45• Antecedentes pessoais: Responsável relata que a mãe já sofreu abortamento por motivodesconhecido e desenvolveu grave quadro de anemia durante toda a gestação da paciente,a qual se intensificou no terceiro trimestre, a ponto de necessitar infundir duas bolsas desangue em cirurgia cesárea eletiva. Nasceu a termo, sem intercorrências, com índice deApgar adequado. Refere asma (uma crise por mês, em média), alergia a corantes edoenças próprias da infância. Vacinação completa. Nega cirurgias anteriores ou outrasdoenças.• Antecedentes familiares: sem particularidades.5.3.2) Exame Dermatológico:• Inspeção: Apresenta lesão melanocítica extensa, um pouco elevada, áspera, hipercrômica,de coloração negra, heterogênea, pilosa em seu centro, com círculo periférico de coloraçãomais clara (marrom), de bordos irregulares, sem sinais inflamatórios, localizada emquadrante inferior esquerdo do abdome, com dimensões de 12 x 10 cm.• Palpação: Lesão homogeneamente elástica e não aderida aos planos profundos.5.3.3) Operação e Resultados:Neste caso, foi indicada a ressecção completa do NCG, principalmente, em virtude docrescimento da lesão ser desproporcional ao corpóreo, da sua mudança de textura e da suamudança de coloração na periferia, o que poderiam ser sinais indicativos de malignização,além do fato desta paciente se encontrar na faixa etária de risco para tal.Antes do início da operação, a paciente foi submetida à anestesia geral inalatória. Aressecção do tecido foi realizada com bisturi frio e tesoura até a fáscia muscular, recebendo osmesmos cuidados rigorosos de antissepsia e hemostasia já descritos. A matriz dérmica foirecortada com tesoura curva no formato exato do leito excisado, sendo implantadasatisfatoriamente por meio de pontos com fio inabsorvível.Durante o seguimento pós-operatório, não se observou nenhuma complicação com oprocesso de biointegração da MRD, havendo 100% de pega (Figura 29).Após 21 dias, portanto, se realizou a enxertia (0,6 mm). No quarto dia após a enxertia,observou-se uma pequena flictena (coleção serosa subepidérmica) no centro do enxerto, aqual foi prontamente drenada. Assim, após 9 dias da enxertia, a paciente recebeu altahospitalar, com 100% de pega do enxerto. Foi orientada a fazer uso de creme hidratante eevitar exposição solar na área operada, devendo retornar em 3 meses.
46Figura 29: Região abdominal 21 dias após o implante da MRD.Entretanto, 13 dias depois da alta hospitalar, a paciente retorna ao hospital com perdade, aproximadamente, 25% da área central do enxerto, por motivo de infecção. Foi indicado,portanto, um retoque do enxerto. Para tal, se utilizou como área doadora a face interna dacoxa esquerda. Assim, 3 dias após o retorno ao hospital, foi realizada a enxertia da regiãocentral da área operada. Dessa vez não houve formação de flictena, hematoma ou infecção naregião enxertada, ocorrendo pega de 100%. Destarte, apenas cinco dias após o retoque doenxerto a paciente recebeu alta hospitalar, juntamente com as orientações de rotina. Oresultado pós-operatório no momento da alta hospitalar foi considerado satisfatório, já que,embora tenha ocorrido reenxertia parcial, a biointegração da MRD e do enxerto foi completaao final do tratamento hospitalar.A reavaliação em nível ambulatorial ocorreu em intervalos de 3 meses, quando, então,eram analisados os resultados estéticos e funcionais da área operada (Figura 30).
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