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'Cor' das ÁgUas natUrais - Instituto do Milênio Estuários

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Ó P T I C AH I D R O L Ó G I C AA B CFigura 2. Os ecossistemas aquáticos exibem grande variação de cor,em função <strong>do</strong>s materiais orgânicos e inorgânicos em suspensão e dissolvi<strong>do</strong>s,gera<strong>do</strong>s no próprio ecossistema e fora deste (por processos naturaise humanos). Um exemplo é o encontro <strong>das</strong> águas <strong>do</strong>s rios Solimões e Negro,na Amazônia (A). Outros ambientes aquáticos podem apresentar águas limpase quase transparentes (B) ou grande quantidade de materiais orgânicos (C)para a grande diversidade (inclusive estética) observadanos ambientes aquáticos <strong>do</strong> planeta (figura 2).É interessante notar que, embora integrem um ciclohidrológico global, as águas naturais tendem a exibircaracterísticas físicas, químicas e biológicas própriasou relaciona<strong>das</strong> a cada local ou região, as quais, pelomenos em parte, estão refleti<strong>das</strong> em sua cor.Um pouco sobreóptica hidrológicaA óptica é um ramo da física que estuda as propriedadesinterativas entre a luz e um meio material qualquer,sen<strong>do</strong>, no caso da água, chamada de óptica hidrológica.As interações entre a luz e as águas naturaistêm si<strong>do</strong> avalia<strong>das</strong> historicamente por meio <strong>do</strong> usode instrumentos relativamente simples como o discode Secchi (cria<strong>do</strong> em 1865 e ainda emprega<strong>do</strong> paramedir a transparência <strong>do</strong>s corpos d’água) e turbidímetrospara medi<strong>das</strong> de turbidez, além de méto<strong>do</strong>scomparativos como a escala de cor de águas criadaem 1892 pelo químico norte-americano Allen Hazen(1869-1930) com base em soluções padroniza<strong>das</strong> deplatina-cobalto (Pt-Co). Atualmente, diversos equipamentosmodernos e sofistica<strong>do</strong>s, como espectrofotômetrose espectrofluorímetros, permitem medir demo<strong>do</strong> mais confiável as características associa<strong>das</strong> àinteração da luz com águas naturais.A expressão métrica dessas propriedades interativasse dá pela determinação de coeficientes ópticos como ode absorção (a), que resulta da conversão da energialuminosa incidente na água em calor; o de dispersão ouespalhamento (b), que indica as mudanças de direçãode propagação da luz; e o de atenuação (c), que representaa soma <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is anteriores (a + b). Também é medi<strong>do</strong>o coeficiente de inclinação espectral, S, que indica a taxade queda <strong>do</strong> coeficiente de absorção em função <strong>do</strong> aumento<strong>do</strong> comprimento de onda num intervalo espectraldefini<strong>do</strong>. Esses coeficientes são importantes para a caracterizaçãode águas naturais, <strong>do</strong>ces e salga<strong>das</strong>.As propriedades ópticas de águas naturais po -dem ser classifica<strong>das</strong> como aparentes e inerentes. Aóptica aparente inclui as influências da interação entrea luz solar, a atmosfera e as águas (e <strong>do</strong>s sedimentosde fun<strong>do</strong>), o que a torna sensível às condições ambientaisno momento e no local da avaliação. Por meiode medi<strong>das</strong> de óptica aparente, é possível determinara intensidade da radiação solar e sua composiçãoespectral, ou a característica <strong>do</strong> ambiente de luz subaquático,ao longo da coluna d’água. A ‘zona eufótica’,por exemplo, abrange a zona de profundidade <strong>do</strong>scorpos d’água onde há luz suficiente para a realizaçãoda fotossíntese. As características <strong>do</strong> ambiente de luzsubaquático podem, por sua vez, proporcionar vantagensadaptativas e competitivas na captação de energiaeletromagnética por algas, em razão da maior ou menoreficiência de absorção de luz, por diferentes pigmentosfotossintetizantes, na região da radiação fotossinteticamenteativa (RFA), entre 400 e 700 nanômetros (nm)de comprimento de onda, aproximadamente.Ainda em relação à óptica aparente, tem si<strong>do</strong> possívelrealizar estimativas locais e globais de biomassafitoplanctônica (algas microscópicas) em águas marinhassuperficiais, por meio de sensoriamento remoto,a partir da análise <strong>das</strong> on<strong>das</strong> de luz que sofrem refle-Alberto César Araújo (A), Breno Costa (B) e Ana Carolina Fernandes (C)/Folha Imagem34 • Ciência Hoje • vol. 43 • nº 255


Ó P T I C AH I D R O L Ó G I C Axão nesses ambientes (figura 3). Em águas continentais,estuarinas e costeiras, a maior quantidade e a variabilidadede interferentes ópticos tendem a dificultaresse tipo de avaliação remota.As propriedades ópticas inerentes, por sua vez,medem o comportamento da luz (coeficientes ópticos)nas frações particulada e/ou dissolvida de amostrasde água natural em condição padronizada, isoladaou protegida da radiação solar. Normalmente, taismedi<strong>das</strong> são feitas em laboratório, com instrumentosespecíficos (espectrofotômetros, espectrofluorímetrosetc.), equipa<strong>do</strong>s com lâmpa<strong>das</strong> que atuam como fontecontrolada de luz. Nas águas naturais, os principaiscomponentes <strong>do</strong> meio hídrico que influenciam ocomportamento da luz são a água propriamentedita, os detritos (turbidez), o fitoplâncton (clorofila)e a matéria orgânica dissolvida cromófora (capaz deabsorver luz), também chamada de matéria orgânicadissolvida colorida, gilvin, gelbstoff ou, simplesmente,substâncias amarelas.Tais interferentes influenciam a cor e a tonalidade<strong>das</strong> águas naturais, afetan<strong>do</strong> as propriedades ópticas<strong>do</strong>s corpos d’água não só na faixa espectral associadaà região <strong>do</strong> visível e da radiação fotossinteticamenteativa (∼400-700 nm), mas também na faixa da luzultravioleta A (UV-A, ∼315-400 nm) e B (UV-B, ∼280-315 nm), não visível para os humanos. Estu<strong>do</strong>s têmdemonstra<strong>do</strong> que essas medi<strong>das</strong> tornam possívelidentificar massas d’água em áreas estuarinas e marinhas,deduzir participações ou contribuições referentesà matéria orgânica dissolvida tipicamente derivadade plantas terrestres ou produzida internamenteem um ecossistema aquático (por exemplo, fitoplânc-ton), verificar os efeitos da oxidação física (pela luzsolar) e microbiana (degradação biológica) na matériaorgânica dissolvida e realizar monitoramento de acidenteambiental.A matéria orgânicadissolvidaEntre os componentes absorve<strong>do</strong>res de luz presentesnas águas naturais, a matéria orgânica dissolvida éparticularmente relevante para a caracterização óptica<strong>do</strong>s corpos d’água. Como menciona<strong>do</strong> anteriormente,essa observação está associada à propriedade da águade agir como ‘solvente universal’.Operacionalmente, a matéria orgânica dissolvidapode ser definida como a fração orgânica que passapor filtros ou membranas com poros normalmentemenores que 1 micrômetro (1 μm equivale a 1 milionésimo<strong>do</strong> metro). Para os ecossistemas aquáticos, aimportância ecológica da matéria orgânica dissolvidapode ser relacionada a múltiplos aspectos. No senti<strong>do</strong>biogeoquímico, é um importante estoque de carbonoorgânico, equiparan<strong>do</strong>-se, em termos globais, ao carbonoassocia<strong>do</strong> à biomassa vegetal terrestre (estimadaentre 500 e 700 bilhões de tonela<strong>das</strong>). Metabolicamente,constitui um importante recurso energético e material(alimento) para bactérias e protistas em geral.Além disso, é capaz de reagir quimicamente comnutrientes e poluentes, geran<strong>do</strong> substâncias que podemafetar a solubilidade, a biodisponibilidade, o transportee a ciclagem de tais elementos.FONTE: PROJETO SEAWIFS, NASA E ORBOMAGEFigura 3. Imagem (em cores artificiais) mostran<strong>do</strong> a distribuição de clorofila-a (mg por m 3 ) nos oceanos, obtida em 2000 pelo satéliteSeaWIFS, cujos sensores obtêm da<strong>do</strong>s sobre propriedades ópticas e sobre a presença de fitoplâncton em oceanos e águas continentaisdezembro de 2008 • Ciência Hoje • 35


Ó P T I C AH I D R O L Ó G I C AOs constituintes orgânicos presentes nas águasnaturais podem apresentar distintos tamanhos, pesose arranjos moleculares, além de diferentes graus deresistência ao ataque de microrganismos. Essa complexidadecria enorme dificuldade para a caracterizaçãoquímica de tais constituintes por méto<strong>do</strong>sanalíticos convencionais. Somada a essa variedadequímica e reacional, parte <strong>das</strong> moléculas orgânicasdissolvi<strong>das</strong> nas águas naturais tem atividade óptica,ou seja, ‘responde’ à luz, por meio de propriedadesfluorescentes (nesse caso, matéria orgânica dissolvidafluorescente) e/ou, como menciona<strong>do</strong>, por meio daabsorção de luz (matéria orgânica dissolvida cromóforaou colorida). Em conseqüência, mudanças quantitativase qualitativas nos conjuntos moleculares dematéria orgânica dissolvida de águas naturais podem– ao menos em parte – ser acompanha<strong>das</strong> e avalia<strong>das</strong>por análises de óptica inerente da cor <strong>das</strong> águas.Abre-se, então, a possibilidade de realizar umacaracterização ambiental de águas naturais baseada noconjunto de cromóforos orgânicos nelas dissolvi<strong>do</strong>s,consideran<strong>do</strong> as características ópticas <strong>do</strong>s ecossistemasaquáticos. O que seria apenas uma ‘caixa-preta’passa a apresentar valor informativo, útil à caracterização<strong>das</strong> águas naturais em geral. Vale mencionarque, em relação aos da<strong>do</strong>s de óptica aparente, os deóptica inerente podem ser mais facilmente processa<strong>do</strong>s,calibra<strong>do</strong>s e compara<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> valiososprinci palmente para o monitoramento de ecossistemasaquáticos. Estu<strong>do</strong>s que investigam re la -cionamentos entre as propriedades ópticas inerentesda matéria or gânica dissolvida cromóforae outras variáveis físicas, químicase biológicas representam umapossibi lidade adicional para avaliara importância da cor <strong>das</strong> águas para a estrutura e afunção <strong>do</strong>s ecossistemas aquáticos.o eXemplo <strong>das</strong> lagoasFlUminensesUm estu<strong>do</strong> exploratório sobre as propriedades ópticasinerentes da matéria orgânica dissolvida cromófora deáguas naturais foi realiza<strong>do</strong> em 10 corpos d’água situa<strong>do</strong>sno esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro (figura 4). Nesseestu<strong>do</strong> foram medi<strong>do</strong>s os coeficientes de absorção ede inclinação espectral na fração dissolvida (no caso,partículas menores que 1 μm) <strong>das</strong> amostras de águacoleta<strong>das</strong>.Os resulta<strong>do</strong>s iniciais mostraram uma ampla variabilidadeóptica entre as lagoas estuda<strong>das</strong>, sugerin<strong>do</strong>haver especificidades ambientais. Na faixa <strong>do</strong> ultravioletaB, por exemplo, os coeficientes de absorção damatéria orgânica dissolvida cromófora variaram, nasamostras de água <strong>das</strong> lagoas, entre 12,1 e 129 pormetro (ou seja, uma diferença de mais de 10 vezes).As diferenças foram iguais a 12 vezes na faixa <strong>do</strong>ultravioleta A e a 7,5 vezes na faixa da radiação fotossinteticamenteativa. Vale mencionar que baixoscoeficientes de absorção indicam águas mais transpa-Rio de JaneiroFigura 4. Localização geográfica <strong>das</strong>10 lagoas estuda<strong>das</strong> no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Riode Janeiro – uma amostra de água de cadauma foi coletada para o estu<strong>do</strong> comparativo<strong>das</strong> propriedades ópticas inerentesda matéria orgânica dissolvida coloridaFigura 5. Associação entre diferentes valores de absorção de luzpela matéria orgânica em 10 lagoas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro.O eixo vertical mostra a razão (proporção) entre os valoresde absorção na faixa <strong>do</strong> ultravioleta A e na faixa adequadapara a fotossíntese (região fotossinteticamente ativa, ou RFA).O eixo vertical mostra a razão entre os valores na faixa<strong>do</strong> ultravioleta B e na RFA. A variação nos valores, evidenciadano gráfico, pode ser explicada pela presença de moléculasorgânicas mais preserva<strong>das</strong> (mais ‘frescas’) em algumas lagoase de moléculas mais degrada<strong>das</strong> (ou ‘envelheci<strong>das</strong>’) em outras


entes, relativamente incolores. No caso <strong>do</strong>s coeficientesde inclinação espectral, a diferença entre osecossistemas aquáticos chegou a cerca de 2,2 vezes,nas regiões <strong>do</strong> ultravioleta A e da radiação fotossinteticamenteativa, e a 4,5 vezes na região <strong>do</strong> ultravioletaB. Essas variações podem indicar mudanças naqualidade ou na composição química da matéria orgânicadissolvida cromófora.Para se ter uma idéia sobre o significa<strong>do</strong> dessasvariações, o coeficiente de absorção em um comprimentode onda específico pode variar até 600 vezesem águas naturais em geral, mas em um mesmo ecossistema(uma lagoa, por exemplo) as variações dessecoeficiente tendem a ficar entre duas e 20 vezes e, nocaso da inclinação espectral, entre 1,1 e três vezes.O uso de razões, ou seja, proporções entre <strong>do</strong>isvalores – no caso, entre os da<strong>do</strong>s <strong>das</strong> medições obti<strong>das</strong>para o ultravioleta e para a radiação fotossinteticamenteativa (UV-A/RFA e UV-B/RFA) –, é outra formade tratamento numérico que permite caracterizar a‘estrutura óptica’ <strong>do</strong>s ecossistemas aquáticos (figura5). Esse procedimento mostrou-se útil no monitoramento<strong>das</strong> águas <strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> Sul, na época <strong>do</strong>acidente ambiental causa<strong>do</strong> pela indústria de papéisCataguazes, em 2003. Na área <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, foi possívelverificar o retorno da estrutura óptica <strong>das</strong> águas <strong>do</strong>rio Paraíba <strong>do</strong> Sul após a passagem <strong>do</strong> rejeito tóxico.Nas 10 lagoas estuda<strong>das</strong>, a variabilidade constatadanos coeficientes de absorção e de inclinação espectral(figura 6) reforçou a existência de uma diversidadeóptica hidrológica entre os ecossistemas estuda<strong>do</strong>s.Os valores encontra<strong>do</strong>s indicaram, em uma análiseconjunta <strong>das</strong> lagoas, uma associação significativaentre esses coeficientes ópticos. Esse tipo de associação,constatada também em outros estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mesmotipo, tem si<strong>do</strong> interpretada como reflexo da presençanas águas, em diferentes graus, de matéria orgânicadissolvida cromófora produzida internamente ouvinda de fora. No entanto, os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s tam-estU<strong>do</strong>s atUaiso autor <strong>do</strong> artigo coordena, no laboratório de Ciências Ambientais daUenf, a investigação de possíveis relações entre as propriedadesópticas inerentes da matéria orgânica dissolvida cromófora e outrasvariáveis físicas, químicas e biológicas em ecossistemas aquáticoscontinentais <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> rio de janeiro. recentemente, foi o responsávelcientífico pela caracterização óptica de alguns estuários da costaleste/nordeste <strong>do</strong> brasil, dentro <strong>do</strong> Projeto institutos <strong>do</strong> milê nioestuários, coordena<strong>do</strong> pelo biofísico luiz drude de lacerda, <strong>do</strong> institutode Ciências <strong>do</strong> mar (labomar), da Universidade Federal <strong>do</strong> Cea -rá. em perspectiva, novos estu<strong>do</strong>s deverão incluir águas marinhas.bém podem decorrer de, ou indicar, diferentes grausde degradação da matéria orgânica dissolvida porprocessos físicos (oxidação pela luz, por exemplo) ebiológicos (degradação por bactérias, por exemplo).Esse conjunto de informações ilustra como a cor<strong>das</strong> águas – quantificada por meio <strong>das</strong> propriedadesópticas inerentes da matéria orgânica dissolvida cromófora– pode servir como um referencial científicocapaz de auxiliar na determinação de ‘tipos’ hidroópticos.O acompanhamento continua<strong>do</strong> dessas propriedades,juntamente com tratamentos matemáticos eestatísticos <strong>das</strong> relações entre eles, poderá ajudar adesenvolver méto<strong>do</strong>s de caracterização de águas naturais– com possível identificação e reconhecimentode ‘assinaturas ópticas’ – potencialmente úteis ao mapeamento,gestão e monitoramento de ecossistemasaquáticos (incluin<strong>do</strong>-se aí, talvez, os aqüíferos).No caso <strong>do</strong> Brasil, que detém cerca de 12% daprodução mundial de águas <strong>do</strong>ces superficiais e cujaextensão de costa inspira o termo ‘Amazônia Azul’, oinvestimento científico em óptica hidrológica pareceser particularmente oportuno e deverá contribuir paraa organização de seu patrimônio hídrico. Certamente,to<strong>do</strong>s os esforços científicos volta<strong>do</strong>s ao conhecimentoaprofunda<strong>do</strong> de ‘nossas’ águas naturais são estratégicospara o desenvolvimento atual e futuro <strong>do</strong> país. Figura 6. Associação entre os valoresde inclinação espectral e de absorçãoda matéria orgânica dissolvida coloridana faixa da radiação fotossinteticamenteativa em nove <strong>das</strong> 10 lagoas estuda<strong>das</strong>.Nas extremidades da curva estão a lagoaLimpa, na qual é maior a proporção dematéria orgânica gerada no próprioambiente, e a lagoa de Grussaí, na quala maior contribuição vem de fora.A lagoa <strong>do</strong> Vigário foi excluída <strong>do</strong> cálculoda curva por fugir ao padrão <strong>das</strong> demais– essa lagoa recebe grande carga deesgotos <strong>do</strong>mésticos e possivelmente essefato afetou suas características ópticasSugestões para leiturajerloV, n. g. Opticaloceanography (elsevieroceanography series, v. 5).Amsterdã, elsevier, 1968.KirK, j. t. o. Light andphotosynthesisin aquatic ecosystems.Cambridge, CambridgeUniversity Press, 1994.mobleY, C. d. Light and water,radiative transfer in naturalwaters. nova York,Academic Press, 1994dezembro de 2008 • CiênCia Hoje • 37

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