas fazparte do conjunto de Faculdades eProgramas de Pós-Graduação queintegram o <strong>ICSA</strong>.O desafio a ser enfrentadoé de qualificar os projetos depesquisa propostos e alavancar aPós-graduação em Serviço Social.A pesquisa está colocada comouma necessidade de se fazer avançaro ensino de graduação, mas elase coloca de maneira muito maisdireta em relação ao ensino de pósgraduação.Nós temos certezade que a pós-graduação nãoavança se a pesquisa nãoavança também.Eu diria que muitas vezeshá riscos de estagnação napesquisa, quando se trataapenas da relação com agraduação. Mas quando setrata da pós-graduação, ela nãose sustenta sem a pesquisa.Exatamente porque é na pesquisa quesurge a possibilidade de produçãode novos conhecimentos que irãoretroalimentar o ensino, a partir daidentificação de questões a seremrespondidas e de temas a seremabordados. Ao longo de quarentaanos, já se colocava isso como umanecessidade, hoje percebe-se quenão tem como retroceder, quer dizer,o avanço precisa ser progressivo, jáque a demanda é progressiva e setorna cada vez mais uma exigênciaestratégica para nossa Universidadeestar sintonizada com as demandassociais contemporâneas.A minha paixão e o meuinteresse por entender a produçãodo urbano, da cidade e da relaçãourbano/rural se coloca como umlaboratório onde se tem condiçõesde fazer a anatomia do modode produção capitalista e de suahistoricidade. Entender a lógica deprodução do urbano e do rural éentender a lógica de produção docapitalismo e como esse processose metamorfoseia em diferentesconjunturas, da mesma forma quese colocava a necessidade de seentender o campo e a cidade nomodo de produção feudal.Com o papel que a cidadetem, ao se constituir como territórioe como espaço de relações sociais,torna-se possível a compreensão doatual estágio do modo de produçãocapitalista. É nessa cidade que arelação capital/trabalho se tornaconstitutiva e se mostra de umamaneira muito clara, por exemplo,na produção de uma cidade partida,de uma cidade dividida, reveladapelas formas imanentes a esse modode produção, como os processos desegregação social.3O que temos hoje é acidade dos ricos e a cidade dospobres. Ao pobre, é negado odireito de acesso a um espaçoinfraestruturado, restando comoalternativa a ocupação de áreassem esgoto tratado, sem água comqualidade para o consumo humano,sem coleta regular e permanentede lixo. A mercadoria que é a casaacaba sendo um bem inacessívelpara quem não tem capacidadede compra e estes fenômenos meinstigam e provocam a necessidadede estudar a cidade que temos, paraprojetar, politicamente, a cidade quequeremos. A cidade sofre mutaçõese precisamos dar conta dessesprocessos.Quando você esteve a frente da gestão do<strong>ICSA</strong> como pautou sua visão de direitoà cidade, de produção de pesquisa econsolidação de graduação e pós-graduação?O saldo de estudos sobre ourbano e sobre as lutas pelo direito àvida nas cidades ainda é insuficiente.E, na Amazônia da atualidade, aprodução que precisa ser estimuladae intensificada diz respeito não só aourbano, mas à relação urbano/rural,pela centralidade dessas temáticasnas abordagens sobre impactos dosgrandes projetos de infraestrutura eeconômicos, como o da exploraçãomineral e do agronegócio. Os fluxosmigratórios intensos, quando seimplementa um grande projetona região como, por exemplo, aUsina Hidrelétrica de Belo Monte,são notórios, e as cidades de seuentorno não estão preparadas paraacolherem esses novos contingentesde pessoas.Os resultados recorrentestêm sido, entre outros, aprecarização das condições de vida


4dos trabalhadores que nelas resideme daqueles que migram em busca deoportunidades de trabalho e renda.Qual o papel que o PARU vem cumprindoem pensar a realidade urbana atual? E odiálogo com os movimentos sociais?Nós tentamos fazer a nossaparte estimulando a elaboração detrabalhos de conclusão de curso ede dissertações de mestrado, masno geral esses resultados ainda sãoinsuficientes. A permanência e acontinuidade do PARU nos dá acerteza da atualidade dessa temática,colocando-se em destaque o fato desermos uma universidade públicae a necessidade desta exercerseu compromisso em garantir amanutenção desse Programa, comestudos e práticas extensionistas,pela relevância e importânciapolítica dessa temática.As demandas são muitomaiores do que nossa capacidadede dar respostas. Nós temos umnível de sobrecarga intenso emrelação à sala de aula, que muitasvezes nos impede de respondermais prontamente às demandas quechegam. Nós precisamos de maisprofessores no Programa e maisalunos com acesso à bolsas. Asentidades gerais dos movimentospopulares demandam nossa inserçãonos momentos de formação, nosprocessos de apoio a determinadosprojetos e, muitas vezes, nãoconseguimos corresponder a todasestas solicitações.político, ainda maisem se tratando deuma Universidadepública e gratuitaem uma regiãocomo a Amazônia.Responder às nossasnecessidades e darconta desse papeldesafia muito maisa nossa capacidadeem atender as demandas queestão sendo colocadas em todas asdimensões e por todos os segmentossociais que constroem essa região.Não só aos grupos empresariais,ao aparato burocrático do Estado,nas suas diferentes esferas degoverno, mas, principalmente,às comunidades tradicionais, aosquilombolas, indígenas, ribeirinhos,aos atingidos por barragens ediferentes grupos sociais queprecisam exercer o direito a terdireitos, residentes nas áreas ruraise urbanas. Estes grupos precisamter acesso a direitos reconhecidosconstitucionalmente, mas que naprática lhes são negados, como odireito ao trabalho, à moradia digna,à educação de qualidade, à saúde,aos bens culturais.A dívida social brasileira émuito alta e vem sendo acumuladaHomenagem dos amigose todos nós somos impactadospelas consequências sociais desseprocesso, com o recrudescimentoda violência e da criminalidade,cujo desvendamento de seusdeterminantes econômicos, sociaise políticos a Universidade podeoperar de forma decisiva. Garantirensino de qualidade, proporprojetos de pesquisa e processosde socialização, disponibilização edisseminação de conhecimentosproduzidos, prenhes de alternativas,por meio de projetos de extensão, étudo o que precisa ser priorizado.Espero que o PARUcontinue cumprindo esse papele dê conta desse compromissosocial, que se complexifica pelofato de estarmos inseridos numaUniversidade pública na Amazôniabrasileira.Quais são as perspectivas para a Faculdadede Serviço Social e para UFPA?Eu aposto no talento quetemos para qualificar cada vezmais a nossa formação profissionalem todas as áreas. É muito claroque a Universidade tem um papelestratégico relacionado à garantia desoberania nacional.A Universidade nãopode ficar refém de orçamentoslimitados, de carências deservidores, de condições logísticase espaciais inadequadas, de modoa comprometer o exercício deseu papel acadêmico, científico eHomenagem da equipe do PARUEntrevista: Sávio Oliveira | Fotos: Arquivo pessoal e PARU


5EVENTOLuamim 20 Anos: Serviço Social,Educação e Cultura.REITORREITOR VISITA O <strong>ICSA</strong>O Instituto de Ciências Sociais Aplicadas daUniversidade Federal do Pará (<strong>ICSA</strong>/ UFPA) realizará,por meio do Programa Luamim, a VIII Semana Científico-Cultural“A casa dos Luamins” e o II Encontro dosArtistas, Produtores Culturais e Lideranças Comunitáriasdo Guamá e Terra Firme, que vai ocorrer entre osdias 15 e 19 de janeiro de 2013, no Centro de EventosBenedito Nunes (CEBN), e terá como tema “Luamim20 anos: Serviço Social, Educação e Cultura.”Para participar, é necessário se inscrever pormeio do blog http://luamimufpa.blogspot.com.br/ eenviar a ficha de inscrição, que se encontra no folderda programação, para o e-mail luamimufpa@yahoo.com.br. A inscrição pode também ser feita na sala doPrograma Luamim, no <strong>ICSA</strong>, Campus Profissional daUFPA (altos).O investimento é de 30 reais para profissionaisda área, 20 para estudantes de pós-graduação e 15 paraalunos de graduação. Já para participantes dos Gruposde Arte Popular do Guamá e da Terra Firme, que já estãoinseridos no Programa Luamim, as inscrições serãogratuitas e realizadas nos referidos grupos.O evento -As Semanas Científico-Culturais “A Casados Luamins” tem como objetivo levantar discussõesacerca de temáticas que estejam presentes na atualidaderelacionadas ao Serviço Social na área da Educação eCultura Invocando a noção de paideia, termo grego quesignifica a inseparável relação entre educação e cultura.A realização do 2º Encontro de Artistas, ProdutoresCulturais e Lideranças Comunitárias dos Bairros Guamáe Terra Firme resulta de esforços conjuntos no sentidode qualificar lideranças para a formação de fórunspermanentes que possibilitem aos seus moradores oreconhecimento público da importância do movimentocultural dos bairros como espaços de resistência eresiliência.Texto : Carlos Fernando Pinheiro – ASCOM, com adaptações.A comunidade acadêmica do Instituto de CiênciasSociais Aplicadas, recebeu a visita ilustre do reitorda UFPA, no dia 04 de dezembro, onde os presentespuderam ouvir à apresentação das propostas dos professoresCarlos Edilson de Almeida Maneschy e HorácioSchneider, candidatos à reeleição, respectivamente,a reitor e vice-reitor, para o quadriênio 2013-2017. Oscandidatos que compõem a chapa única, “Pra fazer aindamelhor”, fizeram um balanço da atual administraçãoe pontuaram as metas para os próximos quatro anos.Na oportunidade, responderam questionamentos dospresentes, bem como receberam sugestões e demandasreferentes ao Instituto. A apresentação foi realizada noauditório do <strong>ICSA</strong>.ELEIÇÃO: Os professores Carlos Maneschy e HorácioSchneider foram reeleitos para compor a lista trípliceaos cargos de reitor e vice-reitor da Universidade Federaldo Pará, respectivamente, para o quadriênio 2013-2017. A chapa ‘Para Fazer Ainda Melhor’ acumulou32,95 pontos, em um total de 6.440 votos, sendo 1.167de docentes, 1.124 de técnico-administrativos, 3.506 dealunos de graduação e pós-graduação da UFPA.


6N A T A LFaculdades do <strong>ICSA</strong> entregam Cesta Básica de NatalAmélia de Lima Silva, mais conhecida como DonaAmélia, é sem duvida uma das pessoas mais representativase queridas do Instituto de Ciências SociaisAplicadas. Começou em 1983, como funcionária daentão, prestadora de serviços de limpeza para a UFPA,Empresap, que acabou sendo vendida e incorporadapor outras empresas, ao longo desses quase de 20 anos,chegando hoje a Service Itororó. E lá estava ela, a sempresorridente, Dona Amélia, que desempenha o papelde Serviços Gerais, no andar térreo do <strong>ICSA</strong>.Quem nunca solicitou uma limpeza para Dona Amélia?Sabe aquele café delicioso, que sai da copa, direto parasua sala? Pois é ela mesma, quem faz.Pessoas importantes não passam batido pelo Instituto. E no espírito de congraçamento natalício, a equipe deservidores das Faculdades de Turismo, Administração, Serviço Social e Economia, juntamente com quaisqueroutros que doaram, se empenharam em fazer cestas básicas e presentear essas pessoas, que sempre estão prontaspara servir, quando solicitadas.Dona Amélia ganhou uma recheada Cesta Básica de Natal e, compartilhousua alegria em fazer parte do <strong>ICSA</strong>, demostrando alémde carinho por todos, o quanto esse local de trabalho lhe é prazeroso.“Estou muito emocionada. É uma alegria receber essa cesta devocês [ servidores ], fico muito feliz.” E enfatizou ainda, que “Nãoquero sair do <strong>ICSA</strong>, quero me aposentar por aqui. Eu já sei comofunciona tudo aqui, inclusive o gosto das pessoas”, comentou.No momento da entrega, a servidora Carmen Lúcia Ferreira, daFACECON, demonstrou a alegria em poder presentear Dona Amélia,“Ela é uma pessoa sempre disposta a nos servir, sempre queprecisamos de algo, corremos para Dona Amélia, e como já é tradição,ela ganha mais um ano, essa cesta básica muito especial”.Estiveram presentes ainda, a vice-diretora do Instituto, profª Maria José Barbosa, que falou um pouco da importânciado trabalho e da pessoa de Dona Amélia, parabenizando-a. Também a diretora da FACTUR, profª SilviaHelena Cruz, o diretor da FACECON, profº Armando Lírio, os técnicos-administrativos, Eunice Borges, daSecretaria Executiva e, Anselmo Vilhena Dutra e Tatiana Tocantins, ambos da Coordenadoria de Informação.


7 7ACONTECEUSEMANA ACADÊMICA DO CURSO<strong>DE</strong> ARQUIVOLOGIAFoi realizada nos dias 4, 5 e 6 de Dezembro,a 1ª Semana Acadêmica do Curso de Arquivologia, daUFPA. E contou com a participação dos calouros, alémdos docentes da Faculdade. Buscou-se com o evento,fazer o acolhimento dos ingressantes do curso de Arquivologia,buscando alinhar informações sobre temasde relevâncias para a vida acadêmica dos referidos discentes.No dia 4, terça-feira, foi apresentado o ProjetoPedagógico do Curso de Arquivologia, pelo profº RubensFerreira e na sequência o Calendário Acadêmicoe Período Letivo, bem como a Estrutura Pedagógicae Administrativa da faculdade, apresentada pelo profºWilliams Pinheiro, diretor da faculdade. Esclarecendoainda as duvidas dos novos alunos.No dia 5, quarta-feira, aconteceu a Reunião Institucional,com a participação da Direção do <strong>ICSA</strong>, napessoa do profº Marcelo Diniz, e ainda representanteda PROPLAN ( Pró-Reitoria de Planejamento).No dia 6, quinta-feira, último dia do evento, aPró-Reitora de Ensino e Graduação, profª Marlene deFreitas, apresentou o Regulamento do Ensino de Graduaçãoaos calouros presentes, na sequência, o presidentedo CIAC – Centro de Registros e IndicadoresAcadêmicos, Aluízio Marinho B. Filho, palestrou sobreAtividades de Registro e Controle Escolares, encerrandoo evento.MINI-CURSOO Programa de Pós-Graduação em Economia emconjunto com a UNICAMP, realizaram o minicurso:Questão Agrária Brasileira no Século XXI:necessidade de governança agrária, nos dias 17 e 18de dezembro de 2012, no Auditório Setorial Profissionaldo ITEC. O palestrante foi o Prof. BastiaanPhilip Reydon, da Universidade de Campinas, queé Doutor em Desenvolvimento Econômico, Espaçoe Meio Ambiente pelo Instituto de Economia– Unicamp e pós-doutor pela University of Wisconsin– Madison. Docente da Universidade Estadualde Campinas e Assessor de Sustentabilidadeda Agência de Inovação - Unicamp.FORMAÇÃOCinco servidores técnico-administrativos do <strong>ICSA</strong>, realizaramo curso: “Preparação para Aposentadoria”,ministrado pelo CAPACIT, em que foram abordadostemáticas relevantes ao assunto, orientando assim, ospresente que em poucos meses se aposentarão.Fica aqui o nosso agradecimentoPINTURA EXTERNA DO INSTITUTOO <strong>ICSA</strong>, recebeu nova pintura externa, no prédio principal.A prefeitura do campus Guamá, em uma açãoconjunta, entre os Institutos, que compõem o campus,agiu de forma a renovar a pintura de grande parte dosprédios.AMPLIAÇÃO DO INSTITUTO E REFORMASO antigo estacionamento do <strong>ICSA</strong>, agora dá lugar aconstrutora que inicia as obras de ampliação do prédiocentral do Instituto. O ritmo das obras já é intenso eem breve, teremos mais espaço e conforto para servira comunidade universitária. Na oportunidade, lembramosque a ala superior, do prédio, já encontra-se emreforma.Entre em contato, envie sugestões,críticas, comentários e textos.Sua opinião é muito importante para nós.ficsabendo@ufpa.br(91) 3201-8621ExpedienteExpedienteDireção Geral: Prof. Dr. Marcelo Bentes DinizDireção Geral: Prof. Dr. Marcelo Bentes DinizDireção Adjunta: Prof. Dr. Maria José BarbosaDireção Adjunta: Prof. Dr. Maria José BarbosaCoordenadoria de Informação: Anselmo Vilhena DutraCoordenadoria de Informação: Anselmo Vilhena DutraEdição, diagramação, textos e fotos: William Costa, Sávio Oliveira e divulgação.Edição, diagramação e fotos: William Costa, Sávio Oliveira

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