EDITORIAL85Cirurgia refrativa terapêutica: por que diferenciar?Therapeutic refractive surgery: why we should differentiate?No início dos anos 80, o advento <strong>de</strong> procedimentos cirúrgicos eletivos com o objetivo <strong>de</strong> reduzir a <strong>de</strong>pendência<strong>da</strong> correção visual por óculos ou lentes <strong>de</strong> contato <strong>de</strong>terminou profun<strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças na Oftalmologia. Emborainicialmente controversos, os procedimentos refrativos rapi<strong>da</strong>mente ganharam populari<strong>da</strong><strong>de</strong> entre médicose possíveis candi<strong>da</strong>tos, <strong>de</strong>terminando necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> evolução. Com isso, houve gran<strong>de</strong> estímulo para pesquisas<strong>em</strong> ca<strong>de</strong>iras básicas e clínicas, o que aumentou o entendimento sobre diversos aspectos <strong>da</strong> fisiologia, patologia ediagnose <strong>em</strong> córnea e óptica ocular. Em consequência <strong>de</strong>sta rápi<strong>da</strong> evolução, a Cirurgia Refrativa alcançou reconhecimentopela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica internacional e passou a ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como subespeciali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Oftalmologia.A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> evolução esteve s<strong>em</strong>pre relaciona<strong>da</strong> ao fato <strong>de</strong>stes procedimentos envolver<strong>em</strong> pacientes s<strong>em</strong>doença ocular além <strong>da</strong> ametropia (miopia, hipermetropia e astigmatismo). Com isso, as tecnologias relaciona<strong>da</strong>s comtratamentos farmacológicos e cirúrgicos apresentaram e ain<strong>da</strong> sustentam um constante <strong>de</strong>senvolvimento. Destaca-se oadvento <strong>de</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> laser, como o excimer laser e o laser <strong>de</strong> f<strong>em</strong>tosegundo. (1) Inquestionavelmente, esta evoluçãov<strong>em</strong> proporcionando, <strong>de</strong> forma dinâmica e constante, um significativo aumento <strong>da</strong> segurança e <strong>da</strong> eficácia <strong>de</strong>stesprocedimentos. Neste cenário, o “padrão ouro” <strong>de</strong> conduta é altamente mutável, o que requer do especialista ouoftalmologista interessado nesta área, constante atualização e investimento.O conhecimento e o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico relacionados com a Cirurgia Refrativa também são aplicados<strong>em</strong> diferentes condições oftalmológicas, <strong>de</strong>stacando-se a catarata. (2-4) Tanto o diagnóstico, como a indicação, planejamentoe realização <strong>da</strong> cirurgia <strong>de</strong> catarata tiveram gran<strong>de</strong> influência e benefício do progresso científico impulsionadopela nova subespeciali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Em face <strong>de</strong>sta incontestável revolução, observa-se a tendência mundial <strong>de</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s científicasrelaciona<strong>da</strong>s com Catarata e Refrativa trabalhar<strong>em</strong> <strong>em</strong> conjunto e se unificar<strong>em</strong>, como ocorreu no Brasil com a SBCII(Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Catarata e Implantes Intraoculares) e a SBCR (Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Cirurgia Refrativa).Adicionalmente, o diagnóstico e tratamento <strong>de</strong> doenças <strong>da</strong> córnea também tiveram influência positiva <strong>de</strong>ste conhecimentoacumulado, <strong>de</strong>stacando-se o ceratocone. (5-6) Entretanto, as diferenças fun<strong>da</strong>mentais na atuação ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente terapêuticae a cirurgia refrativa eletiva <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser reconheci<strong>da</strong>s e <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>dmente consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s.Cirurgia refrativa eletiva vs TerapêuticaEletivo po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como <strong>aqui</strong>lo que se escolhe, sendo fun<strong>da</strong>mental existir mais <strong>de</strong> uma opção para haverescolha. Portanto, a Cirurgia Refrativa eletiva seria uma opção (alternativa) a outras formas eficientes <strong>de</strong> correçãovisual, como óculos ou lentes <strong>de</strong> contato. Nestes casos, óculos ou lentes <strong>de</strong> contato possibilitam correção ópticasatisfatória e relativamente a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>. Cabe ao cirurgião realizar exames que <strong>de</strong>termin<strong>em</strong> a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e segurança<strong>da</strong> cirurgia para ca<strong>da</strong> caso, b<strong>em</strong> como a<strong>de</strong>quado planejamento cirúrgico. Entretanto, a <strong>de</strong>cisão para realizar taltipo <strong>de</strong> procedimento <strong>de</strong>ve ser exclusiva do paciente, que <strong>de</strong>ve estar informado dos riscos, benefícios e limitaçõespara uma <strong>de</strong>cisão consciente.Por outro lado, no caso <strong>de</strong> procedimentos terapêuticos, a correção por meio <strong>de</strong> óculos ou <strong>de</strong> lentes <strong>de</strong> contato érelativamente insatisfatória para o paciente, o que po<strong>de</strong> ocorrer <strong>em</strong> níveis variados <strong>de</strong> limitação <strong>da</strong> acui<strong>da</strong><strong>de</strong> (quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>)e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> visual. Por ex<strong>em</strong>plo, a acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual corrigi<strong>da</strong> po<strong>de</strong> ser inferior a 20/400 <strong>em</strong> um caso <strong>de</strong> ceratoconeavançado, ou mesmo <strong>de</strong> 20/20 <strong>em</strong> um caso <strong>de</strong> astigmatismo irregular que cause severo comprometimento <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>visual do paciente e consequente impacto <strong>em</strong> sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Nestes casos, há tipicamente níveis elevados<strong>de</strong> aberrações ópticas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>ns mais eleva<strong>da</strong>s e a ceratoplastia (transplante <strong>de</strong> córnea) po<strong>de</strong> ser eventualmenteconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>. De fato, o transplante seria a única alternativa antes do advento <strong>de</strong> tecnologia que nos habilita pararealizar procedimentos refrativos terapêuticos que se apresentam, inquestionavelmente, como uma alternativa menosinvasiva para reabilitação visual.Diversos procedimentos <strong>de</strong>scritos originalmente com objetivo refrativo pod<strong>em</strong> também ter sua indicação atualrelaciona<strong>da</strong> com objetivos terapêuticos. Por ex<strong>em</strong>plo, o implante <strong>de</strong> segmento <strong>de</strong> anel intracorneano para ceratocone foioriginalmente <strong>de</strong>scritos para tratamentos refrativos. Por outro lado, o tratamento para promoção <strong>de</strong> ligações covalentes nocolágeno estromal (crosslinking) <strong>em</strong>ergiu <strong>em</strong> centro <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> Cirurgia Refrativa, como procedimento puramenteterapêutico para estabilizar a progressão <strong>de</strong> ectasia. (7) Entretanto, outros procedimentos pod<strong>em</strong> ser realizados com ambosobjetivos terapêutico e refrativo <strong>de</strong> forma tecnicamente muito s<strong>em</strong>elhante. Por ex<strong>em</strong>plo, um paciente com opaci<strong>da</strong><strong>de</strong>estromal anterior associa<strong>da</strong> a astigmatismo irregular por uma distrofia ou cicatriz após ceratite po<strong>de</strong> ser beneficiado comablação <strong>de</strong> superfície terapêutica. Neste caso, além <strong>da</strong> aplicação do excimer laser no modo PTK (Phototherapeutickeratectomy), a ablação personaliza<strong>da</strong> no modo PRK (Photorefractive keratectomy) pelo wavefront total ou corneano e aRev Bras Oftalmol. 2013; 72 (2): 85-6
86Ambrósio Júnior Raplicação <strong>de</strong> mitomicina C são utiliza<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma similar a uma ablação <strong>de</strong> superfície avança<strong>da</strong> para tratamento eletivo<strong>de</strong> ametropia (correção visual a laser). Entretanto, os objetivos <strong>da</strong> ablação <strong>de</strong> superfície avança<strong>da</strong> <strong>em</strong> ambas as situaçõessão muito diferentes, b<strong>em</strong> como as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> resultado e sucesso.Na cirurgia terapêutica, o objetivo é proporcionar um estado que a visão seja possivelmente corrigi<strong>da</strong> com refraçãoesfero-cilíndrica (óculos) para o paciente. Com isso a medi<strong>da</strong> <strong>de</strong> sucesso estará relaciona<strong>da</strong> com melhora <strong>da</strong> acui<strong>da</strong><strong>de</strong>visual corrigi<strong>da</strong>. Nestes casos, o objetivo refrativo é secundário. A cirurgia refrativa t<strong>em</strong> o objetivo <strong>de</strong> redução <strong>da</strong>ametropia para proporcionar visão s<strong>em</strong> correção e menor <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> óculos ou lentes <strong>de</strong> contato. Com isso, a acui<strong>da</strong><strong>de</strong>visual s<strong>em</strong> correção é a principal variável que representará a eficácia e o benefício <strong>de</strong>corrente do resultado <strong>da</strong> cirurgia.Entretanto, a comparação <strong>da</strong> acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual com correção pré e pós-operatória s<strong>em</strong>pre estará relaciona<strong>da</strong> com a segurança<strong>de</strong> qualquer cirurgia oftalmológica.Enquanto a cirurgia refrativa é essencialmente opcional, exist<strong>em</strong> situações especiais <strong>em</strong> que sua indicação t<strong>em</strong>maior necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Por ex<strong>em</strong>plo, um paciente com anisometropia e intolerância ao uso <strong>de</strong> lentes <strong>de</strong> contato po<strong>de</strong> não tercorreção satisfatória com óculos e, nestes casos, pod<strong>em</strong>os consi<strong>de</strong>rar a indicação <strong>da</strong> cirurgia como terapêutica.Adicionalmente, outras situações pod<strong>em</strong> ser relaciona<strong>da</strong>s na indicação <strong>de</strong> cirurgia, como ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e profissões dopaciente (ex. atletas e militares).Um caso com indicação terapêutica po<strong>de</strong>, com a evolução do tratamento inicial, tornar-se relativamente refrativo.Por ex<strong>em</strong>plo, um paciente com ceratocone é operado com implante <strong>de</strong> segmento <strong>de</strong> anel corneano, havendo acentua<strong>da</strong>melhora <strong>da</strong> acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual corrigi<strong>da</strong> com óculos para alta miopia. Nesse cenário, o implante <strong>de</strong> lente intraocularfácica para tratamento <strong>da</strong>s aberrações <strong>de</strong> baixa ord<strong>em</strong> na abor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> Bioptics Terapêutico (R. Ambrósio Jr, OcularSurgery News, <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro, 2011), teria objetivo refrativo, sendo sua necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> a ser pon<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> <strong>de</strong> acordo com ca<strong>da</strong>caso.Outro aspecto <strong>de</strong> capital relevância é relacionado com a confusão entre o caráter estético <strong>de</strong> cirurgias refrativaseletivas. De forma geral, to<strong>da</strong> cirurgia estética é opcional. Entretanto, a correção cirúrgica refrativa não t<strong>em</strong>, <strong>de</strong>forma alguma, cunho estético, mas sim, funcional pois um paciente com ametropia t<strong>em</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> reduzi<strong>da</strong> <strong>de</strong> exercersuas funções e tarefas simples do cotidiano. (8) De fato, a utilização <strong>de</strong> óculos po<strong>de</strong> ter um apelo estético e uma gran<strong>de</strong>relação com a imag<strong>em</strong> <strong>da</strong> pessoa. Por ex<strong>em</strong>plo, um paciente operado <strong>de</strong> LASIK com refração próxima a plano e acui<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>em</strong> correção <strong>de</strong> 20/20, portanto s<strong>em</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> correção para melhorar acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual, v<strong>em</strong> a pedir a prescrição <strong>de</strong>óculos para usar no trabalho, uma vez que ele, como psicoanalista, sente com sua imag<strong>em</strong> melhor com os óculos.Portanto, é fun<strong>da</strong>mental a diferenciação <strong>da</strong> cirurgia refrativa com o objetivo <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> correção visual e acirurgia terapêutica. Enquanto a cirurgia refrativa eletiva t<strong>em</strong> como objetivo a redução <strong>da</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> correçãovisual (óculos ou lentes <strong>de</strong> contato), a cirurgia terapêutica visa reabilitação funcional <strong>da</strong> visão, sendo o objetivorefrativo secundário. O termo eletivo também po<strong>de</strong> ser utilizado para <strong>de</strong>signar uma cirurgia s<strong>em</strong> urgência ou outrocaráter <strong>em</strong>ergencial. De forma geral, to<strong>da</strong> cirurgia que po<strong>de</strong> ser planeja<strong>da</strong> s<strong>em</strong> urgência é corretamente <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>como eletiva. Neste contexto a cirurgia terapêutica é essencialmente eletiva, salvo <strong>em</strong> casos especiais <strong>em</strong> que existaindicação <strong>de</strong> urgência - o que seria relacionado com risco <strong>de</strong> evolução com sequelas. Entretanto, a questão maisfun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> diferenciação entre a cirurgia refrativa com fins terapêuticos é relaciona<strong>da</strong> com o quadro pré-operatório,sendo a acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual corrigi<strong>da</strong> não a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> com óculos ou lentes <strong>de</strong> contato, o que está relacionado comelevados índices <strong>de</strong> aberrações <strong>de</strong> alta ord<strong>em</strong>. As implicações <strong>de</strong>sta distinção <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s nos pontos <strong>de</strong>vista clínico e médico-legal.Renato Ambrósio Jr.Professor Associado <strong>da</strong> Pós Graduação <strong>em</strong> Oftalmologia,Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo, (SP), Brasil;Professor Associado <strong>da</strong> Pós Graduação <strong>em</strong> Oftalmologia,Pontifícia Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica do Rio <strong>de</strong> Janeiro, (RJ),Brasil;Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Cirurgia Refrativa (2012-2014).Rev Bras Oftalmol. 2013; 72 (2): 85-6
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