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Experiência 6 - Perda de Carga Distribu´ıda ao Longo de ... - Unesp

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Experiência 6 - <strong>Perda</strong> <strong>de</strong> <strong>Carga</strong> Distribuída <strong>ao</strong> <strong>Longo</strong> <strong>de</strong>TubulaçõesProf. Vicente Luiz Scalon1181 - Lab. Mecânica dos FluidosObjetivo:Medida <strong>de</strong> perdas <strong>de</strong> carga linear <strong>ao</strong> longo <strong>de</strong> tubos lisos e rugosos.Descrição:Consi<strong>de</strong>rando um escoamento qualquer tem-se, que pela lei Bernoulli:Pρ + V 22 + g h = constanteAssim, analisando-se um escoamento no interior <strong>de</strong> um tubo horizontal plenamente <strong>de</strong>senvolvido,como mostrado na figura (1), tem-se que nem a velocida<strong>de</strong> nem as condições <strong>de</strong> energiapotencial variam entre uma seção e outra. Neste caso, a pressão <strong>de</strong>veria ser constante. Na práticaverifica-se que isto não ocorre, já que existem irreversibilida<strong>de</strong>s do escoamento associadasprincipalmente <strong>ao</strong>s efeitos <strong>de</strong> atrito entre a pare<strong>de</strong> da tubulação e fluido. Desta forma é possívelverificar que as pressões a montante do escoamento são sempre maiores, e caso <strong>de</strong>seje-se utilizara expressão <strong>de</strong> Bernoulli, um termo <strong>de</strong> diferença <strong>de</strong> pressão <strong>de</strong>ve ser incluído.Estas diferenças <strong>de</strong> pressão, normalmente conhecidas como perda <strong>de</strong> carga, são normalmenteavaliadas utilizando-se a expressão <strong>de</strong> Darcy-Weishbach:L ρV 2∆P = C fD 2ou seja, ela é <strong>de</strong>terminada como sendo uma parcela da pressão dinâmica do escoamento. Alémdisto, este perda <strong>de</strong> pressão é diretamente proporcional à distância que separa (L) e inversamenteproporcional <strong>ao</strong> diâmetro da tubulação (D). Além disto, é incluido um coeficiente <strong>de</strong> perdaFigura 1: Escoamento <strong>ao</strong> longo <strong>de</strong> um tubo horizontal.1


<strong>de</strong> pressão (C f ) que é proporcional a intensida<strong>de</strong> do escoamento (Re =número <strong>de</strong> Reynolds) eda rugosida<strong>de</strong> relativa (ε/D). Uma expressão similar a esta, que fornece não a expressão paraa pressão e sim a altura manométrica equivalente em coluna do fluido escoando também po<strong>de</strong>ser utilizada. Neste caso:L ρV 2ρ · g · ∆H perdas = C fD 2 =⇒ ∆H perdas = C fL V 2D 2 gDesta forma com este valor é possível realizar uma correção na equação <strong>de</strong> Bernoulli <strong>de</strong>forma que, se aplicada à situação apresentada na figura (1), resultaria em:P 1ρ g + V 122 g + h 1 − ∆H perdas = P 2ρ g + V 222 g + h 2sendo o valor <strong>de</strong> ∆H perdas calculado entre as seções 1 (a montante) e 2 (a jusante) do escoamento,pela expressão apresentada acima.Em escoamento laminar a rugosida<strong>de</strong> relativa não representa um efeito significativo, e ocoeficiente <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> carga po<strong>de</strong> ser dado pela expressão <strong>de</strong> Poiseuille:C f = 64RePara escoamento turbulento, a expressão utilizada é a <strong>de</strong> Colebrook-White:⎡1√ = −0, 86 · ln ⎣ ε/DCf 3, 7⎤2, 51+Re · √ ⎦C fComo esta expressão é bastante complexa, não inversível, sendo solucionada apenas através <strong>de</strong>métodos numéricos, adota-se na prática um gráfico log-log, on<strong>de</strong> são apresentadas o comportamento<strong>de</strong> diversas curvas para diferentes valores <strong>de</strong> ε/D, em função no número <strong>de</strong> Reynolds,Re. Este gráfico é muito utilizado em mecânica dos fluidos e conhecido como Diagrama <strong>de</strong>Moody po<strong>de</strong> ser visto na figura (2), ou na própria apostila do curso.Em geral as novas calculadoras, como a HP 48G, tem algoritmos prontos para a soluçãonumérica <strong>de</strong> equações transce<strong>de</strong>ntais e que, neste caso, são mais convenientes que o uso doDiagrama <strong>de</strong> Moody. Entretanto, o Diagrama <strong>de</strong> Moody continua sendo bastante utilizado e,para o caso <strong>de</strong>ste relatório, qualquer um dois métodos po<strong>de</strong> ser utilizado (embora o professorprefira que se use a calculadora!!!).Embora o procedimento para <strong>de</strong>terminação do coeficiente <strong>de</strong> atrito C f não seja complexo ele<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da <strong>de</strong>terminação do número <strong>de</strong> Reynolds Re que, por sua vez, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da velocida<strong>de</strong>média ou da vazão no tubo consi<strong>de</strong>rado. Esta <strong>de</strong>terminação da vazão po<strong>de</strong> ser feita utilizando-sedos dados obtidos anteriormente para os módulos <strong>de</strong> ar e água.Para o módulo <strong>de</strong> ar, mostrado na figura (3), serão analisadas as perdas <strong>de</strong> carga linearnas tubulações C, D e E. A vazão em cada tubulação po<strong>de</strong> ser dada utilizando-se um tubo <strong>de</strong>pitot na entrada <strong>de</strong> cada tubulação. Como foi visto no experimento anterior que, na entradado duto o perfil <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s é praticamente uniforme tem-se que a velocida<strong>de</strong> média é igualà velocida<strong>de</strong> medida nesta região. Assim, para tubos <strong>de</strong> pitot na entrada dos dutos:V med = V ent2


Figura 2: Diagrama <strong>de</strong> Moody.3


Componente Comprimento ∗ Diâmetro Característica DispositivosTubo C L = 5 m 1,5 pol. Tubo Liso —Tubo D L = 5 m 1,5 pol. Tubo Rugoso —Tubo E L = 5 m 3 pol. Tubo Liso —Tubo F L = 6 m 1,5 pol. Tubo Liso 4 cotovelos∗ distância linear entre as tomadas <strong>de</strong> pressão.Figura 3: Esquema do módulo <strong>de</strong> Ar.Para o módulo <strong>de</strong> água, mostrado na figura (4), a situação é um pouco diferente, uma vezque, a medida <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> se realiza na num local on<strong>de</strong> houve o pleno <strong>de</strong>senvolvimento doescoamento. Nesta situação, também po<strong>de</strong>-se avaliar a velocida<strong>de</strong> média na tubulação C pelarazão entre a velocida<strong>de</strong> no centro do duto (V max ) e a velocida<strong>de</strong> média encontrada no itemanterior. Para este caso po<strong>de</strong>-se utilizar um valor aproximado on<strong>de</strong>:V med = 0, 78 · V maxCom a velocida<strong>de</strong> média é possível <strong>de</strong>terminar a vazão no tubo C e que, quando se <strong>de</strong>ixa apenasum dos registros inferiores abertos, é igual à vazão nos tubos inferiores (D,E e F). Para o módulo<strong>de</strong> água serão avaliadas as perdas <strong>de</strong> carga distribuída nas seções retas dos tubos D e F.Procedimento:Módulo <strong>de</strong> Ar1. Ligar as mangueiras <strong>de</strong> leitura <strong>ao</strong>s piezômetros e às tomadas <strong>de</strong> pressão do medidor tipoPitot e dos pontos para avaliação da perda <strong>de</strong> carga do tubo C.2. Ligar o sistema <strong>de</strong> ventilação.3. Tomar medidas <strong>de</strong> pressão para quatro(4) vazões diferentes em cada um dos dispositivos<strong>de</strong> medida, tanto no Pitot quanto para a perda <strong>de</strong> carga.4. Repetir o procedimento para os tubos D e E.4


Componente Comprimento ∗ Diâmetro Característica DispositivosTubo B — 3 pol. Tubo Liso Medidor <strong>de</strong> Velocida<strong>de</strong>Tubo D L = 2, 25 m 1,5 pol. Tubo Rugoso —Tubo E L = 2, 25 m 1,5 pol. Tubo Liso Registro GloboTubo F L = 2, 25 m 1,5 pol. Tubo Liso —∗ distância linear entre as tomadas <strong>de</strong> pressão.Módulo <strong>de</strong> ÁguaFigura 4: Esquema do módulo <strong>de</strong> Água.1. Ligar as mangueiras <strong>de</strong> leitura <strong>ao</strong>s piezômetros e às tomadas <strong>de</strong> pressão do medidor tipoPrandtl e nas posições <strong>de</strong> medida <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> carga do tubo D.2. Ligar o sistema <strong>de</strong> bombeamento.3. Retirar o ar das mangueiras dos pizômetros.4. Tomar as medidas <strong>de</strong> pressão para o Prandtl no ponto central da circunferência no tubo<strong>de</strong> 3”e para as tomadas <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> pressão.5. Repetir o procedimento para três(3) vazões diferentes.6. Repetir todo o procedimento para o tubo F.5


RelatórioO relatório <strong>de</strong>verá constar dos diversos componentes fundamentais para ser tratado como tal.Introdução: a revisão da bibliográfica sobre o assunto perda <strong>de</strong> carga distribuída.Metodologia: faça uma apresentação dos procedimentos executados em laboratório e <strong>de</strong> como,a partir dos dados, po<strong>de</strong>rão ser obtidas as informações necessárias para o relatório.Resultados e Discussões: serão efetivamente apresentados os dados(os dados <strong>de</strong>vem ser apresentadosna forma lida no laboratório), calculados os resultados esperados e apresentadasas discussões pertinentes. No caso <strong>de</strong>ste relatório, especificamente:• com os dados obtidos calcular velocida<strong>de</strong> média no tubo, a perda <strong>de</strong> carga linear,em termos <strong>de</strong> pressão, e a altura equivalente <strong>de</strong> perdas em cada uma das situaçõesconsi<strong>de</strong>radas;• com os dados do item anterior calcule o valor do C f em função do Reynolds. Par<strong>ao</strong>s tubos lisos, ainda compare o resultado com o valor teórico retirado do Diagrama<strong>de</strong> Moody, ou calculado através das equações fornecidas.• trace gráficos do Re × C f em escala log-log para os tubos lisos e rugosos.Conclusões: apresente as conclusões fundamentadas a partir do procedimento experimental,metodologia e resultados apresentados.6

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