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A IMPORTâNCIA DA áGUA NA ECONOMIA DOMéSTICA - SOBER

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XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”A importância da água na economia doméstica: formas alternativas paraum melhor aproveitamento e economia do recurso pelos residentesdomiciliaresMárcia Gonçalves PizaiaUniversidade Estadual de Londrina, Departamento de Economia.Campus Universitário, CEP: 86051990 - Londrina, PR - BrasilE-mail: pizaia@uel.brCPF: 55678939904(43) 33714255Paula Cristina Sanches SoaresUniversidade Estadual de Londrina, Departamento de Economia.Campus Universitário, CEP: 86051990 - Londrina, PR - BrasilE-mail: pizaia@ldapalm.com.brCPF:(43) 33714255Marcia Regina Gabardo da Camara –Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Economia.Campus Universitário, CEP: 86051990 - Londrina, PR - BrasilE-mail: mgabardo@sercomtel.com.brCPF: 22556044187(43) 33714255Maria de Fátima Sales de Campos –Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Economia.Campus Universitário, CEP: 86051990 - Londrina, PR - BrasilE-mail: mfscampos@uol.com.br>CPF: 488.253.104-63(43) 3341 0494Agricultura e Meio AmbienteEconomia dos Recursos Naturais e Ambientais, poluiçãoApresentação com PôsterRibeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural1


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”A importância da água na economia doméstica: formas alternativas paraum melhor aproveitamento e economia do recurso pelos residentesdomiciliaresResumoO objetivo principal deste trabalho é apresentar a importância da água na economiadoméstica, assim como estimar a demanda por água tratada pelos residentes domiciliaresna cidade de Londrina, Paraná, utilizando-se algumas variáveis propostas pela literatura.Pretende-se apresentar formas alternativas para um melhor aproveitamento e economiado recurso pelos domicílios. Compreende os objetivos específicos o levantamento de dadosatravés de uma pesquisa aplicada em escolas, considerando bairros aleatórios da cidademantendo apenas um certo equilíbrio de classes sociais com o propósito de identificar ocomportamento entre diversos consumidores a variações como: a) consumo em metroscúbicos/mês b) número de residentes do domicílio, c) classe social, d) nível deescolaridade do responsável pela família, e) quantidade geral de cômodos existentes naresidência, f) preço marginal, g) índice de desperdício.PALAVRAS-CHAVE: desenvolvimento sustentável, função demanda por água,economia de água doméstica.Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural2


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”A importância da água na economia doméstica: formas alternativas paraum melhor aproveitamento e economia do recurso pelos residentesdomiciliares1 INTRODUÇÃODo ponto de vista econômico a água e o petróleo pertenciam até bem pouco tempo atrás acategorias com valores incomensuráveis. O combustível é um resíduo fóssil o qual existeem quantidades esgotáveis, cuja extração requer investimentos pesados, a água é umrecurso renovável pelo ciclo natural da evaporação da chuva e distribuído com fartura nasuperfície do planeta. Ocorre que a intervenção humana afetou de forma dramática o ciclonatural da renovação dos recursos hídricos (TEICH, 2002).O uso dos recursos hídricos e sua conservação são os maiores desafios do desenvolvimentosustentável. Nos anos 50 e 60 houve significativos investimentos nas hidroelétricas semqualquer visão ambiental, mas na metade dos anos 80, com o efeito Chernobil,desencadeou em nível mundial, preocupações com os efeitos globais climáticos cessandopor parte dos bancos internacionais investimentos em hidroelétricas. O novo milênio temcomo questão “A Crise da Água” identificada pela redução da oferta e aumento dademanda. Somente no último século, a demanda de água aumentou seis vezes enquantoque a população aumentou três vezes e a conseqüência disto é a deterioração dosmananciais e redução da água para consumo colocando em risco a vida (TUCCI, 2002).No seminário realizado na cidade de São Paulo, estado de São Paulo em dezembro de 2000sobre “Água e Desenvolvimento” o Dr. Romildo de Oliveira Campelo fez algumasimportantes observações, entre elas ressaltou que sai mais barato conservar os mananciaisque posteriormente tratar a água poluída. Sugeriu o desenvolvimento de formas de estocarágua em poços subterrâneos e sistemas de redução de perdas na rede de abastecimento porparte das companhias de saneamento que desperdiçam em média em 30% a 40% e aindaprogramas de conscientização ambiental em escolas primárias. “ “A falta de água poderáser um entrave ao desenvolvimento”, afirma o doutor.Sobre a água no planeta, estima-se que há cerca de 1,35 milhões de quilômetros cúbicos novolume total de água na Terra. A questão é como está dividida esta quantia. Segundo dadosda Universidade da Água, 97,05% da água disponível na Terra está concentrada emoceanos e mares e trata-se de água salgada, 2,493% é doce, porém encontra-se em geleirasou regiões subterrâneas (aqüíferos) de difícil acesso e apenas 0,007% desta água encontraseem rios, lagos e na atmosfera de fácil acesso para o consumo humano. Dado ao rápidocrescimento demográfico mundial, torna-se uma questão de imensa relevância o estudo dadistribuição do recurso (Universidade da Água, 2004).Apesar de ser um país privilegiado em termos de disponibilidade hídrica global, dispondode um volume médio anual de 8.130 km 2 , que representa um volume per capta de 50.810m 3 /hab/ano 1 , o crescimento rápido da população brasileira em grandes centros urbanos,vão exigir, cada vez mais, atenção para reduzir o déficit crônico de abastecimento de águatratada e esgotamento sanitário adequados.1 Fonte: ONU, 1997.Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural3


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”A grande São Paulo, no estado de São Paulo, passa por uma crise de água devido a limitesnaturais na disponibilidade hídrica, poluição de rios e represas, ocupação desordenada demananciais, o descaso no uso e a falta de políticas eficientes para reeducar o consumoreduzindo perdas, mas esta não é a primeira e nem será a última grande crise, estima-se quena região somente terá água garantida até o ano de 2010, isto, porém se as obras emudanças no processo de produção até 2006 aumentar o potencial de geração de água dosmananciais em 8.700 l/s, passando de 65 mil para 73,7 mil l/s. A entrada de novosconsumidores com o crescimento populacional nas periferias agrava ainda mais estequadro. A cada ano, são necessários mais 2.000 l/s para abastecer a Grande São Paulo. Adisponibilidade de água percapta é baixa, cerca de 200 mil litros por habitante por ano. AOrganização das Nações Unidas - ONU recomenda dois milhões de litros anuais porpessoa (Iwasso; Viveiros, 2003).A questão dos recursos hídricos é um problema de ordem mundial a qual sempre requercuidados ao ser estudada. Neste trabalho, serão levantados aspectos importantes comrelação à água como um recurso estratégico de grande importância econômica para ahumanidade, serão identificadas as variáveis que podem influenciar na demanda por águapelos residentes de um centro urbano. Serão utilizadas variáveis sócio-econômicas ereprodução de trabalhos já testados.A abordagem será dada exclusivamente à cidade de Londrina-PR, com aproximadamente4,5 milhões de habitantes, onde 99% da população sede é abastecida com água tratada e68,31% são servidos com rede de tratamento de esgoto 2 .O número de domicílios, segundo o último Censo Demográfico do IBGE de 2000, aponta149.593 domicílios na cidade de Londrina no estado do Paraná, destes 148.758 sãoatendidos com água tratada proveniente da companhia abastecedora SANEPAR 3 .Afirmou um dos mais ilustres economistas, Jean Baptiste Say (1767-1832) apud Machado(2002) “As riquezas naturais são inesgotáveis; e não podendo ser multiplicadas, nemesgotadas, não constituem objeto das ciências econômicas". Mas a própria ciênciaeconômica mostrou que Say estava errado e não só ele como também os economistasclássicos que definiram os recursos naturais como uma fonte inesgotável de fatores deprodução, o que levou a um crescimento econômico predatório, baseado no desperdício enas altas emissões de poluentes físicos, químicos e biológicos, porém o próprio homemcriou modos de produção os quais estavam gerando não somente a sua destruição comotambém da Terra (Machado, 2002).A teoria demográfica de Tomas Robert Malthus, (1766-1834) apud Machado (2002)defendia a tese do crescimento geométrico (população) e aritmético (recursos naturais),acreditava ele que em um momento da história os recursos naturais não mais seriamsuficientes para satisfazer as necessidades dos homens. Com relação ao recurso “água”,Malthus estava certo, mesmo com a tecnologia muitos continuam com pouco e poucos commuito. O Banco Mundial estima que aproximadamente oitenta países sofrem com oabastecimento de água e dez milhões de pessoas morrem, a cada ano, por consumir águaimprópria ou contaminada. Kofi Annan, secretário geral da ONU, apud Machado (2002)afirma: “Mais de um bilhão de pessoas não tem acesso a fontes de água de qualidade”, istosignifica que a cada seis pessoas uma não tem acesso à água potável.2 Fonte: SANEPAR, 2000.3 Fonte: SANEPAR, departamento de planejamento, 2004.Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural4


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”Com os constantes reajustes nas tarifas de bens e serviços, há uma incessante elevação docusto de vida da população obrigando-a a cortar gastos de setores secundários ou dealguma forma aumentar o poder aquisitivo. Sendo a economia uma Ciência HumanaAplicada, a qual objetiva buscar um equilíbrio entre bens, serviços e recursos naturais(limitados) e as necessidades humanas (ilimitados), passa a questão da escassez de água serde grande importância. Na ótica da Ciência Econômica é exatamente o aumento daescassez que despertarão soluções como maior interesse em comercialização, inovaçõestecnológicas e soluções para problemas como poluição e desperdício. O valor pago pelaágua consumida é somente o serviço prestado pela empresa fornecedora o qual é muitobaixo para que possa haver significativos investimentos nessa área (WANDSCHEER,2003).A preocupação relacionada aos recursos hídricos vem de longa data devido ao agravanteproblema que traz às sociedades modernas, uma vez que a água é de elevada importânciano processo de crescimento das cidades, acelerado desenvolvimento industrial e demandapor produção de bens de consumo (Cepal, 1998).A questão da distribuição geográfica da água é um dos pontos críticos do problema, poréma história não muda e as populações continuarão habitando em locais inóspitos, sem água,e a necessidade de água será eterna. Para atender esta demanda mundial de água asalternativas visíveis são: fazer chover onde não chove, buscar água do subsolo, tornarpotável a água do mar e a água doce e transportá-las para onde for necessário. Segundoprevisões da ONU, as taxas de crescimento populacional serão positivas nos primeiros 50anos do século XXI e a demanda por água crescerá em taxas superiores a demanda dealimentos (GAZZONI, 2004).O Brasil pode ser considerado um país privilegiado, com 13% de toda água doce doplaneta, perfazendo 5,4 trilhões de metros cúbicos. No entanto, é desigualmentedistribuída: 70% na região amazônica, 15% no Centro-Oeste, 6% no Sul e no Sudeste e 3%no Nordeste. Apesar da abundância, o recurso não tem sido bem utilizado, pois 46% delasão desperdiçados, o que daria para abastecer toda a França, a Bélgica, a Suíça e o Norte daItália. É urgente, portanto, um novo padrão cultural (BOFF, 2004).Conforme identificou Blanco (2004), na Amazônia brasileira está a maior bacia fluvial domundo, porém existe um elevado nível da taxa de poluição e desperdício. Ao longo dotrabalho serão identificados pontos sobre esta problemática e o programa existente emcurso nacional sobre o desperdício.A questão da escassez de água futura tem sido bastante discutida nos últimos anos, nãosomente em países desenvolvidos onde a questão é emergencial, mas também em paísesem desenvolvimento. Como já foi citado o Brasil está entre os países que mais desperdiçaágua tratada no mundo e esta consciência é muito importante que se tome rápido porque osrecursos não esperam para se esgotar. A água deixa então de ser um bem naturalinesgotável e passa a ter um valor econômico. Com a escassez estando em pauta verificamseentão as leis federal e estadual e sua influencia na velocidade de mudança na questãooferta e demanda de água.A Lei Federal nº. 9.433, de 8 de janeiro de 1997 institui a Política Nacional de RecursosHídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta oinciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº. 8.001, de 13 demarço de 1990, que modificou a Lei nº. 7.990, de 28 de dezembro de 1989. A Lei no.12.726/99, de 26 de novembro de 1999, Art. 1º - Esta Lei institui a Política Estadual deRecursos Hídricos e cria o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos,Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural5


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”como parte integrante dos Recursos Naturais do Estado. Nos termos da ConstituiçãoEstadual e na forma da legislação federal aplicável (SILVA; PRUSKI, 2000).Souza (2004) mostra que a Lei 9433 de 8 de Janeiro de 1997 que instituiu a PolíticaNacional dos Recursos Hídricos somente considerou recursos hídricos superficiais não deua devida importância aos recursos hídricos subterrâneos e costeiros, enfatiza como ricoslençóis freáticos são esquecidos, especialistas estimam possuir em media 50 quadrilhões demetros cúbicos como por exemplo o aqüífero Guarani. Questiona-se também o fato de queáguas litorâneas, Oceano Atlântico, fossem geradoras de energia elétrica através da forcadas ondas. A crítica de Souza é não somente gerir demanda e sim aumentar a oferta(RAMALHO, 2004).Souza (2004) sugestiona o uso de políticas de cisternas de placas, barragens subterrâneas euma política de sinergia das águas superficiais para os aqüíferos existentes minimizandocom isto a evaporação. Hoje a média de evaporação do clima semi-árido brasileiro variaentre 2000 mm a 3000 mm ao ano. Eficiência e economia são regras de ouro para desfazeras nuvens que encobrem o futuro de um recurso tão indispensável quanto escasso.A cidade de Londrina no estado do Paraná tem se mostrado em crescente desenvolvimentoe devido a isto há grande necessidade de avaliar como é o crescimento da demanda porágua tratada. Estudos neste sentido são de grande relevância em termos uma expectativafutura da oferta de água para a cidade e como isto pode influenciar no processo dedesenvolvimento local.Existem muitos consumidores que enfrentam alguma dificuldade no compreendimento dacobrança de muitos dos serviços que mais utilizam, portanto torna-se interessante avaliarcomo as variáveis aqui estudadas, podem interferir na demanda entre diferentesconsumidores na mesma cidade, sobre tudo, a conscientizarão da necessidade deeconomizar o recurso hoje para ter uma água de boa qualidade no futuro. A pressão nademanda de água se dá pelo crescimento da população e contaminação dos mananciais quegeram problemas de saúde (POSTEL, 1992).Não deve ser ignorado o problema que pode ser desencadeado de oferta de água inferior asua demanda em conseqüência dos altos custos exigidos para o tratamento e recuperaçãodas águas e pelo consumo excessivo em centros urbanos (Barreto, 1998). Uma estratégiaproposta pelo programa de conservação de água do Hospital das Clínicas da UniversidadeEstadual de Campinas é a implantação de um programa de conservação de água resultandoem redução de desperdícios e perdas (unicamp, 2003).o objetivo principal deste trabalho é apresentar a importância da água na economia eestimar a demanda por água tratada pelos residentes domiciliares na cidade de Londrina noestado do Paraná, utilizando variáveis propostas e ainda apresentar formas alternativas paraum melhor aproveitamento e economia do recurso pelos residentes. Compreende osobjetivos específicos o levantamento de dados através de uma pesquisa aplicada emescolas, considerando bairros aleatórios da cidade mantendo apenas um certo equilíbrio declasses sociais com o propósito de identificar o comportamento entre diversosconsumidores a variações como: a) consumo em metros cúbicos/mês b) número deresidentes do domicílio, c) classe social, d) nível de escolaridade do responsável pelafamília, e) quantidade geral de cômodos existentes na residência, f) preço marginal, g)índice de desperdício.Cabe ainda com a regressão dos dados acredita-se que em residência com maior número dehabitantes, assim como em famílias de classe social mais elevada e residência de cômodosRibeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural6


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”maiores o consumo em metros cúbicos/mês tende a ser maior comparando com famíliascom características contrárias.O grau de instrução não esteve presente em nenhum dos trabalhos pesquisados e espera-seque a variável comporte-se de forma diretamente proporcional ao consumo por água, umavez que a graus de instrução mais elevado do chefe da família esta tende a ser de umaclasse social também mais elevada a qual consumo em maiores quantidades.O índice de desperdício é uma variável a qual espera-se que demonstre bastantesignificativa para explicar a demanda por água visto os elevados níveis de desperdício aque tem no município de Londrina estado do Paraná. Acredita-se que esta seja uma dasmais significativas variáveis envolvidas na estimativa.Serão identificados, através de coleta de dados que será realizada através de umquestionário, quais são os critérios usados para o não desperdício do recurso pelos própriosusuários e ao final apontar alternativas que podem ser adotadas pelos própriosconsumidores domésticos para um uso racional.Serão apresentados alguns autores e seus respectivos trabalhos e contribuições para quepossa se conhecer as contribuições e os resultados já obtidos em estimativas semelhantesrealizadas em diversas regiões e consumidores. Em segundo momento e baseado nostrabalhos apresentados serão demonstradas as metodologias empregadas nestacontribuição, como o cálculo e característica da amostra estuda e logo após a analise dosdados com a regressão dos dados.2 MÉTODOLOGIA UTILIZA<strong>DA</strong>Para atender a demanda de água potável de cidades modernas, é necessário identificar aquantidade de água necessária para a população, a qual deverá ser identificada da formamais exata possível. Deve-se atender não só a necessidade atual vigente, assim como, asnecessidades futuras dos municípios. Esta pesquisa demonstrará a importância de algumasvariáveis para estimar a demanda de água por residentes na cidade de Londrina no estadodo Paraná. As variáveis analisadas são: a) número de residentes do domicílio, b) classeeconômica, c) nível de escolaridade do responsável pela família, d) quantidade geral decômodos existentes na residência, e) preço efetivo e f) índice de desperdício.Neste estudo não esteve presente a variável clima, para estimar a demanda por água pelosresidentes de Londrina pela sua complexidade, no entanto sabe-se da sua importânciacomo variável explicativa comprovada por diversos autores, entre eles, ESPIÑEIRA(2002), WONG (1972), <strong>NA</strong>ZEN (1996).Pretende-se estimar a função demanda residencial por água, buscando identificar aimportância das variáveis no modelo apresentado, utilizando-se metodologia semelhante àde Andrade, (1996), a qual estuda a função demanda por serviços de saneamento básico etarifação do consumo residencial. Uma mesma característica básica é a estrutura tarifáriaem blocos (ETB), a qual define preços diferenciados, crescentes e com a primeira faixa deconsumo fixa, ou seja, todos os usuários pagam pelo consumo máximo do primeiro bloco,utilizando ou não. Andrade desconsiderou em sua estimativa os usuários de tarifa social,estes serão, neste trabalho incluído como o bloco zero, assim como, utiliza apenas aaplicação de metodologia dos Mínimos Quadrados Ordinários para a estimação da funçãodemanda.Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural7


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”Para estimação da função demanda residencial por água pelos moradores do município deLondrina serão levantados aspectos os quais poderiam influenciar na média consumida, asvariáveis dependentes escolhidas auxiliarão na análise comparativa entre os moradores damesma cidade, onde compartilham das mesmas informações, cultura e política.Os dados primários foram obtidos através de coleta de dados. No anexo A pode serconhecida a apresentação feita, assim como, a coordenação das escolas participantes dotrabalho. No anexo B está apresentado o questionário que foi entregue para que pudessemser coletas as informações primárias aqui exigidas. Na análise dos dados secundários,foram levantados dados junto a Companhia de Saneamento do Paraná, PrefeituraMunicipal, IBGE, entre outros órgãos.Conforme já exposto, o Método adotado foi o Método dos Mínimos Quadrados Ordinários(MQO), o qual já foi utilizado por alguns autores quando da estimação da demanda porágua em centros urbanos. O Método dos Mínimos Quadrados em Dois Estágios (MQ2E)corrige problemas causados pela simultaneidade existente entre preço e quantidade de águademandada, porém, pela sua complexidade não será utilizado por esta autora.Na correção de autocorrelação, já esperada, será utilizado o Método Cochrane-Orcutt,trata-se de uma alternativa para estimar ρ a partir da estatística d de Durbin-Watson.Consiste em rodar nova regressão usando os resíduos estimados.2.1 Cálculo do Tamanho da AmostraSegundo Gil (1996, p.48), existe a necessidade de um material pré-elaborado constituídode livros, artigos científicos, publicações periódica, jornais revistas, almanaques, paraentão se desenvolver uma pesquisa bibliográfica. Para a pesquisa quantitativa, esta requernão somente um meio de descrição racional, mas também um método de experimentação eprova, trata-se de um método de analise (MARCONI, 2002, p 108).Para determinar a extensão da amostra, baseado nos critérios de Gil (1996, pág 84) énecessário que esta represente as características do universo, sendo composta por umnúmero suficiente de casos que depende da extensão do universo adotado, no caso, númerode domicílios, nível de confiança estabelecido, erro máximo permitido e percentagem coma qual o fenômeno se verifica.Considerando-se que a quantidade de domicílios urbanos estimados do Município deLondrina é de 149.593 domicílios (IBGE, 2000) e considerando-se um erro amostral de 9%, calculou-se o tamanho da amostra mínima para este estudo.A amostra compreende 119 questionários completamente respondidos os quais serãoutilizados na regressão. Na Tabela 4 constam as características da amostra e a dificuldadeencontrada para se obter questionários completamente respondidos, por este motivo, estapesquisa está trabalhando com um erro de 9 %.2.2 A Função Demanda do Consumo de Água por Residentes da Cidade de LondrinaA função consumo da demanda de água por residentes no município de Londrina seráapresentada pela seguinte equação:Qd = β 0 + β 1 L + β 2 CS+ β 3 I+ β 4 C + β 5 P + β 6 D + εOnde (Qd) é a quantidade demandada de água medida em metros cúbicos/mês e estárelacionada com (L) número de residentes do domicílio, (CS) classe social a qual a famíliaRibeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural8


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”está inserida, ( I) nível de escolaridade do responsável pela residência, (C) quantidade totalde cômodos que possui a residência, (P) o preço referente a cobrança de água, excluso dequalquer outro serviço (preço efetivo), (D) índice de desperdício por residência e as demaisvariáveis não analisadas está representada por (ε).As quantidades consumidas por cada residência vêm discriminadas na fatura enviada pelaSANEPAR, esta envia a cada cliente que possui um registro medidor autorizado pelaempresa uma fatura com a média dos últimos cinco meses e a quantidade referente avigente cobrança. É medido em metros cúbicos e permite identificar o consumo de cadafamília. Esta pode variar e a presente pesquisa visa identificar o que pode influenciar.O número de residentes é uma variável bastante importante porque indicará a médiaconsumida por cada pessoa da família. Morgan (1979) utilizou o número de residentescomo uma das variáveis para encontrar economia de escala da água para variadostamanhos de residências. Wong (1972) estratificou as cidades pesquisadas conforme otamanho da população. Foster e Beattie (1979) utilizaram como uma das variáveis de seumodelo número de residentes por metro quadrado (ANDRADE et al 1996).Segundo estudos já realizados a Classe social é uma imprescindível para explicar ademanda por água. A metodologia escolhida para identificar a classe social a qual a famíliaparticipando da amostra está inserida foi o Critério de Classificação Econômica Brasil,mais conhecido como “Critério Brasil”, adotado por empresas anunciantes, profissionais depesquisas de mercado, marketing e publicitários, assim também como renomeadosinstitutos de pesquisas.O desenvolvimento deste Método foi por meio de estudos baseados no banco de dados doLevantamento Sócio Econômico (LSE 1993), o qual pesquisou 20.000 domicílios eposteriormente revisado pela Associação Nacional das Empresas de Pesquisas (ANEP).Foi constituído com a utilização de estatísticas baseadas em dados coletivos para umadeterminada amostra. Os objetivos do critério são além de estimar a capacidade deconsumo da população através de um sistema de pontuação, estabelecer cortes nadistribuição dessa população, possibilitando discriminar a qual grupo pertence 4 . Para efeitode cálculo da regressão foram usados os pontos alcançados conforme as Tabelas 2 e 3. NaTabela 4 pode-se então identificar conforme a somatória das pontuações atingidas com ouso das tabelas 2 e 3 a classe social a qual pertence à família participante (ANEP,2002).TABELA 2 – Estrutura de Pontuação do Critério Brasil para grau de instrução:Grau de Instrução do chefe da famíliaPontosAnalfabeto/ Primário Incompleto 0Primário completo/ Ginasial incompleto 1Ginasial completo/ Colegial incompleto 2Colegial completo/ Superior incompleto 3Superior completo 5Fonte: Critério de Classificação Econômica Brasil (2004).O nível de escolaridade é uma variável que pode apresentar simultaneidade, pois éum dos critérios para estimar a classe social, enfim esta variável foi estimada através dapontuação do Critério Brasil conforme a tabela 2.TABELA 3 – Critério Brasil de pontuação para posse de itensNão tem Tem 1 Tem 2 Tem 3 Tem 4 +4 Disponível na rede Internet http://www.somatorio.com/metodologias.asp Acessado em 06/10/2004.Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural9


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”Televisão em cores 0 2 3 4 5Rádio 0 1 2 3 4Banheiro 0 2 3 4 4Automóvel 0 2 4 5 5Empregado (a) mensalista 0 2 4 4 4Videocassete 0 2 2 2 2Geladeira 0 2 2 2 2Freezer 0 1 1 1 1Aspirador de pó 0 1 1 1 1Maquina de lavar roupa ou louça 0 1 1 1 1Fonte: LSE (2000).TABELA 4 – Cortes do Critério Brasil.ClassePontosA 25 - 34B 17 - 24C 11 - 16D 06 - 10E 0 - 05Fonte: ANEP (2002).Para a quantidade de cômodos não será feita qualquer distinção de tipo de cômodo,avaliados em numero conforme apontados pelas famílias participantes. Acredita-se que emresidências com maior área tem-se um consumo maior de água, cabe a pesquisa identificare apontar estes dados.O preço efetivo será identificado na fatura de água enviada pela SANEPAR a cadaresidência então consultada, o critério utilizado pela empresa de abastecimento para acobrança da água tratada é dado pelo sistema de cascata, onde o preço tende a aumentar adeterminados aumentos de consumo. As tarifas vigentes são: R$ 1,517 para um consumode até 10 m³, o valor da conta de água neste caso é de R$ 15,17. Em consumos de 11 m³até 30 m³ o valor é de R$ 2,28 para cada m³ excedente e para consumos acima de 30 m³ opreço dado é R$ 3,88 por m³ excedente.Tabela 5 – Estrutura Tarifária da SANEPAR para consumidores de Londrina – PR.Volume Valor M³ / R$ Valor Total do Bloco R$Até 10 m³ (tarifa social) 5,00 5,00Até 10 m³ 1,517 15,17Até 30 m³ 2,28 45,60Excedente a 30 m³ 3,88 15,17 + 45,60 + X.3,88Fonte: SANEPAR (2004).O índice de desperdício foi estimado através de sete opções as quais a SANEPARaconselha para não desperdiçar água. Para cada questão foi estipulado um índice que variaconforme o grau de desperdício que aproximadamente proporciona, segundo oplanejamento da empresa fornecedora do serviço.Uma torneira com abastecimento direto da rede em sua pressão media, despeja um volumede mais de 2.000 litros de água em uma hora. Sendo assim, para uma boa escovação dedentes com a torneira ligada do início ao fim, a SANEPAR acredita que o uso é deaproximadamente 10 litros e tomando o devido cuidado de fechar a torneira, seriamRibeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural10


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”necessários apenas 2 litros de água. Esta é a primeira opção da sexta e última pergunta doquestionário que recebe o índice de desperdício (1).A segunda opção refere-se ao banho que sendo em média de 10 minutos e com o chuveirorecebendo água diretamente da rede, gera um consumo de 200 litros de água. Quando hátotal despreocupação com o desperdício não controlando o tempo gasto com o chuveiroligado, o índice de desperdício dado é (2).A SANEPAR orienta também não usar o jato de água tratada e fluoretada para lavar carrosos quais, sendo lavados com o uso de torneiras direto da rede, o gasto em 30 minutos podechegar até 700 litros de água. Com o uso de baldes, a mesma lavagem poderia ser feitacom um gasto de 100 litros (economia de 86%). As famílias despreocupadas com oscritérios para esta economia de água receberam o índice de desperdício (2) para as terceirae sexta opções propostas.Na agricultura o consumo de água atinge índices muito mais elevados que nos demaissetores, porém este seria tema para um futuro trabalho, neste, apenas usou-se a moderaçãocom que as famílias jogam água nas suas plantas como também uma das opções dedesperdício. Existem residências com jardins com extensões que chegam a serem maioresque as próprias casas, isto é muito comum. A opção quer verificar se há uma preocupaçãocom a água que é despendida em plantas e para esta o índice de desperdício é (1).Uma torneira pingando ou vazamentos não corrigidos são grandes causadores dedesperdício em residências e o índice desperdício para a família que não tomam medidasrapidamente para solucionar é (2).A principal forma que auxilia no não desperdício de água é a caixa d’água, uma vez queela reduz a pressão e as torneiras e chuveiros despejam menos água. Em residência comcaixa de água, a economia pode chegar a 85 %. As famílias que não utilizam a caixad’água nas residências e conseqüentemente não assinalaram a sétima opção, receberam oíndice de desperdício (8). A Tabela 5 apresenta as opções com os respectivos índices;Tabela 6 – Estimação do Índice de Desperdício.Alternativas propostasÍndice de DesperdícioFechar a torneira enquanto escova os dentes 1Tomar banhos rápidos 2Varrer a calçada antes de lavar 2Jogar água nas plantas com moderação 1Corrigir rapidamente vazamentos em torneiras ou descargas. 2Cuidados para lavagens de carro não muito freqüentes e com o 2uso de baldesUso de caixa d’água 8Fonte: Elaborado a partir de análise de dados fornecidos pela SANEPAR.O índice geral de desperdício é dado, por família, pela somatória dos índices referentes àsopções não assinaladas. As alternativas que forem assinaladas não pontuam com o índiceequivalente. Quando todas forem assinaladas, estima-se o índice de desperdício (zero),lembrando que, segundo a área de planejamento da SANEPAR, a média de desperdícioresidencial é de aproximadamente 40 %, com isso o índice zero é apenas hipotético.No início da década de 80 com o seminário internacional do setor de saneamento foipromovido pela secretaria de saneamento o programa nacional de combate ao desperdícioo qual tem o objetivo promover o uso racional da água de abastecimento publico emRibeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural11


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”cidades brasileiras beneficiando a saúde pública saneamento ambiental e eficiente dosserviços melhorando a produtividade e aplicando investimentos visando uma efetivaeconomia dos volumes de água demandas para consumo urbano.Para qualidade na previsão da demanda é necessário o planejamento para uma eficácia nocombate ao desperdício e conservação da água assim também como produção deinformações operacionais, gestão integrada de recursos, ou seja, uma ampla visão deaproveitamento múltiplo o qual será detalhada no capitulo que aborda o “reuso”.O Programa Nacional de Combate ao Desperdício de água apresenta elemento de sumaimportância os quais serão apontados com o objetivo de apresentar o conteúdo básico emnível federal.No âmbito de planejamento existem os indicadores de perdas nos sistemas deabastecimento, caracterização de demanda urbana, planos regionais e locais deconservação, lembrando que textos normativos, documentos de referencia estão divulgadose atualizados em banco de dados eletrônico mediante acesso a página do PNCPA na redeinternet 5 . Para o gerenciamento da demanda são necessários elementos de análiseeconômica, pois o consumo é dividido ente condôminos dificultando um controle, sendonecessária à consciência coletiva 6 . Ainda no gerenciamento, subsídios às campanhas deeducação pública voltada à economia de água 7 . E ainda medidas de racionalização ao usoda água por grandes consumidores.Com estes elementos é possível o desenvolvimento de sistemas para um uso correto dorecurso que é de extrema importância e principalmente “findável”. Estima-se que ate o anode 2025 a proporção da população em centros urbanos será algo em torno de 5 bilhões depessoas que serão submetidas às conseqüências de anos de pressões aos quais os recursoshídricos sofreram (MORAES; JORDÃO, 2002).2.3 A Coleta dos DadosA estimativa da demanda por água por moradores de Londrina foi através de coleta dedados primários. Para esta coleta adotou-se o critério de pesquisa entregue aos alunosprimários de quatro escolas da cidade de Londrina. Este método empregado teve doisobjetivos: a reunião dos dados para a estatística e a abordagem do tema da “Campanha daFraternidade 2004” com as crianças, estas receberam orientações sobre o questionárioproposto e levaram para casa para a coleta das informações com a ajuda da família.O questionário aplicado foi desenvolvido a partir das variáveis que compreendem omodelo e foram entregues em quatro escolas da cidade de distintas classes sociais,localizadas em pontos selecionados e diferenciados na cidade, apenas com uma evidenciaentre elas, ensino fundamental de primeiro grau.5 O Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água (PNC<strong>DA</strong>) está disponível na páginahttp://www.pncda.gov.br Os elementos apontados são do programa, foram indicados com o intuito de demonstraras características adotadas para combater o desperdício pela federação.6 Vale ressaltar que os novos condomínios em todo o pais, inclusive na cidade de Londrina no estado doParaná já estão sendo desenvolvidos medições individuais como um dos pré-requisitos de um controleindividual e mais eficiente por domicilio.7 A SANEPAR Londrina recebe, por mês, de 400 a 600 alunos a partir da 3ª serie de diversas escolas dacidade e região para uma visita à Estação de Tratamento e palestras de conscientização das crianças danecessidade de redução do desperdício.Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural12


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”Duas delas são escolas públicas e localizadas na área central, as quais possuem alunosresidentes na área central e também de diferentes bairros da cidade sem qualquer critériode definição. Desta forma poderiam ser entrevistadas famílias de regiões aleatórias. Umadelas foi a Escola Estadual Evaristo da Veiga, situada à rua Goiás número 544, regiãocentral. Formam enviados 120 questionários para que fossem distribuídos, a todos osalunos, da primeira á quarta série. Foram completamente respondidos 25 questionários.A segunda escola participante foi o Colégio Estadual Professor Vicente Rijo, situada àAvenida Juscelino Kubitscheck número 2372, com autorização da coordenação de ensinoda escola, todos os alunos de terceiras e quartas séries receberam os questionários,totalizando 90 entregas os quais formam completamente respondidos 25 questionários.A terceira escola também é pública, Escola Municipal Professor José Gasparini noConjunto Habitacional Farid Libos, situada à Rua Dr. Gervasio Mourão Moralz s/n. paraesta escola que recebe crianças dos bairros José Belinatti e Fundo de vale, com o interessede abranger dados de famílias de classes menos privilegiadas. Nesta foram entregues 98questionários, a todos os alunos de primeira à quarta serie, os quais retornaramcompletamente respondidos 49 questionários e dentro destes observou-se que existemalgumas peculiaridades como 04 famílias que não possuem água tratada e 10 famíliasusuárias da tarifa social, ou seja, estão inclusas no bloco zero, tarifadas em R$ 5,00 por umconsumo de 10 ³/mês.Para equilibrar a amostra a quarta e última escola participante é o Colégio Londrinense,situada à Av. Juscelino Kubitscheck, número 1652, Centro. Onde se concentram criançasde famílias de classes mais privilegiadas. Todas as crianças de primeira a quarta sérieparticiparam, então foram entregues 120 questionários e retornam completamenterespondidos 20 questionários. A Tabela 7 apresentam as principais características daamostra selecionada.Tabela 7 – Características da Amostra.EscolaNúmero deQuestionáriosEntreguesNúmero de Questionáriosparcialmente respondidosNúmero de QuestionárioscompletamenterespondidosE. E. Evaristo da Veiga 120 95 25C. E. Prof.Vicente Rijo 90 65 25E. M. Prof. José Gasparini 98 49 49Colégio Londrinense 120 100 20Total 428 309 119Em todas as escolas os professores abordaram a questão da importância da água e osalunos levaram os questionários para responder como tarefa de casa, junto com os pais queauxiliariam examinando a última conta enviada pela SANEPAR. Os questionários foramrecolhidos pelas professoras em até dois dias. O trabalho se deu do dia 13 de setembro de2004 ao dia 18 de setembro de 2004.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS PELA ESTIMAÇÃOAs regressões deste trabalho foram realizadas utilizando o programa STATA e o Programada Microsoft Excel 2003. Os principais resultados obtidos na primeira estimativa foramatravés do Método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), os quais estão disponíveisna Tabela 8. Tal Tabela apresenta os coeficientes estimados para a função demandaRibeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural13


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”residencial por água, onde os graus de significância para tais coeficientes estimados estãoapresentados entre parênteses, os quais variam de 0 a1 (significativos ao nível de 1%).Devido ao modelo apresentar múltiplas variáveis a análise da regressão foi observadaatravés do R múltiplo (0,775), indicando que o modelo estimado explica 77% da relaçãoexistente entre a variável dependente e as independentes do modelo estimado. Ou seja, aquantidade de água residencial demanda é explicada pelas seguintes variáveis explicativasrepresentadas por: (L) = Número de Domiciliares na Residência, (CS) = Classe Social, (I)= Nível de Escolaridade do chefe da família, (C) = Quantidade de Cômodos da Residência,(P) = Preço, (D) = Índice de Desperdício. Estas seis variáveis revelam a média ou o valormédio da variável dependente representada por (Qd) = quantidade demandada por água,medida em metros cúbicos consumida pela residência durante o período de cada mês(GUJARATI, 2000).O coeficiente múltiplo de determinação (R²) obtido mede o grau de ajuste da equação deregressão, ele apresenta a total proporção das variáveis explicativas na variável dependente(Qd). O R² se situa entre 0 e 1, sendo que a reta de regressão ajustada explica 100 % davariação da quantidade demandada por água pelos residentes da cidade de Londrina. Istosignifica que quanto mais próximo de 1 estiver o valor de R², melhor o modelo explica asvariações na quantidade demandada, através das seis variáveis explicativas propostas pelomodelo. O R² pode ser calculado pela razão entre a soma dos quadrados da variávelexplicada (SQE) e a soma dos quadrados total (SQT), (GUJARATI, 2000).O valor de F é diretamente variável ao valor de R², sendo assim, quanto maior o valor dopercentual de significância das variáveis propostas, maior o valor de F, segundo Gujarati,(2000) este também é um teste de verificação da regressão estimada. O valor de Fapresentou-se na primeira regressão de dados como F = 28,1225. Segundo Gujarati, (2000)este valor nos fornece um método geral para testar hipóteses sobre um ou mais parâmetrosdo modelo, neste caso, demonstra que as variáveis explicativas do modelo de demandaresidencial por água podem ser significativas.O intercepto da regressão indicado na Tabela 8 por (β 0 ) apresentou um coeficienteestimado menor do que 1 e significativo ao nível de 1%. O coeficiente β1 da variável (L)número de domiciliares da residência é significativo ao nível de 1% e apresenta umarelação positiva entre o número de domiciliares e a quantidade consumida de água.Relação já esperada e comprovada neste estudo. A variável explicativa (L) número depessoas ou consumiores ou até mesmo habitantes sempre esteve presente na grandemaioria das estimativas da demanda por água em centros urbanos, Foster; Beattie, (1979)concluíram que número de pessoas por metro quadrado, entre outras variáveis é importantepara explicar a demanda por água. Mogam, (1973) confirmou a mesma hipótese utilizandoa variável número de residentes, entre outros autores.Semelhante situação ocorreu para o coeficiente β 2 da variável (cs) classe social, esteprovou com uma significância de seu coeficiente também ao nível de 1% a relação de umaclasse social mais elevada com um conseqüente consumo maior. A pesquisa de Oliver(1999), realizada nos Estados Unidos da América, apud Corral-Verdugo (2003) entrevárias outras, identificou semelhante relação para classe social. Quanto mais elevado onível econômico, mais elevado o consumo por água para a dada família analisada.O coeficiente estimado da variável (I) nível de escolaridade a qual representa o grau deinstrução do responsável pela residência apresentou-se inversamente proporcional àquantidade demanda por água na residência, seu coeficiente β 3 está representadonegativamente na Tabela 8. Esta variável não apresentou-se significativa no modelo, ouRibeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural14


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”seja, níveis diferenciados de escolaridade de chefes de família não interferem de formarelevante para explicar a demanda por água no modelo linear.O coeficiente β 4 da variável (C) quantidade de cômodos, na estatística apresentou-se nãosignificativo. O que torna a variável pouco importante para explicar o consumo por águapelos residentes da cidade de Londrina.A variável explicativa (P) preço do modelo estudado, com a regressão de dados, indicou oseu coeficiente β 5 também não significativo, não explicando a quantidade demandada. Porser um bem inelástico o qual não pode ser substituído, ou seja, variações no preço nãopodem isoladamente explicar a média consumida por água pelos residentes de centrosurbanos. Lancaster, (1996) apud Pinheiro et al, (2001) acredita que utilidade do bem vemem conseqüência ao que pode proporcionar. Sendo a água um bem o qual não pode sersubstituído, não se explica sua demanda através de variações no preço. Esperava-se que ocoeficiente β 5 estimado para a variável preço apresenta-se negativo e significativo, noentanto não ocorreu desta forma. Tal problema pode ter sido gerado pela presença desimultaneidade existente entre preço e quantidade demanda.A variável a qual se comportou de forma mais expressiva foi a variável (D) índice dedesperdício, seu coeficiente foi bastante significativo ao nível de 1%, conforme esperadopor este estudo. Este resultado confirma que consumidores com elevados índices dedesperdício consequentemente demandam maiores quantidades de água, confirmandoassim as preocupantes conclusões de estudos sobre o elevado desperdício residencial oqual vem gerando graves crises de água em centros urbanos em todo o mundo.Espera-se, com este trabalho, demonstrar a partir de comprovações empíricas aimportância de uma mudança de hábitos e costumes com relação ao uso consciente daágua, uma vez que o desperdício pode ser reduzido sem afetar as preferências peloconsumidor. Seriam muito drásticas medidas de racionalização, no entanto adisponibilidade hídrica não atendendo a demanda mundial é perfeitamente possível que empouco tempo centros urbanos sejam sujeitados a oferta controlada.Como já se sabe o Brasil está em destaque no ranking de desperdício de água em nívelmundial. Diversos autores junto a ONU publicam artigos expondo o problema da escassezde água e a grande necessidade de um uso adequado do recurso pois a disponibilidade nãoé mais ilimitada como se acreditava. Porém dados estatísticos apontam que esta visão derecurso disponível a tempo indeterminado ainda vigora em muitos centros urbanos. Ascompanhias abastecedoras têm sua parcela de responsabilidade, somente na distribuiçãodados da SANEPAR, por exemplo, indicam que com certeza 35% é desperdiçada emencanamentos problemáticos e ligações clandestinas.A elasticidade da demanda, em termos absolutos, foi estimada no ponto médio para cadauma das variáveis explicativas e também podem ser identificadas na Tabela 8. Aelasticidade preço da demanda foi estimada a partir do coeficiente estimado de cadavariável explicativa multiplicada a razão entre a média encontrada de cada variávelexplicativa pela média da variável dependente.Segundo Varian, (1994) um bem que tenha a sua elasticidade menor que 1 em valorabsoluto, pode ser considerado um bem de demanda inelástica. Confirma-se, com estaanálise, a afirmação de que a água é essencialmente um bem inelástico.Tabela 8 – Análise da Regressão utilizando Mínimos quadrados Ordinários (MQO)Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural15


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”Variável Dependente: quantidade demandada de águaCoeficientes Erro padrão Estatística T Elasticidadeβ0 (intercepto) -8.357903271(0.000752)*(L) número de 2.03837648domiciliares(0,000008)*(CS) classe social 0.73278685(0,000006)*(I) nível de-0.145436686escolaridade(0.755595704)(C) quantidade de 0.061495416cômodos(0.806999108)(P) preço 0.011084869(0.737875279)(D) índice de1.085934236desperdício(0,0000000)*R múltiplo 0,775272684R-Quadrado 0,601047735Teste F 28,1225Teste d 1,2123ρ obtido 0,39Amostra (n) 119Variáveis (K) 6*significativos ao nível de 1%.2.412225819 -3.4648096390.436525209 4.669550435 0,59660.142439658 5.14454235 0,69830.466094137 -0.31203286 0,02190.251126905 0.244877849 0,02420.033039811 0.335500389 0,01190.134860488 8.052278725 0,22314-CONCLUSÃOO planejamento do uso da água é de fundamental importância visto o descompasso entre ocrescimento da demanda pela concentração populacional e a disponibilidade de água docena natureza. Entre os anos de 1950 e 1999 o consumo por água triplicou no mundo e em 23países a água tornou-se um bem escasso, países do Oriente Médio atingem níveis de 20%do necessário de água para o consumo humano Franca, (1998) apud (Amaral, 2003).O crescimento demográfico e o desenvolvimento da cidade de Londrina no estado doParaná, comparada as cidades vizinhas só foi possível, entre outros fatores, adisponibilidade de água tratada que a cidade tem. A importância de estudos desta naturezagarantem, não somente previsões da oferta futura, mas também o contínuo crescimento edesenvolvimento de centros urbanos.A demanda por água por residentes da cidade de Londrina no estado do Paraná pode serexplicada através de variáveis sócio econômicas ou não. Exatamente como em outrostrabalhos realizados em diversos centros urbanos já concluídos como as contribuições deCorral-Verdugo, (2003); Pinheiro, (2001) entre outros. Procurou-se medir o quanto asvariáveis propostas no modelo poderiam influenciar na demanda por água e como já seesperava que as variáveis que indicam o número de residentes do domicílio (L), assimcomo classe social (CS) e índice de desperdício (D) fossem relevantes para explicar ademanda por água. As três variáveis apresentaram-se significativas ao nível de 1%.A variável (D) índice de desperdício apresentou um resultado muito satisfatório naestimativa. A significância ao nível de 1% de seu coeficiente β 6 demonstrou exatamente oque se pretendia comprovar. Elevados índices de desperdício residencial de água podemexplicar em 99% altos consumos de água de dada família.Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural16


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”As variáveis que representavam o nível de escolaridade do responsável pela família (I),quantidade de cômodos da residência (C) e preço (P) não demonstraram grau designificância considerável em seus coeficientes, com isso, conclui-se que estas variáveisnão explicam no modelo linear a demanda por água por residentes da cidade de Londrina.A elasticidade de cada variável foi medida e pode-se confirmar que a água é um bemnormal de demanda inelástica. O modelo comprovou, com dados empíricos, o que já seprevia e o que outros autores já haviam concluído com relação as variáveis maissignificativas. A questão da simultaneidade entre a quantidade demandada que por sua vezé uma função do preço pela própria quantidade demandada, assim como a autocorrelaçãoeram situações já previstas as quais também ocorreram em outros trabalhos já publicadosmesmo usando medidas de correção como o Teste de Durbin-Watson e Teste de Cochrane-Orcutt, os mais indicados pelas literaturas e ainda assim a autocorrelaçao não foiamenizada.A regra tarifária é sem dúvidas uma das excelentes formas de impor condições deconscientização uma vez que ultrapassando para blocos mais elevados o custo ficarelativamente mais alto. A tarifação social foi excelente forma social de ofertar mais dobenefício a famílias carentes ou de baixa renda, no entanto a fixação do consumo em 10metros cúbicos como primeiro bloco a um custo de R$ 15,17 vai em desencontro a Teoriado Consumidor porém famílias que poderiam gastar menos que isto acabam por não seatentar ao fato de economizar uma vez que serão tarifadas no valor total do bloco.Sabe-se que com o crescimento das cidades e desenvolvimento destas a tendência é que oconsumo de água tratada aumente e com ele o índice de desperdício. O Método dosMínimos Quadrados Ordinários (MQO) adotado para este trabalho é bastante simples, epela importância a qual a variável desperdício demonstrou para explicar a demanda porágua por residentes de centros urbanos, esta é uma variável a qual merece ser estudadaisoladamente, utilizando para tanto métodos mais aperfeiçoados. Neste trabalho procurouseatravés de estudos já realizados pela companhia abastecedora SANEPAR identificarformas as quais moradores, não apenas de Londrina, mas, de outros centros urbanos emgeral, podem usar no seu dia-a-dia com o intuito de não deixar que a água tratadafornecida seja empregada sem benefícios e volte em menor proporção aos mananciais pelasperdas.O índice de perda de água coletada no Brasil está em 46%, são 5,8 bilhões de metroscúbicos por ano. Esta média está muito acima dos países tanto desenvolvidos como emdesenvolvimento. A Europa perde 10% da água que coleta, países Asiáticos perdem emmédia 6% de toda a água coleta e no Brasil a Bacia do Rio Paraíba do Sul está em primeirolugar no desperdício com o índice de 55% e São Paulo ocupa o segundo lugar com 41% dedesperdício de água. A Agencia Nacional das Águas (A<strong>NA</strong>), criada em 2000 com oobjetivo de gerenciar os recursos hídricos no país, juntamente com o Ministério doPlanejamento estão desenvolvendo programas de incentivo a projetos de saneamento compreservação de bacias (MARTINS, 2003).Não descartando as parcelas que cabem ao desperdício de água por parte de Indústrias,Laboratórios, Hospitais entre outros, o que realmente precisa ocorrer é uma drásticamudança de hábitos da população. O desperdício residencial está na frente entre as outrascategorias, as maiores causadoras são as válvulas de descarga convencionais que chegamao nível de 78% do desperdício de água residencial. Nos Estados Unidos da América todasas residências construídas após 1995 são obrigadas a ter descargas com caixas de 6 litrosque são muito mais econômicas e no Japão os edifícios possuem dois sistemas hidráulicos,Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural17


XLIII CONGRESSO <strong>DA</strong> <strong>SOBER</strong>“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”além do cano que traz a água tratada o segundo que recolhe e trata essa água para sernovamente consumida (SOARES; OLIVEIRA, 2004).São muito simples os cuidados que todas as pessoas podem tomar em suas residência nodia-a-dia evitando o elevado desperdício brasileiro por água tratada, entre eles banhosrápidos que podem ser de 5 a 10 minutos, além de economizar água, reduz também oconsumo de energia elétrica. Escovar os dentes ou mesmo fazer a barba fechando atorneira é outra simples preocupação que se for tomada o desperdício que se evita ébastante significativo. Ao acionar alguns tipos de válvulas de descarga encontradas emmuitas das residências, no Brasil, o consumo pode chegar a 20 litros. Já estão disponíveisvasos sanitários com caixas de 6 litros e válvulas inteligentes.Ao usar as torneiras é necessário o cuidado de fechá-las durante o tempo que não está seusando a água e sempre verificar após o uso se ficaram bem fechadas, pois uma torneirapingando pode desperdiçar 46 litros de água por dia. As calçadas devem primeiramente servarridas e lavadas com o uso de baldes, algumas famílias reutilizam a água da lavagem dasroupas para limpeza de calçadas e quintais.As plantas que precisam de pouca água devem ter preferência em jardins. Estes sempreregados a noite. As instalações hidráulicas necessitam de constantes verificações parareparos ou possíveis vazamentos. Tomando sempre cuidados simples com o uso da água épossível reduzir o alto nível de desperdício de água nas residências não só na cidade deLondrina, mas em todo e qualquer centro urbano.O modelo usado neste trabalho é bastante simples assim como os Métodos estimadoresadotados, no entanto, a demanda residencial por água juntamente com suas variáveisexplicativas é um tema de essencial importância no estudo de diversas áreas eprincipalmente do economista que como ciência tem o objetivo de administrar recursosescassos visando o bem estar de toda população. Sendo assim, sugere-se o uso deestimadores mais sofisticados com o objetivo de estimativas mais precisas para explicarinfluentes na demanda por água em centros urbanos.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASANDRADE, Thompson A. e LOBÃO, Waldir J. de Araújo. Tarifação social residencialde água. Rio de Janeiro: IPEA Texto para discussão n° 438. 1996.ANDRADE, Thompson A. et al. Estudo da função demanda por serviços de estudo datarifação do consumo residencial. Rio de Janeiro: IPEA Texto par, 415. 1996BERNI, D. de A. Técnicas de pesquisa e, economia: transformando curiosidade emconhecimento. São Paulo: Saraiva, 2002.BLANCO, Rose A. Água, ouro do terceiro milênio, revista eletrônica. Disponível em: acesso em 22/09/2004.BOFF, Leonardo. Água, vida ou mercadoria? O Popular. 20 de fevereiro de 201BRAZ, Adriana; Marques, Cláudio. Chuva demais, água de menos nas torn Vidas, a.2,n.10, p.28-28, fevereiro, 2004.Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural18


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