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<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 3A sida mudou o meu mundo. Euera uma betinhaO<strong>de</strong>te Ferreira, ex-presi<strong>de</strong>nte daComissão Nacional da Luta Contar aSida, iO Governo é uma varejeira a bater numa vidraça àprocura <strong>de</strong> uma saídaFilipe Luís, colunista, VisãoÉ cada vez mais claro que Fé eCiência não são concorrentes massim complementaresFernando Calado Rodrigues, padre,Correio da ManhãO aborto está a ser um negócioD. José Policarpo, Correio da ManhãFórumdasemanaEmpresas não têm crédito ou não o procuram?EditorialQuanto mais piorNos últimos tempos tem sido frequente ouvirqueixas dos empresários sobre a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ace<strong>de</strong>r a crédito na banca que, obrigada a baixar orácio <strong>de</strong> empréstimos sobre <strong>de</strong>pósitos, temcondicionado a sua atribuição. Segundo osempresários, esta situação tem criado dificulda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> investimento e <strong>de</strong> tesouraria às empresas,inclusive às exportadoras, que têm que pagar asmatérias-primas e esperar pelo pagamento dasJosé Fernando,administradorda Caixa CentralRaul Matos,gerentebancárioCarlosMen<strong>de</strong>s,empresárioO Crédito Agrícola nunca teveproblemas <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z. Os nossosrecursos são superiores aocrédito concedido. A dificulda<strong>de</strong>é haver projectos viáveis parafinanciarmos, com níveis <strong>de</strong> riscoaceitáveis. Estamos totalmentedisponíveis para fazer todasessas operações <strong>de</strong> crédito. Masfaltam projectos <strong>de</strong>investimento, porque nestaconjuntura difícil os empresáriosnão estão disponíveis para osfazer.O crédito às empresas é umapreocupação dos bancos. Se nãoconce<strong>de</strong>mos mais é porque nãonos pe<strong>de</strong>m mais. Temoscampanhas <strong>de</strong> crédito paraapoiar empresas das maisdiversas tipologias. Nem todos ossectores merecerão a mesmaapetência, e a construção seráum <strong>de</strong>les. Contudo, continuamosa apoiar projectos credíveis nestesector.Os bancos terão menos <strong>de</strong>pósitosa prazo e isso traz dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>operação a estas entida<strong>de</strong>s quevivem <strong>de</strong> “ven<strong>de</strong>r” dinheiro. Poroutro lado, as pessoas que secandidatam ao crédito parafinanciar projectos po<strong>de</strong>m nãoter garantias suficientes e asinstituições financeiras nãoarriscam. Os bancos, hoje, nãoemprestam dinheiro a ninguémse não tiverem garantiaspatrimoniais ou <strong>de</strong> retorno.Quecomentárioslhe mereceeste assunto?Jorge Santos,presi<strong>de</strong>nteda NerleiGuidaFigueiredo,empresáriaAntónioPoças,empresárioencomendas. No entanto, em reacção às<strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> Pedro Passos Coelho, que alertou osbancos para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajudar a reanimar aeconomia, alegando que o Estado suportou arecapitalização <strong>de</strong> algumas instituições, a bancarespon<strong>de</strong>u que não tem concedido mais créditoporque este não tem sido procurado,nomeadamente <strong>de</strong>vido à conjuntura <strong>de</strong> recessãoque tem feito abrandar os investimentos.Apesar da conjuntura <strong>de</strong> recessão, há muitasempresas que querem investir e fazer face àsnecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tesouraria e para tal necessitam <strong>de</strong>financiamento e procuram-no. O problema é que abanca, muitas vezes, apresenta condições que sãoincompatíveis com a actual conjuntura e com anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fomentar o investimento comoforma <strong>de</strong> alavancar a economia. Não basta os bancosdizerem que estão disponíveis para emprestar épreciso que o façam em condições a<strong>de</strong>quadas aomomento que vivemos. Enten<strong>de</strong>mos que a CGD,como banco público, <strong>de</strong>via assumir a li<strong>de</strong>rança noapoio às empresas.A banca não está a respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>crédito das empresas, ou porque não tem asgarantias que consi<strong>de</strong>ra necessárias ou porque temoutras priorida<strong>de</strong>s. A dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso aocrédito afecta até as empresas comsustentabilida<strong>de</strong> e viabilida<strong>de</strong> económica. A bancaestá a ser muito criteriosa na concessão <strong>de</strong> crédito,o que provoca uma dificulda<strong>de</strong> acrescida àsempresas, nomeadamente para aquelas quequerem florescer e fazer face a uma concorrênciaque é mundial.É verda<strong>de</strong> que muitas empresas têm tido gran<strong>de</strong>sdificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso ao crédito, mas também éverda<strong>de</strong> que nos últimos tempos os bancos têmmostrado maior abertura nessa matéria. Falando nonosso caso, a inCentea não tem sentido dificulda<strong>de</strong>no acesso ao crédito e tem sido continuamenteapoiada pelos principais bancos com que trabalha.Este apoio não é generalizado a todos os bancos.Também é verda<strong>de</strong> que temos sentido nos últimostempos um maior empenho por parte dos bancosnesse campo.Oproblema da burocracia em Portugal é tãovelho e repisado que muitos já <strong>de</strong>sistiram <strong>de</strong>combatê-lo, assumindo-o como parte doquotidiano e uma característica do País. Boaparte dos portugueses já se <strong>de</strong>ixou, inclusive,embrenhar <strong>de</strong> tal maneira na sua teia que nem se se dáconta dos prejuízos e constrangimentos que ele causa e<strong>de</strong> como tudo po<strong>de</strong>ria ser mais simples e eficiente seconseguíssemos acabar com o espírito Kafkiano queresiste no seio da administração pública e nosmentores das leis que nos regem.Ou seja, perante a apatia do grosso da população face aeste verda<strong>de</strong>iro cancro que mina por completo aprodutivida<strong>de</strong> do País, muito por força <strong>de</strong> nunca se terconhecido outra realida<strong>de</strong>, corremos o risco <strong>de</strong>continuar ad aeternum com esta âncora agarrada aospés enquanto vamos esbracejando para nosmantermos à tona.Este problema assume, naturalmente, contornos maisgravosos num período <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s acrescidas emque, face à pressão da conjuntura, o mais pequenopormenor po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>terminante para o êxito <strong>de</strong> umprojecto.A burocracia está longe, no entanto, <strong>de</strong> ser umpormenor, assumindo o papel <strong>de</strong> um verda<strong>de</strong>iro muroao <strong>de</strong>senvolvimento empresarial e do próprio País emgeral. São leis e mais leis, <strong>de</strong>cretos atrás <strong>de</strong> <strong>de</strong>cretos,exigências em cima <strong>de</strong> exigências, cada coisa tratadano seu serviço, que remete para um qualquer<strong>de</strong>partamento sob a alçada <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminadadirecção que <strong>de</strong>lega em sub-estruturas criadas apenaspara encaixar mais uns quantos fiéis ao partido, sejaele qual for. Tudo isto com muitos guichés pelo meio,ligados por corredores <strong>de</strong> chão gasto <strong>de</strong> tantosprocessos verem passar em busca <strong>de</strong> mais um carimboque os técnicos <strong>de</strong> qualquer coisa têm semprerenitência em colocar. Entra-se no domínio dospequenos po<strong>de</strong>res e no excesso <strong>de</strong> zelo tãocaracterístico da nossa administração pública, salvoalgumas boas excepções, que sentada sobre umalegislação dúbia e cheia <strong>de</strong> nuances corta e cose aosabor da subjectivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> simpatias.Quem quer investir ou necessita <strong>de</strong> fazer qualquerobra, seja <strong>de</strong> que natureza for, vê-se assim colocado nomeio <strong>de</strong> um labirinto <strong>de</strong> difícil saída, em que quandose julga ter encontrado o caminho certo surge sempremais um <strong>de</strong>svio a fazer. Os processos vão-searrastando ao longo <strong>de</strong> anos, com muitos a ficarempelo caminho e muitos outros a arriscarem nascer comalgum pormenor por tratar, ficando à mercê da espadaimpoluta dos fiscais, que surge sempre mais afiadaquando os cofres das Finanças estão maisnecessitados.Enquanto isso, quem luta por manter os projectosviáveis, muitas vezes trabalhando para lá do razoável,vai vendo os seus impostos pagar uma máquinagigantesca e monstruosa, em que a produtivida<strong>de</strong> éinversamente proporcional à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursoshumanos que nela se atropelam.João NazárioOn<strong>de</strong> o Amor acontece!...Ambiente aconchegante e com requinteAtendimento drive e garagem c/ acesso directo para a suiteVOUCHER PRESENTE para ocasiões especiais1.º MOTEL EM LEIRIA ABERTO 24H!Estrada Maceira 807 Codiceira - Azoia | 2400-826 LEIRIATel.: 244 812 096 | GPS: +39° 42' 40.18", -8° 50' 33.73" . www.motelcaribe.ptVenha conhecer! “Amar faz bem à saú<strong>de</strong>”PUBLICIDADEOFERTA ESPECIAL DE ESPUMANTE


4 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013AberturaExcesso <strong>de</strong> regrase falta <strong>de</strong> interlocutorúnico complicamvida às empresasBurocracia A “falta <strong>de</strong> confiança” do Estado nasocieda<strong>de</strong> traduz-se num excesso <strong>de</strong> regulamentaçãoque complica a vida aos investidores, que são obrigadosa percorrer um longo e penoso caminho atéconseguirem chegar a bom portoRaquel <strong>de</strong> Sousa Silvaraquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Para que Portugal possa apresentarum “pacote <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>”aos investidores “faltam duas coisas:uma guerra aberta à burocraciae a <strong>de</strong>scida do IRC <strong>de</strong> uma formarealista”. A afirmação é do ministroda Economia, durante a recenteapresentação do novo projecto daVista Alegre em Ílhavo. Citado pelo<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios, Álvaro SantosPereira admitiu que “não po<strong>de</strong>mosesperar que os projectos sejam travadospor causado do PDM [PlanoDirector Municipal] e queremoscombater os pequenos po<strong>de</strong>res”.Num momento em que a atracção<strong>de</strong> investimento é crucial parao País, quem preten<strong>de</strong> criar riquezavê-se por vezes confrontadocom anos <strong>de</strong> espera (ver página 6),per<strong>de</strong>ndo dinheiro e oportunida<strong>de</strong>s.“Demasiados organismos apronunciarem-se”, sem que tenhamsempre um “verda<strong>de</strong>irocompromisso com o <strong>de</strong>senvolvimentodo País”, é um dos aspectosque contribuem para a burocraciano nosso País, consi<strong>de</strong>ra AmândioSantos. O gestor <strong>de</strong> Pombal acrescentaque, “por vezes, parece quevêem os empresários e as empresascomo inimigos”.O administrador da Derovo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>que “chegou a hora <strong>de</strong> osprocessos <strong>de</strong> licenciamento emPortugal passarem a ter aprovaçãoimediata uma vez atingido o prazo<strong>de</strong> resposta, e <strong>de</strong> não haverpareceres condicionados uns aoutros”. Enten<strong>de</strong> ainda que o Paístem <strong>de</strong> criar a figura do gestorúnico por processo <strong>de</strong> licenciamento,que <strong>de</strong>verá ser responsávelpor exigir às diversas entida<strong>de</strong>s osrespectivos pareceres. “As empresasnão po<strong>de</strong>m andar a consultarentida<strong>de</strong>s e mais entida<strong>de</strong>s”para os conseguirem.Amândio Santos diz que a realida<strong>de</strong>em Espanha “nada tem aver” com o que se passa cá. Quandoa Derovo precisou <strong>de</strong> licenciaruma unida<strong>de</strong> no país vizinho oprocesso foi “rapidíssimo”. Já nonosso País a empresa esteve com licençaprovisória durante anos a fio.“Somos mais papistas que o Papa”,lamenta.Um alemão com negócios emPortugal criou o movimento Deixem-nosrespirar (http://www.<strong>de</strong>ixemnosrespirar.com),para lutarcontra a burocracia, que está a estrangularas empresas. “Este elementoregulador e burocrático doGoverno português é uma relíquiados dias da ditadura e está a vergaro país, <strong>de</strong>ixando-o <strong>de</strong> joelhos”.Pelas contas <strong>de</strong> Karl Heinz, a burocraciacusta a Portugal entre 3%e 5% do Produto Interno Bruto.Para Roberto Cané, a burocracia“arrasa com as empresas”. Por suacausa, aponta o empresário <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,“per<strong>de</strong>mos oportunida<strong>de</strong>s, gastamosdinheiro e não criamos riqueza”.Na sua opinião, a burocraciaresulta do facto <strong>de</strong> “havermuitas leis, com interpretações diferentes”.Defen<strong>de</strong> que <strong>de</strong>via haverum órgão <strong>de</strong> <strong>de</strong>sburocratização,porque nenhum técnico <strong>de</strong> nenhumorganismo po<strong>de</strong>, por si mesmo,“assumir as consequências <strong>de</strong>autorizar algo que ignore a lei”.Um aspecto frisado igualmentepor António Nunes, ex-inspectorgeral da ASAE, entida<strong>de</strong> muitasvezes acusada <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> zelo.Numa edição recente do programaNegócios da Semana, da SIC Notícias,afirmou que os profissionais<strong>de</strong>sta entida<strong>de</strong> se limitam a fiscalizara aplicação das leis, mesmoque nem sempre concor<strong>de</strong>m comelas. Reconheceu que havia algumasnormas que o País “não estavapreparado para aplicar” quandoas adoptou e admitiu que apesar <strong>de</strong>se falar muito em simplificaçãoadministrativa “estamos a transformara burocracia do papel na burocraciainformática”.Augusto Mateus lembra que, nasua origem, o conceito <strong>de</strong> burocraciatinha um sentido positivo,<strong>de</strong> regras. Contudo, em Portugal,significa hoje perda <strong>de</strong> tempo e <strong>de</strong>dinheiro <strong>de</strong>vido ao arrastamento<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Por trás disto está a“excessiva presença <strong>de</strong> regulamentose a inexistência <strong>de</strong> interlocutoresúnicos”. Uma situaçãoque, para o ex-ministro da Economia,assenta na “natureza dapolítica pública” feita em Portugal,que “não é <strong>de</strong> regras bem <strong>de</strong>finidas,mas <strong>de</strong> protagonismo dos intervenientespolíticos”.“A burocracia tem a ver com oexcessivo peso do Estado, com asua <strong>de</strong>sconfiança em relação à socieda<strong>de</strong>,<strong>de</strong>vido a uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> queo público é mais responsável doque o privado”, aponta o economista.Reconhecendo que houvealgumas melhorias nos últimosanos, Augusto Mateus enten<strong>de</strong>que a resolução do problema <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação política,na medida em que é precisa umareorganização do Estado. “A vidaeconómica e social faz-se muito<strong>de</strong>pressa, não ao ritmo da burocracia,que acarreta custos. Portugalper<strong>de</strong> pela imagem <strong>de</strong> imprevisibilida<strong>de</strong>que transmite aos investidores”,afirma.Estudo Paying Taxes 2013Portugal li<strong>de</strong>ra ranking da burocracia fiscalAs empresas portuguesasprecisam <strong>de</strong> 275 horas parapreparar e juntar a informaçãonecessária para pagarem os seusimpostos. De acordo com o estudoPaying Taxes – 2013, daPriceWaterhouseCoopers, somoso País da zona euro on<strong>de</strong> estatarefa <strong>de</strong>mora mais tempo,ficando acima da média dos paísesanalisados, que é <strong>de</strong> 267 horas.Mesmo assim, <strong>de</strong> acordo com um<strong>de</strong>staque inserido no estudo, daautoria <strong>de</strong> Jaime Esteves, oSimplex veio trazer melhorias,retirando carga horária aosprocedimentos fiscais (menos 53horas <strong>de</strong> há oito anos para cá),aponta o site da Associação <strong>de</strong>Hotelaria, Restauração e Similares<strong>de</strong> Portugal. Este é, aliás, um dossectores mais fustigados pelastaxas e impostos, com um total <strong>de</strong>102 a cumprir, segundo revelourecentemente o secretário geralda associação, José ManuelEsteves. No programa Negócios daSemana, da SIC Notícias, odirigente afirmou que este é,igualmente, um dos sectores quemais diplomas tem <strong>de</strong> cumprir,falando em “excesso legislativoque inferniza a vida” aosempresários. São “centenas <strong>de</strong>diplomas”, criando uma teia <strong>de</strong>legislação“complexa,contraditória e, mais grave, quenão é estável”.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 5PUBLICIDADEDizem-se “estrangulados” e querem ser ouvidosMovimento junta empresários contra burocracia“Os empresários em Portugal estãoa ser estrangulados pela burocracia”.É para lutar contra esta situaçãoque um empresário alemãocom negócios no Algarvecriou o movimento Deixem-nosRespirar. No site, em carta aberta,lembra que “as empresas já estão aser <strong>de</strong>ixadas à fome pelas medidas<strong>de</strong> austerida<strong>de</strong>” e pelas “condições<strong>de</strong>sfavoráveis do mercado”. O“mesmo nível <strong>de</strong> danos à espinhadorsal da nossa economia”, ou sejaàs PME, “está a ser provocado pelaburocracia interna e pela <strong>de</strong>sconfiançaque nos estrangulam”,acrescenta o documento.Para o movimento, “um governo<strong>de</strong>masiado burocrático corre o risco<strong>de</strong> cair na compartimentalização”.Com isso, “per<strong>de</strong> a noção do quadrogeral, porque cada entida<strong>de</strong> individualé apenas responsável pelo seupróprio sector, per<strong>de</strong>ndo assim anoção da realida<strong>de</strong>” e acabando porprejudicar a economia.O movimento já conta com 317empresas a<strong>de</strong>rentes, que empregam4440 pessoas e têm negóciosque totalizam mais <strong>de</strong> 600 milhões<strong>de</strong> euros. O objectivo é que,quando estiverem reunidas empresasque assegurem mil milhões<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> negócios, possam sentar-seà mesa com “quem manda”para discutir soluções para o problema.Karl Heinz aponta comoexemplo <strong>de</strong>sta teia burocrática onovo regime dos bens em circulação,que vai obrigar as empresas acomunicar previamente à Autorida<strong>de</strong>Tributária o transportes dasmercadorias.O empresário estima que, comesta exigência, se perca por dia20% a 25% do tempo produtivo <strong>de</strong>uma empresa. “Como po<strong>de</strong>rão aspequenas e médias empresas, queestão a lutar pela sua sobrevivência,encontrar o tempo extra e osrecursos para implementar estasmedidas”, para evitarem ser multadasem caso <strong>de</strong> fiscalização,questiona na carta aberta disponívelno site do movimento.“É tempo <strong>de</strong> fazermos ouvir asnossas vozes”, diz o empresárioalemão, que reconhece sentir-se“completamente frustrado” com ocenário burocrático existente nonosso País. Ao SOL, admitiu mesmoque se em 2006 soubesse o quesabe hoje não teria apostado emPortugal para investir.>>>


6 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013AberturaExemplos <strong>de</strong> projectos que atrasaram ou não avançaramLentidão dos processos faz per<strong>de</strong>rdinheiro e oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócioRaquel <strong>de</strong> Sousa Silv araquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.ptRICARDO GRAÇA❚ Quinze anos. Foi este o tempoque um empresário finlandês teve<strong>de</strong> esperar até ver aprovado o projectoda Quinta da Ombria, no Algarve.Trata-se <strong>de</strong> um investimento<strong>de</strong> 200 milhões <strong>de</strong> eurosque, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muitas voltas, sóagora po<strong>de</strong> arrancar. Em Junho<strong>de</strong>verão começar as obras, paraque a exploração tenha início <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> três anos.Ao Expresso, o empresário reconheceuque só a perseverança ea vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperar os 30 milhõesinvestidos em projectos, estudose obras prévias o fez aguentar.“Portugal é um belo País, commuitos recursos, mas a burocraciaé uma catástrofe, espero que acabemcom isso e <strong>de</strong>senvolvam umsistema que aju<strong>de</strong> a investir”, <strong>de</strong>sabafa.Em <strong>Leiria</strong>, Jorge Santo andoupelo menos oito anos às voltaspara obter o licenciamento <strong>de</strong> umprojecto <strong>de</strong> habitação e comérciopara o antigo Hotel Lis, um investimentoestimado em cincomilhões <strong>de</strong> euros. Entretanto aconjuntura mudou e o empresárioacabou por ven<strong>de</strong>r o imóvel a outraempresa. O projecto <strong>de</strong> requalificaçãonão chegou a concretizar-se.Jorge Santo lembra que esta lentidãonos processos “leva à perda<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e custos acrescidos”.Atribui a situação à “falta<strong>de</strong> pragmatismo na avaliação dosprojectos” e diz que “as instituiçõesestão si<strong>de</strong>radas num <strong>de</strong>terminadotipo <strong>de</strong> procedimento. Osistema está feito <strong>de</strong>ssa forma”.Também em <strong>Leiria</strong>, a Belanaturgastou 600 mil euros (aquisição doterreno) e cinco anos a tentar avançarcom um projecto para a construção<strong>de</strong> instalações na zona industrialda Cova das Faias. RobertoCané explica que a empresaprecisava <strong>de</strong> um edifício com novemetros <strong>de</strong> pé direito, mas o regulamentodo loteamento, que porsua vez obe<strong>de</strong>cia ao Plano DirectorMunicipal, só permitia sete. Reconheceque houve boa vonta<strong>de</strong>por parte dos técnicos para resolvero problema, mas admite quenão po<strong>de</strong>riam ir contra o que estavaregulamentado. “Entretantoo presi<strong>de</strong>nte da câmara [Raul Castro]tomou o problema em mãos”e aquele limite foi alterado, diz oempresário.Mas não em tempo útil para aempresa <strong>de</strong> cosméticos, que foiobrigada a <strong>de</strong>sistir daquele projectoe a procurar alternativas.Hotel Lis, um exemplo <strong>de</strong> projecto morto pela burocracia<strong>Leiria</strong> e Marinha Gran<strong>de</strong>Câmaras criam medidas para agilizar“Reduzir, em média, 50% dotempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em relação aosprazos legais” é um dosobjectivos da Via Ver<strong>de</strong>, medidacriada recentemente pelaCâmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Apoiar osempresários na inserção <strong>de</strong>pedidos <strong>de</strong> registo dosestabelecimentos industriais dotipo 3 na plataforma do Regime<strong>de</strong> Exercício da Activida<strong>de</strong>Industrial é uma dasincumbências da figura dogestor <strong>de</strong> processo criada noâmbito <strong>de</strong>sta medida. Este“interlocutor privilegiado” comos empresários dá ainda apoiono preenchimento <strong>de</strong>requerimentos quando existemoperações urbanísticasassociadas, com referência aoselementos necessários àinstrução dos processosadministrativos na câmara.Também o executivo da MarinhaGran<strong>de</strong> aprovou uma medidaque visa “prazos reduzidos” <strong>de</strong>apreciação das operaçõesurbanísticas relativas a unida<strong>de</strong>sindustriais.O Programa <strong>de</strong> Apoio aoInvestimento Industrial prevêainda redução das taxasmunicipais. São abrangidasoperações <strong>de</strong> instalação,remo<strong>de</strong>lação ou ampliação <strong>de</strong>unida<strong>de</strong>s industriais. Preten<strong>de</strong>--se, <strong>de</strong>sta forma, “incentivar osempreen<strong>de</strong>dores a investirem noconcelho e, simultaneamente, acriarem emprego”. A medidasurge “num momento em que seregistam inúmeras dificulda<strong>de</strong>seconómicas e sociais e em que,cada vez mais, é importante criarincentivos à criação <strong>de</strong> postos <strong>de</strong>trabalho”.A câmara reconhece não po<strong>de</strong>r“ficar indiferente” à realida<strong>de</strong>,cabendo-lhe intervir e adoptarmedidas que promovam oinvestimento.Optou por comprar novos terrenosno Casal do Cego, on<strong>de</strong> já tinha instalações(que levaram oito anos aobter a licença <strong>de</strong> utilização), econstruir novos espaços. O processojá leva três anos e ainda nãoestá concluído.Depois <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> euros <strong>de</strong>investimento e <strong>de</strong> anos às voltascom os processos, a empresa temhoje instalações que não lhe permitemperspectivar continuar acrescer, reconhece Roberto Cané.“Daqui a três ou quatro anos, provavelmente,teremos <strong>de</strong> mudarpara uma unida<strong>de</strong> maior, que nospermita produzir mais diversida<strong>de</strong>para sermos economicamente viáveis.Trabalhamos para exportaçãoe temos <strong>de</strong> ser competitivos. Produzirem condições ina<strong>de</strong>quadasfica caro”, explica o empresário,que diz estar a avaliar a oferta <strong>de</strong>um terreno <strong>de</strong> 50 mil metros, “apreço simbólico”, que lhe foi feitapor um concelho vizinho.Reconhecendo que a “dilatação<strong>de</strong> prazos <strong>de</strong> análise conduz, muitasvezes, à perda <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s”,a Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> criou recentementea Via Ver<strong>de</strong>, medidaque preten<strong>de</strong> agilizar a apreciação<strong>de</strong> projectos apresentados por empresasdo concelho. No âmbito<strong>de</strong>sta medida, foi criada uma equipa“preparada para prestar umatendimento personalizado e profissionalem relação a todos os assuntosqueenvolvem as áreas docomércio, indústria e serviços”(ver caixa).Dois anos foi quanto se atrasou oarranque da nova unida<strong>de</strong> da Derovoem Proença-a-Nova. “O projectofoi sendo sucessivamenteatrasado <strong>de</strong>vido a burocracias diversas,principalmente <strong>de</strong>vido aoslicenciamentos necessários, quesão vários”, explica Amândio Santos.Inicialmente prevista para iniciara produção <strong>de</strong> ovos em 2011,apenas este ano a exploração opô<strong>de</strong> fazer. Um situação que “implicouuma ruptura no abastecimentoda Derovo, com a consequenteperda <strong>de</strong> mercado, tanto nacionalcomo <strong>de</strong> exportação, e umenorme aumento dos custos dasmatérias-primas”, explica o gestor<strong>de</strong> Pombal.


8 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013EntrevistaJosélia Neves, coor<strong>de</strong>nadora daUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Investigação Inclusão eAcessibilida<strong>de</strong> em Acção do InstitutoPolitécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, revela que nemtodas as pessoas querem a inclusão“Seriafundamentalintroduzir alíngua gestualcomosegundalíngua”Elisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Coor<strong>de</strong>na a Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> InvestigaçãoInclusão e Acessibilida<strong>de</strong>em Acção do IPL. De que forma osprojectos têm mudado a vida <strong>de</strong>quem não ouve ou vê?Não sei se os projectos têm mudadoa vida <strong>de</strong> alguém, porque, paraque mu<strong>de</strong> a vida <strong>de</strong> alguém, é precisoque esse alguém queira mudara sua própria vida. A gran<strong>de</strong> conclusãoque estou a chegar com oprojecto IPL (+) Inclusivo é quenão po<strong>de</strong>mos obrigar as pessoas ase incluírem. Apenas po<strong>de</strong>mos oferecere criar condições para queelas se incluam, se se quiseremincluir. No que toca aos projectosque temos <strong>de</strong>senvolvido, o objectivoé que criem condições <strong>de</strong> acessoà informação, à cultura, ao lazer,mas não sabemos até que ponto estãoa ser fruídos.Há quem não queira essa inclusão?Há e é um direito que cada umtem. Não po<strong>de</strong>mos exigir ou pensarque a socieda<strong>de</strong> se vai organizarà medida daquilo que nós queremosque ela seja. A socieda<strong>de</strong> éorgânica e vai-se alterar e reagir daforma como achar melhor. Inclusãoé respeitar essa diferença. Nãoserve <strong>de</strong> nada oferecermos qualquercoisa se a pessoa não quiserreceber. Eu posso oferecer, masnão posso obrigar a que usem,fruam e gostem, mas tenho <strong>de</strong>continuar a oferecer. Inclusão édar oportunida<strong>de</strong> a que qualquerpessoa possa, optar, ter liberda<strong>de</strong><strong>de</strong> escolha e autonomia.Qual é a principal lacuna da investigaçãosobre questões ligadasà sur<strong>de</strong>z?É não termos investigadores surdos.Investigar a sur<strong>de</strong>z é complexo,porque estamos a investigaruma área que vai para além daacessibilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> soluções técnicas.Po<strong>de</strong>mos estudar a sur<strong>de</strong>z portodos os ângulos possíveis. Aquiloque mais falta neste momento é aauto-investigação. Daremos umpasso à frente quando tivermosinvestigadores surdos. Isto implicaque os nossos surdos cheguemao ensino superior, que as escolasos preparem para lá chegar e queno ensino superior tenham tambémcondições para acompanharas aulas.Algumas escolas já possuem núcleospara alunos com <strong>de</strong>ficiênciassensoriais. O sistema educativogarante um percurso escolar igualpara todos?Nenhum percurso escolar é igualpara ninguém e nenhum serve a todos,quando todos somos diferentese com necessida<strong>de</strong>s diferentes.Para que a pessoa com <strong>de</strong>ficiênciaseja perfeitamente incluída no sistemaprecisamos <strong>de</strong> individualizarmuito o programa <strong>de</strong> ensino eaprendizagem, porque é impossívelencontrar a norma. Isso requertempo e dinheiro; requer um conhecimentoprofundo sobre estaspessoas; técnicos altamente especializadose, acima <strong>de</strong> tudo, umasocieda<strong>de</strong> aberta. Mas, nós nãosomos uma socieda<strong>de</strong> aberta e inclusiva.Temos muitos estigmas epreconceitos. O nosso sistema <strong>de</strong>ensino é muito estereotipado, oaluno não é um indivíduo, é umnúmero. É a turma 8.º B, número37. Dificilmente se po<strong>de</strong> falar numensino que está preparado paraacolher a diferença. O nosso ensinoainda está preparado para ensinare não para apren<strong>de</strong>r.A língua gestual <strong>de</strong>veria fazer partedo currículo escolar?Se apren<strong>de</strong>mos inglês, francês, alemãoe espanhol, por que não haveremos<strong>de</strong> ter a opção <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>ra língua gestual portuguesa? Tãoimportante é a pessoa surda apren<strong>de</strong>ra língua gestual quanto a ouvinte,porque se só um apren<strong>de</strong>r,acabamos por estar a segregar. Seriaabsolutamente fundamentalintroduzir a língua gestual como segundalíngua. Aliás, é a nossa segundalíngua nacional. Então vamosapren<strong>de</strong>r uma língua estrangeiraantes <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a nossa segundalíngua nacional?Seria mais fácil a inclusão se ascrianças apren<strong>de</strong>ssem a línguagestual <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o pré-escolar e 1.º ciclo?Pelo menos nas escolas bilingues<strong>de</strong>veríamos ter o ensino bilinguepara todos. No momento em que seintroduzisse uma língua estrangeira,<strong>de</strong>veríamos oferecer tambéma língua gestual. É uma maisvalia,não só para comunicar comos surdos como para comunicarcom toda a gente. A língua gestualacaba por abrir uma série <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> comunicação que estãoadormecidas no nosso corpo.Por que razão ainda existe uma lacunatão gran<strong>de</strong> na legendagem <strong>de</strong>televisão para surdos ou audio<strong>de</strong>scriçãopara cegos?A acessibilida<strong>de</strong> na televisão portuguesafoi um problema <strong>de</strong> or<strong>de</strong>mtecnológica, mas é ainda um problema<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m atitudinal. Durantemuitos anos via-se a acessibilida<strong>de</strong>como solução para alguns.Hoje começa-se a compreen<strong>de</strong>rque não são apenas as pessoascom <strong>de</strong>ficiência que usam os serviços.O enorme atraso não <strong>de</strong>ve-


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 9RICARDO GRAÇAPerfilEducadorapara a inclusãoLicenciada em Línguas eLiteraturas Mo<strong>de</strong>rnas pelaUniversida<strong>de</strong> do Porto, JoséliaNeves lecciona no InstitutoPolitécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995,on<strong>de</strong> é também a coor<strong>de</strong>nadora daUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Investigação Inclusão eAcessibilida<strong>de</strong> em Acção. Des<strong>de</strong>2000 que tem vindo a <strong>de</strong>senvolverprojectos na área da comunicaçãoacessível com diferentes parceirosnos domínios da comunicaçãosocial, produção fílmica, artesperformativas, turismo,museologia e educação. Um <strong>de</strong>ssesprojectos foi tornar o Museu daComunida<strong>de</strong> Concelhia da Batalhanum dos primeiros museus,acessível a todos. Terminourecentemente o pós-doutoramentosobre Comunicação Inclusiva emContexto Museológico no ImperialCollege London e na Universida<strong>de</strong><strong>de</strong> Aveiro. Já publicou dois guiaspráticos para a criação <strong>de</strong> materiaisacessíveis: Vozes que se Vêem, Guia<strong>de</strong> Legendagem para Surdos eImagens que se Ouvem e Guia <strong>de</strong>Audio<strong>de</strong>scrição.Em <strong>de</strong>staqueAs vibrações quese geram nãoentram apenaspelos ouvidos,por isso é que sejustifica que numconcerto, comoos The Gift,possamos ter50 surdos a pular,a cantar, a baterpalmase tudo <strong>de</strong>ntrodo ritmoria <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do acordo com as televisões,nem <strong>de</strong> verbas ou condiçõestecnológicas. Se temos um telejornalcom um ticker com as notíciasa correr por baixo, qual o problema<strong>de</strong> termos também a legendagem?Em termos tecnológicostudo é possível. A RTP tem feito umpercurso admirável. As outras televisõesestão um pouco adormecidas.Com o novo protocolo, queestá para breve, estou em crer quea SIC e a TVI estarão agora mais receptivaspara passar estes serviços.Até aqui falava-se que a audiodiscriçãosaía muito cara e que não tínhamosmeios. Com a televisão digitalnada disso é problema. Se astelevisões se juntassem para partilharos custos e os recursos dacriação da acessibilida<strong>de</strong> tinhamtodos a ganhar. É uma questão <strong>de</strong>vonta<strong>de</strong>.Há pouco material lúdico ou didácticopara pessoas com necessida<strong>de</strong>sespeciais. Não será umaoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio numaaltura <strong>de</strong> crise?Tudo na acessibilida<strong>de</strong> é uma oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> negócio se não forvisto como exclusivamente parapessoas com <strong>de</strong>ficiência. Essa é agran<strong>de</strong> diferença entre inclusão eacessibilida<strong>de</strong>. A acessibilida<strong>de</strong> éum pouco direccionada para solucionarum problema <strong>de</strong> certas pessoas.A inclusão é vista como criarcondições para que qualquer pessoapossa fazer, usar ou fruir. Secriarmos materiais inclusivos, emmultiformato, estamos a potenciara sua utilização. A partir domomento em que nós, enquantopaís, nos prepararmos com a criação<strong>de</strong> comunicação multiformatoe em condições <strong>de</strong> acesso plenas,iremos ter um potencial <strong>de</strong> atracçãoturística incrível, por exemplo.Defen<strong>de</strong>-se muito o fim das barreirasarquitectónicas, mas ouve--se pouco falar das <strong>de</strong>ficiênciasmultissensoriais.O espaço físico é mais fácil <strong>de</strong> ver.Se formos à i<strong>de</strong>ia do universal,quem mais usa as rampas não sãoas pessoas em ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> roda,mas as mamãs com os carrinhos <strong>de</strong>bebés, os senhores das mercadorias...e é mais fácil arrumar esseproblema. Quando falamos em <strong>de</strong>ficiênciassensoriais é mais complexoporque algumas não se vêem– a sur<strong>de</strong>z não se vê – e se pensarmosbem, em Portugal, os nossos<strong>de</strong>ficientes não se vêem. Em algunspaíses, as famílias saem ao fim-<strong>de</strong>--semana e, naturalmente, com elassaem todas estas pessoas. Em Portugalelas não saem à rua, por isso,é mais difícil criarmos soluçõespara algo que <strong>de</strong>sconhecemos. Asbarreiras físicas são mais fáceis <strong>de</strong><strong>de</strong>rrubar porque a sua eliminaçãoé útil para além daquele nicho. Seentrarmos na tal política da inclusão,enquanto solução para todos,as barreiras começam a cair.Mas as pessoas também não saemporque, se calhar, não há nadaque lhes interesse.Estive em Lisboa a fazer audio<strong>de</strong>scriçãopara uma peça <strong>de</strong> teatro/bailadoe na primeira noite nãotivemos clientela com necessida<strong>de</strong>sespeciais. É a pescadinha <strong>de</strong> rabona boca. Se não oferecemos as pessoasnão vão porque não há oferta;há oferta as pessoas não vão ouporque não sabem que há ou se sabemnão criaram o hábito <strong>de</strong> ir. Épreciso manter a oferta, porque é oserviço constante e continuadoque vai fazer com que as pessoasusem.Porque nunca tiveram o hábito.É preciso criar hábitos, é precisoeducar e criar necessida<strong>de</strong>. Nuncativeram necessida<strong>de</strong>. Não apareceninguém? Não faz mal. Fez-se eamanhã volta-se a fazer. As pessoastêm <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e ser educadas,mas leva muito tempo mudar mentalida<strong>de</strong>s.As iniciativas, como exposiçõesmultissensoriais, não <strong>de</strong>veriamser pensadas para crianças?A gran<strong>de</strong> aposta tem <strong>de</strong> estar na intervençãoprecoce a todos os níveise já se começa a sentir essa mudança.Os filhos <strong>de</strong>sta geração <strong>de</strong>jovens já serão educados no berço,porque na escola já tiveram umcompanheiro com <strong>de</strong>ficiência.Quanto mais cedo se <strong>de</strong>r a educaçãopara a inclusão, melhor. Nestemomento, estamos a educar umageração <strong>de</strong> adultos, que já <strong>de</strong>veriater sido educada em criança. Vamosconseguir chegar à inclusãoquando esta geração infantil foradulta.Colaborou recentemente num projecto<strong>de</strong> inclusão com Boss AC eThe Gift. De que forma um surdoouve e sente um concerto?Por que razão vamos a um concerto?Se quero ouvir música em elevadaqualida<strong>de</strong> ponho uns belíssimosauscultadores estéreo e ficoem casa. Vou a um concerto parater uma experiência, para estarcom o meu grupo e me i<strong>de</strong>ntificarcom uma cultura. Vou para me divertir,<strong>de</strong>scontrair e para absorvera energia humana e física que existeno recinto. A energia vem com osom, mas também com a luz ecom todo o aparato. As vibraçõesque se geram não entram apenaspelos ouvidos, por isso é que se justificaque num concerto, como osThe Gift, possamos ter 50 surdos apular, a cantar, a bater palmas etudo <strong>de</strong>ntro do ritmo. Porquê? Nãoouvimos só com as orelhas, ouvimostambém com os olhos e com ocorpo. E quando temos <strong>de</strong>z milpessoas aos pulos a cantar e a vibrar,por muito surdo que se seja,essas vibrações entram. O que querum surdo? Quer no dia seguintesentar-se no café, conversar com osamigos e dizer: 'eu estive lá'.Que projectos tem no IPL?Neste momento estou a trabalharno projecto IPL (+) Inclusivo. Temsido uma experiência muito gratificantee muito difícil. Tem sidomais uma aprendizagem <strong>de</strong> que ainclusão não se impõe nem se ensina.A inclusão vive-se. Não valea pena criar projectos obrigando osoutros a integrar-se. O IPL (+) Inclusivoensinou-me que ninguémeduca para a cidadania. Educamo-nosna cidadania. O meu gran<strong>de</strong>projecto <strong>de</strong> futuro é parar osprojectos pontuais, afastar-me parareflectir e repensar as implicaçõesda educação para a cidadania.Por que diz que não se ensina paraa cidadania?Não há palestra, manual escolar ouprofessor que eduquem para a cidadania.Há condições para que apessoa cresça enquanto cidadã e seeduque a ela própria para a cidadania.Mas é preciso transmitir valores eensinar o correcto.É no berço, na escola primária, nojardim, no parque, na praia, nosupermercado... Isso não se ensina,vive-se. Se há área em que há oexemplo e não a palavra, é esta.Quando arrancámos para o projectoIPL (+) Inclusivo isto não estavanada claro.ENTREVISTA COM O APOIO DE:


10 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013Socieda<strong>de</strong>Transexuais escolhem<strong>Leiria</strong> para viver<strong>Leiria</strong>Atlas queralimentaridososao fim-<strong>de</strong>-semanaOpção Cerca <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong> transexuais <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> brasileira adoptou<strong>Leiria</strong> como refúgio. Clientes, tolerância e pacatez são os atractivos da cida<strong>de</strong>Maioria dos transexuais tem nacionalida<strong>de</strong> brasileiraDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Mikki chegou do Brasil há cincoanos e resi<strong>de</strong> há quatro em <strong>Leiria</strong>.No seu dia-a-dia vive a rotina <strong>de</strong>qualquer mulher: supermercado,ginásio e trabalho. Com algumasdiferenças. Nasceu homem há 28anos, fez várias operações e é hojetransexual, <strong>de</strong>dicado à prostituição.Mikki é um dos 11 transexuaise trangéneros (ver caixa)que escolheram <strong>Leiria</strong> para viver.No ano passado, a AssociaçãoNovo Olhar II acompanhou cerca<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong> transexuais <strong>de</strong>dicadosao trabalho sexual, resi<strong>de</strong>ntesem <strong>Leiria</strong>. A maioria é <strong>de</strong>nacionalida<strong>de</strong> brasileira e partilhaapartamentos na Nova <strong>Leiria</strong>. Algunsjá se prostituíam no Brasil,outros começaram a fazê-lo emPortugal, longe do olhar da família.Vivem a maior parte do ano em<strong>Leiria</strong>, mas partem <strong>de</strong> vez emquando para Lisboa, Porto ou Algarve,para procurar mais clientes,acabando sempre por regressar.Hélia Gomes, assistente socialda associação, justifica a preferênciados transexuais por <strong>Leiria</strong>com a pacatez da cida<strong>de</strong> que, apesar<strong>de</strong> pequena, tem muitos clientespara este tipo <strong>de</strong> serviço. Foramestas condições que atraíramMikki a <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um anoa viver em Évora.António Serze<strong>de</strong>lo, presi<strong>de</strong>nteda Opus Gay, lembra que, por oposiçãoao Brasil, on<strong>de</strong> diariamentehá assassinatos <strong>de</strong> transexuais,<strong>Leiria</strong> é muito tolerante, mesmoquando comparada com outrospontos do País. “<strong>Leiria</strong> sempreteve uma comunida<strong>de</strong> homossexualgran<strong>de</strong> e vários bares <strong>de</strong>gays”. No entanto, apesar <strong>de</strong> tolerante,não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser preconceituosa.Muitos homens têm dificulda<strong>de</strong>em assumir a sua homossexualida<strong>de</strong>e por isso optampor transexuais <strong>de</strong> aparência “feminina,mas <strong>de</strong> pénis”, uma forma<strong>de</strong> se “<strong>de</strong>sculpabilizarem”, <strong>de</strong>“disfarçarem perante quem osConceitosSignificadosdiferentesTransgénero: é aquele cujo sexo<strong>de</strong>signado no nascimentocontraria a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> género,ou seja, uma mulher que sesente "presa" num corpo <strong>de</strong>homem, ou vice-versa.Transsexual: é aquele que sesente com uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong>género diferente da do sexo<strong>de</strong>signado no nascimento e que,por isso, faz a transição do seusexo <strong>de</strong> nascimento para o sexooposto.Homossexualida<strong>de</strong>: pren<strong>de</strong>-secom a orientação sexual(preferência por parceiros domesmo sexo) e não com estasquestões <strong>de</strong> género.veja, e para si mesmos”, consi<strong>de</strong>rao presi<strong>de</strong>nte. Mikki enten<strong>de</strong>que as pessoas <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> “são muitofechadas”. Mas reconhece queentre elas há muitos clientes, quasetodos casados e ditos heterossexuais.De acordo com o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Notícias,existem pelo menos 110portugueses com diagnóstico <strong>de</strong>disforia <strong>de</strong> género confirmado porconsultas <strong>de</strong> sexologia. AntónioSerze<strong>de</strong>lo sublinha que em Portugala maioria dos transgénerossão homens que <strong>de</strong>sejam tornar--se mulheres, sendo que no estrangeirohá mais mulheres quequerem transformar-se em homens.Dentro das minorias, este éo grupo que mais consi<strong>de</strong>raçãomerece, pela discriminação e violênciaa que é sujeito, frisa o presi<strong>de</strong>nte.Também Mikki admiteser alvo <strong>de</strong> ameaças <strong>de</strong> uma proxenetae recorda como se submeteua dolorosas intervenções cirúrgicasàs mãos <strong>de</strong> uma curiosa,ainda no Brasil.DR❚ A se<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> da Atlas – Associação<strong>de</strong> Cooperação para o Desenvolvimentofoi inaugurada sábado,na garagem <strong>de</strong> um prédio daNova <strong>Leiria</strong>, num espaço cedidogratuitamente pelo <strong>de</strong>ntista CarlosMota, que para a presi<strong>de</strong>nte da associação,a médica Helena Vasconcelos,“é a melhor pessoa queexiste no distrito”. Além dos projectosque já <strong>de</strong>senvolve há doisanos na Escola Correia Mateus,<strong>Leiria</strong>, através do apoio diário noprolongamento escolar a <strong>de</strong>ficientes,e no Agrupamento <strong>de</strong> EscolasGuilherme Stephens, na MarinhaGran<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> dá comida a 12 famíliasreferenciadas, faz consultasmédicas e fornece óculos, medicamentose outros bens necessários,os 27 voluntários da associaçãovão agora apoiar também idosos<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Isto através do projectoOs Velhos Amigos, já implementadocom sucesso em Coimbra,já que o apoio domiciliário dasIPSS não funciona ao fim-<strong>de</strong>semana.O objectivo é fornecer aosmais idosos (a referenciar) refeiçõesnesses dias e fazer também acompanhamentopsicológico e <strong>de</strong> enfermagemdurante a semana, através<strong>de</strong> equipas organizadas e autónomas.Adoptar estes idososcomo se fossem da família, tentadocriar uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> vizinhança, étambém objectivo. A Atlas, sediadaem Coimbra, existe há cincoanos como organização não governamental,<strong>de</strong>senvolvendo projectostambém em Moçambique eAngola. Helena Vasconcelos dizque se trata <strong>de</strong> uma “estruturamagra”, já que em associaçõesmuito gran<strong>de</strong>s, as pessoas se “matam”em conflitos internos e nabusca do po<strong>de</strong>r. “Temos uma política<strong>de</strong> gastar muito pouco com osprojectos. Nestas instalações nãogastámos mais <strong>de</strong> 20 euros porquetudo foi oferecido. As pessoasquando nos dão têm <strong>de</strong> ter a convicçãoque tal se <strong>de</strong>stina a essamesma causa”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>.Se<strong>de</strong> inaugurada sábado


Socieda<strong>de</strong><strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 11Jantar <strong>de</strong> homenagem a Carlos AndréRealiza-se no sábado, às 20 horas, um jantar <strong>de</strong>homenagem a Carlos André, que <strong>de</strong>ixará a presidênciada Assembleia Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> para li<strong>de</strong>rar novoCentro Pedagógico e Científico <strong>de</strong> Língua Portuguesa doInstituto Politécnico <strong>de</strong> Macau. As inscrições po<strong>de</strong>m serfeitas por mail (manuelavieira@cm-leiria.pt).Erro no ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> encargos obriga a anulação do actual contrato a um mês do fimBronca com concursopara a recolha <strong>de</strong> lixo em <strong>Leiria</strong>OurémPSD <strong>de</strong>nunciaaumentodas <strong>de</strong>spesascorrentesda câmaraRICARDO GRAÇA/ARQUIVOMaria Anabela Silvaanabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Está instalada a confusão com oconcurso internacional para a recolha<strong>de</strong> lixo no concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. A ummês do fim do actual contrato, quetermina a 17 <strong>de</strong> Maio, a câmara viuseobrigada a anular o concurso, poreste conter “vícios” que levariam oTribunal <strong>de</strong> Contas a chumbá-lo. Opresi<strong>de</strong>nte da câmara tentou resolvera situação através <strong>de</strong> um protocolocom a empresa que actualmentepresta o serviço, para prolongar o contratoalguns meses, mas o documentonão foi ratificado pelo executivo.Celebrado a 11 <strong>de</strong> Março, o acordosó agora chegou ao conhecimentodos vereadores da oposição, que, nareunião <strong>de</strong> câmara <strong>de</strong> terça-feira, levantarammuitas dúvidas quanto à legalida<strong>de</strong>da aplicação da “figura doprotocolo” a este caso. Dúvidas partilhadaspor António Martinho e IsabelGonçalves, que integram a maioria.A vereadora não se coibiu mesmo<strong>de</strong> enumerar as “fragilida<strong>de</strong>s” doacordo, que, no seu enten<strong>de</strong>r, “nãotem qualquer consistência jurídica”.Por isso, sugeriu que a proposta <strong>de</strong>protocolo fosse retirada e que se estudasse,com urgência, “uma soluçãojurídica que permita enquadrar a situação”,o que foi aceite, tendo sidoagendada para hoje numa nova reuniãoda vereação.Confessando-se “<strong>de</strong>sconfortável”em aprovar o protocolo, António Martinhoainda se exaltou quando GonçaloLopes (PS) disse que a culpa peloserros do concurso também eramda vereação. “Isso não. Havia um calendário,que contemplava a préviaqualificação, que não se fez. Aprovou--se um concurso com condições quenão foram cumpridas”, afirmou AntónioMartinho, visivelmente irritadocom o colega da maioria.Actual contrato para a recolha <strong>de</strong> lixo termina a 17 <strong>de</strong> MaioO número6000É o número aproximado <strong>de</strong>contentores <strong>de</strong> lixo domésticodistribuídos pelo concelho <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> e que são proprieda<strong>de</strong> daempresa que presta o serviço, aSUMAQuem também não poupou críticasao processo foi Gastão Neves(PSD), que consi<strong>de</strong>rou tratar-se <strong>de</strong>“uma gran<strong>de</strong> trapalhada”. O social--<strong>de</strong>mocrata disse mesmo que“houve muita negligência”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndoque “o júri do concurso<strong>de</strong>veria ter alertado o executivopara as circunstâncias, vicissitu<strong>de</strong>se prazos” do processo, a tempo <strong>de</strong>ser encontrada uma solução.Raul Castro contrapôs, alegandoque o orçamento do município “jáprevê aquela <strong>de</strong>spesa”, que “não setrata <strong>de</strong> um novo contrato, mas sim<strong>de</strong> um acordo que permite manter oserviço por um preço inferior ao queestava previsto em orçamento”. “Éuma saída prática para a resolução <strong>de</strong>um problema”, disse. Blandina Oliveira(in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte) retorquiu, afirmandoque se tratava <strong>de</strong> “uma saídaprática para o abismo”, por enten<strong>de</strong>rque o protocolo “não é a forma correcta”<strong>de</strong> ultrapassar a situação.Gonçalo Lopes, vereador do PS,saiu em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> Raul Castro, consi<strong>de</strong>randoque a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> assinar oprotocolo - que ficou sem efeito porquenão foi ratificado - “foi uma dasmais corajosas” que já lhe viu tomar.“O concurso tem vícios <strong>de</strong> forma,mas daqui a um mês o lixo tem <strong>de</strong> serrecolhido”, sublinhou.Em causa está o facto <strong>de</strong> o ca<strong>de</strong>r-no <strong>de</strong> encargos e o programa <strong>de</strong> concursoconsi<strong>de</strong>rar como um dos critériosa ter em conta na avaliação domérito técnico dos concorrentes aapresentação <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas certificações.Um item que implicava aalteração dos resultados financeirosdo concurso, o que <strong>de</strong>u origem a váriasreclamações.Apesar <strong>de</strong> “haver “jurisprudêncianos dois sentidos”, o júri do concurso<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong>senrolar o processo atéque, em Março, foi publicado umacórdão do Supremo Tribunal Administrativoe Fiscal que “clarifica quea questão das certificações não <strong>de</strong>veser usada em concurso públicos”,explicou Margarida Morais, chefe daDivisão do Ambiente da câmara.A solução po<strong>de</strong>rá passar agorapela consulta, com carácter <strong>de</strong> urgência,a várias entida<strong>de</strong>s para oajuste directo do serviço, até que onovo concurso fique concluído, oque <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>morar cerca <strong>de</strong> meioano.❚ Os vereadores do PSD na Câmara<strong>de</strong> Ourém acusam o executivo socialista<strong>de</strong>, em três anos <strong>de</strong> mandato,ter aumentado em cerca <strong>de</strong> 26%os custos do município com fornecimentose serviços externos, que engloba“todas das <strong>de</strong>spesas correntes”.Segundo dados do relatório <strong>de</strong> contasda autarquia referente a 2012, citadospelos sociais-<strong>de</strong>mocratas, noúltimo ano aqueles custos aumentaram809 mil euros (7,9%) face a2011, o que, no enten<strong>de</strong>r dos vereadoresda oposição, “não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> sercurioso, tendo em conta o objectivoestratégico <strong>de</strong>ste executivo <strong>de</strong> baixaras <strong>de</strong>spesas correntes em 30%”.Um objectivo que é reafirmadopelo presi<strong>de</strong>nte da câmara, PauloFonseca, na nota introdutória ao relatório,on<strong>de</strong> refere que “o actual executivotem <strong>de</strong>senvolvido um plano<strong>de</strong> recuperação financeira que temlevado à redução da <strong>de</strong>spesa em algunssectores”, “tendo alcançadouma redução efectiva na <strong>de</strong>spesa emquase dois milhões <strong>de</strong> euros”. LuísAlbuquerque (PSD) contrapõe essedado, frisando que essa diminuiçãoteve a ver com “a rubrica <strong>de</strong> provisões,que serve para acautelar o possívelpagamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas comprocessos judiciais em curso e que foilançado com um custo”.Paulo Fonseca <strong>de</strong>stacou ainda a reduçãoda dívida a terceiros que baixou,4.2 milhões <strong>de</strong> euros. Um dadoque é <strong>de</strong>svalorizado pelos vereadoresda oposição, que alegam queessa redução “não é mais do que ocumprimento das obrigações <strong>de</strong>correntesdos empréstimos contraídos”e sublinham o aumento das dívidasa fornecedores, que subiram5%, assim com o agravamento doprazo médio <strong>de</strong> pagamento, quepassou <strong>de</strong> 170 dias, em 2011, pata 208dias em 2012. MAS<strong>Leiria</strong> Nuno Mangasdiscursano 25 <strong>de</strong> AbrilOikos Árvoresno meio urbanoem <strong>de</strong>bateMarinha Gran<strong>de</strong>População organiza-separa limpar mataFreguesias PombalProvidência cautelarno tribunalO presi<strong>de</strong>nte do InstitutoPolitécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, NunoMangas, será o orador convidadoda sessão solene do 25 <strong>de</strong> Abril,promovida pela Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> eque terá início às 11 horas, noTeatro Miguel Franco. À tar<strong>de</strong> seráinaugurada a exposição ÁlvaroCunhal – Vida, pensamento e luta:exemplo que se projecta naactualida<strong>de</strong> e no futuro, no TeatroJosé Lúcio da Silva, on<strong>de</strong> à noiteactua Pedro Barroso.O papel das árvores no meiourbano vai ser discutido napróxima terça-feira, às 21 horas,num <strong>de</strong>bate organizado pela Oikos(Associação <strong>de</strong> Defesa doAmbiente e do Património daRegião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>). Esta iniciativa, ater lugar na Escola Superior <strong>de</strong>Educação e Ciências Sociais <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, conta com a participação <strong>de</strong>Helena Freitas, directora do JardimBotânico <strong>de</strong> Coimbra, e <strong>de</strong> NunoCarvalho, presi<strong>de</strong>nte da Oikos.Depois <strong>de</strong> na semana passada oGoverno não dado garantias <strong>de</strong>que limparia a Mata Nacional atéao fim do ano, a população daMarinha Gran<strong>de</strong> está a mobilizar--se através das re<strong>de</strong>s sociais pararealizar uma acção <strong>de</strong> limpeza,dia 28, às 9 horas, junto ao Valedos Pirilampos. A iniciativa, quepreten<strong>de</strong> minimizar os estragosdo temporal <strong>de</strong> há dois meses, foidada a conhecer aos <strong>de</strong>putadoseleitos por <strong>Leiria</strong>.As juntas <strong>de</strong> freguesia <strong>de</strong> Albergariados Doze, S. Simão <strong>de</strong> Litém, Ilha eMata Mourisca, <strong>de</strong> Pombal, entregaramno Supremo Tribunal Administrativo<strong>de</strong> Lisboa providênciascautelares contra a sua agregação.O documento “dá voz à população,que está contra a agregação”, refereAntónio Fernan<strong>de</strong>s, autarca da MataMourisca, ao consi<strong>de</strong>rar que se tratou<strong>de</strong> uma “frau<strong>de</strong> política”, porqueignorou a “história das freguesias”e “número <strong>de</strong> habitantes”.


12 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013Socieda<strong>de</strong>Laborinho Lúcio no Dia do hospitalO Dia do Hospital <strong>de</strong> Santo André, em <strong>Leiria</strong>, seráassinalado, na segunda-feira, numa sessão quecomeçará pelas 11:15 horas e que contará com aparticipação <strong>de</strong> Laborinho Lúcio, juiz jubiladorecentemente nomeado presi<strong>de</strong>nte do ConselhoConsultivo do Centro Hospital <strong>Leiria</strong>-Pombal.Área ardida po<strong>de</strong> aumentar nos fogos <strong>de</strong> VerãoCheias aumentam risco<strong>de</strong> incêndios <strong>de</strong> maior dimensãoElisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚A forte precipitação que se verificounas últimas semanas em todo o País,veio fazer crescer o risco <strong>de</strong> a área ardidaaumentar e consumir mais <strong>de</strong>100 mil hectares <strong>de</strong> floresta, numcenário <strong>de</strong> incêndios, que todos os Verõesassolam Portugal.“Num estudo que publicámos, utilizandoos dados <strong>de</strong> precipitação duranteos meses <strong>de</strong> Janeiro a Abril, emCoimbra, verificámos que nos anosem que o valor total da precipitaçãoaumentava, a área ardida em Portugalno Verão <strong>de</strong>sse ano também aumentava”,constata Domingos XavierViegas, investigador da Associaçãopara o Desenvolvimento da AerodinâmicaIndustrial, um centro <strong>de</strong>investigação da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciênciasda Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra que trabalha<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1985 na área dos incêndiosflorestais.O especialista refere-se a valores <strong>de</strong>precipitação “na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 500mm”,idênticos aos acumulados este ano.“Estatisticamente po<strong>de</strong>remos ter <strong>de</strong>contar com um Verão complicadoem relação a incêndios florestais.”A explicação, segundo DomingosXavier Viegas, está “no crescimentoda vegetação herbácea e arbustivafina, que após um período <strong>de</strong>seca no Verão, ficará disponívelÉ preciso chover mais para evitar incêndiosO número100A média da área ardida emPortugal situa-se nos 100 milhectares. Entre 1 <strong>de</strong> Janeiro e 15<strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012, o distrito <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> teve 2486 hectares <strong>de</strong>área ardidaRICARDO GRAÇA/ARQUIVOpara suportar a propagação dos incêndios”.No entanto, o investigador salientaque se o valor da precipitaçãoaumentar muito além <strong>de</strong>500mm, “a área ardida ten<strong>de</strong> a<strong>de</strong>crescer”, porque “quando chovemuito, o solo mantém uma reserva<strong>de</strong> água que permanece duranteuma boa parte do Verão,atrasando o início do período <strong>de</strong>maior risco” e, consequentemente,“uma redução da área ardida”.Se as cheias provocam incên-dios, os incêndios também facilitamas cheias. O concelho <strong>de</strong> Pombalé exemplo disso, quando, apósum Verão <strong>de</strong> fogos foi invadidopor enxurradas no Inverno. “Asraízes das plantas funcionam comoreforço da resistência dos solos, dificultandoa infiltração da água nosolo”, explicou o geólogo FernandoMarques à Lusa. Ao <strong>de</strong>struírema vegetação, os incêndios possibilitamuma maior infiltração <strong>de</strong>água.Todos os anos o combate aosincêndios é escrutinado por váriosopinion makers. DomingosXavier Viegas consi<strong>de</strong>ra que a situaçãono combate tem “melhoradomuito” nos últimos anos emPortugal. “As falhas notam-se sobretudoao nível da gestão dosgran<strong>de</strong>s incêndios”, em que se torna“difícil conhecer a localizaçãoexacta do incêndio e prever a suaevolução”. Isto, porque também severifica uma “falta <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namentoterritorial da floresta”, nomeadamente“no tocante a estruturas <strong>de</strong><strong>de</strong>fesa, como é o caso da re<strong>de</strong> primária<strong>de</strong> faixas <strong>de</strong> limpeza”.Para o especialista, o tipo <strong>de</strong> povoamentosexistentes - “pinheirose eucaliptos - são particularmenteinflamáveis, o que dificultaainda mais a tarefa <strong>de</strong> quem tem <strong>de</strong>prevenir e combater os incêndios”.Ansião Piscinassolidárias parafamílias carenciadasNadar por uma Causa é o nome dainiciativa que vai <strong>de</strong>correr, amanhã,na piscina municipal, <strong>de</strong> Ansião, apartir das 18:30 horas. O objectivo érecolher bens para distribuir porfamílias carenciadas do concelho.Os quilómetros percorridos aolongo <strong>de</strong> 90 minutos pelosparticipantes são, <strong>de</strong>pois, somadose convertidos em génerosalimentares. Cada participanteentrega, também, um produtoalimentar no acto <strong>de</strong> inscrição.AlcobaçaMisericórdiacomemora 450 anosA Misericórdia <strong>de</strong> Alcobaçacomemorou, no sábado, os seus450 anos, com a inauguração <strong>de</strong>uma exposição. Um dos pontosaltos das cerimónias foi a missasolene presidida pelo car<strong>de</strong>alpatriarca <strong>de</strong> Lisboa No final daeucaristia, D. José Policarporecebeu a medalha comemorativados 450 anos da Misericórdia <strong>de</strong>Alcobaça, da autoria do escultorJosé Aurélio.JOÃO POLÓNIAEspaço está a nascer em Porto <strong>de</strong> MósCentro <strong>de</strong> interpretação <strong>de</strong>dicado às abelhasAzoia Caminhadasolidária comos caní<strong>de</strong>osMostrar aos visitantes, <strong>de</strong> formadidáctica, o “fascinante mundodas abelhas”, é o principal objectivodo Centro <strong>de</strong> InterpretaçãoApícola D. Fuas, que já começou aser instalado na Ecoteca <strong>de</strong> Porto<strong>de</strong> Mós, através <strong>de</strong> uma parceriaque envolve a Associação <strong>de</strong> Apicultoresda Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>(AARL), o Instituto <strong>de</strong> Conservaçãoda Natureza e das Florestas ea câmara municipal.Anabela Men<strong>de</strong>s, técnica daAARL, explica que o centro teráuma exposição permanente, comfotografias e material apícola, comocortiços e colmeias, uma sala multimédia,uma oficina didáctica paraa extracção do mel e uma sala <strong>de</strong><strong>de</strong>gustação, para a prova <strong>de</strong> produtosapícolas (mel, pólen, geleiareal, própolis e <strong>de</strong>rivados). O centro<strong>de</strong> interpretação será tambémalargado ao parque ver<strong>de</strong> da vila,local on<strong>de</strong> está prevista a criaçãodo 'jardim da abelhinha', com <strong>de</strong>coraçãoalusiva, como um cortiçogigante e flora melífera.O projecto contempla ainda ainstalação <strong>de</strong> apiários didácticos,num terreno próximo do jardim, ea criação <strong>de</strong> um percurso pe<strong>de</strong>streentre os dois espaços, que po<strong>de</strong>ráser aproveitado para a observação<strong>de</strong> “flora nativa e das abelhas empleno labor, na polinização e nacolheita do pólen e do néctar”.Será também criada uma oficina,para trabalhos práticos <strong>de</strong> manutençãoe preparação <strong>de</strong> colmeias e<strong>de</strong> artesanato apícola e um laboratório.Segundo Anabela Men<strong>de</strong>s, o objectivodo centro <strong>de</strong> interpretaçãoé reunir “todas as activida<strong>de</strong>s relacionadascom o mundo da apicultura”e mostrar aos visitantes,“<strong>de</strong> forma clara e didáctica”, ofascinante mundo das abelhas,abrangendo grupos escolares, turistase pessoas interessadas no assunto”.MASA 2ª Cãominhada na Azoia,<strong>Leiria</strong>, realiza-se às 10:30 horas<strong>de</strong> domingo. A iniciativa éorganizada pela Desprotegidos –Associação <strong>de</strong> Animais emRisco, situada nos Pousos, quecomemora, assim, o seu 6ºaniversário. Esta associaçãopreten<strong>de</strong> angariar fundos paraconseguir construir instalaçõespróprias para albergar osanimais abandonados, até estesserem encaminhados paraadopção.PUBLICIDADE


14 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013Socieda<strong>de</strong> Ciência e TecnologiaNo Campelotrabalha-separa salvarpeixesportuguesesda extinçãoPreservação Há cinco peixes <strong>de</strong> águadoce e dois tipos <strong>de</strong> mexilhão <strong>de</strong> rio,em crítico risco <strong>de</strong> extinção, a seremreproduzidos no Posto Aquícola <strong>de</strong>Campelo, em Figueiró dos Vinhos. Oobjectivo passa por libertá-los nohabitat naturalOs dias são agitados no Campelo. Alexandrina Pipa, com Sandra Vieira, tem <strong>de</strong> colocar os abrigos para os exeMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Dia sim, dia não, lá faz AlexandraPipa os 80 quilómetros que separamOurém da pequena al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Campelo,no concelho <strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos.E o que lá vai ela fazer? Salvarpeixes da extinção. Quer evitar queo mal que o Homem faz ao planetaseja irremediável. Pelo menos, naquiloem que po<strong>de</strong>, que os seus braçosalcançam e que o olhar atinge. OJORNAL DE LEIRIA meteu-se à estradae foi conhecer o que se faz noPosto Aquícola <strong>de</strong> Campelo, o projecto<strong>de</strong> conservação ex situ <strong>de</strong> organismosfluviais.“O principal objectivo <strong>de</strong>ste projectoé a manutenção e reprodução<strong>de</strong> populações em cativeiro <strong>de</strong> algumasdas espécies <strong>de</strong> organismos <strong>de</strong>água doce mais ameaçadas do continenteportuguês, garantindo a manutenção<strong>de</strong> um número suficiente<strong>de</strong> exemplares <strong>de</strong> forma a conservara diversida<strong>de</strong> genética intra-específica,através da manutenção em cativeiro<strong>de</strong> stocks a<strong>de</strong>quados até queas condições ambientais nos meios<strong>de</strong> origem mostrem melhorias significativasou prevenir eventuais fenómenosque possam colocar em riscoas populações existentes”, dizPaulo Lucas, dirigente da Quercus.Entre serras e vales, na pequenacomunida<strong>de</strong> que terá pouco mais <strong>de</strong>30 habitantes, na margem da ribeira<strong>de</strong> Alge, faz-se algo pela sustentabilida<strong>de</strong>do meio ambiente. O projectoiniciou-se em 2008, mas os peixessó chegaram em 2009. As instalaçõespertencem ao Instituto <strong>de</strong> Conservaçãoda Natureza e Florestas, queem protocolo com o Município <strong>de</strong> Figueiródos Vinhos ce<strong>de</strong>u a utilizaçãodo espaço. O programa, que resulta<strong>de</strong> uma parceira entre a associaçãoambiental Quercus, o Aquário Vascoda Gama, o Centro <strong>de</strong> Biociências doInstituto Superior <strong>de</strong> Psicologia Aplicadae da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Veterinária<strong>de</strong> Lisboa, teve início em2008 e visa a reprodução <strong>de</strong> cinco espéciespiscícolas portuguesas <strong>de</strong>água doce consi<strong>de</strong>radas criticamenteem perigo <strong>de</strong> extinção.Estamos a falar do escalo-do--Ara<strong>de</strong>, do escalo-do-Mira, da bogado-Sudoeste,do ruivaco-do-Oeste eOs números7Número <strong>de</strong> espécies – cincopeixes e dois tipos <strong>de</strong> mexilhão –<strong>de</strong> água doce que estão a serreproduzidos ex-situ no PostoAquícola <strong>de</strong> Campelo, concelho<strong>de</strong> Figueiró dos Vinhos4.500Ao longo do <strong>de</strong>curso do projectojá foram libertados 4.500 peixesno seu habitat natural,sobretudo rios e ribeiros do Sul<strong>de</strong> Portugal, a sua esmagadoramaioria no último mêsda boga-portuguesa. “O que fazemosé capturar os peixes nos rios <strong>de</strong> origem,principalmente rios do Sul doPaís que no Verão têm caudais muitoreduzidos e com problemas <strong>de</strong> poluição.A água fica com pouca oxigenação,muitas vezes reduzida a pêgose os peixes acabam por morrer”,diz a técnica da associação ambientalista,responsável por aquelas instalações.“Depois, fazemos com quese reproduzam, para mais tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>volvera espécie ao local <strong>de</strong> on<strong>de</strong> osprogenitores foram retirados.”A “reprodução tem sido um sucessoem todas as espécies”, diz AlexandrinaPipa, a responsável pelagestão do espaço. Nos últimos dias <strong>de</strong>Março e nos primeiros <strong>de</strong> Abril, foramreintroduzidas as espécies no seumeio original: o escalo-do-Ara<strong>de</strong>,no ribeira <strong>de</strong> Alferce (afluente doAra<strong>de</strong>), o escalo-do-Mira e a boga-do-Sudoeste, no ribeira do Torgal(afluente do Mira), o ruivaco-do-Oeste, nos rios Alcabrichel e Sizandro,e a boga-portuguesa na ribeira daLaje e na ribeira <strong>de</strong> Gândola (afluentedo Sado). Foi a primeira vez que foifeita uma reintrodução <strong>de</strong>sta dimensão.Agora, é esperar pelos resultados.“É uma boa sensação, porqueé <strong>de</strong>volver os peixes à natureza.É, no fundo, o cumprir do nossoobjectivo. Mas é, também, um momento<strong>de</strong> preocupação, porque nãosabemos o que lhes vai acontecer”,<strong>de</strong>sabafa Alexandrina Pipa.As expectativas são, ainda assim,elevadas. A experiência, pelo menos,dá tranquilida<strong>de</strong>. Em 2012, a Quercusencontrou um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong>peixes que largou em 2011 – <strong>de</strong>ixamuma pequena marca na barbatanapara serem i<strong>de</strong>ntificados - pelo quea responsável tem esperança quetudo corra bem. ”Acredito que vãoconseguir sobreviver”, atira. No entanto,sabe que o trabalho que executaserá insuficiente para salvar asespécies se não for “complementadocom intervenção no local <strong>de</strong> origemdos peixes: a requalificação e arecuperação dos rios, a reflorestaçãodas margens e ao mesmo temposensibilizar a população e tentar eliminaros focos <strong>de</strong> poluição que existam”.Agora, é quase um começar <strong>de</strong>novo. Ficaram no Campelo apenas


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 15PUBLICIDADEFOTOS: RICARDO GRAÇAmplares mais novos. Os ruivacos-do Oeste e os mexilhões <strong>de</strong> rio estão em perigo crítico <strong>de</strong> extinção.Em pré-extinçãoMexilhões-<strong>de</strong>-rio procuram salvaçãoO Posto Aquícola <strong>de</strong> Campelorecebeu recentemente novosinquilinos em “pré-extinção”para cuidar. Trata-se, nem maisnem menos, <strong>de</strong> duas espécies <strong>de</strong>mexilhões-<strong>de</strong>-rio. De 2012 a 2016,o cenário po<strong>de</strong> mudar com oprojecto Ecotone, orçado em 600mil euros e co-financiado peloPrograma Life+ da UniãoEuropeia, pelo Município <strong>de</strong>Castro Daire e pela AgênciaPortuguesa do Ambiente. “É algopioneiro em Portugal e utilizametodologias já testadas emoutros países europeus comresultados previsíveis”, salientao responsável pelo projecto,Paulo Lucas. Trata-se <strong>de</strong> umprojecto <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> duasespécies ameaçadas <strong>de</strong> bivalves<strong>de</strong> água doce - Margaritiferamargaritifera e Uniotumidiformis -, cujas populaçõesestão prestes a <strong>de</strong>saparecer. “Omexilhão tem um percursocomplexo. Na fase larvar, precisa<strong>de</strong> infestar um peixe.Normalmente, no Paiva é a truta eno Torgal é o escalo. Por muitomexilhão que pu<strong>de</strong>sse haver, semo hospe<strong>de</strong>iro não seria possívelfazer a reprodução. Até agora temsido muito bem sucedido. Játemos trutas infestadas eestamos à espera que o mexilhãose comece a libertar dasbrânquias”, salienta AlexandrinaPipa. “Já foi instalado o sistema<strong>de</strong> captura dos gloquí<strong>de</strong>os -larvas do bivalves <strong>de</strong> água doceque parasitam, durante algumtempo, os peixes hospe<strong>de</strong>iros - eprevê-se para breve o início dacriação dos primeiros juvenis <strong>de</strong>mexilhões <strong>de</strong> água doce, queserão utilizados para repovoar orio Paiva, no caso da Margaritiferamargaritifera, e a ribeira doTorgal, afluente do Mira no casodo Unio tumidiformis”, explicaPaulo Lucas.30 exemplares <strong>de</strong> cada uma das espécies.E os últimos dias têm sidobastante activos. “Paralelamente à<strong>de</strong>volução, foram capturados novosexemplares, que estão a ser mantidosem quarentena até se verificar queestá tudo bem, e <strong>de</strong>pois serão libertadosnos tanques exteriores, on<strong>de</strong>esperamos que se reproduzam. Esteano, como está mais frio, será um bocadinhomais tar<strong>de</strong>, mas habitualmente,entre meados <strong>de</strong> Abril e Junho<strong>de</strong>correm várias <strong>de</strong>sovas“, garanteAlexandrina Pipa.As condições estão todas lá. Cadaespécies está num tanque à parte eaté um hospital existe. “Se forem necessáriostratamentos - felizmente atéagora foram muito poucos - nuncasão feitos nos tanques <strong>de</strong> exterior. Defen<strong>de</strong>mosa prevenção e não o tratamento,e tentamos ter as espéciesnas condições o mais natural possível.Por isso, escolhemos plantasque além <strong>de</strong> serem filtradoras, têmgran<strong>de</strong>s raízes on<strong>de</strong> as espécies po<strong>de</strong>m<strong>de</strong>sovar.”A população <strong>de</strong> Campelo, bastanteenvelhecida, tem orgulho no queali se passa. “A maioria das pessoastem admiração, embora a princípiotenham tido dificulda<strong>de</strong> em perceber.É que passar <strong>de</strong> uma truticulturapara uma aquicultura que tratacom espécies que tradicionalmentenão servem para consumo humanofoi inicialmente estranho, mas temossido muito bem recebidos”, salientaa responsável.Observar, tratar dos peixes doentinhos,alimentá-los, calças as galochase entrar nos tanques, colocar osabrigos para os exemplares mais jovens,Alexandrina Pipa tem a “sorte”<strong>de</strong> fazer o que gosta. “Sabe, já colaborocom a Quercus há mais <strong>de</strong> 12anos. Fui sempre acompanhando oque o núcleo do Ribatejo e Estremadurafazia e colaborando na medidaem que podia. Trabalhava numaloja <strong>de</strong> animais, pelo que já tinha algumconhecimento da área dos peixes,surgiu uma oportunida<strong>de</strong> e acabeipor ficar...” E nem as constantesviagens a <strong>de</strong>smotivam. “Felizmente,faço o que gosto e por muito esforçoque tenhamos, acredito que estoua ajudar, a fazer algo <strong>de</strong> positivo, pormim e pela conservação da natureza.Utopia ou não, sinto-me útil.“


16 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013Socieda<strong>de</strong> EducaçãoMarrazes abriu portas à comunida<strong>de</strong>Mais <strong>de</strong> um milhar <strong>de</strong> pessoas participaram na 4ªedição do C.A.C.E Faz...a Festa na Escola, doAgrupamento <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Marrazes. A organizaçãosalienta que o dia aberto procura contribuir para aaproximação da escola à comunida<strong>de</strong>, fomentar atolerância e valorização do tecido multicultural.Indisciplina e insucesso dominam queixas“Tsunami” <strong>de</strong> casos inva<strong>de</strong> gabinetes<strong>de</strong> psicólogos escolareslisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.ptRICARDO GRAÇAA crise económica é mais um factor que contribui para o aumento dos casos dos psicólogos escolares❚ “Se não houver amor pela camisolanão se po<strong>de</strong> ser psicólogo.” A fraseé <strong>de</strong> Cristina Marques, psicóloga daEscola Secundária Domingos Sequeira(ESDS), mas reúne o <strong>de</strong>sabafo dosseus colegas. Tradicionalmente, os casosque mais ocupavam os psicólogosrelacionavam-se com a orientaçãovocacional. Neste momento, com ainstabilida<strong>de</strong> que vivem muitas famílias,o número <strong>de</strong> solicitações invadiuos gabinetes, obrigando a umagran<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação por parte dos especialistasem contexto escolar.A dificulda<strong>de</strong> em dar resposta àsinúmeras solicitações foi um dos problemasapontados durante o encontroSer Psicólogo em Contexto Escolar,promovido pelo Instituto Politécnico<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Luís Simões, psicólogo no Agrupamento<strong>de</strong> Escolas(AE) da Batalha,admite sentir-se “angustiado”, por ser“impossível respon<strong>de</strong>r a todas as solicitações”."Há um tsunami <strong>de</strong> casosque nos <strong>de</strong>ixa sufocados e preocupados."Também Inácio Castro, psicólogono AE <strong>de</strong> Marrazes, sente dificulda<strong>de</strong>em dar resposta. “O Serviço<strong>de</strong> Psicologia e Orientação [SPO] <strong>de</strong>Marrazes tinha dois técnicos. Nestemomento, tem apenas um <strong>de</strong>vido àmobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma psicóloga para outroagrupamento, o que provocouuma enorme diminuição da capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> resposta”, lamenta o técnico,que admite sentir “dificulda<strong>de</strong> nagestão do tempo” para respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong>forma “mais atempada” às várias solicitações.Insucesso escolar, problemas comportamentaise sócio-emocionais sãoas principais causas da ida dos alunosao psicólogo escolar. “Há uma fortepressão <strong>de</strong> professores e pais, que entendocomo um sinal da importânciaque dão ao eventual contributo do psicólogono processo educativo dosalunos”, diz Inácio Castro.“A relação que os miúdos têm comos professores e a importância que asdirecções, como a do AE da Batalha,dão ao SPO provocam uma enchentebrutal. São centenas <strong>de</strong> casos e é difícilfazer intervenção”, acrescentaLuís Simões.O psicólogo da Batalha constataque surgem “cada vez mais casoscomplexos <strong>de</strong> alunos que se mutilam,que chegam à escola sem comer,apresentam traços <strong>de</strong>pressivos cadavez maiores e um maior insucesso”.Luís Simões afirma que, por vezes,há um fenómeno <strong>de</strong> “mimetização”associado a problemas familiares“gravíssimos”. Aliás, a gran<strong>de</strong> diferençaencontrada é no “aumento dosproblemas familiares com violência físicae psicológica extrema”.Na ESDS também chegam ao gabinete<strong>de</strong> Cristina Marques “gran<strong>de</strong>sdisfunções familiares”. Quem procuraajuda “ainda tem esperança”. Pior sãoos “<strong>de</strong>sesperançados” que criam problemase escon<strong>de</strong>m-nos. Nestes casos,procura criar uma relação com osjovens, <strong>de</strong> forma a que se sintam àvonta<strong>de</strong> para a procurar. CristinaMarques revela que são as raparigasquem mais procura ajuda, por outrolado, são os rapazes que exibem comportamentosmais indisciplinados.“Ambos precisam <strong>de</strong> ajuda”, frisa.No AE D. Dinis, Emília Kumaradianta que o maior número <strong>de</strong> casosrelacionado com problemas <strong>de</strong> comportamentoe atitu<strong>de</strong>s inci<strong>de</strong> nos jovenscom 12 e 13 anos. Contudo, “começama aparecer também casos emalunos que frequentam o 1º ciclo”, revelaa psicóloga.Sendo uma escola <strong>de</strong> Território <strong>de</strong>Educação <strong>de</strong> Intervenção Prioritária,com unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autismo e turmasElogios não <strong>de</strong>vem ser esquecidosAlunos aceitam ralhetes quando justosElogiar os aspectos positivos emvez <strong>de</strong> criticar apenas as atitu<strong>de</strong>sina<strong>de</strong>quadas dos alunos é uma dasmedidas <strong>de</strong>fendida pela psicólogado Colégio Valsassina, em Lisboa,Raquel Raimundo."Muitas vezes, o nosso trabalhotambém é chamar a atenção dosprofessores para algo que fizerambem e do impacto que tal atitu<strong>de</strong>teve junto do aluno, para elesperceberem o quanto isso foi muitoimportante. É o reforço positivo dopsicólogo junto do professor <strong>de</strong>modo a que ele perceba o quãopositivo é utilizá-lo. Se funcionaconsigo, também funciona com osmiúdos", assegura. A indisciplina éuma das queixas frequentes dosprofessores. Raquel Raimundo dizque "não há receitas" para aplicar,mas aconselha os professores ainteressarem-se pelo aluno."Muitas vezes, não é chatear porchatear. Há aqui alguma intenção[do estudante]. O reforçar estecomportamento é ina<strong>de</strong>quado,porque estamos a reforçar ocomportamento negativo",salienta, lamentando, no entanto,que ainda seja "escassa" aformação <strong>de</strong> professores "no quediz respeito à gestão <strong>de</strong>comportamentos <strong>de</strong>ntro da sala <strong>de</strong>aula". Segundo Cristina Marques,“tem <strong>de</strong> haver assertivida<strong>de</strong>” <strong>de</strong>todos os agentes educativos, que<strong>de</strong>vem “dar um beijo quandocarece, dizer não quando émerecido e negociar o resto”. Paraa psicóloga, “faz falta elogiar, mastambém não se po<strong>de</strong> escamotear oque fazem <strong>de</strong> mal feito”. Alémdisso, “os alunos enten<strong>de</strong>m o que éjusto” e aceitam uma chamada <strong>de</strong>atenção se for justa. Aliás, a justiçaé “um dos elementosfundamentais na adolescência”.do Curso <strong>de</strong> Educação e Formação e<strong>de</strong> Percurso Curricular Alternativo, onúmero elevado <strong>de</strong> casos sinalizados<strong>de</strong> jovens oriundos <strong>de</strong> famílias em criselimitam ainda mais o acompanhamento<strong>de</strong> Inácio Castro, que viu o pedido<strong>de</strong> ajuda aumentar nos “alunosque eram acompanhados no privadoe <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ter disponibilida<strong>de</strong>económica para pagar as consultas”.Também Emília Kumar nota umaumento “sobretudo no que respeitaao 1.º Ciclo”, mas salienta que “não sepren<strong>de</strong> só com a situação <strong>de</strong> crise actual”.Relativamente aos 2.º e 3.º ciclos,a psicóloga diz ter “solicitaçõespara apoio psicológico por parte dospróprios alunos”, neste caso, “mais relacionadocom as condicionantes docontexto <strong>de</strong> crise”.Gerir os conflitos <strong>de</strong>ntro da sala <strong>de</strong>aulas é uma das principais dificulda<strong>de</strong>sdos professores. Adélia Lopes, directorado AE Rainha Santa Isabel, naCarreira, retira a pressão dos alunos.“Parece que a causa dos problemasestá centrada no aluno. Muitas vezes,a causa está na família, nos pares, nosprofessores ou nos funcionários. Senão se trabalhar a causa não há solução”,referiu. A professora <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>,por isso, que as escolas <strong>de</strong>veriam“criar um espaço <strong>de</strong> atendimento apais e professores, on<strong>de</strong> também pu<strong>de</strong>ssemfalar dos seus problemas.”Adélia Lopes avisa que “não é sómandar o menino para o psicólogo” ,referindo que a escola tem <strong>de</strong> se reestruturar.“Se o menino se porta mal,se calhar, eu, enquanto professora,também posso mudar qualquer coisapara ajudar aquele aluno a mudarAs raparigas sãoquem maisprocura ajuda.Cristina MarquesParece que acausa dosproblemas estácentrada no alunoAdélia Lopeso seu comportamento.”Para Luís Simões, “as regras e a boaeducação são fundamentais e <strong>de</strong>vemser exigidas ao aluno”. No entanto,admite que a “personalida<strong>de</strong> ea forma mais rígida <strong>de</strong> alguns profissionaisda educação dificultam a relaçãocom os alunos”. O docentetem <strong>de</strong> ser “acessível”, “saber lidarcom a turma e com o aluno que temà frente” e dar “aulas positivas”,acrescenta o psicólogo.A gestão das relações humanas éuma das vertentes mais trabalhadaspor Cristina Marques, que acreditaque a solução para muitos problemas<strong>de</strong> comportamento po<strong>de</strong>rá estar na“gestão <strong>de</strong> dilemas e conflitos, faltas<strong>de</strong> comunicação, interpretações erradase atitu<strong>de</strong>s fora do contexto”.“Não consigo ser uma psicóloga <strong>de</strong>gabinete, o que é uma mais-valia, porqueconhecer a personalida<strong>de</strong> e maneirados alunos é tão importantecomo i<strong>de</strong>ntificar os seus interesses eaptidões. Por isso, frequento os intervalos,o bar, a sala <strong>de</strong> professores...”.Desta forma, a psicóloga vê “ascoisas no seu contexto naturalista”.A importância dos psicólogos noacompanhamento escolar, social e familiardos alunos levou o <strong>de</strong>putadodo PSD eleito por <strong>Leiria</strong> questionar oMinistério da Educação sobre falta <strong>de</strong>um especialista no AE <strong>de</strong> Alvaiázere.Paulo Batista Santos lembrou quehá cerca <strong>de</strong> três anos não existe psicólogono agrupamento, pelo queexige saber quando será garantida acolocação do psicólogo e quais as razõesque justificam a <strong>de</strong>mora na conclusão<strong>de</strong>ste processo.


Socieda<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 17Isabel do Carmo fala sobre obesida<strong>de</strong>Especialista em Endocrinologia, Isabel do Carmo vaidar uma palestra sobre o síndrome metabólico noobeso, a realizar terça-feira, às 11:30 horas, na EscolaSuperior <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. O evento enquadra-se nociclo <strong>de</strong> conferências sobre doenças relacionadas coma obesida<strong>de</strong> promovido pela escola.Doença provocada por alergia aos pólenes aumenta exponencialmente nesta época do anoRinite alérgica afectacerca <strong>de</strong> um terço dos portuguesesMaria Anabela Silvaanabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Depois <strong>de</strong> um Inverno bastantechuvoso, a Primavera parece finalmenteter chegado. Mas, o temposeco e relativamente quente registadonos últimos dias representa paramuitos portugueses espirros e maisespirros, nariz entupido, comichão epingo no nariz. Estes são alguns dossintomas da rinite alérgica, a principalmanifestação alérgica típica <strong>de</strong>staépoca do ano e que está associada àsconcentrações <strong>de</strong> pólenes existentesno ar, que, nos últimos dias, atingiramníveis muitos elevados. EmPortugal, estima-se que quase umterço da população sofra <strong>de</strong> rinitealérgica, cujos sintomas são, muitasvezes, acompanhados por queixasoculares, olhos vermelhos e inchados,lacrimejo e comichões.“As doenças alérgicas são muito frequentese a gravida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser muitoconsi<strong>de</strong>rável. Na Europa afectamcronicamente mais <strong>de</strong> um terço da populaçãoe Portugal não é excepção”,diz Luís Miguel Borrego. Especialistaem imunoalergologia, o secretário--geral da Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong>Alergologia e Imunologia Clínica explicaque a alergia aos pólenes é a“causa mais frequente” das manifestaçõesalérgicas, que po<strong>de</strong>m ser doaparelho respiratório (asma e riniteAdolescência hojeOpiniãoPatríciaAntónioEspirros e pingo no nariz são alguns dos sintomas da riniteCuidados a ter. Consulte o boletim polínico(www.spaic.p). Evite activida<strong>de</strong>s ao ar livrequando as concentraçõespolínicas forem elevadas. Mantenha as janelas fechadasdurante o dia. Use filtros <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> eficácia no carro e viajecom janelas fechadas. Faça medicação prescrita. Use óculos escurosOs adolescentes <strong>de</strong> hoje, na socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>hoje, colocam-nos <strong>de</strong>safios novos e muitodiferentes dos adolescentes <strong>de</strong> ontem, dassocieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ontem. São mais abertos aomundo, mais curiosos e mais capazes <strong>de</strong> obterinformações através das novas tecnologias, mascontinuam a precisar, como os adolescentes <strong>de</strong>sempre, <strong>de</strong> tempo para viver a mudança, reforçopara aprofundar as conquistas e <strong>de</strong> companhiaadulta nas suas reflexões. Precisam <strong>de</strong> tempo paraerrar e experimentar, porque só assim se cresce ese geram novos conhecimentos. Mas hoje não hátempo.O resultado imediato é exigido a toda a hora, aacção é constantemente sobreposta aosentimento, ao afecto e à palavra e por issoassiste-se ao florescimento <strong>de</strong> sinais claros <strong>de</strong>dificulda<strong>de</strong>s internas e carências cada vez maisprecoces expressas nas mais variadas dúvidasexistenciais: qual o sentido da vida? Queperspectivas <strong>de</strong> futuro posso eu vir a ter? O queinteressa? A face visível <strong>de</strong>ste processo são astransformações corporais que conduzem a novasformas <strong>de</strong> ser e <strong>de</strong> estar consigo próprio e com oseu corpo, com os pais, com o grupo <strong>de</strong> pares, coma escola, com a socieda<strong>de</strong>. Mas nem sempre é fácilpara o próprio reconhecer estas alteraçõesprofundas por que está a passar, espelhadasalérgica), dos olhos (conjuntivitealérgica) ou da pele (urticária e eczema).Este tipo <strong>de</strong> patologias ocorre sobretudona Primavera, quando seregista o período <strong>de</strong> polinização damaioria das plantas, sendo que ascondições climáticas condicionamos níveis dos pólenes.“Durante a época polínica, as concentrações<strong>de</strong> pólens aumentam coma subida da temperatura, o vento e otempo seco”, nota o médico, sublinhandoainda o “carácter familiar”das doenças alérgicas, “fortemente”influenciadas pelo património ge-muitas vezes no olhar críticos dos outros, semconseguir explicar que não escolheu, nem enten<strong>de</strong>o que está a mudar e a sentir, mas também quenão po<strong>de</strong> travar o que está a acontecer. A verda<strong>de</strong>,é que mesmo quando é bem explicada, apuberda<strong>de</strong> surpreen<strong>de</strong> sempre o adolescente. É doadulto, dos pais, dos formadores que espera umsuporte estável em que se possa apoiar para seconstruir <strong>de</strong> novo e consolidar a imagem e umai<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> própria <strong>de</strong> um corpo que ainda lheescapa.Quando o adolescente não consegue encontrarinternamente uma razão para a sua existência,uma convicção interna <strong>de</strong> que a sua vida tem valorpara si e para o outro, que tem um lugar nasocieda<strong>de</strong> e um projecto <strong>de</strong> vida a cumprir, vaiprocurar fora, <strong>de</strong> forma por vezes perfeitamentealeatória, a razão para realmente existir. Espreita operigo, a via da acção irreflectida, da fuga maníacaou fóbica, triunfal ou inibida, ou seja, a via dosmais variados comportamentos <strong>de</strong> risco quepo<strong>de</strong>m estar a encobrir sentimentos <strong>de</strong> falta e <strong>de</strong>vazio interno. Felizmente, a maioria vão-setravando a si próprios quando sentem que estão air longe <strong>de</strong>mais e vão tirando as suas própriaslições. O risco ganha sentido e finalida<strong>de</strong>.Psicóloga clínicaARQUIVO/JLnético. Segundo o especialista, umacriança que tenha um dos pais comalergias tem “25% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>”<strong>de</strong> vir a registar este tipo <strong>de</strong> sintomas,um valor que duplica no caso <strong>de</strong> ambosos progenitores sofrerem <strong>de</strong> doençasalérgicas.A poluição é outro factor que influenciaa prevalência <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong>alergias. “Os poluentes do ar, emparticular os que resultam do tráfegoautomóvel, aumentam em cerca <strong>de</strong>duas vezes o risco do indivíduo <strong>de</strong>senvolveralergias aos pólenes”, afirmaLuís Miguel Borrego.Vejaanúncios<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>na página27Para sabercomoanunciar nasecção <strong>de</strong>classificadosdo <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> ligue244 800400ÓbidosCâmara ofereceajuda paracontratar médicos❚ A falta <strong>de</strong> clínicos no concelho,on<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 30% da populaçãonão tem médico <strong>de</strong> família, levou aCâmara <strong>de</strong> Óbidos a propor à AdministraçãoRegional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) a celebração<strong>de</strong> um protocolo <strong>de</strong> colaboração,para “ajudar na contratação<strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> comparticipandoos custos dos respectivosvencimentos”. “A câmara estádisponível para fazer parte da solução<strong>de</strong> um problema que nospreocupa. Já só temos três médicospara todo o concelho, com uma capitação<strong>de</strong> 2.740 pacientes por médico,e temos 2.700 pessoas, cerca<strong>de</strong> 30% da população sem médico<strong>de</strong> família”, disse à agência Lusa ovice-presi<strong>de</strong>nte da autarquia. SegundoHumberto Marques, a propostafoi “bem acolhida” pelo vice--presi<strong>de</strong>nte da ARSLVT, Luís Pisco,que, numa reunião realizada na semanapassada, “ficou <strong>de</strong> estudarcomo é que se po<strong>de</strong> enquadrar aajuda da câmara, já que tem algumasdúvidas jurídicas sobre comoisso po<strong>de</strong>rá ser feito”.Cancro da laringePortugal registamil novos casospor ano❚ Anualmente, surgem em Portugalcerca <strong>de</strong> mil novos casos <strong>de</strong> cancroda laringe, uma doença responsávelpor perto <strong>de</strong> 400 mortes por ano noPaís. Estes números, divulgadospela Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Otorrinolaringologiae Cirurgia Cérvico-Facial(SPOCCF) por ocasião doDia Mundial da Voz, que se assinalouna terça-feira, fazem <strong>de</strong> Portugalo terceiro país da Europa commaior incidência do cancro da laringe.Em comunicado, a SPOCCFsublinha a importância do tratamentoprecoce, frisando que umdos problemas recorrentes nestetipo <strong>de</strong> patologia é o diagnóstico tardio.“Mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos doentessurge nas primeiras consultas comsintomas <strong>de</strong> longa evolução e comtumores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão”, refereo comunicado. Entre os sintomas<strong>de</strong> alerta estão a alteração <strong>de</strong>voz persistente ou progressiva (rouquidãoarrastada durante mais <strong>de</strong>duas semanas), dor <strong>de</strong> gargantacontinuada ou ao engolir ou a existência<strong>de</strong> massa palpável ao nível dopescoço. O cancro da laringe é umapatologia associada ao consumo <strong>de</strong>tabaco, sendo que apenas 1% dos casossurge em não fumadores


18 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013LeitoresA direcção do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebe com agradopara publicação a correspondência dos leitores quetratem <strong>de</strong> questões do interesse público. Reserva-seo direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos mais importantesdas Cartas ao Director <strong>de</strong>vidamente i<strong>de</strong>ntificadas,publicadas nesta secção.direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.ptEscolaSecundáriaFranciscoRodrigues LoboSou aluna da Escola SecundáriaFrancisco Rodrigues Lobo, <strong>Leiria</strong>,e com a situação económica queo País atravessa, é evi<strong>de</strong>nte quehá uma <strong>de</strong>smotivação enorme daparte dos professores, que seperguntam sobre o seu futuro.Para além <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>smotivaçãodos professores, este ano osalunos também se sentembastante <strong>de</strong>smotivados. Istoporque, para além <strong>de</strong> sentirmos a<strong>de</strong>smotivação dos professores,somos das únicas, se não mesmoa única escolas <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, queainda têm aulas <strong>de</strong> substituição.Aulas estas em que olhamos unspara os outros, sem qualquer tipo<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>. Estamoscansados, cansados que adirecção da escola (que se opõeao fim as aulas <strong>de</strong> substituição)não chegue a um consenso comos restantes membros doconselho geral.Além da <strong>de</strong>smotivação dosprofessores perante os cortesorçamentais e consequentes<strong>de</strong>spedimentos, há o facto daEscola Secundária FranciscoRodrigues Lobo, não estar acumprir a lei.Rute Pereira, aluna da EscolaSecundária Francisco RodriguesLoborutep15@gmail.comPinhal do Reino ConcursoNacional LeituraQuatro alunos da EscolaSecundária Pinhal do Rei,Marinha Gran<strong>de</strong>, participaram nafase distrital do ConcursoNacional <strong>de</strong> Leitura, na EscolaSuperior <strong>de</strong> Turismo e Tecnologiado Mar, em Peniche: Ana CarolinaTrívia, Cátia Henriques, e Tatianasantos, do Ensino Secundário ePedro Sarnadas, do 3º Ciclo.Apesar <strong>de</strong> não terem sidoapurados para a fase nacional,entre cerca <strong>de</strong> centena e meia <strong>de</strong>concorrentes, três alunosestiveram entre os que foramdistinguidos pela excelência daHomenagem aos combatentesda freguesia <strong>de</strong> AlvadosA Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Alvados, Porto <strong>de</strong> Mós, como apoio dos Núcleos do Oeste da Liga dosCombatentes, homenageou os seus combatentes nodia 14 <strong>de</strong> Abril com uma missa celebrada pelo Rev.ºPadre Luis Ferreira; com a inauguração <strong>de</strong> ummonumento <strong>de</strong> homenagem aos combatentes peloseu presi<strong>de</strong>nte, Sr. Fernando Pardal, e pelopresi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós, Dr.João Salgueiro; por uma cerimónia <strong>de</strong> homenagemaos mortos, prestada pelo RA4 e por um almoçoconvívio com todos os combatentes e familiares.Terminou com uma tar<strong>de</strong> recreativa com aparticipação <strong>de</strong> vários grupos da Freguesia <strong>de</strong>Alvados. Entre um discurso muito sentido dopresi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia e o discursoevocativo da guerra no Ultramar pelo presi<strong>de</strong>nte daCâmara, também ele um combatente, o TCOR LeyGarcia, presi<strong>de</strong>nte do Núcleo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> da Liga dossua prestação (19 valores na provaescrita). Os alunos mostraram-seentusiasmados com a leitura dasobras seleccionadas (<strong>de</strong> José JorgeLetria e Lewis Carrol, para o 3ºciclo; <strong>de</strong> José Luís Peixoto eAntónio Skármeta, para osecundário) e já prometeramvoltar a concorrer no próximoano.Paula Pereirabiblioteca.espr@gmail.comDRComunicadosobre os jornaisda Diocese <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>-FátimaA Diocese <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima vaiunir os seus dois jornais numúnico órgão escrito <strong>de</strong>comunicação. Os títulos A Voz doDomingo e O Mensageiro serãoremo<strong>de</strong>lados no sentido <strong>de</strong>convergir para um novo projectoeditorial, num único título. Ainformação escrita da Diocesepassará a ser divulgada por meio<strong>de</strong> um só jornal, que congregaráos esforços dos actuais. Esta<strong>de</strong>cisão do Bispo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima, coinci<strong>de</strong>nte com aposição <strong>de</strong> diversos órgãosconsultivos da Diocese, ouvidosCombatentes, em representação do TGEN ChitoRodrigues, presi<strong>de</strong>nte da Liga dos Combatentes quese encontrava nas comemorações da Batalha <strong>de</strong> LaLys, fez uma breve apresentação <strong>de</strong>sta e dos seusobjectivos, manifestou a sua admiração pelacoragem, espírito <strong>de</strong> sacrifício e <strong>de</strong>terminação comque os combatentes cumpriram o seu <strong>de</strong>ver militar,assim como elogiou a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Alvadospor reconhecer e recompensar os combatentes portudo o que fizeram ao serviço da Pátria.O monumento, com uma fotografia <strong>de</strong> Alvados e osmapas das ex-colónias portuguesas contendo osnomes dos combatentes da freguesia gravados a lasersobre uma enorme pedra <strong>de</strong> granito da zona, foiessencialmente concebido pelo Sr. Fernando Pardal.Mário João Ley Garcia, presi<strong>de</strong>nteTCOR ARTªleiria@ligacombatentes.org.ptpara o efeito, foi tomada nasequência <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong>reflexão que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há 25 anos,vem pondo em causa acoexistência <strong>de</strong> dois meios <strong>de</strong>imprensa escrita ao serviço daDiocese.O elevado défice anual <strong>de</strong>ambos os jornais, na actualsituação <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>seconómicas que afectam ascomunida<strong>de</strong>s cristãs, não permitedispersar recursos financeiros ehumanos numa tarefa que po<strong>de</strong>ser realizada <strong>de</strong> forma maissustentável. Perante a urgentenecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> re<strong>de</strong>finição daspriorida<strong>de</strong>s, foi <strong>de</strong>cidido aindaabandonar a vertente <strong>de</strong>jornalismo regionalista, que não étarefa específica das estruturas daIgreja, para centrar a informaçãoda Diocese no campo religioso eeclesial, privilegiandoperspectivas cristãs naDRabordagem aos acontecimentossociais. O objectivo <strong>de</strong>sta opção éconseguir maior qualida<strong>de</strong> noserviço informativo relativo àvida das comunida<strong>de</strong>s cristãs,garantindo a sua viabilida<strong>de</strong>económica. Com estaremo<strong>de</strong>lação, que acompanha umesforço adicional por melhorar oserviço informativo na internet,preten<strong>de</strong>-se reunir num novotítulo o melhor da históricaexperiência dos actuais jornais. Apassagem dos dois títulos actuaispara o novo ocorrerá no final dopróximo mês <strong>de</strong> Maio.Oportunamente serão dadasinformações adicionais sobre esteprojecto editorial.<strong>Leiria</strong>, 12 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013.Vítor Coutinho, director doGabinete <strong>de</strong> Informação eComunicação da Diocese <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>-Fátima,gic@leiria-fatima..ptCDLPC agraciadocom mençãohonrosa noConcursoNacional <strong>de</strong>LeituraNa 7.ª edição do Concurso Nacional<strong>de</strong> Leitura, Maria Francisca Gama,do 10.º ano, do Colégio Dr. LuísPereira da Costa, em MonteRedondo, <strong>Leiria</strong>, foi agraciada comuma menção honrosa. Tal como emanos anteriores, a intenção do PlanoNacional <strong>de</strong> Leitura é promover aleitura nas escolas, em articulaçãocom a Direcção-Geral do Livro, dosArquivos e das Bibliotecas e com aRe<strong>de</strong> das Bibliotecas Escolares. Aprimeira fase do concurso <strong>de</strong>correuao longo do 1.º período, durante oqual os alunos participantestiveram <strong>de</strong> ler as obras propostaspelas docentes <strong>de</strong> Português. Naprimeira semana <strong>de</strong> Janeiro, osalunos respon<strong>de</strong>ram a umquestionário sobre as obras lidas,tendo sido seleccionados trêsalunos <strong>de</strong> cada ciclo para irem àfinal distrital, que se realizou naEscola Superior <strong>de</strong> Turismo eTecnologia do Mar, em Peniche, nodia 10 <strong>de</strong> Abril. Na final distrital, osalunos <strong>de</strong> todas as escolas dodistrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que concorreramforam sujeitos a uma prova escritasobre as obras a concurso,propostas pela organização, sendoseleccionados apenas 5 alunos <strong>de</strong>cada ciclo para a prova oral, quedaria lugar a um aluno <strong>de</strong> cada ciclopara a final nacional. MariaFrancisca Gama, apesar <strong>de</strong> não terpassado à prova oral, obteve 19valores na prova escrita, sendo, porisso, agraciada com uma mençãohonrosa.Mónica GamaCDLPC - Relações Públicasmonica.gama@cdlpc.pt


Opinião<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 19O que se espera do papa FranciscoA MoralMoisésEspíritoSantoHá momentos em que a História parece virar<strong>de</strong> página. Com a Europa em crise, comguerras numa gran<strong>de</strong> franja do mundoislâmico, com perseguições religiosas emÁfrica, eis que aparecem boas notícias: a resignação<strong>de</strong> Bento XVI e a eleição do papa Francisco.Bento XVI, conhecido por «papa alemão», foi um<strong>de</strong>sses pontífices que a posterida<strong>de</strong> ten<strong>de</strong>rá aesquecer, por inutilida<strong>de</strong>. Só o salvaram algumastentativas para combater a «pedofilia». Mas euescrevo a palavra entre aspas porque a relativizo: apedofilia é uma acusação fácil, na maior parte dasvezes caluniosa vinda <strong>de</strong> gente com tendênciassexuais recalcadas; mesmo que se <strong>de</strong>monstre seruma mentira, produz sempre os efeitos <strong>de</strong>sejadospor quem a inventa: banir o visado. É como aacusação <strong>de</strong> bruxaria na Ida<strong>de</strong> Média ou <strong>de</strong>judaísmo durante a Inquisição: qualquer um podiaganhar protagonismo se dissesse ao inquisidor quetal vizinha tinha jeitos <strong>de</strong> bruxa ou que fulano sópodia ser ju<strong>de</strong>u porque se vestia <strong>de</strong> lavado aosábado. Resultava sempre. Assim Bento XVI incitoua <strong>de</strong>nunciar os clérigos «pedófilos» mas <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong>lado os dossiês <strong>de</strong> comprovados tráficos <strong>de</strong>dinheiro no Vaticano. No seu fausto papal eprincipesco pouco ou nada disse em favor do i<strong>de</strong>al<strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> justiça entre o género humano.Este Bento XVI ficará na memória, aqui sim, portentar dividir a socieda<strong>de</strong> civil <strong>de</strong> certos paísescristãos quanto aos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> família e quanto aocasamento civil. Quem é que imaginava um papa aincitar os clérigos a encabeçar manifestações (emEspanha, em França e nas Américas) contra oEstado que se dispunha a legalizar o casamento(civil) entre pessoas do mesmo sexo? Asconcordatas e as encíclicas não estabelecem oprincípio da separação Estado-Igreja? Quando é queParadigmáticoAcabamos <strong>de</strong> saber que o Tribunal Cível doPorto <strong>de</strong>cidiu que Luís Filipe Meneses nãopo<strong>de</strong>rá candidatar-se à Câmara Municipal doPorto. Em Lisboa tinha já sucedido algo <strong>de</strong>idêntico à candidatura <strong>de</strong> Fernando Seara.Sendo estes os dois casos mais mediáticos, não seesgota neles a lista <strong>de</strong> candidaturas autárquicas quepreten<strong>de</strong>m fintar a lei. E que levou à emergência <strong>de</strong>um movimento cívico – Movimento RevoluçãoBranca – que em boa hora <strong>de</strong>cidiu apresentarprovidências cautelares nos concelhos on<strong>de</strong> essascandidaturas surgiram.Tenho por certas duas coisas: que nem em todos osconcelhos as <strong>de</strong>cisões dos tribunais serão conformescom as <strong>de</strong> Lisboa e Porto, isto é, que nem todos ostribunais farão a mesma - correcta, a meu ver, comohá muito aqui expressei - interpretação da lei; e queestas <strong>de</strong>cisões sobre as duas mais importantescâmaras do país, como <strong>de</strong> outras no mesmo sentido,serão objecto <strong>de</strong> recurso e acabarão eventualmentepor não vingar. Mas isso não me impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> saudar ainiciativa cívica <strong>de</strong>ste movimento e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejar –<strong>de</strong>sejar profundamente – que crie raízes <strong>de</strong>cidadania <strong>de</strong> que a socieda<strong>de</strong> portuguesa é tãocarenciada.Esta lei da limitação <strong>de</strong> mandatos, e o que <strong>de</strong>la está aclasse política a fazer, é o espelho fiel dofuncionamento da estrutura política em Portugal:uma lei que surge <strong>de</strong> um espírito claro – impedir quese perpetuem pessoas e interesses no po<strong>de</strong>r -, que<strong>de</strong>pois é redigida <strong>de</strong> forma dúbia para, como todas,ser discutível e, por fim, aprisionável por interesses.Na circunstância, os dos partidos!Partidos que, em vez <strong>de</strong> evitar apresentarClarisseLouroum <strong>de</strong>sses estados se manifestou contra ocasamento católico?Bento XVI até veio a Espanha para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r omo<strong>de</strong>lo da família tradicional: casamentoindissolúvel, legitimida<strong>de</strong> biológica dos filhos;relações conjugais exclusivamente com vistas àprocriação sem meios contraceptivos neminterrupção da gravi<strong>de</strong>z. Um papa assim até pareceum extraterrestre. Com que fundamentosevangélicos? Nenhum. E para dizer isto não énecessário ser-se crente nem teólogo, basta ler osEvangelhos Se a Igreja tivesse investido na lutacontra a pobreza os esforços que faz contra asexualida<strong>de</strong>, já não haveria pobreza no mundo. Jáo papa Francisco fez mais num mês pelos i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong>solidarieda<strong>de</strong> humana - o genuíno fundamento docristianismo fundador - do que uma série <strong>de</strong> seusantecessores. Falta saber se o «aparelho» vaticano o<strong>de</strong>ixa continuar.O entusiasmo pela nova imagem do papa Franciscoé a prova <strong>de</strong> que o que se espera da Igreja Católicanão é uma cruzada contra a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, asliberda<strong>de</strong>s sexuais ou os variadíssimos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>família que existem nas múltiplas culturas. O quese espera é uma visão humanista com reflexo nocatolicismo. Tentar perpetuar a moral sexual efamiliar dos séculos passados é como bradar contrao mar bravo para que se acalme. O que o mundooci<strong>de</strong>ntal e africano espera da Igreja Católica - e queo entusiasmo pelo papa Francisco revela - é que aIgreja esteja na vanguarda da luta contra as<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, pela dignificação <strong>de</strong> todos osfilhos <strong>de</strong> Deus, e que ela <strong>de</strong>fenda, à luz dosprincípios evangélicos, a não-discriminação social atodos os níveis como Jesus apregoou.Professor universitáriocandidaturas que chocassem com a lei, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>mantes ignorá-la, bem como ao seu espírito. Comoignoram o estado a que chegaram e a que fizeramchegar o país… E <strong>de</strong>sataram a apresentarcandidaturas à revelia da lei só porque favoreciam osseus projectos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Não se julgue que há algumtipo <strong>de</strong> questões i<strong>de</strong>ológicas, ou qualquer traço <strong>de</strong>direita ou esquerda a balizar a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> cadapartido. Nada disso. É por acaso que os maus da fitaneste filme são o PSD e o PCP: o mero e simples acaso<strong>de</strong> circunstancialmente serem eles a tirar proveito dasituação. Tudo isto se passaria – como sempre tudose passou – sem gran<strong>de</strong>s ondas, se ninguém ousasselevantar questões.Levantadas, surgiria o lado hilariante, sempre parteintegrante da política que por cá se faz. Da Presidênciada República vinha a <strong>de</strong>scoberta da pólvora: oproblema era o da contracção. Se para Shakspeare odilema era to be or not to be, aqui era <strong>de</strong> ou da!De nada valeu que <strong>de</strong>putados legisladores <strong>de</strong> entãoconfirmassem o espírito da lei. Logo surgia umiluminado a contraditá-lo, a trocar o <strong>de</strong> por da.A Assembleia da República acabaria por fugir doproblema, enten<strong>de</strong>r que não lhe cabia explicitar ainterpretação da lei. Que isso caberia aos tribunais –em Portugal tudo se chuta para os tribunais - sealguém se <strong>de</strong>sse a tal…Paradigmático. É isto a política em Portugal e é distoque por cá se faz a governação…E é por aqui que<strong>de</strong>viam começar as famosas reformas estruturais.Mas como isso já não cabe à troika…Professora da Escola Superior <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>ClaraLeãoRespondi há dias a uminquérito elaborado paraum estudo cujo objectivoserá compreen<strong>de</strong>r os juízosque os indivíduos fazem sobre asacções dos outros. Baseadas numcurtíssimo texto on<strong>de</strong> era retratadauma situação do quotidiano, asperguntas abarcavam um semnúmero <strong>de</strong> hipóteses <strong>de</strong> observação e entendimento doacontecido e com elas outras tantaspossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> opinião sobre oque se consi<strong>de</strong>re ser certo ou errado,bom ou mau, muito ou poucotolerável, mais ou menos aceitável,etc., obrigando-me a um cuidado naavaliação das variáveis e a umaconstatação <strong>de</strong> ambigui-da<strong>de</strong>s queme fez pensar. Creio que todosconsi<strong>de</strong>ramos ter i<strong>de</strong>ias muitoclaras sobre o que sejamcomportamentos correctos e acerteza <strong>de</strong> conhecer as regras <strong>de</strong>conduta mais ou menos absolutas ecomummente aceites que nosregem, fruto <strong>de</strong> todo um conjunto<strong>de</strong> costumes, opiniões e princípiosinquestionáveis. Por isso mesurpreen<strong>de</strong>u reconhecer que umamesma atitu<strong>de</strong> possa serdiferentemente avaliada por nósconforme o lugar que ocupemos emrelação a ela, isto é, conforme comela exerçamos domínio, <strong>de</strong>la nossintamos alvo ou apenas aobservemos como merosespectadores. A certeza <strong>de</strong> termosrazões que nos assistem, acompreensão dos nossos estados <strong>de</strong>alma e alguma dose <strong>de</strong>complacência, po<strong>de</strong>m fazer-nosavaliar o nosso comportamentocom benevolência e atribuir-lheuma razoabilida<strong>de</strong> e necessida<strong>de</strong>que dificilmente conce<strong>de</strong>remos aidêntico comportamento novizinho. Creio que por vezes serátentador e fácil confundir liberda<strong>de</strong><strong>de</strong> espírito e <strong>de</strong> acção com unsquantos pontapés na gramática daconduta, permitindo-nos veleida<strong>de</strong>sque pronta e inflamadamente<strong>de</strong>nunciaríamos, se astivessem connosco ou com quemnos é próximo. O conjunto <strong>de</strong> regrasque nos valida a conduta é a“moral”, cuja origem latina, morale,significa relativo aos costumes enão, como muitos erradamentesupõem, relativa a coisas <strong>de</strong> igrejaou à contenção <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s comcariz sexual. Antes da moral, fundamentando-a,está a Ética, comorigem no grego ethos que, significandocarácter, estuda osprincípios do comportamento.Moral não é uma coisa da ida<strong>de</strong>, umtravão social usado por regimespolíticos in<strong>de</strong>sejáveis, um moforeligioso ou uma forma antiquada<strong>de</strong> estar na vida. A moral temorigem no pensamento e o uso que<strong>de</strong>la fazemos revela como somostodos os dias. Era bom que apalavra fosse recuperada porquenão é coisa que se <strong>de</strong>va <strong>de</strong>itar fora.Professora <strong>de</strong>Dança


Economia<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 21Acilis divulga novas regras <strong>de</strong> circulaçãoA Acilis promove no dia 30, a partir das 14 horas,uma sessão <strong>de</strong> esclarecimento sobre novas regrasdos bens em circulação. O evento <strong>de</strong>corre no TeatroMiguel Franco, em <strong>Leiria</strong>, e tem como oradoresPaula Cristina Pereira e Pedro Neves, da Direcção <strong>de</strong>Finanças <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Região contra inclusão no CentroOeste consi<strong>de</strong>ra inconstitucionalnovo regime turísticoRaquel <strong>de</strong> Sousa Silvaraquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ O novo regime jurídico das Entida<strong>de</strong>sRegionais <strong>de</strong> Turismo (ERT)é inconstitucional e a sua aprovaçãoviolou o regimento da Assembleiada República, além <strong>de</strong> quenão se encontra em concordânciacom o Programa Nacional para aPolítica do Or<strong>de</strong>namento do Território.Esta é a convicção <strong>de</strong> autarcase dirigentes turísticos do Oeste,que preten<strong>de</strong>m continuar a lutarcontra a inclusão do Oeste na futuraERT do Centro, admitindomesmo recorrer aos tribunais se talfor necessário.A semana passada, em conferência<strong>de</strong> imprensa na se<strong>de</strong> dopólo <strong>de</strong> turismo do Oeste, o presi<strong>de</strong>nte<strong>de</strong>sta estrutura disse que onovo mapa turístico “é um absurdo”e “vai <strong>de</strong>struir a realida<strong>de</strong> turística”do País. “É minha convicçãopessoal que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeirahora o Centro trabalhou neste sentido[inclusão do Oeste no Centro]”,afirmou António Carneiro. “Oque irá acontecer é o Oeste, e o MédioTejo, servir para o Centro ven<strong>de</strong>ras suas camas”, disse.António Carneiro lembrou que oOeste sempre esteve associado aLisboa e Vale do Tejo para efeitos<strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento do território e estratégiaturística, argumentandocom o Decreto-Lei 228/2012, aprovadopor este Governo, on<strong>de</strong> essaligação é mais uma vez afirmada.Convicto da inconstitucionalida<strong>de</strong>do novo regime, JoaquimRosa do Céu, presi<strong>de</strong>nte do Turismo<strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo, revelouque esta entida<strong>de</strong> entregou naAssembleia da República uma exposiçãodando conta <strong>de</strong>ssa situaçãoe ainda das “ilegalida<strong>de</strong>s váriascometidas pelos <strong>de</strong>putados” duranteo processo <strong>de</strong> aprovação donovo regime. “A lei é inconstitucional,uma trapalhada e violou oregimento da Assembleia da República”,disse Rosa do Céu, paraGolfe no Oeste é conhecido lá fora, diz empresário da Nazaréquem a mudança do Oeste para oCentro foi “orquestrada por PedroMachado em consonância com alguns<strong>de</strong>putados”.“Refuto frontalmente toda equalquer responsabilida<strong>de</strong> directae indirecta nas acusações <strong>de</strong> quesou alvo”, respon<strong>de</strong> o presi<strong>de</strong>ntedo Turismo do Centro. “Não alimentonem participo em especulaçãoque prejudique as organizaçõese o sector do turismo”, acrescentaPedro Machado ao JORNALDE LEIRIA.“Também a Serra da Estrela nãose revê” numa região Centro que“vai <strong>de</strong> Vila Franca <strong>de</strong> Xira a Gaia”,DRDepoimentosSerafim Silva,hoteleiro, NazaréO Governo não tem consciênciado que é uma marca nem <strong>de</strong>quantos anos<strong>de</strong>mora aconstruir. Dar aconhecer umamarca custamilhões. O golfee a região Oestesão conhecidoslá fora, produzem efeitos. Sentiisso recentemente numa feiraem Paris.José Inácio,hoteleiro, ÓbidosEsta <strong>de</strong>slocalização do Oestepara o Centro é completamentedisparatada e vaianiquilar osfactores <strong>de</strong>progressão dosempreendimentos.Láfora ninguémsabe o que é oCentro. No Oeste, o imobiliário évendido sobretudo aestrangeiros que, ao mesmotempo, compram a marca Oeste.garantiu Jorge Patrão, presi<strong>de</strong>ntedo Turismo da Serra da Estrela, quena conferência afirmou a sua “solidarieda<strong>de</strong>”para com a luta doOeste.Referindo-se igualmente ao“lobby <strong>de</strong> Coimbra”, Serafim Silva,empresário da Nazaré, disse naocasião que o Oeste só será arrastadopara o Centro “se quiser”.Autarcas e empresários po<strong>de</strong>rãoconstituir uma empresa para trabalhara marca Oeste, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u.Mas, frisou, primeiro os empresáriostêm <strong>de</strong> unir-se. Depois “têm <strong>de</strong>participar”, em vez <strong>de</strong> ficarem à esperaque lhes batam à porta.Empresa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Credores da Materlis aprovam plano <strong>de</strong> recuperação❚ Os credores da Materlis votaramfavoravelmente a semana passada,em assembleia, o plano <strong>de</strong> recuperação.A empresa <strong>de</strong> comércio<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>verá começarentretanto a pagar as dívidasà Segurança Social e às Finanças.Em relação aos restantesPENT causa“perplexida<strong>de</strong>”O Turismo do Oeste mostra“perplexida<strong>de</strong>” por o PlanoEstratégico Nacional do Turismo(PENT), aprovado anteontem,colocar aquela zona na Região <strong>de</strong>Lisboa, quando o novo regimeturístico a remete para o Centro.“Para além do caricato da questão,torna-se completamenteimpraticável a promoção turísticado Oeste, incluída na Área RegionalTurística do Centro, por um lado, ena Região <strong>de</strong> Lisboa, por outro”.credores beneficia <strong>de</strong> um período<strong>de</strong> carência.Nos termos do documento aprovado,a empresa <strong>de</strong>verá pagaràquelas duas entida<strong>de</strong>s a totalida<strong>de</strong>da dívida, em 150 prestaçõesmensais.O plano propõe formas diferentes<strong>de</strong> pagamento consoante aespecificida<strong>de</strong> dos credores. Assim,à Sonae propõe-se o pagamento<strong>de</strong> 100% do capital em dívidaem 180 prestações mensais;aos outros credores comuns irá liquidaras dívidas em 216 prestaçõesmensais e sucessivas, com taxas<strong>de</strong> amortização crescentes ecarência total <strong>de</strong> capital e jurosdurante 24 meses. Os trabalhadorescom créditos privilegiadosreceberão a totalida<strong>de</strong> da dívidaem 36 prestações. Os créditos reconhecidostotalizam 28,3 milhões<strong>de</strong> euros.<strong>Leiria</strong> Ciclo <strong>de</strong>conferências sobregestão da inovaçãoTem lugar hoje, às 18 horas, nasinstalações da Nerlei, em <strong>Leiria</strong>, oprimeiro evento <strong>de</strong> um ciclo <strong>de</strong>inovação que se prolonga atéJunho. Durante o ciclo serãoapresentados casos <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong>inovação <strong>de</strong> várias empresas e feitoum enquadramento conceptualsobre o tema. Hoje a intervenção é<strong>de</strong> Ana Isabel Dias, directora <strong>de</strong>inovação da Portugal Telecom. Opróximo evento é a 9 <strong>de</strong> Maio, comum responsável da Brisa.Pedrógão Gran<strong>de</strong>Conferência apoiaempreen<strong>de</strong>dorismoA Associação Empresarial Penedodo Granada e Médio Zêzerepromove hoje, pelas 21 horas, naEscola Tecnológica e Profissionalda Zona do Pinhal, em PedrógãoGran<strong>de</strong>, uma conferência sobre osistema <strong>de</strong> incentivos <strong>de</strong> apoiolocal a micro-empresas. Estesistema enquadra-se no programaValorizar, que visa promover um<strong>de</strong>senvolvimento regional que“favoreça o crescimentoeconómico sustentável, acompetitivida<strong>de</strong>, o emprego e oinvestimento empresarial numalógica <strong>de</strong> coesão territorial”.Óbidos Futuro doturismo no Oesteem <strong>de</strong>bateO futuro do turismo na região Oestevai estar amanhã em <strong>de</strong>bate numaconferência no Museu Abílio, emÓbidos. O evento, promovido peloGrupo Medioeste/Caldas Editora,realiza-se às 18 horas e conta com apresença <strong>de</strong> vários profissionaisligados ao sector. O novo regimejurídico das Entida<strong>de</strong>s Regionais <strong>de</strong>Turismo é um dos aspectos que irãoestar em análise.Economia Younitycriada para motivarempresasLeonel Fernan<strong>de</strong>s, Leonardo Alvese Raul Mota são os sócios daYounity, empresa criada este anoem <strong>Leiria</strong> para actuar na área damotivação e teambuilding paraempresas. “Destaca-se pelaconcepção e realização <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>s outdoor, indoor emultimédia para empresas. Somosúnicos em <strong>Leiria</strong> neste tipo <strong>de</strong>segmento”, aponta LeonelFernan<strong>de</strong>s. O investimento foi <strong>de</strong>50 mil euros.


22 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013EconomiaIntermaché <strong>de</strong> Caldas da Rainha fechouO Intermarché <strong>de</strong> Caldas <strong>de</strong> Rainha encerrou,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o tribunal ter <strong>de</strong>clarado a sua insolvênciano passado dia 4. O JORNAL DE LEIRIA tentououvir, sem sucesso, a empresa que exploravaaquele espaço da insígnia Os Mosqueteiros.Imagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação criticada pelos clientesZona industrial da Marinha Gran<strong>de</strong><strong>de</strong>ixa empresários “envergonhados”TurismoAlvaiázereconclui sinaléticado Caminho<strong>de</strong> SantiagoDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ As estradas estão esburacadas, ospasseios danificados e cheios <strong>de</strong> ervas,falta iluminação e vigilância, assimcomo balneários e um refeitóriocondigno. A única cantina pública daZona Industrial <strong>de</strong> Casal da Lebre cinge-sea uma rulote <strong>de</strong> bifanas. Para osempresários ouvidos pelo JORNALDE LEIRIA, muito há ainda a fazernesta zona industrial da MarinhaGran<strong>de</strong>, sobretudo quando em causaestá um concelho que se quer assumirpela competência empresarial.As condições actuais são insuficientese embaraçosas para quemrecebe clientes vindos <strong>de</strong> todo omundo, expõem os industriais.“Não basta dizer que a MarinhaGran<strong>de</strong> é exportadora, é preciso queas entida<strong>de</strong>s locais façam por isso”.Presentemente, “se alguém tem mérito”pelo volume <strong>de</strong> exportaçõesatingido, esse alguém “são os empresários”,acredita Daniel Rodrigues,membro da administração da fábrica<strong>de</strong> material eléctrico AL. “Faltaminfra-estruturas <strong>de</strong> suporte na zona industrial”e as condições são alvo <strong>de</strong> reparopor parte <strong>de</strong> clientes. “Um dosnossos parceiros <strong>de</strong> Bilbau já comentouo aspecto <strong>de</strong> abandono <strong>de</strong>stazona”, que <strong>de</strong>via ser “um motor daeconomia local”, consi<strong>de</strong>ra DanielRodrigues. Asfalto, cafetaria, balneáriopara motoristas e mais acessos àzona industrial (existe apenas uma entradae saída) são algumas das necessida<strong>de</strong>s,aponta a mesma fonte.“Em vez <strong>de</strong> construírem uma ro-Ex-funcionários reclamam salários em atrasoFilipe & Henriques fecha e <strong>de</strong>ixa40 trabalhadores em protestoDANIELA FRANCO SOUSAEstacionamento para pesados permanece no papel há mais <strong>de</strong> dois anostunda no centro da zona industrial,criaram uma a cada ponta, que obrigaas pessoas a 'fazer piscinas' parapo<strong>de</strong>rem entrar. Dentro da zona industrial,as estradas têm buracos”, criticaTiago Coutinho, director comercialda EIB, que consi<strong>de</strong>ra os acessibilida<strong>de</strong>s“uma vergonha”.Vítor Sousa, administrador da PVS,lembra a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reforçar a vigilânciana zona industrial, para evitar“roubos <strong>de</strong> cobre e maquinaria”.“É esta imagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação que osestrangeiros levam do País”, observao administrador.Criar um espaço on<strong>de</strong> os motoristaspossam tomar refeições é a proposta<strong>de</strong> Miguel Nicolau, director <strong>de</strong>produção da Vidrimol<strong>de</strong>. Para se alimentarem,os camionistas “têm <strong>de</strong> sedirigir ao centro da cida<strong>de</strong>”. Paula Cerejo,administrativa numa empresa dazona industrial, nota que o único espaçopúblico on<strong>de</strong> ali se po<strong>de</strong>m tomarrefeições é “uma rulote <strong>de</strong> bifanas”.Ouvida pelo JORNAL DE LEIRIA, aautarquia garante estar a reparar os arruamentos<strong>de</strong>sta zona, por administraçãodirecta, “porque as condiçõesclimatéricas estão agora favoráveis àrealização <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> trabalhos”. Informaque o projecto para a construçãodo parque <strong>de</strong> estacionamentopara camiões TIR (anunciado em2010) está em <strong>de</strong>senvolvimento nosserviços técnicos da autarquia, e recordaos trabalhos <strong>de</strong>senvolvidospara melhorar condições <strong>de</strong> circulaçãono local, <strong>de</strong>signadamente rotundas,abertura do arruamento paraleloà Estrada do Guilherme, passeios epistas para ciclistas.Cmgd aposta em formação e consultadoriaEmpresa <strong>de</strong> trabalho temporárioabre portas em AzoiaDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ O Município <strong>de</strong> Alvaiázere concluiusegunda-feira a instalaçãoda sinalética relativa ao Caminho<strong>de</strong> Santiago, um projecto on<strong>de</strong> se“reconhece a mais-valia e o potencialque o Caminho Português<strong>de</strong> Santiago po<strong>de</strong> trazer para oconcelho, em termos <strong>de</strong> promoçãoe valorização territorial e turística”.Recor<strong>de</strong>-se que o Turismo do Centro<strong>de</strong> Portugal e a Associação <strong>de</strong>Peregrinos Via Lusitana assinaramum protocolo <strong>de</strong> parceria no âmbitodo Projecto <strong>de</strong> Sinalética ePromoção do Caminho <strong>de</strong> Santiagonesta região. E foi nesse contextoque o Município <strong>de</strong> Alvaiázereassinou dia 18 <strong>de</strong> Dezembroum protocolo com o Turismo Centro<strong>de</strong> Portugal, que visava a instalaçãoda sinalética associada aeste percurso secular. Além <strong>de</strong>ste,outros concelhos da região Centro,atravessados pelo Caminho Português<strong>de</strong> Santiago, assinaram o documento:Ansião, Penela, Con<strong>de</strong>ixa-a-Nova,Coimbra, Mealhada,Anadia, Águeda e Albergaria-a-Velha. Após a assinatura do protocoloforam entregues os azulejos <strong>de</strong>marcação do caminho aos municípiossignatários e segunda-feirafoi concluída a sinalética que se<strong>de</strong>stinava a Alvaiázere, cujo territóriointegra o Caminho Português<strong>de</strong> Santiago no Centro <strong>de</strong> Portugal.O projecto <strong>de</strong> sinalética segue asnormas do Conselho da Europapara o Itinerário Cultural Europeu– Caminho <strong>de</strong> Santiago, facilitandoa sua interpretação pelos peregrinosdas mais diversas nacionalida<strong>de</strong>s,e vem na sequência das necessida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> sinalética do Caminho<strong>de</strong> Santiago diagnosticadaspela Associação <strong>de</strong> Peregrinos ViaLusitana, esclarece a autarquia.DR❚ Um grupo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40 trabalhadoresda Filipe & Henriques,empresa <strong>de</strong> mobiliário <strong>de</strong> Maceira,concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, protestam <strong>de</strong>s<strong>de</strong>o último fim-<strong>de</strong>-semana emfrente à fábrica, reivindicando saláriose subsídios em atraso. “Ficámosa saber, <strong>de</strong> repente, <strong>de</strong>poisda Páscoa, que a empresa ia encerrar,mas prometerem-nos atransferência do dinheiro que nos<strong>de</strong>vem, e a in<strong>de</strong>mnização. Mas atéagora nada: falta pagar parte <strong>de</strong> Janeiroe Abril e a totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fevereiroe Março”, disse hoje à Lusaum dos funcionários.“Há um anosaíram alguns [trabalhadores] coma insolvência e, <strong>de</strong>pois da reestruturação,no início <strong>de</strong> 2013, foramdispensados outros. Agora vamosficar à porta da empresa por turnosaté que nos dêem o dinheiro epara evitar que levem seja o quefor”, explicou ainda Alexandre Ribeiro,motorista há 15 anos na empresa.Segundo os funcionários, oanúncio <strong>de</strong> encerramento da empresaFilipe & Henriques foi realizadodia 2 <strong>de</strong> Abril. Os trabalhadoressalientam ainda que apenasreceberam um documento paraapresentar no Centro <strong>de</strong> Emprego.Até ao final da edição, não foi possívelouvir o administrador <strong>de</strong> insolvênciada empresa.❚Chama-se Cmgd a nova empresa <strong>de</strong>trabalho temporário, que inaugurousegunda-feira no Edifício Estrela, emAzoia, <strong>Leiria</strong>.De acordo com Cristina Ferreira, gerente,a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> negócio surgiu <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> a empresa Construção CristinaAmado, sediada em Alcogulhe, tersentido dificulda<strong>de</strong> em respon<strong>de</strong>raos inúmeros pedidos <strong>de</strong> trabalhadoresportugueses por parte <strong>de</strong> umasocieda<strong>de</strong> francesa, a Solsystem (<strong>de</strong>Saint Clau<strong>de</strong>). Foi para dar resposta àssolicitações <strong>de</strong>sta empresa, e <strong>de</strong> muitasoutras, que foi criada a Cmgs, explicaCristina Ferreira. Esta nova empresa<strong>de</strong> trabalho temporário preten<strong>de</strong>ser o elo entre trabalhadores eempresários, especialmente vocacionadapara agir no mercado externo(França, Luxemburgo, Alemanhaou Reino Unido), no ramo da construção,mas também no mercado interno,no campo da indústria e dosserviços.A gerente lembra a importância<strong>de</strong> se estar munido <strong>de</strong> informação e<strong>de</strong> documentação no momento emque se opta por trabalhar no exterior,razão pela qual a Cmdg <strong>de</strong>cidiu disponibilizartambém oferta complementar<strong>de</strong> formação e <strong>de</strong> consultadoria.O novo espaço funciona <strong>de</strong>segunda a sexta-feira, das 9 às 13 horase das 14:30 às 18.30 horas, informaa gerência.Concelho reconhece potencialturístico do itinerário


24 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013EconomiaTecnologia Projectocria pagamentoscom telemóvelMira <strong>de</strong> Aire Rosários 4apresenta novacoleção <strong>de</strong> fiosDistinção LatourretteConsulting ganhaprémio nos EUAColecçãoCa<strong>de</strong>rnosMoleskine em quatronovas coresMobiPag é o resultado <strong>de</strong> umainvestigação <strong>de</strong>senvolvida emconsórcio por empresas euniversida<strong>de</strong>s portuguesas, quepromete ao consumidor e aocomerciante uma nova forma <strong>de</strong>pagamento. Segundo a Lusa, emcausa está uma tecnologia quepermite fazer pagamentos através<strong>de</strong> telemóvel. Uma das áreas on<strong>de</strong><strong>de</strong>monstra mais potencial são astransacções por norma feitas emdinheiro e <strong>de</strong> baixo valor.A Rosários 4, <strong>de</strong> Mira <strong>de</strong> Aire,esteve recentemente naHandarbeit+Hobby, na Alemanha,“uma das mais importantes feirasno sector dos trabalhos manuais”.A empresa apresentou os novosfios da colecção 2013/14, com<strong>de</strong>staque para os fios comtingimentos artesanais, o fio <strong>de</strong> lãbiológica e o fio reciclado, feito <strong>de</strong>calças <strong>de</strong> ganga usadas, revela aContraponto, que preparou apresença da empresa na feira.A Latourrette Consulting, start upcom centro <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentona incubadora Dinis, <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,implementou uma solução <strong>de</strong>gestão <strong>de</strong> conteúdos para o GrupoSonae que venceu o prémio KofaxTransform Awards 2013, entreguerecentemente em San Diego, nosEstados Unidos. A solução foipremiada <strong>de</strong>vido às suascaracterísticas <strong>de</strong> inovação,eficiência e controlo, informa aempresa em comunicado.A marca do famoso ca<strong>de</strong>rnopreto com elástico, disponível atéagora apenas em preto ouvermelho, recebe quatro novascores: ver<strong>de</strong> óxido, amareloalaranjado, violeta brilhante emagenta. Em Portugal, a marca érepresentada e distribuída pelaArquivo Bens Culturais. A novacolecção já se encontradisponível na Arquivo Livraria,em <strong>Leiria</strong>, e nos outros pontos dare<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição Moleskine.Mobiliário Empresa<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> concluiobras em Cabo Ver<strong>de</strong>Tribos Urbanas muda para Largo 5 <strong>de</strong> OutubroA NS Contract, marca do GrupoNS, empresa <strong>de</strong> mobiliário <strong>de</strong>hotelaria <strong>de</strong> Santa Catarina daSerra, <strong>Leiria</strong>, terminourecentemente duas obras emCabo Ver<strong>de</strong>. Em causa estão oHotel Santa Maria e o HotelSantiago, situados na cida<strong>de</strong> daPraia, dois importantesempreendimentos turísticos, quecontribuem para a dinamizaçãoda economia local.Segurança Lançadoprimeiro colchãocom cofreChama-se Mi Colchón, o colchãocriado por uma empresaespanhola, que quer tranquilizaros contribuintes. Mi Colchón é oprimeiro colchão com cofreincorporado, que quer ajudarquem está a per<strong>de</strong>r a confiançanos bancos, a dormir bem, tendoo seu dinheiro em local seguro esem pagar juros. A caixa <strong>de</strong> metalultra-resistente tem sistema <strong>de</strong>código electrónico.A Tribos Urbanas, skate shop que funcionava numatransversal da Rua Direita, em <strong>Leiria</strong>, mudou no início<strong>de</strong>sta semana para o Largo 5 <strong>de</strong> Outubro. A mudançapren<strong>de</strong>-se com o facto <strong>de</strong> esta ser uma zona maismovimentada, on<strong>de</strong> a marca po<strong>de</strong>rá com maiorfacilida<strong>de</strong> divulgar o seu trabalho, explica SteveCarreira, que não escon<strong>de</strong> também alguma saturaçãorelativamente à Rua Direita. O investimentocircunscreveu-se a obras <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lação do novoespaço e rondou os 3600 euros. A skate shop, queexiste há 13 anos em <strong>Leiria</strong>, ven<strong>de</strong> skates e tudo o quetenha a ver com este <strong>de</strong>sporto, assim como roupas esapatilhas <strong>de</strong> algumas marcas conhecidas como aVans e a DC. Também ven<strong>de</strong> material <strong>de</strong> marcaprópria, nos mesmos segmentos. A loja está abertaentre as 10 e as 13 e entre as 14:30 e as 19:30 horas.Projecto Óbidosintegra re<strong>de</strong> europeia<strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>O Município <strong>de</strong> Óbidos foiconvidado a integrar a re<strong>de</strong>europeia Creative Spin, doprograma URBACT II, que junta<strong>de</strong>z cida<strong>de</strong>s europeias. Oobjectivo é estudar o efeito <strong>de</strong>spill over durante dois anos. Ouseja, perceber como po<strong>de</strong>m acriativida<strong>de</strong> e as indústriascriativas ser mais-valias paraoutros sectores tradicionais daeconomia, como a agricultura, oturismo, a indústria damanufatura ou o comércio.Leiturasdasemana (https://www.facebook.com/livraria.arquivo)O livro vermelho das Mulheresempreen<strong>de</strong>dorasGuernica Facundo VericatEditora: BookOutLivro imprescindível para que as mulheres que vãoiniciar o seu negócio conheçam as condicionantes<strong>de</strong> género e do mercado. Dá resposta aos milhares<strong>de</strong> mulheres que encontram no autoemprego a suaopção <strong>de</strong> vida ou solução para os seus problemas<strong>de</strong> subsistência e divi<strong>de</strong>-se em três gran<strong>de</strong>s áreas:Nós, empreen<strong>de</strong>doras; o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio e oambiente familiar, profissional e familiar. No fim doprocesso, as empreeen<strong>de</strong>doras terão sido capazes<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r as especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serempresária, etc.Porque <strong>de</strong>vemos sair do Euro?João Ferreira do AmaralEditora: Estrela <strong>de</strong> PapelEm 1992, Portugal capitulava aos pés <strong>de</strong> uma ComissãoEuropeia crescentemente instrumentalizada pelaAlemanha. Não houve referendo, os eleitores não foramconsultados. As elites portuguesas, que esperavam vir abeneficiar dos fundos estruturais europeus, entregaramlevianamente a nossa moeda – e com ela a soberaniamonetária. A partir <strong>de</strong> 2008, a Comissão Europeia,tornou-se um órgão ao serviço do novo po<strong>de</strong>r. Aeconomia portuguesa, asfixiada pelo novo marco,sucumbiu. Na década <strong>de</strong> 90 várias vozes tinham-nosalertado para os perigos da a<strong>de</strong>são à moeda única.


Economia<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 25PUBLICIDADEOportunida<strong>de</strong>s do mercado <strong>de</strong> capitais discutidas em <strong>Leiria</strong>Bolsa, porque a torneira do crédito<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> pingarDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.ptDANIELA FRANCO SOUSA❚ Pouco explorado em Portugal, omercado <strong>de</strong> capitais <strong>de</strong>ve passar a serencarado pelos empresários comouma alternativa ao financiamentobancário, sobretudo num momentoem que a dificulda<strong>de</strong> em ace<strong>de</strong>r aocrédito se tornou num dos maioresconstrangimentos das PME. Esta é aconvicção da NYSE Euronext Lisbon,mas também da Nerlei (AssociaçãoEmpresarial da Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>), quesegunda-feira assinaram um protocolo<strong>de</strong> colaboração, através do qualesperam levar mais pequenas e médiasempresas para a bolsa, via Alternext(mercado criado em 2005, orientadopara PME, com requisitos a<strong>de</strong>quadosà sua dimensão).“A bolsa portuguesa tem a convicçãofirme <strong>de</strong> que Portugal e as suasempresas não po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> equacionartodos os meios disponíveis,para fazer face aos enormes <strong>de</strong>safiosque hoje se colocam. Nesse contexto,o mercado <strong>de</strong> capitais e, em particular,o mercado <strong>de</strong> bolsa, pela sua relevânciaconjuntural e estrutural,constituem um espaço que está longe<strong>de</strong> ter esgotado a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>disponibilizar às empresas, as soluções<strong>de</strong> que as mesmas carecem”, afirmouLuís Laginha <strong>de</strong> Sousa, CEO daNYSE Euronext Lisbon.A título exemplificativo, MiguelGeral<strong>de</strong>s (na foto), director <strong>de</strong> mercadosda NYSE Euronext, frisa que enquantono Reino Unido, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006,746 pequenas e médias empresas recorreramao mercado <strong>de</strong> capitais, emPortugal, no mesmo período, apenasoito PME arriscaram fazê-lo. E na Polónia,economia em tantos aspectossemelhante a Portugal, foram mais <strong>de</strong>600 as PME que se lançaram na bolsa,muitas <strong>de</strong>las com investimentospequenos, na or<strong>de</strong>m dos dois milhões<strong>de</strong> euros. Encaixe financeiro e reforço<strong>de</strong> capitais próprios, liqui<strong>de</strong>z paraMiguel Geral<strong>de</strong>s lembra vantagens <strong>de</strong> cotar empresas na bolsaAlternextRequisitos <strong>de</strong> admissãoPara ser admitido no mercadoAlternext, as empresas têm <strong>de</strong>avançar com 2,5 milhões <strong>de</strong>euros, para um mínimo <strong>de</strong> trêsnovos accionistas; têmpossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer ofertapública ou particular; <strong>de</strong>vemapresentar relatórios e contasdos últimos dois exercícios;apresentar um listing sponsor(parceiro <strong>de</strong> longo prazo daempresa cotada, que lheprestará apoio no processo <strong>de</strong>cotação); e apresentar tambémum prospecto <strong>de</strong> admissão oudocumento informativo. Pósadmissão, é necessáriodisponibilizar relatório <strong>de</strong>contas anual auditado;informação semestral, factosrelevantes e eventoscorporativos. Em Dezembro <strong>de</strong>2012, estavam cotadas 180empresas no Alternext (163 emParis, 12 em Bruxelas, quatro emAmesterdão e apenas uma emLisboa. A capitalização total era<strong>de</strong> 6,2 biliões <strong>de</strong> euros, adiantaMiguel Geral<strong>de</strong>s (foto), directore mercados da NYSE Euronext.os accionistas, facilida<strong>de</strong> no processo<strong>de</strong> internacionalização, maior valorização,visibilida<strong>de</strong> e reputaçãoda empresa são algumas vantagens <strong>de</strong>que po<strong>de</strong>rão beneficiar as PME portuguesasque se queiram cotar em bolsa,frisa o director <strong>de</strong> mercados daNYSE Euronext.Mas não julguem com isto os nossosempresários que vão po<strong>de</strong>r resolver<strong>de</strong> imediato os seus problemas<strong>de</strong> tesouraria, já que a entrada na bolsacorrespon<strong>de</strong> a um esforço <strong>de</strong> investimentoinicial. Nem pon<strong>de</strong>remfazê-lo apenas por interesse nos estímulosfiscais, adverte Miguel Geral<strong>de</strong>s,recordando que os governosmudam e assim rapidamente <strong>de</strong>saparecemos benefícios concedidos.ABERTOSDESDE DIA15 DE ABRILHorário <strong>de</strong> atendimento:Das 9h às 13he das 14h30 às 18h30Edifício Estrela, FracçõesB e C, loja 3, 2400-823Azoia – <strong>Leiria</strong>Tel: 244 820 570Email: info@cmgd.ptUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fátima aposta na qualida<strong>de</strong>Hotel Cinquentenário investena remo<strong>de</strong>lação <strong>de</strong> quartosRestaurante nos Marinheiros, em <strong>Leiria</strong>Fio <strong>de</strong> Azeite com nova gerênciae nova proposta gastronómica❚ O Hotel Cinquentenário & ConferenceCenter, <strong>de</strong> Fátima, reabreno fim do mês com uma nova alacompletamente remo<strong>de</strong>lada. Aunida<strong>de</strong> investiu cerca <strong>de</strong> 1.4 milhões<strong>de</strong> euros na alteração <strong>de</strong> 52quartos, “no âmbito <strong>de</strong> um processocontínuo <strong>de</strong> requalificação daoferta”. Com 46 anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,o hotel conta com novos alojamentospreparados para quem sofre<strong>de</strong> alergias e para pessoas <strong>de</strong>mobilida<strong>de</strong> reduzida. Apostounum “maior conforto e qualida<strong>de</strong>”dos equipamentos, aquisição <strong>de</strong>novo mobiliário e <strong>de</strong>coração, reestruturação<strong>de</strong> casas-<strong>de</strong>-banho ecertificação energética.❚ Depois <strong>de</strong> nove meses à frente daTaberna do Palaio, no centro <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, Nuno Santos e João Brancoencontraram uma oportunida<strong>de</strong>nos Marinheiros, e são agora os novosgerentes do restaurante Fio<strong>de</strong> Azeite. Com a mudança <strong>de</strong> espaço,os jovens empresários quiseramproporcionar “mais confortoaos clientes”. O Fio <strong>de</strong> Azeite servedois pratos ao almoço e funcionaà la carte durante o jantar. Javalicom cogumelos selvagens e folhado<strong>de</strong> perdiz são algumas das suaspropostas. O restaurante funciona<strong>de</strong> segunda a sexta-feira, encerrandoaos sábados ao almoço eaos domingos todo o dia.


26 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013Economia OpiniãoAs Invasões Bárbaras: San AntonioO <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro soproMariaMiguelFerreiraNem só <strong>de</strong> cowboys vive o Texas. Fui lá emJaneiro e não vi um único vaqueiro. Em vezdisso, vi muita gente ocupada a ajudar novosnegócios a sobreviver. Nesta série <strong>de</strong> artigosque <strong>de</strong>dico às lições norte-americanas sobre oempreen<strong>de</strong>dorismo, hoje paramos em San Antonio. Noséc. XIX, foi palco <strong>de</strong> sangrentas batalhas entremexicanos e texanos, que John Wayne mitificou no seuwestern <strong>de</strong> 1960, O Álamo (quem não se lembra <strong>de</strong> DavyCrockett, com o seu chapéu <strong>de</strong> castor e espingarda aoombro?!). Hoje, San Antonio é a 7ª maior cida<strong>de</strong> dosEUA e tem um dos mais jovens presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> câmarado país. O mayor Castro, um <strong>de</strong>mocrata latino <strong>de</strong> 38anos, foi reeleito em 2011 muito <strong>de</strong>vido ao sucesso doseu plano lançado em 2009 para atrair para a cida<strong>de</strong>empregos bem pagos em sectores ligados à inovação e,assim, promover prosperida<strong>de</strong> sócio-económica. Ecomo está ele a fazer isso?... Os 130km da estrada queliga Austin, capital do Texas, a San Antonio sãoincrivelmente parecidos com a nossa Nacional nº1, comos seus stands <strong>de</strong> automóveis e restaurantes cheios <strong>de</strong>camionistas. O meu <strong>de</strong>stino final era a Incubadora <strong>de</strong>Energias Limpas <strong>de</strong> San Antonio, criada em 2011, frutoda colaboração do governo estatal, da Universida<strong>de</strong> doTexas, <strong>de</strong> vários centros <strong>de</strong> investigação,<strong>de</strong> associações sectoriais e <strong>de</strong> outras incubadorasdo Texas. Uma bela re<strong>de</strong> <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong>s erecursos, para começar. Juntos, alguns <strong>de</strong>stes interlocutoresexplicaram-me o tal plano <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoque a cida<strong>de</strong> está a tentar pôr <strong>de</strong> pé. Ecomeçaram pelas más notícias: “San Antonio não éAustin, mas o importante é adaptarmo-nos”. Asdificulda<strong>de</strong>s eram duas: a cultura avessa ao empreen<strong>de</strong>dorismo- em San Antonio há poucas famíliasprósperas, que têm tradicionalmente maior capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> correr riscos e geram mais empreen<strong>de</strong>dores - e umdéfice crónico <strong>de</strong> água, que no passado dificultou oO mundo do faz <strong>de</strong> contaEnquanto a Europa vive uma das maiorescrises <strong>de</strong>s<strong>de</strong> da 2ª gran<strong>de</strong> guerra osescândalos dos seus responsáveis continuama vir a publico diariamente. Ainda estasemana o presi<strong>de</strong>nte do Eurogrupo, JeroenDijsselbloem, foi obrigado a retirar do seu currículoum mestrado em Economia Empresarial uma vezque o mesmo nunca existiu na instituição on<strong>de</strong>mencionava ter estudado. Substituiu o referidomestrado por "investigação em EconomiaEmpresarial com vista à obtenção <strong>de</strong> um mestradona University College Cork"…e mesmo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ser“apanhado” continua a fazer <strong>de</strong> conta que nada sepassou e que é normal “aldrabar” o currículo.A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou queaceitou a <strong>de</strong>missão da ministra da Educação e Ciênciada Alemanha, Annette Schavan, <strong>de</strong>vido à polémicaem torno do plágio na sua tese <strong>de</strong> doutoramento eteve o <strong>de</strong>scaramento <strong>de</strong> afirmar que a antiga ministraAnnette Schavan foi a mais reconhecida e prestigiadaministra da Educação e Ciência na história daAlemanha…isto <strong>de</strong>pois do Conselho da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Filosofia consi<strong>de</strong>rar provado que Annette Schavanincluiu "<strong>de</strong> forma sistemática e premeditada" na suatese <strong>de</strong> doutoramento um trabalho intelectual quenão é seu."Tirei o curso <strong>de</strong> Ciência Política e RelaçõesInternacionais na Universida<strong>de</strong> Lusófona <strong>de</strong>Humanida<strong>de</strong>s e Tecnologias, em Lisboa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> terfrequentado, na década <strong>de</strong> 80, os cursos <strong>de</strong> Direito eHistória", <strong>de</strong>clarou o antigo ministro Miguel Relvas aojornal i em 2012. Importa recordar que Miguel Relvasfrequentou os referidos cursos mas apenas teve aJoãoCarvalhoSantos<strong>de</strong>senvolvimento da região. Para ultrapassar a questão<strong>de</strong> água, as entida<strong>de</strong>s oficiais focaram-se em apoiar o<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico aplicado às energias“ver<strong>de</strong>s”, dotando as universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> equipamentos,programas e bolsas nessa área. Em poucos anos, jásurgiram inovações aplicadas que reduzem o<strong>de</strong>sperdício na captação e abastecimento <strong>de</strong> energia. Afraca iniciativa empresarial foi abordada <strong>de</strong> formamenos romântica: não po<strong>de</strong>ndo dar-se ao luxo <strong>de</strong>esperar por uma mudança cultural que tardaria umageração, os promotores do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> SanAntonio estão a procurar start-ups <strong>de</strong> todo o Estado,dando-lhes razões para se instalarem em San Antonio,como o forte pólo universitário e os <strong>de</strong>correntesrecursos qualificados, as rendas baixas face a SiliconValley e a relativa proximida<strong>de</strong> à vibrante Califórnia.Também visitaram gran<strong>de</strong>s empresas da costa Este dosEstados Unidos, que prestam serviços ao sector do Oil& Gas (fortíssimo no Texas) tentado influenciá-las ainstalar as suas filiais a oeste em San Antonio. E aindaforam mais além: a países on<strong>de</strong> as energias limpasestão a crescer, como a Holanda, procurando convenceras gran<strong>de</strong>s empresas a se<strong>de</strong>arem a sua presençaamericana nesta cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido às condições óptimaspara a inovação e <strong>de</strong>senvolvimento nesses sectores.Nos EUA, as empresas com menos <strong>de</strong> 1 ano <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>criam, por ano, em média, 3 milhões <strong>de</strong> novosempregos. Mas não é preciso ir tão longe para vercida<strong>de</strong>s apostar no empreen<strong>de</strong>dorismo como ângulo <strong>de</strong>combate ao fraco crescimento interno. Em Portugal,cito a re<strong>de</strong> da AITEC Oeiras e as campanhas da InvestLisboa. A título <strong>de</strong> ilustração, escrevam-se no Google aspalavras “Lisboa startup city” e veja-se o ví<strong>de</strong>o feitopara ajudar a atrair empreen<strong>de</strong>dores estrangeiros. Já foivisto por <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhares.mariamiguel.ferreira@TooSmallToFailPR.comaprovação a uma ca<strong>de</strong>ira, com a classificação <strong>de</strong> 10valores. Importa recordar que foi Miguel Relvas,antigo ministro Adjunto e dos AssuntosParlamentares do Governo <strong>de</strong> Portugal, que apenasconcluiu 4 das 36 ca<strong>de</strong>iras do curso da licenciaturaque afirma ter. De acordo com a Universida<strong>de</strong>Lusófona o currículo profissional permitiu a MiguelRelvas terminar o curso superior num ano, evitando88 por cento do total das ca<strong>de</strong>iras prevista paraaquela licenciatura.Estes três exemplos, aos quais se po<strong>de</strong>ria juntar afamosa licenciatura do antigo primeiro-ministro JoséSócrates reflectem bem a crise <strong>de</strong> valores da Europa.Infelizmente não é um problema português mas simeuropeu. Quando não se dá valor à educação o futuronão po<strong>de</strong> ser auspicioso. Os políticos <strong>de</strong>veriam ser oexemplo para a socieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>veriam incutir noscidadãos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudar e procuraremapren<strong>de</strong>r sempre mais como única forma <strong>de</strong>ultrapassar as dificulda<strong>de</strong>s cada vez mais complexas<strong>de</strong> um mundo em constante mutação.Importa recordar o que o Governo da Finlândia fez nadécada <strong>de</strong> 90 do passado século aquando o fim daUnião Soviética, que representava mais <strong>de</strong> 90% domercado das suas exportações. Apenas tinha acesso aapoios sociais quem estivesse inscrito em instituições<strong>de</strong> ensino em licenciaturas, mestrados oudoutoramentos e as propinas foram suspensasdurante a crise…Finlândia é hoje um paíssub<strong>de</strong>senvolvido?Professor <strong>de</strong> Estratégia e Gestão Internacional naESTG e investigador do globADVANTAGE – Center ofResearch in International Business & StrategyVítorHugoFerreiraOempreen<strong>de</strong>dor “procurasempre a mudança,respon<strong>de</strong> a ela, explora-acomo uma oportunida<strong>de</strong>.”Peter Drucker“Crise” é, nos dias <strong>de</strong> hoje, umapalavra omnipresente, que nosinva<strong>de</strong> no dia-a-dia e, não rarasvezes, nos tolda a visão, como umnevoeiro que nos impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> ver ofuturo, levantando sérias dúvidassobre o presente. Mas crise significatambém, como dizia Peter Drucker,tempo <strong>de</strong> mudança e <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>. Tempo em que osempreen<strong>de</strong>dores lançam novosnegócios, explorando gaps <strong>de</strong>mercado e novos conhecimentos(nunca como agora tantos novoslicenciados procuram implementarprojetos empreen<strong>de</strong>dores). Tempoem que as empresas procuramdiversificar e explorar novosmercados internacionais. Tempo emque as organizações procuram essasempre tão difícil tarefa <strong>de</strong> perseguira mudança, inovando em produtos eformas organizacionais (veja-se aelevada procura <strong>de</strong> projetos QRENna área da Inovação e I&DT). Estaspequenas mudanças, ainda poucopercetíveis ao comum cidadão,fazem parte da “<strong>de</strong>struição criativa”que Schumpeter <strong>de</strong>finiu, assistindo--se à substituição dos velhos setoresmenos competitivos, por novasempresas e inovadores eixosempresariais. Infelizmente, osritmos <strong>de</strong> mudança social einstitucional são mais lentos que osda economia e, sobretudo, datecnologia. Razão pela qual, estasalterações, que se vão avolumando,tardam em aparecer por entre onevoeiro, mas são elas asresponsáveis pela transformação daeconomia, tornando-a mais ágil,baseada no conhecimento e viradapara o exterior, sendo estas astransformações a estimular. Osapoios a esta mudança passarão,inevitavelmente, pela promoção doconhecimento em áreas como aformulação estratégica ou a internacionalização(áreas em queorganizações como a D. DinisBusiness School e a ESTG/IP<strong>Leiria</strong>servem <strong>de</strong> apoio). Fundamentaisserão também os processos <strong>de</strong>investigação, levados a cabo através<strong>de</strong> parcerias com instituições <strong>de</strong> I&D<strong>de</strong> elevado mérito, como o CDRsp naMarinha Gran<strong>de</strong>. Finalmente,também os incentivos fiscais eeconómicos são necessários (mastardam em ser anunciados). Esta éuma nova oportunida<strong>de</strong>, num paíshabituado a enfrentar crises cíclicas.Uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reinvenção,que, pelo menos na nossa região,parece estar a ter lugar, faltando o<strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro sopro, que afaste <strong>de</strong>forma <strong>de</strong>finitiva o ainda cerradonevoeiro instalado.Membro do Conselho <strong>de</strong>Administração da D. Dinis BusinessSchool e docente do IP<strong>Leiria</strong>


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 27CARLOS PEREIRACHEFE DE SERVIÇO H.U.C (AP)Médico EspecialistaCIRURGIA GERAL - OPERAÇÕESConsultório: Ed. Nª Sra do Amparo, n.º 1A - 1ºEst. Marrazes - Arrabal<strong>de</strong> da Ponte - 2400 <strong>Leiria</strong>Tel.: 244 819 010962 976 879Diagnóstico, Tratamento ePrevenção <strong>de</strong>Patologias do PéPODOLOGISTA(Licenciada pelo ISPN)Urb. Vale do Mocho, Lt. 6 Rc/DtoRua Paulo VI (Calçada do Bravo)2410-146 <strong>Leiria</strong>Tel. 244 855 353 (das 15h. às 19h.)Tlm. 914 552 051e-mail: medicpe@iol.ptSusana BritesNUTRICIONISTAExcesso <strong>de</strong> Peso/ Obesida<strong>de</strong>/ MagrezaTratamentos para: Gordura Localizada/CeluliteExame <strong>de</strong> Intolerâncias AlimentaresConsultório: Policlínica D. NunoBatalha - Rua D. Maria Júlia Sales Zuquete,nº31, Moinho <strong>de</strong> VentoTm. 917 846 734 / 244 765 700Hospital D. Manuel <strong>de</strong> AguiarRua Trinda<strong>de</strong> Coelho, 8 2401-801 <strong>Leiria</strong>Tel. 244 100 009MEDICINAS COMPLEMENTARESHOMEOPATIA . NATUROPATIA . OSTEOPATIAACUPUNTURA . NUTRIÇÃO E OBESIDADELEIRIAProf. Dr. Duarte SilvaHOMEOPATIA . NATUROPATIA . OSTEOPATIA . SCIODr. António FerreiraACUNPUNTURA . FITOTERAPIA CHINESAELETROLIPÓLISE . EMAGRECIMENTO. CONSULTAS DE NUTRIÇÃOPOMBALProf. Dr. Duarte SilvaHOMEOPATIA . NATUROPATIA . OSTEOPATIA . SCIODr. Yommaiqueel AlvesNATUROPATIA . HOMEOPATIA . TERAPIA DE MORAINTOERÂNCIAS ALIMENTARESDr. António FerreiraACUNPUNTURA . FITOTERAPIA CHINESAELETROLIPÓLISE . EMAGRECIMENTO. CONSULTAS DE NUTRIÇÃORua Francisco Clemente, lote 1 - loja 1Rego D’ Água | 2415 - 594 LEIRIATel./ Fax: 244 049 965Praça Manuel Henriques Júnior, n.º 63100-500 POMBAL . Tel. 236 031 420Email: rosajasmim2010@hotmail.comJOÃO FILIPEMÉDICO ESPECIALISTA DE OFTALMOLOGIAMédico do Hospital dos Covões em CoimbraUrgência todos os diasConsultas . Cirurgias . Lentes <strong>de</strong> Contacto . Laser. Campos Visuais . Exercícios <strong>de</strong> OrtóticaAcordos: SAMS Centro . CGD . SAVIDA . SAMS-SIBRua João <strong>de</strong> Deus, 11, 1º Dtº - <strong>Leiria</strong>Tel. 244 832 801/244 832 870EMÍLIA FARIAEspecialista Imuno - Alergologia (H.U.C.)(ASMA E DOENÇAS ALÉRGICAS)TESTES CUTÂNEOS EPROVAS VENTILATÓRIASPOLICLÍNICA DE S. TIAGO Tel. 244824805 - LEIRIACLÍNIGRANDETel. 244574060 - Mª GRANDECLÍNICA PUERICIA Tel. 244503809 - Mª GRANDEDr. Patrício MonteiroDirector ClínicoMédico DentistaProfessor Doutor Pierre-Hubert DupasProfessor Catedrático das Universida<strong>de</strong>s EuropeiasReitor da Universida<strong>de</strong> Lille IICoor<strong>de</strong>nador Científico da MirysDentDr. Patrício MonteiroMédico DentistaEspecialista em Oclusão (Disfunções <strong>de</strong> A.T.M.)e Reabilitação Oral Funcional, pela Universida<strong>de</strong> Lille IIProfessora Doutora Iris MonteiroMédica DentistaMestre em Medicina DentáriaGraduada em disfunções <strong>de</strong> A.T.M.Professor Doutor Wilson GrigolliImplantologia OralGraduado em Implantes e Cirurgia OralDr. Cristóvão MonteiroMédico DentistaMestre em Cirurgia e ImplantologiaDra. Alexandra Baptista SantosMédica DentistaOrtodontiaOdontopediatriaDra. Denise AlexandraMédicaEspecialista em Medicina Geral e FamiliarDr. António CabeçoMédico PsiquiatraDirector <strong>de</strong> Serviço <strong>de</strong> Psiquiatria do H.S.A.Dulce CastanheiraOFTALMOLOGIAProfessora Doutora Iris N. MonteiroPsicóloga ClínicaPsicoterapiaSexologia ClínicaLaboratório-Prótese móvel e fixa – Metalocerâmica- Cerâmica pura- Zircónio (Novo) – Biocompatibilida<strong>de</strong> e Estética NaturalExames <strong>de</strong> DiagnósticoRVG, Tele e Ortopantomografia Digital, Condilografia,Axiografia – Branqueamento a LaserMirysDentClínica Médica DentáriaCentro Comercial Cristal Atrium . Rua das Portas Ver<strong>de</strong>s, n.º 2 – B – 2º BJ . 2430-309 Marinha Gran<strong>de</strong>Tel. 244 569 560 . Fax: 244 569 780 . Email: mirys<strong>de</strong>nt_clinica@sapo.ptConsultas, exames e cirurgiasTerças, quintas e sextas-feiras a partir das 14h30Largo Cândido dos Reis, n.º 1 | <strong>Leiria</strong>Tel. 244 831 553Rua Capitão Mouzinho <strong>de</strong> Albuquerque, n.º 88, 1.º Dt.º 2410-152 <strong>Leiria</strong>Tel. 244 098 663 . Tm. 918 029 111 . Email: osteopaulo@gmail.comCLÍNICA MATERNOINFANTIL DE LEIRIA> Alicia Rita -Obstetra Ginecologista> Bilhota Xavier - Pediatra> Beatriz Pena - Pedopsiquiatra> João Morgado - Ortopedista> Luís Seabra - Pediatra> Matos Cabeças - Psiquiatrae Sexologia Clínica> Alexandre Pena - Psicólogo Clínico> Inês Lopes - Terapeuta da FalaConsultas por marcação todos os dias úteisa partir das 14.00hRua Paulo VI- Edifício OlhalvasPiso 0, Porta 2 A , 5 E2400-502 <strong>Leiria</strong>Tm. 912 483 731 | Tel. 244 827 956Email: maternoinfantil@netcabo.ptDireção ClínicaDr. Carlos Alberto Motae Dra. Aurora Bravo LimaCarlos Alberto MotaMédico DentistaEspecilista em Ortodontia pela Or<strong>de</strong>m dos MédicosUrgênciasDiárias 09H00 às 21H00Sábado 09H00 às 17H00ConsultasPor marcação todos os dias úteis até as 21h00Departamento <strong>de</strong> Implantologia e OclusãoAv. A<strong>de</strong>lino Amaro da Costa, Lote 2 - 1.º Esc. 32415-367 LEIRIATel. 244 890 230 . Tlm. 917 141 524www.clinicamota.comELSA ABRAÚLCHEFE DE SERVIÇO DE GINECOLOGIA DOS H.U.CMédica EspecialistaGINECOLOGIA/DOENÇAS DA MAMAConsultório: Ed. Nª Sra do Amparo, n.º 1A - 1ºEst. Marrazes - Arrabal<strong>de</strong> da Ponte - 2400 <strong>Leiria</strong>Tel.: 244 819 010Cátia SantosPsicóloga e Psicoterapeutaestrada <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, n.º 212 .ed. pinus park, fracção t2430-091 Marinha Gran<strong>de</strong>tlm. 969 463 631catiasantos.psi@gmail.comRUI FARIAClínica <strong>de</strong> Fisiatria, Lda.R. Venceslau <strong>de</strong> Morais, 10 - 2.º D2400-258 <strong>Leiria</strong>Tel. 244 826 335/244 827 685/937 519 096Para saber como anunciar na secção <strong>de</strong> classificadosdo <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> ligue244 800 400


28 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013CONSULTASDE TAROT<strong>Leiria</strong>, Pombal e Marinha Gran<strong>de</strong>Marcações por Tm. 913 733 487Guardamos sigiloCMGD - Trabalho Temporário Lda RecrutaLadrilhadores (M/F)c/ experiência para FrançaEntrada ImediataMarcações <strong>de</strong> Entrevistas tel. 244 820 570De Manuel O. MenezesCentro Comercial Maringá, Loja 1122400-118 <strong>Leiria</strong>Tel. 244 834 380 . Tm. 917 319 377MI AMOREAgência Matrimonial.ENCONTRE A SUA ALMA GÉMEA<strong>Leiria</strong>.Tel. 910 023 783/ 969 352 765/244 825 743TRIBUNAL DO TRABALHODE LEIRIA1º JUIZOPcta. Dr. Alberto Baeta da Veiga – 2414-009 <strong>Leiria</strong>Telef: 244870520 Fax: 244870539Mail: leiria.tt@tribunais.org.ptANÚNCIO<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1501 - 18.04.2013Processo: 835/12.1TTLRAAção <strong>de</strong> Processo ComumN/ Referência: 1482216Data: 02-04-2013LAVAGENS MANUAISLavagens completas(Interior e Exterior)✓ Estofos ✓ Motor✓ Chassis ✓ ParafinarFAZEMOS A RECOLHAE ENTREGA DA SUAVIATURA NO SEULOCAL DE TRABALHO OURESIDÊNCIAABERTOS AOS SÁBADOS ATÉ ÀS 13H00244 103 077/962 546 463Rua Heróis do Ultramar, Armaz. “D”2410-287 LEIRIA GARE - LEIRIAImobiliárioArrendaT3 e água furtadas junto ao CinemaCity (acesso Mobilis). Excelentespreços. Tm: 914 655 373/918 724417.T2 mobilado, na Qta. da Alçada,renda acessível. Tm. 918 928 709(das 9h às 17h).Bar/restaurante na praia, junto aomar. Próximo <strong>de</strong> S. Pedro <strong>de</strong> Moel.Tm: 966 336 871.Armazéns c/ 150 e 300 m2 licenciadosp/ indústria, localizados em Z.Industrial, junto ao nó da A8 daBarosa, frente para a variante <strong>Leiria</strong>-M.ª Gran<strong>de</strong>. Parque <strong>de</strong> estac. e infraestruturas<strong>de</strong> apoio inclusivé (cantinaindustrial). Bons Preços. Tm: 914655 373/918 724 417.2 T1 + 1 T2 <strong>de</strong> luxo, equipado e mobilado,centro da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Excelente localização, prédio novo.Tm. 914 655 373/918 724 417.Trespassa-seCASA DE COMIDARÁPIDACREME BANANAsituadana Rua da GraçaTel. 244 834 665MUNICIPIODE PORTO DE MÓSCÂMARA MUNICIPALGABINETE DE APOIO JURÍDICO2480-851 PORTO DE MÓS(TEL. 244 - 499600-FAX 244 - 499601)AVISO<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1501 - 18.04.2013ALIENAÇÃO DOS LOTES N.ºS 2, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 16E 31 DA ZONA INDUSTRIAL DE MIRA DE AIREJOÂO SALGUEIRO, PRESIDENTE DA CÂMARAMUNICIPAL DO CONCELHO SUPRA, TORNA PUBLI-CO QUE:1- A Câmara Municipal em reunião ordinária realizadaem 4 <strong>de</strong> Abril do ano em curso, <strong>de</strong>liberou proce<strong>de</strong>r àalienação dos lotes 2, 5, 6, 7, 8, 9,10 16 e 31 da ZonaIndustrial <strong>de</strong> Mira <strong>de</strong> Aire, nos termos do Regulamento<strong>de</strong> Aquisição <strong>de</strong> Lotes Industriais.2- O Prazo <strong>de</strong> candidatura é <strong>de</strong> quinze dias, a contarda presente publicação, sendo o preço por metro quadrado<strong>de</strong> três euros.3- O Regulamento atrás mencionado, po<strong>de</strong>rá ser solicitadono Gabinete <strong>de</strong> Apoio Jurídico <strong>de</strong>sta Câmara Municipal,<strong>de</strong>ntro do horário normal <strong>de</strong> expediente.Porto <strong>de</strong> Mós, 15 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2013.O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,João SalgueiroAutor: Joaquim Fernando Henriques da CostaRéu: Servitrailer – Importação e Exportação<strong>de</strong> V.Ind., Lda.Nos autos acima i<strong>de</strong>ntificados, correm éditos<strong>de</strong> 30 dias, contados da data da segunda eúltima publicação do anúncio, citando a ré: Servitrailer– Importação e Exportação <strong>de</strong> V. Ind.,Lda., NIF – 506389995, com se<strong>de</strong> em Ic 2/en1- Km 96, Prazeres <strong>de</strong> Aljubarrota – Moleanos,2460-615 Alcobaça, com última residênciaa conhecida na morada indicada para o prazo<strong>de</strong> 10 dias, <strong>de</strong>corrido que seja o dos éditos,contestar, querendo, a acção, com a cominação<strong>de</strong> que a falta <strong>de</strong> contestação importa a confissãodos factos articulados pelo autor sendo logoproferida sentença a julgar a causa conforme for<strong>de</strong> direito e que em substância o pedido consisteem a ré ser con<strong>de</strong>nada a pagar salários nomontante <strong>de</strong> 2.903,33€, subsidio <strong>de</strong> férias nomontante <strong>de</strong> 1.300,00€, proporcional <strong>de</strong> fériase subsidio <strong>de</strong> natal no montante <strong>de</strong> 891,93 cada,in<strong>de</strong>menização no montan<strong>de</strong> <strong>de</strong> 3.900,00€ ecrédito <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> formação no montante <strong>de</strong>1.516,55€, tudo como melhor consta do duplicadoda petição inicial que se encontra nestaSecretaria, à disposição do citando.Deve, com a contestação, juntar os documentosapresentar o rol <strong>de</strong> testemunhas e requererquaisquer outras provas.Fica advertido <strong>de</strong> que é obrigatória a constituiçãodo mandatário judicial.A Juiza <strong>de</strong> Direito,Dr(a). Ana Paula Oliviera Alfaiate BaptistaO Oficial <strong>de</strong> Justiça,Rui Luis Batista DiasMARIA RIBEIRO FERREIRAN: 23-07-1934 . F: 10-04-2013Residia em Sismaria - Marrazes - <strong>Leiria</strong>Viúva do Sr. Diamantino LopesMãe das Sras. Maria <strong>de</strong> Fátima Ferreira Lopes Costa e Deonil<strong>de</strong>Ferreira Lopes RochaSua família, vem <strong>de</strong>sta forma agra<strong>de</strong>cer a todas as pessoas que estiveram presentesnas celebrações fúnebres <strong>de</strong>ste seu ente querido, ou que <strong>de</strong> algumaforma manifestaram o seu pesar.<strong>Leiria</strong>, 16 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013MARIA RIBEIRO FERREIRAN: 23-07-1934 . F: 10-04-2013Residia em Sismaria - Marrazes - <strong>Leiria</strong>TRATOU AGÊNCIA FUNERÁRIA SECO, LDASuas filhas, genros e netos, na impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o fazerem pessoalmente como era o seu<strong>de</strong>sejo, vêm por este meio agra<strong>de</strong>cer aos familiares e a todas as pessoas amigas que se incorporaramno seu funeral, bem como a todos aqueles que, <strong>de</strong> qualquer forma, manifestaramo seu pesar.Agra<strong>de</strong>cem também aos BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE LEIRIA, à EQUIPA DO INEM e àEQUIPA DO CENTRO HOSPITALAR LEIRIA POMBAL, todo o auxílio prestado com celerida<strong>de</strong>,empenho e <strong>de</strong>dicação.O nosso bem – haja.<strong>Leiria</strong>, 16 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013TRATOU AGÊNCIA FUNERÁRIA SECO, LDA


CARLOS MANUEL BERNARDO ASCENSO ANDRÉ, Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, tornapúblico, nos termos do n.º 3 do artigo 84.º da Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro, com a redação dada pelaLei n.º 5-A/2002, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> janeiro, que no dia 27 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2013, pelas 15.00 horas, no auditório do CentroAssociativo Municipal, se realizará a sessão extraordinária da Assembleia Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, convocadaem cumprimento do disposto do n.º 1 do artigo 50.º da supracitada lei, com a seguinte Or<strong>de</strong>m do Dia:Para constar e <strong>de</strong>vidos efeitos legais se passou o presente edital, que vai ser afixado nos locais <strong>de</strong> estilo.Ponto único: Eleição da Mesa da Assembleia Municipal.<strong>Leiria</strong>, 12 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2013.EDITAL N.º 5/2013O Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Municipal,Carlos Manuel Bernardo Ascenso André<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1501 - 18.04.2013Largo da República, 2414-006 <strong>Leiria</strong> • N.I.P.C.: 505 181 266 • Telef.: 244 839 500 • N.º Ver<strong>de</strong>: 800 202 791Sítio: www.cm-leiria.pt • email: cmleiria@cm-leiria.ptCARLOS MANUEL BERNARDO ASCENSO ANDRÉ, Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, tornapúblico, nos termos do n.º 3 do artigo 84.º da Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro, com a redação dada pelaLei n.º 5-A/2002, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> janeiro, <strong>de</strong> que no dia 27 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2013, pelas 09.30 horas, no auditório doCentro Associativo Municipal, se realizará a sessão ordinária da Assembleia Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, com aseguinte Or<strong>de</strong>m do Dia:1. RELATÓRIO DO PRESIDENTE DA CÂMARA SOBRE A ATIVIDADE DO MUNICÍPIO E RELATÓRIOFINANCEIRO – Apreciação nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 53º da lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18<strong>de</strong> Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Janeiro;2. DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DO MUNICÍPIO DE LEIRIA E CONTAS CONSOLIDA-DAS DE 2012 - Apreciação e votação;3. DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA ESANEAMENTO DE LEIRIA REFERENTES AO ANO DE 2012 - Apreciação e votação;4. RELATÓRIO DE GESTÃO DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA E SANEAMENTO DE LEI-RIA REFERENTE AO ANO DE 2012 - Apreciação e votação;5. RELATÓRIO E CONTAS DE 2012 E PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS DO TEATROJOSÉ LÚCIO DA SILVA - Apreciação e votação6. 1.ª REVISÃO AO PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS 2013-2016 E ORÇAMENTO DE 2013DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA E SANEAMENTO – Apreciação, discussão e votação;7. CANCELAMENTO DO CONTRATO DE EMPRÉSTIMO ATÉ AO MONTANTE DE 1.630.011,00, NOSTERMOS DO RATEIO DE MÉDIO E LONGO PRAZO, AO ABRIGO DO PREVISTO NO N.º 2 E N.º 7DO ARTIGO 66.º DA LEI DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012, CELEBRADO A 31 DE OUTU-BRO COM A CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LEIRIA - Apreciação, discussão e votação;8. CANCELAMENTO DO CONTRATO DE EMPRÉSTIMO ATÉ AO MONTANTE DE 1.630.011,00, NOSTERMOS DO RATEIO DE MÉDIO E LONGO PRAZO, AO ABRIGO DO PREVISTO NO N.º 2 E N.º 7DO ARTIGO 66.º DA LEI DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2012, CELEBRADO A 13 DE MAR-ÇO COM A CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LEIRIA - Apreciação, discussão e votação;9. PROCESSO DE OBRAS PARTICULARES N.º 1466/86 – ÁLVARO DE JESUS LOPES BARBOSA.RECONHECER DE INTERESSE MUNICIPAL - Apreciação, discussão e votação;10. PROTOCOLO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NAS JUNTAS DE FREGUESIA PARA REPARA-ÇÃO DOS DANOS NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO CONCELHO NA SEQUÊNCIA DOTEMPORAL DE 19 DE JANEIRO - Apreciação, discussão e votação;11. COMPOSIÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE MOBILIDADE E TRÂNSITO - Apreciação e votação;12. REGULAMENTOS:12.1 - ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS DO DOMÍNIO PRIVADO DO MUNICÍPIO. REGULAMENTO DEHASTA PÚBLICA - Apreciação, discussão e votação;12.2 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO DO REGULAMENTO MUNICIPAL DE FUNCIONAMENTO DAS FEI-RAS DO CONCELHO DE LEIRIA - Apreciação, discussão e votação;12.3 - ALTERAÇÃO DO REGULAMENTO MUNICIPAL DAS ATIVIDADES DIVERSAS DO MUNICÍ-PIO DE LEIRIA - Apreciação, discussão e votação;12.4 - ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO E TABELA DE TAXAS DO MUNICÍPIO DE LEIRIA - Apreciação,discussão e votação;13. ENTRADA LIVRE EM DIAS COMEMORATIVOS NO CASTELO, MOINHO DO PAPEL, AGROMUSEUE M|I|MO - Apreciação e votação;Para constar e <strong>de</strong>vidos efeitos legais se passou o presente edital, que vai ser afixado nos locais <strong>de</strong> estilo.<strong>Leiria</strong>, 12 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2013.EDITAL N.º 4/2013O Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Municipal,Carlos Manuel Bernardo Ascenso André<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1501 - 18.04.2013FichaTécnicaJORLIS, LDA.GerênciaMaria Alexandra Vieira,João NazárioDirecção EditorialMaria Alexandra Vieira,Arnaldo Sapinho, Orlando CardosoDirectorJoão Nazário(direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)RedacçãoRaquel <strong>de</strong> Sousa Silva (coor<strong>de</strong>nação)(raquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Damião Leonel, Daniela Franco Sousa,Elisabete Cruz, Graça Menitra, JacintoSilva Duro, Maria Anabela Silva,Miguel SampaioFotografiaRicardo Graça(ricardo.graca@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Copy<strong>de</strong>skOrlando Cardosoorlandocardososter@gmail.comColaboradores permanentesJoaquim Paulo, Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>,Orlando Cardoso, Paula LagoaDirecção GráficaGabinete Técnico JorlisPaginação e ProduçãoIsil da Trinda<strong>de</strong> (coor<strong>de</strong>nação)(isilda.trinda<strong>de</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Rita Carlos (rita.carlos@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Serviços Administrativos/AssinantesCília Ribeiro(cilia.ribeiro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)(assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)TesourariaPatrícia Carvalho(patricia.carvalho@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Serviços ComerciaisMaria Nunes(maria.nunes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Rui Pereira (rui.pereira@movicortes.pt)Proprieda<strong>de</strong>/EditorJorlis - Edições e Publicações, Lda.Capital Social: €600.000NIF 502010401Sócios com mais <strong>de</strong> 10%: Movicortes,Serviços e Gestão, Lda.José Ribeiro VieiraMoradaParque Movicortes2404-006 Azoia - <strong>Leiria</strong>Email geral@jornal<strong>de</strong>leiria.ptTelefonesGeral: 244 800 400Redacção: 244 800 405Fax: 244 800 401Impressão GrafedisportDistribuição VASPDia <strong>de</strong> publicação: Quinta-feiraPreço avulso: 1€Assinatura anual: 35€ (Portugal)65€ (Europa)93€ (outros países do mundo)Tiragem média por ediçãoMês <strong>de</strong> Março: 15 000 exemplaresN.º <strong>de</strong> registo: 109980Depósito legal n.º 5628/84O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está abertoà participação <strong>de</strong> todos os cidadãos<strong>de</strong> acordo com o ponto 5 do EstatutoEditorialPalavras cruzadasSudoku<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 29(COM 18 CASAS PRETAS)HORIZONTAIS: 1 – Parte do antebraço, junto à mão (pl.). Cada fruto do cacho <strong>de</strong>uvas. 2 – Ouvido Direito (abrev. med.). Ornar com luzes. 3 – Casa, pátria (Fig.). Actuam.Consoante repetida. 4 – Usado (abrev.). Caixa afunilada em forma <strong>de</strong> pirâmi<strong>de</strong>invertida, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>ita o cereal que vai cair no a<strong>de</strong>lhão (Prov.). 5 – Respeite,venere. Ferir ou riscar com as unhas. 6 – Que imprime. 7 – Haste florífera <strong>de</strong> algumasplantas, rebento. Asas (Arc.). 8 – Pequena igreja, capela. Nociva. 9 – Bismuto(s.q.). Exclamação que remata algumas cantigas populares. 2.001 (Rom.). 10 – Corrimentodo ouvido. Lugar (Pref.). 11 – Cabedal. Cogumelo <strong>de</strong> copa vermelha.VERTICAIS: 1 – Estrela da constelação dos Gémeos. Corcundas. 2 – O m. q. graúdas(Ant.). Torno irado. 3 – Queiram muito. Serventia (Suf.). 4 – Silício (s.q.). Tornaramais amplo. 5 – Admiração (Interj.). Fazer erosões (Bras.). 6 – Mama, aspira.Fileira <strong>de</strong> árvores. 7 – Celenterado em forma <strong>de</strong> sino ou campânula, alforreca.Dialecto que outrora se falou no norte <strong>de</strong> França. 8 – Que acontece ou sefaz duas vezes por mês. Afixo (abrev.). 9 – Negação (Pref.). Contr. do pron. Pessoalcompl. Lhe com o pron. Pess. O (pl.). 10 – Lucrar. 2099 (rom.). 11 – Embelezarcom ornatos. Uma das línguas americanas.Solução do problema anterior: Horizontais: 1 – UPAS. ESPIGA. 2 – BRADE. ITUA. 3– B. ENO. PORAS. 4 – RIJA. BULIR. 5 – UNA. TALHADO. 6 – XC. DENSO. AV. 7 – AALE-NIO. UDA. 8 – SECOU. AMAL. 9 – VIGOR. ULA. O . 10 – ACUA. LIVRA. 11 – TOARDA.AILO.Verticais: 1 – U. BRUXA. VAT. 2 – PB. INCASIVO. 3 – AREJA. LEGUA. 4 – SANA. DE-COAR. 5 – DO. TENOR. D. 6 – EE. BANIU. LA. 7 – S. PULSO. UI. 8 – PIOLHO. ALVA. 9 –ITRIA. UMARI. 10 – GUARDADA. AL. 11 – AAS. OVALO.O.Largo da República, 2414-006 <strong>Leiria</strong> • N.I.P.C.: 505 181 266 • Telef.: 244 839 500 • N.º Ver<strong>de</strong>: 800 202 791Sítio: www.cm-leiria.pt • email: cmleiria@cm-leiria.ptMINISTÉRIO DA ECONOMIA E DO EMPREGODirecção Regional da Economia do CentroINSTALAÇÃO DE ARMAENAGEM DE PRODUTOS DERIVADOS DO PETRÓLEOEDITALProcesso nº 0062/10/8/45<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição n.º 1501 - 18.04.2013Em conformida<strong>de</strong> com a disposição do nº 9º, da Portaria nº 1188/2003, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> outubro, alterada pela Portaria nº 1515/2007,<strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> novembro são convidadas as entida<strong>de</strong>s singulares ou coletivas a apresentar, por escreito, para esta Direção Regional<strong>de</strong> Economia, sita na Rua Câmara Pestana, nº74, 3030-163 em Coimbra, telefone nº 239 700 200 e faxe nº 239 40 5611, <strong>de</strong>ntro do prazo <strong>de</strong> 20 dias, a contar da data da publicitação <strong>de</strong>ste edital, as sua reclamações contra a concessão dalicença requerida pela entida<strong>de</strong> abaixo indicada, nos termos do Decreto- Lei nº 267/2002, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> novembro, alterado erepublicada pelo Decreto-Lei nº 217/2012, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> outubro po<strong>de</strong>ndo para o efeito examinar o respectivo processo nestaDireção.Entida<strong>de</strong>: CEPSA PORTUGUESA PETRÓLEOS, S.A.Localização da Instalação:Morada: Estrada Nacional 110 ao Km 61+720 (Renov. Alvará)Freguesia: AgudaConcelho: Figueiró dos VinhosDistrito: <strong>Leiria</strong>Capacida<strong>de</strong> total: 112000 litrosProduto Instalação Capacida<strong>de</strong> (litros)Gasolina s/ chumbo 95 SUBTERRÂNEO 24000Gasolina s/ chumbo 98 SUBTERRÂNEO 24000Gasóleo Aditivado SUBTERRÂNEO 24000Gasóleo SUBTERRÂNEO 40000Tipo <strong>de</strong> Instalação: Posto <strong>de</strong> Abast. - Comb. LíquidosFinalida<strong>de</strong>: VendaCoimbra, 02 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2013José TaboadaChefe <strong>de</strong> DivisãoMod.CC.200Boletim <strong>de</strong> assinaturaNome | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | || | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |Morada | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | || | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |CP | | | | | - | | | | Localida<strong>de</strong> | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |País | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Telefone | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |Profissão | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Habilitações Literárias | | | | | | | | | | | | | |N.º Elementos agregado familiar | | | NIF | | | | | | | | | | Data <strong>de</strong> nascimento | | | - | | | - | | | | |Junto envio cheque/vale postal n.º | | | | | | | | | | no valor <strong>de</strong> 35€ (Portugal), 65€ (Europa), 93€ (outros paísesdo Mundo) emitido à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Jorlis, Lda., para pagamento da minha assinatura anual do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (renovável anualmente,salvo indicações em contrário). 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30 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013Desporto‘Zé do Bazar’, a festa da subida pelounionista número um do planetaFamília A União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> venceu o Santo Amaro e subiu à Divisão <strong>de</strong> Honra distrital <strong>de</strong> futebol. Ogrupo <strong>de</strong> trabalho merece os maiores elogios, extensíveis a quem nunca <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> seguir o coraçãoMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ “Força gran<strong>de</strong> União, tu estás nonosso coração, estamos aqui a gritar,Força <strong>Leiria</strong> vais ganhar!” Oentusiasmo é evi<strong>de</strong>nte: o jogo estáno fim e a União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> ganha aoSanto Amaro (1-2). Está prestes agarantir a subida à Divisão <strong>de</strong>Honra distrital <strong>de</strong> futebol. Incapaz<strong>de</strong> disfarçar o nervosismo, JoséCarvalho, <strong>de</strong> mini na mão, nãopára um instante. Já <strong>de</strong>u inúmerasvoltas ao campo e grita pelaUnião, brinca com as crianças emete conversa com os a<strong>de</strong>ptos rivais.Ele é um verda<strong>de</strong>iro one manshow. Até já subiu postes <strong>de</strong> iluminaçãopela sua União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Leva 45 anos <strong>de</strong> sócio, tantosquantos tem <strong>de</strong> vida, e um amorincondicional pelo clube da suaterra. Por isso, seja on<strong>de</strong> for, nãohá limites. A União contará com oseu apoio. ‘Zé do Bazar’, como éconhecido porque o avô era o proprietáriodo Bazar das Novida<strong>de</strong>s,ali bem perto da Praça RodriguesLobo, é o verda<strong>de</strong>iro 12.º jogadore todos, mas mesmo todos no clube,sabem da importância quetem nesta onda positiva.“Força <strong>Leiria</strong> allez, tu és a nossapaixão, sentimento vermelho ebranco, verda<strong>de</strong>iro e <strong>de</strong> coração.”São cinco da manhã da madrugadaque antece<strong>de</strong> o jogo <strong>de</strong>cisivo.No parque das Lagoas, na Ortigosa,“os cinco <strong>de</strong> sempre”, JoséCarvalho, Nuno Violante, AndréSousa, Micael Rodrigues e WilsonEchevarria berram a plenospulmões mais um cântico da Frente<strong>Leiria</strong>. “Dormi uma hora e acor<strong>de</strong>icom um tocha <strong>de</strong> fumo <strong>de</strong>ntroda tenda”, ri-se ‘Zé do Bazar’. “Foigiríssimo. Mais <strong>de</strong> cem pessoaspassaram por lá e os dirigentes levaramgra<strong>de</strong>s <strong>de</strong> minis. Claro quenão sobrou nada...” Ainda assim,aparececeram todos no campo <strong>de</strong>futebol em gran<strong>de</strong> forma...O jogo foi <strong>de</strong> sofrimento. AUnião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> mostrou-se ansiosae o Santo Amaro marcouum gran<strong>de</strong> golo. A reviravolta láfoi conseguida nos últimos minutose a festa não teve <strong>de</strong> seradiada por uma semana. “Sofrimuito”, admite o sócio n.º 564.“Quando o Santo Amaro marcoufoi o sofrimento total, mas sabiaque mais cedo ou mais tar<strong>de</strong> podíamosganhar. E conseguimos!”No final, as lágrimas rolaram.‘Zé do Bazar’ e Luís Bilro: o primeiro anima as hostes, o segundo dá a tácticaUma vida <strong>de</strong> aventurasOs Carapaus do Lis e os lençóis em CoimbraA história do amor <strong>de</strong> JoséCarvalho pelo símbolo do casteloremonta ao momento em quenasceu. O avô inscreveu-o logocomo sócio. “Corri o País com elesempre atrás da União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”,recorda. Por volta dos 18 anoscriou com dois amigos a primeiraclaque “não oficial” da União <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, os Carapaus do Lis. Já comos Ultra Fantasmas, passou emCoimbra um momento “muitocomplicado”. “Fomos um diaantes, para a Queima das Fitas e<strong>de</strong>pois levámos do hotel tudo oque era branco, fossem toalhasou lençóis. A Académica tinhalevado 4-1 do Freamun<strong>de</strong> nofim-<strong>de</strong>-semana anterior eescrevemos 'ObrigadoFreamun<strong>de</strong>' nos lençóis. Foi aíque nasceu a guerra com aAcadémica.”“Força <strong>Leiria</strong>, a vitória seránossa, Fente <strong>Leiria</strong> sempre doteu lado, vem para aqui festejar,vem à Frente <strong>de</strong>dicar, mais umavitória da nossa União!' Os anos<strong>de</strong> “maluqueira” passaram e hojequer é fair play. José Carvalho éresponsável <strong>de</strong> turno numafábrica <strong>de</strong> pintura e metalização<strong>de</strong> plásticos, na Ponte da Pedra.“Estou sempre a cantar asmúsicas da União. O pessoalpassa-se comigo, mas já leveialguns colegas aos jogos.”Ao longo <strong>de</strong>stes anos foirecebendo inúmeras recordaçõesdos atletas que com ele sempretiveram uma relação estreita,mas com pouco ficou. “Nãotenho nada”, lamenta. “Opessoal parte-me a cabeça porisso. Podia ter 50 camisolas e 30cachecóis, mas dou tudo, porquecada coisa que dou é mais uma<strong>de</strong>pto da União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> quenasce. E porque dou ainda commais gosto do que recebo.”“Emocionei-me bastante”, admite.No final, o champanhe correu.“Os jogadores foram buscar-me elevaram-me para o banho. Sãomomentos que não se esquecem,mas que até acabam por ser naturaisquando todos somos umafamília”, salienta José Carvalho.“É mais uma amiza<strong>de</strong> do que umarelação <strong>de</strong> claque. Nunca vamospara um jogo a pensar que vamospartir aquilo tudo. Bem pelo contrário,vamos é para fazer a festa.Os jogadores sabem que estamoscom eles em todo o lado e é paranós que trabalham.”Zé do Bazar dá o exemplo do capitãoMarco Aurélio para ilustrara intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta relação. “Nofinal dos jogos faz questão <strong>de</strong> ir tercom a claque à a<strong>de</strong>ga Lagoa”. “Amulher do Vítor Maranhão fez-meum bolo <strong>de</strong> chocolate”, acrescenta,orgulhoso.É, pois, neste ambiente familiarque a União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> ”renasce”.“Esta época foi brilhante, mascomplicada. Jogadores, equipaRICARDO GRAÇAtécnica e direcção têm feito tudoo que está ao alcance <strong>de</strong>les. Ouçoalgumas conversas e sei que temsido difícil para todos, inclusivamentedirectores a entrarem comdinheiro do bolso <strong>de</strong>les. Têm sidoinexcedíveis”, diz José Carvalho.“O melhor que aconteceu foi aUnião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> começar dos distritais,porque vai trazer muitomais gente e aqueles a<strong>de</strong>ptos on<strong>de</strong>nós temos ido – que têm ficado todosnossos amigos – são nossosprováveis a<strong>de</strong>ptos.”É precisamente este lado familiardo futebol que Zé do Bazarquer ver entre os a<strong>de</strong>ptos daUnião. “Lembro-me <strong>de</strong> ir a Penichecom o meu avô. Íamos <strong>de</strong> manhãzinha,almoçávamos e <strong>de</strong>poisíamos ver o jogo.” E se o entusiasmocontinuar, o clube vai regressaraos patamares mais altos. “Pelasminhas contas é possível chegarà 1.ª Liga em 7 anos. Para o anosobe-se, no outro sobe-se outravez, e <strong>de</strong>pois é que vamos andaruns anitos até conseguir subir àprimeira.” Será?


Desporto<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 31Equipa do concelho <strong>de</strong> Pombal fez a festa ao mesmo tempo que a União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Quem ganha assim não tem “vaca”,tem alma. Honra à Moita do BoiFutebolJosé Dinisé o novotécnico do Petro<strong>de</strong> LuandaMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.ptNo final esqueceram-se as caneladas. Era hora <strong>de</strong> festaO número52golos marcados leva aAssociação <strong>de</strong> Moita do Boi nos16 jogos do campeonatos querealizou1A presença na Divisão <strong>de</strong> Honradistrital na próxima temporadaserá a primeira da equipa dafreguesia do LouriçalMARCELO BRITES❚ A União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> ostenta 15 vitóriase um empate nos 16 jogosque fez esta temporada para a zonaSul do último escalão do futeboldistrital. Gran<strong>de</strong> feito, é bem verda<strong>de</strong>,mas, a Norte, houve umaequipa que lhe seguiu as pisadas.Tem exactamente o mesmo registoe festejou também no domingoa promoção à Divisão <strong>de</strong> Honradistrital. Chama-se Associação <strong>de</strong>Promoção Social, Desportiva, Recreativae Cultural da pequena localida<strong>de</strong><strong>de</strong> Moita do Boi, freguesiado Louriçal e concelho <strong>de</strong> Pombal,surpreen<strong>de</strong>u tudo e todos, e conseguiuo que para muitos, até <strong>de</strong>ntrodo clube, era inimaginável.Sorte? Nada disso. Na Mota doBoi, conseguiu-se tal feito com“muito trabalho”. “Mesmo nosdias do temporal nunca parámos”,salienta José Marques, o treinador.“A direcção colocou um geradorpara que fosse possível continuara trabalhar e isso foi muito importante.Mostrou aos jogadores <strong>de</strong>que tínhamos <strong>de</strong> continuar a jogar.”Atletas que fazem um “esforçoenorme” para po<strong>de</strong>r treinar. “Háquatro que saem do treino às 21:30horas porque têm um barco à esperapara irem para o alto-marpescar e outros que trabalham porturnos e têm <strong>de</strong> andar a fazer trocas”,salienta o técnico. Mas, acima<strong>de</strong> tudo, na Moita do Boi existe“um gran<strong>de</strong> balneário”. “São todosamigos e muito amigos. É essa abase do sucesso. Sempre acreditámosque podíamos vencer. E conseguimo-lo.”Esta subida <strong>de</strong> divisão não eraalgo que estivesse previsto <strong>de</strong>s<strong>de</strong> oinício da temporada, mas a verda<strong>de</strong>é que a equipa queria andar notop. “A direcção pediu uma temporadapelo menos igual à anterior(3.º). O candidato assumido era oAnsião, mas trabalhámos bem e fomosconseguindo alcançar bonsresultados. O director <strong>de</strong>sportivoMarco Gomes fez tudo para quenada nos faltasse, os jogadores estavammotivados e trabalharamcom humilda<strong>de</strong>”, salienta o técnicoJosé Marques, na primeira temporadaà frente da equipa que,pela primeira vez no historial, colocao nome do Moita do Boi notopo do futebol distrital.Para a próxima época é que vãoser elas. É que edição 2013/4 da Divisão<strong>de</strong> Honra promete gran<strong>de</strong>espectáculo. É que além da União<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, irão estar presentes históricosdo distrito como o Marinhense,o Beneditense, o Ginásio<strong>de</strong> Alcobaça ou o Peniche, fruto daextinção da 3.ª Divisão, aos quaisainda se po<strong>de</strong>rão juntar o Caldas SCe o Sporting <strong>de</strong> Pombal. No meiodaquele que po<strong>de</strong>rá ser o melhorcampeonato distrital <strong>de</strong> sempre,po<strong>de</strong>rá salvar-se o Moita do Boi <strong>de</strong>um lugar no fundo da tabela? JoséMarques acredita que sim. “Moitado Boi é uma pequena al<strong>de</strong>ia, mastem a alma maior do que o coração.As infra-estruturas são muito boas,as pessoas adoram o clube e nãoparam <strong>de</strong> trabalhar. Se for possívelmanter a espinha dorsal e juntartrês ou quatro atletas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,po<strong>de</strong>remos fazer um campeonatotranquilo. Não há dinheiro, mas jogaremoscom as nossas armas.”❚ O novo treinador da equipa angolana<strong>de</strong> futebol do Petro <strong>de</strong>Luanda é José Dinis, que começahoje, quinta-feira, a trabalhar,avança a agência <strong>de</strong> notícias AngolaPress.O técnico <strong>de</strong> Vieira <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong> 57 anos substitui o angolanoMiller Gomes que <strong>de</strong>ixou aequipa na terceira posição do Girabolacom 13 pontos, competiçãoque é li<strong>de</strong>rada pelo Kabuscorp doPalanca com 19.Esta será a terceira experiência<strong>de</strong> José Dinis no futebol angolano,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter estado no ASA - AtléticoSport Aviação entre 2010 e2012, clube on<strong>de</strong> conquistou umaTaça e uma Supertaça. No início<strong>de</strong>ste ano teve uma passagem curtapelo bi-campeão Recreativo doLibolo que não terminou da melhorforma, pois nem sequer chegandoa terminar o estágio por terras <strong>de</strong>Portugal.Agora segue-se a experiência nomais titulado clube <strong>de</strong> Angola, o Petro<strong>de</strong> Luanda. “A vida <strong>de</strong> treinadoré difícil, nem todos temos a mesmasorte. Hoje vim para o Petro <strong>de</strong>Luanda e sei o que me espera aolongo da temporada só tenho éque trabalhar para vencer”, disseJosé Dinis à imprensa angolana.“Vamos pensar sempre positivonos jogos do campeonato e da Taça<strong>de</strong> Angola porque a nossa meta évencer as duas competições”, completou.O novo responsável tricolor abraçoua profissão há mais <strong>de</strong> 20 anos,tendo em Portugal orientado apenasclubes do segundo escalão,como o Olhanense, União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,União <strong>de</strong> Tomar, Peniche, Lusitânia,União <strong>de</strong> Lamas, Feirense,Varzim e Covilhã. Como futebolista,representou clubes como oSporting, Olhanense, União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,Espinho e Portimonense, e foiinternacional jovem por Portugal.Orientação Mais umavitória colectivapara o COCKickboxing WarriorsClash no ImpérioMarinhenseConvenção SchoolFitness realiza-sesábado em AmorTrail Inscriçõespara o SunsetSão Pedro <strong>de</strong> MoelDecorreu este fim-<strong>de</strong>-semana, emGouveia e no Vale do Rossim, aprimeira manga do CampeonatoIbérico <strong>de</strong> Orientação Pe<strong>de</strong>stre,evento também incluído na Taça <strong>de</strong>Portugal. Na classificação porequipas, o Clube <strong>de</strong> Orientação doCentro (COC), <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, subiu pela11.ª vez esta temporada ao lugarmais alto do pódio. Individualmente, o <strong>de</strong>staque vai para osprimeiros lugares <strong>de</strong> Anabela Vieito(D40) e Luísa Mateus (D45).A salão nobre do Sport ImpérioMarinhense, na Marinha Gran<strong>de</strong>,recebe a partir das 17 horas <strong>de</strong>domingo a Warriors Clash, a primeiragala internacional <strong>de</strong> muay-thai e kickboxing. Serão 13 combates, estando prevista a presença<strong>de</strong> alguns dos melhores atletas emPortugal. A cereja no topo do boloserão os três últimos combates danoite, no qual três atletas daMarinha Gran<strong>de</strong> se irão estrear anível profissional frente a espanhóis.A sétima edição da convençãoSchool Fitness realiza-se já nopróximo sábado, no Colégio Dinis <strong>de</strong>Melo, em Amor, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Com um cartaz diversificado, todosos interessados em participarpo<strong>de</strong>rão entrar em contacto comdiferentes áreas do mundo dofitness e da dança, como aaerodance, ritmos africanos, zumbafitness, sevilhanas ou flamenco. Asinformações estão disponíveis emwww.schoolfitness.org.Abrem na sexta-feira, às 20 horas, asinscrições para o Sunset Trail SãoPedro <strong>de</strong> Moel, prova <strong>de</strong> trailprevista para o dia 13 <strong>de</strong> Julho emSão Pedro <strong>de</strong> Moel e organizadapelos Offtel Runners/JV. Reservadaa 200 atletas na corrida (21kms) e300 caminheiros (10kms), <strong>de</strong>correráno coração da mata nacional eterminará no leito <strong>de</strong> um ribeiroque, <strong>de</strong>sagua na praia.Mais informações emwww.offtelrunners.pt/trail.


32 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013DesportoHóquei em patins1.ª DivisãoResultadosFísica T. Vedras-Sporting 4-2Gulpilhares-HA Cambra 2-8HC Braga-FC Porto 1-7HC Turquel-Oliveirense 3-5Óquei Barcelos-Ac. Espinho 10-3Paço Arcos-Benfica 2-2Tigres Almeirim-Can<strong>de</strong>lária 3-3Valongo-Os Limianos 8-5ClassificaçãoP J V E D GFC Porto 67 25 22 1 2 200-71Benfica 66 25 21 3 1 186-74Oliveirense 59 25 19 2 4 167-90Valongo 51 25 16 3 6 128-76Paço Arcos 49 25 15 4 6 106-77Can<strong>de</strong>lária 46 25 14 4 7 138-74HC Turquel 40 25 12 4 9 106-102Física T. Vedras 36 25 12 0 13 95-100Óquei Barcelos 32 25 10 2 13 99-93HC Braga 29 25 9 2 14 87-128HA Cambra 26 25 8 2 15 91-121Tigres Almeirim 23 25 7 2 16 96-160Sporting 22 25 6 4 15 82-117Ac. Espinho 15 25 4 3 18 79-150Os Limianos 11 25 3 2 20 85-168Gulpilhares 9 25 3 0 22 70-214Próxima jornada 27 <strong>de</strong> AbrilAc. Espinho-Gulpilhares, Can<strong>de</strong>lária-HC Turquel, FCPorto-Tigres Almeirim, HA Cambra-Física T. Vedras,Os Limianos-Óquei Barcelos, Oliveirense-Benfica,Sporting-HC Braga, Valongo-Paço Arcos2.ª Divisão – Zona SulResultadosAc. Coimbra-Grândola 2-3AD Oeiras-Sporting Tomar 4-6Alcobacense-Santa Cita 6-5Alenquer Benfica-GD Sesimbra 8-7Biblioteca IR-Nafarros 6-1HC Sintra-Campo Ourique 10-1HC Vasco Gama-Juv. Salesiana 3-7Entroncamento-HC Mealhada 4-5ClassificaçãoP J V E D GSporting Tomar 63 24 20 3 1 129-73HC Mealhada 59 24 19 2 3 114-57Alenquer Benfica 52 24 16 4 4 136-79Grândola 46 24 15 1 8 105-87Campo Ourique 42 24 13 3 8 92-77Alcobacense 42 23 13 3 7 113-103HC Sintra 42 24 13 3 8 118-89AD Oeiras 38 24 12 2 10 102-96Biblioteca IR 36 24 10 6 8 96-93Juv. Salesiana 34 24 10 4 10 100-96Santa Cita 29 24 8 5 11 94-92Entroncamento 20 24 6 2 16 99-134GD Sesimbra 18 23 5 3 15 87-106HC Vasco Gama 12 24 3 3 18 68-145Ac. Coimbra 11 24 3 2 19 70-118Nafarros 5 24 1 2 21 67-145Próxima jornada 27 <strong>de</strong> AbrilCampo Ourique-Ac. Coimbra, GD Sesimbra-HCVasco Gama, Grândola-AD Oeiras, HC Mealhada-Alcobacense,Juv. Salesiana-HC Sintra, Nafarros-Entroncamento,Santa Cita-Alenquer Benfica, SportingTomar-Biblioteca IRNacional feminino – Fase finalResultadosBenfica-Gulpilhares 12-3Carvalhos-Ac. Coimbra 3-6Os Lobinhos-Sanjoanense 6-3Vila Boa Bispo-HC Turquel 1-4ClassificaçãoP J V E D GHC Turquel 6 2 2 0 0 6-2Benfica 5 2 1 1 0 14-5Ac. Coimbra 5 2 1 1 0 8-5Os Lobinhos 4 2 1 0 1 7-5Carvalhos 4 2 1 0 1 8-10Vila Boa Bispo 4 2 1 0 1 4-6Sanjoanense 2 2 0 0 2 7-11Gulpilhares 2 2 0 0 2 5-15Próxima jornadaSanjoanense-HC Turquel (20 Abr.), Ac. Coimbra-OsLobinhos, Gulpilhares-Carvalhos, Vila Boa Bispo-BenficaVoleibol1.ª Divisão – Série dos últimosResultadosSporting Caldas-Marítimo 3-1Clube K-Marítimo 3-1Sp. Caldas-Académica Espinho 3-1ClassificaçãoP J V D GSporting Caldas 32 9 9 0 27-6Vilacon<strong>de</strong>nse 25 9 6 3 21-10Clube K 19 9 6 3 19-16Académica Espinho 16 9 4 5 17-18Marítimo 5 9 1 8 7-25Leixões 4 9 1 8 8-24Última jornadaLeixões-Sporting Caldas, Marítimo-Académica Espinho(20 Abr.), Clube K-Vilacon<strong>de</strong>nse (21 Abr.)BasquetebolDivisão CNB2 – Fase zonal NorteResultadosGD André Soares-CAD Coimbra 62-61Sp. Marinhense-Ac. Porto 49-68CN Abrantes-ACER Ton<strong>de</strong>la 77-59Dragon Force-CB Viana 90-71ClassificaçãoP J V D GDragon Force 4 2 2 0 162-125AD Coimbra 3 2 1 1 130-120CN Abrantes 3 2 1 1 135-128CB Viana 3 2 1 1 150-149Ac. Porto 3 2 1 1 122-121Sp. Marinhense 3 2 1 1 116-127GD André Soares 3 2 1 1 121-140ACER Ton<strong>de</strong>la 2 2 0 2 118-144Última jornadaGD André Soares-CAD Coimbra, Sp. Marinhense-Académico Porto (13 Abr.), CN Abrantes-ACER Ton<strong>de</strong>la,Dragon Force-CB Viana (14 Abr.)An<strong>de</strong>bol2.ª Divisão – Fase finalResultadosBenavente-ISMAI 27-25Passos Manuel-Gin. Santo Tirso 31-29São Bernardo-AC Sismaria 25-25ClassificaçãoP J V E D GPassos Manuel 6 2 2 0 0 56-48Gin. Santo Tirso 4 2 1 0 1 54-51ISMAI 4 2 1 0 1 52-53Benavente 4 2 1 0 1 46-50São Bernardo 3 2 0 1 1 51-52AC Sismaria 3 2 0 1 1 45-50Próxima jornada 20 <strong>de</strong> AbrilAC Sismaria-Benavente, Gin. Santo Tirso-São Bernardo,ISMAI-Passos Manuel3.ª Divisão – 2.ª fase – Zona NorteResultadosACD Monte-FC Gaia 27-35Fermentões-Salgueiros 28-27Juventu<strong>de</strong> Lis-Batalha AC 25-21SIR 1.º Maio-Sanjoanense 21-25ClassificaçãoP J V E D GSanjoanense 10 4 3 0 1 104-95Fermentões 10 4 3 0 1 110-102FC Gaia 10 4 3 0 1 124-117Salgueiros 9 4 2 1 1 120-109Juventu<strong>de</strong> Lis 9 4 2 1 1 100-100ACD Monte 7 4 1 1 2 102-110SIR 1.º Maio 5 4 0 1 3 96-108Batalha AC 4 4 0 0 4 95-110Próxima jornada 20 <strong>de</strong> AbrilBatalha AC-Fermentões, FC Gaia-Juventu<strong>de</strong> Lis, Salgueiros-SIR1.º Maio, Sanjoanense-ACD Monte1.ª Divisão feminina – Quartos-<strong>de</strong>-finalResultadosCol. João Barros-Sports Ma<strong>de</strong>ira 33-29Juventu<strong>de</strong> Lis-JAC Alcanena 12-21Juventu<strong>de</strong> Lis-JAC Alcanena 27-25Meias-finais (1.º jogo) 20 <strong>de</strong> AbrilAlavarium-Juventu<strong>de</strong> LisCol. João Barros - Ma<strong>de</strong>ira SADFutsal2.ª Divisão – Série AResultadosCovão Lobo-Vale Cambra 6-5CRECOR-Lameirinhas 7-2CS São João-Boavista 1-3Desportivo Aves-Tabuaço 3-5Mace<strong>de</strong>nse-Cohaemato 2-2Pare<strong>de</strong>s-ADR Mata 2-2Póvoa Futsal-Viseu 2001 4-6ClassificaçãoP J V E D GBoavista 50 22 16 2 4 89-50Viseu 2001 37 22 11 4 7 69-52Póvoa Futsal 36 22 11 3 8 75-62Lameirinhas 36 22 11 3 8 84-86Vale Cambra 35 22 11 2 9 95-75CRECOR 35 22 10 5 7 83-72Cohaemato 34 22 10 4 8 61-58Covão Lobo 34 22 10 4 8 85-81Tabuaço 34 22 10 4 8 99-88Pare<strong>de</strong>s 32 22 9 5 8 64-68CS São João 24 22 7 3 12 76-89ADR Mata 22 22 6 4 12 66-78Desportivo Aves 21 22 6 3 13 53-71Mace<strong>de</strong>nse 7 22 1 4 17 73-142Próxima jornada 20 <strong>de</strong> AbrilADR Mata-Mace<strong>de</strong>nse, Boavista-Póvoa Futsal, Cohaemato-CSSão João, Lameirinhas-Covão Lobo, Tabuaço-Pare<strong>de</strong>s,Vale Cambra-Desportivo Aves, Viseu2001-CRECOR2.ª Divisão – Série BResultadosAlbufeira Futsal-Amarense 9-5Os Torpedos-Matraquilhos FC 7-0Portela-Belenenses 4-5Quinta Lombos-AMSAC 4-6Rangel-Os Vinhais 2-10Sportivo Loures-UP Venda Nova 1-3Vila Ver<strong>de</strong>-Burinhosa 2-2ClassificaçãoP J V E D GBelenenses 45 22 14 3 5 112-75Burinhosa 41 22 13 2 7 87-66AMSAC 40 22 12 4 6 101-83Vila Ver<strong>de</strong> 37 22 11 4 7 98-76Sportivo Loures 37 22 12 1 9 108-91Portela 36 22 11 3 8 92-84Quinta Lombos 35 22 11 2 9 76-73Albufeira Futsal 33 22 10 3 9 97-100Amarense 33 22 9 6 7 75-81Os Vinhais 32 22 9 5 8 81-69UP Venda Nova 28 22 8 4 10 63-67Os Torpedos 17 22 5 2 15 67-92Rangel 14 22 4 2 16 81-120Matraquilhos FC 12 22 3 3 16 49-110Próxima jornada 20 <strong>de</strong> AbrilAmarense-Quinta Lombos, AMSAC-Os Torpedos,Belenenses-Os Vinhais, Burinhosa-Portela, MatraquilhosFC-Sportivo Loures, Rangel-Albufeira Futsal, UPVenda Nova-Vila Ver<strong>de</strong>3.ª Divisão – Série CResultadosABC Nelas-Alha<strong>de</strong>nse 2-3Caldas SC-Eléctrico P. Sôr 2-5CD Fátima-Achete 2-3Mendiga-Ribeira Fra<strong>de</strong>s 5-3Miranda Corvo-Casal Velho 3-4Olho Marinho-MTBA 5-2Pro<strong>de</strong>co Covões-Boa Esperança 1-6ClassificaçãoP J V E D GMendiga 48 22 15 3 4 104-78Alha<strong>de</strong>nse 47 22 14 5 3 76-51Eléctrico P. Sôr 46 22 14 4 4 92-74Boa Esperança 41 22 12 5 5 82-59ABC Nelas 39 22 11 6 5 91-59MTBA 31 22 9 4 9 66-56Pro<strong>de</strong>co Covões 31 22 9 4 9 80-73Olho Marinho 28 22 8 4 10 65-76Achete 27 22 7 6 9 83-86Caldas SC 26 22 8 2 12 76-87CD Fátima 26 22 8 2 12 77-92Miranda Corvo 20 22 6 2 14 54-86Casal Velho 18 22 5 3 14 50-77Ribeira Fra<strong>de</strong>s 7 22 1 4 17 56-98Próxima jornada 20 <strong>de</strong> AbrilAchete-ABC Nelas, Alha<strong>de</strong>nse-Caldas SC, BoaEsperança-CD Fátima, Casal Velho-Olho Marinho,Eléctrico P. Sôr-Mendiga, MTBA-Pro<strong>de</strong>coCovões, Ribeira Fra<strong>de</strong>s-Miranda CorvoKitó Ferreira, técnico da BurinhosaDivisão <strong>de</strong> Honra – AF <strong>Leiria</strong>ResultadosAc. Caranguejeira-Santiago Guarda 1-0ACR Arnal-GD Landal 3-3Ext. Benedita-Igreja Velha 3-2GARECU Santiais-CB Caldas Rainha 5-4HC Turquel-Portomosense 4-5São Bento/Arrabal-CPR Pocariça 2-2ClassificaçãoP J V E D GSão Bento/Arrabal 45 19 14 3 2 76-48ACR Arnal 38 19 12 2 5 64-52Ac. Caranguejeira 37 19 12 1 6 93-71GARECU Santiais 33 19 10 3 6 67-66CPR Pocariça 28 19 8 4 7 63-59Santiago Guarda 27 19 8 3 8 84-60Ext. Benedita 26 19 8 2 9 55-59GD Landal 24 19 7 3 9 55-52Portomosense 21 19 6 3 10 52-72Igreja Velha 20 19 6 2 11 43-56HC Turquel 16 19 5 1 13 54-89CB Caldas Rainha 13 19 4 1 14 55-77Próxima jornadaCPR Pocariça-HC Turquel (19 Abr.), CB Caldas Rainha-SãoBento/Arrabal, Ext. Benedita-SantiagoGuarda, GARECU Santiais-Ac. Caranguejeira, GD Landal-IgrejaVelha, Portomosense-ACR Arnal (20 Abr.)Taça Nacional feminina – Série DResultadosAss. Louriçal-CB Belmonte 7-0ClassificaçãoP J V E D GAss. Louriçal 9 3 3 0 0 16-3Ourentã 3 2 1 0 1 6-7CB Belmonte 0 3 0 0 3 3-15Próxima jornada 20 <strong>de</strong> AbrilCB Belmonte-OurentãTaça Nacional feminina – Série EResultadosSerpinense-Golpilheira 0-10ClassificaçãoP J V E D GGolpilheira 9 3 3 0 0 17-3Serpinense 3 3 1 0 2 3-14CD Fátima 0 2 0 0 2 3-6Próxima jornada 20 <strong>de</strong> AbrilCD Fátima-GolpilheiraJAC AlcanenaFutebol2.ª Divisão – Zona SulResultados1.º Dezembro-CD Fátima 0-0Carregado-Sertanense 0-1Farense-Casa Pia 1-0Mafra-Oriental 2-0Oeiras-União <strong>Leiria</strong> SAD 2-1Pinhalnovense-Futebol Benfica 2-0Quarteirense-Louletano 3-0Torreense-Ribeira Brava 1-0ClassificaçãoP J V E D GMafra 60 28 18 6 4 51-24Farense 59 28 17 8 3 34-19Torreense 50 28 15 5 8 36-28Sertanense 48 28 14 6 8 42-28Oriental 48 28 15 3 10 55-33União <strong>Leiria</strong> SAD 45 28 13 6 9 35-291.º Dezembro 44 28 11 11 6 28-23CD Fátima 39 28 12 3 13 32-28Casa Pia 39 28 9 12 7 29-22Pinhalnovense 34 28 9 7 12 30-36Louletano 32 28 8 8 12 24-34Quarteirense 30 28 6 12 10 25-34Futebol Benfica 27 28 7 6 15 31-52Carregado 23 28 5 8 15 32-49Oeiras 21 28 4 9 15 22-39Ribeira Brava 16 28 4 4 20 26-54Próxima jornada 21 <strong>de</strong> AbrilCasa Pia-Quarteirense, CD Fátima-Mafra, FutebolBenfica-Oeiras, Louletano-Carregado, Pinhalnovense-Oriental,Ribeira Brava-Farense, Sertanense-1.ºDezembro, União <strong>Leiria</strong> SAD-Torreense3.ª Divisão – Série D – Fase <strong>de</strong> subidaResultadosAlcanenense-Sourense 1-2Sporting Pombal-Oliveira Hospital 1-1Vitória Sernache-Caldas SC 1-0ClassificaçãoP J V E D GSourense 31 3 3 0 0 6-2Oliveira Hospital 25 3 1 1 1 4-5Alcanenense 23 3 2 0 1 5-4Vitória Sernache 23 3 2 0 1 3-2Caldas SC 23 3 0 0 3 2-5Sporting Pombal 20 3 0 1 2 1-3Próxima jornada 21 <strong>de</strong> AbrilAlcanenense-Oliveira Hospital, Caldas SC-SportingPombal, Sourense-Vitória SernacheDivisão <strong>de</strong> Honra – AF <strong>Leiria</strong>ResultadosAvelarense-<strong>Leiria</strong> e Marrazes 3-3Bombarralense-Nazarenos 0-9Meirinhas-Atouguiense 3-2Pataiense-Guiense 1-2Pelariga-GRAP 1-0Portomosense-Vieirense 1-1Pousaflores-Figueiró Vinhos 3-0Lisboa e Marinha-Alvaiázere 4-1ClassificaçãoP J V E D G<strong>Leiria</strong> e Marrazes 54 25 16 6 3 59-26Portomosense 52 25 16 4 5 51-22GRAP 47 25 14 5 6 48-23Guiense 46 25 13 7 5 51-26Pelariga 45 25 13 6 6 50-40Pousaflores 39 25 12 3 10 37-31Figueiró Vinhos 39 25 11 6 8 42-26Nazarenos 37 25 11 4 10 46-33Meirinhas 37 25 10 7 8 37-32Pataiense 35 25 9 8 8 45-41Vieirense 34 25 9 7 9 28-35Atouguiense 30 25 9 3 13 48-51Lisboa e Marinha 25 25 7 4 14 31-54Avelarense 15 25 4 3 18 25-64Alvaiázere 12 25 3 3 19 15-58Bombarralense 12 25 2 6 17 17-68Próxima jornada 21 <strong>de</strong> AbrilAlvaiázere-Portomosense, Atouguiense-Pousaflores,Figueiró Vinhos-Pataiense, GRAP-Meirinhas,Guiense-<strong>Leiria</strong> e Marrazes, Nazarenos-Pelariga, Lisboae Marinha-Avelarense, Vieirense-Bombarralense1.ª Divisão AF <strong>Leiria</strong> – Zona NorteResultadosAD Ranha-Caseirinhos 0-1Alegre e Unido-Moita Boi 0-1ARCUDA-Motor Clube 1-0CC Ansião-GD Ilha 3-0UDRC Mata Mourisca-R. Pedroguense 3-0ClassificaçãoP J V E D GMoita Boi 46 16 15 1 0 52-9CC Ansião 37 16 11 4 1 45-16Motor Clube 27 16 8 3 5 31-24ARCUDA 26 16 8 2 6 26-26Mata Mourisca 23 16 6 5 5 27-23AD Ranha 18 16 5 3 8 25-32Alegre e Unido 17 16 5 2 9 19-25GD Ilha 14 16 4 2 10 20-34R. Pedroguense 12 16 3 3 10 19-28Caseirinhos 7 16 2 1 13 14-61Próxima jornada 21 <strong>de</strong> AbrilCaseirinhos-ARCUDA, UDRC Mata Mourisca-ADRanha, Moita Boi-CC Ansião, Motor Clube-Alegre eUnido, R. Pedroguense-GD Ilha1.ª Divisão AF <strong>Leiria</strong> – Zona SulResultadosAlfeizerense-Outeirense 1-4Alqueidão Serra-Os Vidreiros 5-0GDR Boavista-Nadadouro 3-0Maceirinha-GDRC Unidos 2-1Santo Amaro-União <strong>Leiria</strong> 1-2ClassificaçãoP J V E D GUnião <strong>Leiria</strong> 46 16 15 1 0 61-6Alqueidão Serra 38 16 12 2 2 39-19Outeirense 31 16 9 4 3 32-12GDRC Unidos 31 16 10 1 5 37-22Maceirinha 24 16 8 0 8 26-32GDR Boavista 22 16 6 4 6 20-23Santo Amaro 17 16 5 2 9 28-30Os Vidreiros 12 16 3 3 10 13-41Nadadouro 9 16 2 3 11 20-39Alfeizerense 0 16 0 0 16 7-59Próxima jornada 21 <strong>de</strong> AbrilGDRC Unidos-Outeirense, Maceirinha-GDR Boavista,Nadadouro-Alqueidão Serra, Os Vidreiros-Santo Amaro, União <strong>Leiria</strong>-Alfeizerense1.ª Divisão feminina – Apuramento <strong>de</strong>campeãoResultados1.º Dezembro-Clube Albergaria 0-0Atlético Ouriense-Vilaver<strong>de</strong>nse 4-1ClassificaçãoP J V E D GAtlético Ouriense 28 3 2 1 0 8-4Clube Albergaria 24 3 1 1 1 4-41.º Dezembro 23 3 0 3 0 2-2Vilaver<strong>de</strong>nse 17 3 0 1 2 3-7Próxima jornada 21 <strong>de</strong> Abril1.º Dezembro-Atlético Ouriense, Clube Albergaria-Vilaver<strong>de</strong>nse


Desporto<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 33Novo clube quer dinamizar a especialida<strong>de</strong><strong>Leiria</strong> Marcha Atlética Clubee o amor à regra 230Miguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ <strong>Leiria</strong> já é uma potência do atletismonacional. A Juventu<strong>de</strong> Vidigalense,sobretudo, é uma referênciapelo trabalho que realiza.Fará, então, sentido nascer outroclube da modalida<strong>de</strong> no concelho?Faz. O <strong>Leiria</strong> Marcha AtléticaClube (LMAC), fundado a 27 <strong>de</strong>Dezembro <strong>de</strong> 2012, quer ocuparum nicho que tem sido menos explorado.É a regra 230 que <strong>de</strong>fine a marchaatlética: uma forma <strong>de</strong> progressãopor passos na qual o marchadorestabelece contacto com oFutebolJogadores da SADda União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>ameaçaram comgreve mas jogaramA 9 <strong>de</strong> JunhoClube organiza10 km <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>O LMAC quer afirmar-se tambémna organização <strong>de</strong> eventos e vaiiniciar-se a 9 <strong>de</strong> Junho com umaprova <strong>de</strong> fundo, os 10 km <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,evento integrado no CircuitoNacional <strong>de</strong> Estrada e apoiado peloJORNAL DE LEIRIA. Fazem aindaparte do conjunto <strong>de</strong> eventosdaquele dia os 5 km <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, acaminhada do Rio Lis e a Prova<strong>Leiria</strong> Jovem, <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2 km. Aspartidas e chegadas serão naAvenida Bernardo Pimenta.solo <strong>de</strong> tal forma que não seja visívelqualquer perda <strong>de</strong> contacto.A perna que avança terá <strong>de</strong> estarestendida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento emque entra em contacto com o soloà frente até à passagem pela posiçãovertical. Para que este movimentoem progressão seja possível,há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma pequenatorção do quadril, o queleva a um certo rebolar.É o director técnico regional <strong>de</strong>atletismo e técnico nacional <strong>de</strong>marcha atlética o principal responsávelpela difusão da disciplinana região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. “É umadisciplina estranha, com poucaa<strong>de</strong>são e alguma resistência social”,admite Carlos Carmino quetambém estará ligado ao clube,cujo presi<strong>de</strong>nte será Rui Andra<strong>de</strong>.Mas como o que interessa é que osatletas gostem...O <strong>Leiria</strong> Marcha Atlética Clubetem actualmente <strong>de</strong>z atletas, com<strong>de</strong>staque para Daniela Cardoso,quesomou já três títulos <strong>de</strong>campeã nacional <strong>de</strong> marcha nopresente ano. No entanto, “estenúmero <strong>de</strong>verá aumentar <strong>de</strong> umaforma responsável, tendo comolocal privilegiado <strong>de</strong> captação asescolas da freguesia da Caranguejeira”,localida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> estáinstalada a se<strong>de</strong> do novo emblema.Alguém quer marchar?RICARDO GRAÇA/ARQUIVOFutsal Louriçale Golpilheira noCampeonato NacionalAs duas equipas do distrito <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> presentes na Taça Nacional<strong>de</strong> futsal feminino conquistaram, auma jornada do fim, o apuramentopara os oitavos-<strong>de</strong>-final dacompetição. Garantiram, ainda, oacesso directo ao CampeonatoNacional da modalida<strong>de</strong>, prova queirá disputar-se a partir da próximatemporada. Associação do Louriçale Golpilheira li<strong>de</strong>ram, respectivamente,os grupos E e F, somandovitórias nos jogos disputados.Voleibol Operáriotermina época semgarantir manutençãoO Sport Operário Marinhensedisputou no passado sábado, naMarinha Gran<strong>de</strong>, o jogo da últimajornada da 2.ª fase do CampeonatoNacional da 2.ª Divisão, per<strong>de</strong>ndocom o Ala Nun`Álvares, <strong>de</strong> Gondomar,por 2-3. Numa época difícil,com muitas <strong>de</strong>rrotas e em que oritmo <strong>de</strong> jogo e a envergadura dosadversários eram superiores, amanutenção não foi conseguida,mas ainda está em aberto, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntedos resultados obtidos porMarítimo e Leixões, da 1ª Divisão.❚ A 29 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2012, a União <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> SAD escreveu uma das páginasmais negras da história do futebolportuguês, ao alinhar apenascom oito atletas frente ao Feirense(0-4), <strong>de</strong>vido à rescisão contratualem massa dos atletas profissionaispor terem mais <strong>de</strong> dois meses <strong>de</strong>salários em atraso. Um ano <strong>de</strong>pois,a série esteve para ter nova sequela.Agora na 2.ª Divisão, os atletas daequipa da SAD ameaçaram não marcarpresença no jogo do passadodomingo, em Oeiras, por ainda nãoterem recebido Fevereiro e Março.No entanto, a situação acabou porser <strong>de</strong>sbloqueada e a equipa <strong>de</strong>Bizarro lá jogou e per<strong>de</strong>u (2-1) pelaquarta vez consecutiva.Depois <strong>de</strong> terem feito greve a umtreino, os jogadores acabaram porconseguir receber meta<strong>de</strong> do mês <strong>de</strong>Fevereiro. Segundo os regulamentosda Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa <strong>de</strong> Futebol(FPF), a socieda<strong>de</strong> anónima <strong>de</strong>sportivaestá numa situação frágil.Nas últimas três jornadas, a falta aum jogo teria como consequênciaseria a <strong>de</strong>spromoção imediata, comoprevê o ponto dois do artigo 46 doRegulamento <strong>de</strong> Disciplina da FPF.Domingo, a União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> SADjogará em casa com o Torreense esendo a penúltima jornada, as partidasterão <strong>de</strong> ser todos à mesmahora. Como os campos que habitualmenteutiliza – Pousos e Maceirinha– estão ocupados, o jogo seráem Pataias.Jogos europeus vão continuar a visitar o Centro Desportivo Juve LisAn<strong>de</strong>bol feminino do distrito com duas equipas na Europa em 2013/14“Na meia-final já se luta pelo título”❚ Primeiro ponto positivo: ColégioJoão <strong>de</strong> Barros e Juventu<strong>de</strong> do Lisapuraram-se para as meias-finaisda 1.ª Divisão <strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol feminino.Segundo ponto positivo: o distrito<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> voltará a ter, à semelhançado que se passou nas últimastemporadas, duas equipas nascompetições europeias.Em <strong>Leiria</strong>, o an<strong>de</strong>bol femininocontinua a ser rei. No passado fim<strong>de</strong>-semana,Colégio João <strong>de</strong> Barros,<strong>de</strong> Meirinhas, Pombal, e Juventu<strong>de</strong>do Lis, <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, ultrapassaramos adversários nos quartos-<strong>de</strong>finalda competição. Em Meirinhas,a equipa <strong>de</strong> Paulo Félix venceuo Sports Ma<strong>de</strong>ira por 33-29, já<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> na semana anterior terbatido no Funchal o seu adversário.Já a Juve per<strong>de</strong>u o jogo <strong>de</strong> sábadocom o JAC Alcanena por 12-21, mascomo tinha ganho no campo do adversário,tudo teve <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>cididono domingo. Num jogo cheio <strong>de</strong>emoção, o sete <strong>de</strong> André Afra venceu,após prolongamento, por 27-25.Nas meias-finais, cujo primeirojogo será este sábado, as equipas <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> começam por jogar em casa.Chegados a esta altura do campeonato,com a presença nas competiçõeseuropeias garantida, oobjectivo só po<strong>de</strong> ser um: lutarpelo título, mesmo que os adversáriossejam tidos como favoritos.“Quem chega a esta fase só po<strong>de</strong>lutar pelo título”, diz André Afra,que irá <strong>de</strong>frontar o vencedor dafase regular, o Alavarium. “Queremossurpreen<strong>de</strong>r”, garante PauloFélix, que irá jogar com o dominadordo an<strong>de</strong>bol feminino da últimadécada e meia, o Ma<strong>de</strong>ira SAD.Orientação Albergariados Doze recebeCampeonato IbéricoO Núcleo <strong>de</strong> Aventura e Desporto<strong>de</strong> Albergaria dos Doze (NADA),organiza nos dias 18 e 19 <strong>de</strong> Maio,em Pombal e Albergaria dos Doze, oCampeonato Ibérico <strong>de</strong> Orientaçãoem BTT. O evento será constituídopor três etapas, sendo que nosábado <strong>de</strong> manhã realiza-se a prova<strong>de</strong> distância média e durante amanhã <strong>de</strong> domingo irá <strong>de</strong>correr aprova <strong>de</strong> distância longa. Durante atar<strong>de</strong> <strong>de</strong> sábado realiza-se oNacional <strong>de</strong> Estafetas.AutomobilismoRallye Ver<strong>de</strong> Pino vaiamanhã para a estradaÉ já amanhã, sexta-feira, quearranca mais uma edição do RallyeVer<strong>de</strong> Pinco, organizado peloNúcleo <strong>de</strong> Desportos Motorizados<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Inicia-se pelas 15 horas,no Kartódromo Internacional <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, seguindo por Porto <strong>de</strong> Mós eAnsião, on<strong>de</strong> terminará a etapa. Nosábado irá realizar-se a especial <strong>de</strong>Ansião, seguindo a prova porFigueiró dos Vinhos e Penela, ,terminando às 22 horas, novamenteno Kartódromo <strong>de</strong> Milagres.


34 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013ViverDRA cultura comofactor <strong>de</strong>crescimentoregionalO exemplo <strong>de</strong> Guimarães A culturaé hoje um sistema urbano, a reclamardas autarquias um corpo técnico quevele pela qualida<strong>de</strong> e coerência dassuas programaçõesGraça Menitragraca.menitra@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Até aqui os autarcas preocupavam-se com a re<strong>de</strong> <strong>de</strong>abastecimento <strong>de</strong> água agora <strong>de</strong>vem preocupar-secom a cultura. Porque a cultura é hoje um sistema urbanocomo qualquer outro. Quem o <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> é JoãoBonifácio Serra, presi<strong>de</strong>nte da Fundação GuimarãesCapital Europeia da Cultura, para quem a figura do vereadorda cultura <strong>de</strong>via ter um po<strong>de</strong>r central na discussãopolítica. E se possível ser o próprio presi<strong>de</strong>nteda autarquia a fazer a avaliação e monotorizaçãopermanente dos seus sistemas <strong>de</strong> cultura, com exigênciae rigor. Por isso - alega ainda - que face à evoluçãodo conceito <strong>de</strong> cultura na formação <strong>de</strong> novospúblicos, as câmaras municipais <strong>de</strong>veriam ter um corpotécnico (directores artísticos, curadores, entre outrosprofissionais) que velasse pela qualida<strong>de</strong> e coerênciadas suas programações.Este docente e investigador <strong>de</strong> Caldas da Rainha diztambém que o objectivo i<strong>de</strong>ológico é proporcionarnuma localida<strong>de</strong> um processo, mais que um resultado,esbatendo a separação entre produtores e públicos,para que estes não sejam meros consumidorespassivos, à mercê das tournées <strong>de</strong> nomes consagrados.E dando sempre primazia a uma verda<strong>de</strong>iracultura popular e não erudita ou <strong>de</strong> elites, estimulandonovos criadores e projectos emergentes. <strong>Leiria</strong>tem tido nesta área alguns bons exemplos, como sãoo Festival Fa<strong>de</strong> In (hoje uma referência nacional e internacional,não só pela presença <strong>de</strong> bandas consagradasmas sobretudo pela revelação <strong>de</strong> novos valoreslocais), os Concertos para Bebés, num conceito concebidopor Paulo Lameiro ou ainda o colectivo A9)))),um projecto emergente na divulgação <strong>de</strong> jovens artistas,alguns posteriormente já referenciados a nívelnacional.“Fui criticado por não trazer a Orquestra <strong>de</strong> Berlima Guimarães, que custava um milhão <strong>de</strong> euros, masem contrapartida estimulei 60 jovens, até aos 24 anos,a fazer uma orquestra <strong>de</strong> música sinfónica <strong>de</strong> que acida<strong>de</strong> hoje se orgulha, tão importante como se fosseuma equipa <strong>de</strong> futebol”, exemplifica o investigador.A importância <strong>de</strong> cativar e fixar resi<strong>de</strong>ntes nas cida<strong>de</strong>s,através da cultura, é também realçada por JoãoBonifácio Serra, que em Guimarães criou um institutodo <strong>de</strong>sign numa fábrica antiga <strong>de</strong> curtumes e on<strong>de</strong> oantigo mercado passou a ser uma plataforma <strong>de</strong> artescom a instalação <strong>de</strong> 24 empresas, resultantes dosprojectos culturais do evento, através <strong>de</strong> estruturas<strong>de</strong> apoio ao empreendorismo. Ainda segundo este responsável,o mundo empresarial percebeu que é precisoapostar na cultura, sem que para isso seja necessáriogran<strong>de</strong> investimento em elefantes brancos.A Socieda<strong>de</strong> Portuguesa <strong>de</strong> Autores (SPA) temigualmente em conta a diversida<strong>de</strong> das activida<strong>de</strong>sefectuadas pelos municípios, principalmente pelo envolvimento<strong>de</strong> público <strong>de</strong> diversas faixas etárias. Esteano, além <strong>de</strong> distinguir Guimarães com o prémio Pro-


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 35LILIANA GONÇALVESCapital europeiaO que ficou<strong>de</strong>pois da FestaBiblioteca José Saramago<strong>Leiria</strong> <strong>de</strong>bateu Gestão CulturalNuma iniciativa do InstitutoPolitécnico e da Adlei- Associaçãopara o Desenvolvimento <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,com apoio do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, aBiblioteca José Saramago recebeu,na passada sexta-feira, um <strong>de</strong>bateintitulado Gestão Cultural,Desenvolvimento e Cidadania,cujo orador foi precisamente JoãoBonifácio Serra. José ChartersMonteiro, presi<strong>de</strong>nte da Adlei, dizque Guimarães veio provar que sepo<strong>de</strong> progredir e ganhar massacrítica, sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>gran<strong>de</strong>s e caras estruturas, quasesempre posteriormenteinsuficientemente utilizadas,dando antes <strong>de</strong>staque à culturaimaterial. O presi<strong>de</strong>nte da Adleirealçou ainda a importância <strong>de</strong> seultrapassar o isolamento entreadministração local e entida<strong>de</strong>sprivadas e associativas, no sentido<strong>de</strong> se obterem melhoresresultados. António José Teixeira,arqueólogo e comissário do MCCB– Museu da Comunida<strong>de</strong>LILIANA GONÇALVESConcelhia da Batalha, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> porseu turno que no distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>há investimentos avultados nacultura, com projectos on<strong>de</strong> segasta muito dinheiro e mal. Emcontrapartida diz que há projectoson<strong>de</strong> se gasta pouco dinheiro ebem. E concretiza: Com poucomais <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> euros <strong>de</strong>investimento, o MCCB (que estáentre os finalistas do prémio paramelhor Museu Europeu do Ano,cujo resultado será conhecido dia18 <strong>de</strong> Maio, na Bélgica) é um bomexemplo <strong>de</strong> como dialogar com aspessoas. Como mau exemploaponta o Centro <strong>de</strong> Interpretaçãoda Batalha <strong>de</strong> Aljubarrota, noconcelho <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós, on<strong>de</strong>diz terem-se gasto cerca <strong>de</strong> 20milhões <strong>de</strong> euros, sem quehouvesse “preocupação <strong>de</strong> falarcom empresários e estruturaslocais” e on<strong>de</strong> até se “ven<strong>de</strong>mbrincos da Provença, numverda<strong>de</strong>iro fetiche e travesti dacultura portuguesa”.gramação Autárquica 2012, na sequência do sucessoobtido com a Capital Europeia da Cultura, distinguiutambém Vila Nova da Barquinha, atribuindo-lhe o prémioArtes Visuais, pelo arrojo da construção do parque<strong>de</strong> escultura contemporânea <strong>de</strong> Almourol. Umareferência no meio artístico português é também oTeatro Virgínia, em Torres Novas, pela sua programaçãovariada e regular nas áreas do teatro, dança,música ou novo circo. O novo director artístico, TiagoGue<strong>de</strong>s, coreógrafo natural <strong>de</strong> Min<strong>de</strong>, é tambémo criador do Festival Materiais Diversos, com gran<strong>de</strong>envolvimento da comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta vila serrana.Estes são apenas três exemplos <strong>de</strong> autarquias emque a aposta na cultura está <strong>de</strong> acordo com as novasorientações <strong>de</strong> Bruxelas e com a Estratégia Europa2020, no que concerne a verbas disponíveis. “A ComissãoEuropeia <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> privilegiar ou dar priorida<strong>de</strong>às candidaturas para novas estruturas ou equipamentosculturais. As áreas fundamentais são, nestemomento, a formação <strong>de</strong> produtos, a circulação <strong>de</strong>criadores através <strong>de</strong> bolsas ou as feiras <strong>de</strong> produtosculturais para apresentar o que cada região tem <strong>de</strong>mais interessante para ven<strong>de</strong>r ao exterior”, continuaJoão Bonifácio Serra. Este trabalho <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senvolvido,<strong>de</strong> preferência, através <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s intermunicipais,fortalecendo assim a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>acertar os fundos estruturais com Bruxelas e tambémas parcerias público-privadas e o reforço técnicodas organizações.DRJoão BonifácioSerra, professore investigador<strong>de</strong> Caldas daRainha, foi ogran<strong>de</strong> rosto <strong>de</strong>GuimarãesCapitalEuropeia daCultura, aopresidir àfundação com omesmo nome❚ Síndrome do bebé ao colo é comoJoão Bonifácio Serra diz ter recebidoo projecto Guimarães, CapitalEuropeia da Cultura. “E quandopeguei no bebé já chorava babae ranho”, diz em jeito <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira.Para ultrapassar as circunstâncias,muniu-se então <strong>de</strong> “muitorealismo e boa vonta<strong>de</strong>”, aplicandoa velha máxima que dizque não se <strong>de</strong>ve gastar mais doque se tem para que não se <strong>de</strong>ixemdívidas para o futuro. Entre os diversosproblemas que encontrouestava o do conceito, que teve <strong>de</strong>ser mudado três vezes. Primeirofoi Em Guimarães tudo acontece,que aparecia com cartazes <strong>de</strong>praias <strong>de</strong>sertas no Algarve e quegerou gran<strong>de</strong> polémica. Depoisda substituição da equipa, Guimarãestambém recebeu com friezao slogan seguinte: E tudo setransforma. “Quando aceitei o <strong>de</strong>safio,a minha principal preocupaçãofoi precisamente o conceitoorganizacional. Até que abor<strong>de</strong>ium amigo brasileiro que sugeriu oslogan Tu fazes parte. O spot passou1,5 minutos na televisão e revelou-seum verda<strong>de</strong>iro sucesso”,explica.Além dos conteúdos, Guimarãesrecebeu também obras <strong>de</strong> regeneraçãoe <strong>de</strong> melhoria dos equipamentos.Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> raízes, fundiu-senuma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arte contemporânea,vivendo uma experiêncianova <strong>de</strong> gestão em re<strong>de</strong>,que envolveu 69 freguesias, paróquiase escolas. Para a posteriorida<strong>de</strong><strong>de</strong>ixa não só criação culturale arte pública, como uma plataforma<strong>de</strong> audio-visual e filmesque andam a circular pelo mundo.Com uma aposta fundamental najuventu<strong>de</strong> e nos criadores portugueses,João Bonifácio Serra acreditaque os seus efeitos se vão fazersentir pelo menos nos próximos20 anos. O turismo foi outraalavanca positiva. O tempo médio<strong>de</strong> permanência dos turistas nestacida<strong>de</strong> aumentou, em 2012,para cinco dias e o turismo cresceumais <strong>de</strong> 100 por cento, colocandoGuimarães como um dos <strong>de</strong>z melhores<strong>de</strong>stinos do mundo, emjornais como o Times e nos gran<strong>de</strong>sguias internacionais.


36 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013ViverContempo Projecto artístico multidisciplinarUm, dois, três... Ploc! Pinga outra vez:com quantas pingas se faz a chuva?”FOTOS: ADRIANA GUARDAJacinto Silva Durojacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Tânia Alves, Marina <strong>de</strong> Oliveira e Inesa Markava sãotrês docentes <strong>de</strong> dança que ajudaram as crianças doJardim-escola João <strong>de</strong> Deus, em <strong>Leiria</strong>, a ver o Mundo<strong>de</strong> olhos fechados, através do projecto Um, dois,três... Ploc! Pinga outra vez, primeiro espectáculo multidisciplinardo Projecto Contempo (www.contempo.pt),uma iniciativa pedagógica multidisciplinar queas três jovens professoras querem levar a escolas <strong>de</strong>todo o País.A primeira apresentação pública do espectáculoaconteceu na sexta-feira, no Teatro Miguel Franco, em<strong>Leiria</strong>, com alunos do ensino pré-escolar e 1.º ciclodo ensino básico, explorando referências do livro infantil<strong>de</strong> Eva Montanari, Quantas Pingas na Cida<strong>de</strong>. Apartir <strong>de</strong>ste título, as três professoras <strong>de</strong>senvolveramum projecto multidisciplinar interactivo nas áreas dasartes plásticas, teatro, dança, música, exploraçãosonora, escultura e literatura infantil. A iniciativa temsido aplicada não apenas pela escola <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, mastambém por vários estabelecimentos <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>Coimbra, que ace<strong>de</strong>ram em <strong>de</strong>sempenhar o papel <strong>de</strong>escolas-piloto.Os objectivos da Contempo passam por apresentarum projecto/espectáculo novo a cada dois anos, semprecom <strong>Leiria</strong> como pólo <strong>de</strong> criação. No ano seguinte,esse trabalho será estendido aos restantes estabelecimentos<strong>de</strong> ensino a nível nacional. Para2013/2014, a Contempo espera alargar a sua actuaçãoa mais <strong>de</strong>z cida<strong>de</strong>s.Os objectivosda Contempopassam porapresentarum projecto/espectáculonovo a cadadois anos,sempre com<strong>Leiria</strong> comopólo <strong>de</strong>criação


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 370.P.A. Ouve-se Por AíPUBLICIDADE“Quem diz é quem é”Rúben GomesTwitter: rubencgomes❚ Quem nunca falou mal <strong>de</strong> política que atire aprimeira pedra... se possível para acertar numministro!Pelos últimos acontecimentos, chego à simplesconclusão que este Governo trata a Constituiçãocomo nós condutores tratamos o código da estrada.Convém saber e respeitar, mas o bom é ignorar etransgredir.Quando eu pensava que já tinha visto tudo nestepaís, eis que surge um Governo a fazer birra porqueo Tribunal Constitucional não lhe fez a vonta<strong>de</strong>.Por momentos cheguei a pensar que iam arranjarmaneira <strong>de</strong> tirar <strong>de</strong> casa o Duarte Lima para dar umjeito na velhinha Constituição. Não se <strong>de</strong>vem terlembrado! Já agora, a manifestação do Governocontra o Tribunal Constitucional ficou agendadapara on<strong>de</strong> e quando?Não entendo! Agora somos governados por umgrupo <strong>de</strong> indivíduos que choram como se fossemmiúdos <strong>de</strong> 8 anos contrariados, porque os pais serecusam a comprar um Gormiti sempre que vão aosupermercado? É caso para dizer, como se diz noensino básico para os <strong>de</strong>stinatários perceberem,"piegas! quem diz é quem é". Digo isto, porqueassim que foi conhecido o acórdão, os meninosPedro e Gaspar foram a correr fazer queixinhas aoencarregado <strong>de</strong> educação, neste caso o avô <strong>de</strong>Belém. Não se faz, foram chatear o senhor a umsábado à noite, sem gran<strong>de</strong> aviso prévio! Que falta<strong>de</strong> educação! Custava assim tanto esperarem pelodomingo e fazerem-se convidados para jantar sob opretexto <strong>de</strong> assistirem todos juntos à opinião <strong>de</strong>José Sócrates na RTP1? Ainda por cima fizeram umavisita <strong>de</strong> médico, neste caso uma à Coelho. Foramtão rápidos que cheguei mesmo a pensar que tinhacorrido mal, e que por isso <strong>de</strong> seguida iam dar umpulinho a Bragança para fazer queixas ao D. Duarte!Infelizmente não acertei na previsão, estou no bomcaminho para ser o próximo ministro das finanças!Ao contrário do que esperava os senhores saíram <strong>de</strong>lá com uma moção <strong>de</strong> confiança do Presi<strong>de</strong>nte daRepública, um género <strong>de</strong> cafuné no courocabeludo, só é pena que a Troika não aceite moções<strong>de</strong> confiança como retoma.Já agora! Assim como o Governo não está <strong>de</strong> acordocom a <strong>de</strong>cisão do Tribunal Constitucional, otreinador do FC Porto não concorda com as<strong>de</strong>cisões do árbitro na final da Taça da Liga, o povocom a existência das segundas-feiras e eu com aquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ar que vem nos pacotes das batatasfritas! Também po<strong>de</strong>mos ir queixar-nos a Belém?No entretanto, outra coisa que nem os maioresastrólogos podiam prever, o ministro das Finançasproibiu a realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa em todos osministérios. Não é bonito Vitó! Já agora, traduzindoisso em números e para não gerar <strong>de</strong>spesa, quantasfolhas <strong>de</strong> papel higiénico atribui por rabo <strong>de</strong>funcionário? Três por dia? Claro que já nem falo emfolha dupla que isso seria claramente sinalexterior<strong>de</strong> riqueza.Quanto a soluções para tapar o buraco <strong>de</strong>ixado pelochumbo do orçamento, proponho: Taxar pessoasque invoquem o nome <strong>de</strong> Gaspar em vão; Colocaras Fadas dos Dentes a cobrar IVA por serviço;Colocar a azia a pagar imposto (só a que foiprovocada pelo Tribunal Constitucional pagavaparte da dívida); Mandar internar o Governo (só emtaxas mo<strong>de</strong>radoras recebíamos o suficiente parapagar a dívida e ainda tínhamos direito a troco). Seique são medidas parvas, mas ouve-se por aí queestas seriam constitucionais.Argumentista/Humorista


38 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013CurtasDesign Concurso BA Vidros <strong>de</strong>safiaestudantes❚ Criar uma nova embalagem <strong>de</strong> vidro é o <strong>de</strong>safio que aBA Vidros, empresa que tem uma unida<strong>de</strong> na MarinhaGran<strong>de</strong>, propõe aos jovens <strong>de</strong>signers portugueses, atravésdo concurso Glassberries Design Awards. Aproposta baseia-se em quatro pilares:i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> sólida, criativida<strong>de</strong>, inovação e<strong>de</strong>senvolvimento sustentável. A iniciativa foi<strong>de</strong>senvolvida como forma <strong>de</strong> estreitar arelação entre a indústria vidreira e o meioacadémico e <strong>de</strong> aproximar a empresa dos seusparceiros. Nesta segunda edição do concurso,participam estudantes da Escola Superior <strong>de</strong>Artes e Design <strong>de</strong> Matosinhos e dasuniversida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Aveiro e Lusíada mas oobjectivo é tornar a iniciativa europeia.Património Convento <strong>de</strong> S.Francisco vira espaço cultural❚ A programação e forma <strong>de</strong> funcionamento doCentro <strong>de</strong> Convenções e Espaço Cultural doConvento <strong>de</strong> São Francisco, em Coimbra (em obras<strong>de</strong> construção, reabilitação e adaptação) foiatribuída ao antigo reitor da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Coimbra, Fernando Seabra Santos. A inauguraçãodo espaço está prevista até final <strong>de</strong>ste ano”,excluindo o auditório com cerca <strong>de</strong> 400 lugares daigreja do convento, cuja construção não integra oprojecto inicial. Ocupando um total <strong>de</strong> 16 milmetros quadrados, incluindo estacionamento,restaurante e cafetaria, o centro disporá <strong>de</strong> umoutro auditório principal (1.100 lugares) e <strong>de</strong> umespaço cultural. Os projectos são dos arquitectosCarrilho da Graça e Gonçalo Byrne.Festival internacional ESAD.CRrepresenta País na Polónia❚ A Escola Superior <strong>de</strong> Artes e Design <strong>de</strong> Caldas daRainha (ESAD.CR) (IP<strong>Leiria</strong>) é a única escola portuguesaa integrar o International Good Project Festival WrocloveDesign (festival internacional <strong>de</strong> arte <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign), queacontece na Polónia, na cida<strong>de</strong> Wroclaw, entre 9 e 12 <strong>de</strong>Maio. A ESAD.CR será representada por um grupo <strong>de</strong>seis estudantes das licenciaturas em Design Industrial,Gráfico e Multimédia, e Cerâmica e Vidro, coor<strong>de</strong>nadospor Sérgio Gonçalves. Este encontro <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign e arte, àescala europeia, conta com mais quatro escolassuperiores <strong>de</strong> Itália, Polónia, Bósnia e Roménia, numaorganização da Foundation for Creativity andInnovation OPEN MIND, instituição sem fins lucrativosque integra as celebrações <strong>de</strong> Wroclaw, CapitalEuropeia da Cultura 2016.DREscultura noMaciço CalcárioOs escultores Renato Franco (Caldas da Rainha) eThierry Ferreira (Alcobaça) apresentam publicamenteAll Stone Portugal 2013 Maciço CalcárioEstremenho, na Stone – Feira Internacional da Pedra,que <strong>de</strong>corre no Centro <strong>de</strong> Exposições da Batalha, <strong>de</strong>16 a 19 <strong>de</strong> Maio próximo. Para concretizarem esteprojecto, apoiado pela Assimagra e por outrosindustriais do sector, esta dupla <strong>de</strong> escultores criou,em 2012, um colectivo <strong>de</strong> artistas. O objectivo épromover e potenciar as rochas do maciço CalcárioEstremenho e o saber-fazer, envolvendo acomunida<strong>de</strong>, municípios e industriais do sector. Oevento, a <strong>de</strong>correr durante 15 dias a um mês, numadata ainda a <strong>de</strong>finir, contará também com a presença<strong>de</strong> arquitectos, <strong>de</strong>signers e escultores internacionaisque participarão em workshops, seminários, secções<strong>de</strong> trabalho interdisciplinar, residências e visitascomerciais. Prevê-se também o lançamento <strong>de</strong>concursos internacionais para concepção <strong>de</strong><strong>de</strong>senhos originais e novas formas <strong>de</strong> aplicação efornecimento para calçada portuguesa, a realização<strong>de</strong> uma residência em indústrias transformadoras e<strong>de</strong> altos relevos em pedreiras <strong>de</strong>safectadas,esculturas para espaço público e o projecto <strong>de</strong> umhotel para o interior <strong>de</strong> uma rocha.Desenhos Artistas mistérionas árvores da escolaCanijo filmaperegrinação a Fátima❚ Artista(s) Mistério(s), habita(m)árvore(s) é o nome da exposição,patente até dia 23, em 23 árvoresda Escola Secundária FranciscoRodrigues Lobo, <strong>Leiria</strong>, daautoria <strong>de</strong> alunos e dosprofessores Maria João Vieirae Sónia Almeida.Desenvolvidos no âmbito dadisciplina <strong>de</strong> Desenho A, astelas (1 x 1,6 m) foraminspiradas no “artistamistério” <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, após visitaàs várias obras espalhadas emmurais da região, como Vieira <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, cemitério <strong>de</strong> Carvi<strong>de</strong> ou estação<strong>de</strong> Monte Real.Caminhos da Alma é a próxima realização <strong>de</strong> João Canijo,sobre a peregrinação a pé a Fátima <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> mulherestransmontanas. Este é, um dos filmes apoiados pelo programa doInstituto do Cinema e Audiovisual (ICA), ao lado <strong>de</strong> Os Maias(Alguns episódios da vida romântica), <strong>de</strong> João Botelho. O ICAcontemplou também cinco documentários, num total <strong>de</strong> 300mil euros, entre eles Diários Suspensos, do realizador <strong>de</strong>Alcobaça, Joaquim Sapinho e ainda Além das Pontes, <strong>de</strong>Pierre-Marie Goulet, As crónicas <strong>de</strong> Polyaris, <strong>de</strong>Christine Reeh, Silêncios do Olhar, <strong>de</strong> JoséNascimento, e The Man with a Box, <strong>de</strong> MarcoMartins.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 39AlmanaqueARQUIVO/JLNarrativasdispersasMariana, a Miserável, artista plásticaA florista que gostava <strong>de</strong> visitar O Sítiodas Coisas Selvagens com JP Simões❚ Se não tivesse uma profissão ligada ao mundo dasartes, o que seria?Provavelmente florista.O projecto que mais gosto lhe <strong>de</strong>u fazerÉ muito difícil escolher quando se gosta tanto do quese faz.O espectáculo, concerto ou exposição que mais lheficou na memóriaA última que fui ver a Serralves <strong>de</strong> um artistaplástico chamado Nedko Solakov.O livro da sua vidaNão pela mesma razão a que normalmente se chamaa um livro "livro da sua vida" mas gosto muito doWhere the Wild Things Are, <strong>de</strong> Maurice Sendak, pelahistória e ilustrações.Um filme inesquecívelLa mala educación, <strong>de</strong> Pedro AlmodóvarSe tivesse <strong>de</strong> escolher uma banda sonora para si,qual seria?Neste momento, a banda sonora do filme Submarinepor Alex Turner.Um artista que gostaria <strong>de</strong> ter visto no Teatro JoséLúcio da Silva?O JP Simões.Uma viagem inevitávelPorto – <strong>Leiria</strong> e <strong>Leiria</strong> – Porto, <strong>de</strong> autocarro.Um vício que gostava <strong>de</strong> não terSe consi<strong>de</strong>rarmos a gula um vício, os croissants <strong>de</strong> umapastelaria do bairro das Fontainhas, no Porto, on<strong>de</strong> vivo.Uma personalida<strong>de</strong> que admiraO ilustrador André da Loba.Um actor que gostasse <strong>de</strong> levar a jantarJason Alexan<strong>de</strong>r (o George da série Seinfeld).Um restaurante da regiãoCasinha velha.Um prato <strong>de</strong> eleiçãoSe for no Casinha Velha é o cabrito e a morcela <strong>de</strong>arroz. Se for noutro sítio, leitão.Um refúgio (no distrito)A casa da minha avó Mila.Um sonho para <strong>Leiria</strong>?O <strong>de</strong>saparecimento do estádio e a reabilitação docentro histórico.Jason Alexan<strong>de</strong>rMesa <strong>de</strong>CabeceiraLuísMourãoAndré daLoba,ilustradorLa mala educación, <strong>de</strong> Pedro Almodóvar❚ Por mero acaso vi há poucotempo uma reportagem sobre osinvestimentos <strong>de</strong> váriasautarquias, <strong>de</strong> norte a sul, numasaberrações chamadas “parquesindustriais”. São uma espécie <strong>de</strong>mar <strong>de</strong> asfalto, com unscan<strong>de</strong>eiros e espaços, pavilhões eescritórios, votados ao maiscompleto abandono. São ruínasque custaram ao erário públicomuitas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong>euros e são o testemunhoeloquente <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões erradastomadas pelos po<strong>de</strong>resautárquicos, pelo governo epelos órgãos executivos da uniãoeuropeia na <strong>de</strong>lapidação donosso dinheiro. Deveria dardireito ao ostracismo e, pelomenos, a uma medalha <strong>de</strong>incompetência comconsequências radicais mas narealida<strong>de</strong> rigorosamente nadaacontece àqueles que tomaramestas <strong>de</strong>cisões. O breve masacutilante resumo que o JoãoNazário fazia na mesma semanano editorial <strong>de</strong>ste jornal sobre a“betonização” <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>enquadra-se nesta políticanacional <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinvestimento naspessoas, <strong>de</strong>lapidação idiota dopatrimónio cultural e natural,investimentos criminosos eesvaziamento do futuro quepercorre anos incontáveis das<strong>de</strong>spesas públicas nacionais.Saíram finalmente este mês osresultados dos simulacros <strong>de</strong>apoio do estado ao teatroprofissional. É a concretização <strong>de</strong>uma política <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição emmassa do tecido culturalnacional que merecia certamentemais palavras e uma longaconversa. A propósito estãoconvidados a ler um excelenteartigo <strong>de</strong> Jorge Louraço Figueirapublicado na revista brasileiraCamarim intitulado “Sobre oinvestimento público no teatroem Portugal - Estatística econtra-estatística” e a inteligentemensagem <strong>de</strong> Dario Fo para o DiaMundial do Teatro <strong>de</strong>ste ano quecomeça assim: “Há uns anosatrás o Po<strong>de</strong>r, no máximo da suaintolerância, escorraçou osartistas dos seus países. Hoje emdia os actores e as companhiassofrem com a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>encontrar espaços, teatros epúblico; tudo por conta da crise”.Os textos são fáceis <strong>de</strong> encontrarna “net” e merecem bem serchamados a uma imprescindívelreflexão sobre a resistência e ofuturo das Artes Cénicas emPortugal. Porque é precisosempre uma boa dose <strong>de</strong>coragem para não nos <strong>de</strong>ixarmos<strong>de</strong>sencorajar.Dramaturgo


40 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013EntrevistaIsabel Carvalho proprietária da AudituCada disco tem músicae sonhos lá <strong>de</strong>ntroDRADRIANA GUARDADaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Na década <strong>de</strong> 90, para muitos adolescentes da região,sábado não era sábado se não incluísse uma visitaà Auditu, para ver nas prateleiras <strong>de</strong>sta loja <strong>de</strong> músicaas novida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scobertas no grupo <strong>de</strong> amigos ounas rádios mais alternativas. Os tempos mudaram ea emblemática loja <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> vai encerrar em Maio, <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> 26 anos a fazer <strong>Leiria</strong> dançar. Isabel Carvalho,proprietária e fundadora da Auditu (à esquerda na foto<strong>de</strong> cima), <strong>de</strong>spe<strong>de</strong>-se do projecto, mas não da cida<strong>de</strong>,on<strong>de</strong> espera agora conquistar outros sonhos.E <strong>de</strong>pois do sonho?Ainda não sei muito bem o que vou fazer. Talvez sigaoutro sonho. Vou estar por aí, à procura <strong>de</strong> outros <strong>de</strong>safios,mas ainda não sei quais. Talvez numa qualqueresquina, como canta Milton Nascimento num discoque um cliente me ofereceu.Algum arrependimento?Não. A música foi o melhor que me aconteceu na vida.Como disse Nietzsche, sem música a vida seria umerro. Voltaria a fazer tudo outra vez. Foram quase 30anos <strong>de</strong> música, um meio on<strong>de</strong> fiz muitos amigos, quenão foram um erro com certeza. Vou continuar a ouvirmuita música e tenho clientes a quem vou continuara aconselhar. Mas já lutei muito. Já chega. Há outrossonhos para alcançar.O que lhe têm dito esses amigos?Perguntam-me se <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> encerrar esta loja vou abriroutra noutro local. Mas não vou. É uma fase da vidaque termina. A maior medalha que levo são as suaspalavras constantes <strong>de</strong> carinho.O que mudou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1987?As mudanças aconteceram sobretudo nos últimosanos, a partir do momento em que as multinacionaispermitiram que a música fosse ‘sacada’ da internet,sem pagar direitos <strong>de</strong> autor. Tínhamos mais <strong>de</strong> 40 fornecedorese hoje são apenas duas multinacionais. Asgran<strong>de</strong>s lojas em Portugal já fecharam quase todas.Esta foi das primeiras lojas a abrir e será uma das últimasa fechar.A internet foi o maior carrasco <strong>de</strong>stas casas.A internet não trouxe só coisas más. Graças a ela, hámuita música disponível para ouvir e para escolher.Quem realmente gosta <strong>de</strong> música acaba por comprar.Felizmente, ainda há quem goste <strong>de</strong> comprar um CD,abri-lo, ler sobre quem toca, sentir o cheiro do papel.A que cheiram os seus discos?Os meus discos são recheados <strong>de</strong> muita coisa boa, enão apenas <strong>de</strong> música. Cada um <strong>de</strong>les é diferente. Masem casa tenho poucos, porque sempre foi nesta lojaque os ouvi. Dos que tenho, muitos foram compradospor clientes, aqui na Auditu, que mos ofereceram com<strong>de</strong>dicatórias. Por isso, cada disco tem um valor e umcheiro diferente.DRA Auditu abriuem 1987, pelamão<strong>de</strong> IsabelCarvalho e <strong>de</strong>FernandaMoreira (à dir.na foto <strong>de</strong>cima), que<strong>de</strong>ixaram aElectrolis paraseaventurarempor contaprópria noMaringá.Fernandaafastou-seuma década<strong>de</strong>pois e nosúltimos anosfoi DalilaCarvalho, irmã<strong>de</strong> Isabel (àesq. na foto <strong>de</strong>baixo), a suaaliada nesteprojecto, quesórecentementeabandonouJustifica-se que um meio como <strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong> proliferamtantos projectos musicais, não compre mais discos?Consome-se muita música em toda a região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Foi com clientes <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Alcobaça, Caldas da Rainha,Figueira da Foz, Nazaré e Marinha Gran<strong>de</strong> que sempreconseguimos ven<strong>de</strong>r. Mas agora passámos a lutar contraa maré. Uma das gran<strong>de</strong>s diferenças entre 1987 e opresente é a própria situação económica do País. Nãoquer dizer que o nicho <strong>de</strong> mercado, o disco <strong>de</strong> culto, nãopermitissem manter a loja. Mas penso que já contribuio suficiente.Chegou a procurar ajuda para manter a loja?Pensei na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer uma fusão ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixara loja a alguém. Mas não podia ser apenas alguémque tivesse dinheiro, teria <strong>de</strong> ser alguém com bagagem.Estas não são apenas caixinhas <strong>de</strong> plástico. Têm músicae sonhos lá <strong>de</strong>ntro. Mas também já são muitos anos<strong>de</strong> trabalho aos sábados, feriados. Há cansaço e vonta<strong>de</strong><strong>de</strong> fazer outras coisas.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 41OlharArquitectura Arte que presta um serviçoO belo e a funçãoDRPedro Cor<strong>de</strong>iropedrolcor<strong>de</strong>iro@hotmail.com❚ Para quem anda nesta coisa das obras, da construção<strong>de</strong> edifícios, do espaço publico, da intervençãourbana e da paisagem, entre a reabilitação e areorganização <strong>de</strong> apartamentos e o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> mobiliário,familiariza-se indubitavelmente com frasescomo “é bonito mas funciona mal”.Mais coisa menos coisa, a expressão regista-se vezessem conta, como uma parangona do senso comum,apontando à circunstância o sentido paraum lapso profissional hereditário. Por isso, talvez sejaimportante ir um pouco mais ao fundo do problemae questionar o contexto <strong>de</strong>ssa mesma utilida<strong>de</strong> nasactivida<strong>de</strong>s profissionais da arquitectura. A pré--história diz-nos que a mesma está para a sobrevivênciahumana como as peles que cobriam o corpodos antepassados, no entanto, todos sabemos que estesnão necessitaram <strong>de</strong> frequentar aulas para escolheruma caverna como abrigo – essas, são hoje famosassobretudo pelas pinturas, apesar da sua redobrada(in) utilida<strong>de</strong>.Para não começarmos pelas pirâmi<strong>de</strong>s do Egipto,um verda<strong>de</strong>iro símbolo da megalomania do inútil, po<strong>de</strong>mostalvez encontrar no império romano ummais claro vínculo ao pragmatismo do <strong>de</strong>senho da cida<strong>de</strong>e dos seus edifícios, ainda que <strong>de</strong> um modo inevitavelmentepoético, como é o exemplo <strong>de</strong>scrito nacarta <strong>de</strong> Plínio a seu caro Gallus (século I):”A vivenda é suficientemente gran<strong>de</strong> para ser cómoda,<strong>de</strong> manutenção pouco dispendiosa. A sua entradadá sobre um átrio simples, mas não sem elegância;a seguir uma colunata em forma <strong>de</strong> D, à volta<strong>de</strong> um pátio pequeno mas charmoso. O conjuntooferece um abrigo maravilhoso para os dias <strong>de</strong> mautempo, porque estamos aí protegidos pelos vidros esobretudo pelo avançado do telhado.”Nesta citação, com cerca <strong>de</strong> dois mil anos, reconhecemosa consciência dos problemas mais comunsda actualida<strong>de</strong> relativamente ao seu exercício profissional.São assim, consi<strong>de</strong>rações sobre a dimensão,o conforto, os custos, a materialida<strong>de</strong> mas tambéme sempre a beleza, sem ser pura como o Caetano acanta, mas associada a um conjunto <strong>de</strong> valências evalores que representam um sistema complexo <strong>de</strong>mais (in) utilida<strong>de</strong>s.Bem mais tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pois da ida<strong>de</strong> média e <strong>de</strong> correntesartísticas quase exclusivas da igreja como o românicoe o gótico, <strong>de</strong>pois da luz do renascimento, daintelectualida<strong>de</strong> maneirista, da sensualida<strong>de</strong> dobarroco, do eventual exagero rococó, do volver neoclássico,do sonho romântico e dos ecletismos <strong>de</strong> todosos estilos e nenhum, surge a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> cortarcom um passado que se supõe po<strong>de</strong>r distinguir porpouco mais que as diferenças ornamentais. Agora éque seria mesmo diferente!Na arquitectura como no urbanismo o chamadomovimento mo<strong>de</strong>rno (século XX) radicaliza o discurso,primeiro em teoria e <strong>de</strong>pois na sua aplicaçãomais abstracta.O mo<strong>de</strong>rnismo começa por se caracterizar pelo <strong>de</strong>-O objecto <strong>de</strong>arte naarquitecturanão o éin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente doserviço quepresta, esta éumaconsi<strong>de</strong>raçãoque isola aarquitecturadas outrasartes. Destemodo, o belonaarquitectura,enquantocategorizaçãoartística,também<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dasuaoptimizaçãofuncionalpuramento da forma, tornando-a mais simples, eliminandoos motivos ornamentais/<strong>de</strong>corativos. Assima função, no sentido do cumprimento do programapreestabelecido, emancipa-se do a<strong>de</strong>reço, libertandotodo o potencial espacial em prole da utilida<strong>de</strong>.Impõe-se, por isso, a gran<strong>de</strong> máxima mo<strong>de</strong>rnistaque <strong>de</strong>signa que “a forma segue a função”,ou se quisermos que o <strong>de</strong>senho da cida<strong>de</strong> como doobjecto arquitectónico está ao serviço da sua melhorutilização. Não como um mero aspecto do útil mascomo algo inerente à sua essência e qualida<strong>de</strong>.Assim, nos tempos que correm, ainda no rescaldo<strong>de</strong>sta história recente, não po<strong>de</strong> fazer qualquersentido para o arquitecto, paisagista ou urbanistaprojectar negligenciando a função, pois a mesma éparte essencial da disciplina.O objecto <strong>de</strong> arte na arquitectura não o é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntementedo serviço que presta, esta é umaconsi<strong>de</strong>ração que isola a arquitectura das outras artes.Deste modo, o belo na arquitectura, enquanto categorizaçãoartística, também <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da sua optimizaçãofuncional sendo, por isso, uma característica<strong>de</strong> valor com presença incondicional, <strong>de</strong> outromodo seria uma outra coisa, diferente <strong>de</strong> arquitectura.As imagens correspon<strong>de</strong>m à Biblioteca <strong>de</strong> livros rarosda Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Yale, edifício projectado peloarquitecto Gordon Bunshaft em New Haven, Connecticut.


42 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013ObrigatórioDesenho João dos Santos e NunoGaivoto ocupam a9))))❚ Tudo po<strong>de</strong> correr mal é um programa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>sacerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho que tem início amanhã, dia 19, com aocupação da SEDE do colectivo a9)))), em <strong>Leiria</strong>, peladupla <strong>de</strong> artistas João dos Santos e NunoGaivoto. Partindo do princípio <strong>de</strong> que tudopo<strong>de</strong> correr mal, os dois artistas <strong>de</strong>senhamdurante dois dias, <strong>de</strong>spojados <strong>de</strong> qualquerespírito maratonista. Propõem fazer uma<strong>de</strong>ambulação mo<strong>de</strong>sta sobre o papel do<strong>de</strong>senho na percepção da realida<strong>de</strong> domundo, um pouco inspirados nosmovimentos Occupy e ATL. O que resulta <strong>de</strong>sta<strong>de</strong>ambulação ficará em exposição naquele espaço até aoinício <strong>de</strong> Julho, <strong>de</strong> segunda a sexta-feira, das 10:30 às 13 edas 14 às 18 horas, com inauguração marcada para as 18horas <strong>de</strong> sábado, dia 20.Literatura Francisco José Viegasapresenta novo livro na Arquivo❚ O novo livro <strong>de</strong> Francisco José Viegas, OColeccionador <strong>de</strong> Erva, vai ser apresentado amanhãàs 18:30 horas, pelo próprio, na Livraria Arquivo. Aobra <strong>de</strong>bruça-se sobre a investigação levada a cabopor Jaime Ramos, protagonista dos livros do autor,que se <strong>de</strong>bate com dois crimes simultaneamente,o assassínio <strong>de</strong> dois imigrantes russos e o<strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong> uma mulher <strong>de</strong> vinte anos, doMinho. O enredo cruza-se, assim, entre doismundos, o do comunismo e o da literatura, e o dadroga, sexo, negócios <strong>de</strong> armas e corrupção. Ex--secretário <strong>de</strong> Estado da Cultura, professor,jornalista, editor, director das revistas Ler e Gran<strong>de</strong>Reportagem e, ainda, autor <strong>de</strong> vários programas <strong>de</strong>rádio e televisão, Francisco José Viegas é, também,autor <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> poesia e <strong>de</strong> romances vários.MetaDançacomeça hojeDRComeça hoje o festival MetaDança, queinaugura o seu programa com uma mostra <strong>de</strong>ví<strong>de</strong>o-dança do Projecto Maya Deren (1ªparte), às 21 horas no Museu <strong>de</strong> Imagem emMovimento, <strong>Leiria</strong>. Maya Deren marcou oséculo XX, sendo pioneira na relação entredança e cinema, e é consi<strong>de</strong>rada a melhorcineasta norte-americana do cinemaexperimental. Os seus trabalhos sãocaracterizados como poemas visuais ousonhos convertidos em filmes. A <strong>de</strong>stacar noprograma temos o espectáculo Outra Voz, daCompanhia <strong>de</strong> Dança do Algarve, a realizar nodia 19 às 21:30 horas, e a actuação do GrupoExperimental <strong>de</strong> Dança, com coreografias <strong>de</strong>Rui Lopes Graça e João Fernan<strong>de</strong>s, às 21:30 dodia 20, ambos no Teatro José Lúcio da Silva. É<strong>de</strong> sublinhar, também, o espectáculo ElviraConta Contos, do Corpo <strong>de</strong> Dança,direccionado para o público infantil, que vai<strong>de</strong>correr no Moinho do Papel às 14:30 horas nodia 20. Também vamos po<strong>de</strong>r ver umaactuação da Escola Superior <strong>de</strong> Dança, Chuvanas palavras, que vai animar as ruas do centrohistórico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, a diferentes horas dopróximo fim-<strong>de</strong>-semana.LeiturasdasemanaRugasPaco RosaEditora: Bertrand Editora«Paco Roca trata este tema [doença <strong>de</strong> Alzheimer] comgran<strong>de</strong>za. Um livro que encanta, atrai e entretém….»PúblicoEmílio, um bancário reformado, sofre da doença <strong>de</strong>Alzheimer e é internado num lar <strong>de</strong> terceira ida<strong>de</strong>.Ro<strong>de</strong>ado <strong>de</strong> outros idosos, cada um com um quadro«clínico» distinto e com uma personalida<strong>de</strong> vincada,vai apren<strong>de</strong>ndo diversas estratégias para combater otédio e a erosão da rotina. Ao mesmo tempo, Emílio eos seus companheiros vão tentando introduzir, numquotidiano marcado por medicamentos, refeições,«terapias ocupacionais» e sestas <strong>de</strong> duraçãoin<strong>de</strong>finida, alguns vislumbres <strong>de</strong> encanto e alegria <strong>de</strong>viver.O Colecionador <strong>de</strong> ErvasFrancisco José ViegasEditora: Porto editora.Jaime Ramos, o investigador protagonista dos livros <strong>de</strong>Francisco José Viegas, vê-se a braços com duasinvestigações paralelas: a do assassínio <strong>de</strong> doisimigrantes russos (antigos militares soviéticos), cujoscorpos são encontrados no interior <strong>de</strong> um carrosemicarbonizado, nos arredores do Porto e o<strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong> uma jovem <strong>de</strong> vinte anos, oriunda<strong>de</strong> uma família tradicional do Minho. O Colecionador <strong>de</strong>Ervas funciona como uma montagem cinematográficasem princípio, meio ou fim on<strong>de</strong> vários crimes sãocometidos sem nexo aparente, on<strong>de</strong> personagensaparecem e <strong>de</strong>saparecem sem justificação, e on<strong>de</strong> asolução nunca está à vista senão apelando à nossaimaginação, como num road movie.


44 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013AgendaArtesCartazes daRevolução noMuseuJoaquimCorreia,MarinhaGran<strong>de</strong>Cartazes da Revolução é aexposição patente no MuseuJoaquim Correia, MarinhaGran<strong>de</strong>, até dia 30, no âmbitodas comemorações do 39ºaniversário do 25 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong>1974Viagem, exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong>Irene Borges, no Centro <strong>de</strong>Interpretação Turística <strong>de</strong>Pedrógão Gran<strong>de</strong>. Nestalocalida<strong>de</strong>, mas na AssociaçãoHumanitária <strong>de</strong> BombeirosVoluntários, está patente até 15<strong>de</strong> Maio uma exposição <strong>de</strong>Miniaturas <strong>de</strong> Aviões e Carros,<strong>de</strong> José Maria LeitãoExpressões das Cores,exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong> ManuelRicardo, no átrio da BibliotecaMunicipal da Nazaré até dia 28Ruminações, exposição <strong>de</strong><strong>de</strong>senhos (pré-esboços) <strong>de</strong>Rómulo Gonçalves, na galeria daArquivo Livraria, <strong>Leiria</strong>, até 5 <strong>de</strong>MaioSobreviventes - Imagens <strong>de</strong> ummundo a preservar, exposição<strong>de</strong> fotografia <strong>de</strong> Filipe Silva, noEdifício do Banco <strong>de</strong> Portugal,<strong>Leiria</strong>, on<strong>de</strong> permanece até 18<strong>de</strong> Maio. No Mimo, a exposiçãocolectiva Living Tribes -Fotógrafos e ViajantesSolidários, está patente até 11 <strong>de</strong>Maio e Marrocos – um Paraísopor Descobrir, po<strong>de</strong> ver-seNekob Marroc Café, até 18 <strong>de</strong>MaioMilitary Cartoons (<strong>de</strong>senhoshumorísticos militares), numainiciativa da <strong>de</strong>legação daBatalha da Liga dosCombatentes, em exposição naGaleria Mouzinho <strong>de</strong>Albuquerque, Batalha, até 1 <strong>de</strong>MaioSentirArte, exposição <strong>de</strong> pintura<strong>de</strong> Kim Cruz, até dia 19, na Sala<strong>de</strong> Exposições Paços doConcelho, Ourém. Na mesmacida<strong>de</strong>, mas na BibliotecaMunicipal, está patente, até dia30, a mostra Ban<strong>de</strong>iras <strong>de</strong>PortugalRetratos (a beleza da grafite),exposição <strong>de</strong> Antero Guerra, atédia 30, no Claustro Monfortino,restaurante <strong>de</strong> aplicação daEscola <strong>de</strong> Hotelaria <strong>de</strong> FátimaMúsicaA brasileiraAdrianaCalcanhotocanta a solocom o seuviolão, hoje,18, no TeatroJosé Lúcio daSilva, <strong>Leiria</strong>3 Músicos, 3 Percursos é o temada tertúlia Conversas com Músicaque <strong>de</strong>corre na Lavandaria doHospital <strong>de</strong> Caldas da Rainha,hoje, 18, pelas 21 horas,mo<strong>de</strong>rada por A<strong>de</strong>lino Mota,maestro e director da LusitanusEdita, acompanhada pelosmúsicos Tim (vocalista da bandaXutos e Pontapés), Filipe Melo(pianista <strong>de</strong> jazz) e SérgioCarolino, (vencedor do PrémioSPA 2013). Entradas livresRondó da Carpi<strong>de</strong>ira,espectáculo multidisciplinar <strong>de</strong>homenagem ao trabalho <strong>de</strong>Michel Giacometti com base nassuas recolhas etno-musicais emPortugal, a ver no próximo dia24, às 21:30 horas, no CCC,Caldas da RainhaHomem <strong>de</strong> Marte & Os Invasoresem concerto amanhã, 19, às 22horas, no Recreio dos Artistas-Espaço O Nariz, <strong>Leiria</strong>A banda Fora d'Oras (Alpedriz) eo DJ Micnel Bento actuamamanhã, 19, à noite, no BarAlcôa Club, AlcobaçaSessão evocativa 25 <strong>de</strong> Abril e acanção <strong>de</strong> intervenção, amanhã,19, pelas 10 horas, no auditórioda Escola Secundária AfonsoLopes Vieira, Gândara dosOlivais, <strong>Leiria</strong>, com Rui Pato(amigo e acompanhante <strong>de</strong> ZecaAfonso), António Ataí<strong>de</strong> (voz),Nuno Botelho (guitarra clássica)e Bruno Costa ( guitarraportuguesa)Adriana Calcanhoto actua hoje,18, pelas 21:30 horas, no TJLS,<strong>Leiria</strong>. A cantora brasileiraapresenta-se a solo com oespectáculo Olhos <strong>de</strong> Onda. Acantora brasileira veio a Portugalapresentar uma série <strong>de</strong> <strong>de</strong>zconcertos, acompanhada do seuviolãoFilarmónica da Nazaré emconcerto, sábado, 20, às 21:30horas, no Teatro Chaby Pinheiro,no Sítio da NazaréQuintas com música no Museu,hoje, 18, às 19 horas, no MuseuMunicipal <strong>de</strong> Ourém (Casa doAdministrador), comparticipação da Ourearte.Entrada livreTeatroE tudo ocasamentolevou, comencenação <strong>de</strong>HeitorLourenço,sábado, noCine-Teatro<strong>de</strong> AlcobaçaSaur e Quelle <strong>de</strong>ad Gazelle emconcerto amanhã, 19, pelas 23horas, no Parque Desportivo <strong>de</strong>Carreira, <strong>Leiria</strong>, PortugalV Concerto da Primavera,domingo, 21, pelas 16 horas, naIgreja Paroquial <strong>de</strong> Vila Cã, Pombal,pelos coros Municipal Marquês <strong>de</strong>Pombal e Polifónico do OesteOs Birds are Indie são fruto <strong>de</strong> umahistória <strong>de</strong> amor e as suas letrasreflectem-no. A banda <strong>de</strong> Coimbraformada pelos (e)namorados Joanae Jerónimo, toca, amanhã, no TexasBar, em Amor, <strong>Leiria</strong>, pelas 23:30horasE tudo o casamento levou, comAlmeno Gonçalves e Maria JoãoAbreu, sábado, 20, às 21:30 horas,no Cine-Teatro <strong>de</strong> Alcobaça. Paramaiores <strong>de</strong> 12 anos. A produção éda companhia Sola do Sapato,com texto <strong>de</strong> Muriel Robin ePierre Palma<strong>de</strong> e encenação <strong>de</strong>Heitor LourençoIX Festival Teatro Sénior, comparticipação das universida<strong>de</strong>sseniores <strong>de</strong> Caldas da Rainha,Estarreja, Ferreira do Zêzere eSantarém, amanhã, 19, pelas14:30 horas, no Cine Teatro <strong>de</strong>AlcobaçaO Festival <strong>de</strong> Teatro <strong>de</strong> Pombalcontinua domingo, 21, às 16hortas, com a peça O Sarilho doPríncipe Matraquilho, pelo TeatroAmador <strong>de</strong> Pombal, naAssociação Cultural RecreativaDesportiva do Louriçal. Destaquetambém para o espectáculo CorreMãe! Corre!, pela companhiaLeirena, amanhã e sábado, 19 e20, às 14:30 horas e 22 horas,respectivamente, no Teatro-Cine<strong>de</strong> Pombal. Entrada livreRevista à portuguesa Não háEuros p’ra ninguém, sábado, 20,às 21:30 horas, no CentroParoquial da Batalha, comparticipação dos actores OctávioMatos, Natalina José, AnitaGuerreiro, Isabel Damatta, PauloOliveira, Diogo Cruz e GabrielaMonteiroO Cenourém continua no Cine-Teatro Municipal <strong>de</strong> Ourém,amanhã, 19, às 21:30 horas, com apeça O Inspector Geral, peloGrupo <strong>de</strong> Teatro da AssociaçãoSénior <strong>de</strong> OurémCriançasCinema


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 45Apresentação da peça <strong>de</strong> teatroinfantil O Menino que virouHistória, da autora brasileira Nanna<strong>de</strong> Castro, sábado e domingo, 20 e21, às 21:30 e 17 horas,respectivamente, no gran<strong>de</strong>auditório do Centro CulturalGonçalves Sapinho, Benedita,Alcobaça, pelo grupo <strong>de</strong> teatro OsGambuzinosElvira Conta Contos <strong>de</strong> Marta Tomé,espectáculo inserido no MetaDança,sábado, às 14:30 horas, no Moinho<strong>de</strong> Papel, <strong>Leiria</strong>, para crianças dos 4aos 9 anosPartidas, teatro para a Infância, mastambém para quem goste <strong>de</strong> umaboa gargalhada, domingo, 21, às 11horas, na Sala Jaime SalazarSampaio, <strong>Leiria</strong>. Pelo Te-Ato (Grupo-Teatro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>), para maiores <strong>de</strong> 3anos, com criação e encenação <strong>de</strong>João Lázaro e Miguel SarreiraMúsica para Crianças (atelier) dos 0aos 3 anos, domingo, 21, às 11 horas,no Espaço Jovem, Ourém, emcolaboração com a Ourearte – Escola<strong>de</strong> Música e <strong>de</strong> Artes <strong>de</strong> OurémTeatro <strong>de</strong> Fantoches, Era uma vez…na Atouguia, seguido <strong>de</strong> oficina <strong>de</strong>expressão plástica (fantoches), hoje,18, durante todo o dia, no CentroInterpretativo <strong>de</strong> Atouguia da Baleia,Peniche, para público escolar (3º, 4º,5º e 6º anos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>)Oslo, 31 <strong>de</strong> Agosto, <strong>de</strong> JoachimTrier, estreado em 2011 noFestival <strong>de</strong> Cannes, com An<strong>de</strong>rsDanielsen Lie, Hans Olav Brennere Ingrid Olava, é o filme quepo<strong>de</strong> ver dia 23, terça-feira, pelas21 horas, na Fnac <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,inserido na programação doFestival IndieLisboa. Paramaiores <strong>de</strong> 12 anos, conta odrama <strong>de</strong> An<strong>de</strong>rs,toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, numa clínica<strong>de</strong> recuperaçãoCALDAS DA RAINHAVivacine Tel.262 840 197De quinta a quarta-feiraOs Croods VP 2DSala 1. 11:00, 13:20, 15:50 e 18:20horas;Ladrões com EstiloSala 1. 21:35 e 00:05 horas;G.I. Joe – Retaliação 2DSala 2. 13:10, 15:35, 18:25, 21:25 e23:50 horas;EsquecidoSala 3. 13:05, 15:25, 18:10, 21:20e 23:55 horas;Um Homem a AbaterSala 4. 13:00, 15:40, 18:20, 21:30e 00:00 horas;Comboio Noturno para LisboaSala 5. 13:35, 15:30, 18:00, 21:15e 23:45 horas;LEIRIACinema CityTel. 244845071De quinta a quarta-feiraDeadManDownUm HomemA Abater Sala 1. 13h30, 16h00,18h30, 21h30 e 00h10 horas;Homem De Ferro 3 3d (só Dia24) Sala 1. 00:05 (só exibe dia24) horas;Os Croods VP 3D Sala 2-K. 11:20,15:30 e 17:35 horas;Os Croods VP Sala 7. 11:15,13:20, 15:25 e 17:30 horas;Comboio Noturno Para LisboaSala 2-k. 13:25, 15:30 e 21:35horas;Dou-lhes um Ano Sala 2-K.19:40 e 23:55 horas;O Caçador: Último Tigre DasTasmânia Sala 3. 11:35, 13:35,15:40, 17:50, 19:50, 21:50 e00:00 horas;Esquecido Sala VIP 4. 11:40,13:20, 15:55, 18:40, 21:40 e 00:15horas;As Fantásticas Aventuras <strong>de</strong>Tad VP Sala 5-L. 11:25 horas;G.I. Joe: Retaliação Sala 5-L.13:25, 15:35, 17:55 e 23:45 horas;G.I. Joe: Retaliação 3D Sala 5-L.21:20 horas;Scary Movie um Mitico Susto<strong>de</strong> Filme Sala 6-S. 11:40, 13:40,15:50, 17:45, 20:00, 21:55 e 23:50horas;O Expatriado Sala 7. 19:35 e00:05 horas (não exibe dia 24);Nómada Sala 7. 21:35 horas;EventosFeira <strong>de</strong>Produtos daTerra, sábado,no MercadoMunicipal <strong>de</strong>AlvaiázereFeira <strong>de</strong> Produtos da Terra, sábado,20, entre as 8 e as 17 horas, noMercado Municipal <strong>de</strong> Alvaiázere,com a presença <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40artesãos e produtores locaisSábado, pelas 14:30 horas, <strong>de</strong>corre oseminário Reflexões em torno dofolclore, na Casa Municipal daCultura, numa organização doRancho Folclórico da Freguesia <strong>de</strong>Pussos. No mesmo concelho,haverá hoje, 18, pelas 20:30 horas,um Á Conversa com Jorge Grácio docurso Papel TexturadoViaje no tempo em Alcobaça,evento e exposição <strong>de</strong> fotografia, nosalão da Caixa <strong>de</strong> Crédito Agrícola,Alcobaça, hoje, 18, pelas 10 horas,no âmbito do Dia Nacional dosMonumentos e Sítios, comparticipação <strong>de</strong> Alberto Guerreiro,museólogo da Câmara MunicipalTertúlia Jorge <strong>de</strong> AlmeidaMonteiro: pela arte e património daNazaré, hoje, 18, às 15 horas, noMuseu Dr. Joaquim Manso, Nazaré,com os oradores que conheceram<strong>de</strong> perto o autor: João SaavedraMachado, José Carlos Codinha, JoséSoares, José Ramiro e Ferreira daSilva. A iniciativa integra-se naexposição Jorge <strong>de</strong> AlmeidaMonteiro: pela arte e património daNazaré, patente neste museu, até 5<strong>de</strong> Maio.Visita Guiada à Fortaleza <strong>de</strong>Peniche, hoje, 18, pelas 16 horas,aberta ao público em geral (DiaInternacional dos Monumentos eSítios 2013). Entrada gratuita, commarcação prévia obrigatóriaTertúlia (Re) Conhecer <strong>Leiria</strong>,sábado, 20, às 17 horas, no Mimo,<strong>Leiria</strong>, com Ricardo Charters <strong>de</strong>Azevedo, Fernando Atay<strong>de</strong> e JoelCorreia, com os mo<strong>de</strong>radoresAntónio Moreira <strong>de</strong> Figueiredo eCarlos Fernan<strong>de</strong>s. Será tambémprojectado o documentário DiaMundial da Criança: 1 <strong>de</strong> Junho 1975(A Flor da Liberda<strong>de</strong>), realizado em<strong>Leiria</strong> por Júlia Guarda RibeiroComo usar a energia das emoçõespara pacificar e libertar a mente?,workshop orientado por PauloBorges (sujeito a inscrição prévia),sábado, 20, entre as 15 e as 19 horas,na Livraria Arquivo, <strong>Leiria</strong>O Mosteiro da Batalha comemora oDia Internacional dos Monumentos eSítios, hoje, com diversasactivida<strong>de</strong>s, entre elas, a intituladaClaustro : fonte <strong>de</strong> vida e saber,LetrasA Feira doLivro <strong>de</strong>Ourémcomeça terçafeira,prolongando--se até 3 <strong>de</strong>Maio, emcolaboraçãocom a LivrariaArquivo). Dia24, Maria InêsAlmeida eJoaquimVieira falamsobre acolecçãoDuarte eMartaA Feira do Livro <strong>de</strong> Ourém começaterça-feira, 23 (Dia Mundial do Livroe dos Direitos <strong>de</strong> Autor), na Praça D.Maria II, em frente ao edifício dosPaços do Concelho <strong>de</strong> Ourém,prolongando-se até dia 3 <strong>de</strong> Maio.Abre <strong>de</strong> segunda a sexta-feira, entreas 10 e as 18 horas, dia 24 das 10 às24 horas e aos sábados, domingos edia 1 <strong>de</strong> Maio das 14 às 18 horas.Além da venda <strong>de</strong> livros a preço <strong>de</strong>feira (colaboração da LivrariaArquivo), integra o III ConcursoConcelhio <strong>de</strong> Leitura, sessões <strong>de</strong>autógrafos, Hora do Conto,concertos e oficinas pedagógicas.Dia 24, pelas 11 horas, Maria InêsAlmeida e Joaquim Vieira estarão àconversa sobre a colecção Duarte eMartaDia Mundial do Livro e dos Direitos<strong>de</strong> Autor na Livraria Arquivo, <strong>Leiria</strong>,dia 23, com maratona <strong>de</strong> leitura einstalação interactiva, por MarcoHeleno. Dia 24, pelas 18:30 horas,<strong>de</strong>corre o Clube <strong>de</strong> Leitura daArquivoXI Feira do Livro do ExternatoCooperativo da Benedita, Alcobaça,entre os próximos dias 23 e 28, comexposições <strong>de</strong> pintura e fotografia,teatro, dança, música e lançamento<strong>de</strong> livros. A abertura oficial será dia23, pelas 17:30 horas, com aapresentação do livro AbelhasAssassinas, do brasileiro Nygel Filho,e actuação da Orquestra Ligeira <strong>de</strong>Óbidos. Dia 24, a partir das 15:30horas, será apresentado ARecepcionista, <strong>de</strong> António TorradoApresentação do livro, Tens BomRemédio! do autor Mário BejaSantos, sábado, 20, pelas 16 horas,na Biblioteca Municipal <strong>de</strong> PedrógãoGran<strong>de</strong>PUBLICIDADE


46 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013Gente&lustreCaldas Professor dá voza ví<strong>de</strong>os da Aca<strong>de</strong>miaKhan❚ Rogério Martins, professor <strong>de</strong>matemática da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Ciências da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Lisboa, mantém o programa Istoé Matemática há algum tempona SIC Notícias. Editor da revistaGazeta da Matemática, é natural<strong>de</strong> Caldas da Rainha, e vai seragora um dos principaislocutores dos ví<strong>de</strong>os <strong>de</strong>stadisciplina da Aca<strong>de</strong>miaKhan, em parceria com aFundação PT.Património GonçaloCardoso presi<strong>de</strong> aoCEPAE❚ Gonçalo Cardoso, licenciadoem História, com pós-graduaçãoem Museologia e Património, é onovo presi<strong>de</strong>nte da direcção doCEPAE, <strong>de</strong>pois da saída <strong>de</strong>Joaquim Ruivo para a direcçãodo Mosteiro da Batalha. Até aquivice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>staassociação, Gonçalo Cardoso étambém director do Museu <strong>de</strong>Arte Sacra e Etnologia, dosMissionários da Consolata emFátima.Leitura Aluna <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> vence concursodistrital❚ Carolina Gaspar, do 3º ciclo daEscola Dr. Correia Mateus,<strong>Leiria</strong>, venceu a fase distrital da7ª edição do Concurso Nacional<strong>de</strong> Leitura, promovido peloPlano Nacional <strong>de</strong> Leitura. Aprova <strong>de</strong> apuramento <strong>de</strong>correuno passado dia 10, na Biblioteca<strong>de</strong> Peniche, com a participação<strong>de</strong> 150 alunos <strong>de</strong> 38 escolas.Foram também finalistasRita Silva e EugéniaDerevyanko.Forum InternacionalAdvogado <strong>de</strong> Pombalrecebe medalha <strong>de</strong>ouro❚ O advogado Paulo Neto, seniorpartner da Diogo, Neto, Marquese Associados - Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Advogados, RL, com escritóriosem Pombal e Lisboa, recebeu amedalha <strong>de</strong> ouro do Fóruminternacional Foro Europa 2001,instituição sediada emBarcelona. O jurista é tambémcoor<strong>de</strong>nador europeu da AEA -International Lawyers Network,que congrega profissionais <strong>de</strong>todo o mundo.Concurso Inatelpremeia músico <strong>de</strong>Caldas da Rainha❚ Pedro Santos, compositor <strong>de</strong>Caldas da Rainha, venceu oPrémio Concurso <strong>de</strong> Composiçãopara Orquestra <strong>de</strong> Sopros, com aobra O Viajante, atribuído pelaFundação Inatel. O jovem, 23anos, professor numa aca<strong>de</strong>mia<strong>de</strong> música na ilha do Pico,Açores, e responsável pelosestágios <strong>de</strong> Verão na sua terranatal, verá ainda este a sua obraeditada e apresentadapublicamente.História<strong>de</strong>Vida Álvaro Laborinho LúcioViagens <strong>de</strong> ida e volta à sua NazaréGraça Menitragraca.menitra@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Conselheiro Jubilado do Supremo Tribunal <strong>de</strong>Justiça, Álvaro Laborinho Lúcio tem hoje maistempo para se <strong>de</strong>dicar à escrita. Resi<strong>de</strong> emCoimbra, por uma questão prática e familiar, mas avila da Nazaré (on<strong>de</strong> nasceu) é e será sempre a suacasa. É lá que estão as suas raízes e memórias <strong>de</strong>infância e é la que regressa sempre que é convidadopara participar em <strong>de</strong>bates ou apresentar livros. Emmãos tem actualmente um livro romanceado,escrito por or<strong>de</strong>m alfabética, com nomes <strong>de</strong>pessoas reais mas <strong>de</strong>sconhecidas, que conheceu aolongo da sua vida, por todos os sítios por on<strong>de</strong>passou, algumas até com problemas mentais,<strong>de</strong>linquentes, presos e sem abrigo. “Dedico estelivro às pessoas que, no contexto social, são tidas“sem importância”, <strong>de</strong> quem ninguém se lembramas que foram muito importantes para mim. Daí olivro se chamar Esquecimento”, avança. Uma<strong>de</strong>ssas figuras chama-se Eustáquio, já falecido, seucompanheiro <strong>de</strong> escola primária, que <strong>de</strong>pois foipara a pesca do bacalhau. “Era um rapaz muitovirado para si próprio. Mas, não esqueço que,quando exercia funções <strong>de</strong> Ministro da Justiça, malchegava à Nazaré, lá estava ele à esquina, como quepara me proteger. E é curioso porque essaprotecção era exactamente a mesma que me davana escola, quando me roubavam os berlin<strong>de</strong>s. Éuma coisa que preservo e que quero transmitir,para que se saiba que havia um Eustáquio assim”,recorda. Filho único, neto único, sobrinho único,Laborinho Lúcio nasceu no seio <strong>de</strong> uma família quecorrespondia à burguesia local (o pai foi chefe dosCorreios e a mãe era doméstica), num contexto emque a vida nazarena era marcada por gran<strong>de</strong>sdificulda<strong>de</strong>s económicas e situações <strong>de</strong> pobreza“Normalmentenão chegamosàs utopiasporque nosapeamos cedo<strong>de</strong>mais nocaminho”RICARDO GRAÇAsignificativas. Depois da 4ª classe, estudou até ao5º ano no Externato <strong>de</strong> Alcobaça, seguindo-se o 6ºe 7ºanos em Caldas da Rainha, no ExternatoRamalho Ortigão. “Viajava diariamente paraAlcobaça, na camioneta dos Claras, e costumo dizerque foi nessa altura que aprendi o que era a utopia.Porque saía todos os dias <strong>de</strong> manhã até Alcobaçamas a camioneta seguia para Torres Novas, umlugar on<strong>de</strong> eu nunca chegava e gostaria <strong>de</strong> chegar.Só que me apeava muito cedo”, diz. Curioso é queLaborinho Lúcio mantém esta i<strong>de</strong>ia, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndoque “normalmente não chegamos às utopiasporque nos apeamos cedo <strong>de</strong>mais no caminho”.Um pouco por todo o País, o ex-ministro da Justiçanão se nega ao caminho e está sempre disponívelpara respon<strong>de</strong>r aos convites. Faz parte da suaprópria natureza não estar parado. “Felizmente soubastante solicitado, tenho gosto e estousistematicamente disponível, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o tempomo permita”, diz. Ao mesmo tempo está ligado avariadíssimas instituições, como a Universida<strong>de</strong> doMinho, os conselhos consultivos do CentroHospitalar <strong>de</strong> Coimbra e do Centro Hospitalar<strong>Leiria</strong>-Pombal, ou a Fundação do Gil.Nos anos 50, ainda jovem estudante, LaborinhoLúcio criou o Clube Académico da Nazaré, comactivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva relativamente intensa. Maistar<strong>de</strong>, começou a <strong>de</strong>dicar-se a outras activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>natureza mais cultural, nomeadamente o teatro. “Jáestava na universida<strong>de</strong> quando passámos a fazerespectáculos <strong>de</strong> rua, pelo Natal, na Páscoa e noVerão. E além <strong>de</strong> uma peça <strong>de</strong> carácter local, escritapor Fernando Ibarra, havia sempre peças maissérias <strong>de</strong> autores consagrados, como Luís FranciscoRebelo ou José Régio”, recorda. Ainda hesitoucontinuar a carreira no teatro, mas quandopercebeu a angústia da família, optou pela justiça.A paixão pela fotografia, essa foi herdada do seuavó materno, comerciante, ainda hoje consi<strong>de</strong>radoo gran<strong>de</strong> fotógrafo da Nazaré. “As sua fotografias,com 100 anos, dão-nos uma força que muitas vezesnão encontramos nas <strong>de</strong> hoje, a <strong>de</strong>speito da gran<strong>de</strong>técnica actual”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>. Não esquece também acâmara escura no sótão, on<strong>de</strong> se metia quandocriança, para seu enorme <strong>de</strong>slumbramento, ouquando ao entar<strong>de</strong>cer, o seu avó <strong>de</strong>ixava os clientesna loja, na praça principal da Nazaré, e pegava namáquina e no tripé para fotografar por causa da luzespecial que fazia àquela hora.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2013 47AconteceuPontoFuga Sal NunkachovMercado do vinho foi aposta ganhaDegustar vinho foi o que se fez no fim-<strong>de</strong>-semanapassado no Mercado Sant'Ana, tanto por enófilos comopor meros curiosos. Esta iniciativa, organizada pelaSodicel, empresa <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> bebidas, emparceria com a câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, “superou largamenteas expectativas”, afirma Tânia Sousa, engenheiraenóloga da Sodicel. Segundo a enóloga, cerca <strong>de</strong> 2000pessoas visitaram o Mercado do Vinho neste fim-<strong>de</strong>--semana, sendo esta uma iniciativa que a empresaplaneia seguramente repetir.Mo<strong>de</strong>lo -Catarina daVeiga (Elite)Fotografia - SalNunkachovADRIANA GUARDAJovens farmacêuticos <strong>de</strong>batem profissão na VieiraO encontro nacional dos jovens farmacêuticos,Gopharma, <strong>de</strong>correu no Hotel Cristal, Vieira <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,no fim-<strong>de</strong>-semana que passou. Esta iniciativa tevecomo objectivo discutir os <strong>de</strong>safios que osfarmacêuticos enfrentam nos dias que correm, tendose<strong>de</strong>batido temas como Os farmacêuticos em Portugale no mundo, Empreen<strong>de</strong>dorismo e Mobilida<strong>de</strong>Profissional na Europa. Este evento anual <strong>de</strong>stina-se ao<strong>de</strong>bate <strong>de</strong> temas <strong>de</strong> relevo na área e ao fomento daunião no seio da classe farmacêutica.DRModalfaVansCentro Quiroprático ajuda Banco AlimentarO Centro Quiróprático Nova Vida organizou umacampanha <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> alimentos para o BancoAlimentar Contra a Fome <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, cuja entrega serealizou no passado dia 3. O conceito era simples: emtroca <strong>de</strong> um exame completo na clínica, no valor <strong>de</strong> 150euros, era pedido ao cliente uma ajuda no valor <strong>de</strong> 15euros em géneros alimentícios. Os resultados dacampanha foram positivos, permitindo angariar 240quilos <strong>de</strong> comida, no valor <strong>de</strong> 300 euros. Segundo NeilViolante, quiroprático naquele centro, os resultados sónão foram ainda melhores, porque “faltou anunciarantes”. “Se o tivéssemos feito, po<strong>de</strong>ríamos ter tido umaresposta ainda maior”, acrescenta.DRIntimissimiH&MModalfa


Os abusos, como os <strong>de</strong>ntes, nunca searrancam sem doresAgostinho da SilvaJorlis - Edições e Publicações, Lda.Parque Movicortes2404-006 Azoia - <strong>Leiria</strong>Tel. 244 800 400 Fax 244 800 401geral@jornal<strong>de</strong>leiria.ptEm 2012, o prazo médio <strong>de</strong> pagamento da autarquia foi <strong>de</strong> 88 diasPassivo da Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> diminui 28 milhões em três anosMaria Anabela Silvaanabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.ptO número13.5milhões <strong>de</strong> euros é o resultadolíquido do exercício <strong>de</strong> 2012 daCâmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>; no anoanterior tinha sido <strong>de</strong> 7.2milhões111.9milhões <strong>de</strong> euros era o passivoda câmara no final do anopassado❚ Nos últimos três anos, a Câmara<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> reduziu o seu passivoem 28 milhões <strong>de</strong> euros. Só no últimoano, esse indicador registouuma diminuição <strong>de</strong> 11.1 milhõesface a 2011, com o passivo total daautarquia a fixar-se em 111.9 milhões.Este dado consta do documento<strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> contas daautarquia, referente a 2012, aprovadona terça-feira, com os votoscontra da oposição.Na sua intervenção, o presi<strong>de</strong>nteda câmara <strong>de</strong>stacou ainda aredução das dívidas a terceiros edo prazo médio <strong>de</strong> pagamento afornecedores, que, no último ano,passou <strong>de</strong> 126 para 88 dias. “Os resultadosexpressam claramente apolítica <strong>de</strong> contenção. Só assim foipossível que o passivo da autarquiatenha encurtado”, afirmaRaul Castro, que reconhece que,além da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cortes na<strong>de</strong>spesa, os resultados <strong>de</strong>corremtambém da aplicação da Lei dosCompromissos e Pagamentos emAtraso.O autarca realça também o aumentoda capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> endividamentoda autarquia e as melhoriasno seu resultado líquido,que passou <strong>de</strong> sete milhões <strong>de</strong>euros, em 2011, para 13.5 milhões<strong>de</strong> euros, em 2012.Do lado da receita, tal como seprevia, os resultados reflectiramuma redução significativa, com omontante arrecado em 2012 a ficar--sepelos 59.8 milhões <strong>de</strong> euros,quando no ano anterior tinhachegado aos 64 milhões. Umaquebra <strong>de</strong> 4.6 milhões que a câmarajustifica com a crise económicaque o País atravessa e que “sereflectiu negativamente, sobretudo,no sector das obras”.Esses indicadores não foram,no entanto, suficientes para convencera oposição a aprovar ascontas.Apesar <strong>de</strong> reconhecer que os resultadostraduzem um “esforçobastante significativo” na redução<strong>de</strong> gastos, Blandina Oliveira (in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte)enten<strong>de</strong> que “aindahá alguma má <strong>de</strong>spesa pública”,dando como exemplo o alugueroperacional <strong>de</strong> viaturas. “Os resultadospodiam ser melhores setivessem sido tomadas outras opçõespolíticas com a eliminação<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas <strong>de</strong>spesas”, afirmou.Por seu lado, os vereadores doPSD justificaram o voto contracom as taxas <strong>de</strong> execução, que“na óptica dos pagamentos são <strong>de</strong>apenas 54%” e das receitas que secifraram em “apenas 63%”. O“subfinanciamento da política<strong>de</strong>sportiva da câmara concretizadaatravés da Leirisport” e o facto<strong>de</strong> “continuar por terminar a inventariaçãocompleta dos bens<strong>de</strong> domínio público, <strong>de</strong> imobilizaçõescorpóreas e em curso doMunicípio, o que suscitou umareserva do ROC”, foram outrosdos argumentos apresentados pelossociais-<strong>de</strong>mocratas.Viagens (fora) da minha terraO <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> convidaos seusleitores apartilharemi<strong>de</strong>ias para aregiãoobservadasnoutros locaisdo País ou doestrangeiro.Bastaenviaremduas ou trêsfotografias eum texto com1500caracteresparadireccao@jornal<strong>de</strong>leiria.ptSituada em plena costa Azahar, Marina d'Or éconhecida especialmente pelo maior SPA <strong>de</strong> águamarinha da Europa. Este ano, <strong>de</strong>stino eleito pelosfinalistas portugueses do secundário, esta cida<strong>de</strong>encheu-se <strong>de</strong> luz e diversão. Além dos jovens,Marina D'Or é também e essencialmente um<strong>de</strong>stino eleito pelas famílias <strong>de</strong>vido às diversaszonas <strong>de</strong>stinadas a todas as faixas etárias, suadiversida<strong>de</strong> e segurança. Possui 1800 câmaras <strong>de</strong>ví<strong>de</strong>o-vigilância espalhadas por todo o espaço,contribuindo <strong>de</strong>ste modo para a segurança dosturistas que visitam a cida<strong>de</strong>.Marinad'OrAdrianaGuardaEstando Marina d'Or ainda em expansão, todos oslugares situam-se muito perto uns dos outros, oque se torna muito vantajoso. Com praiasparadisíacas, jardins e SPA, zonas comerciais eainda com espaços nocturnos <strong>de</strong> excelência, existeuma gran<strong>de</strong> aliança entre <strong>de</strong>sign e mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>.Um dos lugares preferidos dos turistas, maispropriamente dos jovens, é o chamado Paláciod'Or. Muito inovador pela sua arquitectura e pelacapacida<strong>de</strong> para oito mil pessoas, este é o sítionocturno i<strong>de</strong>al para <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong> boa música,garantindo as melhores noites nesta cida<strong>de</strong>. Osjardins, apresentam gigantes dimensões,acompanhando toda a praia paradisíaca. Eporque sabe bem um dia passado em perfeitatranquilida<strong>de</strong>, Marina reserva-nos o melhor SPAda Europa, com águas captadas doMediterrâneo, sendo uma mais-valia para asaú<strong>de</strong> daqueles que o <strong>de</strong>sfrutam. Mais um dosespaços que marca esta cida<strong>de</strong> e que <strong>de</strong>ixa osmais novos com 'a pulga atrás da orelha' é oParque Aventura d'Or on<strong>de</strong> estes po<strong>de</strong>musufruir <strong>de</strong> um dia cheio <strong>de</strong> aventura aliado aactivida<strong>de</strong>s radicais e muita diversão.PUBLICIDADE

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